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Emulsões
Tecnologia farmacêutica I
Benedito da Paz
Conceito
E um sistema Coloidal, constituído de
duas fases líquidas imiscíveis (oleosa
e aquosa), onde a fase dispersa ou
interna encontra-se na forma de
finos glóbulos no seio outro liquido (a
fase contínua ou externa).
Características
Na maioria das emulsões os dois líquidos
envolvidos são água e óleo.
Na fase aquosa podem estar as concentrações
de sal, açucar ou outros materiais organicos.
Na fase óleosa: hidrocarbonetos, resinas ou
outras substâncias que se comportam como oleo.
Componentes usuais
Fase aquosa
Fase oleosa
Agente emulsificante (propriedades
tensoativas)
Outros Coadjuvantes
Componentes usuais
 I) Fase aquosa: a água é a matéria-prima utilizada em
quase todos os produtos farmacêuticos.
 Freqüentemente constitui o componente mais
abundante da formulação em emulsões O/A. Deve ser
adequadamente tratada, apresentar carga microbiana
baixa ou nula, e preferencialmente ausência de
eletrólitos.
Componentes usuais
 II) Fase oleosa: no caso de emulsões A/O a fase oleosa
é, invariavelmente, superior em proporção.
 A fase oleosa pode ser composta por ampla variedade
de substâncias lipofílicas, as quais em geral são
responsáveis pela inerente ação emoliente das
emulsões.
Componentes usuais
 Estas substâncias podem ser de origem:
 A) Natural: os óleos de origem vegetal, como óleo de
amêndoas, óleo de soja e cera de carnaúba; têm
como vantagem ser renováveis. Entre os compostos de
origem animal, cada vez menos utilizados para
elaboração de cosméticos e medicamentos,
destacam-se: lanolina e derivados, espermacete e
derivados.
Componentes usuais
 B) Semi-sintética: destacam-se os ácidos graxos, como o ácido esteárico;
álcoois graxos superiores, como o álcool cetílico, álcool estearílico e álcool
cetoestearílico (misturas comerciais 50:50 e 50:70); ésteres de ácidos graxos
e álcoois de cadeia média, como éster decílico do ácido oléico (Cetiol V
®); ésteres de glicerol, como monoestearato de glicerila; ésteres de glicol,
como monoestearato de etilenoglicol, o diestearato de etilenoglicol e o
monoestearato de dietilenoglicol; e ésteres isopropílicos, como o miristato
de isopropila, palmitato de isopropila e estearato de isopropila – que são
os mais empregados, seja como espessantes ou como emulsionantes
secundários.
Componentes usuais
 C) Sintéticas: de maior destaque temos os silicones, que são compostos
orgânicos constituídos por cadeias nas quais alternam-se átomos de silício
e oxigênio e que apresentam radicais, tais como metil, etil e fenil, ligados
ao átomo de silício.
 Podem apresentar, de acordo com características estruturais, além de
inércia química, baixa comedogenicidade, bom espalhamento, baixa
pegajosidade e ausência de efeito brilhante quando aplicado na pele.
 Estas vantagens deram origem aos produtos oil free, que em função de
seu aspecto não gorduroso ganham a cada dia mais destaque.
Componentes usuais
 D) Minerais: são hidrocarbonetos extraídos do petróleo
cuja inocuidade depende do grau de pureza, pois os
mesmos podem conter substâncias carcinogênicas.
Componentes usuais
 III)Tensoativos: podem ser
 Naturais (saponinas, colesterol, lecitina, lanolina, gomas)
ou
 Sintéticos, os quais se subdividem em: aniônico
(estearato de sódio, oleato de sódio, laurilsulfato de
sódio); catiônicos (cloreto de benzalcônio, cloreto de
cetilpiridineo); não- iônicos (ésteres de sorbitano, alquil
ésteres de sorbitano); tensoativos anfóteros
(aminoácidos).
 Para o uso interno são permitidos os tensoativos naturais
como gomas, gelatina, lecitina, ou sintéticos, como
monoestearato de glicerilo, Spans® e Tweens®.
Componentes usuais
 IV) Outros coadjuvantes: incluem
 Conservantes (parabenos, bronopol, imidazolidinil uréia,
2-fenoxietanol, metilcloroisotiazolinona e
metilisotiazolinona),
 Espessantes(aumento de viscosidade) (álcool cetílico,
álcool estearílico e ácido esteárico), gelificantes
(Carbopol®, gomas e hidroxietilcelulose),
 Humectantes(ajudam a manter a humidade) (glicerina,
sorbitol e propilenoglicol), e eventualmente:
 Edulcorantes(adoçantes), flavorizantes(saborizantes),
aromatizantes(aroma) e corantes(cor).
Tipo de emulsões
Dependendo da origem, as
emulsões podem ser classificadas
como naturais ou sintéticas.
Tipo de emulsoes
As emulsões de origem natural são
geradas espontaneamente, encontramos
esse tipo de emulsões como resultado de
processos de digestão de comida,
lactação, entre outros.
Tipo de emulsões
Por outro lado, as emulsões sintéticas,
formuladas e geradas em laboratório, são
produzidas através de processos
mecânicos.
Tipo de emulsões
As emulsões sintéticas são encontradas
em muitas áreas industriais incluindo
cosméticos, formulação de alimentos e
bebidas, pinturas e impressões ou
combustível para foguetes, bem como
produtos farmacêuticos e agrícolas.
Tipo de emulsões
Dependendo do tamanho de gota, as
emulsões são classificadas em
macroemulsões e micro-emulsões.
Tipo de emulsões
Nas microemulsões, as gotas de fase
dispersa são menores (10 a 100 nm),
sendo por tanto misturas transparentes ou
translúcidas.
Já nas macroemulsões, as gotas
apresentam diâmetros maiores(100 a
100.000)
Tipo de emulsões
Dependendo da proporção volumétrica
relativa entre as duas fases, as emulsões
podem ser de água-em-óleo (A/O) ou
óleo-em-água (O/A).
Tipo de emulsões
Nas emulsões água-em-óleo (A/O), a
água encontra-se dispersa no óleo que
atua como fase externa.
Por outro lado, nas emulsões óleo-em-
água (O/A), o óleo constitui a fase
dispersa e a água, a fase contínua.
Tipo de emulsões
A grande maioria das emulsões utilizadas
na terapêutica, constituem emulsões do
tipo O/A, pois alem de serem laváveis,
facilmente são removidos da pele e
apresentam em geral maior
disponibilidade.
Tipo de emulsões
As emulsões podem ter variadas viscosidades e
sua consistência varia de líquida a semi-sólida.
Emulsões líquidas: uso oral, tópico ou parenteral
Emulsões semi-sólidas: uso tópico
Muitas preparações são emulsões
denominadas farmaceuticamente como loções,
cremes, unguentos, etc.
Tipo de emulsões
 Existem ainda emulsões múltiplas: A/O/A e O/A/O,
usados principalmente em industrias alimentares.
 Ver 1-emulsões pagina 3
Vantagens e desvantagens
 Nas emulsões, o fármaco pode estar dissolvido ou
suspenso nas fases aquosa ou na oleosa, e esta
versatilidade é uma das principais vantagens das
emulsões. Outras incluem:
 Aumento da estabilidade química
 Possibilidade de se mascarar sabor e odor
desagradável de certos fármacos através da
solubilização na fase interna
 Possibilidade de se optimizar a biodisponibilidade
 Boa biodisponibilidade com a pele humana
Vantagens e desvantagens
 Entre as desvantagens, destacam-se:
 Baixa estabilidade física
 Menor uniformidade
Regras gerais de preparação
A formação de emulsões sintéticas envolve
principalmente a seleção de três fatores, os
fluidos e surfactantes que constituem a
emulsão, a concentração dos seus
componentes, e o processo de emulsificação.
Estes três fatores fundamentais determinam as
propriedades das emulsões resultantes tais
como tipo de emulsão (água-em-óleo A/O,
óleo-em-água O/A
Regras gerais de preparação
 Como vimos anteriormente, As emulsões possuem,
necessariamente, uma fase aquosa e outra oleosa, as
quais são imiscíveis de tal forma que, se faz primordial o
uso de tensoativos.
 Geralmente as duas fases devem ser preparadas
separadamente, O Agente emulsificante em geral é
adicionado a fase externa
Regras gerais de preparação
 Esta dispersão (mistura) é feita sob agitação constante,
sendo invariavelmente necessária a presença de um
sistema tensoativo adequado.
 Ressalta-se que emulsões de uso interno, por
apresentarem limitações quanto à gama de tensoativos
biocompatíveis, são menos estáveis, devendo-se
recomendar a agitação antes do uso.
 O fármaco, em geral, é incorporado depois do
resfriamento e da formação da emulsão.
Regras gerais de preparação
 A fase aquosa é preparada aquecendo-se a água e
nela dissolvendo-se os compostos hidro-solúveis sem
exceder a faixa de temperatura de 75-80 ºC. De modo
similar, a fase oleosa é também aquecida (ou fundida).
 A dispersão da fase interna na externa deve ser feita
com ambas as fases praticamente à mesma
temperatura (em torno de 70 ºC).
Regras gerais de preparação
Quando a pré agitação é praticada, a
fase interna é geralmente gradualmente
adicionada na fase externa , enquanto
ela está sendo agitada.
Estabilidade
As emulsões apresentam uma tendência
natural para separar-se em suas duas
fases constitutivas,
Uma emulsão é considerada estável
quando pequena ou nenhuma mudança
ocorre no tamanho de gota da fase
dispersa num determinado intervalo de
tempo.
Estabilidade
De forma geral, o sistema precisa de
agentes emulsionantes ou surfactantes
para estabilizar-se, estes agentes têm
duas funções básicas:
a primeira é diminuir a tensão interfacial
favorecendo a formação da emulsão,
a segunda é evitar a coalescência da
fase dispersa
Estabilidade
Outro fator importante e decisivo para a
estabilidade das emulsões é o tamanho
de gota da fase dispersa.
Quanto menor o tamanho de gota maior
a estabilidade e mais difícil a separação
das fases.
Estabilidade
Coalescência: é a fusão das gotículas em gotas
maiores até a separação total e definitiva das
fases, de modo que a preparação não possa
ser reemulsionada pela simples agitação do
produto.
Na coalescência, a barreira formada pelo
agente emulsionante é quebrada ou destruída.
Essa coalescência irreversível das gotículas é
também chamada de “quebra” da emulsão.
Cremagem: É a migração de gotículas da fase
interna da emulsão para a parte superior
(formando uma nata) ou inferior da emulsão
(sedimentação).
Essa migração é causada pela diferença de
densidade entre as duas fases e a direção do
movimento depende da fase interna ser mais
ou menos densa do que a fase externa ou
contínua
líquido interno mais denso – sedimentação;
líquido interno menos denso – cremagem.
 Ver 2-emulsões pagina 41 para imagem
Acondicionamento
Devem acondicionar-se a temperatura
ambiate, sob o abrigo da luz.
Verificação
 Os métodos mais simples para descobrir qual e a fase
interna e a externa são:
 Condutometria: apenas emulsões em que a fase
continua e aquosa conduz a corrente elétrica.
 Uso de corantes: corantes hidrofilicos colorem de
maneira uniforme emulsões de O/A. Enquanto os
lipofilicos colorem A/O.
 Adição de veiculo: a incorporação de veiculo, seja
óleo ou agua, só será fácil se esta corresponder a fase
externa da emulsão.
 Microscopia: pode-se avaliar, inclusive a uniformidade
dos tamanhos das gotículas.
Verificação
 À medida que as emulsões se tornam instáveis, suas
características físico-químicas variam. Assim, para
verificar tais variações pode-se determinar o valor do
pH, viscosidade, a distribuição de tamanho de
partícula, entre outros.
Resumo
 As emulsões são dispersões de duas fases liquidas
imiscíveis entre si, usualmente agua e óleo, estabilizadas
pela presença de agentes emulsivos, localizados na
interface óleo/agua.
 Os agentes emulsivos, com propriedades de diminuir a
tensão interfacial entre o óleo e a agua, tem papel
fundamental na estabilização de emulsões.
 Entretanto, estes compostos não conseguem diminuir a
tensão interfacial a ponto de contrariar totalmente a
energia livre da superfície provocada pelo aumento da
área interfacial.
Resumo
 Desta forma, emulsões são sistemas
termodinamicamente instáveis e, no desenvolvimento
tecnológico, procura-se utilizar meios que possam
retardar pelo maior tempo possível a separação das
fases.
Demostração de um agente
emulsificante
 A maionese é uma emulsão de óleo vegetal na água
do vinagre. A importância da gema de ovo na
maionese se dá pelo facto da gema do ovo ser rica em
lecitina, após a dição desse emulsificante e sua
agitação forma-se uma dispersão do tipo água-óleo
Demostração de um agente
emulsificante
 A maionese apresenta uma fase interna que é
composta de gotas de óleo dispersa se uma fase
externa de vinagre, gema de ovo e outros ingredientes.
 De acordo com Oetterer (2006) afirma que a emulsão é
estabilizada pela complexa lecitina-proteína da gema
de ovo, a gema congelada é quase sempre usada
para a fabricação industrial de maionese, formando um
produto mais uniforme e mais espesso que a gema
fresca.
Demostração de um agente
emulsificante
 Materiais
 100 ml de vinagre
 100 ml de óleo
 Liquidificador.
 Gema de ovo
 Erlenmeyer
 Cronómetro.
Demostração de um agente
emulsificante
 Procedimentos
 Misturou-se 100 ml de vinagre (ácido acético), 100 ml de
óleo e a parte de gema de um ovo num liquificador.
 Ligou-se o liquidificador numa corrente elétrica. Com
ajuda do cronómetro controlou-se o tempo que era
necessário para ludificar a mistura por um período de 3
minutos.
Demostração de um agente
emulsificante
 A mistura foi-se agitando durante o tempo marcado e
depois de ter-se chegado aos minutos necessários para
a mistura tornar-se homogênea desligou-se o
cronometro.
 Fez-se a avaliação do produto em relação a sua
consistência, estabilidade, separação de óleo-vinagre e
a cor do produto por um período de 1 hora de tempo
(1 h)
Demostração de um agente
emulsificante
 Resultados
 A mistura de óleo-vinagre com adição de gema do ovo
como emulsificante homogeneizado num liquidificador
formou uma solução homogênea a que chamamos de
emulsão. Conforme é ilustrada na imagem
Demostração de um agente
emulsificante
 Discussão
 Em relação aos resultados obtidos comparando com os
da literatura abaixo citada dá-nos o saber de que após
a realização da experiência constatamos que houve a
formação duma mistura homogênea (substancia
coloidal) de cor amarela-a laranjada.
 Depois de alguns minutos (15 minutos) fazendo uma
análise foi se notar que o seu aspecto em relação a
separação de fase não houve nenhuma separação,
isto é, permaneceu constante enquanto que na
realidade a mistura de vinagre e óleo é uma mistura
heterogênea.
Demostração de um agente
emulsificante
 Contudo este caso foi devido a presença de gema do
ovo que é rica pela complexa lecitina que é uma
proteína, responsável pela estabilização na emulsão e
congelada e usada sempre para fabricação industrial
de maionese.
Exemplo de Formulação
 Emulsão de óleo mineral (via oral)-laxante
 Óleo mineral..............500 mL
 Goma arábica.............125 g
 Xarope........................ 100 mL
 Vanilina.........................40 mg
 Álcool............................60 mL
 Água deion. qsp. .....1000 mL
Obrigado pela Atenção
Benedito da Paz, Técnico de Farmácia, Hospital Central da Beira

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Emulsões

  • 2. Conceito E um sistema Coloidal, constituído de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase dispersa ou interna encontra-se na forma de finos glóbulos no seio outro liquido (a fase contínua ou externa).
  • 3.
  • 4. Características Na maioria das emulsões os dois líquidos envolvidos são água e óleo. Na fase aquosa podem estar as concentrações de sal, açucar ou outros materiais organicos. Na fase óleosa: hidrocarbonetos, resinas ou outras substâncias que se comportam como oleo.
  • 5. Componentes usuais Fase aquosa Fase oleosa Agente emulsificante (propriedades tensoativas) Outros Coadjuvantes
  • 6. Componentes usuais  I) Fase aquosa: a água é a matéria-prima utilizada em quase todos os produtos farmacêuticos.  Freqüentemente constitui o componente mais abundante da formulação em emulsões O/A. Deve ser adequadamente tratada, apresentar carga microbiana baixa ou nula, e preferencialmente ausência de eletrólitos.
  • 7. Componentes usuais  II) Fase oleosa: no caso de emulsões A/O a fase oleosa é, invariavelmente, superior em proporção.  A fase oleosa pode ser composta por ampla variedade de substâncias lipofílicas, as quais em geral são responsáveis pela inerente ação emoliente das emulsões.
  • 8. Componentes usuais  Estas substâncias podem ser de origem:  A) Natural: os óleos de origem vegetal, como óleo de amêndoas, óleo de soja e cera de carnaúba; têm como vantagem ser renováveis. Entre os compostos de origem animal, cada vez menos utilizados para elaboração de cosméticos e medicamentos, destacam-se: lanolina e derivados, espermacete e derivados.
  • 9. Componentes usuais  B) Semi-sintética: destacam-se os ácidos graxos, como o ácido esteárico; álcoois graxos superiores, como o álcool cetílico, álcool estearílico e álcool cetoestearílico (misturas comerciais 50:50 e 50:70); ésteres de ácidos graxos e álcoois de cadeia média, como éster decílico do ácido oléico (Cetiol V ®); ésteres de glicerol, como monoestearato de glicerila; ésteres de glicol, como monoestearato de etilenoglicol, o diestearato de etilenoglicol e o monoestearato de dietilenoglicol; e ésteres isopropílicos, como o miristato de isopropila, palmitato de isopropila e estearato de isopropila – que são os mais empregados, seja como espessantes ou como emulsionantes secundários.
  • 10. Componentes usuais  C) Sintéticas: de maior destaque temos os silicones, que são compostos orgânicos constituídos por cadeias nas quais alternam-se átomos de silício e oxigênio e que apresentam radicais, tais como metil, etil e fenil, ligados ao átomo de silício.  Podem apresentar, de acordo com características estruturais, além de inércia química, baixa comedogenicidade, bom espalhamento, baixa pegajosidade e ausência de efeito brilhante quando aplicado na pele.  Estas vantagens deram origem aos produtos oil free, que em função de seu aspecto não gorduroso ganham a cada dia mais destaque.
  • 11. Componentes usuais  D) Minerais: são hidrocarbonetos extraídos do petróleo cuja inocuidade depende do grau de pureza, pois os mesmos podem conter substâncias carcinogênicas.
  • 12. Componentes usuais  III)Tensoativos: podem ser  Naturais (saponinas, colesterol, lecitina, lanolina, gomas) ou  Sintéticos, os quais se subdividem em: aniônico (estearato de sódio, oleato de sódio, laurilsulfato de sódio); catiônicos (cloreto de benzalcônio, cloreto de cetilpiridineo); não- iônicos (ésteres de sorbitano, alquil ésteres de sorbitano); tensoativos anfóteros (aminoácidos).  Para o uso interno são permitidos os tensoativos naturais como gomas, gelatina, lecitina, ou sintéticos, como monoestearato de glicerilo, Spans® e Tweens®.
  • 13. Componentes usuais  IV) Outros coadjuvantes: incluem  Conservantes (parabenos, bronopol, imidazolidinil uréia, 2-fenoxietanol, metilcloroisotiazolinona e metilisotiazolinona),  Espessantes(aumento de viscosidade) (álcool cetílico, álcool estearílico e ácido esteárico), gelificantes (Carbopol®, gomas e hidroxietilcelulose),  Humectantes(ajudam a manter a humidade) (glicerina, sorbitol e propilenoglicol), e eventualmente:  Edulcorantes(adoçantes), flavorizantes(saborizantes), aromatizantes(aroma) e corantes(cor).
  • 14. Tipo de emulsões Dependendo da origem, as emulsões podem ser classificadas como naturais ou sintéticas.
  • 15. Tipo de emulsoes As emulsões de origem natural são geradas espontaneamente, encontramos esse tipo de emulsões como resultado de processos de digestão de comida, lactação, entre outros.
  • 16. Tipo de emulsões Por outro lado, as emulsões sintéticas, formuladas e geradas em laboratório, são produzidas através de processos mecânicos.
  • 17. Tipo de emulsões As emulsões sintéticas são encontradas em muitas áreas industriais incluindo cosméticos, formulação de alimentos e bebidas, pinturas e impressões ou combustível para foguetes, bem como produtos farmacêuticos e agrícolas.
  • 18. Tipo de emulsões Dependendo do tamanho de gota, as emulsões são classificadas em macroemulsões e micro-emulsões.
  • 19. Tipo de emulsões Nas microemulsões, as gotas de fase dispersa são menores (10 a 100 nm), sendo por tanto misturas transparentes ou translúcidas. Já nas macroemulsões, as gotas apresentam diâmetros maiores(100 a 100.000)
  • 20. Tipo de emulsões Dependendo da proporção volumétrica relativa entre as duas fases, as emulsões podem ser de água-em-óleo (A/O) ou óleo-em-água (O/A).
  • 21. Tipo de emulsões Nas emulsões água-em-óleo (A/O), a água encontra-se dispersa no óleo que atua como fase externa. Por outro lado, nas emulsões óleo-em- água (O/A), o óleo constitui a fase dispersa e a água, a fase contínua.
  • 22. Tipo de emulsões A grande maioria das emulsões utilizadas na terapêutica, constituem emulsões do tipo O/A, pois alem de serem laváveis, facilmente são removidos da pele e apresentam em geral maior disponibilidade.
  • 23. Tipo de emulsões As emulsões podem ter variadas viscosidades e sua consistência varia de líquida a semi-sólida. Emulsões líquidas: uso oral, tópico ou parenteral Emulsões semi-sólidas: uso tópico Muitas preparações são emulsões denominadas farmaceuticamente como loções, cremes, unguentos, etc.
  • 24. Tipo de emulsões  Existem ainda emulsões múltiplas: A/O/A e O/A/O, usados principalmente em industrias alimentares.  Ver 1-emulsões pagina 3
  • 25. Vantagens e desvantagens  Nas emulsões, o fármaco pode estar dissolvido ou suspenso nas fases aquosa ou na oleosa, e esta versatilidade é uma das principais vantagens das emulsões. Outras incluem:  Aumento da estabilidade química  Possibilidade de se mascarar sabor e odor desagradável de certos fármacos através da solubilização na fase interna  Possibilidade de se optimizar a biodisponibilidade  Boa biodisponibilidade com a pele humana
  • 26. Vantagens e desvantagens  Entre as desvantagens, destacam-se:  Baixa estabilidade física  Menor uniformidade
  • 27. Regras gerais de preparação A formação de emulsões sintéticas envolve principalmente a seleção de três fatores, os fluidos e surfactantes que constituem a emulsão, a concentração dos seus componentes, e o processo de emulsificação. Estes três fatores fundamentais determinam as propriedades das emulsões resultantes tais como tipo de emulsão (água-em-óleo A/O, óleo-em-água O/A
  • 28. Regras gerais de preparação  Como vimos anteriormente, As emulsões possuem, necessariamente, uma fase aquosa e outra oleosa, as quais são imiscíveis de tal forma que, se faz primordial o uso de tensoativos.  Geralmente as duas fases devem ser preparadas separadamente, O Agente emulsificante em geral é adicionado a fase externa
  • 29. Regras gerais de preparação  Esta dispersão (mistura) é feita sob agitação constante, sendo invariavelmente necessária a presença de um sistema tensoativo adequado.  Ressalta-se que emulsões de uso interno, por apresentarem limitações quanto à gama de tensoativos biocompatíveis, são menos estáveis, devendo-se recomendar a agitação antes do uso.  O fármaco, em geral, é incorporado depois do resfriamento e da formação da emulsão.
  • 30. Regras gerais de preparação  A fase aquosa é preparada aquecendo-se a água e nela dissolvendo-se os compostos hidro-solúveis sem exceder a faixa de temperatura de 75-80 ºC. De modo similar, a fase oleosa é também aquecida (ou fundida).  A dispersão da fase interna na externa deve ser feita com ambas as fases praticamente à mesma temperatura (em torno de 70 ºC).
  • 31. Regras gerais de preparação Quando a pré agitação é praticada, a fase interna é geralmente gradualmente adicionada na fase externa , enquanto ela está sendo agitada.
  • 32. Estabilidade As emulsões apresentam uma tendência natural para separar-se em suas duas fases constitutivas, Uma emulsão é considerada estável quando pequena ou nenhuma mudança ocorre no tamanho de gota da fase dispersa num determinado intervalo de tempo.
  • 33. Estabilidade De forma geral, o sistema precisa de agentes emulsionantes ou surfactantes para estabilizar-se, estes agentes têm duas funções básicas: a primeira é diminuir a tensão interfacial favorecendo a formação da emulsão, a segunda é evitar a coalescência da fase dispersa
  • 34. Estabilidade Outro fator importante e decisivo para a estabilidade das emulsões é o tamanho de gota da fase dispersa. Quanto menor o tamanho de gota maior a estabilidade e mais difícil a separação das fases.
  • 35. Estabilidade Coalescência: é a fusão das gotículas em gotas maiores até a separação total e definitiva das fases, de modo que a preparação não possa ser reemulsionada pela simples agitação do produto. Na coalescência, a barreira formada pelo agente emulsionante é quebrada ou destruída. Essa coalescência irreversível das gotículas é também chamada de “quebra” da emulsão.
  • 36. Cremagem: É a migração de gotículas da fase interna da emulsão para a parte superior (formando uma nata) ou inferior da emulsão (sedimentação). Essa migração é causada pela diferença de densidade entre as duas fases e a direção do movimento depende da fase interna ser mais ou menos densa do que a fase externa ou contínua líquido interno mais denso – sedimentação; líquido interno menos denso – cremagem.
  • 37.  Ver 2-emulsões pagina 41 para imagem
  • 38. Acondicionamento Devem acondicionar-se a temperatura ambiate, sob o abrigo da luz.
  • 39. Verificação  Os métodos mais simples para descobrir qual e a fase interna e a externa são:  Condutometria: apenas emulsões em que a fase continua e aquosa conduz a corrente elétrica.  Uso de corantes: corantes hidrofilicos colorem de maneira uniforme emulsões de O/A. Enquanto os lipofilicos colorem A/O.  Adição de veiculo: a incorporação de veiculo, seja óleo ou agua, só será fácil se esta corresponder a fase externa da emulsão.  Microscopia: pode-se avaliar, inclusive a uniformidade dos tamanhos das gotículas.
  • 40. Verificação  À medida que as emulsões se tornam instáveis, suas características físico-químicas variam. Assim, para verificar tais variações pode-se determinar o valor do pH, viscosidade, a distribuição de tamanho de partícula, entre outros.
  • 41. Resumo  As emulsões são dispersões de duas fases liquidas imiscíveis entre si, usualmente agua e óleo, estabilizadas pela presença de agentes emulsivos, localizados na interface óleo/agua.  Os agentes emulsivos, com propriedades de diminuir a tensão interfacial entre o óleo e a agua, tem papel fundamental na estabilização de emulsões.  Entretanto, estes compostos não conseguem diminuir a tensão interfacial a ponto de contrariar totalmente a energia livre da superfície provocada pelo aumento da área interfacial.
  • 42. Resumo  Desta forma, emulsões são sistemas termodinamicamente instáveis e, no desenvolvimento tecnológico, procura-se utilizar meios que possam retardar pelo maior tempo possível a separação das fases.
  • 43.
  • 44.
  • 45. Demostração de um agente emulsificante  A maionese é uma emulsão de óleo vegetal na água do vinagre. A importância da gema de ovo na maionese se dá pelo facto da gema do ovo ser rica em lecitina, após a dição desse emulsificante e sua agitação forma-se uma dispersão do tipo água-óleo
  • 46. Demostração de um agente emulsificante  A maionese apresenta uma fase interna que é composta de gotas de óleo dispersa se uma fase externa de vinagre, gema de ovo e outros ingredientes.  De acordo com Oetterer (2006) afirma que a emulsão é estabilizada pela complexa lecitina-proteína da gema de ovo, a gema congelada é quase sempre usada para a fabricação industrial de maionese, formando um produto mais uniforme e mais espesso que a gema fresca.
  • 47. Demostração de um agente emulsificante  Materiais  100 ml de vinagre  100 ml de óleo  Liquidificador.  Gema de ovo  Erlenmeyer  Cronómetro.
  • 48. Demostração de um agente emulsificante  Procedimentos  Misturou-se 100 ml de vinagre (ácido acético), 100 ml de óleo e a parte de gema de um ovo num liquificador.  Ligou-se o liquidificador numa corrente elétrica. Com ajuda do cronómetro controlou-se o tempo que era necessário para ludificar a mistura por um período de 3 minutos.
  • 49. Demostração de um agente emulsificante  A mistura foi-se agitando durante o tempo marcado e depois de ter-se chegado aos minutos necessários para a mistura tornar-se homogênea desligou-se o cronometro.  Fez-se a avaliação do produto em relação a sua consistência, estabilidade, separação de óleo-vinagre e a cor do produto por um período de 1 hora de tempo (1 h)
  • 50. Demostração de um agente emulsificante  Resultados  A mistura de óleo-vinagre com adição de gema do ovo como emulsificante homogeneizado num liquidificador formou uma solução homogênea a que chamamos de emulsão. Conforme é ilustrada na imagem
  • 51. Demostração de um agente emulsificante  Discussão  Em relação aos resultados obtidos comparando com os da literatura abaixo citada dá-nos o saber de que após a realização da experiência constatamos que houve a formação duma mistura homogênea (substancia coloidal) de cor amarela-a laranjada.  Depois de alguns minutos (15 minutos) fazendo uma análise foi se notar que o seu aspecto em relação a separação de fase não houve nenhuma separação, isto é, permaneceu constante enquanto que na realidade a mistura de vinagre e óleo é uma mistura heterogênea.
  • 52. Demostração de um agente emulsificante  Contudo este caso foi devido a presença de gema do ovo que é rica pela complexa lecitina que é uma proteína, responsável pela estabilização na emulsão e congelada e usada sempre para fabricação industrial de maionese.
  • 53. Exemplo de Formulação  Emulsão de óleo mineral (via oral)-laxante  Óleo mineral..............500 mL  Goma arábica.............125 g  Xarope........................ 100 mL  Vanilina.........................40 mg  Álcool............................60 mL  Água deion. qsp. .....1000 mL
  • 54. Obrigado pela Atenção Benedito da Paz, Técnico de Farmácia, Hospital Central da Beira