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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO DE QUÍMICA
Disciplina de Microbiologia II Profª. Lizângela Ferreira
Contagem de Microrganismos
A contagem de heterotróficos, também conhecida
como contagem padrão em placas, é um procedimento que
objetiva estimar o número de bactérias heterotróficas na
água, particularmente como uma ferramenta para
acompanhar variações nas condições de processo, no
caso das águas minerais, ou a eficiência das diversas
etapas de tratamento, no caso de águas tratadas. Permite
ainda verificar as condições higiênicas em diferentes
pontos da rede de distribuição.
O método de contagem em placas é uma técnica geral
de enumeração de microrganismos, que pode ser utilizado
tanto para a contagem de heterotróficos como também
para a contagem de outros grupos, gêneros ou espécies,
como Escherichia coli, Enterococcus, Pseudomonas,
Coliformes Totais e Fecais e outros. Essa versatilidade é
decorrente do princípio do método, que se baseia na
premissa de que cada célula microbiana presente em uma
amostra irá formar, quando fixada em um meio de cultura
sólido adequado, uma colônia visível e isolada. O que
1
determina o grupo a ser contado é a seleção dos meios de
cultura (meios de enriquecimento, meios seletivos ou meios
seletivos diferenciais) e condições de incubação
(temperatura e atmosfera), selecionando o grupo, gênero
ou espécie que se deseja contar. Como as células
microbianas muitas vezes ocorrem em agrupamentos
(pares, tétrades, cachos, cadeias, etc.), não é possível
estabelecer uma relação direta entre o nº de colônias e o nº
de células. A relação correta é feita entre o nº de colônias e
o nº de “unidades formadoras de colônias” (UFC), que
podem ser tanto células individuais como agrupamentos
característicos de certos microrganismos.
Há três procedimentos básicos para a contagem de
microrganismos em placas:
 Plaqueamento em Profundidade (pour plate):
Permite a inoculação de até 2,0mL de amostra as
suas diluições, indicado para a análise de amostras
com contagens acima de 102
/mL, porque a inoculação
de diluições permite abranger uma faixa ampla de
variação.
Limite de Detecção: 1UFC/mL
Colocar em uma placa de Petri, com auxilio de uma
pipeta previamente esterilizada, 1mL do inóculo e em
2
seguida verter o meio de cultura liquefeito. Após
misturar.
 Plaqueamento em Superfície (spread plate): Limita
o volume inoculado a 0,1mL da amostra ou suas
diluições, mas permite uma melhor visualização das
características das colônias na superfície, além de
facilitar sua transferência para outros meios de
cultura.
Limite de Detecção: 10UFC/mL
Plaquear o meio de cultura e esperar solidificar. Com
uma pipeta previamente esterilizada, inocular sobre o
meio de cultura 0,1mL do inoculo e espalhar com o
auxilio de uma alça de Drigalski.
 Filtração em Membrana: Permite analisar maiores
volumes, concentrando os microrganismos presentes
no volume inoculado.
Indicado para amostras com contagens abaixo de
1UFC/mL, fora do limite de detecção dos dois outros
métodos.
Contagem por Filtração em Membrana
• Conjunto de filtração previamente esterilizado;
3
• Bomba de vácuo;
• Membranas de 47mm de diâmentro, porosidade
de 0,45micrometros, brancas e quadriculadas;
• Água de diluição (tampão fosfato com cloreto de
magnésio);
• Placas Petri;
• Provetas de 100mL estéreis;
• Pinças para transferência das membranas,
mergulhadas em etanol;
• Estufa incubadora regulada a 35ºC.
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  • 1. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE CURSO DE QUÍMICA Disciplina de Microbiologia II Profª. Lizângela Ferreira Contagem de Microrganismos A contagem de heterotróficos, também conhecida como contagem padrão em placas, é um procedimento que objetiva estimar o número de bactérias heterotróficas na água, particularmente como uma ferramenta para acompanhar variações nas condições de processo, no caso das águas minerais, ou a eficiência das diversas etapas de tratamento, no caso de águas tratadas. Permite ainda verificar as condições higiênicas em diferentes pontos da rede de distribuição. O método de contagem em placas é uma técnica geral de enumeração de microrganismos, que pode ser utilizado tanto para a contagem de heterotróficos como também para a contagem de outros grupos, gêneros ou espécies, como Escherichia coli, Enterococcus, Pseudomonas, Coliformes Totais e Fecais e outros. Essa versatilidade é decorrente do princípio do método, que se baseia na premissa de que cada célula microbiana presente em uma amostra irá formar, quando fixada em um meio de cultura sólido adequado, uma colônia visível e isolada. O que 1
  • 2. determina o grupo a ser contado é a seleção dos meios de cultura (meios de enriquecimento, meios seletivos ou meios seletivos diferenciais) e condições de incubação (temperatura e atmosfera), selecionando o grupo, gênero ou espécie que se deseja contar. Como as células microbianas muitas vezes ocorrem em agrupamentos (pares, tétrades, cachos, cadeias, etc.), não é possível estabelecer uma relação direta entre o nº de colônias e o nº de células. A relação correta é feita entre o nº de colônias e o nº de “unidades formadoras de colônias” (UFC), que podem ser tanto células individuais como agrupamentos característicos de certos microrganismos. Há três procedimentos básicos para a contagem de microrganismos em placas:  Plaqueamento em Profundidade (pour plate): Permite a inoculação de até 2,0mL de amostra as suas diluições, indicado para a análise de amostras com contagens acima de 102 /mL, porque a inoculação de diluições permite abranger uma faixa ampla de variação. Limite de Detecção: 1UFC/mL Colocar em uma placa de Petri, com auxilio de uma pipeta previamente esterilizada, 1mL do inóculo e em 2
  • 3. seguida verter o meio de cultura liquefeito. Após misturar.  Plaqueamento em Superfície (spread plate): Limita o volume inoculado a 0,1mL da amostra ou suas diluições, mas permite uma melhor visualização das características das colônias na superfície, além de facilitar sua transferência para outros meios de cultura. Limite de Detecção: 10UFC/mL Plaquear o meio de cultura e esperar solidificar. Com uma pipeta previamente esterilizada, inocular sobre o meio de cultura 0,1mL do inoculo e espalhar com o auxilio de uma alça de Drigalski.  Filtração em Membrana: Permite analisar maiores volumes, concentrando os microrganismos presentes no volume inoculado. Indicado para amostras com contagens abaixo de 1UFC/mL, fora do limite de detecção dos dois outros métodos. Contagem por Filtração em Membrana • Conjunto de filtração previamente esterilizado; 3
  • 4. • Bomba de vácuo; • Membranas de 47mm de diâmentro, porosidade de 0,45micrometros, brancas e quadriculadas; • Água de diluição (tampão fosfato com cloreto de magnésio); • Placas Petri; • Provetas de 100mL estéreis; • Pinças para transferência das membranas, mergulhadas em etanol; • Estufa incubadora regulada a 35ºC. 4