SlideShare uma empresa Scribd logo
Maio de
GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR
2013
Muito mais que uma revolta: a verdadeira face política da Revolta da Chibata.
"Vale é saber que as carnes de um servidor
da pátria só serão cortadas pelas armas dos
inimigos, mas nunca pela chibata de seus
irmãos. A chibata avilta.” Essa declaração de
João Cândido, líder da rebelião, em entrevista
ao Coreio da Manhã em 1910, sintetizou o
real sentido e a finalidade da Revolta da
Chibata, que marcou a História brasileira de
tal forma a tomar esse movimento como um
dos embates políticos mais importantes
ocorridos na Velha República.

Contexto: por que ocorreu
Mudando o contexto histórico de um país
completamente explorado, marinheiros sofreram
maus-tratos e castigos físicos em exercício de sua
profissão. O negro recém-liberto, analfabeto e
marginalizado da sociedade, só tinha uma opção
para tentar ascender na sociedade da época:
incorporar-se na Marinha. Porém, muitas
vezes eram recrutados à força, sofrendo o
exasperado aviltamento através dos açoites,

“O Brasil não tem povo, tem público.” Lima Barreto

prática proibida com a Proclamação da
República, entretanto reintroduzida no Decreto
328 de abril de 1890, como forma de punição e
controle sobre os marinheiros – em sua maioria
negros e pobres. A situação dos marinheiros era
deplorável: cativeiro em prisão solitária, a pão e
água, rebaixamento de salário e 25 chibatadas
para faltas graves, que eram penas
regulamentadas em plena República.
Após assistirem ao brutal açoitamento de
Marcelino Rodrigues, acusado de embarcar com
cachaça e agredir outro marujo, que não levou 25
chibatadas, mas 250, desmaiou e continuou sendo
açoitado, todos os marinheiros estavam
inebriados de furor. E não foi só esse
acontecimento que levou a revolta de muitos.
Marinheiros revoltosos haviam se organizado
desde 1908, mas a eclosão do movimento adveio
somente em 1910, sob a liderança de João
Cândido, mais conhecido como “Almirante
Negro”, e Dias Martins, o mentor intelectual do
grupo.

Na noite de 22 de novembro, os marinheiros,
liderados por João Cândido, mais conhecido
como “Almirante Negro”, tomaram controle do
Minas Gerais, assassinando quatro oficiais,
inclusive o comandante do navio. Na manhã do
dia 23, os revoltosos, que haviam conseguido
apoio de outras tripulações, enviaram uma carta
dirigida ao então presidente, Hermes da
Fonseca. No manifesto, os marinheiros diziam
não suportar mais “a escravidão dentro da
Marinha", afirmando-se a favor de uma
reparação no "código imoral e vergonhoso que
nos rege a fim de que desapareça a chibata [...] e

A Revolta e o Almirante Negro
1
Maio de
GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR
2013
Muito mais que uma revolta: a verdadeira face política da Revolta da Chibata.
outros castigos semelhantes”.

Marinha que dizimou boa parte dos revoltosos.
Sobreviventes foram forçados a embarcar no
navio Satélite, que seguiria para o Amazonas,
para trabalhar na produção de borracha. João
Cândido, posteriormente, foi internado como
louco no Hospital dos Alienados.

Em segundo plano, à esquerda

Figura 1. Manchete de jornal da época sobre a Revolta da
Chibata. Fonte: arocacontaumconto.blogspot.com

O desfecho do movimento aconteceu no dia 26,
quando os marinheiros entregaram os navios,
depois de o presidente sancionar anistia
aprovada pelo Senado. Porém Hermes da
Fonseca assinou um decreto que permitia a
exclusão dos marinheiros, que foram levados
para a Ilha das Cobras, onde organizaram um
novo levante, que foi duramente combatida pela

“O Brasil não tem povo, tem público.” Lima Barreto

Dias Martins não recebe tantas homenagens como
João Cândido, apesar de ser o “cérebro” da
Revolução, mas ainda assim não ficou à margem
da história, segundo o historiador Marco Morel.
“No momento que eclode a rebelião, João
Cândido virou símbolo, expressão e rosto, não só
para a fama, mas também para a repressão”,
argumenta o historiador, lembrando das
perseguições que Cândido sofreu mesmo anos
após a revolta. “Dias Martins foi considerado
uma figura de bastidor, por ser associado a um
homem com cultura letrada. É um homem
bastante reconhecido.” Já o historiador Álvaro
Pereira do Nascimento acredita em outra tese: a
falta de documentos confiáveis sobre o
personagem. “Falta mesmo pesquisa sobre Dias

Martins. Falta fonte. O que eu sei: Dias Martins
não ficou em segundo plano. João Cândido é que
foi elevado ao primeiro plano”, explica, dando
como argumento o tempo de trabalho: “ele tinha
15 anos de serviço militar”.

Homenagem a João Cândido: MestreSala dos mares
Música de João Bosco e Aldir Blanc
(música censurada durante a ditadura)
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Ha figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas...

2
Maio de
GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR
2013
Muito mais que uma revolta: a verdadeira face política da Revolta da Chibata.
Equipe: Danielle Barbosa, Isamor Lopes,
Jerffeson Martins, Marley Moraes e Tayssa
Lima.
[3º ano D]

Figura 2. João Cândido, líder da Revolta. Fonte:
www.ebc.com.br

Segundo Elisângela Galvão, professora de
História e de Étnico Racial da Faculdade Santa
Fé, “o episódio da Revolta da Chibata representa
a emancipação do pensamento a respeito da
consciência social e política”.

“O Brasil não tem povo, tem público.” Lima Barreto

3

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra
Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II GuerraPalestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra
Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra
Espártaco Vettorazzi
 
Revolta da chibata
Revolta da chibataRevolta da chibata
Revolta da chibata
Mariana Silva
 
Revolta da chibata - História
Revolta da chibata - HistóriaRevolta da chibata - História
Revolta da chibata - História
Gustavo de Melo
 
Revolta da Chibata
Revolta da ChibataRevolta da Chibata
Revolta da Chibata
Amanda Almeida Matos
 
Aula Revolta da Chibata
Aula Revolta da ChibataAula Revolta da Chibata
Aula Revolta da Chibata
seixasmarianas
 
Revolta da Chibata
Revolta da ChibataRevolta da Chibata
Revolta da Chibata
Rafael Denardi Conzler
 
Revolta da Chibata T.82
Revolta da Chibata T.82Revolta da Chibata T.82
Revolta da Chibata T.82
Dianesi
 
Revolta da Chibata T.81
Revolta  da Chibata T.81Revolta  da Chibata T.81
Revolta da Chibata T.81
Dianesi
 
GUERRA DO CONTESTADO 1 aula
GUERRA DO CONTESTADO 1 aulaGUERRA DO CONTESTADO 1 aula
GUERRA DO CONTESTADO 1 aula
Marcus Matozo
 
Revolta no contestado
Revolta no contestado Revolta no contestado
Revolta no contestado
Vânia Salvo Orso
 
Revoltas na república velha
Revoltas na república velhaRevoltas na república velha
Revoltas na república velha
Daniel Pereira de Almeida
 
A revolta da chibata
A revolta da chibata A revolta da chibata
A revolta da chibata
Laís Maíne
 
A guerra de canudos
A guerra de canudos A guerra de canudos
A guerra de canudos
Mateus Silva
 
Revolução cubana
Revolução cubanaRevolução cubana
Revolução cubana
anotheruntitled
 
Guerra do Contestado e de Canudos
Guerra do Contestado e de CanudosGuerra do Contestado e de Canudos
Guerra do Contestado e de Canudos
Dinho
 
A Revolução Farroupilha
A Revolução FarroupilhaA Revolução Farroupilha
A Revolução Farroupilha
Francine Chagas
 
Guerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e ContestadoGuerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e Contestado
Dinho
 
Guerra dos farrapos
Guerra dos farraposGuerra dos farrapos
Guerra dos farrapos
poxalivs
 
Conflitos sociais na rep. velha rurais
Conflitos sociais na rep. velha   ruraisConflitos sociais na rep. velha   rurais
Conflitos sociais na rep. velha rurais
historiando
 

Mais procurados (19)

Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra
Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II GuerraPalestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra
Palestra 70 anos da pariticpação da FEB na II Guerra
 
Revolta da chibata
Revolta da chibataRevolta da chibata
Revolta da chibata
 
Revolta da chibata - História
Revolta da chibata - HistóriaRevolta da chibata - História
Revolta da chibata - História
 
Revolta da Chibata
Revolta da ChibataRevolta da Chibata
Revolta da Chibata
 
Aula Revolta da Chibata
Aula Revolta da ChibataAula Revolta da Chibata
Aula Revolta da Chibata
 
Revolta da Chibata
Revolta da ChibataRevolta da Chibata
Revolta da Chibata
 
Revolta da Chibata T.82
Revolta da Chibata T.82Revolta da Chibata T.82
Revolta da Chibata T.82
 
Revolta da Chibata T.81
Revolta  da Chibata T.81Revolta  da Chibata T.81
Revolta da Chibata T.81
 
GUERRA DO CONTESTADO 1 aula
GUERRA DO CONTESTADO 1 aulaGUERRA DO CONTESTADO 1 aula
GUERRA DO CONTESTADO 1 aula
 
Revolta no contestado
Revolta no contestado Revolta no contestado
Revolta no contestado
 
Revoltas na república velha
Revoltas na república velhaRevoltas na república velha
Revoltas na república velha
 
A revolta da chibata
A revolta da chibata A revolta da chibata
A revolta da chibata
 
A guerra de canudos
A guerra de canudos A guerra de canudos
A guerra de canudos
 
Revolução cubana
Revolução cubanaRevolução cubana
Revolução cubana
 
Guerra do Contestado e de Canudos
Guerra do Contestado e de CanudosGuerra do Contestado e de Canudos
Guerra do Contestado e de Canudos
 
A Revolução Farroupilha
A Revolução FarroupilhaA Revolução Farroupilha
A Revolução Farroupilha
 
Guerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e ContestadoGuerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e Contestado
 
Guerra dos farrapos
Guerra dos farraposGuerra dos farrapos
Guerra dos farrapos
 
Conflitos sociais na rep. velha rurais
Conflitos sociais na rep. velha   ruraisConflitos sociais na rep. velha   rurais
Conflitos sociais na rep. velha rurais
 

Destaque

Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de AtividadesApresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
chicomendescabucu
 
Historia - Sabinada
Historia - Sabinada Historia - Sabinada
Historia - Sabinada
Lorena Alencar
 
Guerra dos canudos/Estude para o Enem!
Guerra dos canudos/Estude para o Enem!Guerra dos canudos/Estude para o Enem!
Guerra dos canudos/Estude para o Enem!
Joemille Leal
 
A questão ambiental - principais efeitos
A questão ambiental - principais efeitosA questão ambiental - principais efeitos
A questão ambiental - principais efeitos
Artur Lara
 
Chico Mendes
Chico MendesChico Mendes
Chico Mendes
AlessandroRubens
 
Balaiada ok
Balaiada okBalaiada ok
Balaiada ok
Leonardo Caputo
 
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempoChico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Mima Badan
 
8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo
AlessandroRubens
 
Geografia Paisagens Urbanas e Rurais
Geografia Paisagens Urbanas e RuraisGeografia Paisagens Urbanas e Rurais
Geografia Paisagens Urbanas e Rurais
Micélia F. Rambo
 
Revoltas coloniais e independência do brasil
Revoltas coloniais e independência do brasilRevoltas coloniais e independência do brasil
Revoltas coloniais e independência do brasil
Fatima Freitas
 
Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]
Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]
Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]
AlessandroRubens
 
As principais questões ambientais que o mundo enfrenta
As principais questões ambientais que o mundo enfrentaAs principais questões ambientais que o mundo enfrenta
As principais questões ambientais que o mundo enfrenta
kukunimade
 
Queimadas e desmatamentos
Queimadas e desmatamentosQueimadas e desmatamentos
Queimadas e desmatamentos
Thiago Souza
 
Desmatamento Degradacao Solo
Desmatamento Degradacao SoloDesmatamento Degradacao Solo
Desmatamento Degradacao Solo
Douglas Baptista
 
Desmatamentos e queimadas
Desmatamentos e queimadasDesmatamentos e queimadas
Desmatamentos e queimadas
Jean Carvalho
 
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlicaDa Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica
Minokitas 1
 
GUERRA DE CANUDOS
GUERRA DE CANUDOSGUERRA DE CANUDOS
GUERRA DE CANUDOS
Louise Caldart Colombo
 
Revolta da Vacina
Revolta da VacinaRevolta da Vacina
Revolta da Vacina
Ana Lod Ferreira
 
Revoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil ColôniaRevoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil Colônia
Luizelene Moreira
 
Capitalismo
CapitalismoCapitalismo
Capitalismo
Rosalia Ludwig
 

Destaque (20)

Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de AtividadesApresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
 
Historia - Sabinada
Historia - Sabinada Historia - Sabinada
Historia - Sabinada
 
Guerra dos canudos/Estude para o Enem!
Guerra dos canudos/Estude para o Enem!Guerra dos canudos/Estude para o Enem!
Guerra dos canudos/Estude para o Enem!
 
A questão ambiental - principais efeitos
A questão ambiental - principais efeitosA questão ambiental - principais efeitos
A questão ambiental - principais efeitos
 
Chico Mendes
Chico MendesChico Mendes
Chico Mendes
 
Balaiada ok
Balaiada okBalaiada ok
Balaiada ok
 
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempoChico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
 
8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo
 
Geografia Paisagens Urbanas e Rurais
Geografia Paisagens Urbanas e RuraisGeografia Paisagens Urbanas e Rurais
Geografia Paisagens Urbanas e Rurais
 
Revoltas coloniais e independência do brasil
Revoltas coloniais e independência do brasilRevoltas coloniais e independência do brasil
Revoltas coloniais e independência do brasil
 
Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]
Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]
Paisagem rural e_paisagem_urbana[1]
 
As principais questões ambientais que o mundo enfrenta
As principais questões ambientais que o mundo enfrentaAs principais questões ambientais que o mundo enfrenta
As principais questões ambientais que o mundo enfrenta
 
Queimadas e desmatamentos
Queimadas e desmatamentosQueimadas e desmatamentos
Queimadas e desmatamentos
 
Desmatamento Degradacao Solo
Desmatamento Degradacao SoloDesmatamento Degradacao Solo
Desmatamento Degradacao Solo
 
Desmatamentos e queimadas
Desmatamentos e queimadasDesmatamentos e queimadas
Desmatamentos e queimadas
 
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlicaDa Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica
 
GUERRA DE CANUDOS
GUERRA DE CANUDOSGUERRA DE CANUDOS
GUERRA DE CANUDOS
 
Revolta da Vacina
Revolta da VacinaRevolta da Vacina
Revolta da Vacina
 
Revoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil ColôniaRevoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil Colônia
 
Capitalismo
CapitalismoCapitalismo
Capitalismo
 

Semelhante a Gazeta do Jovem Historiador/Revolta da Chibata

Revoltas na primeira república 3º. ano ensino médio
Revoltas na primeira república   3º. ano ensino médioRevoltas na primeira república   3º. ano ensino médio
Revoltas na primeira república 3º. ano ensino médio
Fatima Freitas
 
.pptx
.pptx.pptx
República velha questões
República velha questõesRepública velha questões
República velha questões
cida0159
 
República velha questões
República velha questõesRepública velha questões
República velha questões
cida0159
 
3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx
3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx
3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx
JeissyCosta
 
Aula 3 - Júlio Cortázar
Aula 3 - Júlio CortázarAula 3 - Júlio Cortázar
Aula 3 - Júlio Cortázar
isadoravivacqua
 
História Alex Mendes
História Alex MendesHistória Alex Mendes
História Alex Mendes
Pré-Enem Seduc
 
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
wladimir1aguiar
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Jorge Marcos Oliveira
 
A Revolta dos Marinheiros
A Revolta dos MarinheirosA Revolta dos Marinheiros
A Revolta dos Marinheiros
Matheus sousa
 
Aula 2 - Gabriel García Márquez
Aula 2 - Gabriel García MárquezAula 2 - Gabriel García Márquez
Aula 2 - Gabriel García Márquez
isadoravivacqua
 
Problemas sociais na república velha
Problemas sociais na república velhaProblemas sociais na república velha
Problemas sociais na república velha
Prof.Marcio LHP
 
Revoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil repúblicaRevoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil república
Adriana Gomes Messias
 
Movimentos sociais na rep. velha
Movimentos sociais na rep. velhaMovimentos sociais na rep. velha
Movimentos sociais na rep. velha
Dilermando12
 
A crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilA crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasil
Adriana Gomes Messias
 
Rebeliões na República Velha (1889-1930)
Rebeliões na República Velha (1889-1930)Rebeliões na República Velha (1889-1930)
Rebeliões na República Velha (1889-1930)
Edenilson Morais
 
Revoltas na república velha . 97.2003
Revoltas na república velha . 97.2003Revoltas na república velha . 97.2003
Revoltas na república velha . 97.2003
Odairdesouza
 
O Que é Isso, Companheiro
O Que é Isso, CompanheiroO Que é Isso, Companheiro
O Que é Isso, Companheiro
Edir Alonso
 
Revoltas da primeira república.pptx
Revoltas da primeira república.pptxRevoltas da primeira república.pptx
Revoltas da primeira república.pptx
RaquelSilvaBatista3
 
Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...
Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...
Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...
Claudia Martins
 

Semelhante a Gazeta do Jovem Historiador/Revolta da Chibata (20)

Revoltas na primeira república 3º. ano ensino médio
Revoltas na primeira república   3º. ano ensino médioRevoltas na primeira república   3º. ano ensino médio
Revoltas na primeira república 3º. ano ensino médio
 
.pptx
.pptx.pptx
.pptx
 
República velha questões
República velha questõesRepública velha questões
República velha questões
 
República velha questões
República velha questõesRepública velha questões
República velha questões
 
3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx
3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx
3°-ANO-Pré-Modernismo-material-complementar.pptx
 
Aula 3 - Júlio Cortázar
Aula 3 - Júlio CortázarAula 3 - Júlio Cortázar
Aula 3 - Júlio Cortázar
 
História Alex Mendes
História Alex MendesHistória Alex Mendes
História Alex Mendes
 
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
 
A Revolta dos Marinheiros
A Revolta dos MarinheirosA Revolta dos Marinheiros
A Revolta dos Marinheiros
 
Aula 2 - Gabriel García Márquez
Aula 2 - Gabriel García MárquezAula 2 - Gabriel García Márquez
Aula 2 - Gabriel García Márquez
 
Problemas sociais na república velha
Problemas sociais na república velhaProblemas sociais na república velha
Problemas sociais na república velha
 
Revoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil repúblicaRevoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil república
 
Movimentos sociais na rep. velha
Movimentos sociais na rep. velhaMovimentos sociais na rep. velha
Movimentos sociais na rep. velha
 
A crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilA crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasil
 
Rebeliões na República Velha (1889-1930)
Rebeliões na República Velha (1889-1930)Rebeliões na República Velha (1889-1930)
Rebeliões na República Velha (1889-1930)
 
Revoltas na república velha . 97.2003
Revoltas na república velha . 97.2003Revoltas na república velha . 97.2003
Revoltas na república velha . 97.2003
 
O Que é Isso, Companheiro
O Que é Isso, CompanheiroO Que é Isso, Companheiro
O Que é Isso, Companheiro
 
Revoltas da primeira república.pptx
Revoltas da primeira república.pptxRevoltas da primeira república.pptx
Revoltas da primeira república.pptx
 
Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...
Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...
Cultura afro brasileira uiz gama -luíza mahin_joão de deus_ lucas dantas_ man...
 

Mais de Dani Barbosa

Ciclo do fósforo
Ciclo do fósforoCiclo do fósforo
Ciclo do fósforo
Dani Barbosa
 
Apresentação do projeto de maria de jesus 07.02
Apresentação  do projeto de maria de jesus 07.02Apresentação  do projeto de maria de jesus 07.02
Apresentação do projeto de maria de jesus 07.02
Dani Barbosa
 
Selva de pedra redação
Selva de pedra   redaçãoSelva de pedra   redação
Selva de pedra redação
Dani Barbosa
 
O que é_esclarecimento (2)
O  que é_esclarecimento (2)O  que é_esclarecimento (2)
O que é_esclarecimento (2)
Dani Barbosa
 
Física/Som
Física/SomFísica/Som
Física/Som
Dani Barbosa
 
Entalpia
EntalpiaEntalpia
Entalpia
Dani Barbosa
 

Mais de Dani Barbosa (6)

Ciclo do fósforo
Ciclo do fósforoCiclo do fósforo
Ciclo do fósforo
 
Apresentação do projeto de maria de jesus 07.02
Apresentação  do projeto de maria de jesus 07.02Apresentação  do projeto de maria de jesus 07.02
Apresentação do projeto de maria de jesus 07.02
 
Selva de pedra redação
Selva de pedra   redaçãoSelva de pedra   redação
Selva de pedra redação
 
O que é_esclarecimento (2)
O  que é_esclarecimento (2)O  que é_esclarecimento (2)
O que é_esclarecimento (2)
 
Física/Som
Física/SomFísica/Som
Física/Som
 
Entalpia
EntalpiaEntalpia
Entalpia
 

Último

Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
YeniferGarcia36
 
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
LEANDROSPANHOL1
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de cursoDicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Simone399395
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Zenir Carmen Bez Trombeta
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
Eró Cunha
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
eaiprofpolly
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
Manuais Formação
 
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
MarceloMonteiro213738
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
 
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de cursoDicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
 
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 

Gazeta do Jovem Historiador/Revolta da Chibata

  • 1. Maio de GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR 2013 Muito mais que uma revolta: a verdadeira face política da Revolta da Chibata. "Vale é saber que as carnes de um servidor da pátria só serão cortadas pelas armas dos inimigos, mas nunca pela chibata de seus irmãos. A chibata avilta.” Essa declaração de João Cândido, líder da rebelião, em entrevista ao Coreio da Manhã em 1910, sintetizou o real sentido e a finalidade da Revolta da Chibata, que marcou a História brasileira de tal forma a tomar esse movimento como um dos embates políticos mais importantes ocorridos na Velha República. Contexto: por que ocorreu Mudando o contexto histórico de um país completamente explorado, marinheiros sofreram maus-tratos e castigos físicos em exercício de sua profissão. O negro recém-liberto, analfabeto e marginalizado da sociedade, só tinha uma opção para tentar ascender na sociedade da época: incorporar-se na Marinha. Porém, muitas vezes eram recrutados à força, sofrendo o exasperado aviltamento através dos açoites, “O Brasil não tem povo, tem público.” Lima Barreto prática proibida com a Proclamação da República, entretanto reintroduzida no Decreto 328 de abril de 1890, como forma de punição e controle sobre os marinheiros – em sua maioria negros e pobres. A situação dos marinheiros era deplorável: cativeiro em prisão solitária, a pão e água, rebaixamento de salário e 25 chibatadas para faltas graves, que eram penas regulamentadas em plena República. Após assistirem ao brutal açoitamento de Marcelino Rodrigues, acusado de embarcar com cachaça e agredir outro marujo, que não levou 25 chibatadas, mas 250, desmaiou e continuou sendo açoitado, todos os marinheiros estavam inebriados de furor. E não foi só esse acontecimento que levou a revolta de muitos. Marinheiros revoltosos haviam se organizado desde 1908, mas a eclosão do movimento adveio somente em 1910, sob a liderança de João Cândido, mais conhecido como “Almirante Negro”, e Dias Martins, o mentor intelectual do grupo. Na noite de 22 de novembro, os marinheiros, liderados por João Cândido, mais conhecido como “Almirante Negro”, tomaram controle do Minas Gerais, assassinando quatro oficiais, inclusive o comandante do navio. Na manhã do dia 23, os revoltosos, que haviam conseguido apoio de outras tripulações, enviaram uma carta dirigida ao então presidente, Hermes da Fonseca. No manifesto, os marinheiros diziam não suportar mais “a escravidão dentro da Marinha", afirmando-se a favor de uma reparação no "código imoral e vergonhoso que nos rege a fim de que desapareça a chibata [...] e A Revolta e o Almirante Negro 1
  • 2. Maio de GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR 2013 Muito mais que uma revolta: a verdadeira face política da Revolta da Chibata. outros castigos semelhantes”. Marinha que dizimou boa parte dos revoltosos. Sobreviventes foram forçados a embarcar no navio Satélite, que seguiria para o Amazonas, para trabalhar na produção de borracha. João Cândido, posteriormente, foi internado como louco no Hospital dos Alienados. Em segundo plano, à esquerda Figura 1. Manchete de jornal da época sobre a Revolta da Chibata. Fonte: arocacontaumconto.blogspot.com O desfecho do movimento aconteceu no dia 26, quando os marinheiros entregaram os navios, depois de o presidente sancionar anistia aprovada pelo Senado. Porém Hermes da Fonseca assinou um decreto que permitia a exclusão dos marinheiros, que foram levados para a Ilha das Cobras, onde organizaram um novo levante, que foi duramente combatida pela “O Brasil não tem povo, tem público.” Lima Barreto Dias Martins não recebe tantas homenagens como João Cândido, apesar de ser o “cérebro” da Revolução, mas ainda assim não ficou à margem da história, segundo o historiador Marco Morel. “No momento que eclode a rebelião, João Cândido virou símbolo, expressão e rosto, não só para a fama, mas também para a repressão”, argumenta o historiador, lembrando das perseguições que Cândido sofreu mesmo anos após a revolta. “Dias Martins foi considerado uma figura de bastidor, por ser associado a um homem com cultura letrada. É um homem bastante reconhecido.” Já o historiador Álvaro Pereira do Nascimento acredita em outra tese: a falta de documentos confiáveis sobre o personagem. “Falta mesmo pesquisa sobre Dias Martins. Falta fonte. O que eu sei: Dias Martins não ficou em segundo plano. João Cândido é que foi elevado ao primeiro plano”, explica, dando como argumento o tempo de trabalho: “ele tinha 15 anos de serviço militar”. Homenagem a João Cândido: MestreSala dos mares Música de João Bosco e Aldir Blanc (música censurada durante a ditadura) Há muito tempo nas águas da Guanabara O dragão do mar reapareceu Ha figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu Conhecido como navegante negro Tinha a dignidade de um mestre-sala E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas Jovens polacas e por batalhões de mulatas... 2
  • 3. Maio de GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR 2013 Muito mais que uma revolta: a verdadeira face política da Revolta da Chibata. Equipe: Danielle Barbosa, Isamor Lopes, Jerffeson Martins, Marley Moraes e Tayssa Lima. [3º ano D] Figura 2. João Cândido, líder da Revolta. Fonte: www.ebc.com.br Segundo Elisângela Galvão, professora de História e de Étnico Racial da Faculdade Santa Fé, “o episódio da Revolta da Chibata representa a emancipação do pensamento a respeito da consciência social e política”. “O Brasil não tem povo, tem público.” Lima Barreto 3