PNPA - I Curso de Especialização em Primeira Infância - 6-9-2016.ppt
1. I Curso de Atualização “Primeiríssima Infância em foco:
Formação intersetorial e monitoramento das ações
EEUSP/FMCSV/SPPI
Práticas ampliadas em pré-natal, puerpério e
amamentação: centralidade da família
- Marcos Davi dos Santos – diretor executivo, formador de profissionais para o
desenvolvimento da primeira infância, médico, psicoterapeuta corporal neo-
reicheano – Instituto Primeiros Anos, São Paulo/SP, setembro/2016
www.facebook/institutoprimeirosanos.com
2. CONCEITO
Considerar com igual atenção e importância
aspectos relacionados à:
• vida psíquica da gestante, da puérpera e da
nutriz
• sua família
• seu ambiente social direto e indireto
4. ‘A família é um grupo de pessoas, vinculadas
por laços consanguíneos, de aliança ou de
afinidade, onde os vínculos circunscrevem
obrigações recíprocas e mútuas, organizadas
em torno de relações de geração e de gênero’.
NOB/05
5. E COMO CONTRAPONTO...
É preciso não idealizar/romantizar a família – ela é lócus de proteção,
mas também de desigualdade e violência. Supervalorizar a família pode
oprimir/invisibilizar seus membros.
Priscilla Maia de Andrade/MDS
6. Três grandes períodos na evolução da família:
Fase 1. Família tradicional – para assegurar a transmissão de um patrimônio;
casamentos arranjados; uniões em idade precoce; uma ordem de mundo
imutável e submetida à autoridade patriarcal.
Fase 2. Família “moderna” – fundada no amor romântico; reciprocidade de
sentimentos e desejos carnais sancionada pelo casamento; divisão do trabalho
entre os esposos; educação dos filhos sob responsabilidade da nação;
atribuição de autoridade entre o Estado e os pais de um lado, e entre os pais e
as mães por outro.
Fase 3. Família “pós-moderna” ou contemporânea - união de duração
relativa de indivíduos que buscam relações íntimas ou realização sexual;
horizontal e “em redes”; transmissão de autoridade cada vez mais
problemática na medida em que aumentam os divórcios, separações e
recomposições conjugais.
Elisabeth Roudinesco – pág. 19
7. • Aumentou o número de pessoas idosas na família porque
as pessoas estão vivendo mais
• Diminuiu o número de famílias compostas de pai, mãe e
filhos (família nuclear conjugal)
• Aumentou o número de famílias compostas de mães
morando sozinhas com seus filhos e também começam a
aparecer famílias de pais morando sozinhos com seus filhos
(famílias monoparentais)
Caracterização da família pós-moderna
8. • Aumentou o número de pessoas morando sozinhas e de
famílias reconstituídas (filhos de casamentos anteriores
morando juntos)
• Aumentou a preferência por uniões consensuais em
detrimento dos matrimônios legais
• Persistem as famílias extensas ou ampliadas, isto é, famílias às
quais se agregam parentes ou amigos
Caracterização da família pós-moderna
9. • Começam a surgir famílias de casais sem filhos por opção
• Começam a surgir famílias compostas de amigos, cujas
relações de parentesco são baseadas na afinidade (família por
associação)
• Aumentam as famílias de casais homossexuais (no Brasil, a
união homoafetiva foi oficializada em 05.05.2011)
Caracterização da família pós-moderna
10. Função materna
• acolhimento, aconchego,
satisfação das necessidades
básicas da criança, que
inicialmente estão muito ligadas
ao corpo
• gradativamente serve como
decodificadora de necessidades
mais complexas (sentimentos,
angústias, novas experiências e
aprendizados)
• Imagem simbólica – útero ou
seio materno [a criança é
falada]
Função paterna
• regras de convivência social
(“leis”)
• limites e responsabilidades
• inicialmente dentro da família,
levando para fora
• estímulo para o crescimento,
independência, autonomia e
aquisição de conhecimentos
• Desenvolvimento da função
simbólica, da linguagem
[a criança fala]
12. Quando aplicada à Psicologia:
• resiliência significa resistência a experiências negativas;
• não é uma capacidade inata; ela depende da interação com
o ambiente (estimulação e vínculos);
• não pressupõe características excepcionais de saúde nem
experiências de vida predominantemente boas;
• depende de uma exposição controlada ao estresse e às
adversidades psicossociais.
13. O conceito de resiliência ajuda-nos a compreender
as diferenças de adaptação de famílias em situações
semelhantes de vulnerabilidade social.
16. Trabalho com famílias/Algumas recomendações
• Refletir e problematizar sempre as nossas próprias
experiências com nossas famílias (família atual e família
de origem), identificando valores, crenças e mitos;
• Evitar julgamentos baseados em qualquer tipo de
preconceito;
• Observar como os membros da família se comunicam,
suas mensagens verbais e não verbais; procurar ajudá-los
sintetizando e ‘traduzindo’ verbalmente esses conteúdos;
17. Trabalho com famílias/Algumas recomendações
•Evitar reagir com base nos sentimentos que determinadas
pessoas e famílias mobilizam em nós, sejam eles ‘positivos’
ou ‘negativos’. Nestas situações, melhor será adiar uma
resposta ou conduta e buscar ajuda na equipe ou
supervisão especializada;
• Acolher a culpa, o desamparo, a raiva e outros tantos
sentimentos ‘fortes’ ou ‘negativos’ que a família expressa,
possibilitando assim que sejam mais conscientizados e
aceitos;
18. Trabalho com famílias/Algumas recomendações
• Reconhecer e valorizar os saberes e recursos da família;
• Olhar a família desde uma perspectiva estrutural
(questões de classe social, gênero, geração, e outras),
funcional (divisão de funções e papéis na família) e
relacional (como os membros se vinculam, sentimentos
predominantes, principais expectativas e temores, etc.);
19. Trabalho com famílias/Algumas recomendações
• Construir junto com a família alternativas de mudança.
• Promover sempre o diálogo, a troca de informações e a
reflexão crítica;
• Identificar e buscar ampliar a rede social da família;
20. Referências
• Gueiros D. Família e trabalho social: intervenções no âmbito do
Serviço Social. Rev. Katál. Florianópolis v. 13 n. 1 p. 126-132
jan./jun. 2010.
• Hintz HC. Novos tempos, novas famílias? Da modernidade à pós-
modernidade. Revista Pensando Famílias, 3, 2001; (8-19).
• Maia de Andrade P. Diretrizes para o Acompanhamento Familiar
no âmbito do PAIF. Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social.
Departamento de Proteção Social Básica. Disponível em
25.03.2014 em
http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/condicionalidades/arq
uivos/Apresentacao%20Seminario%20Acompanhamento%2
0Familiar_Priscilla.pdf
21. Referências
• Roudinesco E. A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor; 2003.
• Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social da
Prefeitura de Belo Horizonte. Metodologia de trabalho com
famílias e comunidades nos Núcleos de Apoio à Família – NAF.
Metodologia de trabalho com famílias e grupos no Eixo Orientação
SOSF/PBH. 2007.
• Winnicott D. El niño en el grupo familiar. Congreso de la
Asociación de Jardines de Infantes; New College, Oxford,
1966.
23. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Eixos das práticas ampliadas de pré-natal
Ampliação através da inclusão dos aspectos
emocionais e sociais;
Visita domiciliária como instrumento potente
Foco nos adolescentes grávidos
Utilização do genograma e/ou ecomapa
24. • Captação precoce de gestantes na
comunidade
• Garantia de atendimento a todas as
gestantes que procuram os serviços de
saúde
• Garantia de realização dos exames
complementares necessários
Pré-natal básico: Saúde
26. Trabalhar os aspectos físicos, emocionais e sociais
da gestante e seu ambiente potencializa o
desenvolvimento infantil em suas múltiplas
dimensões: motora, intelectual, de linguagem,
social e emocional
Impacto da ampliação da Clínica do Pré-Natal
27. É possível falar em um “pré-natal intersetorial”
em Educação, Saúde e Assistência Social?
28. Para ampliar o trabalho ampliados com as
famílias grávidas...
29. • Desenvolver a escuta qualificada.
• Aprofundar o vínculo.
• Reconhecer e valorizar o ‘patrimônio’ e a cultura
de cada família e comunidade.
• Buscar alternativas e estratégias para apoio,
orientação e acompanhamento da gestante.
• Considerar seu contexto familiar, social e
emocional.
• Oferecer espaço de escuta onde a mulher possa
falar sobre seus sentimentos frente a realidade de
uma nova gestação.
30. • Oferecer espaço de reflexão sobre o papel da mulher
na família, a interferência hormonal como fator de
interferência no estado emocional da gestante.
• Acreditar e valorizar os grupos educativos como
estratégia transformadora, apoiadora e preparadora da
gestante e família na aceitação e melhor recebimento
do novo ser.
31. • Organizar os encontros educativos com critérios que
facilitem a adesão da gestante, do companheiro ou
apoiador.
• Utilizar metodologia participativa, procurando sempre
valorizar e incentivar a participação de todos.
• Usar vocabulário de fácil compreensão.
• Criar um ambiente acolhedor, organizando
preferencialmente a sala em circulo.
32. • Buscar elementos afetivos para permear todos os
encontros, como: musicas, poemas, dinâmicas,
contos etc.
• Trabalhar em todos os encontros o vínculo mãe
bebê, como fator fundamental para o
desenvolvimento mental, emocional e biológica
da criança.
33. • Explorar profundamente o tema amamentação.
• Sensibilizar os profissionais da Unidade em relação à
importância da captação das gestantes para o grupo.
• As contribuições da neurociência sobre
desenvolvimento inicial do cérebro (Rima Shore) são
aliadas importantes na conquista de parceiros no
trabalho com gestantes, famílias e comunidades.
35. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Puerpério: período que se inicia após o parto e a
dequitação da placenta.
Características: involução dos órgãos pélvicos e
recuperação das alterações induzidas pela gestação
Estágios:
Imediato - que vai do 1º ao 10º dia após o
nascimento do bebê;
Tardio - que se estende do 10º ao 45º dia;
Remoto – após o 45º dia.
36. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Como serão os primeiros dias em casa depois do parto?
Para a mãe
Para ao pai
Para os outros membros da família
Cerca de 10% das puérperas desenvolvem depressão
pós-parto, impactando negativamente o
Desenvolvimento Infantil
37. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Tristeza puerperal: ocorre em 08 de cada 10 mulheres
Depressão puerperal: ocorre em 01 de cada 10 mulheres
(02 em cada 10 quando se trata de adolescentes
puérperas)
Psicose puerperal: 01 em cada 2000 puérperas
Infanticídio: 01 em cada 125.000 puérperas
Alterações psíquicas no puerpério
38. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Podem aparecer ‘sintomas psiquiátricos’ que
requerem ajuda médica;
Manifesta-se logo depois do parto e antes do
retorno das menstruações;
É multicausal;
Depressão puerperal
39. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Depressão puerperal
Algo mais profundo e ligado à totalidade da pessoa
está acontecendo...
Sinais importantes de ansiedade, insônia, agitação e
irritabilidade podem ser claramente percebidos.
40. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Os seguintes sintomas significam agravamento do quadro:
estado de confusão, rejeição do bebê, desilusão frente o
momento que vive;
falta de conexão adequada com a realidade ou
pensamentos suicidas.
Observar especialmente: o sono, o apetite, a perda da
auto-confiança, o pranto e a ansiedade da puérpera.
Depressão puerperal
41. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
• Manifesta-se nos primeiros 15 dias após o parto,
ou logo depois do parto;
• É uma emergência;
• Hospitalização recomendada;
• Risco elevado de suicídio ou infanticídio.
Psicose puerperal
42. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Fatores de risco para depressão ou psicose:
- antecedente de síndrome depressiva ou psicose anterior;
- medicação psicotrópica;
- dificuldades marcantes no parto ou puerpério;
- gestação não planejada;
- separação do casal durante a gestação;
- tensão importante no relacionamento do casal;
- morte recente na família ou de amigo próximo;
- morte dos pais na infância ou adolescência;
- mudanças recentes significativas de estilo de vida ou trabalho.
Primeiro e mais evidente sintoma de psicose puerperal:
descuido total com o bebê.
Psicose puerperal
43. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Algumas recomendações importantes na atenção à
puérpera:
1. respeitar seus momentos de descanso
2. garantir a intimidade necessária à amamentação
3. evitar dar conselhos e regras prontas
4. valorizar a experimentação e estratégias de ensaio
e erro, pois cada mãe e cada bebê são únicos!
44. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
- Um bom pai é uma boa “mãe” ao
exercer a função materna no primeiro
ano de vida (necessidades do corpo)
- (Vídeo)
Participação do pai:
45. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Fonte:
‘Claroscuros del embarazo, el parto y el puerperio’
Mario Sebastini e Mercedes Raffo Magnasco de
Testa.
Ed. Paidós: Buenos Aires, 2004.
46. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Visita Domiciliária no Puerpério
47. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
A visita domiciliaria deve ocorrer após a
chegada da puérpera em sua casa, no
máximo até o 10º dia após o parto.
48. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
1. São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Atenção à saúde da mulher:
protocolo de enfermagem. São Paulo, 2004. Disponível em
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/enfe
rmagem/Atencao_saude_mulher2.pdf
2. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção à gestante e à puérpera no
SUS-SP. São Paulo, 2010. Disponível em
http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/areas-tecnicas-da-sessp/saude-
da-mulher/atencao-a-gestante-e-a-puerpera-no-sus-sp/
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde da Mulher. Área
Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério. Brasília, 2001.
Referências
50. Amamentar é muito mais do que nutrir a
criança. É um processo que envolve
interação profunda entre mãe e filho, com
repercussões no estado nutricional da
criança, em sua habilidade de se defender
de infecções, em sua fisiologia e no seu
desenvolvimento cognitivo e emocional,
além de ter implicações na saúde física e
psíquica da mãe.
Caderno de Atenção Básica nº 23 – pág. 11
51. ‘Essa união pareceria ser instintiva, natural e sem
aprendizagem alguma. A realidade mostra que é uma mescla
de ambas as coisas e que esforços para hierarquizar uma e
outra visão irremediavelmente conduzem ao fracasso. O que
se sabe com certa precisão é que há fatores externos que
podem afetar esta união, como a falta de experiência ou de
modelos, situações familiares complexas, como uma
separação de casal durante a gestação ou logo após o parto,
problemas econômicos ou simplesmente insegurança frente
às novas experiências.’
(Sebastini e Magnasco de Testa, 2004:184)
Bonding = união mãe-filho
52. A psicologia da amamentação é
extremamente complexa.
O bebê: tem que unir dois tipos de relação que ele tem com a
mãe: uma instintiva e outra vincular, pois, além de alimentá-lo,
a mãe garante sua segurança, bem estar e proteção.
A mãe: sente um forte vínculo com seu bebê desde os primeiros
dias e o bebê manifesta reconhecimento em poucas semanas
por meio de um sorriso.
Conquistas como estas estão baseadas em boas
experiências de cuidado materno.
(vídeo)
53. Preocupação materna primária - um estado
mental da mãe que consegue se colocar no lugar
do bebê, segurá-lo bem, oferecer-lhe segurança e
conforto reduzindo ao máximo suas agonias
iniciais em um mundo totalmente desconhecido
(Winnicott, 1988)
A mãe que, por alguma razão, não pode dar o
peito ao seu bebê é capaz de dar conta do
estabelecimento dessa relação humana precoce
de alguma forma, e utilizar a mamadeira para
proporcionar-lhe gratificação instintiva.
A mãe que pode dar o peito ao bebê encontra
uma experiência muito mais rica para si mesma,
e essencial para o bebê.
54. Um bebê pode experimentar alívio ao ser
desmamado de uma mãe ansiosa ou deprimida...
Quando é necessário usar a mamadeira, e o
profissional de saúde considera que tomou uma
boa decisão, em geral ele encerra a questão...
Mas, quem deseja cuidar do desenvolvimento
integral do bebê, ao contrário, deve pensar em
termos de pobreza e riqueza de experiências,
desenvolvimento de resiliência, fortalecimento da
personalidade...
55. Conceito de ‘mãe suficientemente boa’
Função de sustentação (holding) - a forma como a
mãe toma o bebê em seus braços está relacionada
com sua capacidade de identificar-se com ele.
Fator básico de cuidado.
Qualquer deficiência neste sentido provoca intensa
angustia na criança (sensação de cair sem parar;
sensação de desintegrar-se; sentimento de que o
mundo não é um lugar seguro, etc.).
56. Função de manipulação (handling) - através dos
cuidados corporais a mãe dá contorno físico ao
bebê, possibilita que o ‘real’ seja percebido como
o contrário do ‘irreal’.
Manipulação deficiente prejudica:
o desenvolvimento do tônus muscular e da
coordenação a capacidade para desfrutar do seu
funcionamento corporal a experiência de SER
Conceito de ‘mãe suficientemente boa’
57. Função de apresentação dos objetos (realização) -
a mãe começa a se mostrar substituível e favorece o
encontro com e a criação de novos objetos
(impulso criativo da criança).
Início das relações interpessoais.
Falhas neste sentido bloqueiam o desenvolvimento
da capacidade da criança para se sentir real ao
relacionar-se com o mundo dos objetos e dos
fenômenos.
Conceito de ‘mãe suficientemente boa’
59. O pai também é importante!
Sentimentos de regressão: aparecem aspectos
regressivos de sua personalidade desde o período
de gravidez das mulheres (recosta-se sobre a
barriga da mulher e deseja ser tratado como
criança); busca reencontrar seus pais e outros
homens significativos em sua vida; identificam-se
com as necessidades de seus futuros filhos – dar e
receber afeto, não ser abandonado, contar com um
bom modelo, etc.
60. O pai também é importante!
Sentimentos de abandono: sente-se abandonado
ao perceber a mulher distante e imersa em um
turbilhão de emoções, evitando contacto físico e
sexual com ele. E seus amigos não estão
preparados para escutar essas sensações que nem
ele mesmo consegue definir com precisão...
61. O pai também é importante!
Participação nas consultas: importante e bastante
incentivada pelos profissionais de saúde.
Entretanto, poucas perguntas lhe são feitas; o
exame clínico da gestante é feito em um quarto à
parte ou atrás de um biombo, o que provoca sua
exclusão uma vez mais...
Será que é meu?
Piadas e chistes expressam uma fantasia masculina
reprimida comum em relação à paternidade dos
filhos (será que ele vai se parecer comigo?).
62. O pai também é importante!
Medo de perder a mulher e o filho: geralmente
guarda uma relação com histórias familiares,
experiências de conhecidos ou amigos, aparece em
sonhos e pesadelos. A maioria dos homens evita
falar sobre isso e vivencia sozinho esse seu medo,
podendo até chegar ao pânico.
63. O pai também é importante!
Medo de ser substituído: muitas mulheres
admitem que o recém nascido é mais importante
e que seu companheiro ficou em segundo plano.
Reações frequentes:
infidelidade;
medo de morrer e ser substituído por outro
homem na educação do(s) filho(s).
65. 1. Sebastini M, Magnasco de Testa MR. Claroscuros
del embarazo, el parto y el puerperio. Ed. Paidós:
Buenos Aires, 2004.
2. Winnicott D. La lactancia natural. Revisão de
1954.
3. __________ Da pediatria à psicanálise. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1988.
2. Dads still face experimente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6czxW4R9
w2g
Referências
66. Oficina de formação em clínica ampliada do puerpério
FMSCV – capacitador Helena MFeketeNuñez
Autores
Alfredo Pina
Helena Maria Fekete Nuñez
Marcos Davi dos Santos
Maria Angela Maricondi