SlideShare uma empresa Scribd logo
INTRODUÇÃO 
Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) são microrganismos que estão 
amplamente distribuídos no meio ambiente, particularmente no solo e na água, 
incluindo água potável, tubulações de sistemas de distribuição de água, piscina, esgoto e 
superfícies, mesmo em condições supostamente adversas, como baixo pH, pouca carga 
orgânica e temperaturas variadas (MACEDO et al, 2009). Capazes de formarem 
colônias visíveis a olho nu em um período máximo de sete dias quando incubadas em 
meio sólido, as espécies de MCR são classificadas basicamente em três complexos, 
Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium smegmatis e Mycobacterium chelonae-abscessus. 
Apesar de ser amplamente distribuídas na natureza, a partir da década de 
1950 admitiu-se a importância das MCR na patologia humana, como causadoras de 
inúmeros surtos hospitalares, como o que aconteceu em 1975, em um hospital da 
Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Neste surto foi isolado do esterno de 19 
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca a cepa de M. abscessus. Destes pacientes cinco 
foram à óbito em decorrência da infecção pelo bacilo (WALLACE et al, 1998; 
PITOMBO et al, 2009). 
No Brasil, apesar dos relatos de surtos de infecções nosocomiais por MCR 
envolvendo procedimentos médicos serem esporádicos, a partir de 2004 o quadro 
assumiu grandes proporções colocando as entidades responsáveis em sinal de alerta. 
Foram registrados no período entre 2004 a 2007 diversos surtos no Brasil, como o 
ocorrido no município de Goiânia, no qual foi isolado 18 cepas micobacterianas de 
crescimento rápido em indivíduos que passaram por procedimentos cirúrgicos como 
laparoscopia e artroscopia. Estas micobactérias, de uma maneira geral, causaram a 
formação de eritema e edema associados à formação de abscessos localizados, restritos 
à região do joelho ou do abdômen (CARDOSO et al, 2008). Todos os isolados de 
micobactérias foram identificados por PCR-PRA e pelo sequenciamento parcial do gene 
rpoB como Mycobacterium massiliense. Embora os isolados tenham sido obtidos de 
pacientes de hospitais diferentes, todos foram geneticamente idênticos (CARDOSO et 
al, 2008). 
A patogênese das infecções micobacterianas envolve vários aspectos inerentes 
tanto ao microrganismo quanto ao hospedeiro que afetam diretamente a eliminação do 
parasita. O entendimento destes aspectos é importante na caracterização dos 
mecanismos tanto de defesa quanto de ataque. Normalmente, quando bactérias
ambientais são passivamente introduzidas no hospedeiro ocorre uma rápida eliminação 
do patógeno devido a uma eficiente resposta imune inata (LEE et al, 2009). No entanto, 
infecções causadas por M. massiliense tem sido descritas como tendo uma evolução 
crônica, e em alguns casos, a doença é disseminada independente do estado imune do 
indivíduo (LE BOURGEOIS et al, 2005) 
Ainda não foi claramente elucidado os mecanismos de infecção usados por 
algumas micobactérias de crescimento rápido contra o hospedeiro, porém acredita-se 
que o mecanismo de defesa seja semelhante ao estabelecido para Mycobacterium 
tuberculosis. Visando analisar tais mecanismos, Sousa e colaboradores (2010) 
realizaram um estudo com camundongos das linhagens C57BL/6 e BALB/c. No estudo 
em questão os camundongos foram infectados com 106 UFC/mL de M. massiliense 
GO06 por via intravenosa e em diferentes dias de infecção a carga bacteriana do 
pulmão, baço e fígado de cada animal foi determinada para avaliar a patogenicidade e 
virulência do isolado em camundongos. Após determinação carga bacilar nos três 
órgãos, foi observado nas duas linhagens C57BL/6 e BALB/c um aumento da carga 
bacteriana durante os primeiros dias de infecção. Contudo, após 14 dias de infecção foi 
notado que a linhagem BALB/c apresentava maior carga bacilar quando comparada 
com à linhagem C57BL/6 (DE SOUSA et al, 2010). Nesse estudo de Sousa e 
colaboradores (2010) demonstraram que a cepa de M. Massiliense GO06 isolada do 
surto em Goiânia era patogênica e de alta virulência nas duas linhagens de 
camundongos, sendo os camundongos BALB/c mais susceptíveis que os C57BL/6. 
A diferença no controle da infecção observada neste trabalho pode estar 
correlacionada ao fato que camundongos de linhagens diferentes, possuem mecanismos 
de resposta imune díspares. A linhagem C57BL/6 exibe uma resposta imune com 
padrão mais Th1, caracterizada como ideal no controle da infecção por micobactérias. 
Essa resposta é induzida principalmente pelas citocinas IL-12 (Interleucina 12) e IFN-γ 
(Interferon Gamma) após estímulo de microrganismos que ativam as células dendríticas, 
macrófagos e células Natural Killer (FLYNN & CHAN 2001; ANNUNZIATO & 
ROMAGNANI 2009). Após a fagocitose da micobactéria por macrófagos ou células 
dendríticas ocorre a produção de IL-12. Essa citocina apresenta um importante papel no 
controle da infecção, uma vez que favorece a resposta imune celular contra esses 
patógenos, desempenhando funções essenciais, dentre as quais podemos citar: induzem 
a produção de IFN-γ pelos linfócitos T CD4, CD8 e NK, leva à proliferação de
linfócitos T CD4, favorece a expansão clonal de células Th1 e aumenta a citotoxicidade 
dos linfócitos CD8 assim como das células NK. Além disso, tal citocina ativa as células 
do sistema imune, mais diretamente as Natural Killer que elevam a secreção de IFN-γ. 
(MAHESHWARI et al, 2002; JUNQUEIRA-KIPNIS et al, 2003). O interferon gamma 
além de estar envolvido nos mecanismos bactericidas das células fagocíticas, ativa 
fatores de transcrição que estimulam a diferenciação das células T CD4+ virgem ao 
subtipo Th1, amplificando, dessa forma, o padrão induzido, que é de resposta imune 
natural forte (COOPER 2009). Em contrapartida, BALB/c apresenta uma resposta 
tendendo ao tipo Th2, sendo esta marcada pela produção das citocinas IL-4, IL-5, IL-6, 
IL-13, IL-10 e TGF-β envolvidas principalmente na regulação das lesões inflamatórias 
provocadas pela infecção (COOPER & KHADER 2008). Todavia este tipo de resposta 
não é efetiva no controle de infecções micobacterianas, haja visto que essas citocinas 
regulam negativamente a resposta Th1 (OTTENHOFF 2012). Com isso, podemos supor 
que o balanço entre as repostas Th1 e Th2 possa ser mais eficiente no controle da 
infecção e manutenção de todos órgãos. 
Desta maneira, o estudo da infecção por Mycobacterium massiliense em 
camundongos híbridos BC-F1 oriundos do cruzamento das duas linhagens C57BL/6 e 
BALB/c, poderá caracterizar melhor a interação entre patógeno e hospedeiro. 
METODOLOGIA 
Animais 
Camundongos da linhagem BC-F1 utilizados nesse estudo, foram obtidos 
através do cruzamento de fêmeas BALB/c com machos C57BL/6, com idade entre 6-8 
semanas, provenientes do biotério do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da 
UFG (IPSTP-UFG). Os animais foram mantidos em gaiolas, com água e dieta ad 
libitum, em sala de controle com ciclo de luminosidade, umidade e temperatura. 
O protocolo para este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
Animal da Universidade Federal de Goiás e todos os animais foram mantidos de acordo 
com orientações da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório 
(SBCAL/COBEA). 
Inóculo de Mycobacterium massiliense
Uma alíquota da cepa Mycobacterium massiliense isolada pelo LACEN-GO no 
surto ocorrido em Goiânia, foi cultivada durante três dias em meio Mueller Hinton 
caldo, contendo Tween 80 a 0,05%, sendo mantida sob agitação em temperatura 
ambiente até atingir a fase log de crescimento. Posteriormente, a cultura foi ajustado à 
concentração de 2x106 UFC/mL. 
Infecção endovenosa com Mycobacterium massiliense 
Os animais foram agrupados, aleatoriamente, em 5 grupos com 3 animais cada. 
A infecção foi realizada pela via intravenosa (via plexo retro-orbital), sendo inoculado, 
106 CFU/animal. 
Determinação das Unidades Formadoras de Colônia 
Para determinar a carga bacteriana nos camundongos após a infecção, três 
camundongos de cada grupo foram eutanasiados nos dias 1, 7, 14, 21 e 30 de infecção, 
para coleta do pulmão, baço e fígado. Os órgãos coletados foram homogeneizados em 
PBS, Tween 80 a 0,05%. Posteriormente, o homogenato foi diluído e plaqueado em 
placas contendo meio Mueller Hinton ágar, quando então estas foram incubadas de 3 a 7 
dias a 37°C em estufa com atmosfera úmida contendo 5% de CO2. Após este período de 
incubação, as colônias crescidas foram contadas para determinar a UFC (unidades 
formadoras de colônias). 
Produção do extrato proteico de M. massiliense 
A partir do inóculo de M. massiliense produzido para infecção coletou-se 1 mL 
deste e em seguida foi realizada centrifugação por 6000rpm durante 10 min. Desprezou-se 
o sobrenadante, e o ressuspendeu-se o pellet em 500ul de PBS, posteriormente este 
volume foi sonicado por 10 ciclos de 30s cada. Feito isso o pellet foi novamente 
centrifugado, porém em uma rotação de 10000rpm, durante 10min. Depois disso o 
sobrenadante foi desprezado e o pellet foi ressuspendido em 500ul de PBS, quando 
então foi fervida por 5min. A concentração do extrato proteico foi considerada 1 
mg/mL.
ELISA 
Foram coletados sangue para a obtenção de soro e realização da técnica de 
ELISA para a detecção de anticorpos IgG1 e IgG2a específicos para o extrato proteico. 
Placas de poliestireno de 96 orifícios (Nunc) foram adsorvidas com o extrato proteico 
de M. massiliense (10 μg/mL) diluídos em tampão carbonato/bicarbonato de sódio 
0,05M (pH 9,6) e incubadas por 18 h a 4°C. Após este período, as placas foram 
bloqueadas por 2 h a 37°C com tampão carbonato/bicarbonato de sódio contendo leite 
desnatado 1%. As amostras de soros foram diluídas a 1:80 e adicionadas nos orifícios, 
com posterior incubação por 2 h a 37°C. Depois as placas foram lavadas seis vezes com 
Tampão Sódio-Fosfato (PBS) Tween 20 0,05%. Os anticorpos conjugados a biotina 
(anti-mouse IgG1 e IgG2a Pharmingen) foram diluídos a 1:5000 em PBS contendo leite 
desnatado 0,1% (PBSL) e adicionados aos orifícios da placa. Após incubação por 1 h a 
37°C, as placas foram lavadas por seis vezes com PBS Tween 20 0,05%. 
Estreptoavidina-peroxidade (BD Biosciences) diluída em PBSL a 1:10000 foi 
adicionada aos orifícios e as placas foram incubadas por 1 h a 37°C. Novamente as 
placas foram lavadas. A reação foi revelada com o tampão citrato-fosfato pH 4,5 
contendo OPD (ortho-phenylenediamine - Merck) e água oxigenada a 20 V. A reação 
enzimática foi finalizada com a adição de ácido sulfúrico 4 N. As placas foram lidas a 
492 ηm na leitora de ELISA (LabsystemsMultiskanThermo). 
Análise estatística 
Os resultados apresentados neste trabalho foram tabulados no Prism 5 software 
(Graphpad Software 5.0), expressos como média ± SD. Analise estatística múltipla 
(Kruskal Wallis seguido de teste de Dunn’s) foi utilizada para avaliar as possíveis 
diferenças entre os grupos. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente 
significativo. 
RESULTADOS 
Para avaliar o perfil da resposta imune induzida pela infecção com M. 
massiliense em camundongos BC-F1, o sangue de todos os animais foi coletado nos 
dias 7, 14, 21 e 30 de infecção. Posteriormente foi determinado no soro os níveis de 
anticorpos IgG1 e IgG2a anti-extrato proteico de M. massiliense. Como demonstrado na
(Figura 1A), em todos os pontos em que os níveis séricos de anticorpos foram 
determinados houve uma semelhança nos níveis entre as duas classes de anticorpos 
IgG1 e IgG2a. Com quatorze dias de infecção foi observados níveis significativos de 
anticorpos tanto da classe IgG1 quanto IgG2a quando comparado com o grupo salina 
(Figura 1B). Estes resultados demonstram que camundongos BC-F1 apresentam um 
perfil de resposta balanceada frente a infecção por M. massiliense. 
Figura 1. Níveis séricos de anticorpos específicos anti-extrato proteico de M. 
massiliense após o desafio intravenoso com M. massiliense GO06. Camundongos BC-F1 
foram infectados com 106 UFC/mL de M. massiliense GO06. (A) aos 7, 14, 21 e 30 
dias de infecção, os níveis séricos de anticorpos IgG1 e IgG2a foram avaliados. (B) 
comparação dos níveis séricos de anticorpos específicos IgG1 e IgG2a anti-extrato 
protéico de M. massiliense em camundongos BC-F1 aos 14 dias de infecção com M. 
massiliense. Diferença estatística: * (p<0,05).
Como observado na Figura 1, os camundongos BC-F1 apresentaram níveis 
similares de anticorpos das classes IgG1 e IgG2a sendo um perfil balanceado de 
resposta. Diante disso, foi avaliado se esse balanço nos níveis de anticorpos, permitiu o 
controle ou não da infecção por M. massiliense. Para isso, camundongos BC-F1 
infectados por via endovenosa com M. massiliense foram eutanasiados nos dias 7, 14, 
21 e 30, para coleta dos pulmões, baço e fígado. Os quais foram posteriormente 
homogeneizados e plaqueados em meio MH para determinação da carga bacteriana. A 
figura 2 demonstra que camundongos BC-F1 infectados por via endovenosa com M. 
massiliense apresentaram um controle da infecção, sendo observado a formação de uma 
curva descendente na cinética da carga bacilar determinada nos órgãos dos animais. 
Este resultado demonstra que a resposta imune apresentada por camundongos BC-F1 
contra M. massiliense foi efetiva na redução da carga bacilar nos três órgãos avaliados, 
reduzindo após 30 dias de infecção três logs de UFC no baço. Já no fígado e pulmão foi 
observado apenas a redução de 1,5 logs de UFC. 
Figura 2. Determinação da carga bacilar no pulmão, baço e fígado de camundongos 
BC-F1 nos dias 7, 14, 21 e 30 de infecção por via intravenosa com 106 UFC/mL de M. 
Massiliense GO06. 
DISCUSSÃO
Neste estudo foi avaliada a susceptibilidade de camundongos híbridos BC-F1, 
oriundos do cruzamento entre as linhagens BALB/c e C57BL/6, a cepa de M. 
massiliense GO06. 
Nossos resultados demonstram que frente a infecção por M. massiliense, 
camundongos BC-F1 apresentam níveis igualitários das classes de anticorpos IgG1 e 
IgG2a específicos para M. massiliense. Possivelmente, esse semelhança nos níveis de 
classes de anticorpos pode estar relacionada a diversidade do MHC apresentada por esta 
linhagem. Pois esta é oriunda do cruzamento de duas linhagens que apresentam 
respostas imunes diferentes frente a infecção por patógenos intracelulares. Enquanto 
camundongos BALB/c montam uma resposta do tipo Th2 com produção de IgG1, 
camundongos C57BL/6 geram uma resposta Th1 com produção de IgG2a (REF). Essas 
duas linhagens apresentam sucetibilidade a infecção por M. massiliense, isso mostra que 
a polarização da resposta imune não ideal para o controle da infecção. Assim, uma 
resposta imune balanceada pode ser ideal no controle da infecção e na manutenção do 
órgão infectado por patógenos intracelulares. 
Em nosso trabalho foi observado que os camundongos BC F1 que apresentaram 
uma resposta imune balanceada, foram capazes de controlar a infecção por M. 
massiliense, reduzindo carga bacilar no baço, fígado e pulmão. Possivelmente este 
controle observado é devido a resposta imune gerada por esta linhagem de 
camundongos, sendo diferente da observada em um estudo realizado por De Souza et 
al., com a mesma cepa em linhagens diferentes. Neste estudo foi observado que tantos 
camundongos BALBc que apresentam uma resposta imune predominantemente Th2 e 
C57bl6 do tipo Th1, não foram capazes de reduzir a carga bacilar nos órgãos avaliados. 
Estes dados demonstram que a polarização de único tipo de resposta não é ideial para o 
controle da para infecção por M. Massiliense, sendo necessário o balanço entre ambos 
os tipos de respostas imunes (REF).
MACEDO, J.L.S.; MAIEROVTCH, C.; HENRIQUES, P. Infecções pós-operatórias por 
micobactérias de crescimento rápido no Brasil. Rev. Bras. Cir. Plást. 2009, v. 24(4), 
544-51. 
PITOMBO, M.B.; LUPI, O.; DUARTE, R.S. Infecções por micobactérias de 
crescimento rápido resistentes a desinfetantes: uma problemática nacional? Rev. Bras. 
Ginecol. Obstet. 2009, v. 31(11), 529-33. 
WALLACE, R.J; BROWN, B.A; GRIFFITH D.E. Nosocomial 
outbreaks/pseudooutbreaks caused by nontuberculous mycobacteria. Annu. Rev. 
Microbiol. 1998, v. 52, 453-90. 
CARDOSO, A.M.; SOUSA, E.M.; VIANA-NIERO, C.; BORTOLI, F.B.; NEVES, 
Z.C.P.; LEÃO, S.C.; JUNQUEIRA-KIPNIS A.P.; KIPNIS, A. Emergence of 
nosocomial Mycobacterium massiliense infection in Goiás, Brazil. Microbes and 
Infection. 2008, v. 10, 1552-15575. 
LE BOURGEOIS, M.; SERMET-GAUDELUS, I; CATHERINO, E; GAILLARD, J.L. 
Nontuberculous mycobacteria in cystic fibrosis. Arch. Pediatr. 2005, v. 12, 117-121. 
LEE, H.M.; SHIN, D.M.; CHOI, D.K.; LEE, Z.W.; KIM, K.H.; YUK, J.M.; KIM, 
C.D.; LEE, J.H.; JO, E.K. . Innate immune responses to Mycobacterium ulcerans via 
Toll-like receptors and dectin-1 in human keratinocytes. Cell Microbiol. 2009, v. 4, 
678-692. 
DE SOUSA, E.M.; BORTOLI, F.B.; AMARAL, E.P.; BATISTA, A.C.; LIBERMAN-KIPNIS, 
T.; CARDOSO, A.M.; KIPNIS, A.; JUNQUEIRA-KIPNIS, A.P. Acute 
Immune Response to Mycobacterium massiliense in C57BL/6 and BALB/c Mice. 
Infect. Immun. 2010, v. 78, 1571-81. 
FLYNN, J.L., CHAN, J. Immunology of tuberculosis. Annu. Rev. Immunol. 2001, v. 
19, 93-129.
ANNUNZIATO, F.; ROMAGNANI, S. Heterogeneity of human effector CD4+ T cells. 
Arthritis Res Ther. 2009, v. 6, 257. 
MAHESHWARI, A.; HAN, S.; MAHATO, R.I.; KIM, S.W. Biodegradable polymer-based 
interleukin-12 gene delivery: role of induced cytokines, tumor infiltratingcells 
and nitric oxide in anti-tumor activity. Gene Therapy. 2002, v. 9, 1075-1084. 
JUNQUEIRA-KIPNIS, A.P.; KIPNIS, A.; JAMIESON, A.; JUARRERO, M.G.; 
DIEFENBACH, A.; RAULET, D.H.; TURNER, J.; ORME, I.M. NK cells respond to 
pulmonary infection with Mycobacterium tuberculosis, but play a minimal role in 
protection. J Immunol. 2003, v. 11, 6039-6045. 
COOPER, A.M. Cell-mediated immune responses in tuberculosis. Annu Rev Immunol. 
2009, v. 27, 393-422. 
OTTENHOFF, T.H. The knowns and unknowns of the immunopathogenesis of 
tuberculosis. Int. J. Tuberc. Lung Dis. 2012, v. 11, 1424-1432. 
COOPER, A.M.; KHADER, S.A. The role of cytokines in the initiation, expansion, 
and control of cellular immunity to tuberculosis. Immunological Rev. 2008, v. 226, 191- 
204. 
.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Treinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super medTreinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super med
emanuel
 
Archaea
ArchaeaArchaea
Archaea
emanuel
 
Biotecnologia
BiotecnologiaBiotecnologia
Biotecnologia
letyap
 
AV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COC
AV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COCAV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COC
AV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COC
emanuel
 
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasBiotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Mariana Leal
 
1º simulado ENEM - Humanas e Naturais
1º simulado ENEM - Humanas e Naturais1º simulado ENEM - Humanas e Naturais
1º simulado ENEM - Humanas e Naturais
emanuel
 
Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)
Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)
Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)
Nuno Correia
 
Biologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James Martins
Biologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James MartinsBiologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James Martins
Biologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James Martins
James Martins
 
AV1 - ciências humanas e naturais- II bimestre
AV1  - ciências humanas e naturais- II bimestreAV1  - ciências humanas e naturais- II bimestre
AV1 - ciências humanas e naturais- II bimestre
emanuel
 
Areal teste 11 bg_outubro 2021
Areal teste 11 bg_outubro 2021Areal teste 11 bg_outubro 2021
Areal teste 11 bg_outubro 2021
Vanda Sirgado
 
3EM #13 Revisão: citologia ENEM
3EM #13 Revisão: citologia ENEM3EM #13 Revisão: citologia ENEM
3EM #13 Revisão: citologia ENEM
Professô Kyoshi
 
ICSA06 - Biotecnologia e saúde animal
ICSA06 - Biotecnologia e saúde animalICSA06 - Biotecnologia e saúde animal
ICSA06 - Biotecnologia e saúde animal
Ricardo Portela
 
O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...
O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...
O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...
Bio Unifesp
 
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manualEx biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Cidalia Aguiar
 
Treinamento para AV2 - Biologia
Treinamento para AV2 - BiologiaTreinamento para AV2 - Biologia
Treinamento para AV2 - Biologia
emanuel
 
Biologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas Fallingstar
Biologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas FallingstarBiologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas Fallingstar
Biologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas Fallingstar
Diogo
 
Aula6 imuno aplicada
Aula6 imuno aplicadaAula6 imuno aplicada
Aula6 imuno aplicada
Carlos Sanches Vargas Jr.
 
Biotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'S
Biotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'SBiotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'S
Biotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'S
Isnailson Pinheiro
 
Segurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogmsSegurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogms
UERGS
 
Treinamento proteína e vitaminas
Treinamento proteína e vitaminasTreinamento proteína e vitaminas
Treinamento proteína e vitaminas
emanuel
 

Mais procurados (20)

Treinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super medTreinamento - Monera e vírus super super med
Treinamento - Monera e vírus super super med
 
Archaea
ArchaeaArchaea
Archaea
 
Biotecnologia
BiotecnologiaBiotecnologia
Biotecnologia
 
AV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COC
AV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COCAV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COC
AV1 de ciências humanas e naturais - Colégio Sartre COC
 
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasBiotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
 
1º simulado ENEM - Humanas e Naturais
1º simulado ENEM - Humanas e Naturais1º simulado ENEM - Humanas e Naturais
1º simulado ENEM - Humanas e Naturais
 
Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)
Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)
Sistema ImunitáRio (Biotecnologia E Controlo De DoençAs)
 
Biologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James Martins
Biologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James MartinsBiologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James Martins
Biologia no ENEM - Exercícios Biotecnologia - Prof James Martins
 
AV1 - ciências humanas e naturais- II bimestre
AV1  - ciências humanas e naturais- II bimestreAV1  - ciências humanas e naturais- II bimestre
AV1 - ciências humanas e naturais- II bimestre
 
Areal teste 11 bg_outubro 2021
Areal teste 11 bg_outubro 2021Areal teste 11 bg_outubro 2021
Areal teste 11 bg_outubro 2021
 
3EM #13 Revisão: citologia ENEM
3EM #13 Revisão: citologia ENEM3EM #13 Revisão: citologia ENEM
3EM #13 Revisão: citologia ENEM
 
ICSA06 - Biotecnologia e saúde animal
ICSA06 - Biotecnologia e saúde animalICSA06 - Biotecnologia e saúde animal
ICSA06 - Biotecnologia e saúde animal
 
O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...
O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...
O genoma do agente de tuberculose mycobacterium tuberculosis codifica uma pro...
 
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manualEx biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
 
Treinamento para AV2 - Biologia
Treinamento para AV2 - BiologiaTreinamento para AV2 - Biologia
Treinamento para AV2 - Biologia
 
Biologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas Fallingstar
Biologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas FallingstarBiologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas Fallingstar
Biologia 12 Biotecnologia Diagnostico De Doencas Fallingstar
 
Aula6 imuno aplicada
Aula6 imuno aplicadaAula6 imuno aplicada
Aula6 imuno aplicada
 
Biotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'S
Biotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'SBiotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'S
Biotecnologia - Organismos Geneticamente Modificados - OGM'S
 
Segurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogmsSegurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogms
 
Treinamento proteína e vitaminas
Treinamento proteína e vitaminasTreinamento proteína e vitaminas
Treinamento proteína e vitaminas
 

Semelhante a Introdução metodologia- pibic-joyce 30-08

Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaMicobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Euripedes A Barbosa
 
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMAULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
izabellinurse
 
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Douglas Lício
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
Cássia Silva
 
Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1
Ana Claudia Rodrigues
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
Flávia Salame
 
Caso clínico Furúnculo
Caso clínico FurúnculoCaso clínico Furúnculo
Caso clínico Furúnculo
Thiago Henrique
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
Maria Eliane Santos
 
Capitulo 1 ok[1]
Capitulo 1 ok[1]Capitulo 1 ok[1]
Capitulo 1 ok[1]
BeefPoint
 
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruziResposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Hugo Fialho
 
Febre, Inflamação e Infecção
Febre, Inflamação e Infecção Febre, Inflamação e Infecção
Febre, Inflamação e Infecção
StefanyTeles3
 
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecçõesAula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
sumariosal
 
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecçõesAula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
sumariosal
 
Aula bahiana 15.110
Aula bahiana 15.110Aula bahiana 15.110
Aula bahiana 15.110
brandaobio
 
monerasprotistasfungos______________.pdf
monerasprotistasfungos______________.pdfmonerasprotistasfungos______________.pdf
monerasprotistasfungos______________.pdf
MayaraLaun1
 
PROCTOTISTAS
PROCTOTISTASPROCTOTISTAS
Prova microbiologia b2
Prova microbiologia b2Prova microbiologia b2
Prova microbiologia b2
Ana Claudia Rodrigues
 
Capitulo 3 ok[1]
Capitulo 3 ok[1]Capitulo 3 ok[1]
Capitulo 3 ok[1]
BeefPoint
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
lvaroCosta22
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
lvaroCosta22
 

Semelhante a Introdução metodologia- pibic-joyce 30-08 (20)

Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaMicobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
 
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMAULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
 
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Caso clínico Furúnculo
Caso clínico FurúnculoCaso clínico Furúnculo
Caso clínico Furúnculo
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Capitulo 1 ok[1]
Capitulo 1 ok[1]Capitulo 1 ok[1]
Capitulo 1 ok[1]
 
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruziResposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
 
Febre, Inflamação e Infecção
Febre, Inflamação e Infecção Febre, Inflamação e Infecção
Febre, Inflamação e Infecção
 
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecçõesAula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
 
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecçõesAula Imunologia: Resposta imune a infecções
Aula Imunologia: Resposta imune a infecções
 
Aula bahiana 15.110
Aula bahiana 15.110Aula bahiana 15.110
Aula bahiana 15.110
 
monerasprotistasfungos______________.pdf
monerasprotistasfungos______________.pdfmonerasprotistasfungos______________.pdf
monerasprotistasfungos______________.pdf
 
PROCTOTISTAS
PROCTOTISTASPROCTOTISTAS
PROCTOTISTAS
 
Prova microbiologia b2
Prova microbiologia b2Prova microbiologia b2
Prova microbiologia b2
 
Capitulo 3 ok[1]
Capitulo 3 ok[1]Capitulo 3 ok[1]
Capitulo 3 ok[1]
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
 

Último

Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
Eró Cunha
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
silvamelosilva300
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Zenir Carmen Bez Trombeta
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
KleginaldoPaz2
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert EinsteinA Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
WelberMerlinCardoso
 
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de cursoDicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Simone399395
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
lveiga112
 

Último (20)

Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert EinsteinA Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
 
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de cursoDicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
 

Introdução metodologia- pibic-joyce 30-08

  • 1. INTRODUÇÃO Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) são microrganismos que estão amplamente distribuídos no meio ambiente, particularmente no solo e na água, incluindo água potável, tubulações de sistemas de distribuição de água, piscina, esgoto e superfícies, mesmo em condições supostamente adversas, como baixo pH, pouca carga orgânica e temperaturas variadas (MACEDO et al, 2009). Capazes de formarem colônias visíveis a olho nu em um período máximo de sete dias quando incubadas em meio sólido, as espécies de MCR são classificadas basicamente em três complexos, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium smegmatis e Mycobacterium chelonae-abscessus. Apesar de ser amplamente distribuídas na natureza, a partir da década de 1950 admitiu-se a importância das MCR na patologia humana, como causadoras de inúmeros surtos hospitalares, como o que aconteceu em 1975, em um hospital da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Neste surto foi isolado do esterno de 19 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca a cepa de M. abscessus. Destes pacientes cinco foram à óbito em decorrência da infecção pelo bacilo (WALLACE et al, 1998; PITOMBO et al, 2009). No Brasil, apesar dos relatos de surtos de infecções nosocomiais por MCR envolvendo procedimentos médicos serem esporádicos, a partir de 2004 o quadro assumiu grandes proporções colocando as entidades responsáveis em sinal de alerta. Foram registrados no período entre 2004 a 2007 diversos surtos no Brasil, como o ocorrido no município de Goiânia, no qual foi isolado 18 cepas micobacterianas de crescimento rápido em indivíduos que passaram por procedimentos cirúrgicos como laparoscopia e artroscopia. Estas micobactérias, de uma maneira geral, causaram a formação de eritema e edema associados à formação de abscessos localizados, restritos à região do joelho ou do abdômen (CARDOSO et al, 2008). Todos os isolados de micobactérias foram identificados por PCR-PRA e pelo sequenciamento parcial do gene rpoB como Mycobacterium massiliense. Embora os isolados tenham sido obtidos de pacientes de hospitais diferentes, todos foram geneticamente idênticos (CARDOSO et al, 2008). A patogênese das infecções micobacterianas envolve vários aspectos inerentes tanto ao microrganismo quanto ao hospedeiro que afetam diretamente a eliminação do parasita. O entendimento destes aspectos é importante na caracterização dos mecanismos tanto de defesa quanto de ataque. Normalmente, quando bactérias
  • 2. ambientais são passivamente introduzidas no hospedeiro ocorre uma rápida eliminação do patógeno devido a uma eficiente resposta imune inata (LEE et al, 2009). No entanto, infecções causadas por M. massiliense tem sido descritas como tendo uma evolução crônica, e em alguns casos, a doença é disseminada independente do estado imune do indivíduo (LE BOURGEOIS et al, 2005) Ainda não foi claramente elucidado os mecanismos de infecção usados por algumas micobactérias de crescimento rápido contra o hospedeiro, porém acredita-se que o mecanismo de defesa seja semelhante ao estabelecido para Mycobacterium tuberculosis. Visando analisar tais mecanismos, Sousa e colaboradores (2010) realizaram um estudo com camundongos das linhagens C57BL/6 e BALB/c. No estudo em questão os camundongos foram infectados com 106 UFC/mL de M. massiliense GO06 por via intravenosa e em diferentes dias de infecção a carga bacteriana do pulmão, baço e fígado de cada animal foi determinada para avaliar a patogenicidade e virulência do isolado em camundongos. Após determinação carga bacilar nos três órgãos, foi observado nas duas linhagens C57BL/6 e BALB/c um aumento da carga bacteriana durante os primeiros dias de infecção. Contudo, após 14 dias de infecção foi notado que a linhagem BALB/c apresentava maior carga bacilar quando comparada com à linhagem C57BL/6 (DE SOUSA et al, 2010). Nesse estudo de Sousa e colaboradores (2010) demonstraram que a cepa de M. Massiliense GO06 isolada do surto em Goiânia era patogênica e de alta virulência nas duas linhagens de camundongos, sendo os camundongos BALB/c mais susceptíveis que os C57BL/6. A diferença no controle da infecção observada neste trabalho pode estar correlacionada ao fato que camundongos de linhagens diferentes, possuem mecanismos de resposta imune díspares. A linhagem C57BL/6 exibe uma resposta imune com padrão mais Th1, caracterizada como ideal no controle da infecção por micobactérias. Essa resposta é induzida principalmente pelas citocinas IL-12 (Interleucina 12) e IFN-γ (Interferon Gamma) após estímulo de microrganismos que ativam as células dendríticas, macrófagos e células Natural Killer (FLYNN & CHAN 2001; ANNUNZIATO & ROMAGNANI 2009). Após a fagocitose da micobactéria por macrófagos ou células dendríticas ocorre a produção de IL-12. Essa citocina apresenta um importante papel no controle da infecção, uma vez que favorece a resposta imune celular contra esses patógenos, desempenhando funções essenciais, dentre as quais podemos citar: induzem a produção de IFN-γ pelos linfócitos T CD4, CD8 e NK, leva à proliferação de
  • 3. linfócitos T CD4, favorece a expansão clonal de células Th1 e aumenta a citotoxicidade dos linfócitos CD8 assim como das células NK. Além disso, tal citocina ativa as células do sistema imune, mais diretamente as Natural Killer que elevam a secreção de IFN-γ. (MAHESHWARI et al, 2002; JUNQUEIRA-KIPNIS et al, 2003). O interferon gamma além de estar envolvido nos mecanismos bactericidas das células fagocíticas, ativa fatores de transcrição que estimulam a diferenciação das células T CD4+ virgem ao subtipo Th1, amplificando, dessa forma, o padrão induzido, que é de resposta imune natural forte (COOPER 2009). Em contrapartida, BALB/c apresenta uma resposta tendendo ao tipo Th2, sendo esta marcada pela produção das citocinas IL-4, IL-5, IL-6, IL-13, IL-10 e TGF-β envolvidas principalmente na regulação das lesões inflamatórias provocadas pela infecção (COOPER & KHADER 2008). Todavia este tipo de resposta não é efetiva no controle de infecções micobacterianas, haja visto que essas citocinas regulam negativamente a resposta Th1 (OTTENHOFF 2012). Com isso, podemos supor que o balanço entre as repostas Th1 e Th2 possa ser mais eficiente no controle da infecção e manutenção de todos órgãos. Desta maneira, o estudo da infecção por Mycobacterium massiliense em camundongos híbridos BC-F1 oriundos do cruzamento das duas linhagens C57BL/6 e BALB/c, poderá caracterizar melhor a interação entre patógeno e hospedeiro. METODOLOGIA Animais Camundongos da linhagem BC-F1 utilizados nesse estudo, foram obtidos através do cruzamento de fêmeas BALB/c com machos C57BL/6, com idade entre 6-8 semanas, provenientes do biotério do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG (IPSTP-UFG). Os animais foram mantidos em gaiolas, com água e dieta ad libitum, em sala de controle com ciclo de luminosidade, umidade e temperatura. O protocolo para este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Federal de Goiás e todos os animais foram mantidos de acordo com orientações da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL/COBEA). Inóculo de Mycobacterium massiliense
  • 4. Uma alíquota da cepa Mycobacterium massiliense isolada pelo LACEN-GO no surto ocorrido em Goiânia, foi cultivada durante três dias em meio Mueller Hinton caldo, contendo Tween 80 a 0,05%, sendo mantida sob agitação em temperatura ambiente até atingir a fase log de crescimento. Posteriormente, a cultura foi ajustado à concentração de 2x106 UFC/mL. Infecção endovenosa com Mycobacterium massiliense Os animais foram agrupados, aleatoriamente, em 5 grupos com 3 animais cada. A infecção foi realizada pela via intravenosa (via plexo retro-orbital), sendo inoculado, 106 CFU/animal. Determinação das Unidades Formadoras de Colônia Para determinar a carga bacteriana nos camundongos após a infecção, três camundongos de cada grupo foram eutanasiados nos dias 1, 7, 14, 21 e 30 de infecção, para coleta do pulmão, baço e fígado. Os órgãos coletados foram homogeneizados em PBS, Tween 80 a 0,05%. Posteriormente, o homogenato foi diluído e plaqueado em placas contendo meio Mueller Hinton ágar, quando então estas foram incubadas de 3 a 7 dias a 37°C em estufa com atmosfera úmida contendo 5% de CO2. Após este período de incubação, as colônias crescidas foram contadas para determinar a UFC (unidades formadoras de colônias). Produção do extrato proteico de M. massiliense A partir do inóculo de M. massiliense produzido para infecção coletou-se 1 mL deste e em seguida foi realizada centrifugação por 6000rpm durante 10 min. Desprezou-se o sobrenadante, e o ressuspendeu-se o pellet em 500ul de PBS, posteriormente este volume foi sonicado por 10 ciclos de 30s cada. Feito isso o pellet foi novamente centrifugado, porém em uma rotação de 10000rpm, durante 10min. Depois disso o sobrenadante foi desprezado e o pellet foi ressuspendido em 500ul de PBS, quando então foi fervida por 5min. A concentração do extrato proteico foi considerada 1 mg/mL.
  • 5. ELISA Foram coletados sangue para a obtenção de soro e realização da técnica de ELISA para a detecção de anticorpos IgG1 e IgG2a específicos para o extrato proteico. Placas de poliestireno de 96 orifícios (Nunc) foram adsorvidas com o extrato proteico de M. massiliense (10 μg/mL) diluídos em tampão carbonato/bicarbonato de sódio 0,05M (pH 9,6) e incubadas por 18 h a 4°C. Após este período, as placas foram bloqueadas por 2 h a 37°C com tampão carbonato/bicarbonato de sódio contendo leite desnatado 1%. As amostras de soros foram diluídas a 1:80 e adicionadas nos orifícios, com posterior incubação por 2 h a 37°C. Depois as placas foram lavadas seis vezes com Tampão Sódio-Fosfato (PBS) Tween 20 0,05%. Os anticorpos conjugados a biotina (anti-mouse IgG1 e IgG2a Pharmingen) foram diluídos a 1:5000 em PBS contendo leite desnatado 0,1% (PBSL) e adicionados aos orifícios da placa. Após incubação por 1 h a 37°C, as placas foram lavadas por seis vezes com PBS Tween 20 0,05%. Estreptoavidina-peroxidade (BD Biosciences) diluída em PBSL a 1:10000 foi adicionada aos orifícios e as placas foram incubadas por 1 h a 37°C. Novamente as placas foram lavadas. A reação foi revelada com o tampão citrato-fosfato pH 4,5 contendo OPD (ortho-phenylenediamine - Merck) e água oxigenada a 20 V. A reação enzimática foi finalizada com a adição de ácido sulfúrico 4 N. As placas foram lidas a 492 ηm na leitora de ELISA (LabsystemsMultiskanThermo). Análise estatística Os resultados apresentados neste trabalho foram tabulados no Prism 5 software (Graphpad Software 5.0), expressos como média ± SD. Analise estatística múltipla (Kruskal Wallis seguido de teste de Dunn’s) foi utilizada para avaliar as possíveis diferenças entre os grupos. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativo. RESULTADOS Para avaliar o perfil da resposta imune induzida pela infecção com M. massiliense em camundongos BC-F1, o sangue de todos os animais foi coletado nos dias 7, 14, 21 e 30 de infecção. Posteriormente foi determinado no soro os níveis de anticorpos IgG1 e IgG2a anti-extrato proteico de M. massiliense. Como demonstrado na
  • 6. (Figura 1A), em todos os pontos em que os níveis séricos de anticorpos foram determinados houve uma semelhança nos níveis entre as duas classes de anticorpos IgG1 e IgG2a. Com quatorze dias de infecção foi observados níveis significativos de anticorpos tanto da classe IgG1 quanto IgG2a quando comparado com o grupo salina (Figura 1B). Estes resultados demonstram que camundongos BC-F1 apresentam um perfil de resposta balanceada frente a infecção por M. massiliense. Figura 1. Níveis séricos de anticorpos específicos anti-extrato proteico de M. massiliense após o desafio intravenoso com M. massiliense GO06. Camundongos BC-F1 foram infectados com 106 UFC/mL de M. massiliense GO06. (A) aos 7, 14, 21 e 30 dias de infecção, os níveis séricos de anticorpos IgG1 e IgG2a foram avaliados. (B) comparação dos níveis séricos de anticorpos específicos IgG1 e IgG2a anti-extrato protéico de M. massiliense em camundongos BC-F1 aos 14 dias de infecção com M. massiliense. Diferença estatística: * (p<0,05).
  • 7. Como observado na Figura 1, os camundongos BC-F1 apresentaram níveis similares de anticorpos das classes IgG1 e IgG2a sendo um perfil balanceado de resposta. Diante disso, foi avaliado se esse balanço nos níveis de anticorpos, permitiu o controle ou não da infecção por M. massiliense. Para isso, camundongos BC-F1 infectados por via endovenosa com M. massiliense foram eutanasiados nos dias 7, 14, 21 e 30, para coleta dos pulmões, baço e fígado. Os quais foram posteriormente homogeneizados e plaqueados em meio MH para determinação da carga bacteriana. A figura 2 demonstra que camundongos BC-F1 infectados por via endovenosa com M. massiliense apresentaram um controle da infecção, sendo observado a formação de uma curva descendente na cinética da carga bacilar determinada nos órgãos dos animais. Este resultado demonstra que a resposta imune apresentada por camundongos BC-F1 contra M. massiliense foi efetiva na redução da carga bacilar nos três órgãos avaliados, reduzindo após 30 dias de infecção três logs de UFC no baço. Já no fígado e pulmão foi observado apenas a redução de 1,5 logs de UFC. Figura 2. Determinação da carga bacilar no pulmão, baço e fígado de camundongos BC-F1 nos dias 7, 14, 21 e 30 de infecção por via intravenosa com 106 UFC/mL de M. Massiliense GO06. DISCUSSÃO
  • 8. Neste estudo foi avaliada a susceptibilidade de camundongos híbridos BC-F1, oriundos do cruzamento entre as linhagens BALB/c e C57BL/6, a cepa de M. massiliense GO06. Nossos resultados demonstram que frente a infecção por M. massiliense, camundongos BC-F1 apresentam níveis igualitários das classes de anticorpos IgG1 e IgG2a específicos para M. massiliense. Possivelmente, esse semelhança nos níveis de classes de anticorpos pode estar relacionada a diversidade do MHC apresentada por esta linhagem. Pois esta é oriunda do cruzamento de duas linhagens que apresentam respostas imunes diferentes frente a infecção por patógenos intracelulares. Enquanto camundongos BALB/c montam uma resposta do tipo Th2 com produção de IgG1, camundongos C57BL/6 geram uma resposta Th1 com produção de IgG2a (REF). Essas duas linhagens apresentam sucetibilidade a infecção por M. massiliense, isso mostra que a polarização da resposta imune não ideal para o controle da infecção. Assim, uma resposta imune balanceada pode ser ideal no controle da infecção e na manutenção do órgão infectado por patógenos intracelulares. Em nosso trabalho foi observado que os camundongos BC F1 que apresentaram uma resposta imune balanceada, foram capazes de controlar a infecção por M. massiliense, reduzindo carga bacilar no baço, fígado e pulmão. Possivelmente este controle observado é devido a resposta imune gerada por esta linhagem de camundongos, sendo diferente da observada em um estudo realizado por De Souza et al., com a mesma cepa em linhagens diferentes. Neste estudo foi observado que tantos camundongos BALBc que apresentam uma resposta imune predominantemente Th2 e C57bl6 do tipo Th1, não foram capazes de reduzir a carga bacilar nos órgãos avaliados. Estes dados demonstram que a polarização de único tipo de resposta não é ideial para o controle da para infecção por M. Massiliense, sendo necessário o balanço entre ambos os tipos de respostas imunes (REF).
  • 9. MACEDO, J.L.S.; MAIEROVTCH, C.; HENRIQUES, P. Infecções pós-operatórias por micobactérias de crescimento rápido no Brasil. Rev. Bras. Cir. Plást. 2009, v. 24(4), 544-51. PITOMBO, M.B.; LUPI, O.; DUARTE, R.S. Infecções por micobactérias de crescimento rápido resistentes a desinfetantes: uma problemática nacional? Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2009, v. 31(11), 529-33. WALLACE, R.J; BROWN, B.A; GRIFFITH D.E. Nosocomial outbreaks/pseudooutbreaks caused by nontuberculous mycobacteria. Annu. Rev. Microbiol. 1998, v. 52, 453-90. CARDOSO, A.M.; SOUSA, E.M.; VIANA-NIERO, C.; BORTOLI, F.B.; NEVES, Z.C.P.; LEÃO, S.C.; JUNQUEIRA-KIPNIS A.P.; KIPNIS, A. Emergence of nosocomial Mycobacterium massiliense infection in Goiás, Brazil. Microbes and Infection. 2008, v. 10, 1552-15575. LE BOURGEOIS, M.; SERMET-GAUDELUS, I; CATHERINO, E; GAILLARD, J.L. Nontuberculous mycobacteria in cystic fibrosis. Arch. Pediatr. 2005, v. 12, 117-121. LEE, H.M.; SHIN, D.M.; CHOI, D.K.; LEE, Z.W.; KIM, K.H.; YUK, J.M.; KIM, C.D.; LEE, J.H.; JO, E.K. . Innate immune responses to Mycobacterium ulcerans via Toll-like receptors and dectin-1 in human keratinocytes. Cell Microbiol. 2009, v. 4, 678-692. DE SOUSA, E.M.; BORTOLI, F.B.; AMARAL, E.P.; BATISTA, A.C.; LIBERMAN-KIPNIS, T.; CARDOSO, A.M.; KIPNIS, A.; JUNQUEIRA-KIPNIS, A.P. Acute Immune Response to Mycobacterium massiliense in C57BL/6 and BALB/c Mice. Infect. Immun. 2010, v. 78, 1571-81. FLYNN, J.L., CHAN, J. Immunology of tuberculosis. Annu. Rev. Immunol. 2001, v. 19, 93-129.
  • 10. ANNUNZIATO, F.; ROMAGNANI, S. Heterogeneity of human effector CD4+ T cells. Arthritis Res Ther. 2009, v. 6, 257. MAHESHWARI, A.; HAN, S.; MAHATO, R.I.; KIM, S.W. Biodegradable polymer-based interleukin-12 gene delivery: role of induced cytokines, tumor infiltratingcells and nitric oxide in anti-tumor activity. Gene Therapy. 2002, v. 9, 1075-1084. JUNQUEIRA-KIPNIS, A.P.; KIPNIS, A.; JAMIESON, A.; JUARRERO, M.G.; DIEFENBACH, A.; RAULET, D.H.; TURNER, J.; ORME, I.M. NK cells respond to pulmonary infection with Mycobacterium tuberculosis, but play a minimal role in protection. J Immunol. 2003, v. 11, 6039-6045. COOPER, A.M. Cell-mediated immune responses in tuberculosis. Annu Rev Immunol. 2009, v. 27, 393-422. OTTENHOFF, T.H. The knowns and unknowns of the immunopathogenesis of tuberculosis. Int. J. Tuberc. Lung Dis. 2012, v. 11, 1424-1432. COOPER, A.M.; KHADER, S.A. The role of cytokines in the initiation, expansion, and control of cellular immunity to tuberculosis. Immunological Rev. 2008, v. 226, 191- 204. .