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Filosofia Friedrich Nietzsche - Crepúsculo dos ídolos - Prof. Renan Silva
Quem foi Friedrich Nietzsche?
• Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, filólogo, escritor e
crítico alemão que exerceu grande influência no Ocidente. Sua obra
mais conhecida é “Assim Falava Zaratustra”. O pensador estendeu sua
influência para além da filosofia, penetrando na literatura, poesia e
todos os âmbitos das belas artes.
• A fase criativa de Nietzsche foi interrompida em 03 de janeiro de
1889, quando sofreu um grave colapso nas ruas de Turim e perdeu
definitivamente a razão. Ao ser internado na Basileia, foi
diagnosticado com paralisia progressiva, provavelmente em
consequência da sífilis.
Conceitos chave
• Crepúsculo: entardecer, anoitecer, fim de tarde, perder a luz.
• Vontade de potência
• Super homem: O super-homem é aquele que vence o niilismo,
supera a forma homem, velha e desgastada, supera todos os
humanismos, toda a cultura que o prende em si mesmo, é ele quem
“lança a flecha do seu anseio por cima do homem” (Nietzsche, Assim
Falou Zaratustra, p. 18)
• Amor fati : amor ao destino, amor ao fado, aceitação integral da vida
e do destino humano como ele é, mesmo nos seus aspectos cruéis e
dolorosos.
Conceitos chave
• Eterno retorno, imagine se tivesse que viver a mesma vida ou o
mesmo dia eternamente, você estaria feliz?
→conceito criado para lidar com o niilismo de sua época
• Na mitologia grega, Apolo e Dionísio são ambos filhos de Zeus.
• Apolo é o deus da razão e o racional, enquanto que Dionísio é o deus
da loucura e do caos.
→Nietzsche se considera discípulo de Dionísio.
Crepúsculo dos ídolos
• O livro é divido em 12 seções, prólogo, 10 capítulos e seção final.
• Muitas consideram um resumo de várias ideias dos livros passados
do filósofo.
Prólogo
• Declaração de guerra aos ídolos
• No "prólogo” Nietzsche faz uma grande declaração de guerra contra
as ideias prevalentes do seu tempo, ou seja, aos ídolos.
• Aqui o termo ídolo se refere a falsas ideias de deuses de sua época,
propõe filosofar com uma martelo, como se fosse um diapasão para
testar quais ídolos e imagens eram de verdade ou quais eram ocas,
ao tocar com o martelo nas imagens ocas retornaria uma som oco e
vazio.
Capítulo 1
• Máximas,flechas, aforismos
• No capítulo 1“máximas e flechas” temos uns conjuntos de aforismos
do filósofo, algumas máximas morais que ele propõe e algumas
flechas ou questionamentos dos deuses de sua época. As mais
famosas são:
→ 7) Como? O ser humano é apenas um equívoco de Deus? Ou Deus
apenas um equívoco do ser humano? –
→ 8) Da escola da guerra da vida. – O que não me mata me fortalece.
→ 12) Se nós possuirmos o nosso porque da vida, nós podemos
aguentar quase todo como – O ser humano não aspira à felicidade;
somente o inglês faz isso.
→ 33) Sem a música a vida seria um erro
Capítulo 2
• Crítica a racionalidade socrática em detrimento dos instintos e
sentidos
• No segundo capítulo, “O problema de Sócrates”, o filósofo alemão
compartilha a ideia de que os filósofos da antiguidade
compartilhavam uma crença comum de que a vida é sem valor. Ele
criticou a falácia de que o “consenso dos sábios é prova de verdade”.
• Ele critica o método socrático dialético dizendo que é fruto de puro
sentimento de revolta e ressentimento da ralé social.
• Nietzsche questiona o pensamento de Sócrates de que
“razão=virtude=felicidade”. Para Nietzsche o instinto se sobrepõe a
razão, já que para ele “felicidade=instinto”
Capítulo 2
• Por fim o filósofo vai usar o termo decadência durante o livro todo
para descrever sistemas de pensamento que advém da doença e da
fraqueza. Como exemplo desse tipo de sistema ele dá a
“racionalidade sob todo custo” em oposição aos “instintos”.
Capítulo 3
• Crítica ao mundo suprassensível e ao ódio a natureza
• Na seção quatro, capítulo 3, “A razão na filosofia”, o filósofo denota
que a razão é a causa da falsificação das evidências dos nossos
sentidos.
• Os filósofos comumente escapam dos sentidos dizendo que eles nos
impedem de enxergar o mundo real. Para ele o mundo aparente é o
único mundo, o “mundo real, suprassensível” foi falsamente
adicionado.
• Por fim ele diz que se alguém aceita um mundo não-sensorial(
imodificável) como superior em contraposto ao nosso mundo
sensível que seria inferior, esse alguém estaria adotando um ódio a
natureza e por consequência um ódio ao mundo sensível(ao mundo
dos vivos)
Capítulo 3 – Crítica ao conceito de céu
• Crítica ao conceito de céu
• Ainda, nessa seção, o filósofo começa uma crítica ao cristianismo e o
conceito de céu. Um conceito similar ao conceito de mundo das
ideias(mundo das formas= um mundo eterno que não tem
mudanças) de Platão.
• Por fim, a tendência em dividir o mundo em real "céu” e irreal
"aparências” faz com que as pessoas acabem por desprezar essa vida.
Decorrente disso surge uma sugestão de decadência, de uma vida em
declínio focada numa pós vida.
Capítulo 4
• A história de um erro
• Na quinta seção, capítulo 4, “Como o mundo verdadeiro se tornou
finalmente uma fábula”, o filósofo fala de como os mitos e as
narrativas tem uma enorme influência em como nos
experimentamos a realidade.
• Essa seção contém 6 estágios que descrevem a história de um erro.
Os quatro primeiro estágios são históricos e filosóficos, os últimos
dois são propostos por Nietzsche.
→1) No platonismo o “mundo real” é atingindo com a sabedoria
→2) No cristianismo o “mundo real” é atingido na morte
→3) Em Kant, está para além do conhecimento humano.
→4) No positivismo o conhecimento do mundo das aparências basta.
Capítulo 4
Estágios de Nietzsche
→5) Essa ideia de mundo verdadeiro não serve para nada
→6) Abolimos o mundo verdadeiro, e agora devemos reavaliar todos os
valores, segundo o Zaratrustra.
Capítulo 5
• Crítica a moral cristã como antinatural, proposta de moral saudável
• No capítulo 5, “Moral como antinatureza”. O filósofo reitera uma
moral saudável que seja dominada pelos instintos da vida em
contraposição com a razão.
• Ele faz uma crítica a moral que estava sendo ensinada até agora como
moral antinatural, ou seja, uma moral que é contra os nossos
instintos da vida, na qual nos tornamos inimigos da vida (ou ainda
eternos pecadores).
• Ele não é hedonista, e propõe que as paixões tornem-se elevadas e
espiritualizadas. Ao contrário do cristianismo, o qual por outro lado é
enfático numa vida de extirpar as paixões e desejos da carne, como se
a cura para o ser humano fosse a castração dos seus desejos e
instintos.
Crepúsculo dos ídolos, capítulo 6
• No capítulo 6, “Os quatro grande erros”. O filósofo mostra quatro
erros da razão humana relativos as relação causais que são a base de
toda a religião e moralidade. Esse erros seriam a chave para a
reavaliação de todos os outros valores.
• Erro 1: Confundir causa com consequência
• Erro 2: Erro de uma falsa causalidade
• Erro 3 : o erro de causas imaginárias
• Erro 4: o erro do livre arbítrio
Capítulo 6
• O erro do livre arbítrio
• O filósofo nega o conceito de “responsabilidade humana”, o qual ele
argumenta “foi uma invenção criada pelas figuras religiosas para
controlar e ter poder sobre a humanidade.
• Os homens são considerados “livres” para poderem ser julgados e
punidos, e se forem culpados vão para o inferno. De forma que não é
uma real liberdade, mas apenas uma liberdade ficcional para dominar
as pessoas.
• Vide cautionary tales, mitos gregos, fábulas bíblicas, loira do
banheiro.
• O advogado do Diabo, Al Pacino, “Olhe, mas não toque. Toque, mas
não prove. Prove, mas não engula”. (https://youtu.be/HvG1imt_lhI)
Capítulo 6
• O filósofo deixa claro que ele não quer eliminar a igreja cristã.
Entretanto, para ele a grande blasfêmia do cristianismo é “a sua
rebelião contra a vida”.
• Nietzsche propõe que o livre arbítrio foi criado apenas para servir de
punição aos humanos, dessa forma ele vê o livre arbítrio como um
“erro psicológico”.
• Os homens são levados a pensar que são livres, apenas para que eles
descubram que são culpados por consequência.
• Crítica a moralidade de Schopenhauer(baseada na compaixão), como
se fosse a negação da “vontade de viver”, seria a decadência em si
mesma.
Crepúsculo dos ídolos, capítulo 7
• Capítulo 7, Os “melhoradores” da humanidade.
• Nietzche propõe que não existem fatos morais. Ao analisar a história
em todas as épocas alguém queria “melhorar” aos homens.
• Um exemplo para Nietzsche é a religião, que para ele se propôs a
“melhorar” e acabou por tornar o homem mais fraco.
Crepúsculo dos ídolos, capítulo 8
• No capítulo 8, “O que falta aos alemães”.
• O filósofo alemão propõe que a razão pela qual ele vê o “declínio,
decadência” no pensamento alemão é porque está tendo uma
priorização da política sobre o intelecto.
• De tal forma que a cultura e o Estado são antagonistas.
Crepúsculo dos ídolos, capítulo 9
• Capítulo 9, Incursões de um homem extemporâneo.
• Nesse capítulo o filósofo examina figuras culturais de sua época,
dizendo que a maioria delas tem “ambições vulgares de possuir
sentimentos generosos”.
• Aqui temos a apresentação da passagem de Apolo e Dionísio em
Nietzsche, e a retomada do conceito de super-homem representado
segundo o filósofo nas figuras de “Napoleão, Goethe e Fiodor
Dostoiévski”
• [...]minha ambição é dizer em dez frases o que qualquer outro diz em
um livro — o que qualquer outro não diz em um livro... Dei à
humanidade o mais profundo livro que ela possui, meu Zaratustra:
em breve lhe darei o mais independente
Capítulo 10
• Capítulo 10, O que devo aos antigos.
• Nietzsche critica Platão e chega a afirmar que “ o cristianismo é
platonismo para as pessoas” na sua moralidade prejudicial e
decadente.
• Nesse capítulo ele propõe sua admiração a Dionísio.
• [...] E com isso toco novamente no ponto do qual uma vez parti — o
Nascimento da tragédia foi minha primeira transvaloração de todos
os valores: com isso estou de volta ao terreno em que medra meu
querer, meu saber — eu, o último discípulo do filósofo Dionísio — eu,
o mestre do eterno retorno...
Parte final, seção 12
• Última seção do livro, Fala o martelo. (trecho do livro assim falava zaratrustra)
• “Por que tão duro? — falou certa vez ao diamante o carvão de cozinha; não
somos parentes próximos?”
• Por que tão moles? Ó meus irmãos, assim vos pergunto; pois não sois meus —
irmãos? Por que tão moles, tão amolecidos e condescendentes? Por que há
tanta negação, abnegação em vossos corações? Tão pouco destino em vosso
olhar? E se não quereis ser destinos e inexoráveis: como podereis um dia
comigo — vencer? E se a vossa dureza não quer cintilar, cortar e retalhar: como
podereis um dia comigo — criar? Pois todos os que criam são duros. E terá de
vos parecer bem-aventurança imprimir vossa mão nos milênios como se
fossem cera — — Bem-aventurança escrever na vontade de milênios como se
fossem bronze — mais duros que bronze, mais nobres que bronze. Apenas o
mais nobre é perfeitamente duro. — Esta nova tábua, ó irmãos, ponho sobre
vós: tornai-vos duros! — —
Exercícios
Questões PAS 03 – Subprograma 2016
Nada chega efetivamente a vingar, sem que a altivez aí
tome parte. Somente um excedente de força é demonstração de
força. Uma transvaloração de todos os valores, este ponto de
interrogação tão negro, tão monstruoso, que chega até mesmo a
lançar sombras sobre quem o instaura ⎯ um tal destino de tarefa
nos obriga a todo instante a correr para o Sol, a sacudir de nós
mesmos uma seriedade que se tornou pesada, por demais pesada.
Friedrich Nietzsche. Crepúsculo dos ídolos. Prefácio.
Questões PAS 03 – 2018
Nada chega efetivamente a vingar, sem que a altivez aí tome parte. Somente
um excedente de força é demonstração de força. Uma transvaloração de todos
os valores, este ponto de interrogação tão negro, tão monstruoso, que chega
até mesmo a lançar sombras sobre quem o instaura ⎯ um tal destino de tarefa
nos obriga a todo instante a correr para o Sol, a sacudir de nós mesmos uma
seriedade que se tornou pesada, por demais pesada.
Friedrich Nietzsche. Crepúsculo dos ídolos. Prefácio.
11 A “transvaloração de todos os valores” proposta por Nietzsche exige
seriedade e renúncia a todas as formas excedentes de força.
12 A palavra “transvaloração” é formada a partir da combinação do afixo trans-
e de duas palavras: valor e ação.
13 Nietzsche exalta a humildade como forma de inteligência, relacionando-a à
moral, por ele defendida em sua “transvaloração de todos os valores”.
Questões PAS 03 – 2018
O verme se encolhe ao ser pisado. Com isso mostra inteligência. Diminui a
probabilidade de ser novamente pisado. Na linguagem da moral: humildade.
Friedrich Nietzsche. Setas e sentenças, aforismo 31. In: Crepúsculo dos ídolos.
Considerando o poema Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos, e o
excerto de Crepúsculo dos ídolos, de Friedrich Nietzsche, julgue os itens a
seguir.
34 Aforismos são textos sucintos, cuja característica consiste em condensar
amplos conceitos em poucas palavras; Nietzsche, ao expressar seu
pensamento filosófico, usa aforismos como parte de seu estilo.
35 A partir dos textos apresentados, infere-se que Augusto dos Anjos e
Nietzsche elogiam o verme como exemplo de ser vivo e símbolo de elevação
Gabarito
Pas 3 2018- subprograma 2016
11) Errado
12) Errado
13)Errado
34) Certo
35) Errado
Crepúsculo em Veneza - 1908
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  • 1. Filosofia Friedrich Nietzsche - Crepúsculo dos ídolos - Prof. Renan Silva
  • 2. Quem foi Friedrich Nietzsche? • Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, filólogo, escritor e crítico alemão que exerceu grande influência no Ocidente. Sua obra mais conhecida é “Assim Falava Zaratustra”. O pensador estendeu sua influência para além da filosofia, penetrando na literatura, poesia e todos os âmbitos das belas artes. • A fase criativa de Nietzsche foi interrompida em 03 de janeiro de 1889, quando sofreu um grave colapso nas ruas de Turim e perdeu definitivamente a razão. Ao ser internado na Basileia, foi diagnosticado com paralisia progressiva, provavelmente em consequência da sífilis.
  • 3. Conceitos chave • Crepúsculo: entardecer, anoitecer, fim de tarde, perder a luz. • Vontade de potência • Super homem: O super-homem é aquele que vence o niilismo, supera a forma homem, velha e desgastada, supera todos os humanismos, toda a cultura que o prende em si mesmo, é ele quem “lança a flecha do seu anseio por cima do homem” (Nietzsche, Assim Falou Zaratustra, p. 18) • Amor fati : amor ao destino, amor ao fado, aceitação integral da vida e do destino humano como ele é, mesmo nos seus aspectos cruéis e dolorosos.
  • 4. Conceitos chave • Eterno retorno, imagine se tivesse que viver a mesma vida ou o mesmo dia eternamente, você estaria feliz? →conceito criado para lidar com o niilismo de sua época • Na mitologia grega, Apolo e Dionísio são ambos filhos de Zeus. • Apolo é o deus da razão e o racional, enquanto que Dionísio é o deus da loucura e do caos. →Nietzsche se considera discípulo de Dionísio.
  • 5. Crepúsculo dos ídolos • O livro é divido em 12 seções, prólogo, 10 capítulos e seção final. • Muitas consideram um resumo de várias ideias dos livros passados do filósofo.
  • 6. Prólogo • Declaração de guerra aos ídolos • No "prólogo” Nietzsche faz uma grande declaração de guerra contra as ideias prevalentes do seu tempo, ou seja, aos ídolos. • Aqui o termo ídolo se refere a falsas ideias de deuses de sua época, propõe filosofar com uma martelo, como se fosse um diapasão para testar quais ídolos e imagens eram de verdade ou quais eram ocas, ao tocar com o martelo nas imagens ocas retornaria uma som oco e vazio.
  • 7. Capítulo 1 • Máximas,flechas, aforismos • No capítulo 1“máximas e flechas” temos uns conjuntos de aforismos do filósofo, algumas máximas morais que ele propõe e algumas flechas ou questionamentos dos deuses de sua época. As mais famosas são: → 7) Como? O ser humano é apenas um equívoco de Deus? Ou Deus apenas um equívoco do ser humano? – → 8) Da escola da guerra da vida. – O que não me mata me fortalece. → 12) Se nós possuirmos o nosso porque da vida, nós podemos aguentar quase todo como – O ser humano não aspira à felicidade; somente o inglês faz isso. → 33) Sem a música a vida seria um erro
  • 8. Capítulo 2 • Crítica a racionalidade socrática em detrimento dos instintos e sentidos • No segundo capítulo, “O problema de Sócrates”, o filósofo alemão compartilha a ideia de que os filósofos da antiguidade compartilhavam uma crença comum de que a vida é sem valor. Ele criticou a falácia de que o “consenso dos sábios é prova de verdade”. • Ele critica o método socrático dialético dizendo que é fruto de puro sentimento de revolta e ressentimento da ralé social. • Nietzsche questiona o pensamento de Sócrates de que “razão=virtude=felicidade”. Para Nietzsche o instinto se sobrepõe a razão, já que para ele “felicidade=instinto”
  • 9. Capítulo 2 • Por fim o filósofo vai usar o termo decadência durante o livro todo para descrever sistemas de pensamento que advém da doença e da fraqueza. Como exemplo desse tipo de sistema ele dá a “racionalidade sob todo custo” em oposição aos “instintos”.
  • 10. Capítulo 3 • Crítica ao mundo suprassensível e ao ódio a natureza • Na seção quatro, capítulo 3, “A razão na filosofia”, o filósofo denota que a razão é a causa da falsificação das evidências dos nossos sentidos. • Os filósofos comumente escapam dos sentidos dizendo que eles nos impedem de enxergar o mundo real. Para ele o mundo aparente é o único mundo, o “mundo real, suprassensível” foi falsamente adicionado. • Por fim ele diz que se alguém aceita um mundo não-sensorial( imodificável) como superior em contraposto ao nosso mundo sensível que seria inferior, esse alguém estaria adotando um ódio a natureza e por consequência um ódio ao mundo sensível(ao mundo dos vivos)
  • 11. Capítulo 3 – Crítica ao conceito de céu • Crítica ao conceito de céu • Ainda, nessa seção, o filósofo começa uma crítica ao cristianismo e o conceito de céu. Um conceito similar ao conceito de mundo das ideias(mundo das formas= um mundo eterno que não tem mudanças) de Platão. • Por fim, a tendência em dividir o mundo em real "céu” e irreal "aparências” faz com que as pessoas acabem por desprezar essa vida. Decorrente disso surge uma sugestão de decadência, de uma vida em declínio focada numa pós vida.
  • 12. Capítulo 4 • A história de um erro • Na quinta seção, capítulo 4, “Como o mundo verdadeiro se tornou finalmente uma fábula”, o filósofo fala de como os mitos e as narrativas tem uma enorme influência em como nos experimentamos a realidade. • Essa seção contém 6 estágios que descrevem a história de um erro. Os quatro primeiro estágios são históricos e filosóficos, os últimos dois são propostos por Nietzsche. →1) No platonismo o “mundo real” é atingindo com a sabedoria →2) No cristianismo o “mundo real” é atingido na morte →3) Em Kant, está para além do conhecimento humano. →4) No positivismo o conhecimento do mundo das aparências basta.
  • 13. Capítulo 4 Estágios de Nietzsche →5) Essa ideia de mundo verdadeiro não serve para nada →6) Abolimos o mundo verdadeiro, e agora devemos reavaliar todos os valores, segundo o Zaratrustra.
  • 14. Capítulo 5 • Crítica a moral cristã como antinatural, proposta de moral saudável • No capítulo 5, “Moral como antinatureza”. O filósofo reitera uma moral saudável que seja dominada pelos instintos da vida em contraposição com a razão. • Ele faz uma crítica a moral que estava sendo ensinada até agora como moral antinatural, ou seja, uma moral que é contra os nossos instintos da vida, na qual nos tornamos inimigos da vida (ou ainda eternos pecadores). • Ele não é hedonista, e propõe que as paixões tornem-se elevadas e espiritualizadas. Ao contrário do cristianismo, o qual por outro lado é enfático numa vida de extirpar as paixões e desejos da carne, como se a cura para o ser humano fosse a castração dos seus desejos e instintos.
  • 15. Crepúsculo dos ídolos, capítulo 6 • No capítulo 6, “Os quatro grande erros”. O filósofo mostra quatro erros da razão humana relativos as relação causais que são a base de toda a religião e moralidade. Esse erros seriam a chave para a reavaliação de todos os outros valores. • Erro 1: Confundir causa com consequência • Erro 2: Erro de uma falsa causalidade • Erro 3 : o erro de causas imaginárias • Erro 4: o erro do livre arbítrio
  • 16. Capítulo 6 • O erro do livre arbítrio • O filósofo nega o conceito de “responsabilidade humana”, o qual ele argumenta “foi uma invenção criada pelas figuras religiosas para controlar e ter poder sobre a humanidade. • Os homens são considerados “livres” para poderem ser julgados e punidos, e se forem culpados vão para o inferno. De forma que não é uma real liberdade, mas apenas uma liberdade ficcional para dominar as pessoas. • Vide cautionary tales, mitos gregos, fábulas bíblicas, loira do banheiro. • O advogado do Diabo, Al Pacino, “Olhe, mas não toque. Toque, mas não prove. Prove, mas não engula”. (https://youtu.be/HvG1imt_lhI)
  • 17. Capítulo 6 • O filósofo deixa claro que ele não quer eliminar a igreja cristã. Entretanto, para ele a grande blasfêmia do cristianismo é “a sua rebelião contra a vida”. • Nietzsche propõe que o livre arbítrio foi criado apenas para servir de punição aos humanos, dessa forma ele vê o livre arbítrio como um “erro psicológico”. • Os homens são levados a pensar que são livres, apenas para que eles descubram que são culpados por consequência. • Crítica a moralidade de Schopenhauer(baseada na compaixão), como se fosse a negação da “vontade de viver”, seria a decadência em si mesma.
  • 18. Crepúsculo dos ídolos, capítulo 7 • Capítulo 7, Os “melhoradores” da humanidade. • Nietzche propõe que não existem fatos morais. Ao analisar a história em todas as épocas alguém queria “melhorar” aos homens. • Um exemplo para Nietzsche é a religião, que para ele se propôs a “melhorar” e acabou por tornar o homem mais fraco.
  • 19. Crepúsculo dos ídolos, capítulo 8 • No capítulo 8, “O que falta aos alemães”. • O filósofo alemão propõe que a razão pela qual ele vê o “declínio, decadência” no pensamento alemão é porque está tendo uma priorização da política sobre o intelecto. • De tal forma que a cultura e o Estado são antagonistas.
  • 20. Crepúsculo dos ídolos, capítulo 9 • Capítulo 9, Incursões de um homem extemporâneo. • Nesse capítulo o filósofo examina figuras culturais de sua época, dizendo que a maioria delas tem “ambições vulgares de possuir sentimentos generosos”. • Aqui temos a apresentação da passagem de Apolo e Dionísio em Nietzsche, e a retomada do conceito de super-homem representado segundo o filósofo nas figuras de “Napoleão, Goethe e Fiodor Dostoiévski” • [...]minha ambição é dizer em dez frases o que qualquer outro diz em um livro — o que qualquer outro não diz em um livro... Dei à humanidade o mais profundo livro que ela possui, meu Zaratustra: em breve lhe darei o mais independente
  • 21. Capítulo 10 • Capítulo 10, O que devo aos antigos. • Nietzsche critica Platão e chega a afirmar que “ o cristianismo é platonismo para as pessoas” na sua moralidade prejudicial e decadente. • Nesse capítulo ele propõe sua admiração a Dionísio. • [...] E com isso toco novamente no ponto do qual uma vez parti — o Nascimento da tragédia foi minha primeira transvaloração de todos os valores: com isso estou de volta ao terreno em que medra meu querer, meu saber — eu, o último discípulo do filósofo Dionísio — eu, o mestre do eterno retorno...
  • 22. Parte final, seção 12 • Última seção do livro, Fala o martelo. (trecho do livro assim falava zaratrustra) • “Por que tão duro? — falou certa vez ao diamante o carvão de cozinha; não somos parentes próximos?” • Por que tão moles? Ó meus irmãos, assim vos pergunto; pois não sois meus — irmãos? Por que tão moles, tão amolecidos e condescendentes? Por que há tanta negação, abnegação em vossos corações? Tão pouco destino em vosso olhar? E se não quereis ser destinos e inexoráveis: como podereis um dia comigo — vencer? E se a vossa dureza não quer cintilar, cortar e retalhar: como podereis um dia comigo — criar? Pois todos os que criam são duros. E terá de vos parecer bem-aventurança imprimir vossa mão nos milênios como se fossem cera — — Bem-aventurança escrever na vontade de milênios como se fossem bronze — mais duros que bronze, mais nobres que bronze. Apenas o mais nobre é perfeitamente duro. — Esta nova tábua, ó irmãos, ponho sobre vós: tornai-vos duros! — —
  • 24. Questões PAS 03 – Subprograma 2016 Nada chega efetivamente a vingar, sem que a altivez aí tome parte. Somente um excedente de força é demonstração de força. Uma transvaloração de todos os valores, este ponto de interrogação tão negro, tão monstruoso, que chega até mesmo a lançar sombras sobre quem o instaura ⎯ um tal destino de tarefa nos obriga a todo instante a correr para o Sol, a sacudir de nós mesmos uma seriedade que se tornou pesada, por demais pesada. Friedrich Nietzsche. Crepúsculo dos ídolos. Prefácio.
  • 25. Questões PAS 03 – 2018 Nada chega efetivamente a vingar, sem que a altivez aí tome parte. Somente um excedente de força é demonstração de força. Uma transvaloração de todos os valores, este ponto de interrogação tão negro, tão monstruoso, que chega até mesmo a lançar sombras sobre quem o instaura ⎯ um tal destino de tarefa nos obriga a todo instante a correr para o Sol, a sacudir de nós mesmos uma seriedade que se tornou pesada, por demais pesada. Friedrich Nietzsche. Crepúsculo dos ídolos. Prefácio. 11 A “transvaloração de todos os valores” proposta por Nietzsche exige seriedade e renúncia a todas as formas excedentes de força. 12 A palavra “transvaloração” é formada a partir da combinação do afixo trans- e de duas palavras: valor e ação. 13 Nietzsche exalta a humildade como forma de inteligência, relacionando-a à moral, por ele defendida em sua “transvaloração de todos os valores”.
  • 26. Questões PAS 03 – 2018 O verme se encolhe ao ser pisado. Com isso mostra inteligência. Diminui a probabilidade de ser novamente pisado. Na linguagem da moral: humildade. Friedrich Nietzsche. Setas e sentenças, aforismo 31. In: Crepúsculo dos ídolos. Considerando o poema Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos, e o excerto de Crepúsculo dos ídolos, de Friedrich Nietzsche, julgue os itens a seguir. 34 Aforismos são textos sucintos, cuja característica consiste em condensar amplos conceitos em poucas palavras; Nietzsche, ao expressar seu pensamento filosófico, usa aforismos como parte de seu estilo. 35 A partir dos textos apresentados, infere-se que Augusto dos Anjos e Nietzsche elogiam o verme como exemplo de ser vivo e símbolo de elevação
  • 27. Gabarito Pas 3 2018- subprograma 2016 11) Errado 12) Errado 13)Errado 34) Certo 35) Errado
  • 28. Crepúsculo em Veneza - 1908 Monet