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Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada
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Uso Pedagógico do Computador
na Alfabetização
Angela Freire
Fábulas, Lendas e Contos
FÁBULAS
Fábulas – latim: fari = falar; grego: Phao = contar algo.
Acredita-se que esse tipo de texto tenha nascido no século XVIII a.C., na Suméria. Há
registros de fábulas egípcias e hindus, mas atribui-se à Grécia a criação efetiva desse
gênero narrativo.
Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação
humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos
espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É
oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo"
deve ser copiado e o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta
que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das fábulas com letras
vermelhas ou douradas para destacar.
A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico.
As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os
defeitos humanos através de animais. Acreditavam que a moral, para ser assimilada,
precisava da alegria e distração contida na história dos animais que possuem
características humanas. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a
proposta didática presente.
Estrutura da Fábula
• Histórias curtas: há um só conflito, isso resulta numa narrativa resumida;
• Diálogo: no que se refere à linguagem, a fábula é objetiva gerando poucas
descrições e muitos diálogos;
• Personagens: os animais são usados como personagens que representam virtudes,
defeitos e características dos seres humanos. São utilizados de forma simbólica
para criticar ou exaltar esses comportamentos;
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• Moral: a moral escrita no final da fábula reproduz um provérbio, um dito popular,
cujos temas principais são lealdade, generosidade e as virtudes do trabalho.
Em sala de aula, além de constituir-se em uma oportunidade de conhecimento e
análise de um gênero textual, o trabalho com fábulas possibilita a reflexão sobre
ética, auxiliando na construção de habilidades e competências relacionadas aos
conteúdos atitudinais necessários à formação dos cidadãos.
LENDAS
Lendas - latim: legenda / legen = ler.
Nas primeiras idades do mundo, os seres humanos não escreviam, mas
conservavam suas lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a
imaginação para suprir-lhe a falta. Assim, esse tipo de texto constitui o resumo do
assombro e do temor dos seres humanos diante do mundo e uma explicação
necessária das coisas da vida.
A lenda é uma narrativa baseada na tradição oral e de caráter maravilhoso, cujo
argumento é tirado da tradição de um dado lugar. Sendo assim, relata os
acontecimentos numa mistura entre referenciais históricos e imaginários.
As personagens das lendas nem sempre são seres humanos, existem elementos da
flora e da fauna, seres mágicos, monstros, pessoas e seres fantásticos.
A característica da lenda é ser oral. Não se conhece autor dessas narrativas: é
cultura popular, daí a razão por que há tantas versões numa mesma história contada
em regiões diferentes.
CONTOS
Desde os primórdios, os homens se reuniam ao redor da fogueira para se esquentar,
dialogar, relatar acontecimentos, ouvir e contar histórias. O hábito de ouvir e contá-
las é uma atividade tão antiga quanto a própria humanidade, não sabendo precisar
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quando esse hábito “(...) se instituiu como prática social, porém pode-se afirmar que
é bem antigo, de ordem universal, ocorrendo, portanto, em todas as civilizações...”.
Todos os povos, em todas as épocas, cultivaram seus contos, cuidadosamente
transmitidos oralmente de geração em geração. Estes contos atravessaram as
fronteiras do tempo e do espaço, misturando realidade e fantasia, e nesse processo,
sofreram todo tipo de modificação: fusões, acréscimos, cortes, substituições e
influências, mas sempre expressando, nas suas linhas e entrelinhas, ensinamentos e
valores atemporais.
Os contos, assim como as lendas, os mitos e as fábulas são tipos de narrativas
originárias desde as mais antigas civilizações. Estes povos, através das histórias que
contavam, passavam ensinamentos e preservavam sua cultura. Graças à tradição
oral e mais tarde ao texto impresso, a arte de contar histórias foi passada de
geração a geração, constituindo até os dias de hoje, importantes fontes de
informações para entendermos a história das civilizações.
Estrutura básica dos contos de fadas
Início - nele aparece o herói (ou heroína) e sua dificuldade ou restrição. Problemas
vinculados à realidade, como estados de carência, penúria, conflitos, etc., que
desequilibram a tranquilidade inicial;
Ruptura - é quando o herói se desliga de sua vida concreta, sai da proteção e
mergulha no completo desconhecido;
Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções no plano da
fantasia com a introdução de elementos imaginários;
Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades,
potencialidades e polaridades opostas;
Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação, florescimento,
colheita e transcendência.
A escolha dos contos:
A literatura infanto-juvenil tem considerado três das diferentes fases da evolução da
criança descritas pela Psicologia:
• A fase do mito (3/4 a 7/8 anos) – nesta fase a criança não diferencia entre
realidade e fantasia, por isso a leitura mais adequada são os contos de fadas, os
mitos, as lendas e as fábulas.
• A fase do conhecimento da realidade (7/8 a 11/12 anos) – a criança tem maior
necessidade da ação, passa do contemplativo para o executivo. A leitura
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adequada para a essa fase são os contos de aventura, o relato histórico, os
relatos mitológicos, os heróis (sobre o princípio da vida dos povos), os de
viagens e façanhas.
• A fase do pensamento racional (11/12 anos até a adolescência) - nesta fase as
questões pessoais adquirem valor extraordinário, por isso a leitura de
romances é a mais adequada pelo caráter de seus heróis e por seus temas.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA DA FÁBULA, DA LENDA E DO CONTO
As fábulas, as lendas e os contos são gêneros textuais com o qual os alunos entram
em contato logo nos primeiros anos escolares. O ato de ouvir histórias auxilia no
processo de aquisição da língua escrita. É o primeiro passo para estimular a
competência leitora e desenvolver a escrita por meio da sistematização das idéias.
Os estudos sobre a aquisição da linguagem escrita têm demonstrado a relação entre
a leitura desses gêneros textuais e as crianças em processo de alfabetização. As
investigações têm apontado que as crianças que lêem frequentemente estes
gêneros sabem como manipular os livros, podem dizer o que está na capa e
conhecer a direção em que se lêem os impressos.
Além disso, ajuda às crianças pequenas a perceber as características da linguagem
escrita distinguindo da linguagem oral.
As atividades de leitura e escrita, assim como a prática de comunicação oral com
fábulas, lendas e contos possibilitam aos alunos analisar e refletir sobre:
• A função social da escrita.
• As convenções gráficas da escrita: o direcionamento, o alinhamento, segmentação
dos espaços em branco e pontuação.
• A diferença entre letras e números, letras e desenho.
• A percepção da forma e do valor sonoro convencional das letras.
• A constatação da conservação de letras e sílabas nas palavras.
• A quantidade de letras necessárias para escrever as palavras.
• A variedade, posição e ordem das letras em uma escrita convencional.
• A natureza alfabética do sistema de escrita.
• A relação grafema e fonema.
• Os princípios e as regras ortográficas.
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• As relações do que se leu com outras leituras e experiências.
• O sentido do texto lido...
Além de:
• Desenvolver a cognição, o pensamento lógico, a atenção, a escuta, a memória, a
observação, a criatividade, a imaginação, a sensibilidade, a reflexão, a criticidade,
as linguagens oral e escrita.
• Ampliar o repertório cultural, o volume de escrita e o vocabulário.
• Possibilitar construção da base alfabética e ortográfica.
• Funcionar como modelo de escrita convencional.
• Trabalhar a análise linguística da estrutura das palavras do texto (letra e silaba
inicial, medial e final), número de letras e sílabas, posição das letras na palavra,
relação entre som e grafia).
• Trabalhar com as diferentes estratégias de leitura.
• Permitir o contato com diferentes sílabas e diferentes tamanhos de palavras.
• Organizar a fala.
A presença regular de fábulas, lendas e contos na sala de aula possibilita:
• Um processo de alfabetização e letramento real e significativo, posto que são
gêneros textuais que circulam no mundo social.
• A formação de leitores e escritores competentes.
• A formação intelectual.
• A inserção no mundo letrado.
• A descoberta de outros lugares, outras épocas, outras culturas, outros modos de
ser e de agir.
ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA FÁBULA, DA LENDA E DO CONTO
A infância caracteriza-se como uma fase de intensas descobertas. A criança nesta
fase mergulha no mundo da fantasia, da imaginação e do encantamento, o mundo
das fábulas, das lendas e dos contos.
As narrativas contidas nestes gêneros textuais, além de entreter:
• São ricas fontes de descargas de tensões e angústias, de resolução/enfrentamento
dos conflitos, ajudando a promover a estabilidade emocional.
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• São poderosos recursos de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral,
ajudando na manutenção da saúde mental da criança em crescimento.
• Criam referenciais importantes ao desenvolvimento subjetivo.
• Trabalham atualizando e reinterpretando questões universais, tais como a
dicotomia entre o bem e o mal, o forte e o fraco, a riqueza e a pobreza, o belo e o
feio, defeitos e virtudes, ajudando assim na formação de conceitos.
• Trabalham com a aceitação das diferenças.
• Misturam realidade e fantasia, transportando as crianças para o mundo das
personagens, encontrando ali alguns de seus problemas e desejos.
• Ajudam a interpretar o mundo.
• Auxiliam na formação e construção da subjetividade da criança.
• Ajudam a elaborar conflitos inerentes ao processo de desenvolvimento e
socialização.
• Aliviam pressões inconscientes, constróem um sistema metafórico e simbólico.
• Contribuem para a formação de valores.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• Realização do reconto da narração (individualmente, em grupo);
• Realização em grupo de uma atividade artística para representar a narração;
• Produção de desenhos que representem os gêneros estudados;
• Organização de uma exposição;
• Execução de reescrita coletiva (o professor é o escriba) à proporção que os alunos
estiverem fazendo o reconto;
• Realização de reescrita em dupla;
• Proposição de alternância de papéis (em dupla um aluno escreve enquanto o
outro dita);
• Revisão da reescrita pelos alunos;
• Execução de reescrita individual.
• Revisão da reescrita feita pelos alunos com a intervenção do professor;
• Criação com a classe um sistema de empréstimo de livros de fábulas, lendas e
contos;
• Mostra de Fábulas, lendas e Contos - mostra dos trabalhos produzidos pelas
crianças.
• Leitura diária de fabula, lenda ou conto nas classes de alfabetização: na hora da
chegada, na volta do recreio, antes da saída.
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• Escrita de listas com os nomes dos personagens ou com os títulos das fábulas, das
lendas e dos contos lidos.
• Ordenação da sequência narrativa através do desenho ou imagens e através do
texto recortado em parágrafos ou em tirinhas.
• Leitura para os alunos de um conto moderno e outro tradicional para que eles
identifiquem as diferentes estruturas.
• Utilização de vários procedimentos de leitura: ler o início do conto, questionando
sobre os personagens e identificando todos os elementos de sua estrutura,
• Realização atividades orais e escritas, mudando os personagens, modificando
títulos, trechos e final da história.
• Reescrita de uma das partes do conto.
• Investigação dos conhecimentos prévios das crianças a respeito da modalidade do
gênero textual em estudo.
• Apresentação o texto faltando uma das partes de sua estrutura.
• Apresentação do texto lacunado, ora faltando os conectivos, ora os verbos, ora os
advérbio ou as locuções adverbiais.
• Produção de um livro de contos,
• Realização de “Oficinas literárias” – espaço de dramatização de uma fábula, uma
lenda ou um conto lido e escolhido pelo grupo.
• Criação com a participação dos alunos a “Biblioteca Volante” - seleção de livros de
contos, dispostos em uma caixa, que deverá circular na escola.
• Instituição da “Hora do Conto” – as crianças em roda escolhem, na “biblioteca
volante”, os livros para ler, fazem trocas com os colegas, ou o professor faz a
leitura para elas.
• Confecção, junto com os alunos, de um cartaz com os títulos das fábulas, das
lendas e dos contos, para que eles marquem os livros mais lidos.
• Construção com os alunos de um gráfico com os dez livros mais lidos na classe.
• Oficinas de recomendação de livros de contos onde os alunos recomendam ou
desaconselham os livros que leram.
LEMBRETES
• O professor das classes de alfabetização deverá ler diariamente fábulas, lendas ou
contos para seus alunos (na chegada, após o recreio, antes da saída). O contato
frequente com estes gêneros literários desenvolve no aluno o gosto pela leitura e
facilita o processo de alfabetização.
• Ao planejar a leitura de uma fábula, uma lenda ou um conto, o professor deve:
motivar o grupo e deixar claro o que será lido e por que; levantar os
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conhecimentos e as experiências prévias possibilitando aos alunos predizerem e
formularem perguntas, a partir do título; durante a leitura recapitular
informações obtidas e supostas para que o aluno comprove suas hipóteses.
• Ao trabalhar com qualquer tipo de texto é importante que o professor conheça a
função social e a construção interna.
• Os contos longos devem ser lidos por etapas, parar num momento emocionante,
para que desperte o interesse para ouvir o final.
Sites de Fábulas, Lendas e Contos
http://caracol.imaginario.com/estorias/index.html
http://web.educom.pt/pr1305/fabula06.htm
http://revistaescola.abril.com.br/leitura-literaria/era-uma-vez-fabulas.shtml
http://www.contandohistoria.com/fabulas.htm
http://www.metaforas.com.br/infantis/default.asp
http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/fabulas/fabulasehistorias.htm
http://www.graudez.com.br/portugues/
http://www.contandohistoria.com/menu.htm
http://www.portaldafamilia.org.br/sclazer/sitesinf/sites.shtml
http://www.feijo.com/~flavia/
http://www.contos.poesias.nom.br/historiasinfantis/historiasinfantis.htm
http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/freebook_crianca1.htm
http://www.historiasinfantis.net/Indice.html

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Generos textuais

  • 1. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire Fábulas, Lendas e Contos FÁBULAS Fábulas – latim: fari = falar; grego: Phao = contar algo. Acredita-se que esse tipo de texto tenha nascido no século XVIII a.C., na Suméria. Há registros de fábulas egípcias e hindus, mas atribui-se à Grécia a criação efetiva desse gênero narrativo. Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das fábulas com letras vermelhas ou douradas para destacar. A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico. As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos humanos através de animais. Acreditavam que a moral, para ser assimilada, precisava da alegria e distração contida na história dos animais que possuem características humanas. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente. Estrutura da Fábula • Histórias curtas: há um só conflito, isso resulta numa narrativa resumida; • Diálogo: no que se refere à linguagem, a fábula é objetiva gerando poucas descrições e muitos diálogos; • Personagens: os animais são usados como personagens que representam virtudes, defeitos e características dos seres humanos. São utilizados de forma simbólica para criticar ou exaltar esses comportamentos;
  • 2. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire • Moral: a moral escrita no final da fábula reproduz um provérbio, um dito popular, cujos temas principais são lealdade, generosidade e as virtudes do trabalho. Em sala de aula, além de constituir-se em uma oportunidade de conhecimento e análise de um gênero textual, o trabalho com fábulas possibilita a reflexão sobre ética, auxiliando na construção de habilidades e competências relacionadas aos conteúdos atitudinais necessários à formação dos cidadãos. LENDAS Lendas - latim: legenda / legen = ler. Nas primeiras idades do mundo, os seres humanos não escreviam, mas conservavam suas lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a imaginação para suprir-lhe a falta. Assim, esse tipo de texto constitui o resumo do assombro e do temor dos seres humanos diante do mundo e uma explicação necessária das coisas da vida. A lenda é uma narrativa baseada na tradição oral e de caráter maravilhoso, cujo argumento é tirado da tradição de um dado lugar. Sendo assim, relata os acontecimentos numa mistura entre referenciais históricos e imaginários. As personagens das lendas nem sempre são seres humanos, existem elementos da flora e da fauna, seres mágicos, monstros, pessoas e seres fantásticos. A característica da lenda é ser oral. Não se conhece autor dessas narrativas: é cultura popular, daí a razão por que há tantas versões numa mesma história contada em regiões diferentes. CONTOS Desde os primórdios, os homens se reuniam ao redor da fogueira para se esquentar, dialogar, relatar acontecimentos, ouvir e contar histórias. O hábito de ouvir e contá- las é uma atividade tão antiga quanto a própria humanidade, não sabendo precisar
  • 3. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire quando esse hábito “(...) se instituiu como prática social, porém pode-se afirmar que é bem antigo, de ordem universal, ocorrendo, portanto, em todas as civilizações...”. Todos os povos, em todas as épocas, cultivaram seus contos, cuidadosamente transmitidos oralmente de geração em geração. Estes contos atravessaram as fronteiras do tempo e do espaço, misturando realidade e fantasia, e nesse processo, sofreram todo tipo de modificação: fusões, acréscimos, cortes, substituições e influências, mas sempre expressando, nas suas linhas e entrelinhas, ensinamentos e valores atemporais. Os contos, assim como as lendas, os mitos e as fábulas são tipos de narrativas originárias desde as mais antigas civilizações. Estes povos, através das histórias que contavam, passavam ensinamentos e preservavam sua cultura. Graças à tradição oral e mais tarde ao texto impresso, a arte de contar histórias foi passada de geração a geração, constituindo até os dias de hoje, importantes fontes de informações para entendermos a história das civilizações. Estrutura básica dos contos de fadas Início - nele aparece o herói (ou heroína) e sua dificuldade ou restrição. Problemas vinculados à realidade, como estados de carência, penúria, conflitos, etc., que desequilibram a tranquilidade inicial; Ruptura - é quando o herói se desliga de sua vida concreta, sai da proteção e mergulha no completo desconhecido; Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções no plano da fantasia com a introdução de elementos imaginários; Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades, potencialidades e polaridades opostas; Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação, florescimento, colheita e transcendência. A escolha dos contos: A literatura infanto-juvenil tem considerado três das diferentes fases da evolução da criança descritas pela Psicologia: • A fase do mito (3/4 a 7/8 anos) – nesta fase a criança não diferencia entre realidade e fantasia, por isso a leitura mais adequada são os contos de fadas, os mitos, as lendas e as fábulas. • A fase do conhecimento da realidade (7/8 a 11/12 anos) – a criança tem maior necessidade da ação, passa do contemplativo para o executivo. A leitura
  • 4. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire adequada para a essa fase são os contos de aventura, o relato histórico, os relatos mitológicos, os heróis (sobre o princípio da vida dos povos), os de viagens e façanhas. • A fase do pensamento racional (11/12 anos até a adolescência) - nesta fase as questões pessoais adquirem valor extraordinário, por isso a leitura de romances é a mais adequada pelo caráter de seus heróis e por seus temas. ABORDAGEM PEDAGÓGICA DA FÁBULA, DA LENDA E DO CONTO As fábulas, as lendas e os contos são gêneros textuais com o qual os alunos entram em contato logo nos primeiros anos escolares. O ato de ouvir histórias auxilia no processo de aquisição da língua escrita. É o primeiro passo para estimular a competência leitora e desenvolver a escrita por meio da sistematização das idéias. Os estudos sobre a aquisição da linguagem escrita têm demonstrado a relação entre a leitura desses gêneros textuais e as crianças em processo de alfabetização. As investigações têm apontado que as crianças que lêem frequentemente estes gêneros sabem como manipular os livros, podem dizer o que está na capa e conhecer a direção em que se lêem os impressos. Além disso, ajuda às crianças pequenas a perceber as características da linguagem escrita distinguindo da linguagem oral. As atividades de leitura e escrita, assim como a prática de comunicação oral com fábulas, lendas e contos possibilitam aos alunos analisar e refletir sobre: • A função social da escrita. • As convenções gráficas da escrita: o direcionamento, o alinhamento, segmentação dos espaços em branco e pontuação. • A diferença entre letras e números, letras e desenho. • A percepção da forma e do valor sonoro convencional das letras. • A constatação da conservação de letras e sílabas nas palavras. • A quantidade de letras necessárias para escrever as palavras. • A variedade, posição e ordem das letras em uma escrita convencional. • A natureza alfabética do sistema de escrita. • A relação grafema e fonema. • Os princípios e as regras ortográficas.
  • 5. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire • As relações do que se leu com outras leituras e experiências. • O sentido do texto lido... Além de: • Desenvolver a cognição, o pensamento lógico, a atenção, a escuta, a memória, a observação, a criatividade, a imaginação, a sensibilidade, a reflexão, a criticidade, as linguagens oral e escrita. • Ampliar o repertório cultural, o volume de escrita e o vocabulário. • Possibilitar construção da base alfabética e ortográfica. • Funcionar como modelo de escrita convencional. • Trabalhar a análise linguística da estrutura das palavras do texto (letra e silaba inicial, medial e final), número de letras e sílabas, posição das letras na palavra, relação entre som e grafia). • Trabalhar com as diferentes estratégias de leitura. • Permitir o contato com diferentes sílabas e diferentes tamanhos de palavras. • Organizar a fala. A presença regular de fábulas, lendas e contos na sala de aula possibilita: • Um processo de alfabetização e letramento real e significativo, posto que são gêneros textuais que circulam no mundo social. • A formação de leitores e escritores competentes. • A formação intelectual. • A inserção no mundo letrado. • A descoberta de outros lugares, outras épocas, outras culturas, outros modos de ser e de agir. ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA FÁBULA, DA LENDA E DO CONTO A infância caracteriza-se como uma fase de intensas descobertas. A criança nesta fase mergulha no mundo da fantasia, da imaginação e do encantamento, o mundo das fábulas, das lendas e dos contos. As narrativas contidas nestes gêneros textuais, além de entreter: • São ricas fontes de descargas de tensões e angústias, de resolução/enfrentamento dos conflitos, ajudando a promover a estabilidade emocional.
  • 6. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire • São poderosos recursos de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral, ajudando na manutenção da saúde mental da criança em crescimento. • Criam referenciais importantes ao desenvolvimento subjetivo. • Trabalham atualizando e reinterpretando questões universais, tais como a dicotomia entre o bem e o mal, o forte e o fraco, a riqueza e a pobreza, o belo e o feio, defeitos e virtudes, ajudando assim na formação de conceitos. • Trabalham com a aceitação das diferenças. • Misturam realidade e fantasia, transportando as crianças para o mundo das personagens, encontrando ali alguns de seus problemas e desejos. • Ajudam a interpretar o mundo. • Auxiliam na formação e construção da subjetividade da criança. • Ajudam a elaborar conflitos inerentes ao processo de desenvolvimento e socialização. • Aliviam pressões inconscientes, constróem um sistema metafórico e simbólico. • Contribuem para a formação de valores. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS • Realização do reconto da narração (individualmente, em grupo); • Realização em grupo de uma atividade artística para representar a narração; • Produção de desenhos que representem os gêneros estudados; • Organização de uma exposição; • Execução de reescrita coletiva (o professor é o escriba) à proporção que os alunos estiverem fazendo o reconto; • Realização de reescrita em dupla; • Proposição de alternância de papéis (em dupla um aluno escreve enquanto o outro dita); • Revisão da reescrita pelos alunos; • Execução de reescrita individual. • Revisão da reescrita feita pelos alunos com a intervenção do professor; • Criação com a classe um sistema de empréstimo de livros de fábulas, lendas e contos; • Mostra de Fábulas, lendas e Contos - mostra dos trabalhos produzidos pelas crianças. • Leitura diária de fabula, lenda ou conto nas classes de alfabetização: na hora da chegada, na volta do recreio, antes da saída.
  • 7. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire • Escrita de listas com os nomes dos personagens ou com os títulos das fábulas, das lendas e dos contos lidos. • Ordenação da sequência narrativa através do desenho ou imagens e através do texto recortado em parágrafos ou em tirinhas. • Leitura para os alunos de um conto moderno e outro tradicional para que eles identifiquem as diferentes estruturas. • Utilização de vários procedimentos de leitura: ler o início do conto, questionando sobre os personagens e identificando todos os elementos de sua estrutura, • Realização atividades orais e escritas, mudando os personagens, modificando títulos, trechos e final da história. • Reescrita de uma das partes do conto. • Investigação dos conhecimentos prévios das crianças a respeito da modalidade do gênero textual em estudo. • Apresentação o texto faltando uma das partes de sua estrutura. • Apresentação do texto lacunado, ora faltando os conectivos, ora os verbos, ora os advérbio ou as locuções adverbiais. • Produção de um livro de contos, • Realização de “Oficinas literárias” – espaço de dramatização de uma fábula, uma lenda ou um conto lido e escolhido pelo grupo. • Criação com a participação dos alunos a “Biblioteca Volante” - seleção de livros de contos, dispostos em uma caixa, que deverá circular na escola. • Instituição da “Hora do Conto” – as crianças em roda escolhem, na “biblioteca volante”, os livros para ler, fazem trocas com os colegas, ou o professor faz a leitura para elas. • Confecção, junto com os alunos, de um cartaz com os títulos das fábulas, das lendas e dos contos, para que eles marquem os livros mais lidos. • Construção com os alunos de um gráfico com os dez livros mais lidos na classe. • Oficinas de recomendação de livros de contos onde os alunos recomendam ou desaconselham os livros que leram. LEMBRETES • O professor das classes de alfabetização deverá ler diariamente fábulas, lendas ou contos para seus alunos (na chegada, após o recreio, antes da saída). O contato frequente com estes gêneros literários desenvolve no aluno o gosto pela leitura e facilita o processo de alfabetização. • Ao planejar a leitura de uma fábula, uma lenda ou um conto, o professor deve: motivar o grupo e deixar claro o que será lido e por que; levantar os
  • 8. PROJETO ALFATEC Formação Continuada de Docentes Alfabetizadores Mediada pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação CURSO UPCA Uso Pedagógico do Computador na Alfabetização Angela Freire conhecimentos e as experiências prévias possibilitando aos alunos predizerem e formularem perguntas, a partir do título; durante a leitura recapitular informações obtidas e supostas para que o aluno comprove suas hipóteses. • Ao trabalhar com qualquer tipo de texto é importante que o professor conheça a função social e a construção interna. • Os contos longos devem ser lidos por etapas, parar num momento emocionante, para que desperte o interesse para ouvir o final. Sites de Fábulas, Lendas e Contos http://caracol.imaginario.com/estorias/index.html http://web.educom.pt/pr1305/fabula06.htm http://revistaescola.abril.com.br/leitura-literaria/era-uma-vez-fabulas.shtml http://www.contandohistoria.com/fabulas.htm http://www.metaforas.com.br/infantis/default.asp http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/fabulas/fabulasehistorias.htm http://www.graudez.com.br/portugues/ http://www.contandohistoria.com/menu.htm http://www.portaldafamilia.org.br/sclazer/sitesinf/sites.shtml http://www.feijo.com/~flavia/ http://www.contos.poesias.nom.br/historiasinfantis/historiasinfantis.htm http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/freebook_crianca1.htm http://www.historiasinfantis.net/Indice.html