SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
1
Aula 2-O CONCEITO DE FAMÍLIA, A
ABORDAGEM FAMILIAR E OS
INSTRUMENTOS DE ABORDAGEM
Profª Juliana Bertho
2
Remete ao conhecimento pela equipe de saúde
dos membros da família e dos seus problemas de
saúde
A ABORDAGEM FAMILIAR
3
A ABORDAGEM FAMILIAR
Para o Ministério da Saúde (2001):
“A família é o conjunto de pessoas, ligadas por
laços de parentesco, dependência doméstica ou
normas de convivência, que residem na mesma
unidade domiciliar. Inclui empregado (a) doméstico
(a) que reside no domicílio, pensionista e
agregados”
Definição de Família ao Longo dos
Anos
“ Família são pessoas aparentadas que vivem
em geral na mesma casa, particularmente o
pai, a mãe e os filhos: pessoas do mesmo
sangue, ascendência, linhagem e estirpe.”
(Holanda, S. B. 1986)
Definição de Família ao Longo dos
Anos
“ Família não é apenas uma instituição social
capaz de ser individualmente, mas constitui
também e particularmente um valor. É um
grupo social e uma rede de relações. Funda-
se na genealogia e nos elos jurídicos, mas
também se faz na consciência social, intensa
e longa.”
(DaMatta, R. 1987)
6
A ABORDAGEM FAMILIAR
No Brasil, a centralização na família é implementada
a partir da estratégia de Saúde da Família, desde
1994, como uma reorientação do modelo
assistencial, operacionalizada mediante a
implantação de equipes multiprofissionais em UBS
7
A ABORDAGEM FAMILIAR
Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento
de um número definido de famílias, localizadas em uma
área geográfica delimitada e atuam com ações de
promoção da saúde, prevenção, recuperação,
reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na
manutenção da saúde desta comunidade
8
A ABORDAGEM FAMILIAR
A associação da equipe com o usuário e sua família é
um requisito básico para a abordagem familiar e
fundamenta-se no respeito à realidade e às crenças da
família, por parte da equipe de saúde
9
INSTRUMENTOS DE ABORDAGEM FAMILIAR
Muitas técnicas estão disponíveis para ajudar os
profissionais de saúde a considerar o contexto da
família como uma parte de sua atenção clínica. Dentre
os instrumentos de Abordagem Familiar os mais
utilizados são: o Genograma, Ecograma, Ciclo de Vida
da Família, o FIRO e o PRACTICE.
10
O GENOGRAMA
Ferramenta gráfica que mostra a estrutura e o padrão
de repetição das relações familiares.
11
O GENOGRAMA
Características básicas:
1. identifica a estrutura familiar e seu padrão de relação;
2. mostra as doenças que costumam ocorrer;
3. evidencia a repetição dos padrões de relacionamento e
os conflitos que desembocam no processo de
adoecer.
12
O GENOGRAMA
13
O GENOGRAMA
14
Ecomapa,
Também conhecido como ecograma, é um
instrumento de avaliação familiar, realizado através de
representação gráfica das ligações de uma família às
pessoas e/ou estruturas sociais do meio em que
habita. Identifica os padrões organizacionais da família
e a natureza das suas relações com o meio,
mostrando-nos o equilíbrio entre as necessidades e os
recursos da família.
15
O que representar?
• Vizinhança
• Serviços na comunidade
• Grupos sociais
• Educação
• Relações pessoais
significativas
• Trabalho
• Outros
Ecomapa
Família
Trabalho
Lazer
Escola Hospital
Juizado
O Projeto
Conselho
Tutelar
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
O Ciclo de Vida das Famílias é uma série de eventos
previsíveis que ocorrem dentro da família como
resultado das mudanças em sua organização.
17
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
Esta ferramenta identifica na história da família os
diferentes estágios de desenvolvimento, que
também são chamados de “crises evolutivas” e
incluem as tarefas a serem cumpridas pelos
membros familiares e também tópicos de
promoção de saúde familiar que podem ser
implementados.
18
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
Vantagem: permite a antecipação de possíveis
desafios a serem enfrentados e a realização de
atividades preventivas, que promovam a
capacidade de resolução de problemas e o
crescimento e desenvolvimento do sistema familiar.
19
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
Estágio do Ciclo de
Vida da Família
Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção
Iniciando a vida a dois  Estabelecer um relacionamento
mutuamente satisfatório.
 Aumentar a autonomia em relação
à família de origem e desenvolver
novas relações familiares.
 Tomar decisões sobre filhos,
educação e gravidez
 Desenvolver novas amizades.
 Discutir a importância da
comunicação.
 Fornecer informação sobre
planejamento familiar.
Famílias com filhos
pequenos
 Ajustar-se e encorajar o
desenvolvimento da criança.
 Estabelecer uma vida satisfatória a
todos os membros
 Reorganizar a unidade familiar de
dois para três ou mais membros.
 Fornecer informações
 Envolver o pai na gestação e parto.
 Discutir desenvolvimento infantil,
papel de pais e relacionamento pais
e filhos.
 Encorajar um tempo para o casal.
 Discutir rivalidade entre irmãos.
 Discutir o sentimento de
“afastamento” dos pais perante o
surgimento dos filhos.
20
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
Estágio do Ciclo de
Vida da Família
Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção
Famílias com crianças
pré escolares
Prover espaço adequado para a
família que cresce
Enfrentar os custos financeiros da
vida familiar
Assumir o papel maduro apropriado
à família que cresce
Manter uma satisfação mutua no
papel de parceiros, parentes,
comunidade.
Encorajar um tempo para o casal
Estimular o diálogo sobre educação
dos filhos
Fornecer informações sobre o
desenvolvimento das crianças
Famílias com crianças
em idade escolar
Facilitar a transição da casa para a
escola.
Fazer face as crescentes demandas
de tempo e dinheiro.
Manter uma relação de casal.
Fornecer informação sobre o
desenvolvimento de crianças em
idade escolar
Monitorar o desempenho escolar e
reforçar posições realísticas sobre
expectativas de desempenho.
Sugerir estratégias de manejo de
tempo.
Encorajar discussões sobre
sexualidade com as crianças.
21
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
Estágio do Ciclo de
Vida da Família
Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção
Famílias com
adolescentes
 Equilibrar liberdade com
responsabilidade a medida que os
adolescentes vão adquirindo
individualidade
 Estabelecer fundamentos para
atividades dos pais após a saída
dos filhos.
 Estabelecer relação com o
adolescente que reflita aumento de
autonomia
 Fornecer informação aos pais sobre
desenvolvimento de adolescentes.
 Conversar com adolescentes sobre
drogas e sexo
 Discutir com o adolescente o
estabelecimento de relações ao
longo da vida
Casais de meia idade  Prover conforto, saúde e bem estar
enquanto casal.
 Planejar futuro financeiro
 Crescimento e significado do
individuo e do casal.
 Ser avós.
 Encorajar o casal a fazer planos
para aposentadoria: atividades de
lazer, finanças, moradia.
 Independência dos filhos.
 Eleição vocacional e do
companheiro pelos mesmos.
 Tolerância à partida dos filhos
 Explorar o papel de avós.
 Discutir sexualidade e os processos
ligados ao envelhecimento.
22
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
Estágio do Ciclo de
Vida da Família
Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção
Famílias envelhecendo  Tópicos de moradia e finanças.
 Integridade do ego
 Saúde
 Ficar mais tempo juntos.
 Enfrentando a vida sozinho.
 Discutir tópicos de saúde,
planejamento de longo prazo.
 Revisar a vida como ferramenta
para a saúde mental.
 Encorajar interesses individuais e
compartilhados.
 Preparar para lidar com a perda do
companheiro (a).
23
FIRO
24
Situações nas quais o FIRO é aplicável
2. Quando a família sofre mudanças importantes, ou ritos de
passagem, tais como descritos no Ciclo de Vida e faz-se
necessário criar novos padrões de inclusão, controle e
intimidade.
3. Quando a inclusão, o controle e a intimidade constituem
uma seqüência inerente ao desenvolvimento para o manejo
de mudanças da família.
FIRO
As três dimensões constituem uma seqüência
lógica de prioridades para o tratamento, ou
seja, primeiro a inclusão, depois o controle e em
seguida intimidade (Chile, 2008; Ditterich,
2005).
25
FIRO
Inclusão Diz respeito à interação dentro da família para
sua vinculação e organização, ou seja, desven-
da os que “estão dentro” ou que “estão de fora”
do contexto familiar.
Controle Refere-se às interações do exercício de poder
dentro da família.
Intimidade Refere-se às interações familiares correlatas às
trocas interpessoais, o modo de compartilhar
sentimentos, tais como esperanças e frustra-
ções, o desenvolvimento de atitudes de aproxi-
mação ou de distanciamento entre os familiares,
as vulnerabilidades e as fortalezas.
26

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Abordagem Familiar e seus Instrumentos

Mãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúde
Mãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúdeMãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúde
Mãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúdeProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Manual 2ª versao creche
Manual 2ª versao crecheManual 2ª versao creche
Manual 2ª versao crecheBela Catarina
 
Manual processos chave creche
Manual processos chave crecheManual processos chave creche
Manual processos chave crecheAMÉLIA ANDRADE
 
livro processo chave
livro processo chavelivro processo chave
livro processo chaveCludiaFelix
 
Manual 2ª versao creche
Manual 2ª versao crecheManual 2ª versao creche
Manual 2ª versao crecheBela Catarina
 
A importância da família para o processo da aprendizagem escolar por flávia...
A importância da família para o processo da aprendizagem escolar   por flávia...A importância da família para o processo da aprendizagem escolar   por flávia...
A importância da família para o processo da aprendizagem escolar por flávia...Psicanalista Santos
 
Manual promocao da-saude
Manual promocao da-saudeManual promocao da-saude
Manual promocao da-saudeSusana Marques
 
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxSAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxWellingtonTeixeira24
 
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSEspecialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSSebástian Freire
 
Manual de processos chave - 2ºedição
Manual de processos chave - 2ºediçãoManual de processos chave - 2ºedição
Manual de processos chave - 2ºediçãolaruzinha
 
Aconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemica
Aconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemicaAconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemica
Aconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemicaNatanael Ribeiro de Sousa
 
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptxcad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptxMiltonFernandes41
 
Crianças com nee
Crianças com neeCrianças com nee
Crianças com neeMekinho20
 

Semelhante a Abordagem Familiar e seus Instrumentos (20)

Aspectos Psicoafetivos e Abordagem Familiar no contexto da Prematuridade
Aspectos Psicoafetivos e Abordagem Familiar no contexto da PrematuridadeAspectos Psicoafetivos e Abordagem Familiar no contexto da Prematuridade
Aspectos Psicoafetivos e Abordagem Familiar no contexto da Prematuridade
 
Mãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúde
Mãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúdeMãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúde
Mãe, pai e casal na ADOLESCÊNCIA. Manual LAPREV para profissionais de saúde
 
Cuidado Centrado na Família (CCF)
Cuidado Centrado na Família (CCF)Cuidado Centrado na Família (CCF)
Cuidado Centrado na Família (CCF)
 
Estd d cs_pediatria ana rita formatado
Estd d cs_pediatria  ana rita formatadoEstd d cs_pediatria  ana rita formatado
Estd d cs_pediatria ana rita formatado
 
Manual 2ª versao creche
Manual 2ª versao crecheManual 2ª versao creche
Manual 2ª versao creche
 
Manual processos chave creche
Manual processos chave crecheManual processos chave creche
Manual processos chave creche
 
livro processo chave
livro processo chavelivro processo chave
livro processo chave
 
Manual 2ª versao creche
Manual 2ª versao crecheManual 2ª versao creche
Manual 2ª versao creche
 
A importância da família para o processo da aprendizagem escolar por flávia...
A importância da família para o processo da aprendizagem escolar   por flávia...A importância da família para o processo da aprendizagem escolar   por flávia...
A importância da família para o processo da aprendizagem escolar por flávia...
 
Manual promocao da-saude
Manual promocao da-saudeManual promocao da-saude
Manual promocao da-saude
 
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxSAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
 
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUSEspecialização em Saúde da Família UNA - SUS
Especialização em Saúde da Família UNA - SUS
 
cartilha_do_pai
cartilha_do_paicartilha_do_pai
cartilha_do_pai
 
Manual de processos chave - 2ºedição
Manual de processos chave - 2ºediçãoManual de processos chave - 2ºedição
Manual de processos chave - 2ºedição
 
Aconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemica
Aconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemicaAconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemica
Aconselhamento pastoral e da família uma proposta sistemica
 
Planejamento familíar
Planejamento familíarPlanejamento familíar
Planejamento familíar
 
A Familia
A FamiliaA Familia
A Familia
 
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptxcad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
 
ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC
ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC
ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC
 
Crianças com nee
Crianças com neeCrianças com nee
Crianças com nee
 

Último

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (8)

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

Abordagem Familiar e seus Instrumentos

  • 1. 1 Aula 2-O CONCEITO DE FAMÍLIA, A ABORDAGEM FAMILIAR E OS INSTRUMENTOS DE ABORDAGEM Profª Juliana Bertho
  • 2. 2 Remete ao conhecimento pela equipe de saúde dos membros da família e dos seus problemas de saúde A ABORDAGEM FAMILIAR
  • 3. 3 A ABORDAGEM FAMILIAR Para o Ministério da Saúde (2001): “A família é o conjunto de pessoas, ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, que residem na mesma unidade domiciliar. Inclui empregado (a) doméstico (a) que reside no domicílio, pensionista e agregados”
  • 4. Definição de Família ao Longo dos Anos “ Família são pessoas aparentadas que vivem em geral na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos: pessoas do mesmo sangue, ascendência, linhagem e estirpe.” (Holanda, S. B. 1986)
  • 5. Definição de Família ao Longo dos Anos “ Família não é apenas uma instituição social capaz de ser individualmente, mas constitui também e particularmente um valor. É um grupo social e uma rede de relações. Funda- se na genealogia e nos elos jurídicos, mas também se faz na consciência social, intensa e longa.” (DaMatta, R. 1987)
  • 6. 6 A ABORDAGEM FAMILIAR No Brasil, a centralização na família é implementada a partir da estratégia de Saúde da Família, desde 1994, como uma reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em UBS
  • 7. 7 A ABORDAGEM FAMILIAR Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada e atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade
  • 8. 8 A ABORDAGEM FAMILIAR A associação da equipe com o usuário e sua família é um requisito básico para a abordagem familiar e fundamenta-se no respeito à realidade e às crenças da família, por parte da equipe de saúde
  • 9. 9 INSTRUMENTOS DE ABORDAGEM FAMILIAR Muitas técnicas estão disponíveis para ajudar os profissionais de saúde a considerar o contexto da família como uma parte de sua atenção clínica. Dentre os instrumentos de Abordagem Familiar os mais utilizados são: o Genograma, Ecograma, Ciclo de Vida da Família, o FIRO e o PRACTICE.
  • 10. 10 O GENOGRAMA Ferramenta gráfica que mostra a estrutura e o padrão de repetição das relações familiares.
  • 11. 11 O GENOGRAMA Características básicas: 1. identifica a estrutura familiar e seu padrão de relação; 2. mostra as doenças que costumam ocorrer; 3. evidencia a repetição dos padrões de relacionamento e os conflitos que desembocam no processo de adoecer.
  • 14. 14 Ecomapa, Também conhecido como ecograma, é um instrumento de avaliação familiar, realizado através de representação gráfica das ligações de uma família às pessoas e/ou estruturas sociais do meio em que habita. Identifica os padrões organizacionais da família e a natureza das suas relações com o meio, mostrando-nos o equilíbrio entre as necessidades e os recursos da família.
  • 15. 15 O que representar? • Vizinhança • Serviços na comunidade • Grupos sociais • Educação • Relações pessoais significativas • Trabalho • Outros
  • 17. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA O Ciclo de Vida das Famílias é uma série de eventos previsíveis que ocorrem dentro da família como resultado das mudanças em sua organização. 17
  • 18. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA Esta ferramenta identifica na história da família os diferentes estágios de desenvolvimento, que também são chamados de “crises evolutivas” e incluem as tarefas a serem cumpridas pelos membros familiares e também tópicos de promoção de saúde familiar que podem ser implementados. 18
  • 19. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA Vantagem: permite a antecipação de possíveis desafios a serem enfrentados e a realização de atividades preventivas, que promovam a capacidade de resolução de problemas e o crescimento e desenvolvimento do sistema familiar. 19
  • 20. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA Estágio do Ciclo de Vida da Família Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção Iniciando a vida a dois  Estabelecer um relacionamento mutuamente satisfatório.  Aumentar a autonomia em relação à família de origem e desenvolver novas relações familiares.  Tomar decisões sobre filhos, educação e gravidez  Desenvolver novas amizades.  Discutir a importância da comunicação.  Fornecer informação sobre planejamento familiar. Famílias com filhos pequenos  Ajustar-se e encorajar o desenvolvimento da criança.  Estabelecer uma vida satisfatória a todos os membros  Reorganizar a unidade familiar de dois para três ou mais membros.  Fornecer informações  Envolver o pai na gestação e parto.  Discutir desenvolvimento infantil, papel de pais e relacionamento pais e filhos.  Encorajar um tempo para o casal.  Discutir rivalidade entre irmãos.  Discutir o sentimento de “afastamento” dos pais perante o surgimento dos filhos. 20
  • 21. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA Estágio do Ciclo de Vida da Família Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção Famílias com crianças pré escolares Prover espaço adequado para a família que cresce Enfrentar os custos financeiros da vida familiar Assumir o papel maduro apropriado à família que cresce Manter uma satisfação mutua no papel de parceiros, parentes, comunidade. Encorajar um tempo para o casal Estimular o diálogo sobre educação dos filhos Fornecer informações sobre o desenvolvimento das crianças Famílias com crianças em idade escolar Facilitar a transição da casa para a escola. Fazer face as crescentes demandas de tempo e dinheiro. Manter uma relação de casal. Fornecer informação sobre o desenvolvimento de crianças em idade escolar Monitorar o desempenho escolar e reforçar posições realísticas sobre expectativas de desempenho. Sugerir estratégias de manejo de tempo. Encorajar discussões sobre sexualidade com as crianças. 21
  • 22. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA Estágio do Ciclo de Vida da Família Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção Famílias com adolescentes  Equilibrar liberdade com responsabilidade a medida que os adolescentes vão adquirindo individualidade  Estabelecer fundamentos para atividades dos pais após a saída dos filhos.  Estabelecer relação com o adolescente que reflita aumento de autonomia  Fornecer informação aos pais sobre desenvolvimento de adolescentes.  Conversar com adolescentes sobre drogas e sexo  Discutir com o adolescente o estabelecimento de relações ao longo da vida Casais de meia idade  Prover conforto, saúde e bem estar enquanto casal.  Planejar futuro financeiro  Crescimento e significado do individuo e do casal.  Ser avós.  Encorajar o casal a fazer planos para aposentadoria: atividades de lazer, finanças, moradia.  Independência dos filhos.  Eleição vocacional e do companheiro pelos mesmos.  Tolerância à partida dos filhos  Explorar o papel de avós.  Discutir sexualidade e os processos ligados ao envelhecimento. 22
  • 23. CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA Estágio do Ciclo de Vida da Família Tarefas a Serem Cumpridas Tópicos de Prevenção Famílias envelhecendo  Tópicos de moradia e finanças.  Integridade do ego  Saúde  Ficar mais tempo juntos.  Enfrentando a vida sozinho.  Discutir tópicos de saúde, planejamento de longo prazo.  Revisar a vida como ferramenta para a saúde mental.  Encorajar interesses individuais e compartilhados.  Preparar para lidar com a perda do companheiro (a). 23
  • 24. FIRO 24 Situações nas quais o FIRO é aplicável 2. Quando a família sofre mudanças importantes, ou ritos de passagem, tais como descritos no Ciclo de Vida e faz-se necessário criar novos padrões de inclusão, controle e intimidade. 3. Quando a inclusão, o controle e a intimidade constituem uma seqüência inerente ao desenvolvimento para o manejo de mudanças da família.
  • 25. FIRO As três dimensões constituem uma seqüência lógica de prioridades para o tratamento, ou seja, primeiro a inclusão, depois o controle e em seguida intimidade (Chile, 2008; Ditterich, 2005). 25
  • 26. FIRO Inclusão Diz respeito à interação dentro da família para sua vinculação e organização, ou seja, desven- da os que “estão dentro” ou que “estão de fora” do contexto familiar. Controle Refere-se às interações do exercício de poder dentro da família. Intimidade Refere-se às interações familiares correlatas às trocas interpessoais, o modo de compartilhar sentimentos, tais como esperanças e frustra- ções, o desenvolvimento de atitudes de aproxi- mação ou de distanciamento entre os familiares, as vulnerabilidades e as fortalezas. 26