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Princípios básicos e Aplicações em
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
(HPLC)
Wilder Douglas Santiago
Químico/PhD
wilderdsantiago@gmail.com
Aplicações da Cromatografia Líquida de Alta
Eficiência (HPLC)
HPLC
Toxicologia
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outras fases estacionárias utilizadas: CaCO3 e sacarose
Em 1903 (século XX), o botânico russo M. Tswett conseguiu
separar pigmentos vegetais passando, através de uma coluna
contendo inulina em pó (um carboidrato), uma solução de
pigmentos de plantas dissolvidos em um hidrocarboneto.
Obteve um registro colorido do processo de separação !!!
GREGO → croma: cor ; grafia: registro = CROMATOGRAFIA
croma grafia
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O inventor
Mikhail Tswett
Evolução das Técnicas Cromatográficas
1903: Tswett – CROMATOGRAFIA EM COLUNA (CC)
extratos vegetais; coluna com Inulina/CaCO3; éter de petróleo
1938: Izmailov e Shraiber–CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD, TLC)
extratos vegetais; placa de vidro c/ alumina
ERA da “Cromatografia Moderna”: Prêmios Nobel – 1937, 1938, 1939.
1941: Martin e Synge – CROMATOGRAFIA GASOSA (CG, GC)
1952: Martin e James – CROMATOGRAFIA GASOSA (CG, GC) – P.Nobel
Décadas de 1960/1970
Karr, Jentoft, Gouwn, Huber, Hulsman, Snyder e Kirkiland (partículas
homogêneas)
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE, HPLC)
High Pressure Liquid Chromatography
Evolução das Técnicas Cromatográficas
Evolução partículas com o tempo....
1969: J.J.Kirkland da DuPont desenvolveu um processo para
produzir partículas de sílica com porosidade e tamanho controlados,
para preencher as colunas cromatográficas.
Evolução das Técnicas Cromatográficas
2000: Cromatografia Ultrarrápida – UHPLC
UPLC – “patente de nome”
UHPLC desenvolveu-se com a introdução das partículas de fases estacionárias
(FE) porosas ≤ 2 µm, juntamente com a busca contínua por análises mais
rápidas e eficientes. Desde a sua introdução em 2004, a UHPLC vem ganhando
espaço em todas as áreas de aplicação da HPLC em decorrência de suas
vantagens.
• tempo de análise;
• melhor resolução;
• detectabilidade;
• economia de fase estacionária e fase móvel;
• pequeno volume de amostra;
• transferência de um método HPLC → UHPLC;
• grande variedade de colunas e equipamentos;
• Química Verde.
Definição:
1) Método de separação que fundamenta-se nos diferentes graus de interação
dos solutos com a fase móvel e estacionária. Interações diferentes
originam velocidades de migração diferentes e, portanto, o processo de
separação em si.
2) Método de análise de substâncias em uma mistura, que envolve a
distribuição diferencial dessas substâncias em um sistema heterogêneo
bifásico.
FASE MÓVEL (aquela que se “move” através da coluna): líquido, gás ou fluido supercrítico
FASE ESTACIONÁRIA (aquela que permanece “fixa” dentro da coluna): líquido ou sólido
eluente eluato
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O que é cromatografia???
Coluna
Analogia
O processo cromatográfico pode ser comparado a um
grupo de abelhas e moscas sobrevoando uma certa
região: ao passarem por uma flor, espera-se algum
efeito sobre as moscas e abelhas.
Fase estacionária Analitos
Analogia
O processo cromatográfico pode ser comparado a um
grupo de abelhas e moscas sobrevoando uma certa
região: ao passarem por uma lata de lixo, espera-se
algum efeito sobre as moscas e abelhas.
Fase estacionária Analitos
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Analito
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Princípio
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Entendendo o cromatograma - conceitos
Entendendo o cromatograma - conceitos
Migração Diferencial
Base da separação cromatográfica
Diferentes velocidades médias que as moléculas dos solutos
migram através da coluna
Entendendo o cromatograma - conceitos
Tempo necessário para a eluição de um componente não retido
Assimetria dos picos
Nunca serão totalmente simétricos, pois o movimento da fase móvel
distorce o formato dos picos, que só seriam totalmente gaussianos se a
fase móvel permanecesse parada.
Entendendo o cromatograma - conceitos
A extensão do alargamento de uma banda depende do
tempo que a FM fica em contato com a FE, o qual por sua
vez depende da vazão da FM.
• VOLUME DE RETENÇÃO (VR) é o volume da fase móvel
necessário para eluir o analito a uma dada vazão (F).
Volume de retenção, VR = tR F
• VOLUME MORTO (VM) é o volume total de solvente na coluna entre
as partículas da fase estacionária (partículas não porosas) e no
interior dos poros das partículas (partículas porosas, tipo esponja).
Portanto, se o tempo para que a fase móvel ou o soluto não retido
passe pela coluna é tM, e a vazão é F:
VM = tM F
Entendendo o cromatograma - conceitos
▪ FATOR DE RETENÇÃO*: o fator de retenção (k) é o grau de
retenção de um componente da amostra na coluna, sendo definido
como o tempo necessário para eluir o pico (tR) menos o tempo
necessário para a FM passar através da coluna (tM).
k =
tR – tM
tM
=
t‘R
tM
De acordo com Snyder,
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Entendendo o cromatograma - conceitos
Entendendo o cromatograma - conceitos
• O fator de seletividade a (ou fator de separação) para os solutos 1 e
2 é definido como a razão entre a constante de distribuição do soluto
mais retido (2) e a constante de distribuição para o soluto menos
retido (1).
• A seletividade deve
ser > 1,0 para que haja
a separação dos picos.
• Seletividade é
dependente de muitos
fatores que afetam K
tal como a natureza da
FE, composição da FM,
e propriedades dos
solutos.
Seletividade
Entendendo o cromatograma - conceitos
• A resolução Rs de uma coluna nos diz o quanto duas
bandas se distanciam uma em relação a outra em
comparação com as suas larguras.
• A resolução fornece uma medida quantitativa da
habilidade da coluna em separar dois analitos.
Rs = (tR)2–(tR)1
w1 + w2
2 Rs = (tR)2–(tR)1
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Rs > 1,5
Resolução
Eficiência e pratos teóricos
“Martin & Synge em 1952, a cromatografia é comparada com a
destilação, por também ser uma técnica de separação”
Entendendo o cromatograma - conceitos
Trazendo esse modelo de concepção para a cromatografia
“a coluna cromatográfica teria também seus “pratos teóricos”,
isto é, etapas de equilíbrio (retenção/liberação) ao longo da coluna,
sem lugar definido para ocorrer, mas com um número de estágios
hipotéticos de equilíbrio (etapas teóricas) recorrente, que dependeria
do comprimento da coluna, da temperatura, da natureza da fase
estacionária, da natureza da substância em retenção/liberação e, no
caso, também da natureza da fase móvel, pois, dependendo da fase
móvel, ela pode interagir mais ou interagir menos com a substância
em processo e assim aumentar ou diminuir o número de etapas de
retenção/liberação. “
Entendendo o cromatograma - conceitos
O número de pratos teóricos, N, de uma substância, uma medida
da eficiência de separação da coluna, vai depender dos mesmos
parâmetros, com relação similar, na equação:
em que tR é o tempo de retenção de pico da substância
e Wb é a largura do pico da substância medida na sua
base. N é adimensional, pois tR e W são medidas de
tempo.
Entendendo o cromatograma - conceitos
N = 16 tR
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  • 1. Princípios básicos e Aplicações em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) Wilder Douglas Santiago Químico/PhD wilderdsantiago@gmail.com
  • 2. Aplicações da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) HPLC Toxicologia Cosméticos Fármacos Pesticidas Alimentos Proteínas Aminoácidos Corantes Pré-requisito: a amostra deve ser solúvel na fase móvel
  • 3. Histórico outras fases estacionárias utilizadas: CaCO3 e sacarose Em 1903 (século XX), o botânico russo M. Tswett conseguiu separar pigmentos vegetais passando, através de uma coluna contendo inulina em pó (um carboidrato), uma solução de pigmentos de plantas dissolvidos em um hidrocarboneto. Obteve um registro colorido do processo de separação !!! GREGO → croma: cor ; grafia: registro = CROMATOGRAFIA croma grafia Inulina
  • 5. Evolução das Técnicas Cromatográficas 1903: Tswett – CROMATOGRAFIA EM COLUNA (CC) extratos vegetais; coluna com Inulina/CaCO3; éter de petróleo 1938: Izmailov e Shraiber–CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD, TLC) extratos vegetais; placa de vidro c/ alumina ERA da “Cromatografia Moderna”: Prêmios Nobel – 1937, 1938, 1939. 1941: Martin e Synge – CROMATOGRAFIA GASOSA (CG, GC) 1952: Martin e James – CROMATOGRAFIA GASOSA (CG, GC) – P.Nobel Décadas de 1960/1970 Karr, Jentoft, Gouwn, Huber, Hulsman, Snyder e Kirkiland (partículas homogêneas) CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE, HPLC) High Pressure Liquid Chromatography
  • 6. Evolução das Técnicas Cromatográficas Evolução partículas com o tempo.... 1969: J.J.Kirkland da DuPont desenvolveu um processo para produzir partículas de sílica com porosidade e tamanho controlados, para preencher as colunas cromatográficas.
  • 7. Evolução das Técnicas Cromatográficas 2000: Cromatografia Ultrarrápida – UHPLC UPLC – “patente de nome” UHPLC desenvolveu-se com a introdução das partículas de fases estacionárias (FE) porosas ≤ 2 µm, juntamente com a busca contínua por análises mais rápidas e eficientes. Desde a sua introdução em 2004, a UHPLC vem ganhando espaço em todas as áreas de aplicação da HPLC em decorrência de suas vantagens. • tempo de análise; • melhor resolução; • detectabilidade; • economia de fase estacionária e fase móvel; • pequeno volume de amostra; • transferência de um método HPLC → UHPLC; • grande variedade de colunas e equipamentos; • Química Verde.
  • 8. Definição: 1) Método de separação que fundamenta-se nos diferentes graus de interação dos solutos com a fase móvel e estacionária. Interações diferentes originam velocidades de migração diferentes e, portanto, o processo de separação em si. 2) Método de análise de substâncias em uma mistura, que envolve a distribuição diferencial dessas substâncias em um sistema heterogêneo bifásico. FASE MÓVEL (aquela que se “move” através da coluna): líquido, gás ou fluido supercrítico FASE ESTACIONÁRIA (aquela que permanece “fixa” dentro da coluna): líquido ou sólido eluente eluato eluição O que é cromatografia??? Coluna
  • 9. Analogia O processo cromatográfico pode ser comparado a um grupo de abelhas e moscas sobrevoando uma certa região: ao passarem por uma flor, espera-se algum efeito sobre as moscas e abelhas. Fase estacionária Analitos
  • 10. Analogia O processo cromatográfico pode ser comparado a um grupo de abelhas e moscas sobrevoando uma certa região: ao passarem por uma lata de lixo, espera-se algum efeito sobre as moscas e abelhas. Fase estacionária Analitos
  • 14. Interações • Ligação de hidrogênio • Dipolo induzido-dipolo induzido (Forças de van der Waals ou de Forças de Dispersão de London) • Atração eletrostática
  • 16. Entendendo o cromatograma - conceitos Migração Diferencial Base da separação cromatográfica Diferentes velocidades médias que as moléculas dos solutos migram através da coluna
  • 17. Entendendo o cromatograma - conceitos Tempo necessário para a eluição de um componente não retido
  • 18. Assimetria dos picos Nunca serão totalmente simétricos, pois o movimento da fase móvel distorce o formato dos picos, que só seriam totalmente gaussianos se a fase móvel permanecesse parada. Entendendo o cromatograma - conceitos
  • 19. A extensão do alargamento de uma banda depende do tempo que a FM fica em contato com a FE, o qual por sua vez depende da vazão da FM. • VOLUME DE RETENÇÃO (VR) é o volume da fase móvel necessário para eluir o analito a uma dada vazão (F). Volume de retenção, VR = tR F • VOLUME MORTO (VM) é o volume total de solvente na coluna entre as partículas da fase estacionária (partículas não porosas) e no interior dos poros das partículas (partículas porosas, tipo esponja). Portanto, se o tempo para que a fase móvel ou o soluto não retido passe pela coluna é tM, e a vazão é F: VM = tM F Entendendo o cromatograma - conceitos
  • 20. ▪ FATOR DE RETENÇÃO*: o fator de retenção (k) é o grau de retenção de um componente da amostra na coluna, sendo definido como o tempo necessário para eluir o pico (tR) menos o tempo necessário para a FM passar através da coluna (tM). k = tR – tM tM = t‘R tM De acordo com Snyder, 1<k<10 Entendendo o cromatograma - conceitos
  • 21. Entendendo o cromatograma - conceitos • O fator de seletividade a (ou fator de separação) para os solutos 1 e 2 é definido como a razão entre a constante de distribuição do soluto mais retido (2) e a constante de distribuição para o soluto menos retido (1). • A seletividade deve ser > 1,0 para que haja a separação dos picos. • Seletividade é dependente de muitos fatores que afetam K tal como a natureza da FE, composição da FM, e propriedades dos solutos. Seletividade
  • 22. Entendendo o cromatograma - conceitos • A resolução Rs de uma coluna nos diz o quanto duas bandas se distanciam uma em relação a outra em comparação com as suas larguras. • A resolução fornece uma medida quantitativa da habilidade da coluna em separar dois analitos. Rs = (tR)2–(tR)1 w1 + w2 2 Rs = (tR)2–(tR)1 (w1 + w2)/2 Ideal: Rs > 1,5 Resolução
  • 23. Eficiência e pratos teóricos “Martin & Synge em 1952, a cromatografia é comparada com a destilação, por também ser uma técnica de separação” Entendendo o cromatograma - conceitos
  • 24. Trazendo esse modelo de concepção para a cromatografia “a coluna cromatográfica teria também seus “pratos teóricos”, isto é, etapas de equilíbrio (retenção/liberação) ao longo da coluna, sem lugar definido para ocorrer, mas com um número de estágios hipotéticos de equilíbrio (etapas teóricas) recorrente, que dependeria do comprimento da coluna, da temperatura, da natureza da fase estacionária, da natureza da substância em retenção/liberação e, no caso, também da natureza da fase móvel, pois, dependendo da fase móvel, ela pode interagir mais ou interagir menos com a substância em processo e assim aumentar ou diminuir o número de etapas de retenção/liberação. “ Entendendo o cromatograma - conceitos
  • 25. O número de pratos teóricos, N, de uma substância, uma medida da eficiência de separação da coluna, vai depender dos mesmos parâmetros, com relação similar, na equação: em que tR é o tempo de retenção de pico da substância e Wb é a largura do pico da substância medida na sua base. N é adimensional, pois tR e W são medidas de tempo. Entendendo o cromatograma - conceitos N = 16 tR wb 2 N = 5,546 tR W ½ 2 Para picos mal resolvidos