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1
2

O Princípio Responsabilidade

da obra de :

Hans Jonas
3

Unidade I: Transformação Da Essência
Da Ação Humana
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.

Exemplo da antiguidade
Características das éticas anteriores
Novas dimensões da responsabilidade
Tecnologia como vocação da humanidade
Velhos e novos imperativos
Formas anteriores de éticas orientadas para o futuro
O homem como objeto da técnica
Dinâmica utópica do progresso técnico e exigências da
responsabilidade
Vazio ético
4

I.

Exemplo da Antiguidade

Coro de Antígona:
Muitas são as coisas prodigiosas sobre a terra
mas nenhuma mais prodigiosa do que o próprio
homem. Quando as tempestades do sul varrem o
oceano, ele abre um caminho audacioso no meio
das ondas gigantescas que em vão procuram
amedrontá-lo:
5

à mais velha das deusas, à Terra
eterna e infatigável, ano após ano ele lhe
rasga o ventre com a charrua, obrigandoa a maior fertilidade. A raça volátil dos
pássaros captura, muita vez, em pleno
vôo. Caça as bestas selvagens e atrai
para suas redes habilmente tecidas e
astuciosamente estendidas a fauna
múltipla do mar, tudo isso ele faz, o
homem, esse supremo engenho.
6

Doma a fera agressiva acostumada à
luta, coloca a sela no cavalo bravo, e
mete a canga no pescoço do furioso
touro da montanha. A palavra, o jogo
fugaz do pensamento, as leis que regem
o Estado, tudo ele aprendeu, a si próprio
ensinou. Como aprendeu também a se
defender do inverno insuportável e das
chuvas malsãs. Vive o presente, recorda
o passado, antevê o futuro. Tudo lhe é
possível.
7

Na criação que o cerca, só dois mistérios
terríveis, dois limites. Um, a morte, da qual em
vão tenta escapar. Outro, seu próprio irmão e
semelhante, o qual não vê e não entende. Se
não resiste a ele, é esmagado. Se o vence, o
orgulho o cega e vira um monstro que os
deuses desamparam. Só o governante que
respeita as leis de sua gente e a divina justiça
dos costumes mantém sua força porque
mantém sua medida humana. Em mim só
manda um rei: o que constrói pontes e destrói
muralhas.
Tradução: Millôr Fernandes
8

Homem e Natureza
 Terra percebida como regenerativa e imperecível
 Apesar de sua engenhosidade ilimitada, homem é
pequeno diante da natureza

Criação da Cidade
 Vida social não afetava a natureza
9

II.

1.
2.

3.
4.

Características das Éticas
Anteriores

não havia a questão do impacto futuro da técnica
ética era pensada numa base de relações de
indivíduo para indivíduo
homem não era objeto da técnica transformadora
ética era orientada por princípios que a
mantinham restrita ao presente
10

III.

Novas Dimensões da
Responsabilidade

Vulnerabilidade da natureza
 Caráter acelerado e cumulativo das inovações
tecnológicas criam situações diante das quais o
pensamento tradicional é impotente

Direito ético da natureza?
 Integrar a biosfera no conceito de bem humano
Nota: certezas naturais não são as mesmas
11

IV.

Tecnologia Como “Vocação”
Da Humanidade

Homo faber prevalece sobre homo sapiens
 cria a partir do criado
 prepara o que será capaz de fazer
 muda a qualidade da ação humana, muda a política

Cidade universal como segunda natureza
 distinção entre natural e artificial desaparece
12

V.

Velhos e Novos Imperativos

• dever de continuar a humanidade?
• futuro calculável forma a dimensão incompleta da
responsabilidade
13

VI.

Formas Anteriores de Éticas
Orientadas para o Futuro:
14

Na religião, o
presente é
composto por
preceitos de
conduta para
obter
compensação no
futuro; não é
causa do futuro
15

O homem político quer
que suas obras
permaneçam, mas sua
esfera de atuação, na
concepção prémoderna, é o presente
Utopia Moderna:
Marxismo
 Usar a técnica para
criar uma sociedade
ideal no futuro
 A ação se faz tendo
em vista um futuro
do qual não se
beneficiarão nem os
atores, nem as
vítimas, nem os
contemporâneos

16
17

VII.

O Homem Como Objeto
Da Tecnologia

Prolongação da vida
 Mudança de atitude face à morte
 Medicina e prolongação da vida

DECISÃO

Controle do comportamento
 Uso de medicamentos contornam as formas humanas
para tratar problemas humanos

Manipulação genética
 Homem quer ser senhor de sua própria evolução
18

VIII.

Dinâmica “Utópica” do
Progresso Técnico

• Tecnologia tornou os projetos utópicos
executáveis, mas o saber não acompanha os
efeitos da transformação tecnológica
• Necessidade de uma ética da responsabilidade
correspondente ao nosso poder de transformação
19

IX.

O Vazio Ético

Qual a ética necessária à ação na civilização
tecnológica?
20

Exemplo CPFL: Parceria
Máquina, Homem, Natureza
21
22

... a sirene mudou a percepção. Silêncio de todos;
aquele barulho dizia que máquina também nasce e
que engenheiro pode ser mãe. Enquanto o som da
sirene decaía, começava a subir o dos fogos; todos
rojões de um só tipo. A fumaça branca dos estouros
lentamente desenhava no céu azul bandeirinhas
brancas de benesses; fadas derramando sobre a
estação seus melhores votos.
23

Os homens estavam todos com o sorriso
amarelo de uma emoção difícil deles mesmos
perceberem. Eles então pareciam não dar muita
bola, como se houvesse uma indiferença que o
costume traz. As mulheres, as poucas ali
presentes, não acham aquelas peças de aço e
fios em nada parecidas com um recém nascido.
Mal sabem elas que os homens também não
acham um recém nascido em nada parecido com
uma pessoa.
24

Uma sirene cortou os ares, assim que cortaram a fita.
Muitas casas passaram a ter mais luz à disposição.
Muitos disfarçaram o choro emocionado por tanta beleza.
Um transformador de luz pode transformar gente.
Jorge Forbes, Transformando a Luz.
25

O Princípio Responsabilidade

da obra de :

Hans Jonas
POWERPOINT:
DIREÇÃO: JORGE FORBES
PRODUÇÃO: RODRIGO ABRANTES
26

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  • 1. 1
  • 2. 2 O Princípio Responsabilidade da obra de : Hans Jonas
  • 3. 3 Unidade I: Transformação Da Essência Da Ação Humana 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Exemplo da antiguidade Características das éticas anteriores Novas dimensões da responsabilidade Tecnologia como vocação da humanidade Velhos e novos imperativos Formas anteriores de éticas orientadas para o futuro O homem como objeto da técnica Dinâmica utópica do progresso técnico e exigências da responsabilidade Vazio ético
  • 4. 4 I. Exemplo da Antiguidade Coro de Antígona: Muitas são as coisas prodigiosas sobre a terra mas nenhuma mais prodigiosa do que o próprio homem. Quando as tempestades do sul varrem o oceano, ele abre um caminho audacioso no meio das ondas gigantescas que em vão procuram amedrontá-lo:
  • 5. 5 à mais velha das deusas, à Terra eterna e infatigável, ano após ano ele lhe rasga o ventre com a charrua, obrigandoa a maior fertilidade. A raça volátil dos pássaros captura, muita vez, em pleno vôo. Caça as bestas selvagens e atrai para suas redes habilmente tecidas e astuciosamente estendidas a fauna múltipla do mar, tudo isso ele faz, o homem, esse supremo engenho.
  • 6. 6 Doma a fera agressiva acostumada à luta, coloca a sela no cavalo bravo, e mete a canga no pescoço do furioso touro da montanha. A palavra, o jogo fugaz do pensamento, as leis que regem o Estado, tudo ele aprendeu, a si próprio ensinou. Como aprendeu também a se defender do inverno insuportável e das chuvas malsãs. Vive o presente, recorda o passado, antevê o futuro. Tudo lhe é possível.
  • 7. 7 Na criação que o cerca, só dois mistérios terríveis, dois limites. Um, a morte, da qual em vão tenta escapar. Outro, seu próprio irmão e semelhante, o qual não vê e não entende. Se não resiste a ele, é esmagado. Se o vence, o orgulho o cega e vira um monstro que os deuses desamparam. Só o governante que respeita as leis de sua gente e a divina justiça dos costumes mantém sua força porque mantém sua medida humana. Em mim só manda um rei: o que constrói pontes e destrói muralhas. Tradução: Millôr Fernandes
  • 8. 8 Homem e Natureza  Terra percebida como regenerativa e imperecível  Apesar de sua engenhosidade ilimitada, homem é pequeno diante da natureza Criação da Cidade  Vida social não afetava a natureza
  • 9. 9 II. 1. 2. 3. 4. Características das Éticas Anteriores não havia a questão do impacto futuro da técnica ética era pensada numa base de relações de indivíduo para indivíduo homem não era objeto da técnica transformadora ética era orientada por princípios que a mantinham restrita ao presente
  • 10. 10 III. Novas Dimensões da Responsabilidade Vulnerabilidade da natureza  Caráter acelerado e cumulativo das inovações tecnológicas criam situações diante das quais o pensamento tradicional é impotente Direito ético da natureza?  Integrar a biosfera no conceito de bem humano Nota: certezas naturais não são as mesmas
  • 11. 11 IV. Tecnologia Como “Vocação” Da Humanidade Homo faber prevalece sobre homo sapiens  cria a partir do criado  prepara o que será capaz de fazer  muda a qualidade da ação humana, muda a política Cidade universal como segunda natureza  distinção entre natural e artificial desaparece
  • 12. 12 V. Velhos e Novos Imperativos • dever de continuar a humanidade? • futuro calculável forma a dimensão incompleta da responsabilidade
  • 13. 13 VI. Formas Anteriores de Éticas Orientadas para o Futuro:
  • 14. 14 Na religião, o presente é composto por preceitos de conduta para obter compensação no futuro; não é causa do futuro
  • 15. 15 O homem político quer que suas obras permaneçam, mas sua esfera de atuação, na concepção prémoderna, é o presente
  • 16. Utopia Moderna: Marxismo  Usar a técnica para criar uma sociedade ideal no futuro  A ação se faz tendo em vista um futuro do qual não se beneficiarão nem os atores, nem as vítimas, nem os contemporâneos 16
  • 17. 17 VII. O Homem Como Objeto Da Tecnologia Prolongação da vida  Mudança de atitude face à morte  Medicina e prolongação da vida DECISÃO Controle do comportamento  Uso de medicamentos contornam as formas humanas para tratar problemas humanos Manipulação genética  Homem quer ser senhor de sua própria evolução
  • 18. 18 VIII. Dinâmica “Utópica” do Progresso Técnico • Tecnologia tornou os projetos utópicos executáveis, mas o saber não acompanha os efeitos da transformação tecnológica • Necessidade de uma ética da responsabilidade correspondente ao nosso poder de transformação
  • 19. 19 IX. O Vazio Ético Qual a ética necessária à ação na civilização tecnológica?
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  • 22. 22 ... a sirene mudou a percepção. Silêncio de todos; aquele barulho dizia que máquina também nasce e que engenheiro pode ser mãe. Enquanto o som da sirene decaía, começava a subir o dos fogos; todos rojões de um só tipo. A fumaça branca dos estouros lentamente desenhava no céu azul bandeirinhas brancas de benesses; fadas derramando sobre a estação seus melhores votos.
  • 23. 23 Os homens estavam todos com o sorriso amarelo de uma emoção difícil deles mesmos perceberem. Eles então pareciam não dar muita bola, como se houvesse uma indiferença que o costume traz. As mulheres, as poucas ali presentes, não acham aquelas peças de aço e fios em nada parecidas com um recém nascido. Mal sabem elas que os homens também não acham um recém nascido em nada parecido com uma pessoa.
  • 24. 24 Uma sirene cortou os ares, assim que cortaram a fita. Muitas casas passaram a ter mais luz à disposição. Muitos disfarçaram o choro emocionado por tanta beleza. Um transformador de luz pode transformar gente. Jorge Forbes, Transformando a Luz.
  • 25. 25 O Princípio Responsabilidade da obra de : Hans Jonas POWERPOINT: DIREÇÃO: JORGE FORBES PRODUÇÃO: RODRIGO ABRANTES
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