Projeto de coleta seletiva na Universidade Estácio de Sá
1. ,
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
DAVID SILVA NOBRE
FERNANDA SALES FIGUEIRÓ MACHADO
GELLARS MARIA DA SILVEIRA TAVARES
PROJETO LIXEIRAS SELETIVAS
RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO 2016
2. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DAVID SILVA NOBRE
FERNANDA SALES FIGUEIRÓ MACHADO
GELLARS MARIA DA SILVEIRA TAVARES
PROJETO LIXEIRAS SELETIVAS
CURSO: EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
PROFESSORA: MARTA TEIXEIRA DO AMARAL
RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO 2016
3. RESUMO
O crescimento populacional associado à elevação das atividades industriais, de serviços
e consumo de bens, acarreta em um grande acréscimo na produção de resíduos em todo o
país. A sociedade atual consome em demasia, e para tanto retira os recursos da natureza
numa velocidade e escala bem maior do que a sua capacidade de regeneração, a geração de
resíduos aumentou de tal forma que ultrapassa a capacidade da natureza de absorvê-los. Por
esses motivos é tão importante o trabalho que teve como objetivo analisar questões referentes
à situação dos resíduos sólidos nos campi da Universidade Estácio de Sá: o lixo produzido, sua
coleta, seu destino. Esse projeto foi desenvolvido em novembro 2016 na cidade do Rio de
Janeiro. A metodologia empregada foi baseada em revisão bibliográfica. É, portanto,
necessário desenvolver um sistema próprio para a realidade de separação do lixo comum do
lixo reciclável objetivando amenizar o problema. Somando-se a responsabilidade da
Universidade com a sociedade e adotando soluções verdadeiramente consistentes, pode-se
garantir o bem-estar da população e a preservação do meio ambiente.
PALAVRAS CHAVE: Gerenciamento dos Resíduos Sólidos. Coleta Seletiva. Reciclagem.
4. Sumário
1. Introdução.................................................................................................................................... 5
2. Caracterização do Problema................................................................................................... 6
O que é a reciclagem? ..................................................................................................................... 6
Qual a importância da reciclagem?.............................................................................................. 7
Quais as vantagens da reciclagem? ............................................................................................ 7
Quais são os materiais que podem ser reciclados? ................................................................ 7
Todas as variações destes materiais podem ser recicladas?............................................... 8
METAL................................................................................................................................................ 8
PAPEL................................................................................................................................................. 8
Qual é o tempo que estes materiais levam para se decompor?......................................... 9
3. Objetivos .................................................................................................................................... 10
4. Metodologia e Estratégia de Ação....................................................................................... 10
5. Planejamento e Orçamento .................................................................................................. 11
a) Principais Atividades do Projeto e Responsáveis........................................................ 11
b) Cronograma de Execução do Projeto............................................................................. 11
c) Discriminação dos Recursos do Projeto e Fontes .......................................................... 11
6. Resultados e Impactos Esperados...................................................................................... 12
7. Riscos e Dificuldades .............................................................................................................. 13
8. Conclusão................................................................................................................................... 13
9. Referências ................................................................................................................................ 14
5. 1. Introdução
Entre os diversos problemas ambientais existentes, o dos resíduos sólidos tornou-se um
dos maiores desafios da atualidade. Com o crescimento acelerado da população, houve um
aumento considerável de lixo produzido diariamente. Estes, por sua vez, à medida que são
produzidos e consumidos, implicam em uma geração cada vez maior de rejeitos, os quais,
coletados ou dispostos inadequadamente, podem gerar altos impactos à saúde e ao meio
ambiente.
Reduzir a quantidade de lixo que nossa sociedade gera todos os dias é um grande desafio
da atualidade. Recentemente, na busca da sustentabilidade, vem-se procurando novos
padrões de produção e consumo de modo a reduzir os resíduos sólidos gerados. O desafio
atual consiste em desvincular a relação direta entre o crescimento econômico e a produção de
lixo.
A gestão ambiental vem ganhando um espaço crescente no meio empresarial e acaba por
envolver também o setor da educação.
Segundo TAUCHEN & BRANDLI (2006), faculdades e universidades podem ser comparadas
com pequenos núcleos urbanos, uma vez que envolvem diversas atividades de ensino,
pesquisa, extensão e atividades referentes à sua operação, como cantinas e locais de
convivência. Como consequência destas atividades há geração de resíduos sólidos e efluentes
líquidos. Observa-se que a responsabilidade das universidades no adequado gerenciamento de
seus resíduos, tendo em vista a minimização dos impactos no meio ambiente e na saúde
pública, passa pela sensibilização dos professores, alunos e funcionários envolvidos
diretamente na geração desses resíduos e, de seus diversos setores administrativos que
podem ter relação com a questão. Estes aspectos deixam evidente que as Instituições de
Ensino Superior (IES) devem combater os impactos ambientais gerados para servirem de
exemplo no cumprimento da legislação, saindo do campo teórico para a prática.
6. 2. Caracterização do Problema
O lixo jogado no meio ambiente pode permanecer um longo período sem se degradar.
Todos são responsáveis pelo lixo produzido e pelo seu destino final.
A Universidade Estácio de Sá está entre as maiores instituições de ensino do Brasil e,
consequentemente, gera quantidades expressivas de resíduos em seus campi. Tendo em vista
que a tendência mundial é reaproveitar de maneira inteligente seus resíduos a fim de evitar
gastos desnecessários de energia, torna-se interessante separar o lixo que não pode ser
reciclado do que pode ser reaproveitado.
Ocorrendo a separação de forma correta dos diferentes tipos de lixo, os gestores podem
ter dados concretos quantitativa e qualitativamente sobre os resíduos gerados na instituição e
tomar as medidas cabíveis de acordo com os dados.
Além de ser bom para o meio ambiente e para a universidade, a gestão inteligente de
resíduos proporciona senso de sustentabilidade em cada uma das pessoas que irão utilizar o
sistema de lixeiras, uma vez que também deverá ser realizado um trabalho de esclarecimento
e conscientização sobre o tema.
A atitude de reciclar, além de diminuir a quantidade de lixo a ser tratada e eliminada,
contribui significativamente para a redução da extração de matérias-primas necessárias à
produção de novos bens de consumo. Afinal, adotar a educação ambiental, colocando os
resíduos recicláveis nos locais devidos, não nos custa nada e ainda promove uma melhor
qualidade de vida para toda a população.
Ter uma vida mais saudável depende tanto de uma política pública de serviços
ambientalmente adequados de limpeza urbana quanto da atitude da população. Poderemos
verificar uma notável diferença nos resultados finais deste investimento, partindo da prática da
teoria dos 3 R’s, que significam: Redução, do uso de matéria-prima e energia e do desperdício
nas fontes geradoras, Reutilização dos materiais e a Reciclagem.
O que é a reciclagem?
A reciclagem é o resultado de um conjunto de técnicas e atividades que tem o objetivo
de reaproveitar e reutilizar os resíduos de substâncias em seus ciclos de produção. Hoje, já se
encontram várias alternativas de reaproveitamento destes materiais em confecções de
produtos artesanais, vestuário, acessórios, etc., dos lixões.
7. Qual a importância da reciclagem?
Cada vez mais se faz necessário o cuidado e a atenção com o meio ambiente. O
desequilíbrio provocado pela devastação de recursos naturais está colocando em risco, não só
espécies animais e vegetais, mas a sobrevivência do próprio homem no planeta. Uma das
formas de revertermos esta situação é o reaproveitamento de materiais recicláveis, evitando
uma maior extração de recursos e diminuindo o acúmulo de lixo nas áreas urbanas.
Quais as vantagens da reciclagem?
✓ Redução da quantidade de resíduos encaminhados ao aterro sanitário com consequente
aumento da sua vida útil;
✓ Redução dos impactos ambientais durante a produção de novas matérias primas;
✓ Redução no consumo de energia elétrica;
✓ Redução da poluição do ambiental;
✓ Ampliação do desenvolvimento econômico pela geração de novos empregos na
operacionalização dos materiais recicláveis e na expansão dos negócios relativos à reciclagem.
Quais são os materiais que podem ser reciclados?
Papel, plástico, metal e vidro. É importante lembrar que todos esses itens devem estar
limpos, ou seja, não devem conter nenhum tipo de resíduo orgânico para garantir a qualidade
do produto. Quanto maior a qualidade, maior o valor comercial.
8. Todas as variações destes materiais podem ser recicladas?
Não. Para cada tipo de material existem algumas exceções. Confira abaixo o que
realmente pode e o que não pode ser reciclado referente a cada tipo de material.
METAL
Metais que podem ser reciclados: Lata de bebidas e alimentos; Tampas de recipientes
de vidro; Lata de biscoito; Bandeja e panela; Ferragem; Grampo; Fios elétricos; Chapas;
Embalagem marmitex; Alumínio; Cobre; Aço; Lata de produtos de limpeza.
Metais que NÃO podem ser reciclados: Lata de aerossóis; Lata de tinta; Pilhas; Lata de
inseticida; Lata de pesticida.
PAPEL
Papéis que podem ser reciclados: Jornal; Papel de computador; Saco de papel; Papel de
escritório; cadernos.
Papéis que NÃO podem ser reciclados: Papel engordurado; Carbono; Celofane; Papel
plastificado; Papel parafinado (fax).
PLÁSTICO
Plásticos que podem ser reciclados: Embalagem de alimentos; Embalagem de produtos
de beleza; Embalagem de produtos de limpeza; Tampas; Brinquedos; Peças plásticas; Canetas
esferográficas; Escovas de dente; Baldes; Artigos de cozinha.
Plásticos que NÃO podem ser reciclados: Celofane; Embalagem a vácuo; Fraldas
descartáveis; Adesivos; Embalagem engordurada; Siliconados.
9. VIDRO
Vidros que podem ser reciclados: Copo; Frasco de remédio; Jarras; Garrafa; Vidro
colorido.
Vidros que NÃO podem ser reciclados: Vidro de automóvel; Vidros de janelas; Pirex;
Espelho; Tubo de TV; Lâmpada; Óculos; Cristal; Ampolas de medicamentos; Vidros
temperados planos ou de utensílios domésticos.
Qual é o tempo que estes materiais levam para se decompor?
Na tabela a seguir são apresentados os tempos de decomposição de diversos materiais
mais comumente dispensados no meio ambiente.
10. Material Tempo de decomposição
Papel De 03 a 06 meses
Pano De 06 meses a 01 ano
Filtro de cigarro 05 anos
Goma de mascar 05 anos
Madeira pintada 13 anos
Nylon Mais de 30 anos
Plástico Mais de 100 anos
Metal Mais de 100 anos
Borracha Tempo indeterminado
Vidro Indeterminado
Lata de Aço 50 anos
Garrafa plástica 450 anos
Copo plástico 50 anos
Lixo radioativo 250.000 anos
Caixa de papelão 02 meses
Lata de alumínio 200 anos
Linha de nylon 650 anos
Boia de isopor 80 anos
3. Objetivos
Evitar a destinação incorreta dos resíduos;
Facilitar o trabalho dos garis e catadores de materiais recicláveis;
Evitar que o lixo orgânico se misture ao lixo inorgânico;
Promover programas de conscientização dos problemas gerados ao meio ambiente com
a produção de resíduos;
Promover educação ambiental, cidadania e sustentabilidade.
4. Metodologia e Estratégia de Ação
De acordo com o que foi visto na aula 4, utilizou-se o modelo SKOPOS como modelo de
planejamento de projeto.
11. O escopo desse projeto consiste na coleta seletiva no campus, bem como orientação da
equipe de limpeza, orientação das pessoas que frequentam o campus, utilização de lixeiras
seletivas e organização de depósito de lixo.
Após implementar as atividades, será necessário o acompanhamento dos dados gerados
pela equipe de limpeza, que podem ser mensurados mensalmente e com isso permitir que o
gestor do campus tome as medidas cabíveis quanto ao assunto.
5. Planejamento e Orçamento
a) Principais Atividades do Projeto e Responsáveis
Compra das lixeiras com cores diferenciadas – Gestor do polo do campus
Elaboração de material informativo – Gestor do polo do campus
Implementação de QR Code – Gestor do polo do campus
Instrução da equipe de limpeza – Coordenador da área de serviços gerais
Acompanhamento de execução – Coordenador da área de serviços gerais
b) Cronograma de Execução do Projeto
Esse projeto irá consistir em quatro etapas:
1ª Etapa: orçar e comprar lixeiras. Duração prevista: 1 mês.
2ª Etapa: Estudar os locais de instalação, reorganizar depósito de resíduos do campus e
instalar as lixeiras nos locais definidos previamente. Duração prevista: 1 mês.
3ª Etapa: Orientar membros da equipe de limpeza, desenvolver QR Code e cartazes
informativos para serem colocados em pontos estratégicos do campus. Duração prevista: 2
semanas.
4ª Etapa: Implementar QR Code e colar cartazes. Duração prevista: 3 dias.
c) Discriminação dos Recursos do Projeto e Fontes
A ideia e a colocação de lixeiras nos locais onde estão as cantinas e espaços de convivência
do tipo apresentado na figura abaixo:
Hoje no mercado o custo desse modelo é de, aproximadamente, R$ 628,47.
As cores de cada lixeira e sua destinação está discriminada na figura a seguir:
12. Classificação das cores
6. Resultados e Impactos Esperados
Os resultados esperados com a implantação desse projeto não estão relacionados
diretamente a uma atividade ou ação específica. A ideia é generalizada e serve para mudar os
hábitos e a rotina diária da instituição, buscando desta forma com o intuito de motivar seus
colaboradores a aderirem às intenções da empresa.
As empresas que investem em responsabilidade socioambiental têm o objetivo de passar a
imagem que a empresa é responsável sócio ambientalmente. É uma tendência mundial nos
dias atuais.
Financeiramente pode ser até atrativo para a universidade, tendo em vista que os resíduos
separados possuem valor maior do que se fossem descartados juntos como lixo comum. A
instituição pode lucrar com a venda do material separado para cooperativas de reciclagem, por
exemplo, e tornar os custos de operação menores.
13. Com o projeto espera-se alcançar:
- Mudanças de comportamento dos colaboradores;
- Maior adesão dos funcionários ao programa;
- Redução da quantidade de lixo levado aos aterros sanitários;
- Aumento do volume de material reciclável recolhido.
- Comunidade mais consciente da importância de reduzir, reutilizar e reciclar os
materiais;
- Diminuir os gastos com os resíduos sólidos (lixo);
- Aproximar a empresa da comunidade local, através de parceria com cooperativas de
catadores.
- Obter reconhecimento como empresa ambientalmente correto.
7. Riscos e Dificuldades
Em projetos semelhantes já implantados em outros locais, observou-se que as pessoas
nem sempre utilizavam de maneira correta as lixeiras, jogando o resíduo em qualquer uma
das lixeiras por não entender as instruções ou por falta de interesse.
Também foi notado que, em algumas empresas, ocorria o descarte correto nas lixeiras,
no entanto os responsáveis pela limpeza não estavam orientados de forma correta, implicando
em destinação incorreta dos resíduos (juntavam os conteúdos das lixeiras e faziam descarte
comum). Além disso, também não havia a reorganização do depósito de resíduos, o que acaba
de certa forma proporcionando esse comportamento da equipe de limpeza.
Por fim, há o risco de que a própria instituição não queira executar o projeto por
envolver custos financeiros e reorganização de certos espaços, podendo vir a interferir nas
atividades do campus por um determinado tempo (mencionado no cronograma de execução).
8. Conclusão
O projeto de coleta seletiva no campus requer grandes esforços de recursos humanos e
financeiros. No entanto, apresenta um enorme potencial de retorno financeiro, caso seja bem
sucedido, e devido ao fato de que a Estácio é uma grande instituição, pode gerar um grande
impacto positivo no meio ambiente e nas pessoas que frequentam seus campi diariamente.
14. 9. Referências
1. Ministério das cidades – Sistema Nacional do Setor Saneamento - http://www.snis.gov.br/
3. Ministério das cidades - Programa de Modernização do Setor Saneamento
http://www.pmss.gov.br/
4. WebResol - www.resol.com.br
5. Recicloteca - http://www.recicloteca.org.br/
6.CEMPRE – Compromisso Empresarial para reciclagem - http://www.cempre.org.br/
7. Instituto Akatu - http://www.akatu.org.br/
8. ARAÚJO, Renata Silva; VIANA, Ednilson. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
GERADOS NA ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES (EACH) COMO INSTRUMENTO
PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE GESTÃO NA UNIDADE. Revista Eletrônica em
Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, v. 8, n. 8, p. 1805-1817, 2013.
9. Lixo.com.br - http://www.lixo.com.br/
10. Planeta sustentável - http://planetasustentavel.abril.com.br/
11. Ministério do meio ambiente -
www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.pesquisa&busca=coleta%20seletiva
12. Ecodesenvolvimento - http://www.ecodesenvolvimento.org.br/
13. CASCINO, Fabio. Educação Ambiental. São Paulo: Senac, 1999.
14. CEMPRE. Guia da Coleta Seletiva de Lixo. Brasília: Cempre, 2002.
15. TAUCHEN, Joel; BRANDLI, Luciana Londero. A gestão ambiental em instituições de ensino
superior: modelo para implantação em campus universitário. Gestão & Produção, v. 13, n. 3,
p. 503-515, 2006.
16. http://www.prohomeimoveis.com.br/prohome-ambiental/cartilha-reciclagem-de-lixo/
17. Planeta Melhor - http://www.planetamelhor.com.br/
18. Conteúdos online do curso Educação e Sustentabilidade da Universidade Estácio de Sá.