SlideShare uma empresa Scribd logo
Movimentos
Dadaísmo e Surrealismo
Professora Andréa Dressler
“Isto não é um cachimbo”
MOVIMENTO DADAÍSMO
“Para compreender como nasceu o Dada é
preciso imaginar, de um lado, o espírito de um
grupo de jovens naquela espécie de prisão que
era a Suíça na época da Primeira Guerra
Mundial e, de outro, o nível intelectual da arte e
da literatura naquele tempo. Claro, a guerra
tinha que acabar e, depois dela, nós iríamos ter
outras. Mas, por volta de 1916-1917, a guerra
parecia que não teria mais fim. Além disso, de
longe, tanto para mim como para meus amigos,
ela assumiu proporções falseadas por uma
perspectiva demasiado ampla. Daí o desgosto
e a revolta. Éramos decididamente contra a
guerra, sem cair, porém, nas suposições fáceis
do pacifismo utopista.”
Entrevista concedia por Tristan Tzara à rádio francesa em 1950. (MICHELI, 1991)
 Esse movimento artístico é marcado
pelo protesto e contestação de
valores vigentes.
 Manifestava-se por diversos canais
culturais: exposições, apresentações
públicas, revistas, jornais, manifestos
e outros.
 Visava atingir o maior número de
pessoas nas quais provocava
questionamento e choque.
"Toda página deve
explodir, seja pela
seriedade,
profundidade,
turbulência,
náusea, o neonato
novo, eterno e
aniquilador,
entusiasmo pelos
princípios, ou do
modo como é
impresso. A arte
deve ser
inespecífica no
extremo, inútil e
impossível de
justificar ".
Francis Picabia na
Revista 391, 1917
O francês Francis Picabia aderiu ao movimento
juntamente com Tristan Tzara e fundou uma revista
em Barcelona que questionava a arte.
 Apesar do aparente delírio, estava
engajado em eventos da época e
mostrava a revolta, a desilusão e o
medo, marcas do tempo sombrio de
guerra.
 Sua perspectiva niilista expressa um
movimento sem estilo ou prática
específicos, é adepto da diversidade.
Perspectiva niilista: parte
do princípio de que a arte
não tem que ser um
produto eterno e imutável
de uma sociedade.
“Os que estão conosco
conservam sua liberdade.
Nós não reconhecemos
nenhuma teoria. Bastam
com as academias
cubistas e futuristas,
laboratórios de ideias
formais.”
Tristan Tzara no Manifesto
Dadaísta de 1918
Colagem disposta segundo as leis do acaso, Hans
Arp, 1916-17. A contratição entre as palavras “leis” e
“acaso” transmitem a ideia da rejeição da arte
acadêmica
 Seus protagonistas criaram, em 1916,
em Zurique, o Cabaré Voltaire, local
destinado a reuniões, apresentações
de música, poesia, teatro, desenho,
instalações e pinturas. Unidos pelo
espírito anárquico e de
questionamento crítico, expressavam
sua rejeição aos moldes da sociedade
da época da mesma forma como a
viam: sem valores humanos
expressivos ou significativos.
Prega a antiarte,
visto que um dos
requisitos para que
uma obra seja
considerada arte é
a necessidade de
ser original e única.
Através de suas
obras os dadaístas
evidenciavam a
inversão de valores
sociais nesse
momento de
descrédito com
governos, partidos
e ideologias.
Roda de bicicleta, 1913. Primeiro Ready-
made de Marcel Duchamp
Marcel Duchamp
 Principal representante do grupo, o
francês Marcel Duchamp é o
responsável pelo conceito de ready-
made (pronto para uso), corrente que
se apropria de objetos, produtos ou
produções já prontos e destinados a
outro contexto e os colocam no
contexto artístico dadaísta.
Arte contra a arte:
Duchamp apresenta
um desafio a arte
tradicional e
clássica
defendendo que a
obra em si, seu
material e
concepção, não
importa e sim o
conceito que dela
emana.
A obra A fonte foi um marco da vertente ready-made. Esse
urinol foi adquirido pelo autor no comércio em 1917.
Assinou-o com o codinome R. Mutt e inscreveu-se numa
exposição que marcaria definitivamente a presença da arte
dadaísta.
PINTURA METAFÍSICA
Na mesma época o italiano Giorgio de
Chirico surge com um novo tipo de arte a
partir de um conceito metafísico. O objetivo
era se contrapor ao movimento italiano
futurista e suas relações políticas com a arte.
 A linguagem metafísica apresentava uma
abordagem mais lírica e enigmática do que o
Dadaísmo. Isso por que os anseios sociais
também incomodavam os intelectuais que se
mostravam insatisfeitos com a Primeira Guerra
Mundial ainda em andamento.
 Passaram a contemplar o mundo com um olhar
mais crítico e reflexivo e apresentavam uma
visão mais elaborada a partir do conhecimento
dos fatos e do sentimento de estranheza e
desconforto provocados pela guerra.
 Por esse motivo se inspiraram nos conceitos
científicos da Metafísica, que estuda tudo o que
se manifesta além da matéria partindo para o
campo da cognição, do sentimento e do
sobrenatural.
De Chirico
apresentava
perspectivas
inesperadas,
conexões ilógicas
entre os elementos
da obra e criação
de espaços vazios,
da mesmo forma
com que sentiam o
mundo.Retratava
cenas urbanas com
elementos
construtivos,
isolados e
estranhos dentro
da perspectiva aos
quais estava
introduzidos.
Plaza de Italia, 1913
?
?
?
?
?
Associava personagens
descaracterizados,
inertes e
desproporcionais,
prolongados por
sombras ilógicas e sem
sentido, remetendo o
conjunto a termos
oníricos (dos sonhos) e
estranhos ao mundo
real.
Suas obras causam
sensações complexas,
de natureza inquietante
e com múltiplas
possibilidades de
interpretação.
As Musas Inquietantes,1916
MOVIMENTO
SURREALISMO
Inspirados pela pintura metafísica de De
Chirico, em 1924 o escritor francês Andre
Breton publica o Manifesto dos Surrealistas
que tinha como objetivo a expressão dos
sentimentos mais íntimos e verdadeiros do
ser humano em relação às suas dores,
desilusões, amores e medos. Mas, diferente
dos Expressionistas, sua abordagem está
relacionada como a irracionalidade, com uma
busca interior e com a valorização das
angústias humanas.
Teoria da Psicanálise
 Os conceitos da Teoria da
Psicanálise, do Inconsciente e da
Interpretação dos sonhos, publicados
nessa época pelo psicanalista alemão
Sigmund Freud também serviram
como fundamento para o surrealismo.
 Tanto na pintura como na escultura
essas teorias ficam evidentes pela
representação de figuras fantásticas e
marcadas por um subjetivismo
inconscientes (o interior do artista, o
que ele sente inconscientemente)
Na escultura Vênus
de Milo com gavetas,
Salvador Dalí tenta
“acessar” o interior
de uma pessoa, suas
partes escondidas,
seus segredos (como
gavetas trancadas).
 Marcas das manifestações desse
período, os valores oníricos, a prática
do automatismo psíquico, a
exploração do inconsciente e dos
sonhos, o hipnotismo, a sexualidade e
o amor exacerbado, são o norte da
pesquisa surrealista.
 Em suma, não se prendiam à moral, à
lógica ou à razão.
Nessa pintura Dali
se inspirou num
sonho contado por
sua esposa Gala
em que um vôo de
uma abelha ao
redor de uma romã
madura
desencadeava uma
série de estranhas
imagens. Para o
cristianismo a romã
é símbolo da
Virgem Maria e esta
associada a
fertilidade. Por isso
a romã maior ao
fundo espalha suas
sementes no mar.
Sonho causado pelo voo de uma abelha ao
redor de uma romã um segundo antes de
acordar, Salvador Dali, 1944
Nessa pintura Dali
revela suas
impressões da
guerra como uma
grande caveira.
Dentro dela outras
caveiras e dentro
delas outras
caveiras e outras
mais até criar uma
percepção infinita
de morte e
desolação.
A face da Guerra, Salvador Dali - 1940.
Aqui Dali baseia-se na
pintura de mesmo nome
de El Bosco para criar
imagens de desejo sexual
e luxúria que assaltam um
eremita: elefantes
carregam uma mulher nua
sobre um pedestal; um
obelisco e um templo de
prazer; das nuvens
emergem as alucinações
de Santo Antônio; armado
com uma cruz o santo
detém as visões . O
triunfo do bem surge à
direita com um mosteiro,
símbolo da força divina.A tentação de Santo Antônio, Salvador
Dali, 1946
Principais artistas
 O mais conhecido foi o espanhol
Salvador Dali
 Outros artistas importantes foram o
belga René Magritte, o espanhol Joan
Miró, o norte-americano May Ray e a
suiça Meret Oppenheim.
 Os dadaístas alemães Max Ernst e
Hans Arp depois também se uniram
ao grupo.
René Magritte
Reprodução proibida, 1937
Joan Miró
O Carnaval de Arlequim, 1924-25
May Ray
“Pinto o que não pode
ser fotografado, algo
surgido da imaginação,
ou um sonho, ou um
impulso do
subconsciente.
Fotografo as coisas
que não quero pintar,
coisas que já existem."
Branco e preto, 1926 (fotografia)
Meret Oppenheim
Jogo de café da manhã em pele, 1936
(objeto)
Max Ernst
Conheceu a colagem num dia
chuvoso de 1919 ao folhear as
páginas de um catálogo
ilustrado de objetos para
demonstrações antropológicas,
microscópicas, mineralógicas e
paleontológicas e assim, como
ele mesmo disse, “obtive uma
imagem fixa fiel às minhas
alucinações e transformei em
dramas reveladores os meus
mais secretos desejos – tudo
isso a partir do que antes eram
apenas umas banais páginas de
anúncios”.
Duas Crianças Ameaçadas por um
Rouxinol, 1924
falandodearte.com.br
BIBLIOGRAFIA
Estudo Dirigido de Artes: Ensino
Médio: volume único/ Borges e
Ribeiro. Brasília, DF:Editora do Centro,
2011.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Dadaísmo
DadaísmoDadaísmo
Dadaísmo
 
OP - ART e POP - ART
OP - ART e POP - ARTOP - ART e POP - ART
OP - ART e POP - ART
 
Futurismoo
FuturismooFuturismoo
Futurismoo
 
Fauvismo
FauvismoFauvismo
Fauvismo
 
Arte contemporânea
Arte contemporâneaArte contemporânea
Arte contemporânea
 
Semana de Arte Moderna 1922
Semana de Arte Moderna 1922Semana de Arte Moderna 1922
Semana de Arte Moderna 1922
 
Slide De Cubismo
Slide De CubismoSlide De Cubismo
Slide De Cubismo
 
Arte Conceitual
Arte ConceitualArte Conceitual
Arte Conceitual
 
Futurismo
Futurismo Futurismo
Futurismo
 
Arte conceitual
Arte conceitualArte conceitual
Arte conceitual
 
Expressionismo abstrato (1)
Expressionismo abstrato (1)Expressionismo abstrato (1)
Expressionismo abstrato (1)
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Arte moderna brasileira
Arte moderna brasileiraArte moderna brasileira
Arte moderna brasileira
 
A semana de arte moderna
A semana de arte modernaA semana de arte moderna
A semana de arte moderna
 
NeoConcretismo Brasileiro
NeoConcretismo Brasileiro NeoConcretismo Brasileiro
NeoConcretismo Brasileiro
 
Semana de arte moderna
Semana de arte modernaSemana de arte moderna
Semana de arte moderna
 
Abstracionismo
AbstracionismoAbstracionismo
Abstracionismo
 
Vanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slidesVanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slides
 

Semelhante a Movimentos Dadaísmo e Surrealismo

MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptx
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptxMOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptx
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptxClariceLuizaGomesDeF
 
Dadaísmo e Surrealismo
Dadaísmo e Surrealismo Dadaísmo e Surrealismo
Dadaísmo e Surrealismo Gui Souza A
 
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoRevisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoCLEBER LUIS DAMACENO
 
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018CLEBER LUIS DAMACENO
 
Movimento Surrealista - Prof. Altair Aguilar
Movimento Surrealista - Prof. Altair AguilarMovimento Surrealista - Prof. Altair Aguilar
Movimento Surrealista - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
As grandes tendências da pintura do séc. xx
As grandes tendências da pintura do séc. xxAs grandes tendências da pintura do séc. xx
As grandes tendências da pintura do séc. xxTânia Correia
 
Surrealismo (1º D)
Surrealismo (1º D) Surrealismo (1º D)
Surrealismo (1º D) livianee
 
[HAVC] Surrealismo: António Pedro
[HAVC] Surrealismo: António Pedro[HAVC] Surrealismo: António Pedro
[HAVC] Surrealismo: António PedroRicardo Sousa
 
O Surrealismo-História
O Surrealismo-HistóriaO Surrealismo-História
O Surrealismo-HistóriaArita155
 
impressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptx
impressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptximpressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptx
impressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptxMatheusSantana210675
 
Hd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismo
Hd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismoHd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismo
Hd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismoTicianne Darin
 

Semelhante a Movimentos Dadaísmo e Surrealismo (20)

Surrealismo
SurrealismoSurrealismo
Surrealismo
 
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptx
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptxMOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptx
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DA ARTE.pptx
 
Dadaísmo e Surrealismo
Dadaísmo e Surrealismo Dadaísmo e Surrealismo
Dadaísmo e Surrealismo
 
Surrealismo
SurrealismoSurrealismo
Surrealismo
 
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneoRevisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
Revisão para o Enem 2018 / Do moderno ao contemporâneo
 
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
 
Movimento Surrealista - Prof. Altair Aguilar
Movimento Surrealista - Prof. Altair AguilarMovimento Surrealista - Prof. Altair Aguilar
Movimento Surrealista - Prof. Altair Aguilar
 
A vanguarda europeia
A vanguarda europeiaA vanguarda europeia
A vanguarda europeia
 
Novas figurações
Novas figuraçõesNovas figurações
Novas figurações
 
As grandes tendências da pintura do séc. xx
As grandes tendências da pintura do séc. xxAs grandes tendências da pintura do séc. xx
As grandes tendências da pintura do séc. xx
 
Amanda job
Amanda jobAmanda job
Amanda job
 
Surrealismo
SurrealismoSurrealismo
Surrealismo
 
Dadaísmo movimento artístico
Dadaísmo   movimento artísticoDadaísmo   movimento artístico
Dadaísmo movimento artístico
 
Surrealismo (1º D)
Surrealismo (1º D) Surrealismo (1º D)
Surrealismo (1º D)
 
[HAVC] Surrealismo: António Pedro
[HAVC] Surrealismo: António Pedro[HAVC] Surrealismo: António Pedro
[HAVC] Surrealismo: António Pedro
 
O Surrealismo-História
O Surrealismo-HistóriaO Surrealismo-História
O Surrealismo-História
 
impressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptx
impressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptximpressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptx
impressionist-artist-van-gogh-thesis-defense (2).pptx
 
Hd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismo
Hd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismoHd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismo
Hd 2016.1 aula 9_influências das vanguardas europeias - surrealismo
 
Dadaísmo e Surrealismo - 3ª A - 2011
Dadaísmo e Surrealismo - 3ª A - 2011Dadaísmo e Surrealismo - 3ª A - 2011
Dadaísmo e Surrealismo - 3ª A - 2011
 
Vanguardas Européias
Vanguardas EuropéiasVanguardas Européias
Vanguardas Européias
 

Mais de Andrea Dressler (20)

Pós - Impressionismo
Pós - ImpressionismoPós - Impressionismo
Pós - Impressionismo
 
Art Nouveau (Arte Nova)
Art Nouveau (Arte Nova)Art Nouveau (Arte Nova)
Art Nouveau (Arte Nova)
 
Impressionismo no Brasil
Impressionismo no BrasilImpressionismo no Brasil
Impressionismo no Brasil
 
Academicismo no Brasil: Romantismo e Realismo
Academicismo no Brasil: Romantismo e RealismoAcademicismo no Brasil: Romantismo e Realismo
Academicismo no Brasil: Romantismo e Realismo
 
Op Art
Op ArtOp Art
Op Art
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Expressionismo Abstrato
Expressionismo AbstratoExpressionismo Abstrato
Expressionismo Abstrato
 
Missão Langsdorff no Brasil
Missão Langsdorff no BrasilMissão Langsdorff no Brasil
Missão Langsdorff no Brasil
 
Missão Artística Francesa
Missão Artística Francesa Missão Artística Francesa
Missão Artística Francesa
 
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro  - Arte ConcretaConcretismo Brasileiro  - Arte Concreta
Concretismo Brasileiro - Arte Concreta
 
Neoclassicismo - Arte Neoclássica
Neoclassicismo - Arte NeoclássicaNeoclassicismo - Arte Neoclássica
Neoclassicismo - Arte Neoclássica
 
Modernismo Brasileiro
Modernismo BrasileiroModernismo Brasileiro
Modernismo Brasileiro
 
Arte Rococó
Arte RococóArte Rococó
Arte Rococó
 
Arte Barroca no Brasil
Arte Barroca no BrasilArte Barroca no Brasil
Arte Barroca no Brasil
 
Abstracionismo
AbstracionismoAbstracionismo
Abstracionismo
 
Futurismo
FuturismoFuturismo
Futurismo
 
Movimento Cubismo
Movimento CubismoMovimento Cubismo
Movimento Cubismo
 
Movimento Fauvismo
Movimento FauvismoMovimento Fauvismo
Movimento Fauvismo
 

Último

Atividade português 7 ano página 38 a 40
Atividade português 7 ano página 38 a 40Atividade português 7 ano página 38 a 40
Atividade português 7 ano página 38 a 40vitoriaalyce2011
 
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxtchingando6
 
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_AssisMemórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assisbrunocali007
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...IsabelPereira2010
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfrarakey779
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Centro Jacques Delors
 
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantilApresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantilMariaHelena293800
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfLeandroTelesRocha2
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfLeandroTelesRocha2
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfEditora
 
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxSão Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxMartin M Flynn
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfAndriaNascimento27
 
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisAmérica Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
 
Recurso da Casa das Ciências: Bateria/Acumulador
Recurso da Casa das Ciências: Bateria/AcumuladorRecurso da Casa das Ciências: Bateria/Acumulador
Recurso da Casa das Ciências: Bateria/AcumuladorCasa Ciências
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfLetícia Butterfield
 
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdfmanual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdfrarakey779
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leiteprofesfrancleite
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfrarakey779
 
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptxAULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptxGraycyelleCavalcanti
 

Último (20)

Atividade português 7 ano página 38 a 40
Atividade português 7 ano página 38 a 40Atividade português 7 ano página 38 a 40
Atividade português 7 ano página 38 a 40
 
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
 
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_AssisMemórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantilApresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
 
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxSão Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
 
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisAmérica Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
 
Recurso da Casa das Ciências: Bateria/Acumulador
Recurso da Casa das Ciências: Bateria/AcumuladorRecurso da Casa das Ciências: Bateria/Acumulador
Recurso da Casa das Ciências: Bateria/Acumulador
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdfmanual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptxAULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
 

Movimentos Dadaísmo e Surrealismo

  • 1. Movimentos Dadaísmo e Surrealismo Professora Andréa Dressler “Isto não é um cachimbo”
  • 2. MOVIMENTO DADAÍSMO “Para compreender como nasceu o Dada é preciso imaginar, de um lado, o espírito de um grupo de jovens naquela espécie de prisão que era a Suíça na época da Primeira Guerra Mundial e, de outro, o nível intelectual da arte e da literatura naquele tempo. Claro, a guerra tinha que acabar e, depois dela, nós iríamos ter outras. Mas, por volta de 1916-1917, a guerra parecia que não teria mais fim. Além disso, de longe, tanto para mim como para meus amigos, ela assumiu proporções falseadas por uma perspectiva demasiado ampla. Daí o desgosto e a revolta. Éramos decididamente contra a guerra, sem cair, porém, nas suposições fáceis do pacifismo utopista.” Entrevista concedia por Tristan Tzara à rádio francesa em 1950. (MICHELI, 1991)
  • 3.  Esse movimento artístico é marcado pelo protesto e contestação de valores vigentes.  Manifestava-se por diversos canais culturais: exposições, apresentações públicas, revistas, jornais, manifestos e outros.  Visava atingir o maior número de pessoas nas quais provocava questionamento e choque.
  • 4. "Toda página deve explodir, seja pela seriedade, profundidade, turbulência, náusea, o neonato novo, eterno e aniquilador, entusiasmo pelos princípios, ou do modo como é impresso. A arte deve ser inespecífica no extremo, inútil e impossível de justificar ". Francis Picabia na Revista 391, 1917 O francês Francis Picabia aderiu ao movimento juntamente com Tristan Tzara e fundou uma revista em Barcelona que questionava a arte.
  • 5.  Apesar do aparente delírio, estava engajado em eventos da época e mostrava a revolta, a desilusão e o medo, marcas do tempo sombrio de guerra.  Sua perspectiva niilista expressa um movimento sem estilo ou prática específicos, é adepto da diversidade.
  • 6. Perspectiva niilista: parte do princípio de que a arte não tem que ser um produto eterno e imutável de uma sociedade. “Os que estão conosco conservam sua liberdade. Nós não reconhecemos nenhuma teoria. Bastam com as academias cubistas e futuristas, laboratórios de ideias formais.” Tristan Tzara no Manifesto Dadaísta de 1918 Colagem disposta segundo as leis do acaso, Hans Arp, 1916-17. A contratição entre as palavras “leis” e “acaso” transmitem a ideia da rejeição da arte acadêmica
  • 7.  Seus protagonistas criaram, em 1916, em Zurique, o Cabaré Voltaire, local destinado a reuniões, apresentações de música, poesia, teatro, desenho, instalações e pinturas. Unidos pelo espírito anárquico e de questionamento crítico, expressavam sua rejeição aos moldes da sociedade da época da mesma forma como a viam: sem valores humanos expressivos ou significativos.
  • 8. Prega a antiarte, visto que um dos requisitos para que uma obra seja considerada arte é a necessidade de ser original e única. Através de suas obras os dadaístas evidenciavam a inversão de valores sociais nesse momento de descrédito com governos, partidos e ideologias. Roda de bicicleta, 1913. Primeiro Ready- made de Marcel Duchamp
  • 9. Marcel Duchamp  Principal representante do grupo, o francês Marcel Duchamp é o responsável pelo conceito de ready- made (pronto para uso), corrente que se apropria de objetos, produtos ou produções já prontos e destinados a outro contexto e os colocam no contexto artístico dadaísta.
  • 10. Arte contra a arte: Duchamp apresenta um desafio a arte tradicional e clássica defendendo que a obra em si, seu material e concepção, não importa e sim o conceito que dela emana. A obra A fonte foi um marco da vertente ready-made. Esse urinol foi adquirido pelo autor no comércio em 1917. Assinou-o com o codinome R. Mutt e inscreveu-se numa exposição que marcaria definitivamente a presença da arte dadaísta.
  • 11. PINTURA METAFÍSICA Na mesma época o italiano Giorgio de Chirico surge com um novo tipo de arte a partir de um conceito metafísico. O objetivo era se contrapor ao movimento italiano futurista e suas relações políticas com a arte.
  • 12.  A linguagem metafísica apresentava uma abordagem mais lírica e enigmática do que o Dadaísmo. Isso por que os anseios sociais também incomodavam os intelectuais que se mostravam insatisfeitos com a Primeira Guerra Mundial ainda em andamento.  Passaram a contemplar o mundo com um olhar mais crítico e reflexivo e apresentavam uma visão mais elaborada a partir do conhecimento dos fatos e do sentimento de estranheza e desconforto provocados pela guerra.  Por esse motivo se inspiraram nos conceitos científicos da Metafísica, que estuda tudo o que se manifesta além da matéria partindo para o campo da cognição, do sentimento e do sobrenatural.
  • 13. De Chirico apresentava perspectivas inesperadas, conexões ilógicas entre os elementos da obra e criação de espaços vazios, da mesmo forma com que sentiam o mundo.Retratava cenas urbanas com elementos construtivos, isolados e estranhos dentro da perspectiva aos quais estava introduzidos. Plaza de Italia, 1913
  • 15. Associava personagens descaracterizados, inertes e desproporcionais, prolongados por sombras ilógicas e sem sentido, remetendo o conjunto a termos oníricos (dos sonhos) e estranhos ao mundo real. Suas obras causam sensações complexas, de natureza inquietante e com múltiplas possibilidades de interpretação. As Musas Inquietantes,1916
  • 16. MOVIMENTO SURREALISMO Inspirados pela pintura metafísica de De Chirico, em 1924 o escritor francês Andre Breton publica o Manifesto dos Surrealistas que tinha como objetivo a expressão dos sentimentos mais íntimos e verdadeiros do ser humano em relação às suas dores, desilusões, amores e medos. Mas, diferente dos Expressionistas, sua abordagem está relacionada como a irracionalidade, com uma busca interior e com a valorização das angústias humanas.
  • 17. Teoria da Psicanálise  Os conceitos da Teoria da Psicanálise, do Inconsciente e da Interpretação dos sonhos, publicados nessa época pelo psicanalista alemão Sigmund Freud também serviram como fundamento para o surrealismo.
  • 18.  Tanto na pintura como na escultura essas teorias ficam evidentes pela representação de figuras fantásticas e marcadas por um subjetivismo inconscientes (o interior do artista, o que ele sente inconscientemente)
  • 19. Na escultura Vênus de Milo com gavetas, Salvador Dalí tenta “acessar” o interior de uma pessoa, suas partes escondidas, seus segredos (como gavetas trancadas).
  • 20.  Marcas das manifestações desse período, os valores oníricos, a prática do automatismo psíquico, a exploração do inconsciente e dos sonhos, o hipnotismo, a sexualidade e o amor exacerbado, são o norte da pesquisa surrealista.  Em suma, não se prendiam à moral, à lógica ou à razão.
  • 21. Nessa pintura Dali se inspirou num sonho contado por sua esposa Gala em que um vôo de uma abelha ao redor de uma romã madura desencadeava uma série de estranhas imagens. Para o cristianismo a romã é símbolo da Virgem Maria e esta associada a fertilidade. Por isso a romã maior ao fundo espalha suas sementes no mar. Sonho causado pelo voo de uma abelha ao redor de uma romã um segundo antes de acordar, Salvador Dali, 1944
  • 22. Nessa pintura Dali revela suas impressões da guerra como uma grande caveira. Dentro dela outras caveiras e dentro delas outras caveiras e outras mais até criar uma percepção infinita de morte e desolação. A face da Guerra, Salvador Dali - 1940.
  • 23. Aqui Dali baseia-se na pintura de mesmo nome de El Bosco para criar imagens de desejo sexual e luxúria que assaltam um eremita: elefantes carregam uma mulher nua sobre um pedestal; um obelisco e um templo de prazer; das nuvens emergem as alucinações de Santo Antônio; armado com uma cruz o santo detém as visões . O triunfo do bem surge à direita com um mosteiro, símbolo da força divina.A tentação de Santo Antônio, Salvador Dali, 1946
  • 24. Principais artistas  O mais conhecido foi o espanhol Salvador Dali  Outros artistas importantes foram o belga René Magritte, o espanhol Joan Miró, o norte-americano May Ray e a suiça Meret Oppenheim.  Os dadaístas alemães Max Ernst e Hans Arp depois também se uniram ao grupo.
  • 26. Joan Miró O Carnaval de Arlequim, 1924-25
  • 27. May Ray “Pinto o que não pode ser fotografado, algo surgido da imaginação, ou um sonho, ou um impulso do subconsciente. Fotografo as coisas que não quero pintar, coisas que já existem." Branco e preto, 1926 (fotografia)
  • 28. Meret Oppenheim Jogo de café da manhã em pele, 1936 (objeto)
  • 29. Max Ernst Conheceu a colagem num dia chuvoso de 1919 ao folhear as páginas de um catálogo ilustrado de objetos para demonstrações antropológicas, microscópicas, mineralógicas e paleontológicas e assim, como ele mesmo disse, “obtive uma imagem fixa fiel às minhas alucinações e transformei em dramas reveladores os meus mais secretos desejos – tudo isso a partir do que antes eram apenas umas banais páginas de anúncios”. Duas Crianças Ameaçadas por um Rouxinol, 1924
  • 30. falandodearte.com.br BIBLIOGRAFIA Estudo Dirigido de Artes: Ensino Médio: volume único/ Borges e Ribeiro. Brasília, DF:Editora do Centro, 2011.