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            FACULDADE DE EDUCAÇÃO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: HISTÓRIA DA ESCOLARIZA...
“Não sou apenas objeto da história, mas seu sujeito igualmente.
No mundo da história, da cultura, da política, constato nã...
 Movimento da Cultura Popular: a partir da década de 1940,
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  1. 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: HISTÓRIA DA ESCOLARIZAÇÃO BRASILEIRA E PROCESSOS PEDAGÓGICOS PAULO FREIRE O poder transformador da educação e a análise crítica do mundo Jordana de Moraes Priscila Sanguinetti Rita Machado Novembro, 2012.
  2. 2. “Não sou apenas objeto da história, mas seu sujeito igualmente. No mundo da história, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar”. Pedagogia da indignação (2000).  Nasceu em 19/09/1921 no Recife, em uma família de classe média. Um dos quatro filhos do pai Joaquim Temístocles Freire, oficial da polícia militar, e da mãe Edeltrudes Freire, bordadeira, com a qual começou a se alfabetizar em casa;  1929 – Dificuldades financeiras. Falecimento de seu pai (1934). Muda-se para Jaboatão. Atraso nos estudos;  Bolsa no Colégio Osvaldo Cruz, em Recife. Retorna na década de 1940 a esse colégio como professor de língua portuguesa;  1943: curso de Direito – Universidade do Recife. Não exerce a profissão de advogado, mas de educador;  Defesa dos direitos dos trabalhadores: Diretor do SESI do Recife, Setor de Educação;
  3. 3.  Movimento da Cultura Popular: a partir da década de 1940, movimentos sociais do campo e da cidade (frentes populares de luta, sindicatos, ligas camponesas, partidos políticos). Ação Católica - frente de militância: compromisso do cristão com a justiça social. Convicção religiosa de Paulo Freire, Frei Betto, D. Paulo Evaristo Arns;  1963 – Primeiro Encontro Nacional de Cultura Popular no Recife. Centros e círculos de cultura. Centro de Cultura Dona Olegarinha;  Método de alfabetização aplicado em Angicos/RN (300 trabalhadores em 40 h/aula). Convidado a coordenar o Plano Nacional de Alfabetização (formação de educadores em massa e implantação de 20 mil círculos de cultura);  1964 – Golpe Militar: João Goulart deposto. Paulo Freire preso por 72 dias. Suas ideias foram consideradas perigosas e seus livros proibidos durante anos dos governos militares no Brasil;  1965 - Exílio: Bolívia, Chile (Educação para adultos – Instituto Chileno para Reforma Agrária);
  4. 4. “Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é uma chaga, nem uma erva daninha a ser erradicada, mas uma das expressões concretas de uma realidade social injusta”. Ação cultural para a liberdade (1976).  1967 – Publicação de seu primeiro livro: Educação como prática da liberdade, lançado no Brasil;  1968 – Escreve Pedagogia do Oprimido, durante o exílio no Chile;  1969 – EUA: Professor convidado da Universidade de Harvard;  1970 – Suíça, Genebra: Consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial das Igrejas;  África - Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe: Acompanhamento de países que tinham conquistado sua independência política para sistematização de planos de educação;  Professor na Faculdade de Educação da Universidade de Genebra;  1980: Abertura política – retorno ao Brasil. Professor da UNICAMP e PUC/ SP;  Filiou-se ao PT. Secretário de Educação da cidade de São Paulo de 1989 a 1991 na gestão de Luíza Erundina. MOVA, Movimento de alfabetização;
  5. 5.  Prêmio UNESCO de Educação para a Paz (1986) e Educador dos Continentes (1992);  Títulos: Doutor Honoris Causa por mais de 40 universidades brasileiras e de outros países (Inglaterra, Bélgica, Espanha, EUA), Professor Emérito e Presidente Honorário;  Mais de 300 escolas públicas e particulares levam seu nome em diversos países. Inúmeros centros de pesquisa criados para fomentar o estudo de sua obra;  1986 – Morte da companheira Elza Freire, com quem viveu por 42 anos;  1988 – Casa-se com Ana Maria Araújo Freire, sua ex-aluna;  1991 – Fundação do Instituto Paulo Freire;  02/05/1997 – Morreu de infarto aos 76 anos. “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.
  6. 6. “O estudo não se mede pelo número de páginas lidas em uma noite, nem pela quantidade de livros lidos em um semestre. Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá- las”. “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual posição Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Concepção Pedagógica  Influências: existencialismo cristão (Gabriel Marcel), fenomenologia, dialética (Hegel) e materialismo histórico (Marx);  Vivência do ensinar-e-aprender a partir de uma integração entre a dimensão cultural do trabalho do educador, a sua vocação social e a sua responsabilidade política.
  7. 7.  Estudo de teorias pedagógicas  construção solidária de ideias  contínuo esforço de leitura crítica da realidade  prática.  “Leituras da realidade”  participação o mais próxima possível no cotidiano dos educandos: mente reflexiva, amorosa sensibilidade, crítico senso ético, presença e participação na transformação de seu mundo.  Realidade e necessidades do adulto trabalhador analfabeto. Método de alfabetização de adultos: associação pedagogia e política. Pesquisa empírica.  Círculos de diálogos entre professores, pais e alunos: participação ativa.  Círculos de cultura: Alfabetização da população. Primeiro a conscientização, depois o aprendizado da leitura e escrita como instrumento de apropriação do mundo. Imagens da cultura popular.  Consciência intransitiva - trânsito - alternativas da consciência massificada ou fanatizada e consciência crítica. Fases do método: 1. “Levantamento do universo vocabular dos grupos com quem se trabalhará”; 2. “Escolha das palavras, selecionadas do universo vocabular pesquisado”. Critérios de seleção: “riqueza fonêmica, dificuldades fonéticas e teor pragmático da palavra” (maior pluralidade de engajamento da palavra numa realidade social, política, cultural); 3. “Criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai trabalhar.”
  8. 8. 4. “Elaboração de fichas-roteiro, que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho”; 5. “Fichas com a decomposição das famílias fonêmicas correspondentes aos vocábulos geradores, confeccionadas em slides ou cartazes”. Educação como prática da liberdade, (1967). “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. Pedagogia do Oprimido (1970)
  9. 9. Pedagogia do Oprimido “Não haveria oprimidos, se não houvesse uma relação de violência que os conforma como violentados, numa situação objetiva de opressão. Somente os oprimidos, libertando-se, podem libertar os opressores. Estes, enquanto classe que oprime, nem libertam, nem se libertam”.  Contradição: OPRESSORES / OPRIMIDOS;  Opressão: ato proibitivo do “ser mais”.  Oprimidos: dualidade existencial (“hospedam” o opressor, não o reconhecendo enquanto tal), atitudes fatalistas (destino, sina, vontade de Deus), imersão (não são conscientes da “ordem”, podem vir a agredir os seus), alienação (seguem o opressor, desejo de se igualar a ele); auto desvalia (se veem como incapazes de aprender, mudar);
  10. 10.  Diálogo crítico e libertador. Permanente busca da liberdade que não é uma doação, mas uma conquista. Medo da liberdade (oprimidos: de assumi-la /opressores: de perder a condição de oprimir).  Caráter eminentemente pedagógico da revolução (não para os oprimidos, mas com eles) – auto reconhecimento;  Propaganda, dirigismo, manipulação (armas de dominação) não são instrumentos para essa reconstrução;  Educador e educandos (liderança e massas): sujeitos que desvelam a realidade e a conhecem criticamente para recriá-la (reflexão e ação em comum – engajamento);  Educação “bancária”: Antidialógica. Assistencialista. “Bem comportada”. Dominadora. Divide. Imersão. “Transforma a mentalidade do oprimido, não a situação que o oprime” (BEAUVOIR). Narração – memorização mecânica do conteúdo. Educandos como recipientes para depósito que recebem pacientemente, memorizam e repetem, ambos arquivados, fora da práxis. Educador (o que sabe) enquanto sujeito do processo, educandos (os que não sabem) meros objetos, “domesticação”. Aulas “verbalistas”, distância entre educador e educandos, métodos de avaliação dos “conhecimentos”, “controle de leitura”, “indicação bibliográfica”, critérios de promoção;  Educação problematizadora e libertadora – Crítica. Humanizadora. Revolucionária. Emancipadora. Reúne. Emersão. “Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa. Humanização de ambos. Pensar autêntico, não doado. Crença no poder criador dos homens como corpos conscientes e na
  11. 11. consciência como consciência intencionada ao mundo”. Educador enquanto educa é educado. Educando ao ser educado também educa. Ambos investigadores críticos. Educação como ato consciente que se refaz constantemente na práxis. Denúncia e anúncio. Para ser, estar sendo. Aqui e agora. Por quê?”;  Educação reflete a estrutura do poder: dificuldade do educador dialógico de atuar nessa estrutura que nega o diálogo – “dialogar sobre a negação do próprio diálogo”. “Falar, por exemplo, em democracia e silenciar o povo é uma farsa. Falar em humanismo e negar os homens é uma mentira”.  Diálogo – encontro dos homens para “ser mais”: exigência existencial. “Fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo. Ato de coragem, nunca de medo, o amor é compromisso com os homens. Não existe tampouco diálogo sem esperança. A esperança está na própria essência da imperfeição dos homens, levando-os a uma eterna busca”. Realidade como processo.  Conteúdo programático – “não deve ser doação ou imposição, mas devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada” (reorganização);  Objetivos: investigação de temas geradores, superação das situações-limites (imperativo básico do Terceiro Mundo), práxis (reflexão e ação verdadeiramente transformadora da realidade - criação).  Metodologia: Análise de uma situação existencial concreta - “Codificação” (escolha do melhor canal de comunicação para representação do tema. Remete por abstração ao concreto da
  12. 12. realidade existencial. Simples ou composta. Visual, pictórico, gráfico, tátil ou auditivo. Multiplicidade de canais). Mediação entre o “contexto real” em que se dão os fatos e o “contexto teórico”, análise. Tendência a “cisão” ou “redução”, que possibilita descobrir a interação entre as partes do todo – “descrição da situação” – parcialidades e totalidades. “Descodificação” (análise crítica da situação codificada).  Alfabetização: busca e investigação da palavra geradora. Pós- alfabetização: busca e investigação do tema gerador.  Contradições: constituem as situações-limite, envolvem temas e apontam tarefas. Percepção do núcleo de contradições  estudo do nível de percepção em que se encontram os indivíduos;  Teoria da ação antidialógica: conquistar, dividir para manter a opressão, manipulação e invasão cultural. Mitos (ordem opressora como ordem de liberdade), slogans - meio comunicação com as massas (crítica não aos meios, mas ao uso);  Teoria da ação dialógica: Co-laboração, união, organização, síntese cultural;  Campo teórico: Marx-Engels, Mao Tsé-Tung, Jean-Paul Sartre (concepção “digestiva” ou “alimentícia” do saber), Simone de Beauvoir, Georg Lucáks, Erich Fromm (psicanalista, sociólogo e filosofo alemão), Karl Jaspers (filósofo existencialista), Álvaro Vieira Pinto (cientista e educador - Ação Integralista Brasileira), Ernani Maria Fiori (educador de filosofia UFRGS/PUC), Pierre Furter, Ernesto Guevara.
  13. 13. Principais Obras Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do Recife, 139 p. (tese de concurso público para a cadeira de Historia e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco), 1959. A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961. Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife (num. 4), 1963. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967. Educação e conscientização: extensionismo rural. México: CIDOC/Cuaderno 25, 1968. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1971. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975. Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições BASE, 1978. Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982. A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991. Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992. Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Editora Olho d´água, 1993. Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1994. À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d´água, 1995. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996. Mudar é difícil, mas é possível. (Palestra proferida no SESI / Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997.
  14. 14. Referenciais Bibliográficos Biblioteca Digital Paulo Freire. Disponível em <http://www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire> Acesso em 23 nov. 2012. Instituto Paulo Freire. Disponível em <http://www.paulofreire.org>. Acesso em 22 nov. 2012. Centro Paulo Freire - Estudos e Pesquisas. Disponível em <http://www.paulofreire.org.br/asp/Index.asp> Acesso em 19 nov. 2012.

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