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As consequências dessa partilha são devastadoras. A divisão atende aos interesses das
potências europeias, que incitam conflitos entre tribos rivais como estratégia de
dominação do território.
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“DIVIDIR PARA
GOVERNAR”
(Maquiavel)
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Diversos reinos e Estados
estavam organizados na
África quando os europeus
chegaram.
Em poucos séculos, a África
mergulhou na estagnação e
na pobreza provocada pelo
‘colonizador’.
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Na África do Norte ou África Saariana além dos conflitos étnicos há a
influência crescente do fundamentalismo islâmico e mais recentemente
a chamada “Primavera Árabe”.
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Na África Central e Austral ou África Subsaariana os conflitos
essencialmente étnicos e religiosos e têm relação com o processo de
artificialização de fronteiras decorrente da descolonização de 1950 –
80.
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A fome e a diminuição progressiva das terras agricultáveis e dos
recursos hídricos também são fatores de conflito pois põe grupos
étnicos rivais na disputa por recursos naturais para sua sobrevivência.
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A mais nova nação, criada a partir da separação com o Sudão, sofre com conflitos internos
desde a guerra da independência, em 2011.
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Separada, começou uma guerra civil em 2013. Há mais de um milhão de refugiados
internos e 250 mil já saíram do país.
Após a independência surgem guerrilhas que
lutam contra o domínio do SPLM (Movimento
de Libertação do Povo Sudanês ) .
No estado de Jonglei, os confrontos com os
rebeldes matam nove soldados da Unmiss nos
primeiros meses de 2013 e desalojam 120 mil
pessoas.
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A Somália viveu uma
guerra civil entre
1991 e 2013.
Barre governa
ditatorialmente até 1991,
quando é derrubado por
grupos rebeldes. Com as
facções vitoriosas
divididas, a Somália
passa a ser uma nação
sem governo, onde clãs
armados lutam
entre si.
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Situada no Chifre da África, o ponto mais oriental do continente, a Somália mergulha na guerra
civil em 1991, com vários clãs rivais lutando entre si.
Em meados dos anos 2000, o avanço pelo território de milícias islâmicas ligadas à Al Qaeda traz
nova dimensão ao conflito e converte a Somália em um centro do terrorismo e da pirataria
internacional.
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O desgoverno na Somália favorece a ação de piratas no golfo de Aden, perto do Canal de Suez,
uma das principais rotas mercantes do mundo. A ONU institui, em 2008, uma Área de Patrulha
de Segurança Marítima (MSPA) na região, e vários países enviam navios de guerra. Contudo, os
piratas realizam um recorde de 214 ataques em 2009.
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A maior ameaça na Somália é a crescente dominação do grupo
extremista islâmico Al Shabab. O governo tem evitado que eles se instalem nas
cidades, que acabam dominando as áreas rurais no país.
Os Bantu são o povo mais ameaçado pelo conflito armado, por conta do histórico preconceito
que sofrem - por serem ligados aos antigos escravos somali.
Minorias
ameaçadas:
Bantu,
Benadiri,
Gabooye;
líderes de
clãs Hawiye
e Darod
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O país sofre com conflitos de origem étnica e religiosa, com embate entre grupos islâmicos
extremistas.
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Piores pontos: garantia dos direitos humanos e intervenção externa (problema com Uganda)
conflito entre o exército do
governo e o grupo rebelde
M23, fiel a um líder rebelde
do país, procurado pelo
Tribunal Penal Internacional
por crimes de guerra e
contra a humanidade.
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O Sudão vive em guerra desde 2007, resultando em mais de três milhões de refugiados. O
conflito com o Sudão do Sul persiste.
Piores pontos: falta de segurança,
revoltas, presença de facções no
poder
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O conflito com o Sudão do Sul e
com os rebeldes tem causado uma
grande onda de refugiados no país.
Minorias ameaçadas: Fur, Zaghawa, Massalit
and others in Darfur; Ngok Dinka, Nuba e Beja
Uma das razões do
conflito é que o governo
central se recusa a dividir
riquezas e poderes com as
diversas minorias do país.
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O país tem a expectativa de vida mais baixa do mundo (44 anos), sofre com falta de estruturas
básicas e ainda lida com meio milhão de refugiados do Sudão e da República Centro-Africana.
Piores pontos: falta de serviços
públicos, presença de refugiados,
dominância de facções
O Chade fica no centro-
norte africano, na área de
transição entre a África
árabe, ao norte, e a negra,
ao sul. Essa diversidade
alimenta conflitos internos
iniciados na década de
1960
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O país sofre com revoltas e instabilidade política, apesar das grandes riquezas naturais. A
corrupção é endêmica. O ambiente instável afugenta investidores.
Piores pontos: falta de estado legítimo, falta de segurança, presença de facções no poder
Em 2000, conflitos na
fronteira com a Libéria e
Serra Leoa trazem para o
país 500 mil refugiados
liberianos e leoneses, o
que provoca tensão
étnica.
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Desde 1999, o país já passou por duas guerras civis e múltiplos impasses políticos. A
desigualdade aumenta com o ambiente instável.
Os Animistas acreditam que existem espíritos que vivem por
toda parte, dão vida e protegem todas as coisas
Convivem no país mais de 60
grupos étnicos, de maioria
religiosa animista.
A exploração de petróleo e gás
natural está em crescimento, mas a
guerra civil iniciada em 2002
compromete os avanços
econômicos obtidos nos últimos
anos.
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Em 1998, após tentativa de golpe militar, o país mergulha em guerra civil, e cerca de 200 mil
pessoas fogem do país..
A população sofre com a pobreza: 69% vivem na miséria e a expectativa de vida é de apenas 54
anos.
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Apesar de ser uma das nações mais ricas da África, a Nigéria sofre com desigualdade, corrupção
e tensões religiosas. A presença de grupos jihadistas aumenta a violência e a instabilidade.
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O país sofre com a extrema desigualdade e a presença de grupos terroristas, como o Al
Shabaab. Ainda há 400 mil refugiados internos por conta de conflitos, além de refugiados vindos
da Somália, Etiópia, Uganda e Sudão do Sul.
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O país sofre com uma alta mortalidade infantil, instabilidade política e econômica e vive em
conflito com Líbia, Mali e Nigéria sobre fronteiras. A Al Qaeda no Magreb também conseguiu se
instalar no país.
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A Etiópia sofre com aumento da desigualdade, pressão demográfica e altas taxas de mortalidade
infantil.
O povo Anuak, por exemplo, que
vive há séculos na beira dos rios
do sudoeste etíope, está sendo
expulso e violado pelo governo
atual.
O plano do governo de expandir
as fronteira da capital, Addis
Adeba, também está ameaçando
a minoria Oromo.
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Localizado no centro-oeste da África, o Congo convive com a herança da colonização francesa e
de antigas divisões tribais. Conflitos étnicos e políticos resultam em uma
guerra civil na década de 1990, que faz mais de 10 mil mortos.
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-
proximos-genocidios-devem-ocorrer-nesses-9-
paises#1
Desde 2010 a ONU tem relatado
crimes perpetrados pelo próprio
exército local, que incorporou ex-
rebeldes. A população local não
tem mais em quem confiar.
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A onda começou em 17 de dezembro de 2010, quando um comerciante tunisiano ateou
fogo ao próprio corpo em protesto contra o desemprego e condições de vida no país.
Mais tarde ele acabaria morrendo, desencadeando uma série de manifestações, que
logo se espalhariam para os países vizinhos.
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O gesto desesperado de um jovem, no dia 17 de dezembro, deflagrou uma onda de
protestos e choques entre manifestantes e a polícia.
Mohamed Bouazizi ateou fogo em si mesmo na cidade de Sidi Bouzid (centro do país)
quando policiais impediram que ele vendesse vegetais em uma banca de rua sem
permissão.
O ocorrido gerou uma onda de protestos
contra o desemprego na região, que
baseia sua economia na agricultura e é
uma das mais pobres do país.
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A Primavera Árabe é uma das maiores revoluções já
vistas na História.
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A imolação de Mohamed Bouazizi foi o ponto de partida para uma revolta que derrubou
a ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali na Tunísia, em janeiro.
Menos de um mês depois, Hosni Mubarak caía no Egito, levando consigo um regime
que durava três décadas. Em outubro, o líbio Muamar Kadafi foi morto por opositores
que travaram, ao longo de meses, uma violenta guerra civil no país. E no Iêmen, Ali
Abdullah Saleh transferiu o poder em novembro após meses de protestos.
Ben Ali Hosni Mubarak Kadafi
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Mas a revolução não acabou. A Síria, por exemplo, tem sido palco de violentos conflitos ao
longo do ano.
O regime de Bashar al-Assad, que está no poder há 11 anos, desde a morte do pai, Hafez, se
mantém firme e é acusado de oprimir violentamente as manifestações populares. A ONU diz
que mais de 30 mil pessoas morreram nos conflitos e acusa o regime de crimes contra a
humanidade.
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Bahrein, Kuwait e vários outros países da região vivem dias conturbados. Em diferentes
medidas, a onda de revolta se espalha por países como Omã, Argélia, Marrocos e Jordânia. As
populações vão às ruas, organizam protestos com uso de redes sociais, mas na maioria dos
casos, governos respondem com poucas reformas e muita brutalidade.
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Mais de um ano e meio após seu início, a “Primavera Árabe”, se encontra em um
impasse de violência, mortes, frustrações e dúvidas quanto a mudanças práticas.
Há três grandes fatores que fazem crer que o fim dessas ditaduras pode não
representar as grandes transformações que reclama a rua árabe.
Elas são:
- Os revolucionários não chegaram ao poder.
- O papel do Islã nessas sociedades que querem democracia
- A atuação das grandes potências em ingerência e interesses históricos na região.
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Outro aspecto que é interessante e original nessa revolta é o papel decisivo da internet
e das redes sociais mesmo que nesses países elas estejam sob regime de censura.
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O que realmente motivou as revoltas foi o estado de abandono da população,
mergulhada em uma profunda crise econômica, altos indicies de desemprego –
principalmente entre os mais jovens – e a ausência total de democracia nesses estados
policialescos.
Os altos indices de urbanização, típicos dessa região do norte da África também foram
favoráveis, pois uma população que se urbaniza se aglomera e tem mais acessos a
informação o que torna mais fácil a disseminação de ideias e a organização de grupos
revolucionários.
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Manifestação no Líbano
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“Ruanda assim como o Burundi eram colônias da Alemanha até o começo do século
XX. Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o protetorado foi
entregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações.
O domínio belga foi muito mais direto e duro que o dos alemães e, utilizando a Igreja
Católica, manipulou a classe alta dos tutsi para reprimir o resto da população -
majoritariamente hutus e demais tutsis - incluindo a cobrança de impostos e o
trabalho forçado, criando um fosso social maior do que o que já existia.
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Depois da II Guerra Mundial, Ruanda tornou-se novamente um protetorado, pelas
ONU, tendo a Bélgica como autoridade administrativa.
Foi em 1990 que a tensão atingiu seu ápice, quando os hutus voltam ao poder depois
de décadas de domínio da minoria privilegiada Tutsi com o início de uma guerra civil
que culminou em genocídio de um milhão de pessoas quatro anos mais tarde.
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O estopim que provocou o massacre foi em 6 de Abril de 1994, quando o presidente
Huti de Ruanda Juvénal Habyarimana e Cyprien Ntaryamira, presidente do Burundi,
foram assassinados quando o seu avião foi atingido por fogo quando ao aterrisar em
Kigali.
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Durante os três meses seguintes, os
militares e milícianos ligados ao
antigo regime mataram
cerca de 800.000 tutsis
e hutus oposicionistas,
naquilo que ficou conhecido como o
Genocídio de Ruanda
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Os hutus — praticamente 90% da
população —, promovera o quase
extermínio da minoria tutsi — 9%
dos habitantes —, que, contra todos
os prognósticos, conquistou o poder.
Mas os hutus moderados também
foram cruelmente perseguidos
porque não concordavam com seus
líderes.
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Homens, mulheres e crianças foram exterminados a machadadas e
esquartejados. Uma das cenas que mais horrorizaram o mundo foi a de centenas
de corpos boiando pelo rio Kagera, localizado na fronteira entre Ruanda e Tanzânia.
Os três meses de
massacre provocaram
o êxodo de 2,3
milhões de pessoas
aos países
vizinhos.
Junho de 1994 - Órfão com as pernas
amputadas descansa em colchão de
orfanato em Nyanza
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Uma escavadeira operada por um soldado francês coloca
corpos em uma vala comum em um campo de Kibumba,
em Goma, na República Democrática do Congo Congo (ex-
Zaire)Michel Euler/AP
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Crânios de vítimas do genocídio são
expostos no memorial da igreja de
Ntarama, em Ruanda
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Março de 2014 - Ossos formam o
memorial da igreja de Nyarubuye,
onde foram mortos cerca de 10 mil
hutus durante o genocídio
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Massacre em Ruanda
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Resgate da ONU em Ruanda
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NACIONALIDADE: Leonês
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NACIONALIDADE: Leonês
CAPITAL: Freetown
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Presidente Ernest Bai Koroma
FORMA DE GOVERNO: Rep. Presidencialista
POPULAÇÃO: 6,1 milhões
NACIONALIDADE: Leonês
CAPITAL: Freetown
Exército de Meninos de
Serra Leoa
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Centenas de milhares de pessoas sofrem de estresse pós-traumático,
têm ataques epiléticos ou sofrem de abuso de drogas, em consequência
dos traumas da guerra civil.
Tanto tropas do governo quanto forças rebeldes cometeram atrocidades durante o conflito que,
segundo as estimativas consideradas mais "conservadoras", matou 200 mil pessoas.
A Guerra Civil de Serra Leoa começou em
1991, pela Frente Revolucionária Unida
(FRU), que lutava para derrubar o governo
central do país.
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Especialmente em Serra Leoa, o mau trato à mulheres é um
problemas de escalas gigantescas, as quais nem imaginamos.
O ESTUPRO É USADO COMO ARMA.
http://republicaserraleoa.blogspot.com.br/
É praticado como forma de humilhação ou método de "limpeza étnica".
Em alguns casos as mulheres chegam a ser violentadas diante do marido e até dos filhos.
Na guerra civil ocorrida até 2002 em Serra Leoa, 94% das mulheres que tiveram de deixar suas
casas sofreram agressões sexuais.
Segundo uma garota de 13 anos, que trabalhou como soldado em Serra Leoa, o comandante
pediu para que cada criança pegasse um pedaço de papel, que continha uma das palavras: mãos, pés, nariz.
O que quer que estivesse escrito tinha de ser amputado no próximo prisioneiro.
Quem desobedecia era morto.
Uma outra menina diz: "Vi pessoas terem suas mãos cortadas, vi uma menina de 10 anos ser estuprada e
morta e vi homens e mulheres sendo queimados vivos. Chorava, mas só dentro do meu coração. Não ousava
chorar de verdade".
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Desde a independência do país em 1961, o cenário político da nação foi marcado por corrupção, má administração governamental e violência
nos processos eleitorais, que acabavam por enfraquecer a sociedade civil, com o colapso de várias instituições, como o sistema educacional e de
saúde, que gerou, no começo dos anos noventa, uma juventude analfabeta tremendamente frustrada, que encontraram
voz em grupos extremistas como a Frente Revolucionária Unida (Revolutionary United Front ou RUF) A RUF foi fundada por
Foday Sankoh, um ex-militar serra-leonês, que prometia, acima de tudo, igualdade na distribução das rendas provenientes da venda de
diamantes. Os diamantes de Serra Leoa eram considerados alguns dos melhores do mundo e o país extraía
centenas de pedras por dia. Contudo, os grandes lucros raramente eram repassados para a população, que sofria com a pobreza. As
promessas de Sankoh de redistribuir os lucros de diamentes para o povo rapidamente desapareceram quando ele passou a usar esse dinheiro
para financiar sua milícia.A RUF nunca deixou claro qual era sua visão politica, mas alegava lutar pela liberdade do povo de Serra Leoa. O grupo
recebeu vasto apoio de Charles Taylor, então presidente da Libéria, que também usava diamantes para financiar seu próprio conflito civil em seu
país.
Durante os primeiros anos da guerra civil, a RUF assumiu o controle do interior do país, especialmente das zonas rurais nas partes leste e sul da
nação, que tinham zonas fluviáis ricas em diamantes. O governo, que controlava os centros urbanos, falhou em derrotar a
RUF que, por controlar as jazidas de diamantes, tinha mais renda. A crise financeira se instalou na administração do Estado
e sua ineficácia em combater os rebeldes fez com que o governo entrasse em colapso, o que precipitou em um golpe de estado que acabou
acontecendo em abril de 1992, organizado pelo Conselho de Governo Provisório Nacional. Ao fim de 1993, o exército do país havia conseguido
empurrar os rebeldes da RUF até a fronteira com a Libéria, mas a milícia se reagrupou, contra-atacou e voltou a ganhar terreno. A Frente
Revolucionária Unida, liderada por Foday Sankoh, passou a ser acusada de cometer diversos crimes de guerra. Eles foram acusados de
brutalizar a população nos territórios que ocupava, uso indiscriminado de crianças soldado, escravização de
trabalhadores nas jazidas de diamentes, estupros, saques, etc. Em março de 1995, para combater Sankoh e seu exército
rebelde, o governo contratou a empresa mercenária sul-africana Executive Outcomes (EO). Valendo-se de sua superioridade em armamentos, a
EO expulsou a RUF das minas do leste do país. Com uma tênue paz instaurada, eleições para estabelecer um novo governo civil no país
aconteceram em março de 1996. Por pressão da ONU, o presidente eleito, Ahmad Tejan Kabbah, foi obrigado a encerrar o contrato com a
Executive Outcomes e a RUF se aproveitou da situação para reiniciar as hostilidades.
O grupo rapidamente retomou as minas diamantíferas, com o objetivo de não só financiar sua guerra, mas também para privar o governo de sua
principal fonte renda.O exército nacional, que recebia poucos recursos federais, passou a alimentar uma grande animosidade contra a
administração do país. Essa insatisfação entre os militares resultou em um novo golpe de estado, em maio de 1997, que derrubou a
administração de Kabbah. A nova junta militar assumiu as rédeas do governo e convocou os rebeldes da RUF para participar da transição política.
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A Frente Revolucionária Unida então invadiu a capital do país, Freetown, enfrentando pouquíssima resistência armada.
No processo, os rebeldes cometeram diversas atrocidades, como assassinatos, estupros, torturas, arrastões, saques e mutilações de civis. Eles
justificaram essas ações dizendo que a população civil foi a responsável pela eleição de Kabbah e portanto deveriam pagar pela situação do país.
A comunidade internacional decidiu reagir e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental reuniu uma força de paz, a ECOMOG,
para intervir em Serra Leoa e reconquistar Freetown, que estava em mãos rebeldes. Eles conseguiram retomar a capital do país, expulsar os
rebeldes e reestabelecer o governo de Kabbah. Contudo, no interior do país, a RUF prosseguia controlando os locais de extração de diamentes.
Com essa vantagem financeira, os rebeldes se rearmaram e novamente atacaram Freetown. As forças da ECOMOG resistiram ao avanço da RUF
e impediram que a capital de Serra Leoa fosse conquistada. Durante as batalhas, diversas atrocidades foram cometidas por ambos os lados,
enquanto o país caia na anarquia.
Em janeiro de 1999, líderes mundiais tentaram estabelecer a paz no país por meio de conversações entre a RUF e o governo. O resultado foi o
chamado Acordo de Paz de Lomé, assinado em 27 de março de 1999. O acordou deu ao líder rebelde e chefe da RUF, Foday Sankoh, a vice-
presidência de Serra Leoa e também garantiram a ele o controle legal das jazidas de diamentes do país. Uma força de paz da ONU foi enviada
para certificar que o acordo estava sendo cumprido e também para desarmar as milícias. Contudo, a RUF se recusou a entregar as armas e
prosseguia com uma campanha de violência e brutalização das populações civis em zonas diamantíferas.
Em maio de 2000, os rebeldes avançaram sobre Freetown novamente. Então, o governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Tony Blair,
decidiu intervir na guerra civil serra-leonesesa e enviou uma força de combate para salvar a missão da ONU e reestabelecer a ordem no país.
Com o exército britânico na vanguarda, o governo derrotou a RUF, destruiu a infraestrutura do grupo e capturou seus líderes.
Em 22 de janeiro de 2002, o presidente Kabbah declarou oficialmente o fim da guerra civil.
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O mais populoso país da África.
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A atividade agrícola é intensa, mas a base da economia é a extração de
petróleo, que responde por 90% das vendas externas e torna o país o
maior exportador do produto no continente.
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A Nigéria é o maior produtor de petróleo da África e está entre os dez
maiores do mundo. Graças às exportações do “ouro negro”, sua
economia cresce por ano a taxas de matar de inveja os países
desenvolvidos.
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A atividade agrícola é intensa, mas a base da economia é a extração de
petróleo, que responde por 90% das vendas externas e torna o país o
maior exportador do produto no continente.
Refinarias ilegais de
petróleo na Nigéria.
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Nesta foto, um homem chamado Godwill ("Vontade Divina"), faz a recolha de crude num local de
aprovisionamento ilegal de petróleo, próximo do rio Nun, no estado nigeriano de Bayelsa.
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Os métodos arcaicos com os quais estes trabalhadores laboram, não os impedem de recolher diretamente o
petróleo que corre nos "pipelines" das empresas multinacionais que trabalham no país.
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Depois de recolhido, o material é vendido ainda em crude, ou é refinado "manualmente" para posterior venda ao
estrangeiro. Segundo dados oficiais, esta prática já representa um quinto da produção de petróleo na Nigéria.
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Algum do material que é recolhido é também usado, ainda em crude, como combustível para as refinarias
"manuais" que são usadas por estes trabalhadores ilegais.
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O crude recolhido por estes trabalhadores ilegais é muitas vezes transportado por barcos, sem qualquer preparação, nos
rios ao redor das explorações onde laboram.
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No entanto, os parâmetros ecológicos são muita vezes esquecidos, em detrimento da rapidez do negócio.
foto AKINTUNDE AKINLEYE / REUTERS
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Também os trabalhadores deste negócio, são muitas vezes obrigados a trabalhar com muito poucos recursos e preparação
para o género de trabalho que desenvolvem.
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E os efeitos desta pouca preparação são visíveis também nas normas sanitárias com que trabalham.
foto AKINTUNDE AKINLEYE / REUTERS
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No entanto, esta situação é do conhecimento das autoridades locais que tentam acabar com a situação. Em parte, devido
aos malefícios que representa para o ambiente, mas sem esquecer que se trata do modo de vida de milhares de nigerianos.
http://www.jn.pt/multimedia/gale
ria.aspx?content_id=2994180
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Sua produção é bastante prejudicada pela instabilidade
político-religiosa do país, obstáculo insuperável para a Nigéria
se modernizar e atrair investimentos.
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A existência de cerca de 250 grupos étnicos, com línguas e culturas
diferentes, provoca tensão permanente.
O sul, rico e de influência cristã, dominado pela etnia ioruba, rivaliza
com o norte, muçulmano, com maioria hauçá.
Iorubá/sul Hauçá/norte
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Os britânicos, em luta contra os portugueses pelo controle do tráfico de
escravos, conseguem hegemonia sobre o litoral no século XVI, mas só
iniciam ocupação efetiva no século XIX. Em 1914, o Reino Unido junta os povos do
sul e do norte, muito distintos culturalmente, num Estado artificial,
dando origem à atual Nigéria.
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Em 1946, uma Constituição estabelece assembleias regionais, o que dificulta o
processo de unificação do país. A Nigéria torna-se independente em
1960 e transforma-se em República em 1963, com Nnambi Azikiwe como
presidente. Os poderes locais são mais fortes que os do presidente, acirrando a luta
entre as regiões. Em 1966, um grupo de oficiais do Exército, da etnia ibo,
toma o poder, extingue a federação e centraliza o governo, em
detrimento dos povos do norte. Um contragolpe derruba o regime, e
milhares de ibos são massacrados.
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O governo do general Yakubu Gowon, em 1967, divide a Nigéria em 12
estados. Os ibos do leste rejeitam a federação e formam um país
independente, Biafra.
O resultado é a Guerra de Biafra,
que dura até 1970, quando Biafra
é reincorporada.
Mais de 1 milhão de civis são mortos no
conflito, quase todos ibos.
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Com as tropas nigerianas a isolarem a província rebelde, limitando a quantidade de produtos de
fora que aí podiam chegar, a curto prazo a escassez de alimentos tornou-se crónica, e em breve
a fome em grande escala assola a população.
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Pela primeira vez, através da televisão, as imagens de populações inteiras literalmente a morrer
de fome pelos caminhos chegam ao mundo e impactam o Ocidente.
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Foi a primeira vez que a exibição das imagens de uma catástrofe humana pela televisão geraram
resposta popular, obrigando várias instituições e governos a intervir pela pressão da opinião
pública.
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Os anos seguintes são marcados por golpes militares. Há um intervalo
democrático sob a Presidência de Shehu Shagari, eleito em 1979 e reeleito em 1983. Shagari é
deposto pelo general Muhammed Buhari, destituído em 1985 pelo general Ibrahim Babangida.
Em 1991, a capital é transferida de Lagos para Abuja.
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Os anos seguintes são marcados por golpes militares. Há um intervalo
democrático sob a Presidência de Shehu Shagari, eleito em 1979 e reeleito em 1983. Shagari é
deposto pelo general Muhammed Buhari, destituído em 1985 pelo general Ibrahim Babangida.
Em 1991, a capital é transferida de Lagos para Abuja.
As disputas entre muçulmanos e cristãos na
Nigéria também ocorrem em outros países ao
sul do Deserto do Saara, na África Central e
Ocidental.
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O islamismo penetrou no continente pelo norte, com os mercadores árabes, enquanto o
cristianismo chegou com os europeus, pela costa.
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Carências sociais e a disputa pelas riquezas naturais do continente
exacerbam as lutas, agravadas pela expansão das correntes favoráveis à
imposição da lei islâmica, a sharia.
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Carências sociais e a disputa pelas riquezas naturais do continente
exacerbam as lutas, agravadas pela expansão das correntes favoráveis à
imposição da lei islâmica, a sharia.
O sistema de leis é o mesmo que rege todos os outros aspectos da vida de um muçulmano. A
questão é que há, nesse conjunto de regras, princípios fixos (que versam sobre questões mais
pessoais, como casamento, ritos religiosos, heranças etc.) e princípios mutáveis (como, por
exemplo, penas para diferentes tipos de crimes), que podem ser interpretados e aplicados de
acordo com a vontade de cada país ou corte.
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Carências sociais e a disputa pelas riquezas naturais do continente
exacerbam as lutas, agravadas pela expansão das correntes favoráveis à
imposição da lei islâmica, a sharia.
O sistema de leis é o mesmo que rege todos os outros aspectos da vida de um muçulmano. A
questão é que há, nesse conjunto de regras, princípios fixos (que versam sobre questões mais
pessoais, como casamento, ritos religiosos, heranças etc.) e princípios mutáveis (como, por
exemplo, penas para diferentes tipos de crimes), que podem ser interpretados e aplicados de
acordo com a vontade de cada país ou corte.
As penas para essas ações incluem chicotadas,
apedrejamento, amputação, exílio ou execução.
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Na Nigéria, a tensão religiosa aumenta a partir de 1999, quando o estado de Zamfara adota a
sharia.
Em dois anos, a lei islâmica passa a vigorar em 12 dos 36 estados nigerianos, todos no norte .
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Os choques mais intensos ocorrem nas áreas em que agricultores muçulmanos e cristãos
disputam terras e em regiões de divisa entre as duas comunidades.
O conflito é agravado pela ação do grupo extremista Boko Haram, cujo nome significa “a
educação ocidental é pecaminosa”.
Desde 2009, a milícia é responsabilizada pela morte de pelo menos 3,6 mil pessoas. Por sua vez,
os ataques de gangues de jovens cristãos contra muçulmanos e a ofensiva militar do governo
contra o Boko Haram criam um espiral de violência que afeta toda a sociedade nigeriana
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
O grupo radical islâmico Boko Haram, que intensificou seus ataques em Abril/2014 na Nigéria e
assumiu a autoria do sequestro de mais de 200 estudantes, nasceu de uma seita que atraiu
jovens do norte do país.
Seus líderes são críticos em relação ao governo nigeriano e querem estabelecer a lei do Islâ no
país. Além disso, condenam a educação ocidental e são contra mulheres frequentarem a escola.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
A seita considera o aprendizado uma opressão.
Seus integrantes vão impedir todo ensinamento que entre em conflito com um livro sagrado do
século VII e relatos de proveniência duvidosa sobre a vida e ditados de seu profeta escritos
centenas de anos depois de sua morte.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Eles tomam 220 estudantes como escravas e as obrigam a converter-se a sua versão do
islamismo. Eles as violentam ou as vendem por 10 libras para novos donos. As garotas são
vítimas da escravidão, do abuso infantil e do casamento forçado. Seus captores são, por
extensão, escravagistas e estupradores.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Mas leia alguns órgãos da imprensa e você entrará em um mundo de eufemismos. Elas não
foram escravizadas, mas "abduzidas" ou "sequestradas", como se fossem ser libertadas ilesas
quando as partes negociarem um resgate mutuamente aceitável. Os redatores estão digitando
com um olho voltado para trás para garantir que ninguém os possa acusar de "demonizar o
outro".
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Cerca de 50 das meninas conseguiram fugir do Boko Haram nos primeiros dias do sequestro,
mas 220 continuam desaparecidas, segundo a escola de meninas Chibok. Elas tem idades entre
16 e 18 anos e estavam na escola para uma prova de Física.
O sequestro em massa aconteceu depois de uma grande explosão em Abuja, capital da Nigéria,
que matou 75 e feriu 141. O fracasso em resgatar as meninas é um constrangimento para o
governo e o Exército da Nigéria, já criticados pela incapacidade de frear o fundamentalismo que
cresceu nos últimos cinco anos no país. Mais de 1.500 pessoas morreram vítimas de insurgência
este ano, em comparação a uma estimativa de 3.600 entre 2010 e 2013.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografiahttp://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/05/04/menina-sequestrada-na-nigeria-diz-que-refens-sofrem-ate-15-estupros-diarios.htm
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Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografiahttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/160229-mundo-nao-aprendeu-nada-com-genocidio-de-ruanda-diz-ativista.shtml
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Em abril de 2014 completam-se 20 anos do genocídio de Ruanda, uma das piores tragédias da humanidade
no século XX, com saldo oficial de mais de 800 mil mortos em três meses – 13% da população do país, dos
quais mais de 90% eram tutsis. O ataque foi instigado por extremistas e membros do próprio governo, então
formado por hutus.
Nessas duas décadas, o governo se empenha em promover a reconciliação nacional e reduzir as hostilidades
entre hutus e tutsis, o que garante estabilidade política ao país. No entanto, os ressentimentos ainda
permanecem latentes.
JULGAMENTOS Entre 1997 e 2001, 3 mil pessoas foram julgadas em Ruanda, com 500 condenações à morte.
Em 2002 começam a operar os Gacacas, tribunais populares instituídos para acelerar o julgamento de
centenas de milhares de suspeitos. Segundo o governo, 65% de quase 2 milhões de réus nos Gacacas foram
condenados, a grande maioria a penas alternativas, como serviços comunitários ou, nos casos mais graves,
longas penas com trabalhos forçados.
Paralelamente, a ONU cria o Tribunal Penal Internacional para Ruanda, em 1994, para julgar os principais
acusados. Funciona em Arusha, na Tanzânia. Os julgamentos se encerram em 2012. No total, 63 pessoas
foram condenadas (15 aguardam apelação) e dez, absolvidas. No entanto, nove indiciados ainda estão
foragidos. Entre os sentenciados à prisão perpétua estão o ex-primeiro-ministro Jean Kambanda e o coronel
Théonoste Bagasora, descrito como o principal planejador do massacre dos tutsis. Grupos pró-direitos
humanos questionam o fato de membros do atual governo suspeitos de envolvimento nunca terem sido
julgados.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Nação com o maior território da África até 2010, o Sudão
concede independência ao Sudão do Sul em 2011 e perde
25% de sua área.
A separação encerra meio século de guerra civil, que deixa mais de 2 milhões de mortos.
Mas a tensão na fronteira persiste, sobretudo por causa de disputas pelo petróleo, a maior fonte
de riqueza.
A política do governo em Cartum, de concentrar o desenvolvimento no norte e na costa e
negligenciar a periferia do território é uma causa central do conflito norte-sul e de levantes nas
províncias de Darfur e Kordofan do Sul, que continuam a desestabilizar a nação.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
HISTÓRIA
Conhecido na Antiguidade como Núbia, o Sudão é incorporado ao Império Árabe no século VII.
O nome do país deriva da expressão árabe Bilad-as-Sudan, ou “terra dos negros”. Entre
1820 e 1822, é conquistado pelo Egito e entra depois na esfera de influência do Reino Unido. Uma revolta
nacionalista chefiada pelo líder religioso Mahdi expulsa os ingleses em 1885. Com sua morte, a região passa
para o controle egípcio-britânico, em 1899. O Sudão obtém a independência em 1956. O sul luta contra
o domínio muçulmano e ganha autonomia em 1972.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
FUNDAMENTALISMO
Em 1983, o governo em Cartum instaura a Sharia, a lei islâmica, em todo
o país.
O movimento separatista é retomado no sul, com a fundação
do Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA). Em 1985, o general Gaafar Nimeiry é
derrubado num levante popular. Eleições em 1986 põem no poder o Partido Umma. Em 1989, o
general Omar Hassan al-Bashir dá um golpe. Cresce a influência do fundamentalismo islâmico,
sob o comando de Hassan al-Turabi, da Frente Islâmica Nacional. Os combates entre o SPLA e o
governo se agravam nos anos 1990.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
FATOS RECENTES
Em janeiro de 2011, um referendo aprova a separação do Sudão do Sul – a independência é
oficializada em julho.
PETRÓLEO
O Sudão do Sul fica com 75% das reservas de petróleo. Já a infraestrutura para escoar a
produção (oleodutos e refinarias) está no Sudão. Em retaliação às altas taxas de transporte
cobradas pelo Sudão, o Sudão do Sul suspende a produção em janeiro de 2012. Em abril, tropas
do Sudão do Sul avançam sobre o campo petrolífero de Heglig, no Sudão, que bombardeia o sul.
Um conflito em larga escala é evitado porque o Sudão do Sul desocupa Heglig.
ACORDO
O diálogo é retomado em setembro, na Etiópia, com a assinatura de um tratado de cooperação que determina a reabertura dos oleodutos no norte. Também
fica acertada a repatriação de sudaneses do sul que ainda estão no norte. A área é desmilitarizada em março de 2013, e a exploração de petróleo no Sudão
do Sul é retomada no mês seguinte.
ABYEI
O maior ponto de discórdia é a região fronteiriça de Abyei, rica em petróleo. Ela é habitada pela tribo Dinka, favorável à união com o sul, e pelos árabes
Misseriya, pró-norte. Está prevista a realização de um referendo para definir o status de Abyei, mas não há acordo sobre quem deve participar.
Em maio de 2011, tropas do Sudão ocupam a cidade, mas a área é desmilitarizada no mês seguinte, após a chegada de uma missão de paz da ONU, a Unisfa.
Em outubro de 2013 é realizado um referendo não oficial, boicotado pelos árabes. Os Dinka votam maciçamente pela união de Abyei ao Sudão do Sul, mas o
resultado não é reconhecido, aumentando o impasse.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Os conflitos na província de Darfur, ou “Terra do Fur”, no desértico oeste do Sudão, causam a maior crise
humanitária da era contemporânea, com mais de 300 mil mortos e 2,6 milhões de refugiados. O embate tem
raízes na disputa por terra, água e poder em Darfur e envolve uma minoria nômade de criadores de animais
(árabes sudaneses) e uma maioria de agricultores de tribos negras.
JANJAWEED Em 2003, grupos armados das tribos negras iniciam um movimento separatista, acusando
Cartum de marginalizar Darfur e de oprimir os negros – os principais são o Movimento de Libertação do
Sudão (SLM) e o Movimento pela Justiça e Igualdade (JEM). O governo se apoia na milícia dita árabe
Janjaweed, que inicia uma “limpeza étnica”, matando milhares de agricultores, além de cometer estupros e
pilhagens e destruir aldeias.
MISSÃO DE PAZ
Em 2004 começa o diálogo, e tropas da União Africana (UA) passam a proteger os campos de refugiados em
Darfur. Em 2006, a UA medeia um acordo de paz entre o governo do Sudão e uma facção do SLM (Minni
Minawi). O JEM e o SLM (Abdul Wahid) ficam de fora. Em 2008, chegam a Darfur os primeiros contingentes
da maior missão de paz da ONU no mundo, a Unamid, com 22 mil soldados e policiais, que se somam aos 7
mil homens da UA. A atividade rebelde diminui.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
O Sudão do Sul conquista a independência em 2011, após meio século de guerra civil com o
Sudão, que deixa mais de 2 milhões de mortos.
Na raiz do conflito estão políticas que marginalizam o sul, aliadas à diferenças humanas e
geográficas marcantes. O norte é majoritariamente árabe e islâmico, enquanto o sul é habitado
por grupos animistas e cristãos. O desértico norte (exceto no fértil corredor onde corre o rio
Nilo) contrasta com a exuberância do sul, recoberto por savanas e florestas tropicais. O Sudão
do Sul é uma das nações mais pobres do mundo.
Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
http://www.brasilpost.com.br/2014/04/30/nigeria-sequestro-meninas_n_5241803.html

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áFrica conflitossss

  • 1. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 2. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 3. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia As consequências dessa partilha são devastadoras. A divisão atende aos interesses das potências europeias, que incitam conflitos entre tribos rivais como estratégia de dominação do território.
  • 4. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia “DIVIDIR PARA GOVERNAR” (Maquiavel)
  • 5. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 6. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Diversos reinos e Estados estavam organizados na África quando os europeus chegaram. Em poucos séculos, a África mergulhou na estagnação e na pobreza provocada pelo ‘colonizador’.
  • 7. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Na África do Norte ou África Saariana além dos conflitos étnicos há a influência crescente do fundamentalismo islâmico e mais recentemente a chamada “Primavera Árabe”.
  • 8. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Na África Central e Austral ou África Subsaariana os conflitos essencialmente étnicos e religiosos e têm relação com o processo de artificialização de fronteiras decorrente da descolonização de 1950 – 80.
  • 9. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A fome e a diminuição progressiva das terras agricultáveis e dos recursos hídricos também são fatores de conflito pois põe grupos étnicos rivais na disputa por recursos naturais para sua sobrevivência.
  • 10. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 11. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 12. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 13. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A mais nova nação, criada a partir da separação com o Sudão, sofre com conflitos internos desde a guerra da independência, em 2011.
  • 14. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Separada, começou uma guerra civil em 2013. Há mais de um milhão de refugiados internos e 250 mil já saíram do país. Após a independência surgem guerrilhas que lutam contra o domínio do SPLM (Movimento de Libertação do Povo Sudanês ) . No estado de Jonglei, os confrontos com os rebeldes matam nove soldados da Unmiss nos primeiros meses de 2013 e desalojam 120 mil pessoas.
  • 15. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A Somália viveu uma guerra civil entre 1991 e 2013. Barre governa ditatorialmente até 1991, quando é derrubado por grupos rebeldes. Com as facções vitoriosas divididas, a Somália passa a ser uma nação sem governo, onde clãs armados lutam entre si.
  • 16. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 17. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Situada no Chifre da África, o ponto mais oriental do continente, a Somália mergulha na guerra civil em 1991, com vários clãs rivais lutando entre si. Em meados dos anos 2000, o avanço pelo território de milícias islâmicas ligadas à Al Qaeda traz nova dimensão ao conflito e converte a Somália em um centro do terrorismo e da pirataria internacional.
  • 18. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O desgoverno na Somália favorece a ação de piratas no golfo de Aden, perto do Canal de Suez, uma das principais rotas mercantes do mundo. A ONU institui, em 2008, uma Área de Patrulha de Segurança Marítima (MSPA) na região, e vários países enviam navios de guerra. Contudo, os piratas realizam um recorde de 214 ataques em 2009.
  • 19. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A maior ameaça na Somália é a crescente dominação do grupo extremista islâmico Al Shabab. O governo tem evitado que eles se instalem nas cidades, que acabam dominando as áreas rurais no país. Os Bantu são o povo mais ameaçado pelo conflito armado, por conta do histórico preconceito que sofrem - por serem ligados aos antigos escravos somali. Minorias ameaçadas: Bantu, Benadiri, Gabooye; líderes de clãs Hawiye e Darod
  • 20. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O país sofre com conflitos de origem étnica e religiosa, com embate entre grupos islâmicos extremistas.
  • 21. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Piores pontos: garantia dos direitos humanos e intervenção externa (problema com Uganda) conflito entre o exército do governo e o grupo rebelde M23, fiel a um líder rebelde do país, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.
  • 22. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O Sudão vive em guerra desde 2007, resultando em mais de três milhões de refugiados. O conflito com o Sudão do Sul persiste. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções no poder
  • 23. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O conflito com o Sudão do Sul e com os rebeldes tem causado uma grande onda de refugiados no país. Minorias ameaçadas: Fur, Zaghawa, Massalit and others in Darfur; Ngok Dinka, Nuba e Beja Uma das razões do conflito é que o governo central se recusa a dividir riquezas e poderes com as diversas minorias do país.
  • 24. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O país tem a expectativa de vida mais baixa do mundo (44 anos), sofre com falta de estruturas básicas e ainda lida com meio milhão de refugiados do Sudão e da República Centro-Africana. Piores pontos: falta de serviços públicos, presença de refugiados, dominância de facções O Chade fica no centro- norte africano, na área de transição entre a África árabe, ao norte, e a negra, ao sul. Essa diversidade alimenta conflitos internos iniciados na década de 1960
  • 25. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O país sofre com revoltas e instabilidade política, apesar das grandes riquezas naturais. A corrupção é endêmica. O ambiente instável afugenta investidores. Piores pontos: falta de estado legítimo, falta de segurança, presença de facções no poder Em 2000, conflitos na fronteira com a Libéria e Serra Leoa trazem para o país 500 mil refugiados liberianos e leoneses, o que provoca tensão étnica.
  • 26. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Desde 1999, o país já passou por duas guerras civis e múltiplos impasses políticos. A desigualdade aumenta com o ambiente instável. Os Animistas acreditam que existem espíritos que vivem por toda parte, dão vida e protegem todas as coisas Convivem no país mais de 60 grupos étnicos, de maioria religiosa animista. A exploração de petróleo e gás natural está em crescimento, mas a guerra civil iniciada em 2002 compromete os avanços econômicos obtidos nos últimos anos.
  • 27. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Em 1998, após tentativa de golpe militar, o país mergulha em guerra civil, e cerca de 200 mil pessoas fogem do país.. A população sofre com a pobreza: 69% vivem na miséria e a expectativa de vida é de apenas 54 anos.
  • 28. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Apesar de ser uma das nações mais ricas da África, a Nigéria sofre com desigualdade, corrupção e tensões religiosas. A presença de grupos jihadistas aumenta a violência e a instabilidade.
  • 29. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O país sofre com a extrema desigualdade e a presença de grupos terroristas, como o Al Shabaab. Ainda há 400 mil refugiados internos por conta de conflitos, além de refugiados vindos da Somália, Etiópia, Uganda e Sudão do Sul.
  • 30. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O país sofre com uma alta mortalidade infantil, instabilidade política e econômica e vive em conflito com Líbia, Mali e Nigéria sobre fronteiras. A Al Qaeda no Magreb também conseguiu se instalar no país.
  • 31. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A Etiópia sofre com aumento da desigualdade, pressão demográfica e altas taxas de mortalidade infantil. O povo Anuak, por exemplo, que vive há séculos na beira dos rios do sudoeste etíope, está sendo expulso e violado pelo governo atual. O plano do governo de expandir as fronteira da capital, Addis Adeba, também está ameaçando a minoria Oromo.
  • 32. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Localizado no centro-oeste da África, o Congo convive com a herança da colonização francesa e de antigas divisões tribais. Conflitos étnicos e políticos resultam em uma guerra civil na década de 1990, que faz mais de 10 mil mortos. http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os- proximos-genocidios-devem-ocorrer-nesses-9- paises#1 Desde 2010 a ONU tem relatado crimes perpetrados pelo próprio exército local, que incorporou ex- rebeldes. A população local não tem mais em quem confiar.
  • 33. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 34. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A onda começou em 17 de dezembro de 2010, quando um comerciante tunisiano ateou fogo ao próprio corpo em protesto contra o desemprego e condições de vida no país. Mais tarde ele acabaria morrendo, desencadeando uma série de manifestações, que logo se espalhariam para os países vizinhos.
  • 35. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O gesto desesperado de um jovem, no dia 17 de dezembro, deflagrou uma onda de protestos e choques entre manifestantes e a polícia. Mohamed Bouazizi ateou fogo em si mesmo na cidade de Sidi Bouzid (centro do país) quando policiais impediram que ele vendesse vegetais em uma banca de rua sem permissão. O ocorrido gerou uma onda de protestos contra o desemprego na região, que baseia sua economia na agricultura e é uma das mais pobres do país.
  • 36. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A Primavera Árabe é uma das maiores revoluções já vistas na História.
  • 37. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 38. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A imolação de Mohamed Bouazizi foi o ponto de partida para uma revolta que derrubou a ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali na Tunísia, em janeiro. Menos de um mês depois, Hosni Mubarak caía no Egito, levando consigo um regime que durava três décadas. Em outubro, o líbio Muamar Kadafi foi morto por opositores que travaram, ao longo de meses, uma violenta guerra civil no país. E no Iêmen, Ali Abdullah Saleh transferiu o poder em novembro após meses de protestos. Ben Ali Hosni Mubarak Kadafi
  • 39. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 40. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Mas a revolução não acabou. A Síria, por exemplo, tem sido palco de violentos conflitos ao longo do ano. O regime de Bashar al-Assad, que está no poder há 11 anos, desde a morte do pai, Hafez, se mantém firme e é acusado de oprimir violentamente as manifestações populares. A ONU diz que mais de 30 mil pessoas morreram nos conflitos e acusa o regime de crimes contra a humanidade.
  • 41. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 42. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Bahrein, Kuwait e vários outros países da região vivem dias conturbados. Em diferentes medidas, a onda de revolta se espalha por países como Omã, Argélia, Marrocos e Jordânia. As populações vão às ruas, organizam protestos com uso de redes sociais, mas na maioria dos casos, governos respondem com poucas reformas e muita brutalidade.
  • 43. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Mais de um ano e meio após seu início, a “Primavera Árabe”, se encontra em um impasse de violência, mortes, frustrações e dúvidas quanto a mudanças práticas. Há três grandes fatores que fazem crer que o fim dessas ditaduras pode não representar as grandes transformações que reclama a rua árabe. Elas são: - Os revolucionários não chegaram ao poder. - O papel do Islã nessas sociedades que querem democracia - A atuação das grandes potências em ingerência e interesses históricos na região.
  • 44. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Outro aspecto que é interessante e original nessa revolta é o papel decisivo da internet e das redes sociais mesmo que nesses países elas estejam sob regime de censura.
  • 45. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O que realmente motivou as revoltas foi o estado de abandono da população, mergulhada em uma profunda crise econômica, altos indicies de desemprego – principalmente entre os mais jovens – e a ausência total de democracia nesses estados policialescos. Os altos indices de urbanização, típicos dessa região do norte da África também foram favoráveis, pois uma população que se urbaniza se aglomera e tem mais acessos a informação o que torna mais fácil a disseminação de ideias e a organização de grupos revolucionários.
  • 46. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 47. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Manifestação no Líbano
  • 48. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 49. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 50. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 51. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 52. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 53. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 54. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 55. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 56. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia “Ruanda assim como o Burundi eram colônias da Alemanha até o começo do século XX. Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o protetorado foi entregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações. O domínio belga foi muito mais direto e duro que o dos alemães e, utilizando a Igreja Católica, manipulou a classe alta dos tutsi para reprimir o resto da população - majoritariamente hutus e demais tutsis - incluindo a cobrança de impostos e o trabalho forçado, criando um fosso social maior do que o que já existia.
  • 57. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Depois da II Guerra Mundial, Ruanda tornou-se novamente um protetorado, pelas ONU, tendo a Bélgica como autoridade administrativa. Foi em 1990 que a tensão atingiu seu ápice, quando os hutus voltam ao poder depois de décadas de domínio da minoria privilegiada Tutsi com o início de uma guerra civil que culminou em genocídio de um milhão de pessoas quatro anos mais tarde.
  • 58. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O estopim que provocou o massacre foi em 6 de Abril de 1994, quando o presidente Huti de Ruanda Juvénal Habyarimana e Cyprien Ntaryamira, presidente do Burundi, foram assassinados quando o seu avião foi atingido por fogo quando ao aterrisar em Kigali.
  • 59. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Durante os três meses seguintes, os militares e milícianos ligados ao antigo regime mataram cerca de 800.000 tutsis e hutus oposicionistas, naquilo que ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda
  • 60. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os hutus — praticamente 90% da população —, promovera o quase extermínio da minoria tutsi — 9% dos habitantes —, que, contra todos os prognósticos, conquistou o poder. Mas os hutus moderados também foram cruelmente perseguidos porque não concordavam com seus líderes.
  • 61. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Homens, mulheres e crianças foram exterminados a machadadas e esquartejados. Uma das cenas que mais horrorizaram o mundo foi a de centenas de corpos boiando pelo rio Kagera, localizado na fronteira entre Ruanda e Tanzânia. Os três meses de massacre provocaram o êxodo de 2,3 milhões de pessoas aos países vizinhos. Junho de 1994 - Órfão com as pernas amputadas descansa em colchão de orfanato em Nyanza
  • 62. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 63. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Uma escavadeira operada por um soldado francês coloca corpos em uma vala comum em um campo de Kibumba, em Goma, na República Democrática do Congo Congo (ex- Zaire)Michel Euler/AP
  • 64. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Crânios de vítimas do genocídio são expostos no memorial da igreja de Ntarama, em Ruanda
  • 65. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Março de 2014 - Ossos formam o memorial da igreja de Nyarubuye, onde foram mortos cerca de 10 mil hutus durante o genocídio
  • 66. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Massacre em Ruanda
  • 67. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Resgate da ONU em Ruanda
  • 68. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 69. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 70. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia NACIONALIDADE: Leonês
  • 71. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia NACIONALIDADE: Leonês CAPITAL: Freetown
  • 72. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Presidente Ernest Bai Koroma FORMA DE GOVERNO: Rep. Presidencialista POPULAÇÃO: 6,1 milhões NACIONALIDADE: Leonês CAPITAL: Freetown Exército de Meninos de Serra Leoa
  • 73. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Centenas de milhares de pessoas sofrem de estresse pós-traumático, têm ataques epiléticos ou sofrem de abuso de drogas, em consequência dos traumas da guerra civil. Tanto tropas do governo quanto forças rebeldes cometeram atrocidades durante o conflito que, segundo as estimativas consideradas mais "conservadoras", matou 200 mil pessoas. A Guerra Civil de Serra Leoa começou em 1991, pela Frente Revolucionária Unida (FRU), que lutava para derrubar o governo central do país.
  • 74. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Especialmente em Serra Leoa, o mau trato à mulheres é um problemas de escalas gigantescas, as quais nem imaginamos. O ESTUPRO É USADO COMO ARMA. http://republicaserraleoa.blogspot.com.br/ É praticado como forma de humilhação ou método de "limpeza étnica". Em alguns casos as mulheres chegam a ser violentadas diante do marido e até dos filhos. Na guerra civil ocorrida até 2002 em Serra Leoa, 94% das mulheres que tiveram de deixar suas casas sofreram agressões sexuais. Segundo uma garota de 13 anos, que trabalhou como soldado em Serra Leoa, o comandante pediu para que cada criança pegasse um pedaço de papel, que continha uma das palavras: mãos, pés, nariz. O que quer que estivesse escrito tinha de ser amputado no próximo prisioneiro. Quem desobedecia era morto. Uma outra menina diz: "Vi pessoas terem suas mãos cortadas, vi uma menina de 10 anos ser estuprada e morta e vi homens e mulheres sendo queimados vivos. Chorava, mas só dentro do meu coração. Não ousava chorar de verdade".
  • 75. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 76. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Desde a independência do país em 1961, o cenário político da nação foi marcado por corrupção, má administração governamental e violência nos processos eleitorais, que acabavam por enfraquecer a sociedade civil, com o colapso de várias instituições, como o sistema educacional e de saúde, que gerou, no começo dos anos noventa, uma juventude analfabeta tremendamente frustrada, que encontraram voz em grupos extremistas como a Frente Revolucionária Unida (Revolutionary United Front ou RUF) A RUF foi fundada por Foday Sankoh, um ex-militar serra-leonês, que prometia, acima de tudo, igualdade na distribução das rendas provenientes da venda de diamantes. Os diamantes de Serra Leoa eram considerados alguns dos melhores do mundo e o país extraía centenas de pedras por dia. Contudo, os grandes lucros raramente eram repassados para a população, que sofria com a pobreza. As promessas de Sankoh de redistribuir os lucros de diamentes para o povo rapidamente desapareceram quando ele passou a usar esse dinheiro para financiar sua milícia.A RUF nunca deixou claro qual era sua visão politica, mas alegava lutar pela liberdade do povo de Serra Leoa. O grupo recebeu vasto apoio de Charles Taylor, então presidente da Libéria, que também usava diamantes para financiar seu próprio conflito civil em seu país. Durante os primeiros anos da guerra civil, a RUF assumiu o controle do interior do país, especialmente das zonas rurais nas partes leste e sul da nação, que tinham zonas fluviáis ricas em diamantes. O governo, que controlava os centros urbanos, falhou em derrotar a RUF que, por controlar as jazidas de diamantes, tinha mais renda. A crise financeira se instalou na administração do Estado e sua ineficácia em combater os rebeldes fez com que o governo entrasse em colapso, o que precipitou em um golpe de estado que acabou acontecendo em abril de 1992, organizado pelo Conselho de Governo Provisório Nacional. Ao fim de 1993, o exército do país havia conseguido empurrar os rebeldes da RUF até a fronteira com a Libéria, mas a milícia se reagrupou, contra-atacou e voltou a ganhar terreno. A Frente Revolucionária Unida, liderada por Foday Sankoh, passou a ser acusada de cometer diversos crimes de guerra. Eles foram acusados de brutalizar a população nos territórios que ocupava, uso indiscriminado de crianças soldado, escravização de trabalhadores nas jazidas de diamentes, estupros, saques, etc. Em março de 1995, para combater Sankoh e seu exército rebelde, o governo contratou a empresa mercenária sul-africana Executive Outcomes (EO). Valendo-se de sua superioridade em armamentos, a EO expulsou a RUF das minas do leste do país. Com uma tênue paz instaurada, eleições para estabelecer um novo governo civil no país aconteceram em março de 1996. Por pressão da ONU, o presidente eleito, Ahmad Tejan Kabbah, foi obrigado a encerrar o contrato com a Executive Outcomes e a RUF se aproveitou da situação para reiniciar as hostilidades. O grupo rapidamente retomou as minas diamantíferas, com o objetivo de não só financiar sua guerra, mas também para privar o governo de sua principal fonte renda.O exército nacional, que recebia poucos recursos federais, passou a alimentar uma grande animosidade contra a administração do país. Essa insatisfação entre os militares resultou em um novo golpe de estado, em maio de 1997, que derrubou a administração de Kabbah. A nova junta militar assumiu as rédeas do governo e convocou os rebeldes da RUF para participar da transição política.
  • 77. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A Frente Revolucionária Unida então invadiu a capital do país, Freetown, enfrentando pouquíssima resistência armada. No processo, os rebeldes cometeram diversas atrocidades, como assassinatos, estupros, torturas, arrastões, saques e mutilações de civis. Eles justificaram essas ações dizendo que a população civil foi a responsável pela eleição de Kabbah e portanto deveriam pagar pela situação do país. A comunidade internacional decidiu reagir e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental reuniu uma força de paz, a ECOMOG, para intervir em Serra Leoa e reconquistar Freetown, que estava em mãos rebeldes. Eles conseguiram retomar a capital do país, expulsar os rebeldes e reestabelecer o governo de Kabbah. Contudo, no interior do país, a RUF prosseguia controlando os locais de extração de diamentes. Com essa vantagem financeira, os rebeldes se rearmaram e novamente atacaram Freetown. As forças da ECOMOG resistiram ao avanço da RUF e impediram que a capital de Serra Leoa fosse conquistada. Durante as batalhas, diversas atrocidades foram cometidas por ambos os lados, enquanto o país caia na anarquia. Em janeiro de 1999, líderes mundiais tentaram estabelecer a paz no país por meio de conversações entre a RUF e o governo. O resultado foi o chamado Acordo de Paz de Lomé, assinado em 27 de março de 1999. O acordou deu ao líder rebelde e chefe da RUF, Foday Sankoh, a vice- presidência de Serra Leoa e também garantiram a ele o controle legal das jazidas de diamentes do país. Uma força de paz da ONU foi enviada para certificar que o acordo estava sendo cumprido e também para desarmar as milícias. Contudo, a RUF se recusou a entregar as armas e prosseguia com uma campanha de violência e brutalização das populações civis em zonas diamantíferas. Em maio de 2000, os rebeldes avançaram sobre Freetown novamente. Então, o governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Tony Blair, decidiu intervir na guerra civil serra-leonesesa e enviou uma força de combate para salvar a missão da ONU e reestabelecer a ordem no país. Com o exército britânico na vanguarda, o governo derrotou a RUF, destruiu a infraestrutura do grupo e capturou seus líderes. Em 22 de janeiro de 2002, o presidente Kabbah declarou oficialmente o fim da guerra civil.
  • 78. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 79. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O mais populoso país da África.
  • 80. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A atividade agrícola é intensa, mas a base da economia é a extração de petróleo, que responde por 90% das vendas externas e torna o país o maior exportador do produto no continente.
  • 81. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A Nigéria é o maior produtor de petróleo da África e está entre os dez maiores do mundo. Graças às exportações do “ouro negro”, sua economia cresce por ano a taxas de matar de inveja os países desenvolvidos.
  • 82. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A atividade agrícola é intensa, mas a base da economia é a extração de petróleo, que responde por 90% das vendas externas e torna o país o maior exportador do produto no continente. Refinarias ilegais de petróleo na Nigéria.
  • 83. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Nesta foto, um homem chamado Godwill ("Vontade Divina"), faz a recolha de crude num local de aprovisionamento ilegal de petróleo, próximo do rio Nun, no estado nigeriano de Bayelsa.
  • 84. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os métodos arcaicos com os quais estes trabalhadores laboram, não os impedem de recolher diretamente o petróleo que corre nos "pipelines" das empresas multinacionais que trabalham no país.
  • 85. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Depois de recolhido, o material é vendido ainda em crude, ou é refinado "manualmente" para posterior venda ao estrangeiro. Segundo dados oficiais, esta prática já representa um quinto da produção de petróleo na Nigéria.
  • 86. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Algum do material que é recolhido é também usado, ainda em crude, como combustível para as refinarias "manuais" que são usadas por estes trabalhadores ilegais.
  • 87. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O crude recolhido por estes trabalhadores ilegais é muitas vezes transportado por barcos, sem qualquer preparação, nos rios ao redor das explorações onde laboram.
  • 88. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia No entanto, os parâmetros ecológicos são muita vezes esquecidos, em detrimento da rapidez do negócio. foto AKINTUNDE AKINLEYE / REUTERS
  • 89. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Também os trabalhadores deste negócio, são muitas vezes obrigados a trabalhar com muito poucos recursos e preparação para o género de trabalho que desenvolvem.
  • 90. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia E os efeitos desta pouca preparação são visíveis também nas normas sanitárias com que trabalham. foto AKINTUNDE AKINLEYE / REUTERS
  • 91. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia No entanto, esta situação é do conhecimento das autoridades locais que tentam acabar com a situação. Em parte, devido aos malefícios que representa para o ambiente, mas sem esquecer que se trata do modo de vida de milhares de nigerianos. http://www.jn.pt/multimedia/gale ria.aspx?content_id=2994180
  • 92. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Sua produção é bastante prejudicada pela instabilidade político-religiosa do país, obstáculo insuperável para a Nigéria se modernizar e atrair investimentos.
  • 93. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A existência de cerca de 250 grupos étnicos, com línguas e culturas diferentes, provoca tensão permanente. O sul, rico e de influência cristã, dominado pela etnia ioruba, rivaliza com o norte, muçulmano, com maioria hauçá. Iorubá/sul Hauçá/norte
  • 94. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 95. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os britânicos, em luta contra os portugueses pelo controle do tráfico de escravos, conseguem hegemonia sobre o litoral no século XVI, mas só iniciam ocupação efetiva no século XIX. Em 1914, o Reino Unido junta os povos do sul e do norte, muito distintos culturalmente, num Estado artificial, dando origem à atual Nigéria.
  • 96. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Em 1946, uma Constituição estabelece assembleias regionais, o que dificulta o processo de unificação do país. A Nigéria torna-se independente em 1960 e transforma-se em República em 1963, com Nnambi Azikiwe como presidente. Os poderes locais são mais fortes que os do presidente, acirrando a luta entre as regiões. Em 1966, um grupo de oficiais do Exército, da etnia ibo, toma o poder, extingue a federação e centraliza o governo, em detrimento dos povos do norte. Um contragolpe derruba o regime, e milhares de ibos são massacrados.
  • 97. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O governo do general Yakubu Gowon, em 1967, divide a Nigéria em 12 estados. Os ibos do leste rejeitam a federação e formam um país independente, Biafra. O resultado é a Guerra de Biafra, que dura até 1970, quando Biafra é reincorporada. Mais de 1 milhão de civis são mortos no conflito, quase todos ibos.
  • 98. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Com as tropas nigerianas a isolarem a província rebelde, limitando a quantidade de produtos de fora que aí podiam chegar, a curto prazo a escassez de alimentos tornou-se crónica, e em breve a fome em grande escala assola a população.
  • 99. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Pela primeira vez, através da televisão, as imagens de populações inteiras literalmente a morrer de fome pelos caminhos chegam ao mundo e impactam o Ocidente.
  • 100. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Foi a primeira vez que a exibição das imagens de uma catástrofe humana pela televisão geraram resposta popular, obrigando várias instituições e governos a intervir pela pressão da opinião pública.
  • 101. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os anos seguintes são marcados por golpes militares. Há um intervalo democrático sob a Presidência de Shehu Shagari, eleito em 1979 e reeleito em 1983. Shagari é deposto pelo general Muhammed Buhari, destituído em 1985 pelo general Ibrahim Babangida. Em 1991, a capital é transferida de Lagos para Abuja.
  • 102. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os anos seguintes são marcados por golpes militares. Há um intervalo democrático sob a Presidência de Shehu Shagari, eleito em 1979 e reeleito em 1983. Shagari é deposto pelo general Muhammed Buhari, destituído em 1985 pelo general Ibrahim Babangida. Em 1991, a capital é transferida de Lagos para Abuja. As disputas entre muçulmanos e cristãos na Nigéria também ocorrem em outros países ao sul do Deserto do Saara, na África Central e Ocidental.
  • 103. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O islamismo penetrou no continente pelo norte, com os mercadores árabes, enquanto o cristianismo chegou com os europeus, pela costa.
  • 104. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Carências sociais e a disputa pelas riquezas naturais do continente exacerbam as lutas, agravadas pela expansão das correntes favoráveis à imposição da lei islâmica, a sharia.
  • 105. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Carências sociais e a disputa pelas riquezas naturais do continente exacerbam as lutas, agravadas pela expansão das correntes favoráveis à imposição da lei islâmica, a sharia. O sistema de leis é o mesmo que rege todos os outros aspectos da vida de um muçulmano. A questão é que há, nesse conjunto de regras, princípios fixos (que versam sobre questões mais pessoais, como casamento, ritos religiosos, heranças etc.) e princípios mutáveis (como, por exemplo, penas para diferentes tipos de crimes), que podem ser interpretados e aplicados de acordo com a vontade de cada país ou corte.
  • 106. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Carências sociais e a disputa pelas riquezas naturais do continente exacerbam as lutas, agravadas pela expansão das correntes favoráveis à imposição da lei islâmica, a sharia. O sistema de leis é o mesmo que rege todos os outros aspectos da vida de um muçulmano. A questão é que há, nesse conjunto de regras, princípios fixos (que versam sobre questões mais pessoais, como casamento, ritos religiosos, heranças etc.) e princípios mutáveis (como, por exemplo, penas para diferentes tipos de crimes), que podem ser interpretados e aplicados de acordo com a vontade de cada país ou corte. As penas para essas ações incluem chicotadas, apedrejamento, amputação, exílio ou execução.
  • 107. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Na Nigéria, a tensão religiosa aumenta a partir de 1999, quando o estado de Zamfara adota a sharia. Em dois anos, a lei islâmica passa a vigorar em 12 dos 36 estados nigerianos, todos no norte .
  • 108. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os choques mais intensos ocorrem nas áreas em que agricultores muçulmanos e cristãos disputam terras e em regiões de divisa entre as duas comunidades. O conflito é agravado pela ação do grupo extremista Boko Haram, cujo nome significa “a educação ocidental é pecaminosa”. Desde 2009, a milícia é responsabilizada pela morte de pelo menos 3,6 mil pessoas. Por sua vez, os ataques de gangues de jovens cristãos contra muçulmanos e a ofensiva militar do governo contra o Boko Haram criam um espiral de violência que afeta toda a sociedade nigeriana
  • 109. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O grupo radical islâmico Boko Haram, que intensificou seus ataques em Abril/2014 na Nigéria e assumiu a autoria do sequestro de mais de 200 estudantes, nasceu de uma seita que atraiu jovens do norte do país. Seus líderes são críticos em relação ao governo nigeriano e querem estabelecer a lei do Islâ no país. Além disso, condenam a educação ocidental e são contra mulheres frequentarem a escola.
  • 110. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia A seita considera o aprendizado uma opressão. Seus integrantes vão impedir todo ensinamento que entre em conflito com um livro sagrado do século VII e relatos de proveniência duvidosa sobre a vida e ditados de seu profeta escritos centenas de anos depois de sua morte.
  • 111. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Eles tomam 220 estudantes como escravas e as obrigam a converter-se a sua versão do islamismo. Eles as violentam ou as vendem por 10 libras para novos donos. As garotas são vítimas da escravidão, do abuso infantil e do casamento forçado. Seus captores são, por extensão, escravagistas e estupradores.
  • 112. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Mas leia alguns órgãos da imprensa e você entrará em um mundo de eufemismos. Elas não foram escravizadas, mas "abduzidas" ou "sequestradas", como se fossem ser libertadas ilesas quando as partes negociarem um resgate mutuamente aceitável. Os redatores estão digitando com um olho voltado para trás para garantir que ninguém os possa acusar de "demonizar o outro".
  • 113. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Cerca de 50 das meninas conseguiram fugir do Boko Haram nos primeiros dias do sequestro, mas 220 continuam desaparecidas, segundo a escola de meninas Chibok. Elas tem idades entre 16 e 18 anos e estavam na escola para uma prova de Física. O sequestro em massa aconteceu depois de uma grande explosão em Abuja, capital da Nigéria, que matou 75 e feriu 141. O fracasso em resgatar as meninas é um constrangimento para o governo e o Exército da Nigéria, já criticados pela incapacidade de frear o fundamentalismo que cresceu nos últimos cinco anos no país. Mais de 1.500 pessoas morreram vítimas de insurgência este ano, em comparação a uma estimativa de 3.600 entre 2010 e 2013.
  • 114. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografiahttp://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/05/04/menina-sequestrada-na-nigeria-diz-que-refens-sofrem-ate-15-estupros-diarios.htm
  • 115. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 116. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 117. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 118. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografiahttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/160229-mundo-nao-aprendeu-nada-com-genocidio-de-ruanda-diz-ativista.shtml
  • 119. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Em abril de 2014 completam-se 20 anos do genocídio de Ruanda, uma das piores tragédias da humanidade no século XX, com saldo oficial de mais de 800 mil mortos em três meses – 13% da população do país, dos quais mais de 90% eram tutsis. O ataque foi instigado por extremistas e membros do próprio governo, então formado por hutus. Nessas duas décadas, o governo se empenha em promover a reconciliação nacional e reduzir as hostilidades entre hutus e tutsis, o que garante estabilidade política ao país. No entanto, os ressentimentos ainda permanecem latentes. JULGAMENTOS Entre 1997 e 2001, 3 mil pessoas foram julgadas em Ruanda, com 500 condenações à morte. Em 2002 começam a operar os Gacacas, tribunais populares instituídos para acelerar o julgamento de centenas de milhares de suspeitos. Segundo o governo, 65% de quase 2 milhões de réus nos Gacacas foram condenados, a grande maioria a penas alternativas, como serviços comunitários ou, nos casos mais graves, longas penas com trabalhos forçados. Paralelamente, a ONU cria o Tribunal Penal Internacional para Ruanda, em 1994, para julgar os principais acusados. Funciona em Arusha, na Tanzânia. Os julgamentos se encerram em 2012. No total, 63 pessoas foram condenadas (15 aguardam apelação) e dez, absolvidas. No entanto, nove indiciados ainda estão foragidos. Entre os sentenciados à prisão perpétua estão o ex-primeiro-ministro Jean Kambanda e o coronel Théonoste Bagasora, descrito como o principal planejador do massacre dos tutsis. Grupos pró-direitos humanos questionam o fato de membros do atual governo suspeitos de envolvimento nunca terem sido julgados.
  • 120. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
  • 121. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Nação com o maior território da África até 2010, o Sudão concede independência ao Sudão do Sul em 2011 e perde 25% de sua área. A separação encerra meio século de guerra civil, que deixa mais de 2 milhões de mortos. Mas a tensão na fronteira persiste, sobretudo por causa de disputas pelo petróleo, a maior fonte de riqueza. A política do governo em Cartum, de concentrar o desenvolvimento no norte e na costa e negligenciar a periferia do território é uma causa central do conflito norte-sul e de levantes nas províncias de Darfur e Kordofan do Sul, que continuam a desestabilizar a nação.
  • 122. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia HISTÓRIA Conhecido na Antiguidade como Núbia, o Sudão é incorporado ao Império Árabe no século VII. O nome do país deriva da expressão árabe Bilad-as-Sudan, ou “terra dos negros”. Entre 1820 e 1822, é conquistado pelo Egito e entra depois na esfera de influência do Reino Unido. Uma revolta nacionalista chefiada pelo líder religioso Mahdi expulsa os ingleses em 1885. Com sua morte, a região passa para o controle egípcio-britânico, em 1899. O Sudão obtém a independência em 1956. O sul luta contra o domínio muçulmano e ganha autonomia em 1972.
  • 123. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia FUNDAMENTALISMO Em 1983, o governo em Cartum instaura a Sharia, a lei islâmica, em todo o país. O movimento separatista é retomado no sul, com a fundação do Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA). Em 1985, o general Gaafar Nimeiry é derrubado num levante popular. Eleições em 1986 põem no poder o Partido Umma. Em 1989, o general Omar Hassan al-Bashir dá um golpe. Cresce a influência do fundamentalismo islâmico, sob o comando de Hassan al-Turabi, da Frente Islâmica Nacional. Os combates entre o SPLA e o governo se agravam nos anos 1990.
  • 124. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia FATOS RECENTES Em janeiro de 2011, um referendo aprova a separação do Sudão do Sul – a independência é oficializada em julho. PETRÓLEO O Sudão do Sul fica com 75% das reservas de petróleo. Já a infraestrutura para escoar a produção (oleodutos e refinarias) está no Sudão. Em retaliação às altas taxas de transporte cobradas pelo Sudão, o Sudão do Sul suspende a produção em janeiro de 2012. Em abril, tropas do Sudão do Sul avançam sobre o campo petrolífero de Heglig, no Sudão, que bombardeia o sul. Um conflito em larga escala é evitado porque o Sudão do Sul desocupa Heglig. ACORDO O diálogo é retomado em setembro, na Etiópia, com a assinatura de um tratado de cooperação que determina a reabertura dos oleodutos no norte. Também fica acertada a repatriação de sudaneses do sul que ainda estão no norte. A área é desmilitarizada em março de 2013, e a exploração de petróleo no Sudão do Sul é retomada no mês seguinte. ABYEI O maior ponto de discórdia é a região fronteiriça de Abyei, rica em petróleo. Ela é habitada pela tribo Dinka, favorável à união com o sul, e pelos árabes Misseriya, pró-norte. Está prevista a realização de um referendo para definir o status de Abyei, mas não há acordo sobre quem deve participar. Em maio de 2011, tropas do Sudão ocupam a cidade, mas a área é desmilitarizada no mês seguinte, após a chegada de uma missão de paz da ONU, a Unisfa. Em outubro de 2013 é realizado um referendo não oficial, boicotado pelos árabes. Os Dinka votam maciçamente pela união de Abyei ao Sudão do Sul, mas o resultado não é reconhecido, aumentando o impasse.
  • 125. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Os conflitos na província de Darfur, ou “Terra do Fur”, no desértico oeste do Sudão, causam a maior crise humanitária da era contemporânea, com mais de 300 mil mortos e 2,6 milhões de refugiados. O embate tem raízes na disputa por terra, água e poder em Darfur e envolve uma minoria nômade de criadores de animais (árabes sudaneses) e uma maioria de agricultores de tribos negras. JANJAWEED Em 2003, grupos armados das tribos negras iniciam um movimento separatista, acusando Cartum de marginalizar Darfur e de oprimir os negros – os principais são o Movimento de Libertação do Sudão (SLM) e o Movimento pela Justiça e Igualdade (JEM). O governo se apoia na milícia dita árabe Janjaweed, que inicia uma “limpeza étnica”, matando milhares de agricultores, além de cometer estupros e pilhagens e destruir aldeias. MISSÃO DE PAZ Em 2004 começa o diálogo, e tropas da União Africana (UA) passam a proteger os campos de refugiados em Darfur. Em 2006, a UA medeia um acordo de paz entre o governo do Sudão e uma facção do SLM (Minni Minawi). O JEM e o SLM (Abdul Wahid) ficam de fora. Em 2008, chegam a Darfur os primeiros contingentes da maior missão de paz da ONU no mundo, a Unamid, com 22 mil soldados e policiais, que se somam aos 7 mil homens da UA. A atividade rebelde diminui.
  • 126. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia O Sudão do Sul conquista a independência em 2011, após meio século de guerra civil com o Sudão, que deixa mais de 2 milhões de mortos. Na raiz do conflito estão políticas que marginalizam o sul, aliadas à diferenças humanas e geográficas marcantes. O norte é majoritariamente árabe e islâmico, enquanto o sul é habitado por grupos animistas e cristãos. O desértico norte (exceto no fértil corredor onde corre o rio Nilo) contrasta com a exuberância do sul, recoberto por savanas e florestas tropicais. O Sudão do Sul é uma das nações mais pobres do mundo.
  • 127. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia http://www.brasilpost.com.br/2014/04/30/nigeria-sequestro-meninas_n_5241803.html