O Renascimento: Cultura, Arte e Sociedade na Europa do Século XV ao XVI

A Cultura do Palácio
O Renascimento

Renascimento
• Fases do Renascimento
– Primeiro Renascimento – Século XV (sobretudo em Florença).
– Alto Renascimento – Século XVI (difunde-se em Roma, mas também
nalgumas cidades europeias).
– Maneirismo – Século XVI (difunde-se por toda a Europa).

Primeiro Renascimento
• Datas:
– 1304 – Nasce Petrarca.
– 1313 - Nasce Bocaccio.
– 1337 – Começa a Guerra dos Cem Anos.
– 1378 – Dá-se o Grande Cisma do Ocidente.
– 1403-1424 - Lorenzo Ghiberti executa as Portas do Batistério de Florença.
– 1415 – Descoberta do tratado “De Architectura” de Vitrúvio.
– 1415 (cerca de) – Jan van Eyck começa a pintar a óleo.
– 1420 - Filippo Brunelleschi inventa a perspetiva linear.
– 1420-1436 - Filippo Brunelleschi executa a Cúpula da Catedral de Florença.
– 1420 – Masaccio pinta A Trindade para a Igreja de Santa Maria Novella, em
Florença.
– 1425 – Donatello esculpe a estátua David.
– 1425-1452 - Lorenzo Ghiberti esculpe as Portas do Paraíso, para Florença.

• Datas:
– 1430 (cerca de) - Filippo Brunelleschi executa a Capela dos Pazzi (sem
certezas).
– 1435 – Alberti publica o livro De Pictura (sobre pintura).
– 1436-1482 - Filippo Brunelleschi executa a Igreja de Santo Spírito.
– 1445-1450 – Donatello executa a Estátua de Gattamelata.
– 1446-1451 - Leon Battista Alberti projeta o Palácio Rucellai.
– 1450 (cerca de) – Paolo Uccello pinta A Batalha de San Romano.
– 1452 – Alberti publica o livro De Re Aedificatoria (sobre arquitetura).
– 1447-1450 – Gutenberg inventa a tipografia.
– 1453 – Os turcos otomanos tomam Constantinopla.
– 1458-1470 - Leon Battista Alberti projeta a fachada da Igreja de Santa Maria
Novella.
– 1469-1492 – Lourenço de Médicis governa Florença.
– 1472 – Piero della Francesca publica De Prospetiva Pingendi.

• Factos Principais
– Com a queda do Império Romano do Oriente, muitos intelectuais e artistas
bizantinos rumaram a Itália.
– Com eles trouxeram a tradição cultural clássica de raízes gregas.
– Esse facto viria a refletir-se no processo de renovação cultural e artística do
Quattrocento (século XV).
– Também germinou um crescente otimismo nas potencialidades do Homem.
– Esse crescente interesse pela Humanidade e contando com os novos
conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica, criou-se uma nova ordem
cultural.
– A ciência e a experimentação também começaram a interessar o homem
renascentista.
– Começa então a época do Humanismo e do Classicismo.

• Datas (continuação)
– 1473-1474 - Andrea Mantegna pinta a Câmara dos Esposos.
– 1478 – A Espanha instala a Inquisição.
– 1480 (cerca de) - Sandro Botticelli pinta A Primavera.
– 1483 - Andrea del Verrocchio executa a Estátua de Bartolomeo Colleoni.
– 1486 – É publicado o tratado De Architectura, de Vitrúvio.
– 1492 – Cristóvão Colombo chega à América.
– 1494 – É assinado o Tratado de Tordesilhas, entre D. João II de Portugal e os
Reis Católicos de Espanha.
– 1498 – Vasco da Gama chega à Índia.

Alto Renascimento
– 1495-1498 – Leonardo da Vinci pinta A Última Ceia.
– 1499 – Miguel Ângelo esculpe a Pietà.
– 1500-1502 – Bramante constrói o Tempieto.
– 1500 (cerca de) – Miguel Ângelo esculpe o David.
– 1500 (cerca de) – Hieronymus Bosch pinta O Jardim das Delícias.
– 1503-1506 (cerca de) – Leonardo da Vinci pinta Mona Lisa.
– 1503-1513 – Pontificado do Papa Júlio II.
– 1506 – É descoberta a estátua Grupo de Laocoonte, em Roma.
– 1506-1526 – Bramante projeta a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
– 1508-1512 – Miguel Ângelo pinta os Frescos da Capela Sistina.
– 1508 (cerca de) – Giorgione pinta A Tempestade.

Alto Renascimento
– 1511 – Erasmo de Roterdão publica Elogio da Loucura.
– 1513 – Maquiavel publica O Príncipe.
– 1513-1521 – Pontificado do Papa Leão X.
– 1513 – Thomas More publica A Utopia.
– 1516-1518 – Ticiano pinta a Assunção da Virgem.
– 1519 – Carlos V é eleito imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
– 1519-1535 – É construído o Castelo de Chambord, em França.
– 1519-1534 – Miguel Ângelo executa as estátuas para a Capela dos Médicis.
– 1522-1523 – Ticiano pinta Baco e Ariadne.
– 1523-1526 – Dürer pinta Os Quatro Apóstolos.
– 1525 - Dürer publica o Tratado de Geometria.

Alto Renascimento
– 1527 - Dá-se o Saque de Roma pelas tropas de Carlos V.
– 1528 – É projetada a Galeria de Francisco I no Palácio de Fontainebleau.
– 1533 – Hans Holbein pinta Os Embaixadores.

Maneirismo
– 1521 – Martinho Lutero é excomungado.
– 1527 – Giulio Romano inicia a construção do Palazzo del Tè.
– 1534 – Henrique VIII funda a Igreja Anglicana.
– 1535 – Parmigianino executa A Virgem do Pescoço Comprido.
– 1536 – Calvino publica A Instituição Cristã.
– 1536 – Miguel Ângelo projeta o Campidoglio.
– 1536 – Gregório Lopes pinta o Martírio de São Sebastião.
– 1537 – Serlio publica Os Livros de Arquitetura.
– 1537 – Miguel Ângelo começa a pintar O Juízo Final na Capela Sistina.
– 1539 – Benvenuto Cellini começa a executar o Saleiro de Francisco I.
– 1540 – Inácio de Loyola funda a Companhia de Jesus.
– 1543 – Copérnico publica De Revolutionibus Orbitum Celestium Libri VI.

Maneirismo
– 1545 – Começa o Concílio de Trento.
– 1550 – Palladio começa a projetar a Villa Rotonda.
– 1554 – Benvenuto Cellini executa Perseu com a Cabeça de Medusa.
– 1555 – Miguel Ângelo começa a executar a Pietà Rondanini.
– 1558 – Miguel Ângelo executa a Escadaria da Biblioteca Laurenciana.
– 1560 – Vasari projeta o Palazzo degli Uffizi.
– 1562 – Veronese pinta As Bodas de Canaã.
– 1562 – Vignola publica Regra das Cinco Ordens de Arquitetura.
– 1562-1598 – Guerras Religiosas em França.
– 1563 – Começa a construção do Mosteiro do Escorial, em Espanha.
– 1565 – Palladio projeta a Igreja de S. Giorgio Maggiore.
– 1566 – Tintoretto pinta Cristo diante de Pilatos.

Maneirismo
– 1568 - Vasari publica As Vidas dos Mais Excelentes Arquitetos, Pintores e
Escultores Italianos…
– 1570 – Ticiano pinta Cristo Coroado de Espinhos.
– 1570 - Palladio publica Os Quatro Livros de Arquitetura.
– 1575 – Vignola e Giacomo della Porta projetam Il Gesù.
– 1578 – Trava-se a Batalha de Alcácer Quibir.
– 1580 – Felipe II de Habsburgo começa a governar Portugal.
– 1580 – Giambologna esculpe Mercúrio Voador.
– 1581 – Giambologna esculpe O Rapto das Sabrinas.
– 1582 – Constrói-se a Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.
– 1586 – El Greco pinta o Enterro do Conde de Orgaz.
– 1588 – AArmada Invencível de Felipe II é derrota pelas forças de Isabel I de
Inglaterra.

Maneirismo
– 1592 – Tintoretto pinta A Última Ceia.
– 1598 – É construída a Sé Nova de Coimbra.
– 1598 – Em Paris dá-se o Massacre da Noite de São Bartolomeu.
– 1618-1648 – Decorre a Guerra dos Trinta Anos, cujo final marca o fim do
Renascimento no seu conjunto.

Renascimento
Condições para a sua Eclosão

Para a Eclosão do Renascimento
• Condições para a sua eclosão:
– Peste Negra
– Guerra dos Cem Anos
– Descobrimentos Marítimos
– Menor Fé em Deus
– Invenção da Imprensa
– Maior Poder da Burguesia
– Surgimento do Mecenato Burguês
– Abrandamento do Feudalismo
– Redescoberta da civilização greco-romana
– Grande Cisma do Ocidente
– Queda do Império Romano do Oriente

Peste Negra
– Foi uma pandemia de peste bubônica que assolou a Europa durante o século
XIV (1347-1353)
– Matou entre 25.000 e 75.000 pessoas (não há estatísticas fiáveis), mas calcula-
se que tenha sido um terço da população europeia da época
– Foi transmitida por pulgas que antes tinham picado ratos infetados
– A falta de higiene da altura, contribuiu para a epidemia, tanto mais que havia
uma grande proximidade entre pessoas e animais
– A epidemia iniciou-se com a invasão da Europa pelo rato preto indiano (rattus
rattus)
– Parece que foram os mongóis que, sendo nómadas, transmitiram a doença ao
serem picados no oriente por esses ratos
– A peste começou no leste e propagou-se para oeste até chegar a Portugal e
atingiu sobretudo o sul da Europa
– Como na altura ninguém sabia de onde vinha, nem como a tratar, a única
maneira conhecida era isolar os doentes e deixá-los morrer

Guerra dos Cem Anos
– Decorreu entre 1337 e 1453, centrando-se sobretudo na França e nos Países
Baixos, mas toda a Europa Ocidental foi afetada
– Na verdade a guerra durou 116 anos, uma verdadeira eternidade para o homem
medieval
– Opôs duas grandes potências da época: a França e a Inglaterra.
– A França foi apoiada pela Escócia, Boémia, Castela e pelo Papado que na
altura estava em Avinhão
– A Inglaterra teve por aliados os flamengos, os alemães e os portugueses
– Consequências: uma devastação sem precedentes nos territórios e na produção
agrícola francesa; um grande poder da dinastia Valois (francesa), apoiada pela
burguesia; o final do feudalismo, com o poder centrado na monarquia; criação
de uma identidade nacional; a decadência da cavalaria medieval; o início do
final da Idade Média e o início da Idade Moderna

Descobrimentos Marítimos
– Expansão marítima de Portugal e Espanha, e mais tarde da Holanda, França e
Inglaterra
– Desenvolvimento de um comércio à escala mundial
– Intercâmbios de conhecimentos culturais entre a Europa e outros continentes
– Novos conceitos que conduziriam à experimentação (a experiência como mãe
de todas as coisas – Ptolomeu)
– Maior conhecimento da Natureza
– Viagens de Duarte Pacheco Pereira e recolha de coisas novas, compiladas no
livro “Esmeraldo de Situ Orbis”
– O valor da observação do mundo em detrimento do saber livresco medieval
– Pedro Nunes, “Tratado da Esfera”, 1537

Menor Fé em Deus
– A Peste Negra contribuiu para a ideia de que Deus tinha abandonado o Homem
– O mesmo aconteceu com a Guerra dos Cem Anos
– Deu-se o Grande Cisma do Ocidente
– Queda do Império Bizantino a Oriente

Invenção da Imprensa
– Inventada por Johannes Gutenberg, que viveu entre 1398 e 1468, no chamado
Sacro Império Romano-Germânico
– Foi gravador, artesão gráfico e inventor
– Julga-se que tenha começado como ourives
– Gutenberg inventou os tipos móveis de chumbo fundido, reutilizáveis que
podiam fazer vários livros iguais
– Massificou assim a leitura, que antes era privilégio de uns tantos
– Inventou também todo o sistema automático de impressão, a partir daquilo que
tinha observado no processo da prensa das uvas para extrair o vinho
– O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que iniciou
cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em 1455
– A invenção da imprensa contribui também para o nascimento do
Protestantismo, já que o homem normal podia assim ler a Bíblia diretamente

Maior Poder da Burguesia
– Os burgueses eram, na Idade Média, os habitantes dos burgos (as pequenas
cidades rodeadas de muralhas)
– Dedicavam-se sobretudo ao comércio e não eram muito bem vistos pelos
nobres, que detinham o poder
– No fundo eram uma espécie de servos da gleba que se tinham de alguma forma
emancipado
– Na Idade Média a pose da terra era o bem principal. O dinheiro não era muito
importante
– No final da Idade Média os burgueses formaram guildas, associações que
defendiam os seus interesses
– A certa altura começaram a emprestar dinheiro aos nobres que se endividavam
com os luxos, que já não obtinham rendimentos das terras e se envolviam em
guerras (ver Guerra dos Cem Anos)
– Os burgueses começam então a ter um grande poder económico, enquanto que
a nobreza ia decaindo

Surgimento do Mecenato Burguês
– Os mecenas eram gente endinheirada que patrocinava artistas, escritores e
filósofos, por exemplo
– Sempre existiram mecenas, desde a Antiguidade
– Na Idade Média os mecenas eram os nobres e a Igreja
– No Renascimento, com o crescente poder da burguesia (sobretudo banqueiros)
os mecenas passaram a ser sobretudo os burgueses
– Os mecenas procuravam obter prestígio social
– A burguesia, classe social que enriqueceu muito com o renascimento comercial,
viu na prática do mecenato uma forma rápida de alcançar o status de nobreza
– Os Médicis (que tinham começado de muito baixo) foram dos principais
mecenas do Renascimento
– Entre os Médicis destaca-se a figura de Lourenço de Médici, o mecenas por
excelência

Abrandamento do Feudalismo
– As Cruzadas (1096-1270) modificaram o comércio, já que os cruzados
trouxeram muitos objetos de luxo para a Europa
– Muitos dos camponeses (servos da gleba) migraram para as cidades (os
burgos) em busca de uma vida melhor. Os migrantes chegaram a ser tantos que
muitos deles já viviam fora das muralhas
– Por causa do comércio o uso do dinheiro tornou-se essencial e eram os
burgueses que o tinham
– Muitas mais pessoas passaram a frequentar as universidades
– Os campos deixaram de ser tão férteis devido aos sistema de agricultura, sem
pousio
– Com o desenvolvimento das cidades / burgos, muito mais gente se dedicou à
“administração” da época
– Os nobres-guerreiros já não eram tão necessários, já que havia outros métodos
de fazer a guerra

Redescoberta da Civilização Greco-
Romana
– Descoberta do tratado Marcos Vitrúvio Polião (em latim, Marcus Vitruvius
Pollio) foi um arquiteto romano que viveu no século I a.C. e deixou como
legado a obra "De Architectura" (10 volumes, aprox. 27 a 16 a.C.), único
tratado europeu do período greco-romano que chegou aos nossos dias e serviu
de fonte de inspiração a diversos textos sobre Arquitetura e Urbanismo,
Hidráulica, Engenharia, desde o Renascimento.

Grande Cisma do Ocidente
– Crise religiosa que ocorreu na Igreja Católica de 1378 a 1417.
– Entre 1309 e 1377, a residência do papado foi alterada de Roma para Avignon,
em França, pois o Papa Clemente V foi levado, pelo rei francês, para residir em
Avignon
– Porém a população italiana desejava que o papado fosse restabelecido em
Roma.
– Foi então eleito Urbano VI, de origem italiana, um homem muito autoritário.
– Foi então realizado um novo conclave, sendo eleito Clemente VII, que passou a
residir em Avignon.
– Iniciara-se assim o Cisma, em que o Papa residia em Roma e o Antipapa residia
em Avignon, reclamando ambos para si o poder sobre a Igreja Católica.
– Posteriormente, surgiria outro Antipapa em Pisa.
– O cisma terminou no Concílio de Constança em 1417, quando o papado foi
estabelecido definitivamente em Roma.

Queda do Império Bizantino
– O Império Romano tinha-se desfeito com as invasões bárbaras, cerca do ano
400
– O Imperador romano mudou-se para Constantinopla
– O chamado Império Bizantino do Oriente floresceu durante toda a Idade Média
europeia
– Mas em 1453 o sultão Maomé II, dos Turcos Otomanos, conquistou
Constantinopla.
– Este facto destruiu o Império Romano do Ocidente – o Império Bizantino – e
levou à morte de Constantino XI Paleólogo, o último imperador bizantino
– Criou condições para a estratégia do domínio otomano sobre o Mediterrâneo
Oriental e os Balcãs
– Cortou-se assim a ligação entre a Europa Ocidental e a Ásia

Renascimento
Principais Conceitos

Maneirismo
– Definição
• Período de transição entre o Renascimento pleno e o Barroco
• Tem origem no italiano maniera, que significa elegância
• Também pode ser algo de pejorativo fundamentado no conceito de uma
arte "amaneirada" e conscientemente "artificial“
– Cronologia
• Situa-se cronologicamente entre 1525 e 1600
– Privilegiou
• o virtuosismo
• o refinamento
• o artificialismo
• a afirmação das potencialidades estilísticas dos artistas
• a transgressão, rompendo com as normas clássicas renascentistas

Maneirismo
• Factos Principais (continuação)
– Introduziu
• uma maior expressividade formal e plástica
• o serpentinato – movimento, a torção, a deformação, as tensões dinâmicas
dos corpos
• o insólito
• o imaginário
• o fantástico nas artes plásticas
– Arte “afetada”, “amaneirada” que substituiu…
• a clareza pela ambiguidade
• a ordem pelo arbitrário
• o racional pelo emocional
• o estático pelo dinâmico
• o círculo pela oval
• a simplicidade pela complexidade

Humanismo
Conceito
– Criado pelo erudito florentino Leonardo Bruni, o termo humanitas
(humanismo) aplicava-se aos que professavam os studia humanitas,
designando um conjunto de disciplinas a estudar nos autores clássicos, tais
como a gramática, a poesia e a história
– Com o decorrer dos tempos foi chamado ao estudo do Homem,
Antropocentrismo

Classicismo
• Conceito
– É o sistema artístico e literário que tem como referências o estilo, o género ou a
linguagem dos artistas e escritores da Antiguidade Clássica
– A arte clássica pretende alcançar a perfeição ou o belo absoluto, conceitos
fundados na pureza formal, no equilíbrio, na ordem, proporção e harmonia da
obra
– Os pensadores e artistas do Renascimento procuravam associar o Classicismo a
Deus, que era para eles o paradigma da pureza, do equilíbrio, da ordem, da
proporção e da harmonia

Antiguidade Clássica
• Factos Principais:
– O termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da
Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento
da poesia grega de Homero, à queda do Império Romano do ocidente no século
V d.C., mais precisamente no ano 476.
– No eixo condutor desta época, ao contrário de outras anteriores ou posteriores,
estão os fatores culturais das suas civilizações mais marcantes, a Grécia e a
Roma antigas.
– Na Antiguidade Clássica não se vislumbrava qualquer diferenciação entre arte
e técnica.
– A teknê grega, bem como a ars latina referiam-se não só a uma habilidade (um
saber fazer, uma espécie de conhecimento técnico), mas também ao trabalho, à
profissão, ao desempenho de uma tarefa.
– O técnico era aquele que executava um trabalho, fazendo-o com uma espécie
de perfeição ou estilo, em virtude de possuir o conhecimento e a compreensão
dos princípios envolvidos no desempenho.

Antiguidade Clássica
– Sempre associada ao trabalho dos artesãos, a arte era suscetível de ser
aprendida e aperfeiçoada, até se tornar uma competência especial na produção
de um objeto.
– Por não resultarem apenas de uma competência ou mestria obtidas por
aprendizagem, mas sobretudo do bafejo de um talento pessoal, a composição
musical e a poesia não faziam parte da arte.

Quattrocento
– O Quatrocento, ou Quattrocento, refere-se aos eventos culturais e artísticos do
século XV em Itália, analisados em conjunto.
– Engloba tanto o final da Idade Média (Arte Gótica e Gótico Internacional), como o
começo do Renascimento.
– É pois uma altura em que os artistas se voltam mais para as formas clássicas da
Grécia e de Roma.
– No final da Idade Média, a estrutura política do continente europeu evoluiu
lentamente de feudos pequenos e altamente instáveis para estados nacionais
governados por monarquias, proporcionando assim uma maior estabilidade ao
continente.
– Em Itália, criaram-se centros urbanos dominados por comerciantes que eram
capazes de se defender.
– O dinheiro foi substituindo a terra como meio de troca, e um número crescente de
servos tornaram-se homens livres.
– O Quattrocento é visto como a transição do período medieval para o Renascimento,
principalmente em cidades como Roma, Florença, Milão, Veneza e Nápoles

Antropocentrismo
• Conceito
– Sistema de pensamento que considera o Homem como centro do Universo,
sendo-lhe tudo subordinado e para ele tudo criado

Pintura a Óleo
– A pintura a óleo é uma técnica artística, que utiliza tintas a óleo
– Estas tintas são aplicadas com pincéis, espátulas, ou outros meios, sobre telas
de tecido, superfícies de madeira ou outros materiais.
– É uma técnica de pintura com muita versatilidade
– Oferece ao artista magníficos resultados (como a mistura cromática e o brilho)
e excelente e consistente qualidade
– Apesar de se pensar que já era conhecida noutras eras, considera-se que foram
os pintores flamengos do século XV que a divulgaram na Europa

Naturalismo Renascentista
– O naturalismo do Renascimento traduziu-se na admiração pela natureza, depois
transportada para a Arte.
– A arte tenta então captar o real, o que fez surgir um novo e ousado interesse
pela fisionomia, pelo pormenor anatômico, pelo gesto, pelo movimento, pela
diversidade biológica e botânica das paisagens
– Esse naturalismo deu-se também na literatura, basta pensar na carta que Pero
Vaz de Caminha enviou ao rei de Portugal descrevendo todo o tipo de animais,
plantas e habitantes do Brasil
– A retomada dos clássicos fez surgir não só o humanismo, mas também o
naturalismo renascentista.
– O naturalismo renascentista é pois uma visão do mundo que valoriza a
Natureza, vista como tendo uma certa unidade e leis próprias.
– Opõe-se à visão “teológica”, que explica o mundo a partir de Deus ou da
religião

Perspetiva Linear
– Representar a realidade sempre foi uma preocupação dos fazedores de arte
– Foi no Renascimento que o arquiteto Felippo Brunelleschi sistematizou uma
forma de representar o espaço real e tridimensional (realidade) partindo de uma
abstração matemática que ficou conhecida como perspetiva
– Na Renascença, quase toda pintura obedecia a esse método de representação
– A perspetiva é um expediente geométrico que produz a ilusão da realidade,
mostrando os objetos no espaço em suas posições e tamanhos corretos.
– A perspetiva capta os fatos visuais, transformando o ponto fixo de um
observador para o qual o mundo todo converge
– De fato, foi uma revolução na forma de representar o espaço natural

Inquisição Espanhola
– A Inquisição é um grupo de instituições dentro do sistema jurídico da Igreja
Católica, cujo objetivo é combater a heresia e o que foge à doutrina
– Começou no século XII na França para combater a propagação do sectarismo
religioso, em particular, em relação aos cátaros e valdenses
– No final da Idade Média e início do Renascimento, o conceito e o alcance da
Inquisição foi significativamente ampliado em resposta à Reforma Protestante
e a Contra Reforma Católica
– A Inquisição Espanhola ou foi uma instituição fundada em 1478 por Fernando
II de Aragão e Isabel de Castela para manter a ortodoxia católica nos seus
reinos
– Esta Inquisição foi o resultado da Reconquista da Espanha das mãos dos árabes
muçulmanos
– A Inquisição foi um importante instrumento na política chamada "limpeza de
sangue" contra os descendentes de judeus e de muçulmanos convertidos.

Heresia
– Heresia (do latim haerĕsis) é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou
diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que
pressuponha(m) um sistema doutrinal organizado ou ortodoxo.
– A palavra pode referir-se também a qualquer "deturpação" de sistemas
filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos
artísticos, ou outros.
– A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca.

Reforma Protestante
– A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão culminado no
início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de
suas 95 teses, 31 de outubro de 1517 [1] [2] na porta da Igreja do Castelo de
Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica
Romana, propunha uma reforma no catolicismo romano
– Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando
uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, estendendo-se pela Suíça,
França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste
europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria.
– A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra
Reforma, iniciada no Concílio de Trento.
– O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do
Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes,
originando o protestantismo.

Contra Reforma
– Contrarreforma, que ficou também conhecida por Reforma Católica, é o
nome dado ao movimento que surgiu no seio da Igreja Católica a partir de
1545, e que, segundo alguns autores, teria sido uma resposta à Reforma
Protestante (de 1517)
– Em 1545, a Igreja Católica Romana convocou o Concílio de Trento (na cidade
italiana de Trento) estabelecendo entre outras medidas, a retomada do Tribunal
do Santo Ofício, a criação do Index Librorum Prohibitorum, com uma relação
de livros proibidos pela Igreja e o incentivo à catequese dos povos do Novo
Mundo, com a criação de novas ordens religiosas, dentre elas a Companhia de
Jesus
– Outras medidas incluíram a reafirmação da autoridade papal, a manutenção do
celibato eclesiástico, a reforma das ordens religiosas, a edição do catecismo
tridentino, reformas e instituições de seminários e universidades, a supressão de
abusos envolvendo indulgências e a adoção da Vulgata como tradução oficial
da Bíblia

Fresco ou Afresco
– Afresco ou Fresco é o nome dado a uma obra pictórica feita sobre parede, com
base de gesso ou argamassa. Assume frequentemente a forma de mural
– A palavra afresco é empregada, muitas vezes, para designar a pintura mural em
geral.
– Trata-se de uma pintura com pigmentos à base de água, feita sobre argamassa
ainda fresca de cal queimada e areia.
– A sua relevância justifica-se por sua resistência ao tempo e também pelo
retorno ao estudo das origens da arte, consequência de um longo período de
procura estilística desenvolvido pelos contemporâneos

Têmpera sobre Madeira
– A têmpera é uma técnica de pintura na qual os pigmentos ou os corantes podem
ser misturados com um aglutinante. Esse aglutinante pode ser uma emulsão de
água e gema de ovo, o ovo inteiro, ou somente a clara
– Referida na obra de Cennino Cennini, Il Libro dell´Arte, do final do século
XIV, a técnica de pintura a têmpera foi largamente utilizada na arte italiana nos
séculos XIV e XV, tanto em afrescos como em painéis de madeira preparados
com gesso ou cré
– Dadas as limitações da técnica na gradação das tonalidades de uma cor, ela
viria a ser substituída, por pintores e artesãos, pela pintura a óleo.
– Do ponto de vista tecnológico, a gradação de tonalidades e a fusão de cores são
difíceis por causa da secagem muito rápido.
– Daí, a técnica utilizada para esse fim ser de sobreposição de pinceladas com a
pintura seca, com pontos ou linhas claras ou escuras, e com cruzamento de
traços. Pode-se também trabalhar com o verniz resinoso ou com uma goma
sobre a tinta, realçando o brilho e os matizes.

Sfumato
– O sfumato é uma técnica artística usada para gerar suaves gradientes entre as
tonalidades, é comumente aplicado em desenhos ou pinturas. Sfumato vem do
italiano "sfumare", que significa "de tom baixo" ou "evaporar como fumaça".
– Em materiais de fricção como grafite, pastel seco ou carvão, o sfumato pode ser
realizado esfregando-se o dedo no suporte pictórico, para que os riscos
desapareçam e fique apenas o degradê
– Outro recurso é usar o esfuminho, um tipo de lápis com algodão na ponta, que
substitui o dedo a fim de evitar a interferência da oleosidade da pele

Xilogravura
– Xilogravura ou xilografia é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira
como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou
outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
– É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de um instrumento
cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir
– Após este procedimento, usa-se um rolo de borracha embebida em tinta,
tocando só as partes elevadas do entalhe
– O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial,
que fica impregnado com a tinta, revelando a figura
– Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura)
ou qualquer outra superfície plana

Aguarela
– A aguarela é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram
suspensos ou dissolvidos em água
– Os suportes utilizados na aguarela são muito variados, embora o mais comum
seja o papel com elevada gramagem
– São também utilizados como suporte o papiro, casca de árvore, plástico, couro,
tecido, madeira e tela

Idade Média
– A Idade Média é um período da história da Europa entre os séculos V e XV.
– Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a
transição para a Idade Moderna.
– A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História
ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna,
sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média.
– Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de
despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a
Antiguidade Tardia.
– Os ocupantes bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do
Império Romano do Ocidente.
– No século VII, o Norte de África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do
Império Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua
conquista pelos sucessores de Maomé.

Idade Média
– O Império Bizantino sobrevive e torna-se uma grande potência.
– No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas
políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte
dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições
romanas pré-existentes.
– O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de
edificação de novos espaços monásticos.
– Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia,
estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até
ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas de Viquingues do
norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul.
– Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se
na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do
comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior
produtividade de solos e colheitas.

Idade Média
– É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que
dominam a Europa até ao Renascimento: o senhorialismo – a organização de
camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o
feudalismo.
– As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da
cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, tendo
chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente.
– A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à
razão, e pela fundação das primeiras universidades.
– A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as
viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre
as mais destacadas façanhas deste período.
– Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras,
adversidades e catástrofes.
– A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi
responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350.

Idade Média
– O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências profundas
na sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de inúmeras guerras
entre estados.
– Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos
próprios reinos.
– O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade
europeia, concluindo a Idade Média e dando início à Idade Moderna.

Renascimento
– Movimento cultural e artístico, de renovação científica e literária, que entre os
séculos XV e XVI se inspirou nos modelos da Antiguidade Clássica Greco-
Romana

Renascimento Nórdico
– O Renascimento nórdico é o termo usado para descrever o Renascimento na
Europa setentrional, ou, mais amplamente na Europa, com exceção da Itália
– Antes de 1450, o humanismo renascentista italiano teve pouca influência fora
da Itália
– A partir do final do século XV, as ideias difundiram-se por toda a Europa
– A consequência disto foi o surgimento do Renascimento na Alemanha, França,
Inglaterra, Países Baixos, Polônia e de outros movimentos nacionais e locais
com diferentes características e pontos fortes.

Idade Moderna
– A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente.
– Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido em 29 de maio de 1453
quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o
término com a Revolução Francesa, em 14 de julho de 1789.
– Mas, apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceite, não é o
único.
– Tem sido propostas outras datas para o início deste período, como a Conquista
de Ceuta pelos portugueses em 1415, a viagem de Cristóvão Colombo ao
continente americano em 1492 ou a viagem à Índia de Vasco da Gama em
1498.
– A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de
"revolução social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção
feudal pelo modo de produção capitalista".

Idade Moderna
– O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a Baixa Idade Média
(séculos XI, XII e XIII), apresentava o seguinte quadro:
• no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades
italianas e os árabes.
• no Norte da Europa: ligando o mar do Norte ao mar Báltico, predominavam os
comerciantes alemães.
• no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o mar do
Norte ao Mediterrâneo.
• no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres.
– A partir do século XV o comércio cresceu extraordinariamente, fruto,
naturalmente, de modificações ocorridas no interior das sociedades feudais
europeias (aumento da população, crescimento das cidades, desenvolvimento
das manufaturas, etc.).
– Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" -
fomes, pestes e guerras - criando condições propícias às descobertas marítimas
e ao encontro de povos.

Vida Palaciana
– Com a ascensão da burguesia comercial e bancária do Renascimento, os
burgueses desejavam imitar os aristocratas na sua vida social
– É assim que constroem grandes palácios e procuram reunir à sua volta uma
série de humanistas e artistas que mostrassem a sua grandeza
– É assim que surge Cultura do Palácio
– Como principais mecenas e anfitriões da época podemos encontrar os Médicis
e outras famílias de Florença, n altura uma das cidades mais prósperas da
Europa

Saque de Roma
– O Saque de Roma, ocorrido em 6 de maio de 1527, foi um evento militar
realizado na cidade de Roma, então parte do Estados Pontifícios pelas tropas
rebeldes de Carlos V, imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
– O saque marcou uma vitória crucial do império, no conflito entre Carlos e a
Liga de Cognac (1526-1529) - aliança da França, Milão, Veneza, Florença e do
Papado
– O exército do imperador do Sacro Império Romano-Germânico derrotou o
exército francês na Itália, mas os fundos do império e os espólios de guerra não
foram suficientes para pagar os soldados
– O saque marcou o fim da Renascença Italiana, atingiu o prestígio papal e
liberou o imperador para agir contra a Reforma Protestante na Alemanha, para
impor o poder católico

Concílio de Trento
– O Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, foi o 19º concílio ecuménico
da Igreja Católica.
– Convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade da fé e a disciplina
eclesiástica, no contexto da Reforma da Igreja Católica
– O Concílio foi realizado na cidade de Trento, no Tirol italiano
– Atrasado e interrompido várias vezes por divergências políticas e religiosas, foi
um conselho de uma grande reforma, uma personificação dos ideais da
Contrarreforma
– Para se opor ao protestantismo, o concílio emitiu numerosos decretos
disciplinares e especificou claramente as doutrinas católico‐romanas quanto à
salvação, afirmou a Vulgata, a doutrina da graça e do pecado original, o valor e
importância da Missa (criou a "Missa Tridentina"), o celibato clerical, o culto
dos santos, das relíquias e das imagens, as indulgências e a natureza da Igreja.

Guerras Religiosas em França
– As Guerras Religiosas em França constituíram uma série de oito conflitos que
devastaram o reino da França na segunda metade do século XVI, opondo
católicos e protestantes, marcando um período de declínio do país
– As guerras religiosas ocorreram entre 1562 e a promulgação do Édito de
Nantes (1599), entrecortadas por curtos períodos de paz
– O principal motivo das guerras foi a oposição entre católicos e protestantes.
– 1ª Guerra: 1562–1563; 2ª Guerra: 1567–1568; 3ª Guerra: 1568-1570; 4ª
Guerra: 1572–1573; 5ª Guerra: 1574–1576; 6ª Guerra: 1576–1577; 7ª Guerra:
1579–1580: 8ª Guerra: 1585–1598

Batalha de Alcácer Quibir
– A Batalha de Alcácer-Quibir foi uma batalha travada no norte de Marrocos
perto da cidade de Alcácer-Quibir, entre Tânger e Fez, a4 de Agosto de 1578
– Os portugueses, liderados pelo rei D. Sebastião aliados ao exército do sultão
Mulei Mohammed (da dinastia Saadiana), combateram um grande exército
marroquino liderado pelo sultão Mulei Moluco com apoio otomano
– No seu fervor religioso e na sua delirante loucura, D. Sebastião planeara uma
cruzada após Mulay Mohammed solicitar a sua ajuda para recuperar o trono
que seu tio, Abu Marwan Abd al-Malik I Saadi, havia tomado
– Reuniu-se uma armada com o que de melhor havia entre a juventude
portuguesa, mas os disparates de Sebastião, levaram a uma derrota estrondosa
onde o próprio rei morreu
– A derrota na batalha de Alcácer-Quibir levou à crise dinástica de 1580 e ao
empobrecimento de Portugal, devido ao pagamento dos resgates
– Com a morte de D. Sebastião acabou a dinastia de Avis em Portugal

Massacre de São Bartolomeu
– O Massacre da Noite de São Bartolomeu ou a noite de São Bartolomeu, foi um
episódio, da história da França, na repressão aos protestantismo, engendrado
pelos católicos reis franceses
– As matanças foram organizadas e começaram em 24 de agosto de 1572
durando vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades
francesas.
– Números precisos para as vítimas nunca foram compilados, e até mesmo nos
escritos de historiadores modernos há uma escala considerável de diferença,
que têm variado de 2.000 vítimas e 70.000
– Não foi o primeiro nem o último ataque massivo aos protestantes franceses,
outros ataques ocorreriam
– Embora não o único, "foi o pior dos massacres religiosos do século“
– Por toda a Europa, "imprimiu nas mentes protestantes a indelével convicção
que o catolicismo era uma religião sanguinária e traiçoeira”

Guerra dos Trinta Anos
– A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) é a denominação genérica de uma série
de guerras que diversas nações europeias travaram entre si a partir de 1618,
especialmente na Alemanha, por motivos variados: rivalidades religiosas,
dinásticas, territoriais e comerciais
– As rivalidades entre católicos e protestantes e assuntos constitucionais
germânicos foram gradualmente transformados numa luta europeia
– Apesar de os conflitos religiosos serem a causa direta da guerra, ela envolveu
um grande esforço político do Império Sueco e da França para procurar
diminuir a força da dinastia dos Habsburgos
– As hostilidades causaram sérios problemas econômicos e demográficos na
Europa Central e tiveram fim com a assinatura, em 1648, de alguns tratados
(Münster e Osnabrück) que, em bloco, são chamados de Paz de Vestefália.

Francesco Petrarca
– Arezzo, 20 de julho de 1304 — Arquà, 19 de julho de 1374
– Intelectual, poeta e humanista, pesquisador e filólogo italiano
– Inventor do soneto
– Considerado como o "pai do Humanismo
– Estudou em Montpellier (1316–1320) e Bolonha (1320–1326)
– Após a morte do pai, em 1326, Petrarca voltou a Avinhão, onde trabalhou em
vários e diferentes empregos burocráticos, tendo assim mais tempo livre para
trabalhar em seus escritos
– Viajou intensamente pela Europa e trabalhou como embaixador
– Durante suas viagens, colecionou manuscritos latinos antigos e assim tornou-se
um dos primeiros a redescobrir o conhecimento da Roma Antiga e Grécia
Antiga
– Petrarca é mais conhecido por sua poesia italiana: principalmente o Canzoniere
e o Trionfi

Giovanni Boccaccio
– Florença ou Certaldo, 16 de junho de 1313 — Certaldo, 21 de dezembro de
1375
– Poeta e crítico literário italiano, especializado na obra de Dante Alighieri
– Foi um importante humanista, autor de um número notável de obras, incluindo
Decameron
– Decameron é uma coleção de cem novelas escritas por Giovanni Boccaccio
entre 1348 e 1353
– A obra é considerada um marco literário na rutura entre a moral medieval, em
que se valorizava o amor espiritual, e o início do realismo, iniciando o registro
dos valores terrenos, que veio redundar no humanismo; nele não mais o divino,
mas a natureza, dita o móvel da conduta do homem

Lorenzo Ghiberti
– Florença, 1378 - Florença, 1 de dezembro de 1455
– Escultor italiano do período renascentista
– Conseguiu impor, sobre as influências góticas, os novos postulados estéticos
inspirados no mundo clássico
– A principal obra foi lavrar as monumentais portas de bronze do Batistério de
Florença
– O trabalho em bronze, caracterizado por mostrar cenas bíblicas com poucos
personagens, durou mais de 20 anos (1403-1424)
– Após ser terminado foi considerado tão impressionante que Ghiberti recebeu
também a encomenda da terceira porta do batistério de Florença.
– Esta obra prima ficou tão bela que mais tarde Michelangelo achou-a digna de
ser a Porta do Paraíso.

Vitrúvio
– Marcos Vitrúvio Polião (em latim, Marcus Vitruvius Pollio) foi um arquiteto
romano que viveu no século I a.C.
– Deixou como legado a obra "De Architectura“
– Embora nunca tenha descrito especificamente igrejas, os arquitetos medievais
inspiraram-se nas anotações que deixou sobre templos e basílicas.
– Não se pode omitir que, a falta de formação académica dos arquitetos
medievais (era um ofício aprendido pela prática com mestres-de-obras
experientes), foi decisiva para o alegado "esquecimento" da obra do autor n
Idade Média
– A par desse motivo, argumenta-se que o autor teria deixado de ser uma
referência, uma vez que a sua obra não apresenta indicações ou referências ao
emprego de abóbadas de cruzaria ou arcos apontados, a característica mais
marcante da arquitetura do gótico.
– Foi a partir das teorias de Vitrúvio que Leonardo da Vinci desenhou o famoso
“Homem Vitruviano”

Jan van Eyck
– Jan van Eyck (Maaseik?, Holanda c. 1390 — Bruges, 1441) foi um pintor
flamengo do século XV
– Foi também o fundador de um estilo pictórico do estilo gótico tardio,
influenciando em muito o Renascimento nórdico
– Como tal, é visto como o mais célebre dos primitivos flamengos
– Foi um pintor igualmente caracterizado pelo naturalismo,
– A sua obra está impregnada de pormenores minuciosos e cores vivas cores
– Para além disso preocupou-se muito com as texturas
– Procurou também novos sistemas de representação da tridimensionalidade, ou
perspetiva
– É concedida, muitas vezes, a van Eyck a criação da pintura a óleo. Todavia,
esta já era relativamente conhecida e utilizada na Flandres do século XIV

Donatello
– Donato di Niccoló di Betto Bardi, chamado Donatello (Florença, 1386 - 13 de
dezembro de 1466) foi um escultor renascentista italiano
– Trabalhou em Florença, Prato, Siena e Pádua, recorrendo a várias técnicas para
a confeção de esculturas em baixo-relevo (tuttotondo, stiacciato) com o uso de
materiais diversos como mármore, bronze e madeira.
– Em 1408, trabalhou na obra do Duomo de Florença, para o qual executou uma
estátua de Davi em mármore
– Entre 1409 e 1411, esculpiu o "São João Evangelista, reagindo ao gótico tardio
com uma composição clássica, mas humana e apoiada em estudos anatómicos,
que viriam a ser um importante modelo do Moisés de Michelangelo
– De cerca de 1430 é o "Davi"' em bronze
– Foi convidado para erguer em Pádua uma estátua para Erasmo da Narni,
alcunhado o Gattamelata
– Foi um dos maiores escultores do Primeiro Renascimento

Filippo Brunelleschi
– Filippo Brunelleschi (Florença, 1377 — Florença, 1446) foi um arquiteto e escultor
renascentista
– Começou a vida como ourives e foi, posteriormente, um arquiteto, o pioneiro desta
arte na Renascença. Entrou para a história ao concluir a Santa Maria del Fiore, em
Florença, uma das primeiras catedrais em estilo renascentista
– A sua obra mais conhecida é a cúpula da catedral (Duomo em italiano) Santa Maria
del Fiore, em Florença
– Construída em 1434, foi a primeira cúpula de grandes dimensões, erguida na Itália,
desde a Antiguidade sobre uma enorme base octogonal
– Outra grande obra deste artista é o Palácio Pitti, sendo este o protótipo do estilo
palaciano renascentista
– Na primeira fase de sua carreira de arquiteto, Brunelleschi redescobriu os princípios
da perspetiva linear, que, estudados por gregos e romanos, ficaram esquecidos
durante toda a Idade Média.
– Restabeleceu na prática o conceito de ponto de fuga, e a relação entre a distância e a
redução no tamanho dos objetos

Masaccio
– Masaccio (1401-1428) foi um dos maiores pintores de afrescos da Renascença
italiana
– Os seus afrescos são monumentos ao Humanismo e introduzem uma
plasticidade nunca antes vista na pintura
– Foi o primeiro grande pintor italiano depois de Giotto e o primeiro mestre da
Renascença italiana
– Apesar de sua breve carreira, afetou profundamente a obra de outros artistas
– De acordo com Giorgio Vasari, a partir de 1423 Masaccio libertou-se de todas
as tradições góticas e bizantinas
– Também de acordo com Vasari, todos os pintores de Florença estudaram os
seus afrescos para aprender como pintar bem

Leon Battista Alberti
– Leon Battista Alberti (Génova, 18 de fevereiro de 1404 — Roma, 25 de abril
de 1472) foi um arquiteto, teórico de arte e humanista italiano
– Ao estilo do ideal renascentista, foi filósofo da arquitetura e do urbanismo,
pintor, músico e escultor
– Personificou o ideal renascentista do «uomo universale», ou seja, o letrado
humanista capaz em numerosos campos de atividade
– Estudou Direito na Universidade de Bolonha, mas os seus interesses viraram-
se, para a ciência e para a arte
– Leitor atento de Vitrúvio, escreveu seu célebre tratado De re aedificatoria
(impresso depois de sua morte) tomando como base de referência a arte da
Antiguidade
– Foi excelente na conceção de plantas e modelos
– Deve-se-lhe a frontaria de Santa Maria Novella e o Palácio Rucellai, em
Florença

Paolo Uccello
– Paolo Uccello (Florença, 1397 — 10 de dezembro de 1475) foi um pintor
italiano. Uccello fez parte do Quattrocento do Renascimento
– Destacou-se pela sua maestria nas pinturas em perspetiva e pela impressão de
relevo que lhe deu, recorrendo para isso ao claro-escuro
– Era obcecado pela perspetiva e passava noites tentando entender o ponto de
fuga
– Usava-a para criar uma sensação de profundidade e não para narrar histórias.
– Foi aprendiz de Lorenzo Ghiberti entre 1407 e 1414.
– Nesse período, conheceu pintores renomados, tais como Donatello, já que a
oficina de Ghiberti era o ponto central da arte florentina na época
– Paolo gostava de pintar animais e tinha uma grande coleção de figuras de
pássaros
– A partir de 1432, começou a trabalhar especialmente em Florença, executando
afrescos para igrejas (especialmente a Catedral de Florença) e para clientes
particulares

Johannes Gutenberg
– Johannes Gutenberg (Mogúncia, ca. 1398 — 3 de fevereiro de 1468) foi um
inventor e gráfico alemão
– A sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução
da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período
moderno
– Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na
Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia
baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa
– Entre suas muitas contribuições para a impressão estão: a invenção de um
processo de produção em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de
óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso
agrícola do período
– A sua contribuição foi a combinação desses elementos em um sistema prático
que permitiu a produção em massa de livros impressos e que era
economicamente rentável para gráficas e leitores

Lourenço de Médicis
– Lourenço de Médicis, Florença, 1 de janeiro de 1449 – Florença, 9 de abril de 1492)
foi um estadista italiano, soberano de facto da República Florentina durante o
Renascimento italiano
– Conhecido como Lourenço, o Magnífico (Lorenzo il Magnifico) por seus
contemporâneos florentinos, foi diplomata, político e patrono de académicos,
artistas e poetas e também mecenas
– A sua vida coincidiu com alguns dos pontos altos do início do Renascimento na
Itália, e sua morte marcou o fim da chamada Idade de Ouro de Florença
– A paz frágil que ele ajudou a manter entre os diversos Estados italianos entrou em
colapso depois de sua morte
– Protetor de escritores, sábios e artistas, foi o impulsor das primeiras imprensas
italianas
– O seu palácio tornou-se o centro de uma cultura que, partindo da redescoberta da
Antiguidade grega e latina, levou a um extraordinário florescimento das artes e das
letras naquela parte da Europa.

Piero della Francesca
– Piero Della Francesca (1415 — 1492) foi um pintor italiano do Quattrocento,
nome dado à segunda fase do movimento Renascentista italiano
– Tal qual os grandes mestres de seu tempo, Piero primou sempre pela
criatividade em relação ao passado medieval
– Apresentou técnicas e temáticas inovadoras como, por exemplo, o uso da tela e
da pintura a óleo, o retrato, a representação da natureza, o nu, e a perspetiva e a
criação do volume
– No século XV, Piero Della Francesca, desenvolveu uma pintura pessoal e
solene, misturando formas geométricas e cores intensas.
– A sua pintura diferencia-se pela utilização da geometria espacial e da abstração
– O termo que melhor define a sua arte é tranquilidade, o que não dispensa um
tratamento técnico rigoroso

Andrea Mantegna
– Andrea Mantegna (Vicenza c.1431 - Mântua, 1506) foi um pintor e gravador
do Renascimento na Itália.
– Foi o primeiro grande artista da Itália setentrional
– Aos onze anos começou como aprendiz de Francesco Squarcione, um pintor de
Pádua
– Pádua era atrativa para artistas iniciantes tanto do Veneto quanto da Toscana,
como Paolo Ucello, e Donatello
– Assim a carreira de Mantegna foi fortemente marcada pelos trabalhos da
Escola Florentina
– Embora substancialmente relacionada com o século XV, a influência de
Mantegna está bem marcada sobre o estilo e as tendências da arte italiana de
sua época

Sandro Botticelli
– Sandro Botticelli (Florença, 1/3/1445 – 17/5/1510), foi um dos maiores
pintores italiano
– Aprendiz no atelier de Filippo Lippi, estudou as esculturas da Antiguidade
– Apostou na acentuação das formas decorativas, na harmonia e na pureza das
formas
– Sandro Botticelli usava todas as cores, em especial cores frias
– Foi um destacado retratista e seu talento excecional de transpor para a
linguagem formal as conceções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais
disputados de seu tempo
– Protegido pelos Médicis, para os quais executou preciosos registros da pintura
de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando
também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina.

Andrea del Verrocchio
– Verrocchio (1435-1488) foi escultor, ourives e pintor e trabalhou na corte de
Lorenzo de Médicis
– É considerado um dos pintores e escultores mais influentes de seu período
– Começou a trabalhar como ourives na oficina de Giulio Verrocchi, de quem
tomou o sobrenome. Não se sabe se foi aprendiz de Donatello
– As suas primeiras pinturas são de 1460, quando trabalhava com Filippo Lippi
– Teve uma das prósperas oficinas de Florença
– Entre seus alunos incluem-se Leonardo da Vinci, Sandro Botticelli, Perugino e
Ghirlandaio. Também influenciou Michelangelo
– Em 1474 e 1475, pintou O Batismo de Cristo. Nesse trabalho, foi ajudado por
Leonardo Da Vinci ainda jovem. Conta a lenda que ao ver o trabalho de
Leonardo, decidiu nunca mais pintar.
– Em 1475, passou a dedicar-se quase inteiramente à escultura

Cristóvão Colombo
– Cristóvão Colombo (1451-1506) foi um navegador e explorador, responsável
por liderar a frota que alcançou o continente americano em 12 de Outubro de
1492
– Sabe-se muito pouco sobre a sua vida, incluindo a sua nacionalidade
– Navegador com alguma importância, convenceu-se que poderia atingir a Índia
rumando para Oeste
– Fez primeiro essa proposta a D. João II de Portugal, mas este não aceitou já que
sabia isso não ser possível
– Foi ter então com os Reis Católicos de Espanha, que lhe deram uma pequena
frota
– Acabou por chegar onde hoje é a América Central, convencido que tinha
chegado à Índia. Daí ter chamado “índios” aos nativos da América
– Morreu convencido que estava certo

D. João II de Portugal
– João II (1455-1495), apelidado “O Príncipe Perfeito", foi o Rei de Portugal e
Algarves
– João sucedeu ao pai após a sua abdicação em 1477, mas só ascendeu ao trono
após a sua morte, em 1481
– Concentrou o poder em si, retirando-o à aristocracia, que passou a odiá-lo
– Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e
apunhalou com as suas próprias mãos o seu primo Diogo, Duque de Viseu
– Governando desde então sem oposição, foi um grande defensor da política de
exploração atlântica, dando prioridade à busca de um caminho marítimo para a
Índia
– Morreu cedo, presumivelmente envenenado, na vila de Alvor no Algarve
– Foi um rei típico da era renascentista

Reis Católicos de Espanha
– Reis Católicos é o nome pelo qual ficou conhecido o casal composto pela
Rainha Isabel I de Castela e o Rei Fernando II de Aragão, que unificaram os
reinos ibéricos no país que mais tarde se tornou Espanha
– O casamento de Isabel I de Castela com Fernando II de Aragão não antevia o
sucesso do casal no governo de Espanha
– É que apesar de aspirações diferentes dos dois reinos — Aragão dedicava-se ao
comércio graças aos seus portos, como Barcelona e as suas possessões em
Itália, e Castela aspirava afirmar-se na Europa — souberam construir um sólido
Estado
– Os dois reis contribuíram também muito para a expansão marítima de Espanha
para as terras do novo mundo

Vasco da Gama
– Vasco da Gama (ca. 1460-1469 - 1524) foi um navegador e explorador
português
– Destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da
Europa para a Índia, amais longa viagem oceânica até então realizada
– Habituado a lutar com os muçulmanos que assolavam a costa portuguesa foi
escolhido por D. Manuel para chefiar a expedição
– A armada contava com cerca de cento e setenta homens, entre marinheiros,
soldados e religiosos, distribuídos por quatro embarcações: São Gabriel, São
Rafael, Bérrio, São Miguel
– A armada chegou a Calecute em Maio de 1498
– Vasco da Gama estabeleceu contactos diplomáticos com os indianos, mas
também lutou com eles com muita crueldade

Leonardo da Vinci
– Leonardo da Vinci (1452- 1519), foi uma das figuras mais importantes do Alto
Renascimento
– Destacou-se como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista,
pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o
percursor da aviação e da balística.
– Arquétipo do homem do Renascimento, foi alguém cuja curiosidade insaciável
era igualada apenas pela sua capacidade de invenção
– É considerado um dos maiores artistas e a pessoa mais dotada de talentos de
todos os tempos
– Foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio.
– Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico
Sforza (Ludovico il Moro), mas também trabalhou em Veneza, Roma e
Bolonha, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi oferecida
pelo rei Francisco I.

Leonardo da Vinci
– Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia estão entre as pinturas mais
famosas do mundo. O desenho do Homem Vitruviano é tido como um ícone
cultural
– Só 15 das suas pinturas sobreviveram até hoje; um número pequeno que se
deve às suas experiências constantes e à sua constante procrastinação
– Mas mesmo assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de
anotações formam uma contribuição importantíssima para a Humanidade
– Leonardo é também conhecido pela sua engenhosidade tecnológica. Concebeu
ideias muito à frente de seu tempo: um protótipo de helicóptero, um tanque de
guerra, o uso da energia solar, uma calculadora…
– Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos
campos da anatomia, da engenharia civil, da ótica e da hidrodinâmica…
– É considerado o maior génio da História

Miguel Ângelo
– Michelangelo (Caprese, 6 de Março de 1475 — Roma, 18 de Fevereiro de
1564), mais conhecido simplesmente como Michelangelo, foi um pintor,
escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da
história da arte do ocidente
– Desenvolveu o seu trabalho por mais de setenta anos entre Florença e Roma,
onde viveram os seus grandes mecenas, a família Médicis de Florença, e vários
papas romanos
– Iniciou a sua carreira como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico
Ghirlandaio em Florença, mas depressa foi chamado por Lorenzo Médicis para
viver e trabalhar no seu palácio
– Fixou-se depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras
mais representativas
– Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidental: David,
Pietà, Os túmulos dos Médicis, o teto da Capela Sistina e o Juízo Final, por
exemplo

Miguel Ângelo
– Para além tudo isso foi também arquiteto (Basílica de São Pedro), paisagista
(remodelou a praça do Capitólio romano) e escreveu muita poesia
– Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo
– Foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em
vida
– Tinha um temperamento irrascível e uma verdadeira obsessão pelo trabalho
– Uns consideravam-no desconfiado, irritável, antissocial, excêntrico,
melancólico, tímido e avarento, e até louco; outros achavam-no profundamente
religioso, liberal e generoso, dando por vezes obras valiosas aos amigos e
sendo muito gentil com os aprendizes, a quem ensinava tudo o que sabia
– Tal como Leonardo da Vinci (que se detestavam mutuamente), é um dos génios
do Renascimento e um dos maiores artistas da Humanidade

Donato Bramante
– Donato di Ângelo del Pasciuccio, conhecido como Donato Bramante (1444-
1514) foi um conhecido arquiteto renascentista
– Estudou pintura e trabalhou em Milão (1477-1499), tentando conciliar a cultura
humanista que se tinha estabelecido em Florença com o novo movimento
artístico que iria surgir na cidade de Milão
– Foi Andrea Mantegna, seu mestre, quem o levou a conhecer a arte clássica pela
qual Bramante se apaixonou de imediato.
– É considerado dos artistas a fazer a transição do Primeiro Renascimento para o
Alto Renascimento
– Alcançou fama através do seu trabalho sobre desenho de perspetiva e a sua
obra exerceu notável influência sobre Michelangelo e Rafael

Hieronymus Bosch
– Jeroen van Aeken (pseudónimo: Hieronymus Bosch) (c. 1450-1516), foi um
pintor e gravador holandês dos séculos XV e XVI
– Sabe-se muito pouco da sua vida, mas acredita-se que Bosch tenha vivido
sempre na sua cidade natal.
– É um dos mais originais artistas de todos os tempos
– Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à
utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e
caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo
– Atualmente apenas se conservam cerca de 40 originais seus, dispersos na sua
maioria por museus da Europa e Estados Unidos (Portugal possui um dos seus
quadros mais conhecidos)
– As suas demonstram que foi um observador minucioso bem como um refinado
desenhista e colorista. O pintor utilizou estes dotes para criar uma série de
composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados os vícios, os
pecados que afligiam o homem medieval

Papa Júlio II
– O Papa Júlio II, nascido Giuliano della Rovere (Savona, 1443 - 1513), foi Papa
de 1 de novembro de 1503 ate à data da sua morte. Era frade franciscano e
sobrinho do Papa Sisto IV
– Um grande acontecimento do seu pontificado foi a convocação do Quinto
Concílio de Laterão
– É também conhecido por ser dos papas que mais fez pela arte e cultura em
Roma.
– Em 1506 colocou a primeira pedra da nova Basílica de São Pedro
– Foi amigo e patrono de Bramante, Rafael, e Michelangelo, que pintou para ele
o teto da Capela Sistina
– Recebeu em 1513 mais uma monumental embaixada de D. Manuel, chefiada
por Tristão da Cunha, para impressionar o Papa com as riquezas acumuladas
– À frente dos seus exércitos, conquistou territórios para os Estados Pontifícios,
anexando as regiões de Parma, Ferrara e Módena

Giorgione
– Giorgione (c. 1477-fins de 1510), foi um pintor do Renascimento em Itália
– Por ter morrido com apenas 33 anos, deixou uma obra pequena em quantidade,
mas de alta qualidade e de grande influência em seu tempo
– A vida de Giorgione foi descrita por Vasari, em seu livro Vidas
– Foi de Giovanni Bellini, com quem permaneceu até ficar famoso
– Em 1500, com vinte e três anos, foi escolhido para pintar os retratos do Doge
Agostino Barberigo e do Condotiere Consalvo Ferrante
– Em 1504, recebeu a encomenda para pintar uma peça para o altar da catedral de
sua nativa Castelfranco
– Vasari descreve o seu encontro com Leonardo da Vinci, por ocasião da visita do
mestre toscano a Veneza em 1500
– Foi o primeiro a pintar paisagens com figuras, e o primeiro a pintar figuras sem
um propósito devocional, alegórico ou histórico, e o primeiro a usar as cores
com a intensidade que ficou típica da escola veneziana

Erasmo de Roterdão
– Erasmo de Roterdão (Roterdão, 28 de outubro de 1466 — Basileia, 12 de julho
de 1536) foi um teólogo e humanista holandês que viajou por toda a Europa,
inclusive por Portugal
– Os principais centros da sua atividade foram Paris, Lovaina, Inglaterra e
Basileia. No entanto, nunca pertenceu firmemente a nenhum destes locais
– Foram-lhe oferecidas várias posições de honra e proveito através do mundo
académico, mas ele declinou-as todas, preferindo a incerteza, tendo no entanto
receitas suficientes da sua atividade literária independente
– A produtividade literária de Erasmo começou relativamente tarde na sua vida.
Apenas quando dominou o Latim é que começou a escrever sobre grandes
temas contemporâneos de Literatura e de Religião
– A sua revolta contra as formas de vida da igreja não de alguma hostilidade para
com a organização da Igreja.
– Sentiu antes a necessidade de aplicar os seus conhecimentos na purificação da
doutrina e na liberalização das instituições do cristianismo

Niccolò dei Machiavelli
– Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico
italiano do Renascimento
– É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna,
pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não
como deveriam ser
– Curiosamente, devido a uma deficiente interpretação dos seus escritos
“maquiavelismo” significa esperteza, astúcia, aleivosia, maldade
– Maquiavel viveu a juventude sob o esplendor político da República Florentina
durante o governo de Lourenço de Médicis e entrou para a política aos 29 anos
de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria
– Maquiavel observou o comportamento de grandes nomes da época e a partir
dessa experiência retirou alguns postulados para sua obra
– Como renascentista, Maquiavel utilizou as ideias dos autores e os conceitos da
Antiguidade clássica de maneira nova

Papa Leão X
– O Papa Leão X, nascido Giovanni di Lorenzo de Medici (1475-1521) foi papa
de 1513 até sua morte
– Foi o último não-sacerdote a ser eleito Papa
– É conhecido principalmente por ser o papa do início da Reforma Protestante,
iniciada por Martinho Lutero por suas 95 teses
– Era o segundo filho de Clarice Orsini e Lorenzo de Medici, o governante mais
famoso da República de Florença
– Giovanni foi eleito Papa em 9 de março de 1513, o primeiro a ser eleito na
Capela Sistina, com apenas 37 anos
– Há informações muito contraditórias sobre a sua personalidade: um devasso
para uns; um mecenas da arte para outros
– Foi ele quem organizou o Concílio de Laterão e um dos papas que desencadeou
a Contra Reforma da Igreja Católica

Thomas More
– Thomas More (1478-1535) foi estadista, diplomata, escritor, advogado e
homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532,
o cargo de "Lord Chancellor" de Henrique VIII de Inglaterra
– É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento.
A sua principal obra literária é Utopia
– Dele se disse que era amigo de seus amigos, entre os quais se encontravam os
mais destacados humanistas de seu tempo, como Erasmo de Rotterdam
– Contrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na
Inglaterra poderia acontecer o mesmo, More - apoiante das decisões da Santa
Sé e arraigadamente católico - deixa seu cargo de Lord Chancellor, provocando
desconfiança na Corte e em Henrique VIII
– O rei determina o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente
executado em Tower Hill a 6 de julho de 1534

Ticiano
– Ticiano Vecellio (ca. 1473/1490-1576) foi um dos principais representantes da
escola veneziana no Renascimento antecipando diversas características do
Barroco e até do Modernismo
– Reconhecido pelos seus contemporâneos como "o sol entre as estrelas",
Ticiano foi um dos mais versáteis pintores italianos, igualmente especializado
em retratos ou paisagens, temas mitológicos ou religiosos
– O que une a sua obra é seu profundo interesse pela cor e a modulação
policromática
– Viveu cerca de 100 anos o que lhe deu a possibilidade de acompanhar vários
movimentos artísticos
– Pintou inúmeros príncipes, doges, cardeais, monges e artistas, e teve imenso
sucesso em extrair de cada fisionomia os traços que a caracterizavam
– Como retratista, Ticiano é comparável a Rembrandt e Velásquez

Carlos V
– Carlos V & I (1500-1558) foi Imperador do Sacro Imperador Romano-
Germânico como Carlos V a partir de 1519 e Rei da Espanha como Carlos I de
1516 até sua abdicação em favor de seu irmão mais novo Fernando I, no
império e seu filho Filipe II, em Espanha
– Carlos era o herdeiro de três das principais dinastias europeias: a Casa de
Habsburgo, a Casa de Valois-Borgonha e a Casa de Trastâmara
– Carlos tornou-se imperador em 1519.
– O seu império cobria mais de quatro milhões de quilômetros quadrados pela
Europa, Oriente e Américas
– Além de suas realizações militares, Carlos é também conhecido pelo seu papel
contra a Reforma Protestante
– Em 1556 abdicou de todos os seus títulos e refugiou-se num mosteiro até ao
fim dos seus dias

Albrecht Dürer
– Albrecht Dürer (Nuremberga, 21 de maio de 1471 — 6 de abril de 1528) foi
um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e,
provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo
influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos
– A sua maestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo no campo das
artes gráficas
– As suas xilogravuras, são ainda marcadas pelo estilo gótico
– Mas também é considerado como o primeiro grande mestre da técnica da
aguarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens
– Os seus interesses, no espírito humanista do Renascimento, abrangiam ainda
outros campos, como a geografia, a arquitetura, a geometria e a fortificação

Hans Holbein
– Hans Holbein, o Jovem (em alemão: Hans Holbein der Jüngere) (1497 ou
1498-1543) foi um pintor alemão, um dos mestres do retrato no Renascimento
– Foi também desenhador de xilografias, e dedicou-se aos trabalhos em vidro e
às peças de joalharia
– Trabalhou sobretudo nas regiões das atuais Alemanha, Suíça e Inglaterra
– Viveu contudo num período conturbado, tanto na Alemanha (com a Reforma),
como em Inglaterra (o reinado de Henrique VIII)
– Mas de qualquer modo o seu principal mecenas foi a Casa Real Inglesa,
durante o reinado de Henrique VIII, onde pôde viver e trabalhar.
– As suas principais obras foram Os Embaixadores, Retrato de Mulher, Retrato
de Henrique VIII e Retrato de um Mercador Hanseático

Martinho Lutero
– Martinho Lutero, em alemão: Martin Luther (1483-1546), foi um monge
agostiniano e professor de teologia de origem germânica que tornou-se uma das
figuras centrais da Reforma Protestante.
– Levantou-se contra diversos dogmas do catolicismo romano, contestando
sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo
comércio das indulgências.
– Esta discordância inicial resultou na publicação de suas famosas 95 Teses em
1517, num contexto de conflito aberto contra o vendedor de indulgências
Johann Tetzel.
– A sua recusa em retratar-se, a pedido do Papa Leão X, e do imperador Carlos V
na Dieta de Worms em 1521, resultou na sua excomunhão da Igreja Romana e
na sua condenação como um proscrito pelo Imperador do Sacro Império
Romano Germânico.

Giulio Romano
– Giulio Pippi (apelidado Giulio Romano) foi um pintor e arquiteto do
Renascimento italiano (já considerado maneirista)
– Nasceu em 1492, e era um dos principais assistentes de Rafael Sanzio, tendo,
após a morte deste, recebido de herança uma fortuna, que incluía óleos e
esboços em carvão
– Em 1524, aceitou o convite de Frederico Gonzaga, Duque de Mântua, para
realizar uma série de trabalhos na área da Arquitetura
– Aqui, as capacidades de Giulio Romano foram, de facto, postas à prova, tendo
nomeadamente construído um sistema de proteção das inundações dos rios Pó e
Mincio
– Durante esta época Giulio também construiu ruas, uma catedral, um paço
ducal, mas a sua melhor obra é, definitivamente, o Palazzo del Té
– Morreu em 1546

Henrique VIII
– Mais conhecido pelas suas seis mulheres do que por outra coisa, Henrique VIII,
de Inglaterra pertenceu à Dinastia Tudor e foi pai da Rainha Isabel I
– Mas é também conhecido por ter rompido com o Papado e ter criado a Igreja
Anglicana, da qual ficou senhor absoluto
– Henrique foi o segundo monarca inglês da Casa Tudor, sucedendo ao pai
Henrique VII
– É frequentemente caracterizado no final de sua vida como concupiscente,
egoísta, severo e inseguro, apesar de ter começado o seu reinado de forma
completamente diferente
– Julga-se que a sua crueldade e mau feitio tenha tido a ver com a doença (tinha
pústulas nas pernas, o que o impedia de andar) e ao facto de não conseguir ter
um filho varão

Parmigianino
– Girolamo Francesco Maria Mazzola (1503 — 1540), mais conhecido por
Parmigianino ou ainda Parmigiano, foi um proeminente pintor italiano do
maneirismo, tendo atuado em Florença, Roa e Bolonha, além da cidade natal
– Aos 18 anos de idade já havia completado o Casamento de Catarina para o
retábulo de Santa Maria, em Bardi
– Em Viadana pintou dois painéis em têmpera, com destaque para o São
Francisco da Igreja de Frati de' Zoccoli, e o Casamento Místico de Santa
Catarina para a de São Pedro
– Trabalhou ainda com Correggio, que naquele momento realizava seu grande
ciclos de afrescos em Parma
– Mudando-se para Roma, em 1524, conhece a obra de Michelangelo e Rafael
Sanzio, que lhe influem decisivamente
– Preso devido a dívidas, conseguiu fugir para Casalmaggiore.
– Aqui morreu aos 37 anos, enquanto tratava de resolver seus problemas com uso
da alquimia

Calvino
– Jehan Cauvin (1509-1564) foi um teólogo cristão francês, que teve uma
influência muito grande durante a Reforma Protestante. Daí o protestantismo
que ele ensinou e viveu, ser conhecida por alguns pelo nome calvinismo,
embora o próprio Calvino tivesse repudiado esse conceito
– Esta variante do protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a
Suíça, Países Baixos, Inglaterra, Escócia e Estados Unidos
– Calvino foi inicialmente um humanista e nunca foi ordenado sacerdote
– Depois do seu afastamento da Igreja católica, começou a ser visto,
gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e
acabando por ser reconhecido por muitos como "padre"
– Vítima das perseguições aos huguenotes na França, fugiu para Genebra em
1536, onde faleceu em 1564.
– Genebra tornou-se num centro do protestantismo europeu e João Calvino
permanece até hoje uma figura central da história da cidade e da Suíça

Gregório Lopes
– Gregório Lopes (Portugal, c. 1490 - 1550), foi uma das personalidades mais
marcantes na pintura portuguesa da primeira metade do século XVI
– Pintor régio de D. Manuel I e D. João III, cedo aderiu à mudança cultural e
artística que levou à italianização da arte portuguesa, nos finais da década de
trinta de 1500
– Representante do Renascimento evoluído, foi o pintor que introduziu o
«Primeiro Maneirismo de Antuérpia» em Portugal
– Em 1513, Gregório Lopes já exercia o ofício de pintor e, em 1514, trabalhava
na Oficina de Jorge Afonso, em Lisboa, tendo casado com uma filha deste
– Nesta oficina foi companheiro de Pêro Vaz e Garcia Fernandes, de Lisboa e de
Gaspar Vaz, de Viseu.
– O seu nome volta a aparecer em 1515 em escrituras relativas à casa e terrenos
que possuía junto ao Mosteiro de São Domingos, em Lisboa
– Artista palaciano, Gregório Lopes amava a pompa, o luxo, as cores quentes e
cariciosas, o largo e vistoso decorativismo

Sebastiano Serlio
– Sebastiano Serlio (1475-1554) foi um arquiteto italiano do Renascimento e
integrou a equipa que construiu o Château de Fontainebleau
– Foi também o autor do tratado "I sette libri dell'architettura" e ajudou a
consolidar a Ordem Arquitetónica
– Serilo foi para Roma em 1514 e permaneceu lá até1527 quando ocorre o Saque
de Roma
– Foi para Veneza e é lá que surge o primeiro volume de seu tratado "Regole
generali d'architettura [...]" ou Regras Gerais da Arquitetura
– As publicações de Serilo chamaram a atenção do rei Francisco I da França, que
o convida para ser conselheiro na construção e decoração do Château de
Fontainebleau
– Morreu em 1554 e a sua maior contribuição foi o seu tratado, tido como guia
prático para os arquitetos

Benvenuto Cellini
– Benvenuto Cellini (1500 – 1571), foi um artista da Renascença, escultor,
ourives e escritor italiano
– Aos quinze anos vai aprender a profissão de ourives com Antonio di Sandro
– Muda-se para Bolonha, onde fez progressos como ourives
– Por fim vai para Roma
– Mete-se em várias complicações, entre as quais assassínio. Toda a vida será
arruaceiro
– Executou diversas estátuas, das mais importantes do Maneirismo
– No final da vida escreveu a sua autobiografia, metade verdadeira, metade
inventada, mas que é a mais importante biografia da renascença

Inácio de Loyola
– Inácio de Loyola, nascido Íñigo López (1491 - 1556) foi o fundador da
Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como os jesuítas
– Os jesuítas são uma ordem religiosa católica romana, que teve grande
importância na Reforma Católica.
– Ferido na Batalha de Pamplona, passou meses a recuperar na casa do pai
– Aí lê a Vita Christi de Rodolfo da Saxónia, ficando empolgado com a vida
religiosa
– Começa a escrever, nomeadamente os Ejercicios espirituales, que irão ter uma
grande influência no tempo
– Criou então uma ordem com muito de militar e de disciplina que pôs ao serviço
do Papa para combater os infiéis (e os protestantes) e fazer trabalho missionário
– O atual Papa Francisco pertence à Companhia fundada por Inácio de Loyola

Nicolau Copérnico
– Nicolau Copérnico (1473 - 1543) foi um astrónomo e matemático polaco que
desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar.
– Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, e
médico
– A sua teoria do Heliocentrismo, que colocava o Sol como o centro do Sistema
Solar, contrariando a então vigente Teoria Geocêntrica (que considerava a Terra
como o centro), é considerada como uma das mais importantes hipóteses
científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da
astronomia
– Como não havia instrumentos científicos adequados, nomeadamente
telescópios, as teorias de Copérnico seriam mais tarde demonstradas por outros
como Galileu

Andrea Palladio
– Andrea di Pietro della Gondola, vulgo Palladio (1508 - 1580) foi um arquiteto
italiano, dos mais importantes de toda a História da Arte
– De origens muito humildes começou a vida profissional como cortador de
pedra
– Mudou-se para Vicenza onde aos trinta anos já era construtor
– Estudou os clássicos da arquitetura e pouco a pouco foi-se tornando um mestre
arquiteto
– Começou a produzir na região do Vêneto e em Veneza
– Criou uma obra vasta e purista que se tornou no modela ainda atualmente
seguido em muitas regiões
– A sua influência principal fez-se sentir sobretudo na Inglaterra onde todas as
villas aristocráticas passaram a ter influência suas

Giorgio Vasari
– Giorgio Vasari (1511-1574) foi um pintor e arquiteto italiano conhecido
principalmente pelas suas biografias de artistas italianos
– Em 1529, visitou Roma e estudou os trabalhos de Rafael e outros artistas do
Alto Renascimento romano e que pertenciam à geração anterior à de Vasari.
– Produziu pinturas maneiristas que foram mais admiradas durante sua vida do
que postumamente
– Os seus serviços foram regularmente utilizados pela família Médicis tanto em
Florença como em Roma, mas trabalhou também em locais como Nápoles e
Arezzo
– Mas ficou sobretudo conhecido como o primeiro historiador da arte, através de
seu livro Vite ou Le vite de' più eccellenti pittori, scultori e architettori, onde
registrou a biografia dos principais artistas do Renascimento

Paolo Veronese
– Paolo Caliari Veronese (cerca de 1528-1588) foi um importante pintor
maneirista da Renascença italiana
– Incorpora ao estilo renascentista, o maneirismo, com suas complexas
perspetivas e as posturas forçadas dos modelos, como as que se encontram em
Michelangelo na sua fase final
– Quando contava cerca de 45 anos foi chamado a dar explicações à Inquisição,
que queria que justificasse a adoção de tantas figuras disformes e vulgares nas
suas pinturas feitas num mosteiro veneziano, sendo obrigado a corrigi-las
– No final da vida tinha tantas encomendas a realizar, que um irmão, dois dos
seus filhos e um sobrinho, tiveram que concluir as numerosas obras inacabadas,
depois de sua morte
– Veronese morreu no auge do sucesso como artista e bastante próspero.
– Para além disso o trabalho de Rubens e de Tiepolo

Giacomo Vignola
– Giacomo da Vignola (1507-1573) foi um dos grandes arquitetos maneiristas do
século XVI, referido muitas vezes apenas como Vignola.
– As suas duas grandes obras primais são a Villa Farnese em Caprarola e a
Chiesa del Gesù, dos Jesuítas, em Roma.
– É, juntamente com Serlio e Palladio um dos principais divulgadores do estilo
maneirista italiano pela Europa
– Começou a trabalhar em Bolonha
– Fez uma primeira viagem a Roma em 1536 para fazer medições em templos
romanos, com o intuito de publicar uma edição da obra de Vitrúvio, ilustrada
– Viveu depois em França
– Em Roma, foi recebido pela família papa dos Farnese e trabalhou com Miguel
Ângelo, que influenciou profundamente o seu estilo.
– A partir de 1564 acompanhou o trabalho o mestre na Basílica de São Pedro, e
construiu as suas duas cúpulas, de acordo com os planos de Miguel Ângelo

Tintoretto
– Tintoretto, como era conhecido Jacopo Robusti, (ca. 1518-1594) foi um dos
pintores mais radicais do maneirismo.
– Devido à sua energia pictórica chamavam-lhe Il Furioso
– A sua dramática utilização da perspetiva e dos efeitos da luz, fez dele um dos
precursores do Barroco
– Estudou com Ticiano, mas depressa começou a trabalhar por conta própria
– Depressa se tornou famoso e com várias encomendas
– Especializou-se em afrescos
– Saiu pouco de Veneza e nunca se considerou um artista
– Tem trabalhos muito irregulares, devido à maior ou menor pressa que tinha em
os acabar
– Uma curiosidade é que trabalhava com a filha, o que era inédito na altura

Giacomo della Porta
– Giacomo della Porta (1532-1602) foi um escultor e arquiteto italiano
– Foi responsável por completar numerosas obras iniciadas por Michelangelo e
por Vignola.
– Após 1563 levou a cabo a planificação de Michelangelo para a reconstrução do
Campidoglio.
– Completou também a fachada e os degraus do Palazzo Senatorio, e da
Cordonata capitolina
– Depois da morte de Vignola em 1573, continuou a construção do Gesù, a igreja
mãe dos jesuítas
– Depois de 1573 foi encarregue de acabar a construção da Basílica de São Pedro
e depois, em colaboração com Domenico Fontana, de completar a cúpula
iniciada por Miguel Ângelo
– Fez também inúmeras fontes em Roma, como as da Piazza del Popolo, a de
Neptune, e La Fontana del Moro na Piazza Navona

Felipe II de Habsburgo
– Com a morte de D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir e como este não
tinha filhos, sucede-lhe o tio Cardeal D. Henrique, sexagenário, que morre
cerca de dois anos depois, também sem herdeiros diretos
– Com a morte de D. Henrique, o herdeiro legítimo é Felipe II de Habsburgo,
filho de Carlos V e monarca espanhol que toma o nome de Filipe I de Portugal.
Como acontecia com quase as outras monarquias europeias, o rei não era
necessariamente da mesma nacionalidade dos súbditos
– Com o domínio sobre Portugal (e as suas possessões ultramarinas) Felipe II
ficou dono “de metade do mundo”
– Contudo o seu temperamento era mais introvertido que mundano e a sua
obsessão pela minúcia era tal que via e revia todos os documentos do reino
– Vivendo retirado no Escorial, Felipe II, sempre atacado de gota, vivia como um
monge, dirigindo tudo sem sair do sítio
– Tal como o seu pai era um fervoroso católico e atacará sem piedade a corrente
protestante do Cristianismo

Giambologna
– Giambologna, nascido Jean Boulogne foi um escultor maneirista
– Nasceu em Douai, Flandres (hoje na França), em 1529, e faleceu em Florença
em 1608
– Giambologna tem sido considerado o mais perfeito representante do
maneirismo, e seu renome vem de suas obras cheias de movimento, com um
precioso polimento de superfície
– Entre as mais conhecidas está a Vénus, que estabeleceu um novo cânon de
proporções para a figura feminina e tornou-se modelo para escultores italianos
e do norte da Europa
– A divulgação das suas obras, em cópias reduzidas e em bronze fez sua fama
– O seu estilo foi uma influência decisiva sobre De Vries, Puget, Tacca,
Franqueville, Bernini e Algardi

El Greco
– Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido como El Greco, (1541- 1614) foi
um pintor, escultor e arquiteto grego que desenvolveu a maior parte da sua
carreira na Espanha.
– Assinava suas obras com o nome original, ressaltando sua origem
– Nasceu em Creta, que naquela época era um centro artístico pós-bizantino
– Treinou ali e tornou-se um mestre dentro dessa tradição artística, antes de
viajar, aos vinte e seis anos, para Veneza
– Em 1570 mudou-se para Roma e depois em 1577, para Toledo, Espanha, onde
viveu e trabalhou até sua morte.
– Ali, El Greco recebeu diversas encomendas e produziu suas melhores pinturas
conhecidas
– O estilo dramático e expressivo de El Greco foi considerado estranho por seus
contemporâneos, mas encontrou grande apreciação no século XX, sendo
considerado um precursor do expressionismo e do cubismo

Portas do Batistério de Florença
• Escultura
– O Batistério de São João situa-se em Florença, na Toscana, Itália
– O batistério é uma construção octogonal que simboliza o oitavo dia (octava
dies), o tempo da Ascensão de Cristo
– Simbolizava a vida eterna, que é dada pelo batismo
– Acredita-se que é o mais antigo prédio da cidade
– É famoso pelas suas magníficas portas de bronze
– Em 1329, Andrea Pisano, recomendado por Giotto, recebeu a encomenda de
projetar as primeiras portas (Portas Sul).
– Consistem em 28 painéis quadrangulares
– Os relevos foram adicionados por Lorenzo Ghiberti em 1452.
– Em 1401 Ghibeti ganhou o concurso para esculpir outras portas
– Levou 21 anos a concluí-las

De Architectura
– De Architectura Libri Decem (em português: Dez Livros sobre a Arquitetura) é
um tratado escrito em latim sobre a arquitetura e a profissão do arquiteto
– A obra é de autoria do romano Marco Vitrúvio Polião, e foi escrita no século I
a.C.
– Está dividida em dez volumes, cada qual abordando um aspeto específico da
arquitetura
– Possui grande importância histórica pois é o único tratado clássico sobre o tema
que sobreviveu até aos dias atuais
– Foi também o único tratado conhecido pelos estudiosos da Renascença,
influenciando a arquitetura produzida no período e não só
– Era fundamentada em três princípios: "Utilitas" (comodidade e função);
"Firmitas" (solidez); e "Venustas" (beleza).

Cúpula da Catedral de Florença
– A Catedral de Santa Maria del Fiore é o "Duomo" de Florença
– Possui 153 metros de comprimento e 90 metros de largura no transepto,
enquanto o tambor da cúpula possui 54 metros
– A construção iniciou-se em 1296 com projeto de Arnolfo di Cambio sobre as
fundações da antiga Catedral de Santa Reparada
– A sua cúpula é obra de Filippo Brunelleschi
– Uma cúpula é uma abóbada hemisférica (metade de uma esfera) ou esferoide
– Dentro da construção pode ser inserida uma esfera perfeita, representando a
abóboda celeste, além de toda uma série de relações simbólicas desde os pontos
de vista gnômico, geométrico e mecânico, que têm servido de modelo a
sucessivas gerações de arquitetos

A Trindade
– A Santíssima Trindade, de Masaccio, foi uma das primeiras pinturas realizadas
segundo as regras matemáticas de Filippo Brunelleschi.
– Trata-se de um grande mural localizado na Igreja de Santa Maria Novella, em
Florença
– Quando Masaccio pintou o afresco, tamanha era a perfeição do uso da
perspetiva linear, que as pessoas pensavam que havia sido aberta uma cavidade
na parede da Igreja de Santa Maria Novella
– Masaccio usou as teorias de Brunelleschi para sugerir profundidade numa
superfície plana, para que sua pintura passasse a impressão de
tridimensionalidade
– A abóbada, as colunas e as pilastras lembram a arquitetura clássica, tão buscada
pelos renascentistas italianos
– Dimensões: 640 x 318 cm

David
– David é o nome de duas estátuas feitas por Donatello, retratando a história
bíblica da vitória do Rei David sobre o gigante Golias.
– A primeira foi iniciada em 1408 e terminada em 1409 e a última acha-se que
foi esculpida em 1440
– A mais famosa é a segunda, em bronze e deixa transparecer uma grande
sensualidade
– É famosa por ser a primeira estátua em bronze de´pé
– Representa o primeiro rapaz nu, desde a Antiguidade
– Apesar de pouco se saber sobre ela, calcula-se que tenha sido encomendada
pelos Médicis
– Devido à sua preciosidade tem mudado de locais, de acordo com as condições
de conservação

Capela dos Pazzi
– A Capela Pazzi é considerada uma das obras-primas da arquitetura do
Renascimento italiano
– Está localizada no claustro da Basílica da Santa Cruz, em Florença
– A sua construção foi ordenada por Andrea Pazzi, membro de rica família de
banqueiros, mas as obras só começaram em torno de 1441, sendo completada
na década de 1460
– Até há pouco tempo pensava-se que era uma obra de Filippo Brunelleschi, mas
hoje parece que sua participação se resumiu na esquematização da planta-baixa
e da fachada
– A fachada está hoje parcialmente oculta por um pórtico

De Pictura
– De pictura é um tratado em latim escrito pelo arquiteto italiano e teórico Leon
Battista Alberti
– Foi primeiro escrito em italiano vernacular e em 1435 sob o título Della
pittura, e só depois em latim
– A obra é a primeira de uma triologia de tratados sobre as “Artes Maiores”,
triologia essa que teve uma grande difusão na Renascença
– As outras obras são De re aedificatoria (1454) and De statua (1462)
– Alberti foi contemporâneo outros artistas inovadores como Filippo
Brunelleschi, Donatello e Masaccio
– De pictura pretende sistematizar as artes figurativas através da “geometria".
– Dividiu a pintura em três partes: Circumscriptio (desenho); Compositio
(composição); e Receptio luminum (cor)

Igreja de Santo Spírito
– A Basílica di Santo Spirito é uma igreja florentina
– Normalmente referida apenas como Santo Spírito está localizada no bairro
Oltrarno em frente à praça com o mesmo nome
– O interior do edifício é um dos mais claros exemplos da arquitetura
renascentista
– Depois da vitória dos florentinos sobre os milaneses em 1397, a signoria
decidiu reconstuir a igreja
– Apesar desta decisão, nada aconteceu até 1434, quando foram requisitados os
serviços de Fippo Brunelleschi

Estátua de Gattamelata
– Bronze, 1443-1450
– Pádua, Piazza del Santo
– No ano 1443 Donatello foi para Pádua a convite dos descendentes de Erasmo de
Narni (alcunhado de Gattamelata) para erguer uma estátua do famoso condottieri
que morrera nesse mesmo ano
– Entre 1443 e 1450, Donatello trabalhou na estátua equestre em bronze e terá
procurado inspiração nos modelos clássicos da estátua de Marco Aurélio (no Museu
Capitolino, em Roma), no Regisole de Pavia (destruído em 1797) e nos Cavalos de
Constantino (Catedral de São Marcos, Veneza)
– A figura vertical do general que fita um ponto distante é uma imagem idealizada de
liderança.
– A mão direita segura o bastão de comando numa posição oblíqua sobre o pescoço
do cavalo e que se prolonga na diagonal da espada embainhada, elementos que
acentuam o movimento frontal do cavalo.
– Este monumento serviu de modelo para muitos dos monumentos equestres erguidos
em Itália e no mundo até ao século XIX.

Palácio Rucellai
– O Palácio Rucellai (Palazzo Rucellai), em Florença, é um exemplo típico da
arquitetura quatrocentista desta cidade
– O palácio foi construído, entre 1446 e 1451, por Bernardo Rossellino, segundo
desenho de Leon Battista Alberti, com a fachada concluída quando quase todos
os ambientes internos estavam acabados, em 1465
– Leon Battista Alberti realizou uma obra prima de estilo e sobriedade, e diz-se
que projetou este palácio quase como ilustração do seu manual De Re
Aedificatoria
– Alberti acreditava que a arquitetura se deve impor mais pelo prestígio das
proporções do que pela demonstração de beleza e fausto

A Batalha de San Romano
– A Batalha de San Romano é um conjunto de três pinturas do pintor florentino
Paolo Uccello retratando acontecimentos que tiveram lugar na batalha de San
Romano entre as forças de Florença e de Siena em 1432
– São pinturas importantes revelando o desenvolvimento da perspetiva linear no
início da pintura no Renascimento italiano
– São em têmpera de ovo sobre painéis de madeira, cada uma com 3 metros de
comprimento
– As pinturas foram muito admiradas no século XIV
– Lorenzo de Médicis, comprou uma e forçou a ida das outras duas para o
Palazzo Medici

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