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Desafios, exigências e
dilemas profissionais na
intervenção nas Escolas TEIP
Ariana Cosme
Universidade do Porto
29 de Abril de 2013
Questões :
O que é que se entende por educar nas
escolas?
A Escola serve para educar ou para instruir?
O exercício da autoridade na Escola impede
o desenvolvimento de relações de ajuda e
afeto?
O que é uma Escola exigente e rigorosa?
As transformações do mundo
Desafios educativos e famílias
A democratização das sociedades
O aumento do nível de exigências políticas, económicas,
sociais e culturais
A transformação das expectativas das famílias face ao
futuro dos filhos
A reconfiguração dos estatutos e dos papéis das
mulheres, dos homens, das crianças e dos jovens
A reconfiguração das famílias e da transformação das
dinâmicas familiares
O prolongamento do tempo de dependência dos filhos face
aos pais
A relação com uma Escola que ainda está a viver o seu
processo de universalização educativa nos níveis de
escolaridade pós-Ensino Primário
Uma reflexão difícil e
contraditória
Uma reflexão difícil e
contraditória
Uma reflexão difícil e
contraditória
As transformações do mundo
Desafios educativos e famílias
A liberalização dos costumes
A maior familiaridade e proximidade afetiva e
emocional entre os adultos e as crianças ou os jovens
no seio das famílias contemporâneas
O exercício da autoridade parental como atividade
complexa e contraditória
A afirmação da diversidade de ser e estar no mundo
como um direito inalienável
O reconhecimento jurídico dos direitos das crianças e
dos jovens
O ruído informativo no mundo em que vivemos
Os desafios educativos relacionados com a
liberalização dos costumes: Como educar para a
assunção de responsabilidades pessoais e sociais, de
forma congruente com os princípios atrás enunciados?
Uma reflexão difícil e contraditória
Uma reflexão difícil e
contraditória
Uma reflexão difícil e
contraditória
As transformações do mundo
Desafios educativos e famílias
A competitividade da vida nas sociedades
contemporâneas
Como educar alguém para aprender a viver respeitando
os outros e simultaneamente apetrechar as crianças e
os jovens com os instrumentos necessários para
competir na vida adulta?
Como é que a educação para a competitividade pode
interferir negativamente no processo educativo dos
filhos?
Uma reflexão difícil e
contraditória
As transformações do mundo:
Escola e desafios educativos
Ser professor, psicólogo, educador social,
animador sociocultural ou especialista em
Ciências da Educação, não é uma tarefa à
prova de problemas, de hesitações e de
sofrimento
Cometer erros nessa tarefa não é sinónimo
imediato de incompetência
O que fazer?
Uma reflexão difícil e
contraditória
A Pedagogia da Instrução
Educar é equivalente a uma
operação de formatação
A Pedagogia da Instrução
O património cultural
transmite-se
Prevalece a divulgação da
informação como se o
ato de aprender fosse uma
operação que só pode
depender do ato de ensinar
A Pedagogia da Instrução
Pode a escola continuar a ser identificada como
um contexto onde, mais do que praticar e
desenvolver um conjunto de competências
cognitivas, sociais e éticas, se divulga,
sobretudo, um conjunto de informações sobre
essas práticas ?
Pode a Escola continuar a identificar o acto de
aprender como uma operação que só poderá ser
determinada pelo acto de ensinar ?
A Pedagogia da Instrução
Não se pode continuar a ensinar e a avaliar os alunos
como se estes fossem um só.
Como respeitar as suas especificidades ???
Uma reflexão difícil e
contraditória
Quais os desafios profissionais pelos quais os
técnicos ,especialistas e outros profissionais
dos TEIPs poderão ser responsabilizados?
O professor e/ou o profissional/especialista de
educação define-se como um interlocutor
qualificado, nem é um pastor nem é um anjo-da-
guarda.
Quais os desafios profissionais pelos quais
os técnicos ,especialistas e outros
profissionais dos TEIPs poderão ser
responsabilizados?
O que fazer?
As respostas só podem ser produzidas localmente e
de um modo contextualizado, envolvendo pessoas
concretas e escolas reais;
As respostas têm de ser singulares, não arbitrárias, a
partir da interpretação dos princípios e orientações
que se encontram inscritos na lei e nos normativos
subsequentes;
Há que distinguir as responsabilidades dos
profissionais técnicos das responsabilidades das
escolas e explicitar como é que tais
responsabilidades são co-definíveis entre si.
O que fazer?
A aceitação da
centralidade dos alunos
no seio das
escolas/escolas TEIP
não pode conduzir à
recusa do exercício de
qualquer tipo de
influência educativa por
parte dos diferentes
técnicos que aí
intervêm
O que fazer?
•Os alunos são o
centro das
preocupações
educativas nas
escolas, mas o alvo
das intervenções que
aí possam ter lugar
são as relações que
os alunos
estabelecem com o
património cultural.
O que fazer?
Das respostas desejáveis às
respostas
possíveis …
Face a novas exigências profissionais importa que os
professores e os diferentes profissionais dos TEIP
sejam capazes de, em conjunto:
 analisar como, e até que ponto, é que o seu
comportamento pode potenciar situações de mal-estar
e de bem-estar profissionais;
O que fazer?
 aprender com a experiência, identificando quer os
erros das estratégias utilizadas, quer as respostas
que se revelaram adequadas;
 analisar, quando se justificam, as estratégias de
risco, de forma a gerir expectativas, prevenir
desilusões e aceitar o insucesso;
 identificar as situações que implicam a adopção de
medidas de solidariedade institucional;
O que fazer?
 assumir as responsabilidades resultantes do modo
como as escolas e os técnicos identificam e
analisam :
- as razões; as necessidades ;
- as disponibilidades; os recursos;
- as possibilidades; os limites;
- as vantagens …
… e as desvantagens
das intervenções que tenham a ver com ações de
carácter social julgadas úteis no âmbito do
processo de intervenção educativa que tem lugar
nas escolas.
A Pedagogia da Comunicação
A função de um profissional TEIP é a de:
 Apoiar a participação ativa dos alunos criando
condições para que eles possam aprender (não
podendo os técnicos assegurar as aprendizagens dos
alunos);
 Apoiar a dinamização de dispositivos de mediação
didática que permitam que cada aluno se descubra e
afirme como sujeito competente e motivado para
aprender;
 Aproximar a sua função à ação de andaimar os
percursos de aprendizagem dos alunos
A função de um profissional TEIP
hoje, implica uma maior diversificação de papéis e um
outro tipo de diversificação das práticas e dos projetos
de intervenção educativa!
A Pedagogia da Comunicação
“Diego não conhecia o mar. O pai levou-o
para que descobrisse o mar. Viajaram para
O sul. Ele, o mar, estava do outro lado das
dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai alcançaram, enfim,
aquelas alturas de areia, depois de muito
caminhar, o mar estava em frente de seus
olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto
o seu fulgor, que o menino ficou mudo de
beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo,
gaguejando, pediu ao pai:
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Galeano
Desafios, exigências e dilemas
profissionais na intervenção nas
Escolas TEIP
Ariana Cosme
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Desafios profissionais na intervenção em Escolas TEIP

  • 1. Desafios, exigências e dilemas profissionais na intervenção nas Escolas TEIP Ariana Cosme Universidade do Porto 29 de Abril de 2013
  • 2. Questões : O que é que se entende por educar nas escolas? A Escola serve para educar ou para instruir? O exercício da autoridade na Escola impede o desenvolvimento de relações de ajuda e afeto? O que é uma Escola exigente e rigorosa?
  • 3. As transformações do mundo Desafios educativos e famílias A democratização das sociedades O aumento do nível de exigências políticas, económicas, sociais e culturais A transformação das expectativas das famílias face ao futuro dos filhos A reconfiguração dos estatutos e dos papéis das mulheres, dos homens, das crianças e dos jovens A reconfiguração das famílias e da transformação das dinâmicas familiares O prolongamento do tempo de dependência dos filhos face aos pais A relação com uma Escola que ainda está a viver o seu processo de universalização educativa nos níveis de escolaridade pós-Ensino Primário
  • 4. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 5. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 6.
  • 7. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 8. As transformações do mundo Desafios educativos e famílias A liberalização dos costumes A maior familiaridade e proximidade afetiva e emocional entre os adultos e as crianças ou os jovens no seio das famílias contemporâneas O exercício da autoridade parental como atividade complexa e contraditória A afirmação da diversidade de ser e estar no mundo como um direito inalienável O reconhecimento jurídico dos direitos das crianças e dos jovens O ruído informativo no mundo em que vivemos Os desafios educativos relacionados com a liberalização dos costumes: Como educar para a assunção de responsabilidades pessoais e sociais, de forma congruente com os princípios atrás enunciados?
  • 9. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 10. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 11. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 12. As transformações do mundo Desafios educativos e famílias A competitividade da vida nas sociedades contemporâneas Como educar alguém para aprender a viver respeitando os outros e simultaneamente apetrechar as crianças e os jovens com os instrumentos necessários para competir na vida adulta? Como é que a educação para a competitividade pode interferir negativamente no processo educativo dos filhos?
  • 13. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 14. As transformações do mundo: Escola e desafios educativos Ser professor, psicólogo, educador social, animador sociocultural ou especialista em Ciências da Educação, não é uma tarefa à prova de problemas, de hesitações e de sofrimento Cometer erros nessa tarefa não é sinónimo imediato de incompetência O que fazer?
  • 15. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 16. A Pedagogia da Instrução Educar é equivalente a uma operação de formatação
  • 17. A Pedagogia da Instrução O património cultural transmite-se Prevalece a divulgação da informação como se o ato de aprender fosse uma operação que só pode depender do ato de ensinar
  • 18. A Pedagogia da Instrução Pode a escola continuar a ser identificada como um contexto onde, mais do que praticar e desenvolver um conjunto de competências cognitivas, sociais e éticas, se divulga, sobretudo, um conjunto de informações sobre essas práticas ? Pode a Escola continuar a identificar o acto de aprender como uma operação que só poderá ser determinada pelo acto de ensinar ?
  • 19. A Pedagogia da Instrução Não se pode continuar a ensinar e a avaliar os alunos como se estes fossem um só. Como respeitar as suas especificidades ???
  • 20. Uma reflexão difícil e contraditória
  • 21. Quais os desafios profissionais pelos quais os técnicos ,especialistas e outros profissionais dos TEIPs poderão ser responsabilizados? O professor e/ou o profissional/especialista de educação define-se como um interlocutor qualificado, nem é um pastor nem é um anjo-da- guarda.
  • 22. Quais os desafios profissionais pelos quais os técnicos ,especialistas e outros profissionais dos TEIPs poderão ser responsabilizados?
  • 23. O que fazer? As respostas só podem ser produzidas localmente e de um modo contextualizado, envolvendo pessoas concretas e escolas reais; As respostas têm de ser singulares, não arbitrárias, a partir da interpretação dos princípios e orientações que se encontram inscritos na lei e nos normativos subsequentes; Há que distinguir as responsabilidades dos profissionais técnicos das responsabilidades das escolas e explicitar como é que tais responsabilidades são co-definíveis entre si.
  • 24. O que fazer? A aceitação da centralidade dos alunos no seio das escolas/escolas TEIP não pode conduzir à recusa do exercício de qualquer tipo de influência educativa por parte dos diferentes técnicos que aí intervêm
  • 25. O que fazer? •Os alunos são o centro das preocupações educativas nas escolas, mas o alvo das intervenções que aí possam ter lugar são as relações que os alunos estabelecem com o património cultural.
  • 26. O que fazer? Das respostas desejáveis às respostas possíveis … Face a novas exigências profissionais importa que os professores e os diferentes profissionais dos TEIP sejam capazes de, em conjunto:  analisar como, e até que ponto, é que o seu comportamento pode potenciar situações de mal-estar e de bem-estar profissionais;
  • 27. O que fazer?  aprender com a experiência, identificando quer os erros das estratégias utilizadas, quer as respostas que se revelaram adequadas;  analisar, quando se justificam, as estratégias de risco, de forma a gerir expectativas, prevenir desilusões e aceitar o insucesso;  identificar as situações que implicam a adopção de medidas de solidariedade institucional;
  • 28. O que fazer?  assumir as responsabilidades resultantes do modo como as escolas e os técnicos identificam e analisam : - as razões; as necessidades ; - as disponibilidades; os recursos; - as possibilidades; os limites; - as vantagens … … e as desvantagens das intervenções que tenham a ver com ações de carácter social julgadas úteis no âmbito do processo de intervenção educativa que tem lugar nas escolas.
  • 29. A Pedagogia da Comunicação A função de um profissional TEIP é a de:  Apoiar a participação ativa dos alunos criando condições para que eles possam aprender (não podendo os técnicos assegurar as aprendizagens dos alunos);  Apoiar a dinamização de dispositivos de mediação didática que permitam que cada aluno se descubra e afirme como sujeito competente e motivado para aprender;  Aproximar a sua função à ação de andaimar os percursos de aprendizagem dos alunos
  • 30. A função de um profissional TEIP hoje, implica uma maior diversificação de papéis e um outro tipo de diversificação das práticas e dos projetos de intervenção educativa! A Pedagogia da Comunicação
  • 31.
  • 32. “Diego não conhecia o mar. O pai levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para O sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai alcançaram, enfim, aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava em frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar…” Galeano
  • 33. Desafios, exigências e dilemas profissionais na intervenção nas Escolas TEIP Ariana Cosme ariana@fpce.up.pt