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Equipamentos de
Monitorização e
Medição
"É muito mais difícil medir a falta de desempenho do que o desempenho."
[ Harold Geneen ]
palavras-chave
• QUALIDADE
• ISO 9001
• MONITORIZAÇÃO
• MEDIÇÃO
• GESTÃO INDUSTRIAL
resumo
A necessidade de manter sob controlo todos os instrumentos, equipamentos ou
dispositivos de medição que possam ter efeito significativo sobre a exactidão ou
validade de algum resultado é uma prática amplamente divulgada pelas
organizações que possuem um sistema da qualidade formalmente reconhecido
por algum organismo de certificação, designadamente pelo referencial ISO
9001.
É necessário adoptar medidas internas de organização que garantam que
esses dispositivos, designados por EMM – equipamentos de monitorização e
medição estejam permanentemente aptos para o serviço e contribuam assim
para a garantia do cumprimento das especificações dos produtos.
Para além dos EMMs de controlo da qualidade de produtos, surgem os EMMs
de serviços, ou meios de monitorização e avaliação da qualidade dos serviços.
Todos os EMMs representam meios e técnicas específicas para auxiliarem a
entidade na avaliação e orientação da sua actividade a ir de encontro aos
requisitos ou especificações do cliente.
FICHA TÉCNICA
IDENTIFICAÇÃO
DESIGNAÇÃO: 10 Páginas sobre Equipamentos de Monitorização
e Medição
NÚMERO: MI038
VERSÃO: 01
DATA de EMISSÃO: 22-10-2009
AUTOR: José Costa
APROVAÇÃO: Maria Merino
DESCRIÇÃO:
Constitui o manual a utilizar para gestão da qualidade e gestão
industrial.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Direcção de Produto e Serviço; Vector Formação Profissional e
Vector Engenharia e Consultoria.
MOTIVO DA EDIÇÃO
Trata-se da primeira edição do documento para divulgação livre.
REGISTO DE VERSÕES
Versão Data Autoria Validação Aprovação
01 22-10-2009 José Costa Maria Merino Maria Merino
Assinatura
REGISTO DE DETENTORES
Exemplar Data Entidade Função Validação
01 22-10-2009 Geprix Entidade Formadora
02 22-10-2009 José Costa Autor
03
04
REFERÊNCIAS
o
o
NOMENCLATURA E DEFINIÇÕES
Escrever aqui outras nomenclaturas e definições utilizadas e aplicáveis
o N.a. – Não aplicável.
o SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade
o Gestão de Topo – Administração da entidade
o MM – Monitorização e Medição
o EMM – Equipamento de Monitorização e Medição
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
o
ÍNDICE
1. EMMS – EQUIPAMENTOS DE MONITORIZAÇÃO E MEDIÇÃO .....................................................1
2. OS EMMS NA NORMA NP EN ISO 9001:2008.................................................................................2
3. A GESTÃO DOS EMMS ....................................................................................................................3
4. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO, EXEMPLOS.................................................................................5
5. ALGUNS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE MONITORIZAÇÃO .......................................................7
6. EMMS NOS SERVIÇOS.....................................................................................................................8
7. BLOCOS PADRÃO............................................................................................................................9
8. CERTIFICADOS E ANÁLISE DE CERTIFICADOS...........................................................................9
9. EXEMPLOS......................................................................................................................................11
10. CONCLUSÕES ................................................................................................................................11
1. EMMs – Equipamentos de Monitorização e Medição_____________________________
Os Equipamentos de Monitorização e Medição, adiante abreviados pela sigla EMM, de acordo com a norma NP
EN ISO 9000:2000, podem ser “instrumentos de medição, software, padrões de medição, materiais de referência
ou aparelhos auxiliares ou uma das suas combinações, necessários para realizar um processo de medição”.
Os equipamentos de medição, de um modo geral, serão todos os dispositivos utilizados para registar valores de
uma determinada avaliação metrologia, podendo ser métrica (metros, centímetros, milhas, etc.), temporal
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(segundos, horas, etc.), pressão (bar, atm, psi, etc.), térmica (ºC, Kelvin, Farenheit, etc.), mássica (kg, ton, Lbs,
etc.), ou outras.
Os equipamentos de monitorização podem ser os dispositivos utilizados para recolher ou registar dados que, não
sendo metrologicamente mensuráveis, permitem aferir quanto ao estado de um determinado resultado (aprovado
vs reprovado, p.ex.). Podem ser, por exemplo: Uma imagem num monitor, um gráfico de controlo, uma
representação cromática de indicadores luminosos (ex. vermelho=não conforme, amarelo=ter atenção,
verde=conforme).
Figura 1 – Exemplo de EMM: Um multímetro
2. Os EMMs na norma NP EN ISO 9001:2008 _____________________________________
2.1. PONTO 7.6 DA NORMA: CONTROLO DO EMM _____________________________________________
O ponto 7.6 da norma NP EN ISO 9001:2008, refere que as organizações devem:
o Determinar a monitorização e medição a serem efectuadas;
o Determinar o EMM necessário para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos;
o Estabelecer processos que garantam que a monitorização e medição é levada a cabo;
o No caso da MM ser efectuada com recurso a software, a aptidão deste deve ser previamente confirmada;
o Manter os registos de resultados de calibração e verificação;
Quanto ao EMM propriamente dito, deve:
o Ser calibrado ou verificado periodicamente face a padrões rastreáveis;
o Ser ajustado ou reajustado sempre que necessário;
o Estar salvaguardado de ajustes inadvertidos ou não controlados;
o Estar identificado, incluindo quanto ao seu estado de calibração/verificação;
o Estar acondicionado e protegido da deterioração resultante do manuseamento e armazenagem;
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Quanto aos processos alvo da utilização de EMM, a organização deve:
o Avaliar e validar os registos de monitorização e medição sempre que os respectivos EMM foram
encontrados em estado de não conformidade;
o Definir as medidas a tomar em caso de detecção de EMM não conforme e/ou produto não conforme por
motivos de desempenho do respectivo EMM.
3. A gestão dos EMMs ________________________________________________________
O mapa conceptual ilustrado Figura 2 representa esquematicamente a gestão de EMMs. De notar que,
propositadamente não foi actualizada a referência a DMM, pois esta era a sigla utilizada na versão anterior da
norma (NP EN ISO 9001:2000), significando Dispositivos de Monitorização e Medição.
Figura 2 – Mapa conceptual: Gestão de EMM
Assim, resumidamente pode sintetizar-se a gestão de EMMs no seguinte:
Caracterizar os processos principais da entidade e os EMMs que lhe estão afectos – Começar por listar os
principais processos da entidade e caracterizar o parque de EMMs presentes necessários para assegurar a
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conformidade do produto. Devem estar identificados e serem caracterizados detalhadamente de modo ser
possível elaborar o seu plano de calibração e/ou verificação.
Elaborar o procedimento de controlo de EMMs – Depois de identificados e caracterizados os diversos
EMMs, deve ser elaborado para cada tipologia ou grupo de EMM um procedimento escrito onde se refira como
executar as calibrações e/ou verificações necessárias. Para executar o procedimento pode ser necessário
descrever em detalhe certos pormenores ou acções. Para isso, para não sobrecarregar o procedimento com
informação demasiado detalhada, este pode evocar a consulta de instruções de trabalho específicas que poderão
ser consultadas consoante seja necessário ou adequado.
O procedimento de calibração deve também indicar onde deverão ser registados os dados das medições,
verificações, análises e conclusões sobre os trabalhos de calibração efectuados. Assim, devem ser elaborados
registos de calibração que devem ser datados e assinados e conservados de forma adequada de modo a
evidenciar o estado dos EMMs em cada momento.
Devem ainda estar previstos os suportes onde deverá ficar registado o histórico de verificações ou calibrações a
que o EMM foi sujeito.
Os EMMs devem, sempre que possível, assinalar o seu estado actual de conformidade devendo estar aposto
etiqueta legível da última calibração/verificação bem como a validade da mesma e/ou data da próxima. Quando
isto não é possível deve existir documentação no ambiente de trabalho próximo da área de actuação do EMM
que evidencie que o mesmo está apto para o serviço.
Elaborar programa de controlo periódico – Caracterizados os EMMs alvo de monitorização, deve ser
elaborado de um programa de controlo, apontando as datas para as verificações, calibrações e outras operações
de manutenção necessárias à garantia da sua continuidade em serviço de forma eficaz.
O programa deve listar os EMMs referindo a periodicidade das actividades de verificação ou calibração,
podendo ainda indicar a entidade ou pessoa responsável por executá-las, podendo ainda referir se as mesmas são
executas internamente ou externamente. A forma mais expedita para elaborar este programa é apoiando-o num
mapa de Gantt.
Executar o programa de controlo – Sendo comum o programa de calibração/verificação ser realizado por
diversas pessoas e entidades, já que cada organização dispõe de um conjunto diversificado de EMMs, é
necessário garantir que o programa é, de facto, realizado.
Assim, deve ser elaborado um registo de execução onde se assinale a realização dos diversos trabalhos de
calibração a que os EMMs estão ser sujeitos, de modo a garantir o cumprimento do programa e assinalar
eventuais atrasos, desvios ou incumprimento do programa.
No caso de se verificarem desvios significativos face ao programa de execução, os mesmos deverão ser
justificados e deverá ser editado um novo programa que contemple essas alterações.
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A forma mais expedita de elaborar este programa de monitorização é obter uma cópia adicional do programa de
execução e designá-la por “registo de execução do programa de calibração/verificação”, assinalando-se então aí
os trabalhos executados, os que estão em curso e os que ainda virão a ser realizados.
4. Equipamentos de Medição, Exemplos_________________________________________
4.1. CONTROLO DIMENSIONAL _____________________________________________________________
Os EMMs mais utilizados no controlo dimensional são os paquímetros, micrómetros e fitas métricas
Figura 3 – Paquímetro
Figura 4 – Micrómetro Figura 5 – Fita métrica
4.1.1. COMO USAR UM PAQUÍMETRO____________________________________________________
Um paquímetro é um instrumento muito usado em laboratórios e na indústria, sendo usado para determinar com
precisão a dimensão de um determinado objecto. Permite determinar comprimentos, medidas exteriores de uma
peça (p.ex. corpo de um parafuso), medidas interiores (p.ex. diâmetro interior de um tubo), profundidades ou
desníveis entre duas faces.
Figura 6 – Escalas do Paquímetro
medições interiores
medições exteriores
Escala móvel
Escala fixa
Medidor de profundidades
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O paquímetro dispõe de uma escala principal gravada numa régua fixa e uma escala auxiliar gravada em numa
haste móvel. A escala móvel auxiliar desliza ao longo do comprimento da régua fixa. Normalmente, esta escala
principal é calibrada em centímetros com a menor divisão em milímetros. A escala auxiliar tem divisões, que
cobrem 90% da distância da escala principal.
Quando o nónio está fechado e devidamente zerado, a primeira marca (zero) na escala principal é alinhado com
a primeira marca da escala auxiliar. A última marca na escala auxiliar, então, coincide com a marca de 9
milímetros na escala principal, lendo-se 0,00 centímetros.
Quando se realiza uma leitura, deve-se notar onde a primeira marca da escala auxiliar coincide com uma marca
na escala principal. No exemplo da Figura 7 regista-se uma dimensão entre 12 mm e 13 mm, pois a primeira
marca auxiliar está entre estes dois valores na escala principal. O último dígito, o décimo de milímetro obtém-se
procurando a marca da escala auxiliar que coincide com uma marca na escala principal. Neste exemplo, o
último dígito é 3, porque é a terceira marca de linhas auxiliares que coincide com uma marca na escala
principal. Portanto, o comprimento do objecto é de 12,3 mm = 1,23 cm = 0,0123 m.
Figura 7 – Leitura no Paquímetro
Quando o paquímetro não está devidamente zerado induz em erro ao registar valores que não correspondem à
realidade. Para corrigir essa situação é necessário proceder à calibração e afinação do paquímetro. Esse
procedimento consiste em colocar as respectivas escalas a zero, com uma afinação positiva ou negativa da
escala auxiliar. Por exemplo, se a primeira marca da escala auxiliar fica à direita da escala principal, então a
leitura é maior do que a realidade e o erro é positivo. Da mesma forma, se a primeira marca da escala auxiliar
fica à esquerda da escala principal marca de zero, então o erro é negativo e a correção deve ser adicionada a
partir da leitura de medição.
Figura 8 - Um paquímetro indevidamente zerado
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4.2. OUTROS EMMS_______________________________________________________________________
Para o controlo de temperaturas usam-se
termómetros.
Figura 9 – Termómetro digital por infra-vermelho
Para o controlo mássico usam-se balanças.
Figura 10 – Balanças
Para o controlo de volume de líquidos usam-se
medidores de volume.
Figura 11 – Medição de líquidos
Para o controlo de pressão usam-se manómetros.
Figura 12– Manómetros de pressão
Para o controlo da viscosidade usam-se
viscosímetros.
Figura 13– Viscosímetros: por escoamento e por queda de esfera
Para o controlo de dimensões eléctricas usam-se
multímetros, amperímetros, voltímetros, ohmímetros.
Figura 14– Multímetros para dimensões eléctricas
5. Alguns tipos de Equipamentos de Monitorização _______________________________
Relativamente à monitorização, o objectivo não é
determinar com exactidão uma determinada
quantidade, mas sim efectuar uma leitura
aproximada de um parâmetro que permita avaliar
quanto ao estado de um determinado cenário. Por
exemplo, na Figura 15, ilustra-se com um
equipamento que não registando a quantidade de
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litros existente num tanque, indica um valor
aproximado do enchimento, em percentagem.
Figura 15 – Indicador de enchimento de um tanque
Do mesmo modo, o quadro sinóptico da Figura 16
exemplifica como um quadro de sinalização óptica
pode dar informação sobre o estado de
conformidade ou não conformidade de um
determinado cenário de operações ou produto.
Figura 16 – Quadro sinóptico do estado da radiação de um local
Os EMMs também podem ser hardware e/ou
software que informam o utilizador sobre o estado
ou desempenho de determinado processo. Na
Figura 17, ilustra-se um ecrã onde são visualizadas
informações de monitorização e controlo de um
processo industrial. Neste tipo EMMs é necessário
garantir que as rotinas do software sejam robustas
(i.e. à prova de erro) e traduzam, de facto, os
processo que estão a monitorizar. Para isso, no
arranque do software, periodicamente ou sempre
que se julgue necessário, o software deve correr
instruções de despistagem, de verificação ou de
actualização que permitam validar a informação de
monitorização de um determinado processo.
Figura 17 – Monitorização apoiada em software
6. EMMs nos serviços ________________________________________________________
Quando a actividade da entidade não é a produção de um produto, mas a prestação de um serviço, os EMMs não
podem tomar a forma de equipamentos, mas terão assumir a forma de outros dispositivos que possam ser
utilizados para avaliar a conformidade do prestação do referido serviço.
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Assim, nos serviços, são utilizados inquéritos antes, durante ou após a prestação do serviço para diagnosticar e
avaliar a qualidade da prestação do serviço, designadamente quanto ao cumprimento da satisfação das
expectativas iniciais do cliente.
De entre os diversos instrumentos para medição da qualidade nos serviços os mais comuns são:
• Observações e registo – Método que consiste na recolha de dados de forma sistemática e periódica, de modo
a reunir informação para avaliação da qualidade do serviço;
• Inquéritos – Método que se apoia na auscultação de pessoas interna ou externas à entidade, culminando num
conjunto de registos de dados que permitem a avaliação da qualidade do serviço;
• Livro de reclamações / sugestões – Método menos sistemático já que parte da iniciativa do cliente e,
normalmente reflecte os aspectos negativos da prestação do serviço, contudo a obtenção de dados por esta via
pode permitir uma boa avaliação do serviço.
7. Blocos padrão ____________________________________________________________
Também é muito comum usar-se na metrologia industrial objectos de determinadas dimensões, designados por
“blocos padrão” para efeitos de comparação dimensional e avaliação da conformidade de EMMs.
Estes blocos especiais são construídos e certificados por entidades acreditadas para o efeito, evidenciando assim
o rigor das suas dimensões. O utilizador destes blocos pode assim usá-los para efeitos de verificação ou
calibração de instrumentos de medição como paquímetros, micrómetros, fitas métricas ou outros instrumentos
de medição dimensional, como se ilustra na Figura 18.
fonte: Mitutoyo
Figura 18 – Exemplo de blocos padrão e sua utilização para realizar a calibração de micrómetro
8. Certificados e análise de certificados _________________________________________
Cada EMM deve dispor de um certificado original fornecido pelo fabricante que ateste que o mesmo está apto
para a sua função e que foi calibrado ou verificado por uma entidade competente.
Depois de adquirido, o EMM terá outros certificados complementares resultantes das suas calibrações ou
verificações periódicas.
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O certificado de calibração de um EMM deve ser elaborado por um laboratório acreditado pelo, IPQ – Instituto
Português da Qualidade, pela norma NP EN ISO/IEC 17025 e deverá conter sempre um conjunto de informação
normalizada, designadamente a que consta na Figura 19.
Organismo que acredita o
laboratório
Referência do EMM (Marca
e Modelo)
Identificação do equipamento e
condiçõesusadas para n calibração
Condições ambientais aquando do
momento da calibração
Descrição do rácio de incerteza e grau de
confiança utilizado no ensaio
Condições específicas que podem ter afectado o
rigor do resultado
Normas aplicáveis à gestão do
Laboratório
Registo das mediçõesefectuadase o
resultado dos testes
Assinatura dos responsáveis pelo
ensaio e pelo laboratório
Rácio de incerteza e grau deconfiança
Data da Calibração
Datada calibração do instrumento que
está a fazero ensaio
Número de série do EMM alvo do ensaio
Dadospararastreabilidade do
instrumento de calibração edo
laboratório
Indicação da conformidadecom a norma
ISO17025, requisito para a realização de
ensaio acreditado
Número de páginas e total depáginas
Figura 19 – Dados que compõem um certificado de calibração
Do ponto de vista da gestão pela norma NP EN ISO 9001:2008, mesmo depois de um EMM ter sido calibrado
não significa que o mesmo esteja em condições de ser colocado em serviço novamente. Isto porque o relatório
de calibração não dá informação quanto ao estado de aceitação ou rejeição do EMM. Apenas fornece dados de
avaliação técnica como dimensão de folgas, valor de erros de medição, tendo em consideração níveis de rigor e
incerteza, entre outros consoante o tipo de EMM em causa.
Após a calibração ou verificação do respectivo EMM, compete ao responsável de metrologia da entidade
analisar o relatório, registar essa análise e decidir de acordo com o procedimento da entidade quanto à
aprovação ou rejeição do EMM. A análise tem de ser sempre efectuada com base no procedimento interno da
entidade para que sejam constantes, inequívocas e coerentes as condições que ditam que o referido EMM pode
continuar em serviço ou tenha de ser rejeitado, não ficando este processo sujeito a pareceres diferentes
consoante é analisado pela pessoa “A” ou “B”.
Consequentemente, o EMM será liberado para continuar em serviço, devendo ser-lhe aposto de forma
inequívoca o seu estado de condição e validade, por exemplo: “Aprovado até Mai/2010”.
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9. Exemplos ________________________________________________________________
Exemplos práticos sobre como fazer a gestão de EMMs e a análise de relatórios de calibração/verificação
poderão ser consultados no manual prático de gestão de EMM da Geprix. Solicite-o pelo correio electrónico
info@geprix.com.
10. CONCLUSÕES ____________________________________________________________
10.1. CONCLUSÃO_________________________________________________________________________
Os designados EMMs pela norma NP EN ISO 9001:2008 (anteriormente designados por DMMs na versão de
2000 da mesma norma e, já agora, por EIMEs - equipamentos de inspecção, medição e ensaio, na versão de
1996), são instrumentos fundamentais para assegurar a conformidade dos processos e dos produtos com as
especificações pré-estabelecidas nos planos da qualidade e pelos clientes das organizações.
Em qualquer sistema de gestão da qualidade é necessária a identificação dos respectivos EMMs, seu registo e
definição de um plano de manutenção e controlo assegurado por medidas de calibração, verificação e afinação
que garantam a respectiva conformidade dos mesmos. Essas medidas de manutenção (calibração, verificação,
etc.) devem ser avaliadas e registadas de modo a garantir a rastreabilidade do desempenho dos respectivos
EMMs.
Além dos equipamentos de medição, podem ainda ser incluídos diversos equipamentos ou dispositivos de
monitorização, desde que estes tenham um papel fundamental para o controlo e garantia da qualidade do
respectivo produto ou serviço proporcionado pela entidade ao cliente.
Nos serviços os EMMs tomam um cariz especial já que a respectiva monitorização e medição não pode ser
efectuada a posteriori, como no caso dos produtos, tendo de ser realizada no próprio momento em que o serviço
é prestado. Assim os EMMs tomam a forma de questionários ou observações.
Para controlo dos EMMs podem ainda ser utilizados outros EMMs para medir e monitorizar aqueles. Os blocos
padrão são um exemplo comum de EMMs utilizados para avaliar os EMMs principais.
Por fim, resta salientar, sempre que um EMM é calibrado o laboratório que procedeu a essa trabalho emite o
respectivo certificado de calibração. A análise deste certificado deve ser efectuada por pessoal com formação
específica e nomeado para esse efeito de modo a validar e decidir a continuação em serviço (ou a rejeição) do
EMM.
Concluindo a gestão de EMMs insere-se na área da metrologia industrial e é uma ferramenta fundamental de
apoio à engenharia da qualidade que qualquer organização tem de dispor no âmbito da gestão pela norma ISO
9001:2008.
10.2. “CURVA DA POLACA (*)” ______________________________________________________________
(*) “Curva da Polaca” é a expressão para designar outros temas de interesse, na sequência do apresentado no presente documento.
Outros documentos com interesse nesta temática são:
• Gestão da Qualidade pela norma ISO 9001:2008
• Metrologia Industrial
• Mapa de Gantt

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  • 1. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 1/ 11 10 páginas sobre… Equipamentos de Monitorização e Medição "É muito mais difícil medir a falta de desempenho do que o desempenho." [ Harold Geneen ] palavras-chave • QUALIDADE • ISO 9001 • MONITORIZAÇÃO • MEDIÇÃO • GESTÃO INDUSTRIAL resumo A necessidade de manter sob controlo todos os instrumentos, equipamentos ou dispositivos de medição que possam ter efeito significativo sobre a exactidão ou validade de algum resultado é uma prática amplamente divulgada pelas organizações que possuem um sistema da qualidade formalmente reconhecido por algum organismo de certificação, designadamente pelo referencial ISO 9001. É necessário adoptar medidas internas de organização que garantam que esses dispositivos, designados por EMM – equipamentos de monitorização e medição estejam permanentemente aptos para o serviço e contribuam assim para a garantia do cumprimento das especificações dos produtos. Para além dos EMMs de controlo da qualidade de produtos, surgem os EMMs de serviços, ou meios de monitorização e avaliação da qualidade dos serviços. Todos os EMMs representam meios e técnicas específicas para auxiliarem a entidade na avaliação e orientação da sua actividade a ir de encontro aos requisitos ou especificações do cliente. FICHA TÉCNICA IDENTIFICAÇÃO DESIGNAÇÃO: 10 Páginas sobre Equipamentos de Monitorização e Medição NÚMERO: MI038 VERSÃO: 01 DATA de EMISSÃO: 22-10-2009 AUTOR: José Costa APROVAÇÃO: Maria Merino DESCRIÇÃO: Constitui o manual a utilizar para gestão da qualidade e gestão industrial. CAMPO DE APLICAÇÃO Direcção de Produto e Serviço; Vector Formação Profissional e Vector Engenharia e Consultoria. MOTIVO DA EDIÇÃO Trata-se da primeira edição do documento para divulgação livre. REGISTO DE VERSÕES Versão Data Autoria Validação Aprovação 01 22-10-2009 José Costa Maria Merino Maria Merino Assinatura REGISTO DE DETENTORES Exemplar Data Entidade Função Validação 01 22-10-2009 Geprix Entidade Formadora 02 22-10-2009 José Costa Autor 03 04 REFERÊNCIAS o o NOMENCLATURA E DEFINIÇÕES Escrever aqui outras nomenclaturas e definições utilizadas e aplicáveis o N.a. – Não aplicável. o SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade o Gestão de Topo – Administração da entidade o MM – Monitorização e Medição o EMM – Equipamento de Monitorização e Medição BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA o ÍNDICE 1. EMMS – EQUIPAMENTOS DE MONITORIZAÇÃO E MEDIÇÃO .....................................................1 2. OS EMMS NA NORMA NP EN ISO 9001:2008.................................................................................2 3. A GESTÃO DOS EMMS ....................................................................................................................3 4. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO, EXEMPLOS.................................................................................5 5. ALGUNS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE MONITORIZAÇÃO .......................................................7 6. EMMS NOS SERVIÇOS.....................................................................................................................8 7. BLOCOS PADRÃO............................................................................................................................9 8. CERTIFICADOS E ANÁLISE DE CERTIFICADOS...........................................................................9 9. EXEMPLOS......................................................................................................................................11 10. CONCLUSÕES ................................................................................................................................11 1. EMMs – Equipamentos de Monitorização e Medição_____________________________ Os Equipamentos de Monitorização e Medição, adiante abreviados pela sigla EMM, de acordo com a norma NP EN ISO 9000:2000, podem ser “instrumentos de medição, software, padrões de medição, materiais de referência ou aparelhos auxiliares ou uma das suas combinações, necessários para realizar um processo de medição”. Os equipamentos de medição, de um modo geral, serão todos os dispositivos utilizados para registar valores de uma determinada avaliação metrologia, podendo ser métrica (metros, centímetros, milhas, etc.), temporal
  • 2. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 2/ 11 (segundos, horas, etc.), pressão (bar, atm, psi, etc.), térmica (ºC, Kelvin, Farenheit, etc.), mássica (kg, ton, Lbs, etc.), ou outras. Os equipamentos de monitorização podem ser os dispositivos utilizados para recolher ou registar dados que, não sendo metrologicamente mensuráveis, permitem aferir quanto ao estado de um determinado resultado (aprovado vs reprovado, p.ex.). Podem ser, por exemplo: Uma imagem num monitor, um gráfico de controlo, uma representação cromática de indicadores luminosos (ex. vermelho=não conforme, amarelo=ter atenção, verde=conforme). Figura 1 – Exemplo de EMM: Um multímetro 2. Os EMMs na norma NP EN ISO 9001:2008 _____________________________________ 2.1. PONTO 7.6 DA NORMA: CONTROLO DO EMM _____________________________________________ O ponto 7.6 da norma NP EN ISO 9001:2008, refere que as organizações devem: o Determinar a monitorização e medição a serem efectuadas; o Determinar o EMM necessário para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos; o Estabelecer processos que garantam que a monitorização e medição é levada a cabo; o No caso da MM ser efectuada com recurso a software, a aptidão deste deve ser previamente confirmada; o Manter os registos de resultados de calibração e verificação; Quanto ao EMM propriamente dito, deve: o Ser calibrado ou verificado periodicamente face a padrões rastreáveis; o Ser ajustado ou reajustado sempre que necessário; o Estar salvaguardado de ajustes inadvertidos ou não controlados; o Estar identificado, incluindo quanto ao seu estado de calibração/verificação; o Estar acondicionado e protegido da deterioração resultante do manuseamento e armazenagem;
  • 3. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 3/ 11 Quanto aos processos alvo da utilização de EMM, a organização deve: o Avaliar e validar os registos de monitorização e medição sempre que os respectivos EMM foram encontrados em estado de não conformidade; o Definir as medidas a tomar em caso de detecção de EMM não conforme e/ou produto não conforme por motivos de desempenho do respectivo EMM. 3. A gestão dos EMMs ________________________________________________________ O mapa conceptual ilustrado Figura 2 representa esquematicamente a gestão de EMMs. De notar que, propositadamente não foi actualizada a referência a DMM, pois esta era a sigla utilizada na versão anterior da norma (NP EN ISO 9001:2000), significando Dispositivos de Monitorização e Medição. Figura 2 – Mapa conceptual: Gestão de EMM Assim, resumidamente pode sintetizar-se a gestão de EMMs no seguinte: Caracterizar os processos principais da entidade e os EMMs que lhe estão afectos – Começar por listar os principais processos da entidade e caracterizar o parque de EMMs presentes necessários para assegurar a
  • 4. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 4/ 11 conformidade do produto. Devem estar identificados e serem caracterizados detalhadamente de modo ser possível elaborar o seu plano de calibração e/ou verificação. Elaborar o procedimento de controlo de EMMs – Depois de identificados e caracterizados os diversos EMMs, deve ser elaborado para cada tipologia ou grupo de EMM um procedimento escrito onde se refira como executar as calibrações e/ou verificações necessárias. Para executar o procedimento pode ser necessário descrever em detalhe certos pormenores ou acções. Para isso, para não sobrecarregar o procedimento com informação demasiado detalhada, este pode evocar a consulta de instruções de trabalho específicas que poderão ser consultadas consoante seja necessário ou adequado. O procedimento de calibração deve também indicar onde deverão ser registados os dados das medições, verificações, análises e conclusões sobre os trabalhos de calibração efectuados. Assim, devem ser elaborados registos de calibração que devem ser datados e assinados e conservados de forma adequada de modo a evidenciar o estado dos EMMs em cada momento. Devem ainda estar previstos os suportes onde deverá ficar registado o histórico de verificações ou calibrações a que o EMM foi sujeito. Os EMMs devem, sempre que possível, assinalar o seu estado actual de conformidade devendo estar aposto etiqueta legível da última calibração/verificação bem como a validade da mesma e/ou data da próxima. Quando isto não é possível deve existir documentação no ambiente de trabalho próximo da área de actuação do EMM que evidencie que o mesmo está apto para o serviço. Elaborar programa de controlo periódico – Caracterizados os EMMs alvo de monitorização, deve ser elaborado de um programa de controlo, apontando as datas para as verificações, calibrações e outras operações de manutenção necessárias à garantia da sua continuidade em serviço de forma eficaz. O programa deve listar os EMMs referindo a periodicidade das actividades de verificação ou calibração, podendo ainda indicar a entidade ou pessoa responsável por executá-las, podendo ainda referir se as mesmas são executas internamente ou externamente. A forma mais expedita para elaborar este programa é apoiando-o num mapa de Gantt. Executar o programa de controlo – Sendo comum o programa de calibração/verificação ser realizado por diversas pessoas e entidades, já que cada organização dispõe de um conjunto diversificado de EMMs, é necessário garantir que o programa é, de facto, realizado. Assim, deve ser elaborado um registo de execução onde se assinale a realização dos diversos trabalhos de calibração a que os EMMs estão ser sujeitos, de modo a garantir o cumprimento do programa e assinalar eventuais atrasos, desvios ou incumprimento do programa. No caso de se verificarem desvios significativos face ao programa de execução, os mesmos deverão ser justificados e deverá ser editado um novo programa que contemple essas alterações.
  • 5. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 5/ 11 A forma mais expedita de elaborar este programa de monitorização é obter uma cópia adicional do programa de execução e designá-la por “registo de execução do programa de calibração/verificação”, assinalando-se então aí os trabalhos executados, os que estão em curso e os que ainda virão a ser realizados. 4. Equipamentos de Medição, Exemplos_________________________________________ 4.1. CONTROLO DIMENSIONAL _____________________________________________________________ Os EMMs mais utilizados no controlo dimensional são os paquímetros, micrómetros e fitas métricas Figura 3 – Paquímetro Figura 4 – Micrómetro Figura 5 – Fita métrica 4.1.1. COMO USAR UM PAQUÍMETRO____________________________________________________ Um paquímetro é um instrumento muito usado em laboratórios e na indústria, sendo usado para determinar com precisão a dimensão de um determinado objecto. Permite determinar comprimentos, medidas exteriores de uma peça (p.ex. corpo de um parafuso), medidas interiores (p.ex. diâmetro interior de um tubo), profundidades ou desníveis entre duas faces. Figura 6 – Escalas do Paquímetro medições interiores medições exteriores Escala móvel Escala fixa Medidor de profundidades
  • 6. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 6/ 11 O paquímetro dispõe de uma escala principal gravada numa régua fixa e uma escala auxiliar gravada em numa haste móvel. A escala móvel auxiliar desliza ao longo do comprimento da régua fixa. Normalmente, esta escala principal é calibrada em centímetros com a menor divisão em milímetros. A escala auxiliar tem divisões, que cobrem 90% da distância da escala principal. Quando o nónio está fechado e devidamente zerado, a primeira marca (zero) na escala principal é alinhado com a primeira marca da escala auxiliar. A última marca na escala auxiliar, então, coincide com a marca de 9 milímetros na escala principal, lendo-se 0,00 centímetros. Quando se realiza uma leitura, deve-se notar onde a primeira marca da escala auxiliar coincide com uma marca na escala principal. No exemplo da Figura 7 regista-se uma dimensão entre 12 mm e 13 mm, pois a primeira marca auxiliar está entre estes dois valores na escala principal. O último dígito, o décimo de milímetro obtém-se procurando a marca da escala auxiliar que coincide com uma marca na escala principal. Neste exemplo, o último dígito é 3, porque é a terceira marca de linhas auxiliares que coincide com uma marca na escala principal. Portanto, o comprimento do objecto é de 12,3 mm = 1,23 cm = 0,0123 m. Figura 7 – Leitura no Paquímetro Quando o paquímetro não está devidamente zerado induz em erro ao registar valores que não correspondem à realidade. Para corrigir essa situação é necessário proceder à calibração e afinação do paquímetro. Esse procedimento consiste em colocar as respectivas escalas a zero, com uma afinação positiva ou negativa da escala auxiliar. Por exemplo, se a primeira marca da escala auxiliar fica à direita da escala principal, então a leitura é maior do que a realidade e o erro é positivo. Da mesma forma, se a primeira marca da escala auxiliar fica à esquerda da escala principal marca de zero, então o erro é negativo e a correção deve ser adicionada a partir da leitura de medição. Figura 8 - Um paquímetro indevidamente zerado
  • 7. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 7/ 11 4.2. OUTROS EMMS_______________________________________________________________________ Para o controlo de temperaturas usam-se termómetros. Figura 9 – Termómetro digital por infra-vermelho Para o controlo mássico usam-se balanças. Figura 10 – Balanças Para o controlo de volume de líquidos usam-se medidores de volume. Figura 11 – Medição de líquidos Para o controlo de pressão usam-se manómetros. Figura 12– Manómetros de pressão Para o controlo da viscosidade usam-se viscosímetros. Figura 13– Viscosímetros: por escoamento e por queda de esfera Para o controlo de dimensões eléctricas usam-se multímetros, amperímetros, voltímetros, ohmímetros. Figura 14– Multímetros para dimensões eléctricas 5. Alguns tipos de Equipamentos de Monitorização _______________________________ Relativamente à monitorização, o objectivo não é determinar com exactidão uma determinada quantidade, mas sim efectuar uma leitura aproximada de um parâmetro que permita avaliar quanto ao estado de um determinado cenário. Por exemplo, na Figura 15, ilustra-se com um equipamento que não registando a quantidade de
  • 8. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 8/ 11 litros existente num tanque, indica um valor aproximado do enchimento, em percentagem. Figura 15 – Indicador de enchimento de um tanque Do mesmo modo, o quadro sinóptico da Figura 16 exemplifica como um quadro de sinalização óptica pode dar informação sobre o estado de conformidade ou não conformidade de um determinado cenário de operações ou produto. Figura 16 – Quadro sinóptico do estado da radiação de um local Os EMMs também podem ser hardware e/ou software que informam o utilizador sobre o estado ou desempenho de determinado processo. Na Figura 17, ilustra-se um ecrã onde são visualizadas informações de monitorização e controlo de um processo industrial. Neste tipo EMMs é necessário garantir que as rotinas do software sejam robustas (i.e. à prova de erro) e traduzam, de facto, os processo que estão a monitorizar. Para isso, no arranque do software, periodicamente ou sempre que se julgue necessário, o software deve correr instruções de despistagem, de verificação ou de actualização que permitam validar a informação de monitorização de um determinado processo. Figura 17 – Monitorização apoiada em software 6. EMMs nos serviços ________________________________________________________ Quando a actividade da entidade não é a produção de um produto, mas a prestação de um serviço, os EMMs não podem tomar a forma de equipamentos, mas terão assumir a forma de outros dispositivos que possam ser utilizados para avaliar a conformidade do prestação do referido serviço.
  • 9. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 9/ 11 Assim, nos serviços, são utilizados inquéritos antes, durante ou após a prestação do serviço para diagnosticar e avaliar a qualidade da prestação do serviço, designadamente quanto ao cumprimento da satisfação das expectativas iniciais do cliente. De entre os diversos instrumentos para medição da qualidade nos serviços os mais comuns são: • Observações e registo – Método que consiste na recolha de dados de forma sistemática e periódica, de modo a reunir informação para avaliação da qualidade do serviço; • Inquéritos – Método que se apoia na auscultação de pessoas interna ou externas à entidade, culminando num conjunto de registos de dados que permitem a avaliação da qualidade do serviço; • Livro de reclamações / sugestões – Método menos sistemático já que parte da iniciativa do cliente e, normalmente reflecte os aspectos negativos da prestação do serviço, contudo a obtenção de dados por esta via pode permitir uma boa avaliação do serviço. 7. Blocos padrão ____________________________________________________________ Também é muito comum usar-se na metrologia industrial objectos de determinadas dimensões, designados por “blocos padrão” para efeitos de comparação dimensional e avaliação da conformidade de EMMs. Estes blocos especiais são construídos e certificados por entidades acreditadas para o efeito, evidenciando assim o rigor das suas dimensões. O utilizador destes blocos pode assim usá-los para efeitos de verificação ou calibração de instrumentos de medição como paquímetros, micrómetros, fitas métricas ou outros instrumentos de medição dimensional, como se ilustra na Figura 18. fonte: Mitutoyo Figura 18 – Exemplo de blocos padrão e sua utilização para realizar a calibração de micrómetro 8. Certificados e análise de certificados _________________________________________ Cada EMM deve dispor de um certificado original fornecido pelo fabricante que ateste que o mesmo está apto para a sua função e que foi calibrado ou verificado por uma entidade competente. Depois de adquirido, o EMM terá outros certificados complementares resultantes das suas calibrações ou verificações periódicas.
  • 10. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 10/ 11 O certificado de calibração de um EMM deve ser elaborado por um laboratório acreditado pelo, IPQ – Instituto Português da Qualidade, pela norma NP EN ISO/IEC 17025 e deverá conter sempre um conjunto de informação normalizada, designadamente a que consta na Figura 19. Organismo que acredita o laboratório Referência do EMM (Marca e Modelo) Identificação do equipamento e condiçõesusadas para n calibração Condições ambientais aquando do momento da calibração Descrição do rácio de incerteza e grau de confiança utilizado no ensaio Condições específicas que podem ter afectado o rigor do resultado Normas aplicáveis à gestão do Laboratório Registo das mediçõesefectuadase o resultado dos testes Assinatura dos responsáveis pelo ensaio e pelo laboratório Rácio de incerteza e grau deconfiança Data da Calibração Datada calibração do instrumento que está a fazero ensaio Número de série do EMM alvo do ensaio Dadospararastreabilidade do instrumento de calibração edo laboratório Indicação da conformidadecom a norma ISO17025, requisito para a realização de ensaio acreditado Número de páginas e total depáginas Figura 19 – Dados que compõem um certificado de calibração Do ponto de vista da gestão pela norma NP EN ISO 9001:2008, mesmo depois de um EMM ter sido calibrado não significa que o mesmo esteja em condições de ser colocado em serviço novamente. Isto porque o relatório de calibração não dá informação quanto ao estado de aceitação ou rejeição do EMM. Apenas fornece dados de avaliação técnica como dimensão de folgas, valor de erros de medição, tendo em consideração níveis de rigor e incerteza, entre outros consoante o tipo de EMM em causa. Após a calibração ou verificação do respectivo EMM, compete ao responsável de metrologia da entidade analisar o relatório, registar essa análise e decidir de acordo com o procedimento da entidade quanto à aprovação ou rejeição do EMM. A análise tem de ser sempre efectuada com base no procedimento interno da entidade para que sejam constantes, inequívocas e coerentes as condições que ditam que o referido EMM pode continuar em serviço ou tenha de ser rejeitado, não ficando este processo sujeito a pareceres diferentes consoante é analisado pela pessoa “A” ou “B”. Consequentemente, o EMM será liberado para continuar em serviço, devendo ser-lhe aposto de forma inequívoca o seu estado de condição e validade, por exemplo: “Aprovado até Mai/2010”.
  • 11. Emissão José Costa, Engº jcosta.geprix@gmail.com Edição 01 GX mI038-QLD-10PagesOn-EMMs-V20091022.doc 11/ 11 9. Exemplos ________________________________________________________________ Exemplos práticos sobre como fazer a gestão de EMMs e a análise de relatórios de calibração/verificação poderão ser consultados no manual prático de gestão de EMM da Geprix. Solicite-o pelo correio electrónico info@geprix.com. 10. CONCLUSÕES ____________________________________________________________ 10.1. CONCLUSÃO_________________________________________________________________________ Os designados EMMs pela norma NP EN ISO 9001:2008 (anteriormente designados por DMMs na versão de 2000 da mesma norma e, já agora, por EIMEs - equipamentos de inspecção, medição e ensaio, na versão de 1996), são instrumentos fundamentais para assegurar a conformidade dos processos e dos produtos com as especificações pré-estabelecidas nos planos da qualidade e pelos clientes das organizações. Em qualquer sistema de gestão da qualidade é necessária a identificação dos respectivos EMMs, seu registo e definição de um plano de manutenção e controlo assegurado por medidas de calibração, verificação e afinação que garantam a respectiva conformidade dos mesmos. Essas medidas de manutenção (calibração, verificação, etc.) devem ser avaliadas e registadas de modo a garantir a rastreabilidade do desempenho dos respectivos EMMs. Além dos equipamentos de medição, podem ainda ser incluídos diversos equipamentos ou dispositivos de monitorização, desde que estes tenham um papel fundamental para o controlo e garantia da qualidade do respectivo produto ou serviço proporcionado pela entidade ao cliente. Nos serviços os EMMs tomam um cariz especial já que a respectiva monitorização e medição não pode ser efectuada a posteriori, como no caso dos produtos, tendo de ser realizada no próprio momento em que o serviço é prestado. Assim os EMMs tomam a forma de questionários ou observações. Para controlo dos EMMs podem ainda ser utilizados outros EMMs para medir e monitorizar aqueles. Os blocos padrão são um exemplo comum de EMMs utilizados para avaliar os EMMs principais. Por fim, resta salientar, sempre que um EMM é calibrado o laboratório que procedeu a essa trabalho emite o respectivo certificado de calibração. A análise deste certificado deve ser efectuada por pessoal com formação específica e nomeado para esse efeito de modo a validar e decidir a continuação em serviço (ou a rejeição) do EMM. Concluindo a gestão de EMMs insere-se na área da metrologia industrial e é uma ferramenta fundamental de apoio à engenharia da qualidade que qualquer organização tem de dispor no âmbito da gestão pela norma ISO 9001:2008. 10.2. “CURVA DA POLACA (*)” ______________________________________________________________ (*) “Curva da Polaca” é a expressão para designar outros temas de interesse, na sequência do apresentado no presente documento. Outros documentos com interesse nesta temática são: • Gestão da Qualidade pela norma ISO 9001:2008 • Metrologia Industrial • Mapa de Gantt