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UNITERP
Prof. Dr. Lucas Portilho da Cunha
INTRODUÇÃO A MÉTODOS
CROMATOGRÁFICOS
Parte 2
2
Histórico da cromatografia moderna
• Mikhail Tsweett (1872-1919) – Botânico russo: usou uma
coluna empacotada contendo carbonato de cálcio como fase
estacionária para separar pigmentos coloridos de extratos
de plantas; fase móvel utilizou éter de petróleo;
Cromatografia =
combinação das palavras
gregas: kroma (cor) e graph
(escrever)
•Houve um baixo interesse nesta técnica até 1931,
cromatografia foi reintroduzida como uma técnica de
bioquímica.
quando a
separação
•1941: Martin e Synge: estabeleceram a importância das separações
cromatográficas líquido-líquido e lideraram o desenvolvimento da
teoria das separações cromatográficas.
Introdução
CROMATOGRAFIA: opera com o mesmo princípio da
extração, porém uma fase é fixada no local,
enquanto a outra fase se move por ela.
Separação de misturas por interação diferencial dos
seus componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA
(líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido, gás ou
fluído supercrítico).
3
Classificação do método cromatográfico
4
Tipos de cromatografia
A cromatografia é dividida em categorias com base no mecanismo de
interação da substância dissolvida com a FE:
•Cromatografia de adsorção: Utiliza uma fase estacionária sólida
e uma fase móvel liquida ou gasosa. O soluto é adsorvido na
superfície da partícula sólida. O equilíbrio entre a FE e FM justifica a
separação dos diferentes solutos.
Soluto adsorvido na
superfície da FE
5
6
•Cromatografia de partição: Uma FE líquida forma um filme fino
na superfície de um suporte sólido. O soluto está em equilíbrio entre
a FE e a FM.
Soluto dissolvido na fase
líquida coberta na
superfície do suporte
sólido.
• Cromatografia de Troca Iônica: ânions como –SO- ou cátions
3
como –N(CH3)+
3 estão ligados covalentemente à FE sólida,
geralmente uma resina, neste tipo de cromatografia. Os íons de
carga oposta do soluto são atraídos para a FE pela força
eletrostática. A FM é um líquido.
Ânions móveis conservados próximos
aos cátions que estão ligados
covalentemente à FE.
Resina de troca iônica:
somente anions são
atraídos para ela
•Cromatografia de exclusão molecular:Também chamada de
cromatografia de filtração de gel ou de permeação em gel, esta
técnica separa as moléculas pelo tamanho, com os maiores solutos
passando por ela com maior velocidade. Ao contrário dos outros
tipos de cromatografia, não há interações atrativas entre a FE e o
soluto no caso real da exclusão molecular. Mais exatamente, a FM
líquida ou gasosa passa pelo gel poroso. Os poros são pequenos o
suficiente para excluírem as moléculas grandes do soluto, mas não
as pequenas. O fluxo de moléculas grandes passa sem entrar pelos
poros. As moléculas pequenas levam mais tempo para passar pela
coluna, porque elas entram no gel e portanto devem passar por um
volume maior antes de sair da coluna.
As moléculas grandes
são excluídas
As moléculas pequenas
penetram nos poros das
partículas
7
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DETECTOR
COLUNA
9
RECHEADA
SINA
L
TEMPO
O Cromatograma
10
É um gráfico que mostra a resposta do detector em
função do tempo de eluição.
t’r
Injeção
T
empo
Resposta
do
detector
O Cromatograma
11
É um gráfico que mostra a resposta do detector em
função do tempo de eluição.
•tr:Tempo de retenção – para cada componente é o tempo
necessário após a injeção da mistura na coluna até aquele
componente alcançar o detector;
• Vr: Volume de retenção – volume necessário de fase móvel
para eluir o soluto dissolvido na coluna;
•tm:mínimo tempo possível para a FM não retida percorrer a
coluna. Solutos que não interagem com a FE são eluídos
neste tempo;
•t’r: Tempo de retenção ajustado – é o tempo adicional
necessário para o soluto percorrer o comprimento da coluna,
além do tempo utilizado pelo solvente não-retido;
12
•k’: Fator capacidade – para cada pico no cromatograma
é definido como:
k’ = tr – tm = t’r
tm tm
•α: Retenção relativa
componentes, 1 e 2, é
retenção ajustados.
– para
a razão
qualquer um dos
dos seus tempos de
α = t’r2 = tr2 – tm = k’2
t’r1 t’r1 – tm k’1
Onde: t’r2 > t’r1, logo, α > 1
13
Propósitos da cromatografia
14
Normalmente realizamos uma cromatografia com propósitos:
Analíticos – para separar e identificar ou medir os componentes
de uma mistura. A cromatografia analítica geralmente é feita
com uma coluna fina, longa, que fornece uma boa separação.
Preparativos – para purificar uma quantidade significativa dos
componentes de uma mistura. A cromatografia preparativa, usa
colunas maiores e mais “gordas” que podem ser manipuladas
com menos cuidado.
15
Eficiência da coluna
wi = 2 
wb = 4 
tangentes ao
ponto de inflexão
W1/2 = 2,354 
Resposta
do
detector
(pontos de
inflexão)
e 4Dt
x2
4 Dt
m
ABD 
e

(x)2
CG: y  2 2
 2
1

CG=curva gaussiana; ABD=alargamento da banda por difusão
Altura do prato
16
A equação do desvio-padrão da banda mostra que o
alargamento da banda difusa é (2Dt)0,5 . Se o soluto percorreu
uma distância x numa faixa de fluxo linear ux (m/s), o tempo que
esteve na coluna é t=x/ux.
Número de pratos
17
A altura do prato tem um comprimento 2/x, onde 2 é o desvio
padrão da banda gaussiana e x é a distância percorrida na
coluna. Para um soluto saindo da coluna de comprimento L, o
número de pratos teóricos (N) na coluna é o comprimento L
dividido pela altura do prato:
18
Resolução
wb2
t2
t1
wb1
Definição:
wmed
Rs =  tr = tr2 – tr1 = Vr
wmed
w1 + w2
2
Para análises quantitativas é altamente desejável uma
resolução > 1,5.
19
Equação de van Deemter
H  A + B + Cux
ux
Múltiplos percursos
20
Tempo de equilíbrio
Difusão longitudinal
ux = taxa de fluxo linear
A, B e C são constantes para uma dada coluna e FE.
Termo A:
Múltiplos
percursos
• múltiplos caminhos que a molécula encontra durante seu
percurso na coluna;
•comprimento dos percursos podem diferir consideravelmente;
assim o tempo de residência da molécula na coluna também
varia;
21
Termo B:
Difusão
longitudinal
•Soluto difunde, alargando lentamente a banda com difusão das
moléculas da região de maior concentração dentro da banda para as
regiões de menor concentração nas extremidades da banda.
•Este alargamento difusivo de uma banda é chamado de difusão
longitudinal porque a difusão ocorre ao longo do eixo da coluna
•Quanto mais rápido for o fluxo linear, menos tempo é gasto na
coluna e ocorre menos alargamento difusivo.
•a contribuição da difusão longitudinal ao alargamento de banda é
inversamente proporcional à velocidade da fase móvel
22
Termo C: Tempo
de equilíbrio
•equilíbrio de distribuição do soluto entre a fase móvel e estacionária é
estabelecido tão lentamente que a coluna praticamente opera num regime de
não-equilíbrio
•moléculas na frente da banda são empurradas pela fase móvel sem que haja
tempo para o equilíbrio se estabelecer
•analogamente, o equilíbrio não é estabelecido na parte posterior da
banda: moléculas são deixadas para trás, na fase estacionária com o
movimento rápido da fase móvel
25
Termo C: Tempo de equilíbrio
•alargamento devido a efeitos de transferência de massa
ocorrem porque os vários caminhos que a fase móvel percorre
dentro da coluna ou a camada de líquido imobilizada na fase
estacionária, tem dimensões finitas; assim, é necessário um
certo tempo para que o soluto possa difundir do interior
dessas fases para a interface, onde a transferência ocorre;
este tempo de atraso faz com que a situação de não-equilíbrio
persista
•nos processos de transferência de massa, quanto mais
rápida for a velocidade da fase móvel, menos tempo existe
para que o equilíbrio seja alcançado; portanto a contribuição
dos processos de transferência de massa ao alargamento de
banda é proporcional à velocidade da fase móvel
25
Exemplo 1: simples ilustração do processo da cromatografia em coluna
https://www.youtube.com/watch?v=0m8bWKHmRMM

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  • 1. UNITERP Prof. Dr. Lucas Portilho da Cunha INTRODUÇÃO A MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS Parte 2
  • 2. 2 Histórico da cromatografia moderna • Mikhail Tsweett (1872-1919) – Botânico russo: usou uma coluna empacotada contendo carbonato de cálcio como fase estacionária para separar pigmentos coloridos de extratos de plantas; fase móvel utilizou éter de petróleo; Cromatografia = combinação das palavras gregas: kroma (cor) e graph (escrever) •Houve um baixo interesse nesta técnica até 1931, cromatografia foi reintroduzida como uma técnica de bioquímica. quando a separação •1941: Martin e Synge: estabeleceram a importância das separações cromatográficas líquido-líquido e lideraram o desenvolvimento da teoria das separações cromatográficas.
  • 3. Introdução CROMATOGRAFIA: opera com o mesmo princípio da extração, porém uma fase é fixada no local, enquanto a outra fase se move por ela. Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido, gás ou fluído supercrítico). 3
  • 4. Classificação do método cromatográfico 4
  • 5. Tipos de cromatografia A cromatografia é dividida em categorias com base no mecanismo de interação da substância dissolvida com a FE: •Cromatografia de adsorção: Utiliza uma fase estacionária sólida e uma fase móvel liquida ou gasosa. O soluto é adsorvido na superfície da partícula sólida. O equilíbrio entre a FE e FM justifica a separação dos diferentes solutos. Soluto adsorvido na superfície da FE 5
  • 6. 6 •Cromatografia de partição: Uma FE líquida forma um filme fino na superfície de um suporte sólido. O soluto está em equilíbrio entre a FE e a FM. Soluto dissolvido na fase líquida coberta na superfície do suporte sólido. • Cromatografia de Troca Iônica: ânions como –SO- ou cátions 3 como –N(CH3)+ 3 estão ligados covalentemente à FE sólida, geralmente uma resina, neste tipo de cromatografia. Os íons de carga oposta do soluto são atraídos para a FE pela força eletrostática. A FM é um líquido. Ânions móveis conservados próximos aos cátions que estão ligados covalentemente à FE. Resina de troca iônica: somente anions são atraídos para ela
  • 7. •Cromatografia de exclusão molecular:Também chamada de cromatografia de filtração de gel ou de permeação em gel, esta técnica separa as moléculas pelo tamanho, com os maiores solutos passando por ela com maior velocidade. Ao contrário dos outros tipos de cromatografia, não há interações atrativas entre a FE e o soluto no caso real da exclusão molecular. Mais exatamente, a FM líquida ou gasosa passa pelo gel poroso. Os poros são pequenos o suficiente para excluírem as moléculas grandes do soluto, mas não as pequenas. O fluxo de moléculas grandes passa sem entrar pelos poros. As moléculas pequenas levam mais tempo para passar pela coluna, porque elas entram no gel e portanto devem passar por um volume maior antes de sair da coluna. As moléculas grandes são excluídas As moléculas pequenas penetram nos poros das partículas 7
  • 8. 8
  • 10. O Cromatograma 10 É um gráfico que mostra a resposta do detector em função do tempo de eluição. t’r Injeção T empo Resposta do detector
  • 11. O Cromatograma 11 É um gráfico que mostra a resposta do detector em função do tempo de eluição.
  • 12. •tr:Tempo de retenção – para cada componente é o tempo necessário após a injeção da mistura na coluna até aquele componente alcançar o detector; • Vr: Volume de retenção – volume necessário de fase móvel para eluir o soluto dissolvido na coluna; •tm:mínimo tempo possível para a FM não retida percorrer a coluna. Solutos que não interagem com a FE são eluídos neste tempo; •t’r: Tempo de retenção ajustado – é o tempo adicional necessário para o soluto percorrer o comprimento da coluna, além do tempo utilizado pelo solvente não-retido; 12
  • 13. •k’: Fator capacidade – para cada pico no cromatograma é definido como: k’ = tr – tm = t’r tm tm •α: Retenção relativa componentes, 1 e 2, é retenção ajustados. – para a razão qualquer um dos dos seus tempos de α = t’r2 = tr2 – tm = k’2 t’r1 t’r1 – tm k’1 Onde: t’r2 > t’r1, logo, α > 1 13
  • 14. Propósitos da cromatografia 14 Normalmente realizamos uma cromatografia com propósitos: Analíticos – para separar e identificar ou medir os componentes de uma mistura. A cromatografia analítica geralmente é feita com uma coluna fina, longa, que fornece uma boa separação. Preparativos – para purificar uma quantidade significativa dos componentes de uma mistura. A cromatografia preparativa, usa colunas maiores e mais “gordas” que podem ser manipuladas com menos cuidado.
  • 15. 15 Eficiência da coluna wi = 2  wb = 4  tangentes ao ponto de inflexão W1/2 = 2,354  Resposta do detector (pontos de inflexão) e 4Dt x2 4 Dt m ABD  e  (x)2 CG: y  2 2  2 1  CG=curva gaussiana; ABD=alargamento da banda por difusão
  • 16. Altura do prato 16 A equação do desvio-padrão da banda mostra que o alargamento da banda difusa é (2Dt)0,5 . Se o soluto percorreu uma distância x numa faixa de fluxo linear ux (m/s), o tempo que esteve na coluna é t=x/ux.
  • 17. Número de pratos 17 A altura do prato tem um comprimento 2/x, onde 2 é o desvio padrão da banda gaussiana e x é a distância percorrida na coluna. Para um soluto saindo da coluna de comprimento L, o número de pratos teóricos (N) na coluna é o comprimento L dividido pela altura do prato:
  • 18. 18 Resolução wb2 t2 t1 wb1 Definição: wmed Rs =  tr = tr2 – tr1 = Vr wmed w1 + w2 2 Para análises quantitativas é altamente desejável uma resolução > 1,5.
  • 19. 19
  • 20. Equação de van Deemter H  A + B + Cux ux Múltiplos percursos 20 Tempo de equilíbrio Difusão longitudinal ux = taxa de fluxo linear A, B e C são constantes para uma dada coluna e FE.
  • 21. Termo A: Múltiplos percursos • múltiplos caminhos que a molécula encontra durante seu percurso na coluna; •comprimento dos percursos podem diferir consideravelmente; assim o tempo de residência da molécula na coluna também varia; 21
  • 22. Termo B: Difusão longitudinal •Soluto difunde, alargando lentamente a banda com difusão das moléculas da região de maior concentração dentro da banda para as regiões de menor concentração nas extremidades da banda. •Este alargamento difusivo de uma banda é chamado de difusão longitudinal porque a difusão ocorre ao longo do eixo da coluna •Quanto mais rápido for o fluxo linear, menos tempo é gasto na coluna e ocorre menos alargamento difusivo. •a contribuição da difusão longitudinal ao alargamento de banda é inversamente proporcional à velocidade da fase móvel 22
  • 23. Termo C: Tempo de equilíbrio •equilíbrio de distribuição do soluto entre a fase móvel e estacionária é estabelecido tão lentamente que a coluna praticamente opera num regime de não-equilíbrio •moléculas na frente da banda são empurradas pela fase móvel sem que haja tempo para o equilíbrio se estabelecer •analogamente, o equilíbrio não é estabelecido na parte posterior da banda: moléculas são deixadas para trás, na fase estacionária com o movimento rápido da fase móvel
  • 24. 25 Termo C: Tempo de equilíbrio •alargamento devido a efeitos de transferência de massa ocorrem porque os vários caminhos que a fase móvel percorre dentro da coluna ou a camada de líquido imobilizada na fase estacionária, tem dimensões finitas; assim, é necessário um certo tempo para que o soluto possa difundir do interior dessas fases para a interface, onde a transferência ocorre; este tempo de atraso faz com que a situação de não-equilíbrio persista •nos processos de transferência de massa, quanto mais rápida for a velocidade da fase móvel, menos tempo existe para que o equilíbrio seja alcançado; portanto a contribuição dos processos de transferência de massa ao alargamento de banda é proporcional à velocidade da fase móvel
  • 25. 25 Exemplo 1: simples ilustração do processo da cromatografia em coluna https://www.youtube.com/watch?v=0m8bWKHmRMM