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I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí
A Cultura de Tecidos na Agricultura
Camilo Alves(1); Josimar Rodrigues Oliveira(1); Érika Soares Reis(2)*; Ricardo Monteiro
Corrêa(2); Jonatha Souza(1); Júlio César de Oliveira Silva(1); Júlio César Ribeiro de Paula(1);
Lucas Henrique Fernandes Rodrigues(1); Marco Aurélio de Souza(1); Marcelo Ribeiro de
Mendonça(1);.
(1) Centro Federal de Educação Tecnológica de Bambuí – CEFET-Bambuí; (2) Professores Orientadores – CEFET-Bambuí
RESUMO:
A cultura de tecidos vegetais é uma ferramenta com alto potencial de aplicação no melhoramento vegetal. Ela
pode ser utilizada desde a multiplicação de material genético, para a troca e a avaliação de germoplasma, até a
produção de mudas livres de vírus. Nessa técnica pequenos fragmentos de tecido vivo, chamados explantes, são
isolados de um organismo vegetal, desinfestados e cultivados assepticamente por períodos indefinidos em um
meio de cultura apropriado. O objetivo é obter nova planta idêntica à original, ou seja, realizar uma clonagem
vegetal de modo a obter um novo indivíduo, mantendo-se o genótipo idêntico ao do ancestral comum. Assim o
objetivo do presente trabalho será apresentar à comunidade acadêmica do CEFET-Bambuí a técnica de cultura
de tecidos, desconhecida por várias pessoas e de grande importância para a agricultura.
Palavras-chave: Cultivo in vitro, clones, biotecnologia, melhoramento genético.
1. INTRODUÇÃO
O mundo da ciência é fascinante e repleto de
inovações e progressos. Nesse aspecto a
biotecnologia de plantas tem contribuído de forma
relevante para o setor produtivo a partir do impulso,
na última década, às pesquisas para a produção de
plantas livres de vírus, para a propagação clonal e o
desenvolvimento de genótipos resistentes estresses
biótico e abióticos via engenharia genética
(TORRES et al, 1998).
A cultura de tecidos é uma excelente ferramenta
para clonar plantas em escala comercial, além de
colaborar na realização de estudos de transformação
genética e conservação de espécies vegetais.
Permite ainda aperfeiçoar a interação entre fatores
abióticos (nutricionais, luminosos, temperatura etc)
e bióticos (hormonais e genéticos), resultando em
plantas sadias, vigorosas e geneticamente
superiores, que podem ser multiplicadas
massivamente.
A técnica de cultura de tecidos pode ser empregada
para a multiplicação de espécies de difícil
propagação, como por exemplo, algumas espécies
nativas do Cerrado. Outro exemplo de grande
importância é a limpeza clonal, por meio da qual é
possível, em algumas espécies, como abacaxi,
morango, citrus, batata e outros, a produção de
mudas livres de vírus (FERREIRA et al, 1998).
Essa técnica consiste em cultivar meristemas e
induzir a formação de material propagativo
geneticamente idênticos aos parentais.
Dessa forma o objetivo do presente trabalho é
apresentar à comunidade acadêmica do CEFET-
Bambuí a técnica de cultura de tecidos, listando sua
importância e características práticas aplicáveis às
ciências agrárias.
2. PRINCÍPIO DA CULTURA DE
TECIDOS
A cultura se baseia na teoria da totipotência onde os
seres vivos tem a capacidade de regenerar
organismos inteiros, idênticos à matriz doadora, a
partir de células únicas.
* Endereço para correspondência: erikareis@cefetbambui.edu.br
I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí
3. TÉCNICAS DE CULTURA DE
TECIDOS
3.1 Micropropagação
A Micropropagation é a propagação fiel de um
genótipo selecionado por meio das técnicas da
cultura in vitro.
3.1.1 Fontes de Explantes
a) Cultura de meristema
Consiste no estabelecimento do domo
meristemático apical sem os primórdios foliares. A
brotação apical tipicamente cresce, originando um
único broto.
b) Cultura de ápices caulinares
È o estabelecimento in vitro a partir de brotações
apicais maiores do que aquelas utilizadas para
iniciar a cultura de meristema, tendo alguns
primórdios foliares. Essas brotações apicais podem
produzir múltiplas brotações.
c) Cultura de segmentos nodais
Os segmentos nodais são constituídos de gemas
laterais isoladas, segmentos de caule com uma ou
múltiplas gemas. Cada gema desenvolve para
formar uma única brotação.
d) Cultura de embriões
É iniciada a partir de embriões zigóticos extraídos
de sementes. Os embriões germinam originando
brotos.
3.2 Microenxertia
Técnica que consiste em microenxertar, em
condições assépticas, um ápice caulinar, retirado de
uma planta matriz, sobre um porta enxerto
estabelecido in vitro.
3.3 Outras Técnicas
Existem várias outras técnicas de culturas de tecidos
utilizadas na agricultura, são elas:
- cultura de raízes;
- conservação in vitro de recursos genéticos de
plantas;
- polinização e fertilização in vitro;
- cultura de embriões;
- cultura de ovários;
- protoplasto e
- indução de mutações in vitro.
4. APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE
CULTURA DE TECIDOS VEGETAIS
PARA O MELHORAMENTO
As principais aplicações das técnicas de cultura de
tecidos vegetais podem ser sumarizadas nas
seguintes:
a) Cultura de meristemas
Técnica mais antiga para a propagação clonal
massal e para a obtenção de plantas livres de virus,
principalmente quando combinada com a técnica de
termoterapia. Esta técnica é relativamente simples e
aplicável a um grande número de espécies.
b) Avaliação rápida de suscetibilidade
A cultura de células, tecidos e órgãos pode ser
empregada para a avaliação de
suscetibilidade/tolerância à várias moléstias ou
estresses abióticos.
c) Indução de florescimento precoce
Esta técnica é empregada para reduzir o longo
período de juvenilidade que ocorre principalmente
nas plantas perenes, permitindo uma redução
substancial de tempo nos programas de
melhoramento genético.
d) Variação somaclonal
O ambiente da cultura in vitro pode induzir
variabilidade nas culturas este fenômeno foi
denominado de variação somaclonal. A
variabilidade gerada desta maneira pode ser
importante para o melhoramento genético.
I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí
5. PROBLEMAS NA CULTURA IN VITRO
O cultivo in vitro como qualquer outro processo é
sensível a alguns problemas de ordem ambiental ou
biolóigico que afetam diretamente o
desenvolvimento das culturas. Dentre estes
problemas pode-se citar a oxidação, o declínio no
vigor e a hiperhidricidade.
5.1. DECLÍNIO DE VIGOR
A baixa taxa de desenvolvimento é chamada de
declínio do vigor e está associado com a produção
de substâncias fenólicas ou a outros fatores como
vitrescência, habituação ou maturidade dos
explante.
5.2. NECROSES
Necrose pode ser descrita como sendo a morte de
uma parte de um organismo vivo. Isto ocorre com
explantes colocados in vitro, podendo ter uma perda
parcial ou a de toda a cultura (Santos, et. al., 2001).
5.3. OXIDAÇÃO
A oxidação é a reação do oxigênio com íons
metálicos (+) dos outros compostos do meio de
cultivo. Os explantes ao serem inoculados no meio
de cultura podem liberar exudatos que tornam o
meio de cultivo escuro. Este tipo de escurecimento é
conseqüência da liberação de fenóis dos ferimentos
ocasionados no processo de extração dos explantes
(SANTOS et al, 2001).
5.4. HIPERHIDRICIDADE
A hiperhidricidade é definida como o estado
fisiológico que a planta apresenta elevado teor de
água no interior das células e tecidos com aspecto
translúcido.
6. ACLIMATIZAÇÃO DAS PLANTAS
Aclimatização e aclimatação são termos que
apresentam conotações diferentes. O primeiro trata
dos processos para a passagem da planta que está in
vitro para o ambiente e é definido como a adaptação
climática de um organismo, especialmente uma
planta, que é transferida para um novo ambiente,
sendo todo esse processo realizado artificialmente.
O termo aclimatação tem um significado similar,
mas é um processo no qual as plantas ou outros
organismos se tomam ajustados a um novo clima ou
situação, como resultado de um processo
essencialmente natural.
7. ENRAIZAMENTO
O enraizamento é uma etapa que define o resultado
final da microropagação, é a etapa onde ocorre a
formação de raízes adventícias nas partes aéreas.
Pode ser dividido em indução, iniciação e
alongamento das raízes (TORRES, 1998). Pode ser
realizada in vitro como no ambiente externo, porém
resultados mais satisfatórios para a maioria das
espécies, tem sido obtidos no enraizamento ex vitro.
8.1 Enraizamento In Vitro
A vantagem deste tipo de enraizamento é o melhor
controle das condições em que se trabalha e, com
isso, a obtenção de um alto percentual de
enraizamento. Por outro lado, a desvantagem do
método é que as raízes formadas in vitro nem
sempre são eficientes na absorção de água e de
nutrientes, no momento da passagem das mudas
para o substrato.
8.2 Enraizamento Ex Vitro
A técnica de enraizamento ex vitro consiste em
destacar brotações e plantá-las no substrato
desejado, que pode ser: turfa, areia, vermiculita,
perlita, bandejas de espuma fenólica e ou substratos
comerciais, ainda solo esterelizado.
9. ESPÉCIES E TECNOLOGIAS
EMPREGADAS
A seguir são listados alguns exemplos de espécies
vegetais e respectivas tecnologias cujo emprego já é
corrente:
- Dendezeiro: primeiro projeto no qual plântulas
originadas a partir de embriogênese somática foram
cultivadas a campo, (Unilever, Malasia, 1975).
- Coniferas: primeiro projeto no qual tecnologias
de poliembriogênese somática desenvolvidas e
I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí
patenteadas pela Universidade da Cailfornia-Davis
foram transferidas para empresas de reflorestamento
(Weyerhaeuser, Washington, USA), para a
clonificação de genótipos superiores resultantes de
programas convencionais de melhoramento
genético.
- Eucaliptos: organogênese, embriogênese somática
(USA, Europa). Microestacas (Brasil): aumento de
135% na produtividade de polpa a partir de clones
selecionados em comparação a população base.
- Pyrus, Malus, Prunus: Limpeza viral e
micropropagação (cultura de meristemas e de
segmentos nodais) para a propagação massal de
porta-enxertos e para o estabelecimento de
variedades-copa matrizes sadias.
- Videira: embriogênese somática e organogênese
para a propagação massal de porta-enxertos e
variedades-copa isentas de moléstias.
- Bananeira: regeneração em larga escala de mudas
isentas de pragas moléstias como Mal do Panamá e
Sigatoka-negra. Atualmente a maior parte dos
bananais são instalados com mudas
micropropagadas produzidas em Biofábricas.
- Moranguinho, abacaxizeiro (Figura 1), alho,
cebola, batatinha, mandioca: Obtenção de plantas
matrizes isentas de viroses, pela aplicação da
técnica de cultura de meristemas e subsequente
micropropagação massal.
Figura 1: Cultivo in vitro de abacaxi. Fonte: Cid,
2000.
- Citros, mamoeiro e mangueira: Melhoramento e
plantas isentas de moléstias.
- Brassica sp: resgate de embriões resultantes de
cruzamentos incompatíveis, ativação de
embriogênese somática e encapsulamento para a
obtenção de sementes sintéticas. Sakata Seed Co.,
Japão.
- Cacau e café: embriogênese somática para a
propagação massal de variedades melhoradas e
resistentes a moléstias (EUA e Costa Rica).
10. CONCLUSÕES
A cultura de tecidos é uma técnica de fundamental
importância, tanto no melhoramento genético de
plantas, como na obtenção de plantas sadias, sendo
de grande interesse na obtenção em larga escala de
mudas geneticamente idênticas que darão origem à
plantas com características superiores, fato este de
grande relevância para a melhoria da produção das
culturas.
11. REFERÊNCIAS
CID, L. P. B. A propagação in vitro de plantas. O
que é isso? Revista Biotecnologia Ciência &
Desenvolvimento. v.2, n. 25, 2000.
FERREIRA, M. A.; CALDAS L. S.; PEREIRA E.
A. Aplicações da cultura de tecidos no
melhoramento genético de plantas. In: TORRES, A.
C.; CALDAS, L. S.; BUSO J. A. Cultura de
tecidos e transformação genética de plantas.
Brasília: Embrapa SPI: Embrapa CNPH. v. 1, p. 21-
43, 1998.
GUERRA M. P.; NODARI R. O. Apostila de
Biotecnologia vegetal. Apostila de aula.
[http://www.cca.ufsc.br/lfdgv/Apostila.htm]. 2007.
SANTOS, R. B.; PAIVA, R.; PAIVA, P. D. O.;
SANTANA, J. R. F. Problemas no cultivo in vitro:
cultura de tecidos. Paiva e Paiva, UFLA, Lavras,
M.G. 9:73-79. 2001.
TORRES A. C, CALDAS L. S.; BUZZO J. A.
(Eds). Cultura de Tecidos e Transformação
Genética de Plantas. v.1. e 2. Brasília, Embrapa,
864p. 1998.

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  • 1. I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí A Cultura de Tecidos na Agricultura Camilo Alves(1); Josimar Rodrigues Oliveira(1); Érika Soares Reis(2)*; Ricardo Monteiro Corrêa(2); Jonatha Souza(1); Júlio César de Oliveira Silva(1); Júlio César Ribeiro de Paula(1); Lucas Henrique Fernandes Rodrigues(1); Marco Aurélio de Souza(1); Marcelo Ribeiro de Mendonça(1);. (1) Centro Federal de Educação Tecnológica de Bambuí – CEFET-Bambuí; (2) Professores Orientadores – CEFET-Bambuí RESUMO: A cultura de tecidos vegetais é uma ferramenta com alto potencial de aplicação no melhoramento vegetal. Ela pode ser utilizada desde a multiplicação de material genético, para a troca e a avaliação de germoplasma, até a produção de mudas livres de vírus. Nessa técnica pequenos fragmentos de tecido vivo, chamados explantes, são isolados de um organismo vegetal, desinfestados e cultivados assepticamente por períodos indefinidos em um meio de cultura apropriado. O objetivo é obter nova planta idêntica à original, ou seja, realizar uma clonagem vegetal de modo a obter um novo indivíduo, mantendo-se o genótipo idêntico ao do ancestral comum. Assim o objetivo do presente trabalho será apresentar à comunidade acadêmica do CEFET-Bambuí a técnica de cultura de tecidos, desconhecida por várias pessoas e de grande importância para a agricultura. Palavras-chave: Cultivo in vitro, clones, biotecnologia, melhoramento genético. 1. INTRODUÇÃO O mundo da ciência é fascinante e repleto de inovações e progressos. Nesse aspecto a biotecnologia de plantas tem contribuído de forma relevante para o setor produtivo a partir do impulso, na última década, às pesquisas para a produção de plantas livres de vírus, para a propagação clonal e o desenvolvimento de genótipos resistentes estresses biótico e abióticos via engenharia genética (TORRES et al, 1998). A cultura de tecidos é uma excelente ferramenta para clonar plantas em escala comercial, além de colaborar na realização de estudos de transformação genética e conservação de espécies vegetais. Permite ainda aperfeiçoar a interação entre fatores abióticos (nutricionais, luminosos, temperatura etc) e bióticos (hormonais e genéticos), resultando em plantas sadias, vigorosas e geneticamente superiores, que podem ser multiplicadas massivamente. A técnica de cultura de tecidos pode ser empregada para a multiplicação de espécies de difícil propagação, como por exemplo, algumas espécies nativas do Cerrado. Outro exemplo de grande importância é a limpeza clonal, por meio da qual é possível, em algumas espécies, como abacaxi, morango, citrus, batata e outros, a produção de mudas livres de vírus (FERREIRA et al, 1998). Essa técnica consiste em cultivar meristemas e induzir a formação de material propagativo geneticamente idênticos aos parentais. Dessa forma o objetivo do presente trabalho é apresentar à comunidade acadêmica do CEFET- Bambuí a técnica de cultura de tecidos, listando sua importância e características práticas aplicáveis às ciências agrárias. 2. PRINCÍPIO DA CULTURA DE TECIDOS A cultura se baseia na teoria da totipotência onde os seres vivos tem a capacidade de regenerar organismos inteiros, idênticos à matriz doadora, a partir de células únicas. * Endereço para correspondência: erikareis@cefetbambui.edu.br
  • 2. I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí 3. TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS 3.1 Micropropagação A Micropropagation é a propagação fiel de um genótipo selecionado por meio das técnicas da cultura in vitro. 3.1.1 Fontes de Explantes a) Cultura de meristema Consiste no estabelecimento do domo meristemático apical sem os primórdios foliares. A brotação apical tipicamente cresce, originando um único broto. b) Cultura de ápices caulinares È o estabelecimento in vitro a partir de brotações apicais maiores do que aquelas utilizadas para iniciar a cultura de meristema, tendo alguns primórdios foliares. Essas brotações apicais podem produzir múltiplas brotações. c) Cultura de segmentos nodais Os segmentos nodais são constituídos de gemas laterais isoladas, segmentos de caule com uma ou múltiplas gemas. Cada gema desenvolve para formar uma única brotação. d) Cultura de embriões É iniciada a partir de embriões zigóticos extraídos de sementes. Os embriões germinam originando brotos. 3.2 Microenxertia Técnica que consiste em microenxertar, em condições assépticas, um ápice caulinar, retirado de uma planta matriz, sobre um porta enxerto estabelecido in vitro. 3.3 Outras Técnicas Existem várias outras técnicas de culturas de tecidos utilizadas na agricultura, são elas: - cultura de raízes; - conservação in vitro de recursos genéticos de plantas; - polinização e fertilização in vitro; - cultura de embriões; - cultura de ovários; - protoplasto e - indução de mutações in vitro. 4. APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS VEGETAIS PARA O MELHORAMENTO As principais aplicações das técnicas de cultura de tecidos vegetais podem ser sumarizadas nas seguintes: a) Cultura de meristemas Técnica mais antiga para a propagação clonal massal e para a obtenção de plantas livres de virus, principalmente quando combinada com a técnica de termoterapia. Esta técnica é relativamente simples e aplicável a um grande número de espécies. b) Avaliação rápida de suscetibilidade A cultura de células, tecidos e órgãos pode ser empregada para a avaliação de suscetibilidade/tolerância à várias moléstias ou estresses abióticos. c) Indução de florescimento precoce Esta técnica é empregada para reduzir o longo período de juvenilidade que ocorre principalmente nas plantas perenes, permitindo uma redução substancial de tempo nos programas de melhoramento genético. d) Variação somaclonal O ambiente da cultura in vitro pode induzir variabilidade nas culturas este fenômeno foi denominado de variação somaclonal. A variabilidade gerada desta maneira pode ser importante para o melhoramento genético.
  • 3. I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí 5. PROBLEMAS NA CULTURA IN VITRO O cultivo in vitro como qualquer outro processo é sensível a alguns problemas de ordem ambiental ou biolóigico que afetam diretamente o desenvolvimento das culturas. Dentre estes problemas pode-se citar a oxidação, o declínio no vigor e a hiperhidricidade. 5.1. DECLÍNIO DE VIGOR A baixa taxa de desenvolvimento é chamada de declínio do vigor e está associado com a produção de substâncias fenólicas ou a outros fatores como vitrescência, habituação ou maturidade dos explante. 5.2. NECROSES Necrose pode ser descrita como sendo a morte de uma parte de um organismo vivo. Isto ocorre com explantes colocados in vitro, podendo ter uma perda parcial ou a de toda a cultura (Santos, et. al., 2001). 5.3. OXIDAÇÃO A oxidação é a reação do oxigênio com íons metálicos (+) dos outros compostos do meio de cultivo. Os explantes ao serem inoculados no meio de cultura podem liberar exudatos que tornam o meio de cultivo escuro. Este tipo de escurecimento é conseqüência da liberação de fenóis dos ferimentos ocasionados no processo de extração dos explantes (SANTOS et al, 2001). 5.4. HIPERHIDRICIDADE A hiperhidricidade é definida como o estado fisiológico que a planta apresenta elevado teor de água no interior das células e tecidos com aspecto translúcido. 6. ACLIMATIZAÇÃO DAS PLANTAS Aclimatização e aclimatação são termos que apresentam conotações diferentes. O primeiro trata dos processos para a passagem da planta que está in vitro para o ambiente e é definido como a adaptação climática de um organismo, especialmente uma planta, que é transferida para um novo ambiente, sendo todo esse processo realizado artificialmente. O termo aclimatação tem um significado similar, mas é um processo no qual as plantas ou outros organismos se tomam ajustados a um novo clima ou situação, como resultado de um processo essencialmente natural. 7. ENRAIZAMENTO O enraizamento é uma etapa que define o resultado final da microropagação, é a etapa onde ocorre a formação de raízes adventícias nas partes aéreas. Pode ser dividido em indução, iniciação e alongamento das raízes (TORRES, 1998). Pode ser realizada in vitro como no ambiente externo, porém resultados mais satisfatórios para a maioria das espécies, tem sido obtidos no enraizamento ex vitro. 8.1 Enraizamento In Vitro A vantagem deste tipo de enraizamento é o melhor controle das condições em que se trabalha e, com isso, a obtenção de um alto percentual de enraizamento. Por outro lado, a desvantagem do método é que as raízes formadas in vitro nem sempre são eficientes na absorção de água e de nutrientes, no momento da passagem das mudas para o substrato. 8.2 Enraizamento Ex Vitro A técnica de enraizamento ex vitro consiste em destacar brotações e plantá-las no substrato desejado, que pode ser: turfa, areia, vermiculita, perlita, bandejas de espuma fenólica e ou substratos comerciais, ainda solo esterelizado. 9. ESPÉCIES E TECNOLOGIAS EMPREGADAS A seguir são listados alguns exemplos de espécies vegetais e respectivas tecnologias cujo emprego já é corrente: - Dendezeiro: primeiro projeto no qual plântulas originadas a partir de embriogênese somática foram cultivadas a campo, (Unilever, Malasia, 1975). - Coniferas: primeiro projeto no qual tecnologias de poliembriogênese somática desenvolvidas e
  • 4. I Jornada Científica e VI FIPA do CEFET Bambuí patenteadas pela Universidade da Cailfornia-Davis foram transferidas para empresas de reflorestamento (Weyerhaeuser, Washington, USA), para a clonificação de genótipos superiores resultantes de programas convencionais de melhoramento genético. - Eucaliptos: organogênese, embriogênese somática (USA, Europa). Microestacas (Brasil): aumento de 135% na produtividade de polpa a partir de clones selecionados em comparação a população base. - Pyrus, Malus, Prunus: Limpeza viral e micropropagação (cultura de meristemas e de segmentos nodais) para a propagação massal de porta-enxertos e para o estabelecimento de variedades-copa matrizes sadias. - Videira: embriogênese somática e organogênese para a propagação massal de porta-enxertos e variedades-copa isentas de moléstias. - Bananeira: regeneração em larga escala de mudas isentas de pragas moléstias como Mal do Panamá e Sigatoka-negra. Atualmente a maior parte dos bananais são instalados com mudas micropropagadas produzidas em Biofábricas. - Moranguinho, abacaxizeiro (Figura 1), alho, cebola, batatinha, mandioca: Obtenção de plantas matrizes isentas de viroses, pela aplicação da técnica de cultura de meristemas e subsequente micropropagação massal. Figura 1: Cultivo in vitro de abacaxi. Fonte: Cid, 2000. - Citros, mamoeiro e mangueira: Melhoramento e plantas isentas de moléstias. - Brassica sp: resgate de embriões resultantes de cruzamentos incompatíveis, ativação de embriogênese somática e encapsulamento para a obtenção de sementes sintéticas. Sakata Seed Co., Japão. - Cacau e café: embriogênese somática para a propagação massal de variedades melhoradas e resistentes a moléstias (EUA e Costa Rica). 10. CONCLUSÕES A cultura de tecidos é uma técnica de fundamental importância, tanto no melhoramento genético de plantas, como na obtenção de plantas sadias, sendo de grande interesse na obtenção em larga escala de mudas geneticamente idênticas que darão origem à plantas com características superiores, fato este de grande relevância para a melhoria da produção das culturas. 11. REFERÊNCIAS CID, L. P. B. A propagação in vitro de plantas. O que é isso? Revista Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento. v.2, n. 25, 2000. FERREIRA, M. A.; CALDAS L. S.; PEREIRA E. A. Aplicações da cultura de tecidos no melhoramento genético de plantas. In: TORRES, A. C.; CALDAS, L. S.; BUSO J. A. Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasília: Embrapa SPI: Embrapa CNPH. v. 1, p. 21- 43, 1998. GUERRA M. P.; NODARI R. O. Apostila de Biotecnologia vegetal. Apostila de aula. [http://www.cca.ufsc.br/lfdgv/Apostila.htm]. 2007. SANTOS, R. B.; PAIVA, R.; PAIVA, P. D. O.; SANTANA, J. R. F. Problemas no cultivo in vitro: cultura de tecidos. Paiva e Paiva, UFLA, Lavras, M.G. 9:73-79. 2001. TORRES A. C, CALDAS L. S.; BUZZO J. A. (Eds). Cultura de Tecidos e Transformação Genética de Plantas. v.1. e 2. Brasília, Embrapa, 864p. 1998.