O documento descreve os movimentos sociais locais no Rio de Janeiro e outras cidades, com foco no Grupo Cultural AfroReggae. O AfroReggae promove a inclusão social através da arte e cultura, com projetos como Favela e Arte, Estúdio Natura Musical e Tá no Mapa, que mapeia favelas e as inclui no Google Maps.
2. MOVIMENTOS SOCIAIS LOCAIS
Em linhas gerais, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva de
um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do
embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma
determinada sociedade e de um contexto específicos, permeados por tensões
sociais.
Podem objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma
realidade hostil a certo grupo ou classe social.
3. MOVIMENTOS SOCIAIS LOCAIS
Por outro lado, conforme aponta Alain Touraine, Em defesa da
Sociologia (1976), para se compreender os movimentos sociais, mais do que
pensar em valores e crenças comuns para a ação social coletiva, seria
necessário considerar as estruturas sociais nas quais os movimentos se
manifestam.
Cada sociedade ou estrutura social teria como cenário um contexto histórico
(ou historicidades) no qual, assim como também apontava Karl Marx, estaria
posto um conflito entre classes, terreno das relações sociais, a depender dos
modelos culturais, políticos e sociais.
6. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Grupo Cultural AfroReggae é uma organização não governamental fundada
em 1993 com a missão de promover a inclusão e a justiça social por meio da
arte, da cultura afro-brasileira e da educação.
O grupo tem como um dos principais objetivos despertar potencialidades
artísticas de jovens das camadas populares. A iniciativa aumenta a autoestima
dos jovens moradores de favelas, além de gerar renda, afastando-os da
influência do tráfico.
8. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Favela e Arte
O projeto Favela e Arte propõe a articulação entre arte e cultura como
potentes elementos aglutinadores para a integração comunitária através de
oficinas culturais que têm como eixos dança, música, teatro, artes gráficas e
circo. As oficinas culturais trabalham com diversas linguagens artísticas e
compreendem atividades que tem um cuidado com o desenvolvimento
técnico, priorizam a experimentação prática e o acesso artístico e cultural.
9. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Vigário Geral – Centro Cultural Waly Salomão.
Parada de Lucas – Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo
Zanetti
11. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Estúdio Natura Musical
O Estúdio Natura Musical é um lugar para oportunidades. Localizado no
Centro Cultural Waly Salomão, em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de
Janeiro, o espaço oferece toda estrutura de um estúdio profissional para
formar pessoas que desejam atuar na indústria fonográfica e também acolher
artistas interessados em gravar, mixar e masterizar seus trabalhos.
Cursos técnicos com profissionais do mercado:
Além da estrutura, o AfroReggae e Natura oferecem cursos profissionalizantes
ministrados por uma equipe atuante no mercado. Entre os instrutores está
Vânius Marques, duas vezes vencedor do Grammy Latino, como engenheiro
de gravação, para álbuns de Caetano Veloso e Zeca Pagodinho.
12. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Estúdio Natura Musical
O Natura Musical é o programa da Natura de apoio à música brasileira, que
atua por meio de diferentes frentes, como os Editais Públicos, que visam
selecionar projetos de diferentes formatos e estágios da produção cultural
por meio das Leis Rouanet e do Audiovisual em todo o Brasil, e da Lei do
ICMS em Minas Gerais, Bahia e no Pará; e os Festivais Natura Musical.
Lançado em 2005, o Programa beneficiou projetos de diferentes estágios e
processos da música brasileira patrocinando mais de 200 projetos em todas
as edições
13. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Tá no Mapa
Com o projeto foi possível fazer o que ninguém conseguiu até agora: mapear
as favelas do Rio de Janeiro. Em 2013, foi dado primeiro passo com um
projeto piloto em Parada de Lucas. No ano seguinte, foram mapeados
a Rocinha, o Vidigal, o Complexo do Caju e Vigário Geral. A J. Walter
Thompson e o Google são parceiros do projeto que usam a tecnologia para
aproximar pessoas. E esse é só o começo.
Este ano, também já foram incluídos no mapa as favelas da Babilônia,
Cantagalo e Chapéu Mangueira. Dando sequência ao projeto, ainda em 2015,
iniciaram-se o mapeamento nas favelas Dona Marta, Pavão-Pavãozinho e
Tabajara, na Zona Sul do Rio.
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17. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Tá no Mapa
Como funciona o mapeamento
Todo mapeamento foi feito por agentes locais, decidimos recrutar moradores
para formar a equipe do Tá no Mapa e dar a eles a oportunidade de tirar da
invisibidade digital o lugar onde vivem. Todos eles foram treinados pelo
Google e escolhidos pelo AfroReggae.
O processo é simples e colaborativo, a equipe do projeto percorre ruas e
vielas e documenta tudo com a ferramenta Google Map Maker. Toda
informação é enviada em tempo real, depois o material é avaliado
pelo Google e tudo entra, literalmente, no mapa ao ser incluído no Google
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21. GRUPO CULTURAL AfroREGGAE
Composição temática/atividades
Outros projetos: Segunda Chance, Além do Arco-íris , Cultura de ponta, Programa
Sociocultural de Cabo Verde, entre outros.
Grupos artísticos: AR21, Orquestra AfroReggae, Afro Circo, Afro Lata, Afro Samba,
Makala Música & Dança, entre outros.
Programas de televisão: Conexões Urbanas, Papo de Polícia, Órfãos da Violência e Paixão
Bandida.
Publicações: InfoReggae, Presta Atenção, Coleção Conversas e Livros (Da Favela para o
Mundo e A Cultura É Nossa Arma).
22. OUTROS PROJETOS
Projeto Jovem Rocinha
A intenção do Projeto é fazer com que os participantes passem a refletir sobre as
questões sociais que os cercam, superando limitações traçadas pela miséria, pela
violência, pelo descaso do poder público e das classes dominantes.
Preenchendo suas tardes com atividades de reforço escolar ou extracurriculares, o
projeto visa afastar os jovens da criminalidade, ampliando seus horizontes acerca de
seu futuro, trabalhando suas questões subjetivas e objetivas, respeitando as
singularidades de cada um.
A população-alvo escolhida para participar tem idade entre 13 a 17 anos, com
alfabetização obrigatória, podendo ou não estar estudando e/ou trabalhando.
23. OUTROS PROJETOS
Projeto Social A Banca
A Banca tem o objetivo de realizar eventos e desenvolver a música e a cultura Hip
Hop como ferramentas de inclusão Cultural-Social-Econômica para jovens em
situação de vulnerabilidade social.
Projeto Ser Criança
No Vale do Jequitinhonha (MG), uma das regiões mais pobres do país, o projeto “Ser
criança” ensina e alimenta o sonho de mais de 180 crianças através de brincadeiras e
de muita música.