Sumário
1 – Rotina eleitoral típica em democracia de mercado
2 - Os campeonatos autárquicos recentes
3 - Generalidades sobre o último campeonato autárquico
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Notas sobre a deriva fascizante em cursoGRAZIA TANTA
1. O documento discute os riscos crescentes de deriva fascista em vários países, com governos aumentando o controle sobre cidadãos e reprimindo protestos. 2. Há uma relação promíscua entre classes políticas e capitalistas que ameaça os núcleos familiares através da tributação excessiva e da precarização dos trabalhadores. 3. O nacionalismo é usado para dividir as pessoas e justificar mais controle e sacrifícios, enquanto a apatia pública permite a continuação destes abusos.
Paródia na paróquia – a eleição presidencial GRAZIA TANTA
Sumário
1 – Democracia, sim; palhaçada não!
2 - As figuras de Presidente da República (PR) no atual regime
3 - O crescente desinteresse pela eleição presidencial… e não só…
4 – A inutilidade de um cargo marcado por saudosismo monárquico
5 – Que filosofia e instrumentos para a construção da democracia?
O sistema financeiro como elemento dominante no capitalismo atualGRAZIA TANTA
1 - O documento discute o poder global do sistema financeiro e seu domínio sobre Estados-nação, empresas e indivíduos através da coleta e uso de dados e da concessão de crédito.
2 - Apresenta estatísticas sobre o crédito total concedido ao setor não financeiro (famílias, Estados e empresas) em alguns países europeus e zonas econômicas entre 1995 e 2020.
3 - Destaca os casos de Portugal, onde o crédito chegou a 3,6 vezes o PIB em 2012, e da Alemanha, com est
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
O documento descreve a precariedade crescente no capitalismo do século XXI, com mais pessoas vivendo em condições precárias e sem proteções sociais adequadas. Grandes massas da população enfrentam baixos salários, desemprego, dívidas e privação de direitos políticos. Os governos priorizam os interesses das grandes empresas em detrimento das necessidades da população.
União dos Povos da Europa ou o nacionalismo à soltaGRAZIA TANTA
Nunca se esteve tão perto da unificação do género humano, nem nunca aquela foi tão necessária; basta manter a globalização e enterrar o capitalismo. É urgente ir criando uma Weltanschauung, uma cosmovisão que enquadre as estratégias e as táticas adequadas.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Notas sobre a deriva fascizante em cursoGRAZIA TANTA
1. O documento discute os riscos crescentes de deriva fascista em vários países, com governos aumentando o controle sobre cidadãos e reprimindo protestos. 2. Há uma relação promíscua entre classes políticas e capitalistas que ameaça os núcleos familiares através da tributação excessiva e da precarização dos trabalhadores. 3. O nacionalismo é usado para dividir as pessoas e justificar mais controle e sacrifícios, enquanto a apatia pública permite a continuação destes abusos.
Paródia na paróquia – a eleição presidencial GRAZIA TANTA
Sumário
1 – Democracia, sim; palhaçada não!
2 - As figuras de Presidente da República (PR) no atual regime
3 - O crescente desinteresse pela eleição presidencial… e não só…
4 – A inutilidade de um cargo marcado por saudosismo monárquico
5 – Que filosofia e instrumentos para a construção da democracia?
O sistema financeiro como elemento dominante no capitalismo atualGRAZIA TANTA
1 - O documento discute o poder global do sistema financeiro e seu domínio sobre Estados-nação, empresas e indivíduos através da coleta e uso de dados e da concessão de crédito.
2 - Apresenta estatísticas sobre o crédito total concedido ao setor não financeiro (famílias, Estados e empresas) em alguns países europeus e zonas econômicas entre 1995 e 2020.
3 - Destaca os casos de Portugal, onde o crédito chegou a 3,6 vezes o PIB em 2012, e da Alemanha, com est
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
O documento descreve a precariedade crescente no capitalismo do século XXI, com mais pessoas vivendo em condições precárias e sem proteções sociais adequadas. Grandes massas da população enfrentam baixos salários, desemprego, dívidas e privação de direitos políticos. Os governos priorizam os interesses das grandes empresas em detrimento das necessidades da população.
União dos Povos da Europa ou o nacionalismo à soltaGRAZIA TANTA
Nunca se esteve tão perto da unificação do género humano, nem nunca aquela foi tão necessária; basta manter a globalização e enterrar o capitalismo. É urgente ir criando uma Weltanschauung, uma cosmovisão que enquadre as estratégias e as táticas adequadas.
O que se esconde na sombra da campanha do coronavírusGRAZIA TANTA
O documento discute como a resposta à pandemia de coronavírus está sendo usada para promover os interesses do capitalismo neoliberal e da redução populacional. O autor argumenta que as medidas de confinamento irão causar desemprego em massa e prejudicar crianças e estudantes, enquanto grandes empresas protegem seus lucros em paraísos fiscais. Também critica o tratamento dado a idosos em lares e imigrantes durante a crise.
A evolução da riqueza na Europa (2000/19)GRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução da riqueza na Europa e no mundo entre 2000 e 2019. Apresenta dados mostrando que os maiores níveis de crescimento da riqueza ocorreram entre 2000-2008, antes da crise financeira. Após 2008, observou-se uma forte redução dos níveis de crescimento em todo o mundo, especialmente na Europa. Alguns países como China e Índia tiveram taxas de crescimento mais altas que a média global no período 2008-2019.
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
1. O mundo moderno é produto de grandes migrações ao longo da história que contribuíram para o enriquecimento genético e cultural da espécie humana.
2. Atualmente, imigrantes enfrentam distanciamento e marginalização, sendo destinados a trabalhos menos qualificados e piores condições.
3. Ao longo da história, quase todos os povos experimentaram em algum momento o status de imigrantes ou emigrantes, o que desmente a ideia de fronteiras nacionais rígidas.
Decrescimento, capitalismo e democracia de mercadoGRAZIA TANTA
O capitalismo é um sistema global e invasivo. E nenhuma contestação assente numa temática sectorial, localizada ou num grupo de ungidos, é suficiente para o extirpar
1 - O capitalismo é um sistema global e invasivo
2 – Como combater os grandes auxiliares da gestão capitalista
a) – Áreas para articulação na luta anticapitalista
b) - Elementos para enformar uma rede anticapitalista
Portugal esfarela ao sol. É apenas um sítio, virado para o Atlântico, um Cabo Cadaveral.
Seria aconselhável que os elencos autárquicos fossem bem mais pequenos; que as assembleias tivessem reais poderes e que fosse a população a escolher os seus representantes, de modo direto e, não os partidos .
Para um novo paradigma político; a re criação da democraciaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - Civilização ou barbárie? Democracia ou ditadura dos “mercados”?
2 – Democracia de mercado
3 - Reforço da pulsão anti-democrática em curso
4 – Entre os pides, qual o pior? O que dá porrada ou o “compreensivo”?
5 – Qual a função do Estado?
6 - O papel das ideologias
7 - O partido
8 – Como construir uma alternativa?
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
1. O documento discute a dinâmica das desigualdades na Europa desde 1990, resultante da interação de fatores econômicos, sociais e geopolíticos no contexto da globalização capitalista.
2. Analisa a evolução recente do capitalismo e como gerou desigualdades entre centros e periferias na Europa através da deslocalização industrial e financeirização.
3. Discutem-se as alternativas para os estados periféricos europeus no atual sistema, como inserção competitiva, protecionismo ou satelitização.
Capitalismo de mercado e capitalismo de estadoGRAZIA TANTA
No capitalismo comum, das economias ditas de mercado, as oligarquias estatais constituem um funcionalismo ao serviço do engrandecimento do capital privado, que decide sobre a redistribuição; No capitalismo de Estado esse funcionalismo assume o poder, apropria-se do rendimento gerado e decide e subalterniza o capital privado.
O documento discute as medidas de austeridade impostas pelo governo e como elas direcionam o país para uma situação insustentável semelhante à Grécia. Apresenta argumentos de que as receitas do FMI para lidar com crises econômicas não deram certo em outros países e acabaram em desastre social. Questiona que tipo de democracia permite que atos de rendição sejam apresentados como coragem e defende uma democracia mais participativa para proteger os cidadãos.
Capitalismo e o espírito naif para a construção do futuroGRAZIA TANTA
O documento discute a estrutura e operação do capitalismo global. Aponta que o objetivo fundamental do capitalismo é a acumulação de capital através da produção de bens e serviços para consumo e investimento baseados no trabalho humano. Detalha os principais instrumentos da acumulação capitalista, como o consumismo, endividamento, gastos militares e a influência das corporações transnacionais. Também reconhece os efeitos colaterais do modelo de acumulação de capital, como a desigualdade crescente e danos ambientais.
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
O documento discute como o capitalismo, e não a globalização, é o principal problema. A globalização é um processo histórico que precede o capitalismo, mas este último o aprofundou e estendeu de forma prejudicial. Uma alternativa é superar o capitalismo através de narrativas e redes internacionais anticapitalistas que promovam a unidade entre os trabalhadores.
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
1) A dívida pública portuguesa tem aumentado continuamente, duplicando desde 2008, devido ao esgotamento das poupanças internas e disponibilidade do financiamento externo.
2) Grande parte da dívida pública foi utilizada para resgatar bancos em dificuldades, como o BPN e BES, ao invés de ser investida em áreas como saúde, educação ou investimento público.
3) Apesar do crescimento da dívida, os serviços públicos têm vindo a ser cortados através de
O Pib, o Imi e outros modos de mercantilização da vidaGRAZIA TANTA
O documento discute vários modos como a vida das pessoas tem sido mercantilizada através da inclusão no PIB e da punção fiscal excessiva. Aponta como o PIB não inclui atividades fora do mercado e como os governos procuram constantemente novas formas de cobrar mais impostos, chegando a níveis insustentáveis que afetam negativamente a economia. Também critica a extensão da burocracia e do controle estatal sobre as vidas individuais em busca de mais receitas fiscais.
2106 - Europa – um continente que se transforma em penínsulaGRAZIA TANTA
Habituámo-nos a considerar a Europa como um continente. E se a realidade política e económica a transformarem de dependência norte-americana em península asiática?
O teatro eleitoral em portugal – 2005 15GRAZIA TANTA
1 - Uma década em dez pontos perdida
2 - As eleições nos últimos dez anos e a estagnação política
2.1 - O desempenho do partido-estado (PSD/PS)
2.2 - Os comportamentos na esquerda
2.3 - A direita assumida
O Hospital Metropolitano de Maceió, inaugurado pelo governador Renan Filho, já está atendendo pacientes com Covid-19. O hospital tem 30 leitos de UTI e 130 leitos clínicos, atendido por mais de 800 profissionais. A unidade reforça as ações do Estado no combate ao novo coronavírus. O ministro da Saúde Nelson Teich pediu demissão, assim como seu antecessor, discordando da postura do presidente Bolsonaro sobre o isolamento social e uso da cloroquina.
1) A professora Virginia Fontes discute as consequências da crise financeira global e suas implicações para o sistema capitalista mundial.
2) Ela argumenta que a crise pode levar a uma maior concentração de capitais e exploração da classe trabalhadora em escala global, a menos que haja fortes reações populares.
3) Fontes defende que governos progressistas devem apoiar os povos em vez de bancos, e socializar setores econômicos estratégicos, enquanto as forças populares devem elaborar um plano de emergência social
Eleições autárquicas 2013. no regresso da romaria, tudo como dantesGRAZIA TANTA
O documento discute as eleições autárquicas portuguesas de 2013 e critica o sistema político do país. Afirma que Portugal é governado por um "caciquismo" onde os políticos agem como uma "casta" fechada que se beneficia à custa do povo. Além disso, argumenta que as eleições autárquicas não promovem a democracia verdadeira pois não permitem que os eleitores retirem o mandato dos políticos eleitos.
O documento descreve como as eleições e a política portuguesa atual não representam verdadeiramente a democracia. Apesar de eleições periódicas, os partidos no poder usurpam a representação daqueles que não votam e não há legitimidade para seus atos uma vez que não cumprem promessas feitas. A multidão está desiludida com o sistema e desobediência pode estar se aproximando.
O que se esconde na sombra da campanha do coronavírusGRAZIA TANTA
O documento discute como a resposta à pandemia de coronavírus está sendo usada para promover os interesses do capitalismo neoliberal e da redução populacional. O autor argumenta que as medidas de confinamento irão causar desemprego em massa e prejudicar crianças e estudantes, enquanto grandes empresas protegem seus lucros em paraísos fiscais. Também critica o tratamento dado a idosos em lares e imigrantes durante a crise.
A evolução da riqueza na Europa (2000/19)GRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução da riqueza na Europa e no mundo entre 2000 e 2019. Apresenta dados mostrando que os maiores níveis de crescimento da riqueza ocorreram entre 2000-2008, antes da crise financeira. Após 2008, observou-se uma forte redução dos níveis de crescimento em todo o mundo, especialmente na Europa. Alguns países como China e Índia tiveram taxas de crescimento mais altas que a média global no período 2008-2019.
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
1. O mundo moderno é produto de grandes migrações ao longo da história que contribuíram para o enriquecimento genético e cultural da espécie humana.
2. Atualmente, imigrantes enfrentam distanciamento e marginalização, sendo destinados a trabalhos menos qualificados e piores condições.
3. Ao longo da história, quase todos os povos experimentaram em algum momento o status de imigrantes ou emigrantes, o que desmente a ideia de fronteiras nacionais rígidas.
Decrescimento, capitalismo e democracia de mercadoGRAZIA TANTA
O capitalismo é um sistema global e invasivo. E nenhuma contestação assente numa temática sectorial, localizada ou num grupo de ungidos, é suficiente para o extirpar
1 - O capitalismo é um sistema global e invasivo
2 – Como combater os grandes auxiliares da gestão capitalista
a) – Áreas para articulação na luta anticapitalista
b) - Elementos para enformar uma rede anticapitalista
Portugal esfarela ao sol. É apenas um sítio, virado para o Atlântico, um Cabo Cadaveral.
Seria aconselhável que os elencos autárquicos fossem bem mais pequenos; que as assembleias tivessem reais poderes e que fosse a população a escolher os seus representantes, de modo direto e, não os partidos .
Para um novo paradigma político; a re criação da democraciaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - Civilização ou barbárie? Democracia ou ditadura dos “mercados”?
2 – Democracia de mercado
3 - Reforço da pulsão anti-democrática em curso
4 – Entre os pides, qual o pior? O que dá porrada ou o “compreensivo”?
5 – Qual a função do Estado?
6 - O papel das ideologias
7 - O partido
8 – Como construir uma alternativa?
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
1. O documento discute a dinâmica das desigualdades na Europa desde 1990, resultante da interação de fatores econômicos, sociais e geopolíticos no contexto da globalização capitalista.
2. Analisa a evolução recente do capitalismo e como gerou desigualdades entre centros e periferias na Europa através da deslocalização industrial e financeirização.
3. Discutem-se as alternativas para os estados periféricos europeus no atual sistema, como inserção competitiva, protecionismo ou satelitização.
Capitalismo de mercado e capitalismo de estadoGRAZIA TANTA
No capitalismo comum, das economias ditas de mercado, as oligarquias estatais constituem um funcionalismo ao serviço do engrandecimento do capital privado, que decide sobre a redistribuição; No capitalismo de Estado esse funcionalismo assume o poder, apropria-se do rendimento gerado e decide e subalterniza o capital privado.
O documento discute as medidas de austeridade impostas pelo governo e como elas direcionam o país para uma situação insustentável semelhante à Grécia. Apresenta argumentos de que as receitas do FMI para lidar com crises econômicas não deram certo em outros países e acabaram em desastre social. Questiona que tipo de democracia permite que atos de rendição sejam apresentados como coragem e defende uma democracia mais participativa para proteger os cidadãos.
Capitalismo e o espírito naif para a construção do futuroGRAZIA TANTA
O documento discute a estrutura e operação do capitalismo global. Aponta que o objetivo fundamental do capitalismo é a acumulação de capital através da produção de bens e serviços para consumo e investimento baseados no trabalho humano. Detalha os principais instrumentos da acumulação capitalista, como o consumismo, endividamento, gastos militares e a influência das corporações transnacionais. Também reconhece os efeitos colaterais do modelo de acumulação de capital, como a desigualdade crescente e danos ambientais.
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
O documento discute como o capitalismo, e não a globalização, é o principal problema. A globalização é um processo histórico que precede o capitalismo, mas este último o aprofundou e estendeu de forma prejudicial. Uma alternativa é superar o capitalismo através de narrativas e redes internacionais anticapitalistas que promovam a unidade entre os trabalhadores.
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
1) A dívida pública portuguesa tem aumentado continuamente, duplicando desde 2008, devido ao esgotamento das poupanças internas e disponibilidade do financiamento externo.
2) Grande parte da dívida pública foi utilizada para resgatar bancos em dificuldades, como o BPN e BES, ao invés de ser investida em áreas como saúde, educação ou investimento público.
3) Apesar do crescimento da dívida, os serviços públicos têm vindo a ser cortados através de
O Pib, o Imi e outros modos de mercantilização da vidaGRAZIA TANTA
O documento discute vários modos como a vida das pessoas tem sido mercantilizada através da inclusão no PIB e da punção fiscal excessiva. Aponta como o PIB não inclui atividades fora do mercado e como os governos procuram constantemente novas formas de cobrar mais impostos, chegando a níveis insustentáveis que afetam negativamente a economia. Também critica a extensão da burocracia e do controle estatal sobre as vidas individuais em busca de mais receitas fiscais.
2106 - Europa – um continente que se transforma em penínsulaGRAZIA TANTA
Habituámo-nos a considerar a Europa como um continente. E se a realidade política e económica a transformarem de dependência norte-americana em península asiática?
O teatro eleitoral em portugal – 2005 15GRAZIA TANTA
1 - Uma década em dez pontos perdida
2 - As eleições nos últimos dez anos e a estagnação política
2.1 - O desempenho do partido-estado (PSD/PS)
2.2 - Os comportamentos na esquerda
2.3 - A direita assumida
O Hospital Metropolitano de Maceió, inaugurado pelo governador Renan Filho, já está atendendo pacientes com Covid-19. O hospital tem 30 leitos de UTI e 130 leitos clínicos, atendido por mais de 800 profissionais. A unidade reforça as ações do Estado no combate ao novo coronavírus. O ministro da Saúde Nelson Teich pediu demissão, assim como seu antecessor, discordando da postura do presidente Bolsonaro sobre o isolamento social e uso da cloroquina.
1) A professora Virginia Fontes discute as consequências da crise financeira global e suas implicações para o sistema capitalista mundial.
2) Ela argumenta que a crise pode levar a uma maior concentração de capitais e exploração da classe trabalhadora em escala global, a menos que haja fortes reações populares.
3) Fontes defende que governos progressistas devem apoiar os povos em vez de bancos, e socializar setores econômicos estratégicos, enquanto as forças populares devem elaborar um plano de emergência social
Eleições autárquicas 2013. no regresso da romaria, tudo como dantesGRAZIA TANTA
O documento discute as eleições autárquicas portuguesas de 2013 e critica o sistema político do país. Afirma que Portugal é governado por um "caciquismo" onde os políticos agem como uma "casta" fechada que se beneficia à custa do povo. Além disso, argumenta que as eleições autárquicas não promovem a democracia verdadeira pois não permitem que os eleitores retirem o mandato dos políticos eleitos.
O documento descreve como as eleições e a política portuguesa atual não representam verdadeiramente a democracia. Apesar de eleições periódicas, os partidos no poder usurpam a representação daqueles que não votam e não há legitimidade para seus atos uma vez que não cumprem promessas feitas. A multidão está desiludida com o sistema e desobediência pode estar se aproximando.
Para uma Constituição Democrática com Caráter de Urgência – 3GRAZIA TANTA
O documento discute a necessidade de uma nova Constituição Democrática em Portugal que dê mais poder ao povo. Argumenta que a atual Constituição concentra poderes excessivos nas mãos da classe política e impede a participação popular. Defende que a democracia deve ser exercida a nível local, começando pelas freguesias, e que as organizações de moradores devem ter mais autonomia em relação ao Estado.
Eleições autárquicas – questões para incomodar mandarinsGRAZIA TANTA
A - Elementos para a recriação da democracia
B - Questões para incomodar os candidatos autárquicos
1 – Sobre a dívida autárquica
2 – Aspetos sobre o financiamento autárquico
3 – Um caso particular de receitas autárquicas – o IRS
4 - Política de reabilitação urbana
5 – Dignificação dos trabalhadores das autarquias
6 - Política laboral das autarquias
7 - Empresas municipais
8 – Orçamento participativo
9 – A água como bem público inalienável
10 - Banimento dos espetáculos tauromáquicos
Sobrevoando 40 anos de eleições em PortugalGRAZIA TANTA
1) O documento analisa os resultados eleitorais em Portugal nos últimos 40 anos, notando que o apoio aos partidos políticos tem permanecido estagnado, enquanto a abstenção e votos brancos/nulos têm crescido.
2) Isto revela que o regime político está bloqueado e incapaz de produzir democracia e bem-estar para os portugueses.
3) Em breve, a maioria das pessoas poderá se distanciar do sistema partidário, questionando a legitimidade de eleições com menos de metade dos eleitores
Democracia, democracia das empresas e wikileaksGRAZIA TANTA
1. O documento discute os problemas da democracia atual e a falta de democracia real nas empresas e na política.
2. Alega que os políticos e partidos atuais funcionam de forma anti-democrática e apenas representam os interesses de pequenos grupos em vez do povo.
3. Também critica a "democracia de mercado" e como grandes corporações e bancos influenciam decisões políticas sem o consentimento popular.
Sobre a Constituição (CRP) – uma Assembleia da República democráticaGRAZIA TANTA
O documento discute as deficiências da democracia portuguesa e propõe reformas à Constituição Portuguesa. O autor argumenta que (1) o sistema político atual é oligárquico e exclui o povo, (2) os partidos políticos dominam o processo eleitoral em detrimento dos direitos dos cidadãos, e (3) é necessária uma Assembleia da República mais democrática e menos controlada pelo governo.
Autarquias, oligarquias e não democraciasGRAZIA TANTA
1) O documento discute as práticas anti-democráticas e a falta de transparência no sistema político e autárquico português, como a manutenção de eleitores "fantasmas" nos cadastros para beneficiar partidos políticos.
2) Apresenta também criticas à concentração de poder nas mãos de uma classe política oligárquica e à falta de responsabilização individual dos políticos eleitos.
3) Defende uma reforma para tornar o sistema mais transparente e democrático, com eleições individuais em vez de listas part
A democracia de mercado e a actuação da esquerdaGRAZIA TANTA
O documento discute os limites da democracia de mercado e da atuação da esquerda institucional no quadro do capitalismo. Defende que a esquerda deve ir além de apontar problemas e soluções técnicas, manifestando a insuficiência da democracia de mercado e promovendo a desobediência, a insubordinação e a ação política fora das instituições.
Presidente da república – figura dispensável num regime democráticoGRAZIA TANTA
Nada melhor do que uma campanha presidencial para uma reflexão sobre a inutilidade do cargo, emanação oligárquica de um chamado poder moderador construído para controlar os parlamentos, as verdadeiras representações dos povos em regimes genuinamente democráticos; como não é o caso português
1 – Um problema central – o regime político
2 - A luta entre a democracia e as oligarquias; a invenção do poder moderador
3 - A figura do PR na história portuguesa
4 - O papel do PR na Constituição portuguesa
4.1 - As funções presidenciais; as potenciais, as inúteis e as burocráticas
Social democracia. afunda-se ou renova-se (concl.)GRAZIA TANTA
O documento discute as deficiências da social-democracia tradicional e nova em lidar com a crise de 2008 e o avanço do fascismo. Também critica a democracia de mercado atual, onde os partidos políticos se comportam como empresas que vendem candidatos, e a população não tem poder real. Finalmente, analisa a falta de uma alternativa política forte à deriva neoliberal dos governos.
A eficácia do sistema produtivo depende mais de factores não económicos, como a corrupção do que da gestão, como rezam os manuais. Por outro lado, um sistema em que a riqueza de alguns corresponde à pobreza da maioria só se pode considerar nocivo.
A democracia de mercado incorpora escolhas, debate, como nas democracias reais, mas são truncadas e circunscritas aos defensores do regime, aos partidos que a gerem e aos que participam na sua legitimação junto da multidão, pagos para o efeito a partir do erário público. É a sua maneira de serem eficazes.
Esta 'esquerda' é a tranquilidade da direitaGRAZIA TANTA
1) A situação social em Portugal é grave e está piorando, com diversas esferas de poder não democráticas que preservam o status quo.
2) A esquerda institucional portuguesa, representada pelo trio CGTP/PC/BE, tem sido ineficaz em transformar a sociedade, preservando o sistema cleptocrático através de acordos tácitos desde a Revolução de 1974.
3) Há uma necessidade de reflexão e mudança de paradigma para construir um movimento social transformador plural e não partidarizado,
1) O documento propõe um texto dissertativo argumentativo sobre se o impeachment de 2016 no Brasil foi um golpe ou validação da constituição.
2) O texto deve ter entre 25 a 30 linhas, apresentar a opinião no primeiro parágrafo, explicar a tese no primeiro parágrafo, citar uma fonte no segundo parágrafo, e oferecer soluções e como serão aplicadas na conclusão.
3) O segundo documento fornece dois pontos de vista sobre o impeachment, um argumentando que foi golpe e outro que não foi.
Um modelo democrático para os municípiosGRAZIA TANTA
1. O documento discute a necessidade de uma estrutura democrática mais forte para os municípios portugueses. Atualmente, o poder é concentrado nas mãos dos presidentes de câmara e partidos políticos, levando a corrupção e desvio de recursos públicos para benefício privado.
2. As assembleias municipais e câmaras municipais precisam de uma reconfiguração para aumentar a participação popular e responsabilização dos eleitos.
3. Há também a necessidade de tornar mais igualitária a capacidade de cidadãos
Este manifesto resume o último debate entre os candidatos Margarida Salomão e Custódio Mattos para o segundo turno das eleições municipais em Juiz de Fora. Apresenta Margarida como a alternativa popular que vê o povo como protagonista, enquanto Custódio representa a ideologia assistencialista e propõe obras faraônicas sem fundamento. Denuncia também suspeitas de compra de votos e corrupção por parte de Custódio, questionando onde estão os militantes diante disso.
1) O documento descreve o sistema partidário português como hierárquico e não democrático, onde os partidos se separam da população e a vêem como ignorante.
2) Os principais partidos políticos em Portugal são descritos, com o CDS representando a direita dos negócios, e o PS e PSD formando um "bloco central" no poder há décadas que é visto como corrupto.
3) O documento critica fortemente o "bloco central" PS/PSD por sua inépcia, semelhança ideol
A diretora do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) fez o seu discurso durante o Seminário sobre Crimes Sociais que ocorreu no dia 26/05. Eliane alerta o peso da corrupção sobre os princípios da democracia e do Estado.
O evento ocorreu na sede da FIESP. Para outras informações acesse: http://www.fiesp.com.br/eventos/evento.aspx?evt=660
Semelhante a As últimas eleições autárquicas. observações e comparações (20)
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
As balas da guerra parecem beliscar pouco as transações de energia.pdfGRAZIA TANTA
O documento fornece estatísticas sobre as exportações de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia, mostrando que a Rússia continuou a vender grandes quantidades de petróleo, gás natural, derivados de petróleo e carvão para países da Europa e Ásia, incluindo membros da OTAN. O autor critica os líderes da UE e da OTAN por sua incapacidade de impedir as vendas de energia russa e dependência contínua dos recursos energéticos da Rússia.
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
As desigualdades provenientes da demografia na EuropaGRAZIA TANTA
Este documento analisa as desigualdades demográficas na União Europeia entre 1995-2021. Aponta que alguns países como Espanha, França e Alemanha tiveram crescimento populacional, enquanto outros como Romênia e Bulgária perderam quase 3 milhões de habitantes. Também destaca que a crise financeira acentuou as desigualdades regionais e levou a mais migração para a UE.
1) O documento discute o conceito de "BideNato", referindo-se à aliança entre os EUA e a Europa liderada pela Casa Branca e Pentágono.
2) A Europa está em declínio e tende a ser vista como uma península asiática sob influência dos EUA, que usam a NATO para evitar o isolamento geopolítico em relação a outras potências como China e Rússia.
3) A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é apontada como símbolo da decadência europeia
NATO in the wake of Hitler - Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
1. The document discusses NATO expansionism and militarism as dangers to humanity. It argues that the US uses NATO to dominate Europe, install military bases near Russia, and promote the arms industry.
2. It claims the war in Ukraine will prolong US/NATO dominance over Europe and allow more weapons sales. However, this escalates tensions and endangers European lives and economies to serve US interests.
3. Militarism poses great risks and the document advocates demilitarization and reducing US/NATO aggression towards Russia to promote peace in Europe.
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
O documento discute a proliferação militar dos EUA no mundo e como isso revela os limites do seu poder. Apresenta uma lista incompleta de instalações militares dos EUA por região, com a maior concentração no Oriente e Oceania (40% do total) e na Europa (60% na Alemanha e Itália).
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Nato, Ucrânia e a menoridade política dos chefes da UEGRAZIA TANTA
Este documento discute a história e situação atual da NATO e da Ucrânia. A NATO foi criada originalmente para proteger a Europa Ocidental dos EUA contra a URSS, mas continua sob forte influência dos EUA. A Ucrânia nunca teve unidade política e está dividida entre o oeste católico e o leste pró-Rússia. Recentemente, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas no leste da Ucrânia em resposta à crescente influência ocidental.
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
Este documento contém 10 textos de circunstância sobre vários assuntos como: 1) A concorrência entre conferências democráticas; 2) Ataques judiciais ao futebol e alegada corrupção nos clubes; 3) Vários casos de corrupção nas Forças Armadas portuguesas.
2110 - As últimas eleições autárquicas. Detalhe de um campeonato (2)GRAZIA TANTA
O documento analisa os resultados das últimas eleições autárquicas em Portugal. Mostra que o PS e o PSD dominam os concelhos mais ricos de cada distrito, enquanto o PS é dominante nos concelhos mais pobres. Também distribui os deputados eleitos por partido em cada distrito, com o PS mantendo-se como o maior detentor de câmaras municipais.
2110 - As últimas eleições autárquicas. Detalhe de um campeonato (2)
As últimas eleições autárquicas. observações e comparações
1. Grazia.tanta@gmail.com 21/10/2021 1
As últimas eleições autárquicas. Observações e comparações
Sumário
1 – Rotina eleitoral típica em democracia de mercado
2 - Os campeonatos autárquicos recentes
3 - Generalidades sobre o último campeonato autárquico
“””””””””””” VVV “”””””””””””
1 – Rotina eleitoral típica em democracia de mercado
Como é habitual nos pleitos eleitorais em democracia de mercado, as alterações não
são muito marcadas: revelam acima de tudo uma rotina de luta entre os vários grupos
concorrentes, no acesso ao “pote” e, cuja diferenciação não é grande. Uma rotina onde
ladrões e idiotas se digladiam durante algum tempo até a eleição promover uns e
deixar outros de fora, esperando nova oportunidade num próximo campeonato de
acesso ao tal “pote”; a espera dura poucos anos e é escrupulosamente definida, num
catecismo repleto de burocracia e inutilidades, a que chamam Constituição. (ver textos)
Esse precioso almanaque entrelaça as vacuidades e a burocracia de um estado-nação
que já teve dias menos maus; é uma imitação da Magna Carta, à medida de um estado-
nação materialmente pobre que, a despeito da sua relevância histórica com a chegada
do Gama à Índia e a tecnologia de captura de africanos para venda nas Américas, já
deveria ter tido a sorte da velha Borgonha, da Saxónia ou do reino das Duas Sicílias,
que se vieram a encaixar em entidades políticas mais relevantes.
As eleições são um assunto interno do Estado e da classe política; um negócio com
vantagens mútuas em que a plebe figura como uma massa de verdadeiros e
inconscientes palhaços, manipulados pelos media; e, implicitamente, a plebe aceita
diariamente a célebre frase da Thatcher, “there is no alternative”, o que se poderia
traduzir por “trabalha, consome e cala-te!”.
O Estado é o aparelho tentacular que torna a população como objeto principal do
saque fiscal, da construção de regras e imposições sobre os chamados “obrigados
fiscais”, designação reveladora do caráter subalterno da grande massa da população;
2. Grazia.tanta@gmail.com 21/10/2021 2
da sua efetiva situação de súbditos. A classe política, no seu conjunto é o gestor global
daquele aparelho e, divide-se em dois grupos. O grupo que está no poder, que tem o
principal papel decisor; e o grupo que está na oposição, ansiando apear os que têm, no
momento, o papel de gestores da contínua colheita fiscal. Entre esses dois grupos
desenrola-se uma luta intensa sobre quem tem as melhores soluções para a gestão do
saque fiscal e do aparelho de Estado; uma luta que se exacerba em período de romaria
eleitoral.
Os objetivos e as práticas dos grupos no poder ou na oposição são os mesmos, apenas
rivalizam de modo tecnocrático, cada qual rivalizando quanto à eficácia do
desempenho da máquina de sucção fiscal e da aplicação do seu produto. Ambos os
grupos vivem entrelaçados com os media que ali encontram, gratuitamente e sem
grande investigação material, elementos para estupidificar a plebe na visualização do
telejornal. Um conjunto de táticas oculta o grande objetivo estratégico – a
continuidade do capitalismo e da segmentação social. Do ponto de vista político, o
poder estatal recorre à tecnocracia para, não apenas segmentar a plebe como ainda
para segmentar cada ser humano consoante as funções que lhe estão atribuídas pelo
Estado.
Nos tempos atuais, as ditaduras passaram de moda e generalizou-se a prática de
eleições, a apresentação de um ar de “democracia”, validando periodicamente o
desempenho do gang governamental do momento e, encenando sessões de wrestling
verbal entre os seus defensores e os membros da chamada oposição; as diferenças não
são muitas pois nada de estrutural é alterado ou gerado em eleições. O grupo/partido
no poder usa o dinheiro dos impostos para satisfazer a sua clientela, com contratos,
subsídios, isenções e reduções fiscais ou, investimentos, sem esquecer os cargos, os
favores e as mordomias aos seus membros. Mais vagas são as promessas que agradem
à população susceptível de vacilar entre a recondução do gang no poder ou, a
alternativa de um outro, na oposição. A legislação criativa é encomendada a essas
opacas instituições chamadas “escritórios de advogados”, verdadeiros repositórios de
informação pronta a usar para quem possa pagar, no âmbito do que se chama tráfico
de influências.
A colocação de sequazes dos partidos do governo em postos bem pagos na
administração pública ou, nas empresas dependentes das benesses estatais, financeiras,
legislativas ou contratuais, é uma norma. Esse grupo fará uso do dinheiro público para
criar organismos, grupos de trabalho, estudos onde os seus membros possam
encontrar um dinheiro fácil, mesmo que seja um trabalho constituído por milhares de
fotocópias, como num caso ocorrido há cerca de uma década. Isso, para além, das
3. Grazia.tanta@gmail.com 21/10/2021 3
situações de crime que, envolvendo mandarins partidários, se arrastam longos anos
num pingue-pongue entre togados, públicos e privados, juízes e advogados; e que, vão
atraindo o voyeurismo popular em debates jornalísticos sorvidos por uma população
que assim, divide o seu tempo a olhar para o ecran, entre esses casos e o futebol. Esse
voyeurismo não é, obviamente, exclusivo de um país com os baixos níveis de educação
existentes em Portugal.
A parcela da classe política que não tem cargos governamentais chama-se oposição e
critica o gang instalado, para o substituir no acesso ao “pote”, perseguindo um desaire
daquele. Raras vezes essas substituições materializam bem-estar acrescido para a
população.
Não é difícil entender a dependência da classe política face ao Estado; sem este e,
sobretudo sem o seu financiamento, não haveria classe política. O gang no poder, tem
um vasto poder de colocação de apaniguados, distribuídos pelas “sensibilidades”
existentes dentro do partido; são muitos os cargos existentes e a facilidade da sua
criação é grande. No poder, um gang partidário pode receber comissões, facilidades,
presentes, avenças, cargos; para o efeito, existem universidades e institutos onde
facilmente se alcançam diplomas para quem sempre foi de poucos estudos mas para
os quais a ostentação de um diploma é uma promoção perante a plebe.
Nas democracias de mercado, a atuação de qualquer governo, em regra, é pouco
diferenciada, qualquer que seja o gang no poder; o último, o presente ou, o próximo. O
Estado é o manancial para os que dele se apossam e o vórtice para onde escorre o
produto dos impostos, sobretudo, aqueles que oneram trabalhadores e ex-
trabalhadores. Inversa e complementarmente, a legislação tributária acompanha,
benevolente, as transações com paraísos fiscais, enquanto a juizaria raras vezes
consegue aplicar a justiça aos grandes criminosos; como recentemente se assistiu à
fuga para parte incerta de um tal Rendeiro, com mais de € 400 M no bornal, passados
uns dez anos em que o caso se empastelou nos tribunais; como vai acontecendo nos
julgamentos de Salgado, de Sócrates e muitos outros.
Qualquer imbecil ungido de um cargo político tem garantida a presença nos media,
com som e imagem; os media, precisam de modo inescapável, de opiniões, palpites,
desabafos, ameaças, maledicências, intrigas, mentiras, insinuações e silêncios, para
demonstrar o seu poder, o acesso privilegiado que acham ter, junto dos meios onde
circulam os membros da classe política. E, claro, aos pobres plumitivos cabe a
divulgação ou a tentativa da mesma, por muito irrelevante que seja, pois um emprego
precário é uma permanente antecâmara de desemprego.
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É claro que as eleições autárquicas não empolgam a plebe. Primeiro, porque esta é
quase sempre afastada de um lugar a concurso, em benefício de oligarcas de segunda
categoria e dos seus partidos. Em justa contrapartida, a multidão também não se
empolga com a presença de cartazes com as imagens dos candidatos, na sua grande
maioria sorridentes desconhecidos.
Se a presença do covid trouxe alguma coisa de bom, foi o cancelamento da passagem
de cortejos encabeçados por candidatos autárquicos, com a distribuição de papéis,
sorrisos e beijos ternurentos a velhinhas e crianças; e, invalidou os “banhos” de
multidão, as arruadas e as sessões de “esclarecimento”, cuja falta não parece ter
afetado a plebe, nem sido geradora de grande lástima. Ao fim de contas, tratava-se de
mandarins de segunda escolha enquanto candidatos a um acesso privilegiado ao
“pote”.
2 - Os campeonatos autárquicos recentes
Não nos vamos debruçar sobre as personalidades concorrentes, na sua maioria, figuras
secundárias dos partidos; mas antes, sobre algumas métricas reveladoras do
desinteresse popular pela rotina imanente aos actos eleitorais em Portugal, cujos
vencedores, em regra, são membros do partido-estado, o PS-PSD (ver legislativas e
Presidente da República).
Nas recentes eleições autárquicas (2021 e 2017) os resultados apurados apresentaram
o seguinte perfil.
* Votos em partidos, coligações, ou grupos locais
No quadro acima observa-se, entre os dois momentos eleitorais, uma redução dos
inscritos, eventualmente relacionada com a quebra da população e que, com o
acréscimo de abstencionistas, conduz a uma diminuição dos votantes. O único grupo
que aumenta é o dos abstencionistas, dos que rejeitam o regime ou a simples
participação no concurso eleitoral, sabendo-se excluídos de qualquer intervenção na
2017 (%) 2021 (%) Var (nº)
Inscritos 9411530 100,0 9319620 100,0 - 91910
Votantes 5173027 55.5 4999918 53.6 - 173109
Abstenções 4238503 44.5 4319702 46.4 81199
Votos brancos 135785 1.5 125091 1.3 - 10194
Votos nulos 99734 1.1 79185 0.8 - 20549
Votos
dirigidos* 4937508 53.0 4795642 51.5 - 141866
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assunção de responsabilidades de representação das suas comunidades,
tendencialmente exclusivo dos partidos; dos que sabem nada ir mudar de substantivo
mesmo que haja mudança no naipe vencedor; e ainda dos obrigados à emigração para
poderem singrar nas suas vidas.
É evidente a crescente perda de representatividade da classe política através do tempo,
como se pode ver no gráfico seguinte, através da percentagem de abstenções,
claramente a subir nos últimos anos. Ali não se incluem os votos em branco ou nulos
que, certamente, não são favoráveis aos grupos concorrentes e que, recentemente
correspondiam a 2.1% dos inscritos, contra 2.6% em 2017.
Percentagem de abstenções nas eleições autárquicas
3 - Generalidades sobre o último campeonato autárquico
Seguidamente, observamos as variações dos inscritos desde 2017, em regra com
valores negativos e, nos quais se destacam os distritos da Guarda, Viseu, Castelo
Branco, Vila Real, Bragança, entre muitos outros, reveladores de uma crónica redução
populacional que corrobora a ideia de que em Portugal a população se concentra no
litoral, excepto no caso dos muitos que vão emigrando. Quanto a distritos com
variação positiva dos inscritos, resumem-se a cinco - Setúbal e Faro e ainda Lisboa,
Açores e Madeira, estes últimos, com indicadores muito baixos.
Distritos
eleitorais
Inscritos
no distrito
Variação inscritos
(nº e %)
Total
concelhos
Concelhos com
variação negativa
(nº e %)
Açores 229065 547 0,24 19 10 52,6
Aveiro 638794 -9456 -1,48 19 14 73,7
Bragança 138438 -6897 -4,98 12 12 100,0
Beja 121920 -4744 -3,89 14 14 100,0
Braga 775778 -8233 -1,06 14 12 85,7
6. Grazia.tanta@gmail.com 21/10/2021 6
C Branco 166776 -9072 -5,44 11 11 100,0
Coimbra 376084 -10100 -2,69 17 15 88,2
Évora 135197 -3958 -2,93 14 14 100,0
Faro 388014 7203 1,86 16 4 25,0
Guarda 146746 -12090 -8,24 14 14 100,0
Leiria 413927 -6474 -1,56 16 13 81,3
Lisboa 1928999 9346 0,48 16 4 25,0
Madeira 257625 1843 0,72 11 5 45,5
Portalegre 94729 -4053 -4,28 15 15 100,0
Porto 1591716 -1297 -0,08 18 11 61,1
Setúbal 745870 14505 1,94 13 5 38,5
Santarém 376414 -9740 -2,59 21 18 85,7
Viseu 341278 -19318 -5,66 24 24 100,0
V Castelo 236535 -10569 -4,47 10 10 100,0
V Real 213727 -11341 -5,31 14 14 100,0
Total 9317632 -93898 -1,01 308 239 77,6
Passamos do universo dos inscritos no recenseamento eleitoral (quadro anterior) para
o muito menor universo dos votantes em partidos (… alguns dos quais pouco passam
de uma sigla…) e coligações de partidos. Estas, apresentam várias configurações,
algumas das quais se assemelham a verdadeiras sopas de letras como, por exemplo,
PSD/PPD-CDS/PP-NC-PPM-A-RIR-VP… uf! E ainda há a referir grupos locais de pessoas
que, vindo a crescer na sua dimensão numérica desde o princípio do século até 2017
(cerca de 351 mil votos), reduziram a sua participação para 277 mil, no último
campeonato eleitoral.
Votos dirigidos (a grupos partidários ou afins)
Distritos
eleitorais
Votos
dirigidos
2021
Variação face
a 2017 (nº e
%)
Total
concelhos
Concelhos
com var.
negat.
(nº)
Açores 120117 1767 1,49 19 5
Aveiro 330788 -17876 -5,13 19 15
Bragança 81987 -2972 -3,50 12 9
Beja 72861 -2632 -3,49 14 11
Braga 469703 -16716 -3,44 14 12
C Branco 95293 -5555 -5,51 11 11
Coimbra 204740 -1097 -0,53 17 15
Évora 75888 -2436 -3,11 14 14
Faro 171381 -815 -0,47 16 4
Guarda 88657 -4744 -5,08 14 12
Leiria 210665 -3238 -1,51 16 11
Lisboa 874714 -13683 -1,54 16 8
7. Grazia.tanta@gmail.com 21/10/2021 7
Madeira 138187 4831 3,62 11 3
Portalegre 57885 -4403 -7,07 15 15
Porto 822697 -65652 -7,39 18 16
Setúbal 328353 11437 3,61 13 4
Santarém 194966 -5401 -2,70 21 14
Viseu 204418 266 0,13 24 17
V Castelo 134599 -4080 -2,94 10 8
V Real 120682 -5928 -4,68 14 11
Total 4798581
-
141866 -2,87 308 215
Enquanto o número de inscritos em 2021 decresceu em cerca de 93898 elementos, em
relação a 2017 (-1.01%), o número dos votos dirigidos a partidos, coligações ou grupos
locais decaiu em 141866, correspondentes a 2.87% dos votos dirigidos, quatro anos
atrás. Essa quebra observa-se na grande maioria dos distritos, não se verificando
apenas em quatro – Açores, Madeira, Viseu e, principalmente, em Setúbal.
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