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GUIASEJAANTIRRACISTA2020
Além da Pandemia de Covid-19 que atingiu e matou milhares de
pessoas, o ano de 2020 foi marcado por muitas tragédias
sociais. No dia 25 de maio, George Floyd, um homem negro de
46 anos, foi assassinado durante uma abordagem policial pelo
agente Derek Chauvin, que ajoelhou-se sobre o pescoço da
vítima, que estava desarmada, algemada e com o rosto no
chão, por quase nove minutos.

A brutalidade do ocorrido incitou uma série de manifestações
nos Estados Unidos, tornando-se o maior levante popular
desde 1968, ano em que Martin Luther King, principal ativista
contra a discriminação racial, foi assassinado pelo
supremacista branco James Earl Ray, no contexto da Guerra do
Vietnã. As manifestações de 2020 superaram fronteiras, e com
o mote “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam em
português) “I can’t Breathe” (Eu não consigo respirar- em
português), frase dita por George Floyd antes de ser sufocado,
tiveram adesão em diversos países, configurando-se como um
movimento de cunho antirracista global.
O principal formato de mobilização foi online, por meio das
hashtags e da “Blackout Tuesday”, ação coletiva datada de 2 de
junho, com objetivo de expressar o luto, publicando uma foto
preta seguida da Hashtag, a ideia é que não fosse postado mais
nada nesse dia, principalmente pelos grandes influenciadores
digitais.

O Brasil, além de se solidarizar com o ocorrido nos Estados
Unidos, também foi palco de casos racistas que ganharam
espaço na mídia, como o caso de João Pedro Matos Pinto, um
menino negro de 14 anos que foi assassinado dentro de sua
casa em São Gonçalo (RJ) durante uma operação militar; e o
caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que
morreu ao cair do 9º andar de um prédio em Recife, por
negligência da patroa branca de sua mãe, que trabalhava de
empregada doméstica e precisou deixar o menino aos cuidados
da patroa enquanto passeava com o cachorro da família.
Em resposta ao contexto internacional e a desigualdade racial
brasileira, em junho de 2020 nasceu o manifesto “Seja
Antirracista”, voltado para empresas e sociedade civil. Com o
mote “não precisamos de mais pessoas negras morrendo para
ter um engajamento contínuo na pauta racial”, a iniciativa foi
fruto de uma parceria entre o Instituto Identidades do Brasil
(ID_BR),o Sistema B e o Instituto Capitalismo Consciente.

O objetivo do manifesto foi funcionar como um espaço de
comprometimento público, enumerando diretrizes que devem
ser seguidas como forma de lutar contra o racismo estrutural e
institucional. O manifesto pôde ser assinado por empresas e
pessoas e cumpria o papel de estimular, entre outros temas, o
comprometimento de se educar sobre temática racial, apoiar
pessoas negras, denunciar o racismo e dissociar a trajetória de
negros única e exclusivamente a casos de racismo.
No caso das empresas, o documento pediu mais transparência
em relação aos programas de diversidade, estimulando que
todas publicassem o número de negros em cargos executivos,
traçassem metas de empregabilidade até o fim do ano de 2020
e que dedicassem horas de treinamento para que seus
colaboradorestivessem acesso à educação racial.
OMANIFESTO
Não precisamos de mais pessoas negras morrendo para ter um
engajamento contínuo na pauta racial.

⠀

Pratique o antirracismo e assuma o seu compromisso. 

⠀

Criado pelo ID_BR em parceria com o SistemaB e Capitalismo
Consciente Brasil, o manifesto pretende incentivar que pessoas e
empresas assumam publicamente o compromisso de agir de forma
efetiva pela igualdade racial.


A pauta precisa ser muito mais que uma hashtag quando o assunto
está em alta. Precisa de ações contínuas no dia a dia.
Comprometa-sepublicamentea:
Dissociaratrajetória de pessoas negras única e exclusivamente do racismo


Denunciaro racismo em suas diversas formas e manifestações deviolência


Apoiarpessoas negras


Se é pessoa branca,falarmais do racismo com e entre pessoas brancas


Espalhara necessidade de educação antirracista


Educar-se sobre atemática racial e o racismo estrutural no Brasil


Não dizerque só existe a raça humana para minimizaras discussões sobre raça e racismos
O que você encontrará aqui
07


13


19


25


39


42
Dúvidas Frequentes


Não é legal


Dicas


Para Empresas


Continue sua jornada


Mensagem Final
DÚVIDAS
FREQUENTES
Racismo "reverso” existe?
A resposta é não! 

Mesmo que aconteça de uma pessoas negra ofender uma pessoas branca, isso não poderá ser chamado de racismo reverso.

Porque em definição o racismo é uma doutrina ou sistema político fundado sobre o “direito” de uma raça (considerada pura e
superior) de dominar outras.

E a cultura brasileira foi construída baseada na hierarquia social em que os brancos dominaram sobre os negros e indígenas. Base
para formação do que chamamos atualmente de racismo estrutural. 

Devemos entender que racismo e preconceito são ideias diferentes, mesmo que muitas vezes estejam interligados.

Ou seja, quando uma pessoa branca sofre agressões verbais relacionadas a usa cor ela não pode dizer que foi vítima de racismo.
O que é racismo estrutural?
Primeiro vamos falar sobre o que é raça: 

Todos nós temos aspectos físicos (como cor da pele, textura dos cabelos, formato do nariz e da boca) que são usados pelas
pessoas para classificar nosso “lugar”na sociedade. E a essa leitura social da nossa aparência física damos no nome de Raça.

Agora vamos falar sobre o racismo em si.

O racismo é uma hierarquia entre raças que estabelece relações de poder econômico, político e social. Aqui no Brasil, por exemplo,
pessoas que são reconhecidas socialmente como sendo de raça branca estão em uma hierarquia social acima das pessoas que são
compreendidas como da indígena ou da raça negra, por exemplo.

E o racismo estrutural? 

O racismo é estrutural porque faz parte da base da sociedade, ou seja, faz parte da estrutura de como nossa cultura foi
desenvolvida. No caso do Brasil, as relações racistas se dão desde o começo da sua história, pois nossa sociedade tem como base a
escravidão que impactou vidas indígenas e negras trazidas do continente africano.

Por mais de 300 anos, as pessoas negras foram escravizadas e tratadas por pessoas brancas como objetos e não como pessoas.
Isso gerou a construção de uma cultura social racista. Por isso, mesmo depois da abolição da escravatura, as pessoas reconhecidas
como pertecentes à raça negra continuam sendo tratadas como inferiores às pessoas brancas.

Sendo assim, o racismo estrutural não é apenas um fenômeno individual, mas que compõe a sociedade como um todo. Ao mesmo
tempo, ele também é estruturante. Além de estar nas bases da sociedade, ele define como ela se organiza nos tempos atuais.
Qual a diferença entre raça e etnia?
Por que não usar "mulata"?
O conceito sociológico do termo Raça está ligado as características físicas que são aparentes, com cor da pele, tipo de cabelo e
feições do rosto.

Apesar de algumas pessoas defenderem que o conceito de raça entre humanos seria inviável do ponto de vista científico, a raça é
uma construção social utilizada para diferenciar grupos de pessoas tendo como base suas características físicas.

Já o termo Etnia está ligado a características socioculturais, como nacionalidade, afiliação tribal, idioma, tradições, entre outros.

O termo etnia é utilizado para distinguir grupos de pessoas que compartilham da mesma cultura e não leva em consideração as
características físicas do indivíduo.
O termo “mulata”é pejorativo, pois a palavra vem de “mula”. A relação se dá porque o animal nasce do cruzamento de duas espécies
diferentes, originando um “mestiço”. Ou seja, associavam as pessoas descendentes de brancos e negros com esse animal durante o
século XIX.

Por isso, devemos evitar o uso da palavra “mulata” nos dias atuais.
O que são políticas de ações afirmativas ?
As políticas de ações afirmativas são medidas que reconhecem as diferenças que existem entre os grupos sociais e criam, com
respaldo de leis, formas de compensar essas diferenças e equilibrar as possibilidades de todos cidadãos. 

Elas podem ser pontuais ou por tempo determinado e têm como objetivo diminuir as desigualdades históricas dos grupos sociais,
como as populações negras e indígenas aqui no Brasil. 

As políticas de ações afirmativas são medidas reparadoras, traçam caminhos para um equilíbrio na sociedade e precisam ser
compreendidas pelo olhar do desenvolvimento sustentável (que visa a gestão dos recursos ambientais, econômicos e sociais). 

A partir do olhar sustentável, as políticas afirmativas aqui no Brasil são criadas para impulsionar que o crescimento do país inclua o
desenvolvimento das populações negra e indígena. 


As políticas de ações afirmativas são necessárias para reparar leis como: 

1. Lei 1 de 1837 - proibia negros de estudarem, sendo eles escravizados ou não.

2. Lei de Terras de 1850 - proibia que população negra de ter terras (propriedade). 

3. Lei do Boi de 1968 - garantia cotas estudantis em escolas agrícolas para agricultores e seus filhos, sendo 30% das cotas para o
ensino médio e 50% das cotas para ensino superior. (Mas, nessa época, a maior parte dos agricultores eram brancos.)


As políticas afirmativas também são uma forma de reparar as consequências da imigração europeia, que gerou substituição da
mão de obra negra pela mão de obra branca e levou a doação de terras aos imigrantes europeus
Educaçãoantirracistajánosprimeirosanosdeidade?
Indicamos
Aresposta é sim! 

Esse é o período em que a criança esta começando a entender o mundo.
Por isso, é muito importante que ela já aprenda a tratar e respeitartodas
pessoas, independente da raça.

Como nessa idade as crianças estão em formação, elas absorvem muito do
ambiente externo. Por isso,ter uma rotina antirracista é fundamental.

Além da família, as escolas também devem assumir a responsabilidade de
um ensino antirracista.Abraçar culturas negras, indígenas e amarelas é
necessário para uma boa formação desde cedo.

De acordo com a Lei 11.635/08, é obrigatório o ensino da história e cultura
africana, afro-brasileira e indígena em todo o currículo escolar. Por isso, é
fundamental quevocê exija do seu filho o cumprimento da lei.

Compre livros infantis que tenham personagens negros como
protagonistas e estimule seus filhos a assistir peças infantis, filmes e séries
com protagonistas negros.
NÃOÉLEGAL
NÃOÉLEGAL#1
Sevocê não é negro não precisa usaremojis com corde pele negra para se posicionara
favorda pauta racial.
Usaremojis com as cores de pele negra dá a impressão de que a causa racial é só dos
negros,mas naverdade é detodas as pessoas.

Você pode e deve serantirracista sem usarmãozinha negra.
Sevocê é branco,porexemplo,pode e deve usaremojis com a sua carde pele.Dessa
formavocê mostra que se posicionara favorda pauta racial usando seu próprio lugar
de falatambém é importante.
PORQUE
Vocêpodesubstituirpor
NÃO É LEGAL#2
Perguntar a uma pessoa negra de cabelo crespo, dreadlocks ou tranças como ela faz para
lavar. Também não é legal passar as mãos nos cabelos das pessoas sem autorização.
O cabelo crespo é cabelo, como qualquer outro. Quando se tem uma atitude assim,
reforça a ideia de que pessoas negras não possuem aspectos humanos, ou que suas
características são anormais, exóticas e que, por isso,você precisa saber como fazem
coisas simples.
Olhar de longe e admirar a beleza dos fios sem precisartocar ou fazer esse tipo de
pergunta. Ninguém entra no Museu do Louvre e sai tocando a Monalisa, por exemplo. 

É possível admirar e não invadir o espaço de ninguém.
PORQUE
Você pode substituir por
NÃO É LEGAL#3
Fazer dos seus amigos negros as únicas fontes de informação sobre assuntos relacionados à raça e ao racismo.
Não é porque eles são negros que devem tertodas as respostas às suas dúvidas.Talvez você não perceba, mas
pode causar desconforto a seus amigos quando faz perguntas que poderiam ser encontradas de outras formas.
Mesmo que você tenha muitos amigos negros com boa vontade em conversar com você sobre o tema, é
importante buscar outras fontes de informação.Afinal,também é sua responsabilidade aprender mais por conta
própria questões sobre raça e racismo.

Além disso, nem todas as pessoas negras sabem ou desejam falar sobre questões raciais. Elas podem ter outras
vontades, formações e conhecimentos.
Hoje em dia existe muita informação e material para quem deseja saber sobre questões raciais. Existem
youtubers, escritores, livros, filmes, palestras… Um grande acervo de informações! 


PORQUE
Você pode substituir por
NÃOÉLEGAL#4
Conheceruma pessoa negra e já apelida-la de“Negão”,“Neguinho”,“Preta”,etc.
Pessoas negras,historicamente,são usadas para representaruma coletividade,ou seja,é como
se elas nãotivessem identidades individuais ou nomes.Dificilmentevemos um“Brancão”no
grupo de amigos.

Então,assim como pessoas brancastêm suas individualidades,pessoas negrastambém.É
importante respeitá-las.
Usaro nome da pessoa à qual está se referindo!Antes de mais nada,respeite o nome e a
maneira que esta pessoa deseja serchamada.Só altere se lhe forpermitido ou solicitado
expressamente.
PORQUE
Vocêpodesubstituirpor
NÃO É LEGAL#5
Agir na defensiva e dizer que as pessoas entenderam errado quando acusado de racismo.
Não se trata de intenção, mas o efeito que as ações produzem. Para além do discurso, práticas
racistas são formas de projetar contextos de hierarquia e de “ignorância”(ausência de
habilidade intelectual) da população negra.
Em vez de se dizer não racista, busque ouvir e tentar compreender porque foi acusado. O racismo
nos é ensinado desde sempre e ele não vai deixar aparecer só porque você se considera não
racista. Peça desculpas pela ofensa, se policie e busque entender como agir de forma diferente. 

Mas, lembre-se: A pessoa negra com quem você foi racista não é obrigada a querer lhe desculpar,
ensinar ou ouvir.
PORQUE
Você pode substituir por
DICAS
Filhosdesangueeosso-TomiAdeyemi
ZélieAdebolaselembradequandoosolodeOrîshavibravacomamagia.Agora,elatemumachance
detrazeramagiadevoltaeatacaramonarquia.MasoperigoespreitaemOrîsha.
Leopanários-das-nevesrondameespíritosvingativosaguardamnaságuas.Apesardisso,amaior
ameaçaparaZéliepodeserelamesma,enquantoseesforçaparacontrolarseuspoderes-eseucoração. 


Penseemumlivrodefantasiafalandodemagiaquevemdosorixásecomtodososseus
personagensnegros.

⠀

“Filhosdesangueeosso”foiescritoporumaescritoraestadunidense,TomiAdeyemi,quetevesuas
ideiasemterrasbrasileiras.Voltadoparaaculturaiorubá,olivrofogedanarrativadefantasiabrancae
abraçaaconexãocomaÁfricaOcidental.

⠀

Arepresentatividadedeterumaescritoradefantasianegraquetratadeumanarrativanãobranca
éincrívelparaogênero.Éumaleituramaravilhosa!
Minhahistória-MichelleObama
Você querveruma história inspiradora?

⠀

O documentário da Netflix“Minha História”conta sobre os bastidores daturnê de Michelle Obama
para lançaro seu livro autobiográfico.Tanto o documentário quanto o livrotrazem uma história
emocionante sobre avida de Michele,contando sobre suatrajetória profissional,seu período na Casa
Branca etambém sobre aspectos particulares de suavida.

⠀

Indicamostanto o livro quanto o documentário ;)
Disponível naNetflix
Naminhapele-LázaroRamos
Teconvidamosaexperimentarvivernapeledoator,diretoreescritorLázaroRamosatravésdolivro
“Naminhapele”.

⠀

ApesardecompartilharrelatoseexperiênciasdeLázaro,aobraquefoipublicadaem2017nãoé
exatamenteumaautobiografia.Olivrotemcomotemáticaexplorarasnarrativasqueenvolvemas
relaçõesraciaisnoBrasilatravésdavivênciadoautoredaspessoasaoseuredor,esemprecommuito
bomhumor.

⠀

Comootítulosugere,o“Naminhapele”éumconviteparaqueoleitorexperimentevestiroutrapele
secolocandodealgumamaneiranolugardooutro.

⠀
Sim à igualdade racial - Luana Génot
Quer fazer uma leitura sobre a questão racial? Que tal apoiar escritores negros?

⠀

A Diretora Executiva do ID_BR, Luana Génot, escreveu um livro voltado à raça e mercado de trabalho.
Com o “Sim à Igualdade Racial”, você terá um panorama geral sobre como a desigualdade racial afeta o
meio laboral.

⠀

Entender essa realidade pode ser um dos primeiros passos para construir um futuro mais igualitário
e antirracista. :)

⠀

O livro está disponível na Americanas, Submarino, Magazine Luiza, Casas Bahia, Extra, Ponto Frio,
dentre outros varejistas.
3 filmes
Nós acreditamos na importância de ser interseccional e olhar sob perspectivas de diferentes lutas sociais. Por isso, separamos
três filmes que abordam uma narrativa negra e LGBT+.
Moonlight

Ganhador de várias estetas do Oscar 2017
,
inclusive a de “Melhor Filme”
, Moonlight conta a
jornada de autoconhecimento de Chiron, um
rapaz morador de periferia e homossexual. A
obra tem uma narrativa real e palpável.
Rafiki

Conta a história de duas meninas de famílias rivais que se
apaixonam. Juntas, elas enfrentam os preconceitos de uma
sociedade extremamente conservadora. A obra queniana chegou a
ser banida no seu país de origem sob acusação de promover
“propaganda de lesbianismo”
, mostrando a intolerância do
governo. Por isso o filme representa um verdadeiro ato político.
A Vida e a morte de Martha P
. Johnson

O documentário foca na vida e na investigação da
morte da ativista trans Martha P
. Johnson. Grande
ícone na comunidade LGBTQIA+, Johnson foi uma das
líderes da Revolução de Stonewall em 28 de junho de
1969, ato que originou o dia do Orgulho LGBT+.
PARA
EMPRESAS
Empresas com altos
índices de diversidade racial
em seus cargos executivos
tem 33% de chances de
serem mais rentáveis, de
acordo com a McKinsey*.
Sabe por quê?
Implementar ações afirmativas de diversidade racial na
cultura institucional pode fortalecer a própria empresa,
aumentando sua efetividade, produtividade e,
consequentemente, lucratividade.


Isso acontecce porque ao investir na diversidade racial a
empresa passa a ouvir pessoas com diferentes perspectivas.
Dessa forma, a empresa fortalece sua cultura organizacional. 


Medidas de inclusão de pessoas negras de diferentes raças
em cargos de liderança são vistas como estratégias de atração
de stakeholders, pois mostram que a empresa realmente
entende a sociedade a qual pertence.


Você também pode ter uma empresa diversa, independente
do tamanho do seu negócio.
* Delivery through Diversity, 2018
Apesar da população negra movimentar anualmente R$ 704
bilhões de reais, uma pesquisa do Instituto Locomotiva mostra que a
diferença salarial entre negros e brancos que possuem ensino
superioréde31%.
Quando comparamos a renda de mulheres negras
comadoshomensbrancospercebemosqueadiferença
chegaaserde127,91%.Muitadisparidade,né?
Ações efetivas que proporcionem a mudança desse
cenário devem ser responsabilidade de todos,
principalmente daqueles que ocupam cargos de
liderançanasmaisdiversasáreas.
É necessário mudaressa estrutura através de ações
propositivas que impulsionam a igualdade racial no
mercado de trabalho, afinal, não é normal a
concentração de riquezas nas mãos de um grupo
pequenodepessoas.
ArendamédiadeumamulherbrancaédeR$2.539reaismensais. 

JáarendamédiadeumamulhernegraédeR$1.476reaismensais. 

Umadiferençade41,64%
ArendamédiadeumhomembrancoédeR$3.364reaismensais. 

JáarendamédiadeumhomemnegroédeR$1.849reaismensais. 

Umadiferençade45,04%
4passospráticosparaimplementarDiversidadeeInclusãonasuaempresa
Passo#1:Promoveraçõesefetivasquevãoalémdeposicionamentonainternet.

É necessário desenvolverprogramas que estimulem a diversidade dentro das empresas,porexemplo,realizarprocessos seletivos
exclusivos para grupos minorados.


Passo#2:Fazerinvestimentos.

Para desenvolverações efetivas em prol da diversidade é preciso investirem letramento sobre atemática paratodas as equipes e
lideranças,além de apoiarprojetos ou instituições que promovam a diversidade.


Passo#3:Sejatransparenteeapresentenúmeros.

Divulgue quanto sua empresa investiu em pautas de diversidade,quantos negros,mulheres,LGBTQIA+,PCDs,entre outros,trabalham
na sua empresa e quantos estão em cargos de liderança.É importantteresses dadostransparentes para quetodos possam acompanhar
as mudanças e resultados realizados.


Passo#4:Fiqueatentoasuacadeiadevalor. 

Tenha fornecedores,terceqirazados ou empresas parceiras quetambém se preocupem em promovera igualdade.Faça parceiras
apenas com quemtem objetivos em comum com osvalores da sua empresa.
Principais ações para começar as boas práticas de diversidade em empresas.
É necessário que os líderes se comprometam com a pauta.

Esse comprometimento precisa estar exposto em ações constantes como promover palestras e treinamentos sobre
o tema, contratar e promover funcionários negros, indígenas, mulheres, entre outros.


Ter uma estratégia clara para implementar a diversidade e a inclusão na empresa,

de forma que este objetivo se torne parte da cultura organizacional e dos planejamentos para o crescimento da
organização. 


Mapear as ações que serão realizadas em prol da diversidade e criar um sistema para analisar e contabilizar os
resultados dessas ações dentro da organização. 

É preciso definir metas e realizá-las durante o período determinado.
Aprofundar o conhecimento na pauta racial vai ajudar sua empresa em...
Inovação

O foco na igualdade racial é fundamental para inovar e criar produtos e serviços, melhorar o clima e cultivar uma
força de trabalho mais produtiva e conectada com uma base mais diversa de consumidores.


Resultados

Acreditamos que o foco em igualdade racial com um olhar que também contempla diálogos com recortes como
gênero, orientação sexual, PCDs, ajuda no combate a todas as desigualdades estruturais direta e indiretamente,
aumentando assim a produtividade da equipe.


Gestão de Crise

Para evitar crises relacionadas ao tema, a aproximação com a temática é essencial. Afinal, caso seja necessário
gerenciar crises, o melhor conhecimento de termos e conceitos será essencial para desenhar um posicionamento e
ações que vão além da nota de imprensa.


Promover a igualdade racinal nas empresas é também reconhecer uma oportunidade de desenvolvimento, afinal,
empresas que atuam em prol da diversidade possuem maiores possibilidades de crescimento financeiro.
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo!
- para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
Adotar uma política tolerância zero ao racismo como a da empresa Franklyn Templeton, o que
levou a rápida demissão de Amy Cooper, após a viralização de um vídeo em que ela faz a falsa acusação
de que Christian Cooper, um homem negro e observador de pássaros, no Central Park, nem Nova York,
a estava ameaçando. E, para apoiar essa política, a empresa deve fornecer treinamento de equidade
racial para todos os funcionários - desde o CEO e o conselho até trabalhadores horistas.

O privilégio branco cegou muitos de nós para a compreensão das formas como o racismo está
inserido em nossa sociedade, nossa economia e nossas próprias vidas. A mudança, para cada um de
nós, deve começar com nossa própria jornada de aprendizado.
COMPROMETER-SE COM POLÍTICAS E TREINAMENTOS ANTIRRACISTAS
#1
Fonte:
@pullupforchange
e
Harvard
Business
School
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
Não há mais desculpa para as disparidades nos salários pago às pessoas negras, e
especialmente às mulheres negras, cujo salário é duas vezes menor do que o de homens brancos. 

Realize uma auditoria de equidade salarial e faça os ajustes necessários para obter um
pagamento justo e equitativo.

Por exemplo, o Paypal faz ajustes regularmente ao longo do ano para manter a equidade.
Estudos mostraram que eliminar a disparidade salarial racial aumentaria o PIB brasileiro em mais
de R$ 380 bilhões.
É importante garantir a representação dos trabalhadores horistas, mulheres e pessoas
negras nas decisões da empresa. Considerar a representação de funcionários em seu conselho é
uma exigência legal na Alemanha, e um dos motivos pelos quais sua economia se recuperou de
forma mais sólida da grande recessão do que a dos Estados Unidos, além de ter enfrentado a
pandamia covid-19 com apenas 4% de desemprego.
COMPROMETER-SE COM A EQUIDADE SALARIAL
COMPROMETER-SE A DAR VOZ AOS FUNCIONÁRIOS
#2
#3
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
Incentive a participação nas eleições e promova informações sobre a importância do
processo eleitoral.
Não é segredo que o lobby corporativo molda muitas de nossas leis. Alocar pelo menos 50%
de seus gastos de lobby para redigir e apoiar projetos de lei que melhorem as condições para as
comunidades negras, aumentando o acesso à educação e treinamento de qualidade,
reconstruindo a infraestrutura, protegendo os consumidores, acabando com a opressão racial,
reconstruindo a rede de segurança, alcançando a reforma da justiça criminal e tornando a polícia
mais responsável. 

Lembre-se smpre de que são as pessoas mais profundamente afetadas por esses déficits
que podem definir melhor os problemas e as soluções necessárias. E, se seu modelo de negócios
dependem de imigrantes que vivem, trabalham e pagam impostos, você deve a eles defender
seus direitos e apoiar um caminho para a cidadania.
COMPROMETER-SE EM APOIAR A PLENA PARTICIPAÇÃO NA DEMOCRACIA
COMPROMETER-SE A USAR O LOBBY PARA O BEM
#4
#5
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
O salário mínimo nacional já está indo para o seu segundo ano seguido sem aumento real.
Isso impacta com mais força os trabalhadors negros, que devem ter vários empregos
rotineiramente para sobreviver. 

Nos Estados Unidos, os estados que aumentaram o salário mínimo para US $ 15 por hora
viram suas economias crescer e prosperar. Não é tão caro quanto você pode imaginar. A pesquisa
mostrou que as empresas que pagam bem e oferecem bons benefícios e tratam seus
funcionários horistas com respeito são mais lucrativos.

O Walmart, por exemplo, aumentou os salários dos trabalhadores iniciantes para US $12 por
hora e viu a produtividade aumentar enquanto a rotatividade caía, gerando um aumento líquido
nos ganhos corporativos. 

Elimine a programação de turnos variáveis de última hora que nega aos funcionários uma
semana de trabalho de 40 horas e atrapalha suas vidas. A Gap descobriu que as vendas da loja
aumentram 7% quando instituiu uma programação estável com duas semanas de aviso prévio.
COMPROMETER-SE A PAGAR UM SALÁRIO MÍNIMO JUSTO
#6
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
A maioria das mulheres negras não pode se dar ao luxo de tirar períodos significativos de
licença remunerada de seus empregos quando tem um filho. Dado o que sabemos sobre o papel
extremamento importante que o vínculo materno desempenha na formação do cérebro e no
estabelecimento do bem-estar infantil nos primeiros anos de vida, é claro que a falta de cuidados
maternos tem consequências para a vida toda.

A ausência da licença médica remunerada é um problema ainda maior, e um dos motivos
pelos quais as pessoas negras foram desproporcionalmente expostas à Covid-19.

Conceder licença parental e licença médica remunerada a todos os funcionários pode ajudar
as empresas a apoiarem uma força de trabalho próspera e produtiva.
COMPROMETER-SE COM A LICENÇA PARENTAL E MÉDICA REMUNERADA
#7
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
As empresas gastam o dobro com assistência médica aos funcionários do que pagam em impostos.
Isso coloca as empresas do EUA, por exemplo, em enorme desvantagem competitiva global, pois
consomem dinheiro que poderia ter ido para salários mais altos e faz com que os empregadores
descarreguem cada vez mais os custos de saúde nos funcionários. 

Como resultado, o salário líquido de pessoas privilegiadas o suficiente para ter cobertura
patrocinada pelo empregador é muito menor. 

Garantir que o salário mínimo relamente acabe no bolso dos funcionários, reduzindo sua
contribuição e apoiando a cobertura nacional de saúde (SUS) que reduziria a carga sobre as empresas e
garantiria que aqueles sem seguro - muitos deles pessoas negras - tenham cobertura de qualidade. 

A covid-19, que matou desproporcionalmente trabalhadores negros e latinos, ressaltou a
necessidade e importância de um sistema de saúde amplo e efetivo.
COMPROMETER-SE COM A COBERTURA TOTAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA

PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS E APOIAR A ASSISTÊNCIA MÉDICA NACIONAL
#8
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
Quase 40% dos americanos - em especial as pessoas negras - não têm economias para cobrir até
mesmo uma despesa de emergência de $400. No Brasil, 55% da população não teria R$ 200 para uma
emergência, segundo o PoderData.

E isso foi antes da Covid-19 destruir o frágil equilíbrio econômico que milhões de funcionários
lutam para manter. Seu único recurso é recorrer a credores extorsivos ou contrair dívidas de cartão de
crédito com juros altos. 

Quando há uma emergência, algumas centenas de reais adiantados pelo empregador podem
mudar a vida dos funcionários. 

Além disso, considere pagar os salários semanalmente em vez de quinzenal - muitos funcionários
não podem durar duas semanas entre os contracheques - ou use a PayActiv, que permite que os
funcionários acessem o dinheiro que ganharão antes do dia do pagamento.
COMPROMETER-SE COM UM FUNDO DE EMERGÊNCIA PARA FUNCIONÁRIOS

OU PROGRAMA DE EMPRÉSTIMOS DE BAIXO CUSTO
#9
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros
Elimine critérios como de "condenação por crime” nos formulários de recrutamento a empregos, o
que exclui desproporcionalmente pessoas negras. 

Elimine o teste pra uso de maconha e outras drogas se não for exigido por lei ou por natureza do
trabalho.

Junute-se a empresas como EY, Google, e Whole Foods que não exigem mais um diploma
universitário para empregos que não precisam realmente de ensino superior. 

Desenvolva programas para contratar, treinar, orientar e promover jovens negros sem diploma de
ensino médio que enfrentam as maiores taxas de desemprego, mas que comprovadamente são
funcionários produtivos e leais quando apoiados por programas de gerenciamento eficazes, como os
documentados pelo Talent Rewire.
COMPROMETER-SE A DEMOCRATIZAR O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS
#10
CONTINUE 

SUAJORNADA
Para você! Curso Online
Você quer se engajar e conhecer mais sobre a pauta racial? Quer saber qual atitude tomar
frente à uma sociedade estruturalmente racista?

⠀

Um dos primeiros passos é entender mais sobre a história da causa, as nomenclaturas
corretas e, principalmente, qual é o seu papel dentro da luta antirracista.

⠀

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entender o básico do contexto racial no Brasil. No curso “ABC da Raça”, você também pode
discutir e tirar dúvidas com os nossos especialistas!

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Esse pode ser o seu primeiro passo para ter atitudes antirracistas! 


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MENSAGEM

FINAL
Sabemos que esse não foi um ano fácil, mas queremos
agradecer a sua companhia nessa jornada pelo Sim à Igualdade
Racial.

Não bastasse a pandemia de Covid19, que colocou todos em
estado de atenção, em 2020 assistimos de perto ao genocidio
da população negra, o aumento das desigualdades
socioeconômicas escancaradas pelas medidas de isolamento e
o adoecimento da população negra que esteve na linha de
frente da pandemia.

Este cenário nos mostrou mais uma vez que não estamos no
mesmo barco. Por isso, nosso Manifesto se encerra aqui, mas
continuaremos trabalhando incansavelmente para a
construção de um futuro antirracista e contamos com você
nessa caminhada!
justiça por João Alberto, por João Pedro, Jenifer Cilene, Kauan
Peixoto, Kauã Rozário, Kauê Ribeiro, Ágata Vitória, Kethellen
Umbelino, Anna Carolina e tantas outras vidas negras que são
tiradas todos os dias. 


Vamos juntos dizer Sim à Igualdade Racial?


Com esperança,

Equipes ID_BR - Instituto Identidades do Brasil

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma Organização da Sociedade Civil, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial. 

A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial, desenvolvemos ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar empresas, pessoas e instituições. Buscamos reduzir
a desigualdade racial no mercado de trabalho, como indica o objetivo 10 de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Há 7 anos no Brasil, o Sistema B congrega líderes que usam a
força de seus negócios para a construção de um sistema
econômico mais regenerativo, equitativo e inclusivo.
Especialmente por conta da inclusão seria impossível ficar
inerte diante da desigualdade racial que assola nosso país,
especialmente num momento de pandemia quando as feridas
do racismo foram mais escancaradas ainda. 

O Manifesto Seja Antirracista traduziu exatamente o
movimento de virada no tratamento da pauta racial no
Movimento B, incentivando todos os atores à rever práticas,
condutas, políticas e comportamentos que minavam o pilar de
justiça social pelo qual tanto lutamos.
Empresas B equilibram lucro e propósito, considerando o
impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes,
fornecedores, comunidade e meio ambiente. Neste momento
fechamos o Manifesto Seja Antirracista com o compromisso de
nossos líderes do futuro em seguir dando luz à luta racial pelos
que já sofreram e para que as novas gerações não passem
pelos absurdos desta desigualdade. 


Seguimos lutando!

O Sistema B é uma organização parceira do B Lab desde 2012, responsável pelo engajamento, divulgação e promoção local de todo movimento B no Brasil e América Latina.
Ele articula um movimento global de pessoas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o
planeta. No centro deste movimento estão as Empresas B Certificadas, 194 Empresas B no Brasil e 733 na América Latina, que compartilham um perfil de negócio que
equilibra propósito e lucro, considerando o impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. No mundo, já são 3786
empresas certificadas.
transformar

Desde sua fundação, o Movimento Capitalismo Consciente
inspira e trabalha para que empresas e lideranças despertem
para seu propósito e se apropriem da consciência necessária
paracurarasdoresdasociedadeesuasdesigualdades,dentre
elasoracismo.


Neste anovivenciamos muitas perdas,tanto materiais quanto
humanas. Além disso, as desigualdades se mostraram de
diversas e complexas formas dentro e fora das empresas.
Acreditamos que a diversidade aliada à consciência pode
transformarapráticadeumaempresaesuaslideranças.


Nós, do Capitalismo Consciente, estamos nesta jornada de
aprendizado, respeito e inclusão para que possamos
transformar, de forma cada vez mais efetiva, o jeito como
fazemos negócios e investimentos no Brasil com o foco na
reduçãodasdesigualdades.


Agradecemos todas e todos que acompanharam e abraçaram
esta nossa campanha. Estamos de portas e corações abertos
para as pessoas e empresas que estejam dispostas a buscar
mais consciência e transformar as práticas empresariais em
nossopaís.


Comamorerespeito,

EquipeCapitalismoConsciente.
OInstitutoCapitalismoConscienteBrasil,éummovimentoeumainstituiçãofundadosparatransformarojeitodefazerinvestimentosenegóciosnoBrasil,comoobjetivo
de diminuir as desigualdades e multiplicar os pilares que levam a uma gestão mais humana, mais ética e mais sustentável. Foi criado em 2010, nos Estados Unidos, pelo
professorRajSisodiaepeloCEOdaWholeFoods,JohnMackey,ambosatuaisconselheiroseméritosdomovimentonomundo.ChegouaoBrasilem2013pelasmãosdevários
executivosbrasileiros.Seuspilaresconstituem-senoolhardiferenciadoparapropósitomaiordacompanhia,incentivoàliderançaconsciente,relaçãoequânimeentretodos
osstakeholdersepreservaçãodaculturaconscientedentrodasorganizações.

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  • 2. Além da Pandemia de Covid-19 que atingiu e matou milhares de pessoas, o ano de 2020 foi marcado por muitas tragédias sociais. No dia 25 de maio, George Floyd, um homem negro de 46 anos, foi assassinado durante uma abordagem policial pelo agente Derek Chauvin, que ajoelhou-se sobre o pescoço da vítima, que estava desarmada, algemada e com o rosto no chão, por quase nove minutos. A brutalidade do ocorrido incitou uma série de manifestações nos Estados Unidos, tornando-se o maior levante popular desde 1968, ano em que Martin Luther King, principal ativista contra a discriminação racial, foi assassinado pelo supremacista branco James Earl Ray, no contexto da Guerra do Vietnã. As manifestações de 2020 superaram fronteiras, e com o mote “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam em português) “I can’t Breathe” (Eu não consigo respirar- em português), frase dita por George Floyd antes de ser sufocado, tiveram adesão em diversos países, configurando-se como um movimento de cunho antirracista global. O principal formato de mobilização foi online, por meio das hashtags e da “Blackout Tuesday”, ação coletiva datada de 2 de junho, com objetivo de expressar o luto, publicando uma foto preta seguida da Hashtag, a ideia é que não fosse postado mais nada nesse dia, principalmente pelos grandes influenciadores digitais. O Brasil, além de se solidarizar com o ocorrido nos Estados Unidos, também foi palco de casos racistas que ganharam espaço na mídia, como o caso de João Pedro Matos Pinto, um menino negro de 14 anos que foi assassinado dentro de sua casa em São Gonçalo (RJ) durante uma operação militar; e o caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio em Recife, por negligência da patroa branca de sua mãe, que trabalhava de empregada doméstica e precisou deixar o menino aos cuidados da patroa enquanto passeava com o cachorro da família.
  • 3. Em resposta ao contexto internacional e a desigualdade racial brasileira, em junho de 2020 nasceu o manifesto “Seja Antirracista”, voltado para empresas e sociedade civil. Com o mote “não precisamos de mais pessoas negras morrendo para ter um engajamento contínuo na pauta racial”, a iniciativa foi fruto de uma parceria entre o Instituto Identidades do Brasil (ID_BR),o Sistema B e o Instituto Capitalismo Consciente. O objetivo do manifesto foi funcionar como um espaço de comprometimento público, enumerando diretrizes que devem ser seguidas como forma de lutar contra o racismo estrutural e institucional. O manifesto pôde ser assinado por empresas e pessoas e cumpria o papel de estimular, entre outros temas, o comprometimento de se educar sobre temática racial, apoiar pessoas negras, denunciar o racismo e dissociar a trajetória de negros única e exclusivamente a casos de racismo. No caso das empresas, o documento pediu mais transparência em relação aos programas de diversidade, estimulando que todas publicassem o número de negros em cargos executivos, traçassem metas de empregabilidade até o fim do ano de 2020 e que dedicassem horas de treinamento para que seus colaboradorestivessem acesso à educação racial. OMANIFESTO
  • 4. Não precisamos de mais pessoas negras morrendo para ter um engajamento contínuo na pauta racial. ⠀ Pratique o antirracismo e assuma o seu compromisso. ⠀ Criado pelo ID_BR em parceria com o SistemaB e Capitalismo Consciente Brasil, o manifesto pretende incentivar que pessoas e empresas assumam publicamente o compromisso de agir de forma efetiva pela igualdade racial. A pauta precisa ser muito mais que uma hashtag quando o assunto está em alta. Precisa de ações contínuas no dia a dia.
  • 5. Comprometa-sepublicamentea: Dissociaratrajetória de pessoas negras única e exclusivamente do racismo Denunciaro racismo em suas diversas formas e manifestações deviolência Apoiarpessoas negras Se é pessoa branca,falarmais do racismo com e entre pessoas brancas Espalhara necessidade de educação antirracista Educar-se sobre atemática racial e o racismo estrutural no Brasil Não dizerque só existe a raça humana para minimizaras discussões sobre raça e racismos
  • 6. O que você encontrará aqui 07 13 19 25 39 42 Dúvidas Frequentes Não é legal Dicas Para Empresas Continue sua jornada Mensagem Final
  • 8. Racismo "reverso” existe? A resposta é não! Mesmo que aconteça de uma pessoas negra ofender uma pessoas branca, isso não poderá ser chamado de racismo reverso. Porque em definição o racismo é uma doutrina ou sistema político fundado sobre o “direito” de uma raça (considerada pura e superior) de dominar outras. E a cultura brasileira foi construída baseada na hierarquia social em que os brancos dominaram sobre os negros e indígenas. Base para formação do que chamamos atualmente de racismo estrutural. Devemos entender que racismo e preconceito são ideias diferentes, mesmo que muitas vezes estejam interligados. Ou seja, quando uma pessoa branca sofre agressões verbais relacionadas a usa cor ela não pode dizer que foi vítima de racismo.
  • 9. O que é racismo estrutural? Primeiro vamos falar sobre o que é raça: Todos nós temos aspectos físicos (como cor da pele, textura dos cabelos, formato do nariz e da boca) que são usados pelas pessoas para classificar nosso “lugar”na sociedade. E a essa leitura social da nossa aparência física damos no nome de Raça. Agora vamos falar sobre o racismo em si. O racismo é uma hierarquia entre raças que estabelece relações de poder econômico, político e social. Aqui no Brasil, por exemplo, pessoas que são reconhecidas socialmente como sendo de raça branca estão em uma hierarquia social acima das pessoas que são compreendidas como da indígena ou da raça negra, por exemplo. E o racismo estrutural? O racismo é estrutural porque faz parte da base da sociedade, ou seja, faz parte da estrutura de como nossa cultura foi desenvolvida. No caso do Brasil, as relações racistas se dão desde o começo da sua história, pois nossa sociedade tem como base a escravidão que impactou vidas indígenas e negras trazidas do continente africano. Por mais de 300 anos, as pessoas negras foram escravizadas e tratadas por pessoas brancas como objetos e não como pessoas. Isso gerou a construção de uma cultura social racista. Por isso, mesmo depois da abolição da escravatura, as pessoas reconhecidas como pertecentes à raça negra continuam sendo tratadas como inferiores às pessoas brancas. Sendo assim, o racismo estrutural não é apenas um fenômeno individual, mas que compõe a sociedade como um todo. Ao mesmo tempo, ele também é estruturante. Além de estar nas bases da sociedade, ele define como ela se organiza nos tempos atuais.
  • 10. Qual a diferença entre raça e etnia? Por que não usar "mulata"? O conceito sociológico do termo Raça está ligado as características físicas que são aparentes, com cor da pele, tipo de cabelo e feições do rosto. Apesar de algumas pessoas defenderem que o conceito de raça entre humanos seria inviável do ponto de vista científico, a raça é uma construção social utilizada para diferenciar grupos de pessoas tendo como base suas características físicas. Já o termo Etnia está ligado a características socioculturais, como nacionalidade, afiliação tribal, idioma, tradições, entre outros. O termo etnia é utilizado para distinguir grupos de pessoas que compartilham da mesma cultura e não leva em consideração as características físicas do indivíduo. O termo “mulata”é pejorativo, pois a palavra vem de “mula”. A relação se dá porque o animal nasce do cruzamento de duas espécies diferentes, originando um “mestiço”. Ou seja, associavam as pessoas descendentes de brancos e negros com esse animal durante o século XIX. Por isso, devemos evitar o uso da palavra “mulata” nos dias atuais.
  • 11. O que são políticas de ações afirmativas ? As políticas de ações afirmativas são medidas que reconhecem as diferenças que existem entre os grupos sociais e criam, com respaldo de leis, formas de compensar essas diferenças e equilibrar as possibilidades de todos cidadãos. Elas podem ser pontuais ou por tempo determinado e têm como objetivo diminuir as desigualdades históricas dos grupos sociais, como as populações negras e indígenas aqui no Brasil. As políticas de ações afirmativas são medidas reparadoras, traçam caminhos para um equilíbrio na sociedade e precisam ser compreendidas pelo olhar do desenvolvimento sustentável (que visa a gestão dos recursos ambientais, econômicos e sociais). A partir do olhar sustentável, as políticas afirmativas aqui no Brasil são criadas para impulsionar que o crescimento do país inclua o desenvolvimento das populações negra e indígena. As políticas de ações afirmativas são necessárias para reparar leis como: 1. Lei 1 de 1837 - proibia negros de estudarem, sendo eles escravizados ou não. 2. Lei de Terras de 1850 - proibia que população negra de ter terras (propriedade). 3. Lei do Boi de 1968 - garantia cotas estudantis em escolas agrícolas para agricultores e seus filhos, sendo 30% das cotas para o ensino médio e 50% das cotas para ensino superior. (Mas, nessa época, a maior parte dos agricultores eram brancos.) As políticas afirmativas também são uma forma de reparar as consequências da imigração europeia, que gerou substituição da mão de obra negra pela mão de obra branca e levou a doação de terras aos imigrantes europeus
  • 12. Educaçãoantirracistajánosprimeirosanosdeidade? Indicamos Aresposta é sim! Esse é o período em que a criança esta começando a entender o mundo. Por isso, é muito importante que ela já aprenda a tratar e respeitartodas pessoas, independente da raça. Como nessa idade as crianças estão em formação, elas absorvem muito do ambiente externo. Por isso,ter uma rotina antirracista é fundamental. Além da família, as escolas também devem assumir a responsabilidade de um ensino antirracista.Abraçar culturas negras, indígenas e amarelas é necessário para uma boa formação desde cedo. De acordo com a Lei 11.635/08, é obrigatório o ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena em todo o currículo escolar. Por isso, é fundamental quevocê exija do seu filho o cumprimento da lei. Compre livros infantis que tenham personagens negros como protagonistas e estimule seus filhos a assistir peças infantis, filmes e séries com protagonistas negros.
  • 14. NÃOÉLEGAL#1 Sevocê não é negro não precisa usaremojis com corde pele negra para se posicionara favorda pauta racial. Usaremojis com as cores de pele negra dá a impressão de que a causa racial é só dos negros,mas naverdade é detodas as pessoas. Você pode e deve serantirracista sem usarmãozinha negra. Sevocê é branco,porexemplo,pode e deve usaremojis com a sua carde pele.Dessa formavocê mostra que se posicionara favorda pauta racial usando seu próprio lugar de falatambém é importante. PORQUE Vocêpodesubstituirpor
  • 15. NÃO É LEGAL#2 Perguntar a uma pessoa negra de cabelo crespo, dreadlocks ou tranças como ela faz para lavar. Também não é legal passar as mãos nos cabelos das pessoas sem autorização. O cabelo crespo é cabelo, como qualquer outro. Quando se tem uma atitude assim, reforça a ideia de que pessoas negras não possuem aspectos humanos, ou que suas características são anormais, exóticas e que, por isso,você precisa saber como fazem coisas simples. Olhar de longe e admirar a beleza dos fios sem precisartocar ou fazer esse tipo de pergunta. Ninguém entra no Museu do Louvre e sai tocando a Monalisa, por exemplo. É possível admirar e não invadir o espaço de ninguém. PORQUE Você pode substituir por
  • 16. NÃO É LEGAL#3 Fazer dos seus amigos negros as únicas fontes de informação sobre assuntos relacionados à raça e ao racismo. Não é porque eles são negros que devem tertodas as respostas às suas dúvidas.Talvez você não perceba, mas pode causar desconforto a seus amigos quando faz perguntas que poderiam ser encontradas de outras formas. Mesmo que você tenha muitos amigos negros com boa vontade em conversar com você sobre o tema, é importante buscar outras fontes de informação.Afinal,também é sua responsabilidade aprender mais por conta própria questões sobre raça e racismo. Além disso, nem todas as pessoas negras sabem ou desejam falar sobre questões raciais. Elas podem ter outras vontades, formações e conhecimentos. Hoje em dia existe muita informação e material para quem deseja saber sobre questões raciais. Existem youtubers, escritores, livros, filmes, palestras… Um grande acervo de informações! PORQUE Você pode substituir por
  • 17. NÃOÉLEGAL#4 Conheceruma pessoa negra e já apelida-la de“Negão”,“Neguinho”,“Preta”,etc. Pessoas negras,historicamente,são usadas para representaruma coletividade,ou seja,é como se elas nãotivessem identidades individuais ou nomes.Dificilmentevemos um“Brancão”no grupo de amigos. Então,assim como pessoas brancastêm suas individualidades,pessoas negrastambém.É importante respeitá-las. Usaro nome da pessoa à qual está se referindo!Antes de mais nada,respeite o nome e a maneira que esta pessoa deseja serchamada.Só altere se lhe forpermitido ou solicitado expressamente. PORQUE Vocêpodesubstituirpor
  • 18. NÃO É LEGAL#5 Agir na defensiva e dizer que as pessoas entenderam errado quando acusado de racismo. Não se trata de intenção, mas o efeito que as ações produzem. Para além do discurso, práticas racistas são formas de projetar contextos de hierarquia e de “ignorância”(ausência de habilidade intelectual) da população negra. Em vez de se dizer não racista, busque ouvir e tentar compreender porque foi acusado. O racismo nos é ensinado desde sempre e ele não vai deixar aparecer só porque você se considera não racista. Peça desculpas pela ofensa, se policie e busque entender como agir de forma diferente. Mas, lembre-se: A pessoa negra com quem você foi racista não é obrigada a querer lhe desculpar, ensinar ou ouvir. PORQUE Você pode substituir por
  • 19. DICAS
  • 20. Filhosdesangueeosso-TomiAdeyemi ZélieAdebolaselembradequandoosolodeOrîshavibravacomamagia.Agora,elatemumachance detrazeramagiadevoltaeatacaramonarquia.MasoperigoespreitaemOrîsha. Leopanários-das-nevesrondameespíritosvingativosaguardamnaságuas.Apesardisso,amaior ameaçaparaZéliepodeserelamesma,enquantoseesforçaparacontrolarseuspoderes-eseucoração. Penseemumlivrodefantasiafalandodemagiaquevemdosorixásecomtodososseus personagensnegros. ⠀ “Filhosdesangueeosso”foiescritoporumaescritoraestadunidense,TomiAdeyemi,quetevesuas ideiasemterrasbrasileiras.Voltadoparaaculturaiorubá,olivrofogedanarrativadefantasiabrancae abraçaaconexãocomaÁfricaOcidental. ⠀ Arepresentatividadedeterumaescritoradefantasianegraquetratadeumanarrativanãobranca éincrívelparaogênero.Éumaleituramaravilhosa!
  • 21. Minhahistória-MichelleObama Você querveruma história inspiradora? ⠀ O documentário da Netflix“Minha História”conta sobre os bastidores daturnê de Michelle Obama para lançaro seu livro autobiográfico.Tanto o documentário quanto o livrotrazem uma história emocionante sobre avida de Michele,contando sobre suatrajetória profissional,seu período na Casa Branca etambém sobre aspectos particulares de suavida. ⠀ Indicamostanto o livro quanto o documentário ;) Disponível naNetflix
  • 23. Sim à igualdade racial - Luana Génot Quer fazer uma leitura sobre a questão racial? Que tal apoiar escritores negros? ⠀ A Diretora Executiva do ID_BR, Luana Génot, escreveu um livro voltado à raça e mercado de trabalho. Com o “Sim à Igualdade Racial”, você terá um panorama geral sobre como a desigualdade racial afeta o meio laboral. ⠀ Entender essa realidade pode ser um dos primeiros passos para construir um futuro mais igualitário e antirracista. :) ⠀ O livro está disponível na Americanas, Submarino, Magazine Luiza, Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, dentre outros varejistas.
  • 24. 3 filmes Nós acreditamos na importância de ser interseccional e olhar sob perspectivas de diferentes lutas sociais. Por isso, separamos três filmes que abordam uma narrativa negra e LGBT+. Moonlight Ganhador de várias estetas do Oscar 2017 , inclusive a de “Melhor Filme” , Moonlight conta a jornada de autoconhecimento de Chiron, um rapaz morador de periferia e homossexual. A obra tem uma narrativa real e palpável. Rafiki Conta a história de duas meninas de famílias rivais que se apaixonam. Juntas, elas enfrentam os preconceitos de uma sociedade extremamente conservadora. A obra queniana chegou a ser banida no seu país de origem sob acusação de promover “propaganda de lesbianismo” , mostrando a intolerância do governo. Por isso o filme representa um verdadeiro ato político. A Vida e a morte de Martha P . Johnson O documentário foca na vida e na investigação da morte da ativista trans Martha P . Johnson. Grande ícone na comunidade LGBTQIA+, Johnson foi uma das líderes da Revolução de Stonewall em 28 de junho de 1969, ato que originou o dia do Orgulho LGBT+.
  • 26. Empresas com altos índices de diversidade racial em seus cargos executivos tem 33% de chances de serem mais rentáveis, de acordo com a McKinsey*. Sabe por quê? Implementar ações afirmativas de diversidade racial na cultura institucional pode fortalecer a própria empresa, aumentando sua efetividade, produtividade e, consequentemente, lucratividade. Isso acontecce porque ao investir na diversidade racial a empresa passa a ouvir pessoas com diferentes perspectivas. Dessa forma, a empresa fortalece sua cultura organizacional. Medidas de inclusão de pessoas negras de diferentes raças em cargos de liderança são vistas como estratégias de atração de stakeholders, pois mostram que a empresa realmente entende a sociedade a qual pertence. Você também pode ter uma empresa diversa, independente do tamanho do seu negócio. * Delivery through Diversity, 2018
  • 27. Apesar da população negra movimentar anualmente R$ 704 bilhões de reais, uma pesquisa do Instituto Locomotiva mostra que a diferença salarial entre negros e brancos que possuem ensino superioréde31%. Quando comparamos a renda de mulheres negras comadoshomensbrancospercebemosqueadiferença chegaaserde127,91%.Muitadisparidade,né? Ações efetivas que proporcionem a mudança desse cenário devem ser responsabilidade de todos, principalmente daqueles que ocupam cargos de liderançanasmaisdiversasáreas. É necessário mudaressa estrutura através de ações propositivas que impulsionam a igualdade racial no mercado de trabalho, afinal, não é normal a concentração de riquezas nas mãos de um grupo pequenodepessoas. ArendamédiadeumamulherbrancaédeR$2.539reaismensais. JáarendamédiadeumamulhernegraédeR$1.476reaismensais. Umadiferençade41,64% ArendamédiadeumhomembrancoédeR$3.364reaismensais. JáarendamédiadeumhomemnegroédeR$1.849reaismensais. Umadiferençade45,04%
  • 28. 4passospráticosparaimplementarDiversidadeeInclusãonasuaempresa Passo#1:Promoveraçõesefetivasquevãoalémdeposicionamentonainternet. É necessário desenvolverprogramas que estimulem a diversidade dentro das empresas,porexemplo,realizarprocessos seletivos exclusivos para grupos minorados. Passo#2:Fazerinvestimentos. Para desenvolverações efetivas em prol da diversidade é preciso investirem letramento sobre atemática paratodas as equipes e lideranças,além de apoiarprojetos ou instituições que promovam a diversidade. Passo#3:Sejatransparenteeapresentenúmeros. Divulgue quanto sua empresa investiu em pautas de diversidade,quantos negros,mulheres,LGBTQIA+,PCDs,entre outros,trabalham na sua empresa e quantos estão em cargos de liderança.É importantteresses dadostransparentes para quetodos possam acompanhar as mudanças e resultados realizados. Passo#4:Fiqueatentoasuacadeiadevalor. Tenha fornecedores,terceqirazados ou empresas parceiras quetambém se preocupem em promovera igualdade.Faça parceiras apenas com quemtem objetivos em comum com osvalores da sua empresa.
  • 29. Principais ações para começar as boas práticas de diversidade em empresas. É necessário que os líderes se comprometam com a pauta. Esse comprometimento precisa estar exposto em ações constantes como promover palestras e treinamentos sobre o tema, contratar e promover funcionários negros, indígenas, mulheres, entre outros. Ter uma estratégia clara para implementar a diversidade e a inclusão na empresa, de forma que este objetivo se torne parte da cultura organizacional e dos planejamentos para o crescimento da organização. Mapear as ações que serão realizadas em prol da diversidade e criar um sistema para analisar e contabilizar os resultados dessas ações dentro da organização. 
 É preciso definir metas e realizá-las durante o período determinado.
  • 30. Aprofundar o conhecimento na pauta racial vai ajudar sua empresa em... Inovação O foco na igualdade racial é fundamental para inovar e criar produtos e serviços, melhorar o clima e cultivar uma força de trabalho mais produtiva e conectada com uma base mais diversa de consumidores. Resultados Acreditamos que o foco em igualdade racial com um olhar que também contempla diálogos com recortes como gênero, orientação sexual, PCDs, ajuda no combate a todas as desigualdades estruturais direta e indiretamente, aumentando assim a produtividade da equipe. Gestão de Crise Para evitar crises relacionadas ao tema, a aproximação com a temática é essencial. Afinal, caso seja necessário gerenciar crises, o melhor conhecimento de termos e conceitos será essencial para desenhar um posicionamento e ações que vão além da nota de imprensa.
 Promover a igualdade racinal nas empresas é também reconhecer uma oportunidade de desenvolvimento, afinal, empresas que atuam em prol da diversidade possuem maiores possibilidades de crescimento financeiro.
  • 31. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! - para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros Adotar uma política tolerância zero ao racismo como a da empresa Franklyn Templeton, o que levou a rápida demissão de Amy Cooper, após a viralização de um vídeo em que ela faz a falsa acusação de que Christian Cooper, um homem negro e observador de pássaros, no Central Park, nem Nova York, a estava ameaçando. E, para apoiar essa política, a empresa deve fornecer treinamento de equidade racial para todos os funcionários - desde o CEO e o conselho até trabalhadores horistas. O privilégio branco cegou muitos de nós para a compreensão das formas como o racismo está inserido em nossa sociedade, nossa economia e nossas próprias vidas. A mudança, para cada um de nós, deve começar com nossa própria jornada de aprendizado. COMPROMETER-SE COM POLÍTICAS E TREINAMENTOS ANTIRRACISTAS #1 Fonte: @pullupforchange e Harvard Business School
  • 32. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros Não há mais desculpa para as disparidades nos salários pago às pessoas negras, e especialmente às mulheres negras, cujo salário é duas vezes menor do que o de homens brancos. Realize uma auditoria de equidade salarial e faça os ajustes necessários para obter um pagamento justo e equitativo. Por exemplo, o Paypal faz ajustes regularmente ao longo do ano para manter a equidade. Estudos mostraram que eliminar a disparidade salarial racial aumentaria o PIB brasileiro em mais de R$ 380 bilhões. É importante garantir a representação dos trabalhadores horistas, mulheres e pessoas negras nas decisões da empresa. Considerar a representação de funcionários em seu conselho é uma exigência legal na Alemanha, e um dos motivos pelos quais sua economia se recuperou de forma mais sólida da grande recessão do que a dos Estados Unidos, além de ter enfrentado a pandamia covid-19 com apenas 4% de desemprego. COMPROMETER-SE COM A EQUIDADE SALARIAL COMPROMETER-SE A DAR VOZ AOS FUNCIONÁRIOS #2 #3
  • 33. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros Incentive a participação nas eleições e promova informações sobre a importância do processo eleitoral. Não é segredo que o lobby corporativo molda muitas de nossas leis. Alocar pelo menos 50% de seus gastos de lobby para redigir e apoiar projetos de lei que melhorem as condições para as comunidades negras, aumentando o acesso à educação e treinamento de qualidade, reconstruindo a infraestrutura, protegendo os consumidores, acabando com a opressão racial, reconstruindo a rede de segurança, alcançando a reforma da justiça criminal e tornando a polícia mais responsável. Lembre-se smpre de que são as pessoas mais profundamente afetadas por esses déficits que podem definir melhor os problemas e as soluções necessárias. E, se seu modelo de negócios dependem de imigrantes que vivem, trabalham e pagam impostos, você deve a eles defender seus direitos e apoiar um caminho para a cidadania. COMPROMETER-SE EM APOIAR A PLENA PARTICIPAÇÃO NA DEMOCRACIA COMPROMETER-SE A USAR O LOBBY PARA O BEM #4 #5
  • 34. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros O salário mínimo nacional já está indo para o seu segundo ano seguido sem aumento real. Isso impacta com mais força os trabalhadors negros, que devem ter vários empregos rotineiramente para sobreviver. Nos Estados Unidos, os estados que aumentaram o salário mínimo para US $ 15 por hora viram suas economias crescer e prosperar. Não é tão caro quanto você pode imaginar. A pesquisa mostrou que as empresas que pagam bem e oferecem bons benefícios e tratam seus funcionários horistas com respeito são mais lucrativos. O Walmart, por exemplo, aumentou os salários dos trabalhadores iniciantes para US $12 por hora e viu a produtividade aumentar enquanto a rotatividade caía, gerando um aumento líquido nos ganhos corporativos. Elimine a programação de turnos variáveis de última hora que nega aos funcionários uma semana de trabalho de 40 horas e atrapalha suas vidas. A Gap descobriu que as vendas da loja aumentram 7% quando instituiu uma programação estável com duas semanas de aviso prévio. COMPROMETER-SE A PAGAR UM SALÁRIO MÍNIMO JUSTO #6
  • 35. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros A maioria das mulheres negras não pode se dar ao luxo de tirar períodos significativos de licença remunerada de seus empregos quando tem um filho. Dado o que sabemos sobre o papel extremamento importante que o vínculo materno desempenha na formação do cérebro e no estabelecimento do bem-estar infantil nos primeiros anos de vida, é claro que a falta de cuidados maternos tem consequências para a vida toda. A ausência da licença médica remunerada é um problema ainda maior, e um dos motivos pelos quais as pessoas negras foram desproporcionalmente expostas à Covid-19. Conceder licença parental e licença médica remunerada a todos os funcionários pode ajudar as empresas a apoiarem uma força de trabalho próspera e produtiva. COMPROMETER-SE COM A LICENÇA PARENTAL E MÉDICA REMUNERADA #7
  • 36. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros As empresas gastam o dobro com assistência médica aos funcionários do que pagam em impostos. Isso coloca as empresas do EUA, por exemplo, em enorme desvantagem competitiva global, pois consomem dinheiro que poderia ter ido para salários mais altos e faz com que os empregadores descarreguem cada vez mais os custos de saúde nos funcionários. Como resultado, o salário líquido de pessoas privilegiadas o suficiente para ter cobertura patrocinada pelo empregador é muito menor. Garantir que o salário mínimo relamente acabe no bolso dos funcionários, reduzindo sua contribuição e apoiando a cobertura nacional de saúde (SUS) que reduziria a carga sobre as empresas e garantiria que aqueles sem seguro - muitos deles pessoas negras - tenham cobertura de qualidade. A covid-19, que matou desproporcionalmente trabalhadores negros e latinos, ressaltou a necessidade e importância de um sistema de saúde amplo e efetivo. COMPROMETER-SE COM A COBERTURA TOTAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS E APOIAR A ASSISTÊNCIA MÉDICA NACIONAL #8
  • 37. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros Quase 40% dos americanos - em especial as pessoas negras - não têm economias para cobrir até mesmo uma despesa de emergência de $400. No Brasil, 55% da população não teria R$ 200 para uma emergência, segundo o PoderData. E isso foi antes da Covid-19 destruir o frágil equilíbrio econômico que milhões de funcionários lutam para manter. Seu único recurso é recorrer a credores extorsivos ou contrair dívidas de cartão de crédito com juros altos. Quando há uma emergência, algumas centenas de reais adiantados pelo empregador podem mudar a vida dos funcionários. Além disso, considere pagar os salários semanalmente em vez de quinzenal - muitos funcionários não podem durar duas semanas entre os contracheques - ou use a PayActiv, que permite que os funcionários acessem o dinheiro que ganharão antes do dia do pagamento. COMPROMETER-SE COM UM FUNDO DE EMERGÊNCIA PARA FUNCIONÁRIOS OU PROGRAMA DE EMPRÉSTIMOS DE BAIXO CUSTO #9
  • 38. 10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros Elimine critérios como de "condenação por crime” nos formulários de recrutamento a empregos, o que exclui desproporcionalmente pessoas negras. Elimine o teste pra uso de maconha e outras drogas se não for exigido por lei ou por natureza do trabalho. Junute-se a empresas como EY, Google, e Whole Foods que não exigem mais um diploma universitário para empregos que não precisam realmente de ensino superior. Desenvolva programas para contratar, treinar, orientar e promover jovens negros sem diploma de ensino médio que enfrentam as maiores taxas de desemprego, mas que comprovadamente são funcionários produtivos e leais quando apoiados por programas de gerenciamento eficazes, como os documentados pelo Talent Rewire. COMPROMETER-SE A DEMOCRATIZAR O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS #10
  • 40. Para você! Curso Online Você quer se engajar e conhecer mais sobre a pauta racial? Quer saber qual atitude tomar frente à uma sociedade estruturalmente racista? ⠀ Um dos primeiros passos é entender mais sobre a história da causa, as nomenclaturas corretas e, principalmente, qual é o seu papel dentro da luta antirracista. ⠀ Pensando nisso, o ID_BR lançou um curso EAD para que você possa aprender sobre raça e entender o básico do contexto racial no Brasil. No curso “ABC da Raça”, você também pode discutir e tirar dúvidas com os nossos especialistas! ⠀ Esse pode ser o seu primeiro passo para ter atitudes antirracistas! Compre clicando aqui!
  • 41. Parasuaempresa Entendaseuimpactosocioambiental. Através daAvaliação de Impacto B,nossa ferramenta confidencial,online e gratuita, diagnosticamos como as operações e o modelo de negócio de sua empresa afetam seus funcionários,comunidade,meio ambiente e clientes - desde sua cadeia de suprimentos e materiais de entrada até suas doações de caridade e benefícios aos funcionários Junte-se a mais de 100.000 empresas no mundo que utilizam esta ferramenta de gestão! Comece agora: bimpactassessment.net
  • 43. Sabemos que esse não foi um ano fácil, mas queremos agradecer a sua companhia nessa jornada pelo Sim à Igualdade Racial. Não bastasse a pandemia de Covid19, que colocou todos em estado de atenção, em 2020 assistimos de perto ao genocidio da população negra, o aumento das desigualdades socioeconômicas escancaradas pelas medidas de isolamento e o adoecimento da população negra que esteve na linha de frente da pandemia. Este cenário nos mostrou mais uma vez que não estamos no mesmo barco. Por isso, nosso Manifesto se encerra aqui, mas continuaremos trabalhando incansavelmente para a construção de um futuro antirracista e contamos com você nessa caminhada! justiça por João Alberto, por João Pedro, Jenifer Cilene, Kauan Peixoto, Kauã Rozário, Kauê Ribeiro, Ágata Vitória, Kethellen Umbelino, Anna Carolina e tantas outras vidas negras que são tiradas todos os dias. Vamos juntos dizer Sim à Igualdade Racial? Com esperança, Equipes ID_BR - Instituto Identidades do Brasil O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma Organização da Sociedade Civil, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial. A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial, desenvolvemos ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar empresas, pessoas e instituições. Buscamos reduzir a desigualdade racial no mercado de trabalho, como indica o objetivo 10 de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
  • 44. Há 7 anos no Brasil, o Sistema B congrega líderes que usam a força de seus negócios para a construção de um sistema econômico mais regenerativo, equitativo e inclusivo. Especialmente por conta da inclusão seria impossível ficar inerte diante da desigualdade racial que assola nosso país, especialmente num momento de pandemia quando as feridas do racismo foram mais escancaradas ainda. O Manifesto Seja Antirracista traduziu exatamente o movimento de virada no tratamento da pauta racial no Movimento B, incentivando todos os atores à rever práticas, condutas, políticas e comportamentos que minavam o pilar de justiça social pelo qual tanto lutamos. Empresas B equilibram lucro e propósito, considerando o impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. Neste momento fechamos o Manifesto Seja Antirracista com o compromisso de nossos líderes do futuro em seguir dando luz à luta racial pelos que já sofreram e para que as novas gerações não passem pelos absurdos desta desigualdade. Seguimos lutando! O Sistema B é uma organização parceira do B Lab desde 2012, responsável pelo engajamento, divulgação e promoção local de todo movimento B no Brasil e América Latina. Ele articula um movimento global de pessoas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o planeta. No centro deste movimento estão as Empresas B Certificadas, 194 Empresas B no Brasil e 733 na América Latina, que compartilham um perfil de negócio que equilibra propósito e lucro, considerando o impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. No mundo, já são 3786 empresas certificadas.
  • 45. transformar Desde sua fundação, o Movimento Capitalismo Consciente inspira e trabalha para que empresas e lideranças despertem para seu propósito e se apropriem da consciência necessária paracurarasdoresdasociedadeesuasdesigualdades,dentre elasoracismo. Neste anovivenciamos muitas perdas,tanto materiais quanto humanas. Além disso, as desigualdades se mostraram de diversas e complexas formas dentro e fora das empresas. Acreditamos que a diversidade aliada à consciência pode transformarapráticadeumaempresaesuaslideranças. Nós, do Capitalismo Consciente, estamos nesta jornada de aprendizado, respeito e inclusão para que possamos transformar, de forma cada vez mais efetiva, o jeito como fazemos negócios e investimentos no Brasil com o foco na reduçãodasdesigualdades. Agradecemos todas e todos que acompanharam e abraçaram esta nossa campanha. Estamos de portas e corações abertos para as pessoas e empresas que estejam dispostas a buscar mais consciência e transformar as práticas empresariais em nossopaís. Comamorerespeito, EquipeCapitalismoConsciente. OInstitutoCapitalismoConscienteBrasil,éummovimentoeumainstituiçãofundadosparatransformarojeitodefazerinvestimentosenegóciosnoBrasil,comoobjetivo de diminuir as desigualdades e multiplicar os pilares que levam a uma gestão mais humana, mais ética e mais sustentável. Foi criado em 2010, nos Estados Unidos, pelo professorRajSisodiaepeloCEOdaWholeFoods,JohnMackey,ambosatuaisconselheiroseméritosdomovimentonomundo.ChegouaoBrasilem2013pelasmãosdevários executivosbrasileiros.Seuspilaresconstituem-senoolhardiferenciadoparapropósitomaiordacompanhia,incentivoàliderançaconsciente,relaçãoequânimeentretodos osstakeholdersepreservaçãodaculturaconscientedentrodasorganizações.