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PERCEPÇÃO SOBRE SISTEMAS DE SANEAMENTO E PREFERÊNCIA DE MATERIAIS
PERCEPTION ABOUT SANITATION SYSTEMS AND PREFERENCE OF
MATERIALS
Edison Uriel Rodríguez Cabeza1
, Cristina Caramelo Gomes2
, Luis Carlos Paschoarelli 3
(1) Discente de Pós-graduação em Design, UNESP
e-mail: carranguero@gmail.com
(2) Professora Doutora, Universidade Técnica de Lisboa
e-mail: cris_caramelo@netcabo.pt
(3) Professor Doutor, UNESP
e-mail: paschoarelli@faac.unesp.br
Palavras-chave: percepção de materiais, saneamento ecológico seco, design.
O saneamento ecológico seco é uma alternativa à contaminação da água frente os sistemas de fluxo e descarga de
água, no entanto existem muitos preconceitos para seu uso que devem se avaliar e determinar que materiais têm a
melhor percepção por parte dos usuários para o design de vasos sanitários.
Key-words: perception of materials, dry ecological sanitation, design.
Dry ecological sanitation is an alternative to water contamination front to flow and discharge systems of water,
however there are many prejudices to its use that must evaluate and determine what materials are best perceived by
users for design of dry toilets.
,
1. Introdução
A água é um recurso vital não renovável submetido
a um processo de destruição sistêmico, causado em
grande parte pelo uso de sistemas lineares de
saneamento como os de fluxo e descarga, sejam de
esgoto ou fossa séptica, e que,
desafortunadamente, são adotados pela maioria das
culturas no mundo.
O sistema de saneamento por fluxo e descarga de
água é o mais usado, mas também o que gera
maiores impactos negativos no ambiente.
Segundo Winblad e colaboradores:
Uma pessoa pode descarregar, num ano, 15,000
litros de água pura, uns 400-500 litros de urina
e uns 50 litros de fezes. Usando um sistema de
esgoto, agregam-se uns 15,000-30,000 litros
pessoa/ano das chamadas águas cinza ou
ensaboadas, provenientes do banheiro, a
cozinha e a máquina lava-roupas. Com
frequência, por médio do esgoto urbano, a este
fluxo acrescentam-se as correntes de água
pluvial (de ruas e tetos), e a água altamente
contaminada proveniente da indústria. Deste
modo, em cada etapa do processo de fluxo e
descarregamento o problema se magnífica: o
elemento realmente perigoso, os 50 litros de
fezes, está livre para contaminar não somente a
urina, relativamente inofensiva, senão ademais
a grande quantidade de água pura usada para
drenar, mais uma quantidade similar ou maior
de água ensaboada”. (WINBLAD et al, 1999,
p. 2, tradução nossa)
Como alternativa a este sistema tradicional que
tem grande impacto negativo no ambiente, se
encontra o saneamento ecológico seco, uma
adaptação moderna da prática antiga de manejar as
fezes humanas sem o uso de água, e, portanto, sem
drenagem; isto é, não requer nem de aqueduto nem
de esgoto para seu funcionamento e no qual as
excretas humanas são consideradas como um
recurso e não como um desperdício. Os elementos
patogênicos que fazem parte das fezes eliminam-se
mediante uma série de condições ambientais como:
incremento da temperatura, decremento da
umidade, decremento dos nutrientes, incremento
da luz solar e incremento do pH; o produto final do
processo de compostagem é um material que pode
ser utilizado para adubar o mato, jardins e cultivos.
(WINBLAD et al, 1999).
Um dos graves problemas de saneamento
tradicional são os grandes custos de
implementação, pois é necessário criar complexas
redes de esgoto ou transportar grandes quantidades
de materiais. Isto representa elevados custos,
limitando o acesso de saneamento a uma grande
porção de pessoas em todo o mundo. O
saneamento seco é uma maneira de lograr inclusão
social. Ele permite que as pessoas acedam aos
sistemas de saneamento básico em zonas onde não
é possível implementar sistemas convencionais ou
têm déficit de água, como por exemplo as zonas
rurais, zonas de exploração eco turística e de alta
sensibilidade ambiental.
Os problemas para a adoção dos sistemas de
saneamento seco são: a coprofobia; os paradigmas
culturais gerados pelos sistemas de fluxo e
descarga como o desaparecimento de excrementos
com só acionar um botão; a sensação de “higiene”
e limpeza; o desentendimento do usuário na
responsabilidade da disposição final de seus
excrementos. Além disso, muitos sistemas de
saneamento como as latrinas, têm sido soluções de
emergência, por tanto associadas à pobreza e o
desasseio. Uma das grandes metas do saneamento
é gerar uma mudança de paradigmas, conseguir
que muitas pessoas adotem-no e assumam-no
como uma alternativa eficaz para solucionar os
graves problemas de contaminação da água.
(QUINTERO SUÁREZ E RODRÍGUEZ
CABEZA, 2007).
Como o funcionamento do sanitário seco é
diferente do sistema tradicional é necessário que
este objeto seja desejável e aceitado pelo usuário;
por isso o objetivo do presente estudo se foca em
dois aspetos: o primeiro é conhecer qual é a
percepção que têm os possíveis usuários sobre o
saneamento ecológico e o sistema por fluxo e
descarga, e o segundo é determinar qual é a
percepção sobre três possíveis materiais para a
construção do sanitário seco. Isto oferecerá
ferramentas de decisão para o designer e as
possibilidades para um design mais próximo a uma
percepção positiva dos usuários, evitando a
repulsão para este tipo de saneamento. Este estudo
realizou-se com a metodologia do diferencial
semântico e foi aplicado a 25 pessoas na cidade de
Bucaramanga (Santander- Colômbia).
2. Sanitário Seco “Axis”
O sanitário “Axis” (figura 1) foi projetado baixo a
premissa de prevenir a umidade mediante um
dispositivo separador de urina e fezes (figura 2).
Isto evita que as fezes umedeçam-se com a urina e
produza-se a proliferação de elementos
patogênicos (tal como informado anteriormente).
Figura 1. Sanitário Axis
Fonte: os autores
Figura 2. Separação de fezes y urina do sanitário Axis
Fonte: os autores
No vaso sanitário encontra-se um contêiner de
fezes onde cada defecação feita é tratada com um
material que ajuda a controlar os cheiros, o pH e
acelera o processo de compostagem. No caso de
diarreias ou transferência de urina para as fezes, só
é necessário agregar mais material de aporte para
que essa umidade diminua.
A urina é desviada para as águas cinza ou a um
sistema especial de coleta para seu posterior
aproveitamento como fertilizante. As fezes são
coletadas, tratadas e saneadas in situ, ou seja,
Contêiner de fezes
Separador
de urina
transportadas a uma planta de compostagem onde
se convertem em fertilizante orgânico; o produto
final é inócuo e pode ser usado como fertilizante.
Este banheiro pode ser integrado às moradias
existentes e se converter numa solução completa
que inclui lavabo, ducha e banheiro, oferecendo
toda a comodidade e dignidade de um banheiro
convencional sem contaminar o ambiente e
poupando água.
3. Barreiras do saneamento ecológico seco
Desafortunadamente existem muitas barreiras e
preconceitos ao respeito do saneamento seco,
originadas na percepção de que a melhor forma
que se têm para manejar as excretas humanas é a
água, Segundo Quintero Suárez e Rodríguez
Cabeza,
As percepções comuns sobre os excrementos
são essencialmente negativas. As percepções
universais sobre a água, em termos gerais são
naturalmente positivas. O desenvolvimento do
sanitário baseado na água pode ter um
profundo assento psicológico, porque a água
provê uma barreira mental de proteção
psicológica como física. (Ibidem, 2007,
tradução nossa)
Uma das grandes metas do saneamento seco é
gerar uma mudança de paradigmas, conseguir que
muitas pessoas adotem-no, usem-no e assumam-no
como uma alternativa eficaz para solucionar os
graves problemas de contaminação da água. Uma
forma de derrubar as barreiras que existem em
frente ao sistema, é com a aplicação de técnicas de
design, que não são tidas em conta na maioria dos
casos. De fato, a implementação do saneamento
seco em muitos lugares é dirigida por especialistas
em saúde, trabalhadores sociais, engenheiros, etc.
Entretanto, não têm envolvido profissionais do
design, os quais podem oferecer conhecimentos
para desenvolver produtos de sanitários secos com
os que os usuários se sentam cômodos, agradados,
percebam-no como um produto higiênico, seguro,
confortável, útil, entre outros.
4. Saneamento seco e materiais
Os materiais têm grande importância dentro do
objeto porque lhe dão forma e constituem-no, deste
modo o material está intimamente relacionado com
as funções assumidas pelo produto e as influência
(DIAS, 2009 p. 76). O sanitário é proposto em três
tipos de materiais: Aço inoxidável, acrílico e
madeira triplex, por serem materiais fáceis de
conseguir, encontrar-se em grandes quantidades
com propriedades físico-químicas padronizadas e
transformar-se em produtos com processos de
manufatura simples e de baixa tecnologia.
4.1. Percepções dos materiais no contexto do
design industrial
O design é o elemento conector entre a aplicação e
a apreciação, sendo “o responsável pela criação da
relação entre o sujeito e matéria” (MANZINI, 1993
Apud DIAS, 2009, p.2). Os materiais têm uma
íntima relação com os objetos, mas também com
os usuários já que estes têm um grande impacto na
percepção do produto; de acordo com Dias (2009):
É na superfície dos materiais onde ocorrem a
maioria das relações sensoriais, especialmente
a visual e a táctil, Manzini (1993) considera
que as superfícies são o médio que comunica o
objeto com o usuário, “as superfícies são o
local onde se dá esta transmissão de
informações”, (Ibidem, 2009, p.89)
A seleção dos materiais é um processo complexo,
baseado não só nos atributos funcionais, custos e
sustentabilidade, senão que lhe dá igual
importância aos valores estéticos, nas propriedades
sensoriais e nas representações culturais e
simbólicas.
5. Materiais e métodos
5.1. Sujeitos
Este estudo foi realizado a 25 pessoas na faixa de
idade de 15 a 60 anos e de ambos os gêneros
(masculino e feminino). Foi aplicado um
formulário para participação livre e voluntária.
Estas pessoas encontram-se localizadas na cidade
de Bucaramanga (Colômbia) e foram escolhidos de
forma aleatória.
5.2. Materiais
Notebook com programa CAD e software de
reprodução de vídeo, impressora, vídeo explicativo
sobre o saneamento ecológico seco.
5.3 Procedimentos
Este estudo desenvolve-se baseado no método do
diferencial semântico criado por Charles Osgood,
George Suci e Percy Tannenbaum em 1957.
Segundo Ander (1982) estes autores partem do
suposto de que, conforme a maneira peculiar que
tem a cada um no modo de ver as coisas, há em
cada conceito um significado cultural comum que
organiza as experiências de acordo com dimensões
simbólicas similares, sem importar o idioma ou a
cultura. A técnica desenvolve-se propondo uma
lista de adjetivos ao sujeito, que ele tem de
relacionar com os conceitos propostos. Os
adjetivos apresentam-se em forma bipolar,
mediando entre ambos extremos uma série de
valores intermédios.
No campo do design, o diferencial semântico é
utilizado para medir os valores conotativos de
produtos, serviços e imagens. “Dentro da dimensão
semântica de um determinado produto, o que
interessa são os valores conotativos desse, e não
seus valores denotativos” (QUARANTE, 1992
apud DIAS, 2009). Cada tipo de produto deve ter
sua aparência adequada a sua função. (BAXTER
1998, apud DIAS 2009).
Outro método utilizado neste estudo é da escala de
Likert (só se aplicou em duas perguntas do
questionário), nesta técnica, não são usados
adjetivos, se propõem afirmações apropriadas ou
não à atitude estudada.
O instrumento de coleta de dados utilizado foi o
questionário, este se dividiu em três partes:
1. Realizou-se uma leitura e uma apresentação de
um vídeo, para que o entrevistado tivesse um
entendimento sobre os conceitos básicos e
funcionamento do saneamento seco.
2. Apresentou-se um questionário relacionado com
a percepção do entrevistado com respeito ao
sistema de saneamento seco e ao sistema
tradicional por descarga de água. Neste
questionário realizava-se uma pergunta e na
sequência, apresenta-se uma tabela onde se
encontra uma série de adjetivos com significados
opostos que devem ser valorizados de acordo ao
grau de preferência do entrevistado com uma
escala, marcando com uma sozinha X na lacuna
correspondente. Posteriormente avaliou se o
usuário aceita usar o sistema de saneamento e se
recomendá-lo-ia a outra pessoa.
3. Realizou-se um questionário sobre a percepção
do entrevistado sobre o saneamento seco e com
respeito a três materiais: madeira, acrílico e aço
inoxidável, para isso previamente se realizou uma
modelagem em CAD e simular digitalmente a
aparência do objeto e a textura na cada um dos
materiais a analisar (figuras 3, 4 e 5), com o
objetivo de que a cada entrevistado visse a
imagem, tivesse uma ideia da aparência do objeto,
pudesse- lho imaginar em seu contexto de uso e
posteriormente contestasse o questionário.
Figura 3. Vaso sanitário em aço
Fonte: os autores
Figura 4. Vaso sanitário em acrílico
Fonte: os autores
Figura 5. Vaso sanitário em madeira triplex
Fonte: os autores
5.4 Análise Estatística
Para analisar os dados obtidos mediante o método
do diferencial semântico emprego-se a seguinte
fórmula:
Onde a cada sujeito i obtém na
cada escala (j,m, etc.) uma pontuação ( , ,
etc.), chamada pontuação direta, os degraus de
cada escala qualificaram-se assim :
Lado positivo 3 2 1 0 -1 -2 -3 Lado negativo
Para mostrar os resultados das perguntas três e
quatro emprego-se a distribuição de frequências.
6. Resultados e Discussão
6.1 A percepção dos sistemas de saneamento
seco dos entrevistados
Os resultados de percepção dos entrevistados em
frente ao saneamento seco e ao saneamento
convencional está demonstrada na figura 6.
Nota-se que os entrevistados têm uma opinião
positiva e similar diante aos dois sistemas,
entretanto diferem no aspecto ecológico dando
valoração negativa ao sistema convencional.
Chama a atenção que apresentarão mais valorações
positivas o saneamento seco que o convencional,
tomando em conta que vivemos numa cultura
coprofóbica e que existe a percepção de que a
melhor forma que tem para o manejo das excretas
humanas é a água.
Saneamento seco
Saneamento por Fluxo e descarga
Higiênico
Limpo
Cheiro agradável
Seguro
Agradável
Útil
Excelente
Confiável
Ecológico
Fácil
Anti-higiênico
Sujo
Cheiro desagradável
Perigoso
Desagradável
Inútil
Péssimo
Nada confiável
Anti-ecológico
Complicado
Muito MuitoPouco PoucoNadaBastante Bastante
Figura 6. Percepção dos entrevistados dos sistemas de
saneamento. Fonte: os autores
A figura 7 apresenta que a maioria das pessoas está
de acordo e completamente de acordo em usar um
sistema de saneamento seco em sua casa. E a
figura 8 apresenta que a maioria das pessoas está
de acordo e completamente de acordo em
recomendar o sistema de saneamento seco a outra
pessoa.
Figura 7. Percepção dos entrevistados sobre os sistemas
de saneamento Fonte: os autores
Figura 8. Recomendação do sistema de saneamento
seco a outra pessoa. Fonte: Os autores
6.2. Percepção de materiais propostos para a
construção dos vasos sanitários
A análise comparativa dos três materiais é
apresentada na figura 9.
Aço inoxidável Acrílico Madera
Higiênico
Limpo
Seguro
Agradável
Fácil de limpar
Barato
Bonito
Moderno
Frio
Cômodo
Duro
Durável
Anti-higiênico
Sujo
Perigoso
Desagradável
Difícil de limpar
Caro
Feio
Tradicional
Quente
Incômodo
Suave
Pouco durável
Muito MuitoPouco PoucoNadaBastante Bastante
Figura 9. Percepção dos materiais propostos para a
construção dos sanitários secos. Fonte: Os autores
Analisando comparativamente os três materiais,
pode-se observar que o aço inoxidável e o acrílico
têm percepções similares por parte do entrevistado
com a exceção da percepção de caro - barato e a
percepção de frio – quente, o aço é mais caro e frio
que o acrílico, o aço é percebido mais duro que o
acrílico. (figura 9)
Já a madeira, é um material menos atrativo para os
entrevistados: é pouco fácil de limpar, pouco
cômoda e pouco durável. A percepção fria –
quente e duro suave - duro são quase iguais na
madeira e no acrílico.
7. Conclusões
A percepção que têm os entrevistados em frente
aos dois sistemas é similar e contrário ao que se
esperava, apresentam-se maiores avaliações
positivas no saneamento seco que no saneamento
convencional. No entanto, recomenda-se realizar
outro estudo com outro tipo de metodologia já que
a valoração que deram os entrevistados pôde ter
sido influenciada pelo vídeo apresentado para
realizar o questionário, mas tendo em conta que em
estudos anteriores se pôde detectar que existe
desconhecimento sobre o saneamento seco,
decidiu-se apresentar o vídeo.
Os materiais com melhor percepção para ser
usados na construção dos vasos sanitários são o
acrílico e o aço inoxidável, mas é importante ter
em conta que para os climas frios ou as estações
frias é importante adicionar um assento em acrílico
se o sanitário está construído em aço inoxidável. A
madeira é o material com maiores valorações
negativo, por esta razão a proposta em madeira
será eliminada.
8. Referências
ANDER-EGG, Ezequiel. Técnicas de
Investigación Social. Buenos Aires: Humanitas,
1982.
DIAS, M. Regina. Percepção dos materiais pelos
usuários: modelo de avaliação Permatus. 368 f.
Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do
Conhecimento) UFSC-PPGEGC - Universidade
Federal de Santa Catarina-, Florianópolis. 2009,
disponível em: <http://btd.egc.ufsc.br/wp-
content/uploads/2010/06/Maria-Alvares.pdf>,
acesso em: 15 dec. 2012.
QUINTERO SUÁREZ, Ángela e RODRÍGUEZ
CABEZA, Edison. Sanitario seco para el proyecto
del “pueblito acuarela”: Diseño y construcción
del sistema. Bucaramanga. 214 f. Trabalho de
graduação (Design industrial), UIS - Universidad
Industrial de Santander -. 2007, Disponível em:
<http://tangara.uis.edu.co/biblioweb/tesis/2007/125
289.pdf> acesso em: 15 dec. 2012.
WINBLAD, Uno et al. Saneamiento Ecológico. 1ª
Ed. en espanhol, Fundación Friedrich Ebert.
México, 1999.
9. Agradecimentos
Agradecimentos à CAPES – Coordenadoria de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

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PERCEPÇÃO SOBRE SISTEMAS DE SANEAMENTO E PREFERÊNCIA DE MATERIAIS

  • 1. PERCEPÇÃO SOBRE SISTEMAS DE SANEAMENTO E PREFERÊNCIA DE MATERIAIS PERCEPTION ABOUT SANITATION SYSTEMS AND PREFERENCE OF MATERIALS Edison Uriel Rodríguez Cabeza1 , Cristina Caramelo Gomes2 , Luis Carlos Paschoarelli 3 (1) Discente de Pós-graduação em Design, UNESP e-mail: carranguero@gmail.com (2) Professora Doutora, Universidade Técnica de Lisboa e-mail: cris_caramelo@netcabo.pt (3) Professor Doutor, UNESP e-mail: paschoarelli@faac.unesp.br Palavras-chave: percepção de materiais, saneamento ecológico seco, design. O saneamento ecológico seco é uma alternativa à contaminação da água frente os sistemas de fluxo e descarga de água, no entanto existem muitos preconceitos para seu uso que devem se avaliar e determinar que materiais têm a melhor percepção por parte dos usuários para o design de vasos sanitários. Key-words: perception of materials, dry ecological sanitation, design. Dry ecological sanitation is an alternative to water contamination front to flow and discharge systems of water, however there are many prejudices to its use that must evaluate and determine what materials are best perceived by users for design of dry toilets. , 1. Introdução A água é um recurso vital não renovável submetido a um processo de destruição sistêmico, causado em grande parte pelo uso de sistemas lineares de saneamento como os de fluxo e descarga, sejam de esgoto ou fossa séptica, e que, desafortunadamente, são adotados pela maioria das culturas no mundo. O sistema de saneamento por fluxo e descarga de água é o mais usado, mas também o que gera maiores impactos negativos no ambiente. Segundo Winblad e colaboradores: Uma pessoa pode descarregar, num ano, 15,000 litros de água pura, uns 400-500 litros de urina e uns 50 litros de fezes. Usando um sistema de esgoto, agregam-se uns 15,000-30,000 litros pessoa/ano das chamadas águas cinza ou ensaboadas, provenientes do banheiro, a cozinha e a máquina lava-roupas. Com frequência, por médio do esgoto urbano, a este fluxo acrescentam-se as correntes de água pluvial (de ruas e tetos), e a água altamente contaminada proveniente da indústria. Deste modo, em cada etapa do processo de fluxo e descarregamento o problema se magnífica: o elemento realmente perigoso, os 50 litros de fezes, está livre para contaminar não somente a urina, relativamente inofensiva, senão ademais a grande quantidade de água pura usada para drenar, mais uma quantidade similar ou maior de água ensaboada”. (WINBLAD et al, 1999, p. 2, tradução nossa) Como alternativa a este sistema tradicional que tem grande impacto negativo no ambiente, se encontra o saneamento ecológico seco, uma adaptação moderna da prática antiga de manejar as fezes humanas sem o uso de água, e, portanto, sem drenagem; isto é, não requer nem de aqueduto nem de esgoto para seu funcionamento e no qual as excretas humanas são consideradas como um recurso e não como um desperdício. Os elementos patogênicos que fazem parte das fezes eliminam-se mediante uma série de condições ambientais como: incremento da temperatura, decremento da umidade, decremento dos nutrientes, incremento da luz solar e incremento do pH; o produto final do processo de compostagem é um material que pode
  • 2. ser utilizado para adubar o mato, jardins e cultivos. (WINBLAD et al, 1999). Um dos graves problemas de saneamento tradicional são os grandes custos de implementação, pois é necessário criar complexas redes de esgoto ou transportar grandes quantidades de materiais. Isto representa elevados custos, limitando o acesso de saneamento a uma grande porção de pessoas em todo o mundo. O saneamento seco é uma maneira de lograr inclusão social. Ele permite que as pessoas acedam aos sistemas de saneamento básico em zonas onde não é possível implementar sistemas convencionais ou têm déficit de água, como por exemplo as zonas rurais, zonas de exploração eco turística e de alta sensibilidade ambiental. Os problemas para a adoção dos sistemas de saneamento seco são: a coprofobia; os paradigmas culturais gerados pelos sistemas de fluxo e descarga como o desaparecimento de excrementos com só acionar um botão; a sensação de “higiene” e limpeza; o desentendimento do usuário na responsabilidade da disposição final de seus excrementos. Além disso, muitos sistemas de saneamento como as latrinas, têm sido soluções de emergência, por tanto associadas à pobreza e o desasseio. Uma das grandes metas do saneamento é gerar uma mudança de paradigmas, conseguir que muitas pessoas adotem-no e assumam-no como uma alternativa eficaz para solucionar os graves problemas de contaminação da água. (QUINTERO SUÁREZ E RODRÍGUEZ CABEZA, 2007). Como o funcionamento do sanitário seco é diferente do sistema tradicional é necessário que este objeto seja desejável e aceitado pelo usuário; por isso o objetivo do presente estudo se foca em dois aspetos: o primeiro é conhecer qual é a percepção que têm os possíveis usuários sobre o saneamento ecológico e o sistema por fluxo e descarga, e o segundo é determinar qual é a percepção sobre três possíveis materiais para a construção do sanitário seco. Isto oferecerá ferramentas de decisão para o designer e as possibilidades para um design mais próximo a uma percepção positiva dos usuários, evitando a repulsão para este tipo de saneamento. Este estudo realizou-se com a metodologia do diferencial semântico e foi aplicado a 25 pessoas na cidade de Bucaramanga (Santander- Colômbia). 2. Sanitário Seco “Axis” O sanitário “Axis” (figura 1) foi projetado baixo a premissa de prevenir a umidade mediante um dispositivo separador de urina e fezes (figura 2). Isto evita que as fezes umedeçam-se com a urina e produza-se a proliferação de elementos patogênicos (tal como informado anteriormente). Figura 1. Sanitário Axis Fonte: os autores Figura 2. Separação de fezes y urina do sanitário Axis Fonte: os autores No vaso sanitário encontra-se um contêiner de fezes onde cada defecação feita é tratada com um material que ajuda a controlar os cheiros, o pH e acelera o processo de compostagem. No caso de diarreias ou transferência de urina para as fezes, só é necessário agregar mais material de aporte para que essa umidade diminua. A urina é desviada para as águas cinza ou a um sistema especial de coleta para seu posterior aproveitamento como fertilizante. As fezes são coletadas, tratadas e saneadas in situ, ou seja, Contêiner de fezes Separador de urina
  • 3. transportadas a uma planta de compostagem onde se convertem em fertilizante orgânico; o produto final é inócuo e pode ser usado como fertilizante. Este banheiro pode ser integrado às moradias existentes e se converter numa solução completa que inclui lavabo, ducha e banheiro, oferecendo toda a comodidade e dignidade de um banheiro convencional sem contaminar o ambiente e poupando água. 3. Barreiras do saneamento ecológico seco Desafortunadamente existem muitas barreiras e preconceitos ao respeito do saneamento seco, originadas na percepção de que a melhor forma que se têm para manejar as excretas humanas é a água, Segundo Quintero Suárez e Rodríguez Cabeza, As percepções comuns sobre os excrementos são essencialmente negativas. As percepções universais sobre a água, em termos gerais são naturalmente positivas. O desenvolvimento do sanitário baseado na água pode ter um profundo assento psicológico, porque a água provê uma barreira mental de proteção psicológica como física. (Ibidem, 2007, tradução nossa) Uma das grandes metas do saneamento seco é gerar uma mudança de paradigmas, conseguir que muitas pessoas adotem-no, usem-no e assumam-no como uma alternativa eficaz para solucionar os graves problemas de contaminação da água. Uma forma de derrubar as barreiras que existem em frente ao sistema, é com a aplicação de técnicas de design, que não são tidas em conta na maioria dos casos. De fato, a implementação do saneamento seco em muitos lugares é dirigida por especialistas em saúde, trabalhadores sociais, engenheiros, etc. Entretanto, não têm envolvido profissionais do design, os quais podem oferecer conhecimentos para desenvolver produtos de sanitários secos com os que os usuários se sentam cômodos, agradados, percebam-no como um produto higiênico, seguro, confortável, útil, entre outros. 4. Saneamento seco e materiais Os materiais têm grande importância dentro do objeto porque lhe dão forma e constituem-no, deste modo o material está intimamente relacionado com as funções assumidas pelo produto e as influência (DIAS, 2009 p. 76). O sanitário é proposto em três tipos de materiais: Aço inoxidável, acrílico e madeira triplex, por serem materiais fáceis de conseguir, encontrar-se em grandes quantidades com propriedades físico-químicas padronizadas e transformar-se em produtos com processos de manufatura simples e de baixa tecnologia. 4.1. Percepções dos materiais no contexto do design industrial O design é o elemento conector entre a aplicação e a apreciação, sendo “o responsável pela criação da relação entre o sujeito e matéria” (MANZINI, 1993 Apud DIAS, 2009, p.2). Os materiais têm uma íntima relação com os objetos, mas também com os usuários já que estes têm um grande impacto na percepção do produto; de acordo com Dias (2009): É na superfície dos materiais onde ocorrem a maioria das relações sensoriais, especialmente a visual e a táctil, Manzini (1993) considera que as superfícies são o médio que comunica o objeto com o usuário, “as superfícies são o local onde se dá esta transmissão de informações”, (Ibidem, 2009, p.89) A seleção dos materiais é um processo complexo, baseado não só nos atributos funcionais, custos e sustentabilidade, senão que lhe dá igual importância aos valores estéticos, nas propriedades sensoriais e nas representações culturais e simbólicas. 5. Materiais e métodos 5.1. Sujeitos Este estudo foi realizado a 25 pessoas na faixa de idade de 15 a 60 anos e de ambos os gêneros (masculino e feminino). Foi aplicado um formulário para participação livre e voluntária. Estas pessoas encontram-se localizadas na cidade de Bucaramanga (Colômbia) e foram escolhidos de forma aleatória. 5.2. Materiais Notebook com programa CAD e software de reprodução de vídeo, impressora, vídeo explicativo sobre o saneamento ecológico seco.
  • 4. 5.3 Procedimentos Este estudo desenvolve-se baseado no método do diferencial semântico criado por Charles Osgood, George Suci e Percy Tannenbaum em 1957. Segundo Ander (1982) estes autores partem do suposto de que, conforme a maneira peculiar que tem a cada um no modo de ver as coisas, há em cada conceito um significado cultural comum que organiza as experiências de acordo com dimensões simbólicas similares, sem importar o idioma ou a cultura. A técnica desenvolve-se propondo uma lista de adjetivos ao sujeito, que ele tem de relacionar com os conceitos propostos. Os adjetivos apresentam-se em forma bipolar, mediando entre ambos extremos uma série de valores intermédios. No campo do design, o diferencial semântico é utilizado para medir os valores conotativos de produtos, serviços e imagens. “Dentro da dimensão semântica de um determinado produto, o que interessa são os valores conotativos desse, e não seus valores denotativos” (QUARANTE, 1992 apud DIAS, 2009). Cada tipo de produto deve ter sua aparência adequada a sua função. (BAXTER 1998, apud DIAS 2009). Outro método utilizado neste estudo é da escala de Likert (só se aplicou em duas perguntas do questionário), nesta técnica, não são usados adjetivos, se propõem afirmações apropriadas ou não à atitude estudada. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, este se dividiu em três partes: 1. Realizou-se uma leitura e uma apresentação de um vídeo, para que o entrevistado tivesse um entendimento sobre os conceitos básicos e funcionamento do saneamento seco. 2. Apresentou-se um questionário relacionado com a percepção do entrevistado com respeito ao sistema de saneamento seco e ao sistema tradicional por descarga de água. Neste questionário realizava-se uma pergunta e na sequência, apresenta-se uma tabela onde se encontra uma série de adjetivos com significados opostos que devem ser valorizados de acordo ao grau de preferência do entrevistado com uma escala, marcando com uma sozinha X na lacuna correspondente. Posteriormente avaliou se o usuário aceita usar o sistema de saneamento e se recomendá-lo-ia a outra pessoa. 3. Realizou-se um questionário sobre a percepção do entrevistado sobre o saneamento seco e com respeito a três materiais: madeira, acrílico e aço inoxidável, para isso previamente se realizou uma modelagem em CAD e simular digitalmente a aparência do objeto e a textura na cada um dos materiais a analisar (figuras 3, 4 e 5), com o objetivo de que a cada entrevistado visse a imagem, tivesse uma ideia da aparência do objeto, pudesse- lho imaginar em seu contexto de uso e posteriormente contestasse o questionário. Figura 3. Vaso sanitário em aço Fonte: os autores Figura 4. Vaso sanitário em acrílico Fonte: os autores Figura 5. Vaso sanitário em madeira triplex Fonte: os autores
  • 5. 5.4 Análise Estatística Para analisar os dados obtidos mediante o método do diferencial semântico emprego-se a seguinte fórmula: Onde a cada sujeito i obtém na cada escala (j,m, etc.) uma pontuação ( , , etc.), chamada pontuação direta, os degraus de cada escala qualificaram-se assim : Lado positivo 3 2 1 0 -1 -2 -3 Lado negativo Para mostrar os resultados das perguntas três e quatro emprego-se a distribuição de frequências. 6. Resultados e Discussão 6.1 A percepção dos sistemas de saneamento seco dos entrevistados Os resultados de percepção dos entrevistados em frente ao saneamento seco e ao saneamento convencional está demonstrada na figura 6. Nota-se que os entrevistados têm uma opinião positiva e similar diante aos dois sistemas, entretanto diferem no aspecto ecológico dando valoração negativa ao sistema convencional. Chama a atenção que apresentarão mais valorações positivas o saneamento seco que o convencional, tomando em conta que vivemos numa cultura coprofóbica e que existe a percepção de que a melhor forma que tem para o manejo das excretas humanas é a água. Saneamento seco Saneamento por Fluxo e descarga Higiênico Limpo Cheiro agradável Seguro Agradável Útil Excelente Confiável Ecológico Fácil Anti-higiênico Sujo Cheiro desagradável Perigoso Desagradável Inútil Péssimo Nada confiável Anti-ecológico Complicado Muito MuitoPouco PoucoNadaBastante Bastante Figura 6. Percepção dos entrevistados dos sistemas de saneamento. Fonte: os autores A figura 7 apresenta que a maioria das pessoas está de acordo e completamente de acordo em usar um sistema de saneamento seco em sua casa. E a figura 8 apresenta que a maioria das pessoas está de acordo e completamente de acordo em recomendar o sistema de saneamento seco a outra pessoa. Figura 7. Percepção dos entrevistados sobre os sistemas de saneamento Fonte: os autores
  • 6. Figura 8. Recomendação do sistema de saneamento seco a outra pessoa. Fonte: Os autores 6.2. Percepção de materiais propostos para a construção dos vasos sanitários A análise comparativa dos três materiais é apresentada na figura 9. Aço inoxidável Acrílico Madera Higiênico Limpo Seguro Agradável Fácil de limpar Barato Bonito Moderno Frio Cômodo Duro Durável Anti-higiênico Sujo Perigoso Desagradável Difícil de limpar Caro Feio Tradicional Quente Incômodo Suave Pouco durável Muito MuitoPouco PoucoNadaBastante Bastante Figura 9. Percepção dos materiais propostos para a construção dos sanitários secos. Fonte: Os autores Analisando comparativamente os três materiais, pode-se observar que o aço inoxidável e o acrílico têm percepções similares por parte do entrevistado com a exceção da percepção de caro - barato e a percepção de frio – quente, o aço é mais caro e frio que o acrílico, o aço é percebido mais duro que o acrílico. (figura 9) Já a madeira, é um material menos atrativo para os entrevistados: é pouco fácil de limpar, pouco cômoda e pouco durável. A percepção fria – quente e duro suave - duro são quase iguais na madeira e no acrílico. 7. Conclusões A percepção que têm os entrevistados em frente aos dois sistemas é similar e contrário ao que se esperava, apresentam-se maiores avaliações positivas no saneamento seco que no saneamento convencional. No entanto, recomenda-se realizar outro estudo com outro tipo de metodologia já que a valoração que deram os entrevistados pôde ter sido influenciada pelo vídeo apresentado para realizar o questionário, mas tendo em conta que em estudos anteriores se pôde detectar que existe desconhecimento sobre o saneamento seco, decidiu-se apresentar o vídeo. Os materiais com melhor percepção para ser usados na construção dos vasos sanitários são o acrílico e o aço inoxidável, mas é importante ter em conta que para os climas frios ou as estações frias é importante adicionar um assento em acrílico se o sanitário está construído em aço inoxidável. A madeira é o material com maiores valorações negativo, por esta razão a proposta em madeira será eliminada. 8. Referências ANDER-EGG, Ezequiel. Técnicas de Investigación Social. Buenos Aires: Humanitas, 1982. DIAS, M. Regina. Percepção dos materiais pelos usuários: modelo de avaliação Permatus. 368 f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) UFSC-PPGEGC - Universidade Federal de Santa Catarina-, Florianópolis. 2009, disponível em: <http://btd.egc.ufsc.br/wp- content/uploads/2010/06/Maria-Alvares.pdf>, acesso em: 15 dec. 2012.
  • 7. QUINTERO SUÁREZ, Ángela e RODRÍGUEZ CABEZA, Edison. Sanitario seco para el proyecto del “pueblito acuarela”: Diseño y construcción del sistema. Bucaramanga. 214 f. Trabalho de graduação (Design industrial), UIS - Universidad Industrial de Santander -. 2007, Disponível em: <http://tangara.uis.edu.co/biblioweb/tesis/2007/125 289.pdf> acesso em: 15 dec. 2012. WINBLAD, Uno et al. Saneamiento Ecológico. 1ª Ed. en espanhol, Fundación Friedrich Ebert. México, 1999. 9. Agradecimentos Agradecimentos à CAPES – Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.