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Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014


1Autor: Marcos Piangers
DISRUPÇÃO
estratégias para modernização e
adaptação da mídia tradicional
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Resumo
!
Este documento é uma compilação rápida de tendências digitais e de suas aplicações no futuro do
consumo de mídia e publicidade. Baseia-se em artigos, palestras e análise dos últimos 10 anos da mídia
tradicional. 



!
! !!!!!!!!
!




!
!
!
!
!!
2Autor: Marcos Piangers
Conclusão |
página 36
Nossa visão,
em detalhe |
página 25
O que já fazemos e
podemos fazer no futuro.
Disruptores
do nosso
negócio |
página 18
Foco nos players do
mercado de streaming de
música - e insights de
espaços que podemos
ocupar.
Uma breve
história no
tempo |
página 15
Movimentos de disrupção
que aconteceram no
último ano.
Grandes
indústrias em
xeque |
página 10
Quais os mercados que
passam por momento de
mudança determinante.
O que é
disrupção |
página 08
Rápida explicação sobre
como acontece a quebra
de um grande mercado.
Nossa Visão,
em resumo |
página 06
Sugestões do que
podemos fazer para
acompanhar as
mudanças do nosso
mercado,
resumidamente.
Introdução |
página 04
Duas páginas sobre a
preocupação de grandes
players de mídia com o
atual cenário. 

Uma página sobre as
fontes utilizadas neste
documento.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Contexto
!
Este documento utiliza como base o documento
Innovation, vazado do New York Times, sobre
análise de disrupções nos meios impressos
americanos.

!
Baseia-se também em palestras e painéis sobre o
assunto nos festivais SXSW de 2013 e 2014

!
Utiliza insights obtidos de conversas e palestras com
Alexandre Fetter (Rádio Atlântida), Gabriel Casara (Grupo
RBS), Gustavo Goldschimit (Superplayer), John Skipper
(ESPN), Tom Conrad (Pandora), David Carr (New York Times),
Brian Stelter (CNN), Scott Havens (The Atlantic), Jonah Peretti
(Buzzfeed), Peter Koechley (Upworthy), Eli
Pariser (Upworthy), Ian Rogers (Beats
Music), Gary Vaynerchuck (Vaynerchuck
Media), Michael Cerda (Vevo), Daniel Glass
(Glassnote Entertainment Group), Tim Reis
(Google), Jenn Derring (Union Metrics),
Harvey Levin (TMZ), Kevin Dohan
(Machinima), Jesse Thorn (Maximum Fun),
Mg Siegler (Techcrunch), David Field (CEO
da Entercom, eleito Radio Executive of
2006), Nate Silver (538), Jonah Berger
(Contagious), Todd Yellin (Netflix), Biz Stone
(Twitter), Chris Becherer (Rdio), Tim Quirk
(Google Music), Tommy Page (Pandora),
Tim Herbster (iHeartRadio), Daren Tsui
(Samsung), Andrew Hampp (Billboard), os
radialistas americanos Mike Jacobs, Mark
Hamilton, Jim Richards, Jacent Jackson,
Troy Hanson, Gary Richards (HARD), bem
como artigos sobre o futuro da mídia do
New York Times, Wired, The Verge,
Mashable, Time Magazine, Fortune, e
artigos sobre o futuro da publicidade,
branded content, publicidade não interruptiva e targeted
advertising.

!
Escrito por Marcos Piangers.

3Autor: Marcos Piangers
Piangers apresenta
desde 2013, para
agências de publicidade,
marcas e universidades,
uma palestra sobre o
futuro das mídias
tradicionais e digitais
com base no festival de
tendências South by
Southwest.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
INTRODUÇÃO
It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)
!Durante anos as empresas de mídia
detiveram a produção e distribuição de
conteúdo. Quando a distribuição se dava
apenas por antenas ou bancas de revista, o
domínio da mídia tradicional era quase
impossível de ser batido. Porém, a internet
possibilitou não apenas a multiplicação de
produtores de conteúdo,
como uma distribuição de
conteúdo de forma nunca
antes experimentada. 

Se por anos a mídia
tradicional focou sua
preocupação nos
produtores de conteúdo,
questionando a
credibilidade de blogs e a
qualidade dos vídeos do
Youtube, atualmente a
adoção popular de
plataformas sociais e
mobile lança luz em um
novo ponto
importantíssimo em nosso
negócio: onde e como as
pessoas consomem conteúdo.

As colunas que mantêm nosso negócio de pé
são 1. o talento de nossas estrelas e 2. a
qualidade de nossa produção. É importante
notar que nossas estrelas caminham para um
contato mais direto com seu público,
achando uma audiência com blogs e
podcasts. Enquanto nossa produção de
conteúdo de qualidade tende a ser
consumida em plataformas sociais globais.

Portanto, há de se questionar o futuro do
nosso negócio.

Há cerca de dez anos o cenário estava
estranhamente claro para os analistas de
mídia. "Tudo vai mudar”, anunciava a capa
da revista Wired, na reportagem “Rebirth of
Music”, onde defendia a indústria musical iria
entrar em colapso. 

Youtube, Myspace, o blog
Pitchfork e a rede social
Last.fm eram consideradas o
futuro da indústria musical.
Dentre estes, apenas o
Youtube permanece como um
influenciador atual. A
disrrupção verdadeira
aconteceu com a loja de mp3
iTunes, que em 2008 se
tornou a mais lucrativa loja
musical do mundo.

As previsões mais
pessimistas estavam
comprovadamente erradas.
Na maioria dos casos os
bilhões de dólares das indústrias
consolidadas ainda não mudaram de mão.
Se por um lado a nova indústria, mais enxuta
e eficiente, tem como arma a novidade e a
ajuda da tecnologia, por outro as indústrias
estabelecidas têm o peso da tradição e a
possibilidade de modernização e adaptação. 

O que este documento tenta apontar é o
caminho para esta possibilidade.

4Autor: Marcos Piangers
“Há cerca de oito
anos eu apostaria
que vocês
estariam
desempregados.
E aqui estão
vocês,
empregados e
faturando alto."
- BRIAN STELTER, DA CNN, PARA OS
PRESIDENTES DAS GRANDES REDES
DE TELEVISÃO
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
!
!
Sem dúvida estamos passando por violentas
mudanças em nosso negócio. Faz quase um
século que a mídia hoje chamada de
"tradicional" começou a se tornar rentável,
com venda de anúncios. 

Porém, atualmente existem modelos de
negócio mais eficientes. Vivemos uma época
em que indústrias bilionárias
precisam se reinventar para
não sucumbir.

O rádio demorou 38 anos
para alcançar uma audiência
de 50 milhões de pessoas. A
televisão demorou 13 anos. A
Internet demorou quatro anos.
E uma rede social chamada Instagram
demorou apenas um ano e meio.

"Claramente as grandes plataformas
sociais e digitais competem conosco por
consumidores, e eles competem conosco
por anúncios” disse o presidente do canal
ESPN, John Skipper, um dos maiores cases
de renovação de um veículo
tradicional. 

Para completar logo em
seguida: “Mas nosso
conteúdo é superior.
Precisamos de sistemas de
distribuição superiores”. 

!
!
!
!
5Autor: Marcos Piangers
“We have
superior
content. We
need superior
delivery
systems”.
- JOHN SKIPPER
A redação do New York Times: o maior
jornal do mundo perde leitores e
anunciantes para concorrentes
nativamente digitais
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
NOSSA VISÃO,
EM RESUMO
Nosso grande potencial reside na possibilidade de criar interseções entre nosso core bussiness
de mídia tradicional, com toda sua credibilidade e relevância comercial, com nossos produtos
digitais, mais enxutos e eficientes, alcançando mais pessoas com menos gasto de dinheiro e
energia. Nossa estratégia está dividida em três pontos, desenvolvidos a partir da página 25.

!
1. Aumentar o conhecimento da nossa
marca nacionalmente, via digital
!
Pela primeira vez na história não precisamos espalhar mais antenas
para expandir nossa área de alcance. Precisamos apenas entregar
conteúdo de qualidade e relevante, com a maior conveniência possível.
Nossa estratégia é aproveitar o ambiente que nosso target já está -
Facebook, Youtube, Celulares, Jogos - para distribuir nossos
conteúdos, de forma aberta e sem empecilhos para o consumidor. 

(pág. 25)

!
2. Ajudar nossos parceiros comerciais a
brilhar junto conosco
Acreditamos que ter o apoio de marcas não é um problema editorial, e
sim um reforço. A publicidade passa por período de disrupção
semelhante ao nosso. Ela se aproxima cada vez mais da produção de
conteúdo e cada vez mais procura soluções inovadoras para alcançar
uma audiência qualificada. Acreditamos que somos melhores produtores
de conteúdo do que nossos concorrentes. Entendemos do nosso produto
e temos conhecimento profundo do atual momento digital. Podemos
contribuir para a criação de conteúdos comerciais tão bem quanto para
conteúdos editoriais. E queremos estar prontos para a publicidade do
futuro. (pág. 29)

6Autor: Marcos Piangers
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
3. Abastecer nosso dia-a-dia com uma
"cultura startup”
Apesar de sermos parte de uma corporação tradicional de mídia,
acreditamos que podemos ter um comportamento ágil e agressivo, assim
como fazem as novas empresas de tecnologia. Para desenvolver essa
cultura precisamos 1. criar um ambiente em que as iniciativas e o
experimentalismo não são reprimidos e 2. manter em nosso DNA um
senso de urgência, no que diz respeito a mudanças e adaptações para o
cenário atual e 3. assumir a importância da figura de TI, chamada de
Creative Tecnology pelas agências modernas, para verdadeiramente
assumir uma cultura de inovação digital. (pág. 33)

7Autor: Marcos Piangers
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
O QUE É
DISRUPÇÃO?
!
Disrupção é um padrão previsível em que empresas novas utilizam tecnologia para oferecer aos
consumidores algum tipo de produto ou serviço mais barato e inferior ao oferecido pelos
controladores estabelecidos. Apoiado na tecnologia e nas possibilidades de conexões globais
via Internet as startups se propõe a “disrupturar" diversos mercados. Aqui um guia visual de
como o ciclo de disrupção funciona:

!
1. Controladores tratam inovação como uma
série de melhorias para seus produtos e
serviços. Essas inovações costumam ser
lentas e gradativas, já que os controladores
disputam mercado com concorrentes
igualmente estabilizados, que também
percebem pequenas melhorias como o
suficiente para manter os consumidores. 

2. Disruptores introduzem novos produtos que, a
primeira vista, não parecem como uma
ameaça para os controladores. O produto dos
disruptores costuma ser pior e mais barato. 

3. Com o passar do tempo disruptores
melhoram seus produtos e serviços. O ponto
de virada acontece quando o produto dos
disruptores se torna “bom o bastante” para a
maioria dos consumidores. Dessa forma os
disruptores tem crescimento exponencial,
ocupando o espaço dos controladores.

8Autor: Marcos Piangers
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Um caso de disrupção:
Kodak
Kodak era uma empresa baseada em câmeras com filme
fotográfico. Quando as câmeras digitais surgiram foram
motivo de piada, pela qualidade pobre das imagens
produzidas. Porém, era um processo mais fácil e mais
barato para consumidores não preocupados com
qualidade da imagem.
!Quando o produto inferior e mais
barato se tornou “bom o suficiente”
para os consumidores, aconteceu a
disrupção.
!Câmeras digitais controlaram o
mercado por algum tempo. Então
vieram as câmeras em celulares,
que quando ficaram boas o
suficiente para o consumidor,
roubaram grande fatia do mercado
das câmeras digitais.
!!!!!!!!

9Autor: Marcos Piangers
5 padrões dos disruptores
• É introduzido por um “outsider"
• Tem produtos mais baratos
• Foca em mercados novos ou desassistidos
• Oferece um serviço pior do que o atual, inicialmente
• Utiliza a tecnologia para avançar
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
!
GRANDES
INDÚSTRIAS
EM XEQUE
!
indústria automobilistica
controladores: Ford, Fiat, GM

disruptores: Tesla, experimentos com impressão 3D, Google

O disruptor sul-africano Elon
Musk é fundador da Tesla, a
primeira montadora de carros
100% elétricos do mundo. Seus
carros são mais caros que a
média do mercado, porém não
há custo de abastecimento.
Pesquisadores de impressão 3D
também estão trabalhando em
projetos de carros que podem
ser impressos em casa. Dessa
forma as pessoas iriam apenas
pagar pelo projeto do carro, fazer
o download, e montar o
automóvel em casa. Em maio o
Google anunciou o self-driven
car, um automóvel que não
precisa de motorista. É um veículo mais rápido e seguro do que o carro que conhecemos. 

!
Contra-ataque: Associações de revendas de automóveis proíbem a venda direta de veículos, prática da
Tesla. Ao mesmo tempo todas as grandes marcas automobilísticas investem em pesquisa de combustível
limpo e carros mais eficientes.

!
!
!
10Autor: Marcos Piangers
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
indústria hoteleira
controladores: Marriott, Accor, Hilton

disruptores: Airbnb

O Airbnb intermedia negociações de aluguel de apartamentos ao redor do mundo, em mais de
200 países. O site tem um crescimento médio de 500% ao ano. 

!
Contra-ataque: Entidades regulatórias americanas consideram as negociações feitas via Airbnb ilegais,
porque não pagam imposto para as associações hoteleiras. A prefeitura de Nova Iorque tenta banir os
apartamentos disponíveis do site. 

!


!
indústria de
transporte privado
controladores: Hentz, Localiza

disruptores: Uber, Zipcar

A startup de São
Francisco oferece serviço
de caronas mais baratas
que um taxi, serviços de
motoristas, serviço de
helicóptero e de jatinho. A
companhia foi avaliada
em 18 bilhões de dólares
em 2014.

!
Contra-ataque: A companhia
sofre diversos processos nos
EUA, acusada de operação de
taxi ilegal. 

!
!
!
indústria de varejo
controladores: Walmart, iTunes, Tesco

disruptores: Amazon

Investindo pesado em automação e
processos inovadores, a Amazon
busca ser uma solução de vendas
completa. 

!
Contra-atque: Walmart e Tesco fazem teste em mercados asiáticos para compras via celulares com
tecnologia Qrcode

!
!
!
11Autor: Marcos Piangers
Uber: o aplicativo
de caronas já vale
18 bilhões de
dólares
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
indústria financeira
controladores: Visa, HSBC, corretoras de câmbio

disruptores: Google, Square, Bitcoin, Apple

Alguns disruptores acreditam
que o futuro é a virtualização
do dinheiro como
conhecemos: é o caso do
GWallet, a carteira virtual do
Google, que conectado a
conta bancária do usuário,
permite mandar dinheiro por
email. O Square investe em
hardwares para que qualquer
celular se transforme em uma
máquina de cartões que
aceita débito e crédito
(cobrando taxas menores do
que os atuais controladores).
Já o Bitcoin é uma aposta em
uma moeda puramente
virtual: é dinheiro sem fronteiras geográficas, com diversas
possibilidades de transações inovadoras. Já a Apple pretende
acabar com os cartões de crédito transformando impressões
digitais em formas de pagamento.

!
!
indústria de jornais
controladores: New York Times, Wall Street Journal

disruptores: Facebook, Flipboard, Buzzfeed

Os grupos de mídia impressos tem sido rapidamente ultrapassados
em número de leitores por pequenos grupos de mídia, normalmente apoiados por grupos de
investimentos, que com poucos jornalistas e muita tecnologia, entrega notícias personalizadas e
com grande potencial social (forte ímpeto disseminatório). Enquanto Buzzfeed e Huffington post
se utilizam de algorítimos para prever grandes assuntos do momento, Flipboard e o app Paper do
Facebook se propõe a entregar notícias personalizadas, misturando conteúdos de redes sociais,
blogs e sites sérios de notícias. O Flipboard já é a terceira maior fonte de tráfego para o New York
Times. 

!
INSIGHT:
Nesse novo modelo de notícias digitais perde-se não somente a
importância da credibilidade do veículo, como a importância dos
colunistas. Em recente experimento o New York Times analisou o
comportamento de internautas com o conteúdo de seus colunistas.
Depois de 5 colunas apenas 40% voltava toda semana para ler o
colunista. Depois do período de um ano, nenhum dos leitores voltava
para ler as colunas. 

12Autor: Marcos Piangers
Jack Dorsey, depois de
fundar o Twitter, tenta
revolucionar o sistema
de pagamento
transformando seu
celular em uma máquina
de cartão de crédito
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Esse cenário nos faz questionar as decisões de grupos jornalísticos
frente a internet. Ao tentar competir com a web em rapidez e
superficialidade de informação, os jornais perderam credibilidade. Os
colunistas que fazem sucesso na internet são os gritões: em meio ao
barulho de notícias falsas do Facebook e os comentaristas raivosos
nos portais, a única forma de aparecer é através do barulho ou da
polêmica. Em meio aos textos creditados ao Luis Fernando Veríssimo
e ao Arnaldo Jabour, perdeu-se a importância do “quem escreveu” e
ganhou importância “o que escreveu”. 

!
Nesse caso, infelizmente, o jornalismo superficial e
pouco confiável já é considerado “bom o suficiente”
para a maioria dos consumidores. Mas existe uma
oportunidade aí. Ainda não existem instituições
jornalísticas focadas em ser a voz da confiança e da
credibilidade, sem basear notícias em tweets duvidosos
ou instagrams de gente famosa. Nos EUA sites como
Business Insider ultrapassaram a quantidade de leitores
de jornais como o Wall Street Journal mantendo a
confiança do público.
!
O report do New York Times, vazado em março deste ano, sugere
também que os jornais tradicionais abracem outras das
características da web, que não a superficialidade. “Pensar Digital
First* é formatar uma matéria para a internet sem pensar nas
limitações do jornal. Depois de publicada a história, demandar
uma opinião de um colunista, linkar para matérias similares no
banco de dados, organizar videoconferências com os
personagens da matéria, criar uma plataforma de comentários
sobre a história e compilar a reação de twitter e facebook,
publicar uma matéria contando os bastidores da matéria
original. 

!
O caso dos jornais é o mais educativo para o nosso negócio: apesar
de ainda ser um negócio estável e respeitado, o jornalismo impresso
não soube se digitalizar e hoje perde leitores e anunciantes para
iniciativas nativamente digitais. 

13Autor: Marcos Piangers
Recente report da
agência de notícias
Reuters demonstra a
tendência da
diminuição da
importância da marca
ou do nome de um
jornalista na
confiança dos
leitores. Apesar desta
tendência mundial, no
Brasil a marca é
importante para 82%
dos leitores, e o nome
do jornalista
importante para 72%
















!
*Digital First: 

você pode encontrar
mais sobre o "digital
first" na página 30.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014


indústria da televisão
controladores: NBC, CBS, Fox

disruptores: Netflix, Youtube, Yahoo

Percebendo o valor do controle da área de vídeo on demand o Yahoo vem investindo pesado,
contratando jornalistas e lançandos seriados de tv exclusivos. Netflix distribui filmes e seriados e
oferece preço baixo. O Youtube tem um modelo de negócio onde os produtores de conteúdo
ganham uma fatia do bolo publicitário.

14Autor: Marcos Piangers
O cenário de produção
e distribuição de
conteúdo recebeu
novos players com a
chegada da internet.
Percebemos
tendências claras como
(i) o consumo de mídia
em plataformas sociais
(ii) agregadores de
mídia reunindo notícias
personalizadas e (iii)
plataformas que
misturam conteúdo de
diferentes produtores,
diminuindo a
importância das
marcas para o
consumidor médio
Huffington Post revolucionou a produção de notícias usando algorítimos que
compilam assuntos de grande interesse. Dessa forma tem mais audiência que o NYT.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
UMA BREVE
HISTÓRIA NO
TEMPO
!
Timeline da disrupção da mídia tradicional


JUNHO 2013
!
• iTunes Radio é anunciado nos EUA junto com o iOS 7.

• Upworthy é chamado de "the fastest growing media site of all time”,
depois de bater 80 milhões de usuários únicos em um mês, apenas
dois anos depois de sua fundação.

• Xbox One é lançado com a proposta de ser a central multimídia da
sala de estar.

!
AGOSTO 2013


• Spotify anuncia entrada no Brasil.

• Netflix anuncia crescimento de 27% nos EUA. HBO teve queda de
16% nas assinaturas no mesmo período.

!
SETEMBRO 2013
!
• Yahoo lança a plataforma de vídeos Yahoo Screen.

!
OUTUBRO 2013
!
• Jeff Bezos, fundador da Amazon, compra o Washington Post por
$250 milhões. Mais tarde, em entrevista, ele afirma não saber porquê
fez o negócio.

• Pandora consegue pagar menos direito autoral para artistas,
afirmando que é uma rádio e não um aplicativo de música on
demand.

!
!
15Autor: Marcos Piangers
Jeff Bezos, da Amazon, sobre
o futuro da publicidade:
“Eu não estou falando que a
publicidade vai desaparecer.
Mas acho que o balanço está
mudando. Se hoje a receita
de sucesso é gastar 70% de
sua energia anunciando o
serviço e 30% tornando-o
incrível, nos próximos 20
anos eu acredito que isso vai
se inverter.”
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
DEZEMBRO 2013
!
• Buzzfeed lança suas páginas personalizadas para audiências de fora dos EUA, entre elas a brasileira.

• A fabricante de fones de ouvido Beats anuncia seu serviço de música on demand, o Beats Music.

!
JANEIRO 2014
!
• Huffington Post lança sua versão brasileira, em parceria com o Grupo Abril.

• Facebook lança o app Paper, que mistura notícias com a timeline do usuário.

• O site Bussiness Insider ultrapassa o número de leitores do Wall Street Journal.

16Autor: Marcos Piangers
O app Paper, do Facebook, reúne uma navegação por gestos, a lá Flipboard,
um feed de notícias sociais com base naquilo que o usuário curte, comenta ou
compartilha, e sugestões de notícias de sites especializados
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
FEVEREIRO 2014
!
• Upworthy propõe mudança na métrica de views, sugerindo “attention minutes”. 

• Vice News, a divisão de jornalismo da Vice, é lançada com 100 jornalistas espalhados pelo mundo.

• Samsung lança seu primeiro app musical, o Milk.

!
MARÇO 2014
!
• Neil Young lança um novo mp3 player, o Pono. Ninguém dá
bola.

• HBO tem aumento de número de assinantes devido a estréia de
Game of Thrones.

• Comedy Central e ESPN lançam seus apps de Live Streaming.
Só consegue assistir quem assina algum provedor de tv a cabo.

• Yahoo lança o app de notícias News Digest, com edições
resumidas diárias às 9 e as 18 horas, todos os dias.

!
ABRIL 2014
!
• ESPN anuncia a compra do blog 358, de Nate Silver.

• Amazon anuncia sua central de tv, a Amazon Fire Tv.

• Apple anuncia a compra da Beats, por 3 bilhões de dólares.

JUNHO 2014
!
• Amazon anuncia serviço de streaming de música ilimitado para assinantes do serviço premium.

• Rumores de que o Google deve lançar um serviço musical baseado no Youtube.

• Rumores de que a Apple deve lançar uma pulseira inteligente em Outubro deste ano.

!
17Autor: Marcos Piangers
INSIGHT
A concorrência da internet obrigou
players tradicionais da tv americana
a elevarem a qualidade da
programação e a distribuírem
conteúdo em diferentes plataformas.
Segundo o analista de mídia do New
York Times David Carr, vivemos a
nova era de ouro da tv por dois
motivos: qualidade e conveniência.
Ref: http://www.nytimes.com/
2014/03/10/business/media/fenced-
in-by-televisions-excess-of-
excellence.html?_r=0
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
DISRUPTORES
DO NOSSO
NEGÓCIO
!
O negócio de mídia, assim como os exemplos
citados a pouco, também passa pelo assédio de
disruptores. O que vemos no mundo hoje são
companhias novas, enxutas, focadas em
inovação e extremamente valorizadas. Um fator
curioso é que, enquanto empresas de mídia
tradicional investem em diversificação e na
abdicação de títulos que representem o status
quo (Zero Hora não quer ser mais “jornal”;
Atlântida quer diversificar conteúdo e não ser
mais apenas “rádio”) os disruptores se apropriam
destes termos (Pandora Internet Radio; Facebook
com seu app de leitura chamado “Paper” (jornal)).
Tais termos dão para os disruptores o favor do
peso da tradição e a sensação de
“estabilidade" em seus serviços. 

!
!
Pandora Internet Radio
É o mais antigo e mais bem sucedido sistema de streaming de música online. Há 14 anos
desenvolve o projeto Music Genome, onde tenta relacionar músicas para contrair a rádio
personalizada perfeita para seus consumidores. Tem 250 milhões de usuários. 



Similaridade com o
nosso negócio: Dos 80
milhões de dólares
rendimento (não lucro) 70
milhões vem de anúncios
e apenas 10 milhões vem
com assinatura.

18Autor: Marcos Piangers
80% do consumo do Pandora é off-pc, ou
seja, em plataformas mobile, carros e
numa infinidade de produtos (geladeiras,
microondas, banheiras de
hidromassagem) com o serviço. Tom
Conrad, head of product, afirma que em
10 anos todos os carros americanos já
sairão de fábrica com o serviço.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
Spotify
Com uma comunicação jovem estilo MTV e um serviço de streaming de música conectado às
redes sociais, é a rádio virtual de maior sucesso na Europa. São 40 milhões de usuários, 10
milhões deles assinantes. A assinatura custa $4,99 mensais.

!


Swell
É o Pandora para rádio falada. O app tem parceria com grandes rádios (NPR, ABC, BBC) e se
propõe a recomendar shows de acordo com o perfil do usuário, que avalia cada áudio com
positivo ou negativo. Tem cerca de 8 milhões de dólares de investidores, entre eles a Google
Ventures. 



19Autor: Marcos Piangers
Apps como Swell,
Soundcloud e o app
Podcast, da Apple, já
permitem que usuários
montem sua rádio
personalizada, com
programas e colunistas
de sua preferência
O mercado americano de
streaming de música se
divide de acordo com a
imagem ao lado. Apesar
de liderar o segmento o
Pandora tem dificuldades
para gerar lucros: quanto
mais usuários, mais
necessidade de contratar
banda de tráfego. O
custo por usuário é tão
grande que outros
serviços como Beats
Music não permitem o
uso gratuíto, cobrando
$9,90 por mês de todos
os usuários.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
INSIGHT:
Percebam que com plataformas digitais não existem mais a
importância de marcas produtoras de conteúdo. Netflix
distribui conteúdo de Band, Record, Rede Tv, além de
conteúdo de diversos canais e estúdios americanos. Flipboard
tem notícias de diversas fontes diferentes. O Swell permite
ouvir programas e colunistas de diferentes rádios americanas.
!
No atual contexto importa mais a plataforma de distribuição
do que quem produz o conteúdo.
!
Outro exemplo é o Facebook. A maioria das pessoas hoje consome notícias
via Facebook. Este produz uma timeline personalizada só mostrando o tipo
de conteúdo que o usuário “curte”. Dessa forma ele consome A Folha do
Piauí e o New York Times com a mesma naturalidade, e considerando
ambos com o mesmo nível de credibilidade e qualidade.

!
Novamente, o conteúdo ainda é pior do que o produzido por grandes
players de mídia. Porém, para o grande público, o preço baixo compensa a
falta de qualidade do conteúdo. Por um lado as próprias plataformas digitais
de distribuição, como Netflix, investem pesado em produção de conteúdo
próprio de qualidade (ex: House of Cards, com Kevin Spacey e David
Fincher é um sucesso estrondoso). Por outro, os canais de tv a cabo
americanos também investem em melhores plataformas de distribuição
(HBO to go, apps da ESPN, HBO connect).

!
!
Superplayer
Startup surgida em Porto Alegre, o superplayer tem cerca de um ano e meio de existência e conta
com mais de 3 milhões de usuários únicos. Recebeu aporte de investimento de dois fundos de
investimento este mês. Tem planos de replicar o sucesso no Brasil em outros países.

!
Similaridade com o nosso negócio: todas as playlists do Superplayer são feitas por pessoas, não por
algorítimos. Eles os chamam de curadores, mas nada mais são do que programadores musicais, algo que
nós temos (e provavelmente somos melhores). 

!
!
INSIGHT:
Apesar de parecerem soluções piores, mais complicadas e menos
qualificadas, as plataformas de streaming musical podem substituir o
tradicional consumo de rádio no momento que forem “bom o suficiente”
para o consumidor médio. Essa disrupção passará pela comodidade. É o
conceito que as startups buscam: “one button”. 

!
20Autor: Marcos Piangers
O Superplayer busca
simplicidade no consumo de
música, uma decisão
absolutamente acertada,
visto que a complexidade do
consumo de música ainda é
barreira para a migração do
usuário comum para
plataformas online. As
playlists são de gêneros
musicais, mas a grande
sacada são playlists de
atividades, como “correndo
no parque” ou “se
concentrando no trabalho"
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Assim como o consumidor faz no rádio tradicional - aperta um botão e
começa a ouvir a estação - os serviços de streaming de música buscam
descomplicar o consumo de música, entregando um streaming
personalizado e que respeita o contexto do consumidor (É de manhã? Está
acordando? Praticando exercícios? Com amigos?). 

!
Todas essas perguntas já podem ser respondidas com a
tecnologia disponível hoje. No momento em que a tecnologia
encontrar a comodidade, o serviço passa a ser “bom o
suficiente” para o consumidor, possibilitando disrupção.
!
No momento em que essas respostas forem respondidas de forma
satisfatória por alguma plataforma digital, a publicidade também será mais
direcionada e por isso mais valorizada. Através de compra de anúncios “a lá
carte”, o anunciante poderá escolher falar apenas com quem está ouvindo
música correndo com os amigos, ou sozinho em um sábado de noite, por
exemplo. 

!
!
iHeartRadio
É a iniciativa digital do maior grupo de rádios AM e FM dos EUA, o Clear Channel Broadcasting.
Tem 50 milhões de usuários cadastrados e cerca de 9% do mercado americano de streaming de
música. Tem uma proposta diferente dos competidores: não cobra mensalidade nem permite
ouvir músicas offline. Tenta se manter longe do negócio das gravadoras, porque é parceiro delas
no negócio de rádio “terrestre”. 



21Autor: Marcos Piangers
!
Bob Pittman, CEO da Clear Channel
Broadcasting
!“Se não fosse pelo fato do mercado de rádio AM
e FM ser tão grande eu diria “Uau, esses números
são incríveis”, disse o CEO da Clear Channel para
a Fortune. “Existem um bilhão de rádios FM nos
EUA e 160 milhões de smartphones e 160
milhões de PCs, então ainda é apenas um braço
do nosso mercado"

!http://fortune.com/2014/06/17/iheartradio-
clear-channel-bob-pittman/?xid=timearticle
!“Nós estamos investindo um monte de dinheiro
porque acreditamos que é a forma certa de
construir o futuro. Eu acho que nós colheremos o
fruto desse investimento um dia e vamos
construir um mercado digital no qual todo mundo
ganhará"

!http://www.kpho.com/story/25796918/ceo-
iheartradio-revenue-hundreds-of-millions
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
INSIGHT
O case do IHeartRadio é sem dúvida um pra se olhar de perto. Assim como
iniciativas nossas, é uma extensão digital de uma companhia de mídia
tradicional. (Esta plataforma supostamente tem rendimento de 100 a 200
milhões de dólares). 

!
Chamo atenção para o fato de que é uma solução única para as
diversas rádios do grupo Clear Channel Broadcasting. O app
ainda promove lançamento de discos de artistas (em conjunto
com as rádios FM) e promove eventos, sorteando tickets entre os
usuários. Parece inspirador, não?
!
Ter uma boa plataforma digital que agregue conteúdo de todas as rádios do
Grupo RBS parece a decisão acertada, ao invés de um app para cada rádio.
Uma única plataforma poderia ter mais relevância e número de usuários,
atingir mais pessoas na promoção de um artista ou de um evento. Dá
também maior chance para concorrer no já super povoado ambiente de
consumo de música online. 



!
!
iTunes Radio/Beats Music
Com a fusão anunciada este ano, a base de usuários da Apple (8% dos usuários americanos)
encontra um app com design e usabilidade muito bons. O ecosistema da Apple tem tv, celular,
tablet, e um relógio inteligente a ser lançado em outubro. Tal ecosistema permitiria o consumo
de música de forma simples e fluída, além de personalizada. 

22Autor: Marcos Piangers
O serviço não cobra
mensalidade, mas mostra uma
publicidade em vídeo de 30
segundos antes de começar a
tocar uma estação musical
personalizada
O app só permite pular uma
música seis vezes por hora, por
estação, ou um total de 15 vezes
por dia.
O app do iHeartRadio permite
ouvir as 1.500 rádios FM e AM
do grupo Clear Channel
Broadcasting
Além de ouvir o streaming das
rádios, o usuário pode criar
rádios personalizadas, com base
em um estilo, uma banda, uma
música ou uma atividade (p. ex:
músicas para viajar de carro)
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
A Apple, apesar de ter a música como um de seus principais pilares estratégicos, nunca foi
entusiasta do modelo tradicional de rádio, não permitindo recepção de ondas AM e FM em seus
ipods e celulares (com excessão do recente ipod nano 7G, que representa menos de 4 milhões de
unidades vendidas em todo o mundo). 

Rumores dão conta que a Apple irá lançar um relógio inteligente (iWatch) em outubro de
2014. Isso coincide com uma clara tendência do mercado de tecnologia, os wearables(i).
!
Similaridade com o nosso negócio: o diferencial do Beats Music com relação aos outros grandes
players mundiais de streaming de música são as playlists de curadores. No app do Beats Music você
encontra playlists de celebridades e djs, “com começo meio e fim”, explica Ian Rogers. “Outra questão
importante são os artistas relacionados. Um algorítimo nunca vai conseguir relacionar dois artistas com a
mesma precisão do que um ser humano”.



!
!
!
!
!
Vevo
É o detentor de direitos de diversos videoclipes de
milhares de artistas. Explora esses vídeos
comercialmente no Youtube, e a partir de 2014 em
um app próprio para smartphones e smartvs, e em
um canal que pretende ser distribuído em redes de
cabo, o Vevo Tv.

!
23Autor: Marcos Piangers
(i) wearables: já migramos da interação com
computadores, da forma arcaica de mouse e teclado,
para a interação com telas touch screen na chamada
"Pós Pc Era” (últimos sete anos). A tendência agora é
migrarmos desse tipo de interação para duas formas
mais orgânicas de processamentos de dados: 1. a
computação ambiental, com eletrodomésticos cada vez
mais inteligentes e 2. a computação vestível, com
pulseiras, óculos, relógios, fones de ouvido e sapatos
inteligentes. Se o consumo de mídia pode ser
complicado em telas cada vez menores, uma das
soluções para leitura de textos longos pode ser o Spritz,
um aplicativo que mostra o texto palavra por palavra na
tela, possibilitando uma leitura mais rápida do que a
habitual
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Por causa do Vevo o Youtube hoje é o principal music player do mundo. É lá que os jovens de
hoje ouvem música, descobrem novos artistas e fazem download ilegal das músicas que gostam
para seus smartphones. Rumores indicam que o Google pretende lançar um serviço de streaming
musical baseado no Youtube.

!
INSIGHT:
Assim como o Vevo (150 milhões de net income em 2011) outras marcas se
esforçam para ser a referência de discovery e lançamento de bons artistas,
como a Noisey (do grupo Vice) e a Pitchfork.tv

!
Temos a oportunidade de fazer algo parecido se criarmos um
canal de Youtube onde as bandas locais poderiam lançar seus
videoclipes com exclusividade, gerando receita para a Atlântida
via Youtube ads e visibilidade para os artistas, via nossa rede de
divulgação online e onair.
!
Uma plataforma de venda de mp3 de artistas locais, em contra partida,
pegaria o contra fluxo da tendência que é menos de compra de músicas
avulsas e mais de consumo de música via streaming.

24Autor: Marcos Piangers
Anúncio do Beats Music, sublinhando a importância da
curadoria de pessoas de verdade frente a proliferação de
algoritmos computadorizados nos serviços concorrentes
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
NOSSA VISÃO,
EM DETALHE
A Atlântida oferece conteúdo de altíssimo nível
onair. É uma rádio que nos últimos meses investiu
pesadamente em se tornar referência na
produção humorística do sul do Brasil. Nosso
radar descobriu talentos e nos tornou referência
no humor do Sul do Brasil. O sucesso do Pretinho
Básico se desdobrou nos programas Tá Vazando
e Bola Atlântida. Os formatos digitais bem
sucedidos foram absorvidos pelo onair, e o
desenvolvimento de planos comerciais que
contemplam entregas onair e online são um
sucesso cada vez mais estabelecido. 

!
Enquanto a RBS não desenvolve um caminho de
plataformas proprietárias viáveis (caminho escolhido por diversas empresas de mídia no mundo, entre
elas NBC e Globo, que não permitem seus conteúdos em plataformas não proprietárias, como Youtube e
Facebook), acreditamos que o melhor caminho é a distribuição de conteúdo irrestrito em plataformas
sociais. 

!
!
Plataformas, sites e blogs
!
Adaptamos o método de produção de conteúdo digital dos grandes sites mundiais para o nosso
universo, investindo em Discovery, Promotion e Connection. 



25Autor: Marcos Piangers
Com a nova
estratégia
nossos blogs
tiveram
crescimento de
quase 300% em
um ano e meio,
de 2,3 milhões de
views para 7,7
milhões
0
2
4
6
8
Jan 2013 Jul 2013 Jan 2014 Mai 2014
Visitas Pageviews Blogs
1. Aumentar o
conhecimento da
nossa marca
nacionalmente, via
digital
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Discovery
Foco na melhoria de tecnologias que
coloquem nossos conteúdos na frente da
nossa audiência, seja por
search engine
optimization ou seja por
melhorias na
responsividade das
nossas plataformas,
permitindo experiências
agradáveis em sites,
tablets ou smartphones.
Nossas conteúdos devem
ter tecnologia de
compartilhamento claros
e fáceis, permitindo que se o acesso for
mobile, o usuário possa enviar imagens,
áudios e notícias para os amigos via
Whatsapp, por exemplo.

!
Promotion
Cada peça de conteúdo deve ser
formatada de acordo com a
plataforma que ela vai ser
distribuída. Para uma chamada
no Clicrbs devemos formatar
uma boa manchete. Para o Facebook
devemos formatar chamada, título,
descrição, imagem chamativa e, se possível,
elaborar um primeiro comentário no próprio
post, minimizando a
possibilidade de um
comentário negativo diminuir
o potencial disseminatório do
post. A regra é: vale mais
gastar o dobro de tempo em
uma boa formatação do que
a metade do tempo em um
post a mais. 

!
Connection
Nossos fãs são, em algumas ocasiões,
ótimas formas de descoberta e promoção. Se
entregarmos conteúdo interessante, que
reverta a eles algum tipo de moeda social,
eles gastarão tempo nos
promovendo. Descobrir a nossa
missão, o que nos move e pode
tocar nossos fãs, deveria ser
nosso objetivo principal e aquilo
que baliza nossas decisões.

!


!
26Autor: Marcos Piangers
INSIGHT:
A/B Test - Uma prática de sites como Buzzfeed e Upworthy, recentemente experimentada pelo site do New
York Times: formatações diferentes para o mesmo conteúdo. Funciona assim: você seleciona um número x
de leitores, divide-os em 4 grupos, e pra cada grupo mostra uma manchete e uma imagem de chamada
diferente. A que performar melhor (tiver mais cliques) deve ser usada para o grande público. Sites como o
Upworthy chegam a exigir a criação de 25 manchetes diferentes para seus editores.
Promotion
A tática de promoção de uma notícia é não
gastar 95% da energia na produção e apenas
5% na promoção - e sim gastar a mesma
energia em ambas.
"Se uma notícia é
importante, ela
vai me encontrar”
- SENSO DO JOVEM ATUAL, QUE
SELECIONA O QUE ELE LÊ DE
ACORDO COM A CAPACIDADE
DESTA NOTÍCIA VIRALIZAR E
ENCONTRÁ-LO.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Soundcloud
!
O experimento com o Soundcloud do
Pretinho Básico nos possibilitou o
lançamento dos programas na plataforma de
Podcast da Apple. Automaticamente fomos
levados à primeira posição do ranking
nacional de podcasts, à frente
dos programas do David
Guetta e Hardwell.

Através do app do
Soundcloud, compatível
com todos os sistemas
operacionais, obtivemos um
crescimento de 300% no
consumo dos programas
pós onair, somando mais de
300 mil plays mensais. 

Somos destaque há dois
meses na iTunes Store,
possibilitando descoberta de uma nova
audiência. Em junho deste ano vendemos
nosso primeiro merchandising dentro do
podcast, em uma entrega exclusiva para
quem ouvia por telefone.

Facebook
! Nossa estratégia de fortalecimento
da fanpage do Pretinho Básico e
foco em produção de conteúdo
com potencial disseminatório, as
chamadas notícias sociais(i), fez
com que o blog do Pretinho se
torna-se relevante nacionalmente,
recebendo tráfego de todo o
Brasil. 

Em maio de 2014 o Facebook se
tornou nossa segunda fonte de
tráfego (1.150.513 visitas),
perdendo apenas para o tráfego
direto (1.724.088 visitas). 

!
27Autor: Marcos Piangers
!
(i) Notícias sociais (tópicos que fazem as pessoas compartilharem no face, twitter, email,
whatsapp): As notícias sociais são o grande pulo do gato do jornalismo moderno. Nos EUA
75% do tráfego das redes sociais já é mobile. Ou seja, a chave para vencer no mobile é
vencer primeiro no social. Para ser social a notícia deve despertar vontade nas pessoas de
mandar aquele determinado conteúdo para os amigos e, tecnologicamente, esse
compartilhamento deve ser cômodo (botões claros, funcionais e acessíveis). Características
de uma notícia social: 1. Factual: se é o assunto do momento as pessoas compartilham
porque só irão poder compartilhar HOJE. Amanhã é assunto velho. De todas as coisas o
factual é o que dá mais retorno. 2. Listas: pessoas adoram listas. É uma forma de compilar
uma série de coisas engraçadas. É também uma forma de resumir um assunto longo e
complexo de uma forma divertida. 3. Emoção. Segundo estudo de Harvard as emoções que
mais produzem ímpetos disseminatórios são duas: emoção positiva (alegria, doçura) e raiva
(indignação). Outra emoção bastante forte como impulso disseminatório é a surpresa
(perceber algo escondido em uma imagem, descobrir uma curiosidade que seus amigos não
sabiam, uma opinião ou pesquisa que prove o contrário do pensamento comum).
Resumindo, uma notícia social deve despertar uma dessas: 1. surpresa (curiosidade,
nostalgia) 2. felicidade (fofices, animais, bebês, ações que tornam o mundo melhor) ou 3.
raiva (indignação, isso precisa mudar, isso é uma injustiça)
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
!
!
!
!
!


28Autor: Marcos Piangers
INSIGHT:
Acreditamos que podemos ainda
melhorar nossa produção de vídeos
no Youtube, criando o Pretinho.tv,
com a qualidade que alguns players
atuais conseguem (Porta dos
Fundos).
Acreditamos que podemos nos
tornar ainda mais relevantes com
produção de conteúdo variado nos
blogs, como tecnologia no Infosfera
e consumo feminino no ATL Girls.
Acreditamos que podemos
desdobrar nossas mais de 50
matérias semanais nos blogs em
um impresso de qualidade, que
contemple entrevistas dos
Pretinhos com personalidades e
aproveitamentos comerciais
diferenciados.
Acreditamos na possibilidade de
um Clube Atlântida, onde os
usuários ganham pontos pelo
tempo que interagem com nossos
produtos e trocam por prêmios. E
acreditamos em uma Box Atl,
entregue na casa de ouvintes que
pagam uma assinatura, com
camisetas, canecas, cds, e
amostras grátis de parceiros
comerciais.
Whatsapp


No final de 2013 criamos o primeiro clube
de Whatsapp do Brasil - talvez do mundo.
Consiste em um grupo formado por 50
ouvintes que recebem conteúdo exclusivo
de bastidores do Pretinho Básico, em
áudio, texto, vídeo e fotos. Também
adotamos o Whatsapp como uma rede de
distribuição do nosso conteúdo, nos
nossos blogs.
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Um dos movimentos mais assertivos nos últimos
anos dentro dos veículos tradicionais foi a
aproximação entre áreas editoriais e comerciais.
Ainda que a credibilidade e a isenção sejam
moedas inegociáveis, ninguém sabe entregar
melhor um produto comercial do que um
profissional da área. Dessa forma, acreditamos
que a relação entre editorial e comercial pode
ser cada vez mais afinada, com a participação
do time editorial na formatação das entregas
comerciais.
!
Uma das formas de ajudar nossos parceiros comerciais a terem resultados mais expressivos é com
diversificação. A capacidade de produção de vídeos, eventos, ativações, plataformas digitais e soluções
mobile pode ser a única forma de fazer crescer um bolo publicitário que cada vez mais perde espaço para
plataformas sociais e players globais de internet.



!
Fazemos 

29Autor: Marcos Piangers
Desde 2013 implantamos na
Atlântida uma área de
branded content, que
inicialmente foi focada em
vídeos* e posteriormente
serve de apoio para inserções
comerciais fora dos padrões
tradicionais, como
merchandisings que contam
histórias em uma sequência
de dias ou anúncios Onair que
têm desdobramentos online. Essa aproximação
entre profissionais que conhecem as plataformas
de entrega com os profissionais que entendem
as demandas do mercado tem sido um
profundamente bem sucedida. 

!
Em 2014 percebemos que além do
mercado demandar entregas bem
humoradas, que é o nosso forte,
havia a necessidade de entregar
conteúdo emocional e socialmente
ativo. Formamos então um núcleo
de criação de projetos taylor made,
feitos específicamente para atender
demandas comerciais, sempre com
um cunho social. Esse grupo é
formado por integrantes de grupos
locais, como Shoot the Shit e Smile Flame. 

!
No momento estamos trabalhando em eventos
conjuntos e negociando a representação
comercial dos eventos sociais da Smile Flame.
!
* vídeos: No verão de 2013 filmamos a campanha da cerveja Polar, para a agência Paim, emprestando
nossas estrelas e nossa disseminação em redes sociais. No segundo semestre filmamos para Subway
(agência Borghi/Lowe) em uma ação de câmera escondida, onde os clientes eram surpreendidos em uma
loja. Temos ainda produções para Feevale, FMP, Ciee, Fiat e Snickers. (+ em http://fazemos.webs.com/)
2. Ajudar nossos
parceiros comerciais
a brilhar junto
conosco
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Digital first
!
O Digital First é um movimento que nos
empresta a aura da inovação. Por mais que a
mídia tradicional ainda apresente um resultado
prático mais eficiente, o que gera mídia
espontânea e atenção do mercado são as
iniciativas digitais, quando inovadoras.

!
Aliar o forte resultado da mídia tradicional com as
possibilidades do mundo digital é um caminho
formidável. Além disso, temos a possibilidade de
desdobrar a
publicidade nativa
para meios digitais,
com nossos
diferenciais: 

!
!!
!
!
30Autor: Marcos Piangers
INSIGHT
A diversificação nos torna atraentes
para parceiros comerciais. Existem
duas áreas estratégicas relacionadas
ao público jovem que poderiam ser
preenchidas por nós.
1. Dossiê Jovem MTV, uma pesquisa
que revela os hábitos de
consumo do jovem atual e era
referência para o mercado
publicitário, deixou de existir com
o fim da emissora. É um produto
que poderia levar a marca da
Atlântida, nos tornar referência
de conhecimento do
comportamento do público jovem
e ser vendida para agências de
publicidade ou parceiros
comerciais.
2. Eventos relacionados ao público
jovem, especialmente sobre
internet, videogame e tecnologia.
A referência é o Campus Party
em São Paulo e as feiras do You
Pix. Estes eventos tem alto poder
de engajamento e nos
posicionaria como um
entendedor do conhecimento
jovem. Além disso tem potencial
de venda junto a parceiros que
querem se aproximar deste
público.
INVESTIMENTO DE
PUBLICIDADE NO BRASIL
EM 2013 (em milhões)
Radio
4,7
Revista
6,9
Internet
7,3
Tv Fechada
8,6
Jornal
18,4
Tv Aberta
59,6
A importância da digitalização: a
internet é a quarta mídia que mais
recebe investimento de publicidade no
Brasil. Nos EUA já é a primeira.
Talentos respeitados para
endossar marcas
Nosso conhecimento prático de
produtos onair e online, o que
nos qualifica para sugerir
formas de publicidades mais
efetivas
Disseminação poderosa em
redes sociais
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!


Como oferecer formatos 


mais brilhantes de publicidade
!
Nosso movimento rumo a aproximação editorial e comercial,
diversificação, produção de branded content, vídeos e
oferecimento de eventos com impacto social é uma clara
disposição de abraçar novos formatos de aproveitamento
comercial, mais efetivos e impactantes. E num futuro próximo as
possibilidades serão ainda mais diversas.

!
Sites sem
banners
Os maiores sites do
mundo hoje aboliram o uso
de banners para
publicidade. Banners são
mídias que atrapalham a
leitura, perturbam o
usuário, têm pouco índice
de cliques e índices piores
ainda de conversão. Além
disso, estima-se que de
10% a 20% dos
navegadores tenham
extensões que bloqueiam
banners. Sites como
Buzzfeed e Upworthy
vendem apenas branded
content: a marca faz um post no site, um
conteúdo interessante e condizente com a linha
editorial do site. Dessa forma obtém mais
visibilidade e engajamento.

(+ em http://www.themediabriefing.com/article/buzzfeed-
native-ad-social-sharing)
!
Publicidade na hora certa
O jovem de de 23 anos Brian Wong criou a
plataforma Kiip, que entrega publicidade de
forma não interruptiva e contextualizada.
Funciona assim: você está jogando videogame e
finalmente
consegue passar
de uma fase
complicada. Na
tela aparecem
seus pontos e a
comemoração pela conquista. Nesse momento
aparece também uma marca, celebrando o
momento com você. “Parabéns, você passou de
fase. Clique aqui para ganhar uma Coca-Cola de
graça”. O Kiip também funciona em apps com
gameficação: ao ganhar um badge por uma
conquista, você ganha também um desconto em
um patrocinador. 

!
Geolocalização
Se o seu celular sabe exatamente onde você está
pode lhe dar uma dica de liquidação no momento
em que você passa na frente da loja. Se ele
percebe que você está em velocidade de corrida,
pode sugerir produtos esportivos. Se você está
em um evento pode ser avisado do lugar onde a
cerveja gelada acaba de chegar. Uma das formas
de conversar com devices geolocalizados são os
iBeacons. Pequenos
sensores que podem ser
colocados em qualquer
lugar e mandam recados
para celulares quando
chegam a uma
determinada distância. 



31Autor: Marcos Piangers
A empresa Sonic Notify, especializada em
publicidade com geolocalização, criou um app para
Kayne West em que você ganha músicas do artista se
conseguir chegar a 200 metros do próprio
“As telas estão ficando
menores. Não
podemos trabalhar
apenas com mídia
display. Precisamos
de um tipo de
publicidade que
respeite contexto e
intenção do usuário,
que ao invés de
interromper, ofereça
um serviço”
- TIM REIS, HEAD OF MOBILE
SOLUTIONS DO GOOGLE
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Talvez já estejamos trabalhando com a mídia do futuro

Estamos no mercado de áudio, e este parece um
mercado absolutamente promissor. Com a
migração de devices, a fragmentação
dos conteúdos entre vários displays, a
chegada dos wearables e das telas
cada vez menores, para onde deve
migrar a forma de interação com
processamento de dados? Comandos
de voz, provavelmente. 

!
Toda a navegação de sistemas
operacionais como Android (através do
Google Now) e iOS (através da Siri),
todos os comandos do Xbox One e
mais recentemente da Amazon Fire TV
são através de comandos de voz.
No caso dos dois primeiros, a resposta para os
comandos é muitas vezes dada também através
de voz. 

!
O filme Her mostra um futuro onde
todos interagem com o celular através
de comandos de voz. E este fone de
ouvido já existe: um device chamado
Dash que tem um microfone integrado
e faz praticamente tudo o que um
celular faz, sem precisar de uma tela. 

!
Desta forma, onde estará a mídia
display? Se não há mais tela, onde
estarão os banners e os anúncios?
Provavelmente no áudio, e
provavelmente de forma inteligente,
direcionada e geolocalizada.



!
!
!
!
!
INSIGHT
Apesar de nova e controversa a Programmatic Advertising pode ser uma oportunidade de automatizar nossas
vendas em uma plataforma web onde anunciantes e agências pudessem comprar spots, merchandising e
pacotes de patrocínio, sem intermediários. Além do automatizar o processo a ferramenta pode recalcular
preços de acordo com a demanda e dar descontos para clientes recorrentes.
32Autor: Marcos Piangers
O Dash é fone de ouvido, mp3 player, rádio, lê
seus emails em voz alta e obedece comando de
voz como “ligue para o escritório"
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Talvez o principal desafio em uma grande
empresa seja torná-la ágil e eficiente, de novo.
A quantidade de pessoas e processos cria uma
morosidade na hora de efetivamente inovar. As
startups tem equipes pequenas e motivadas.
No livro Drive: The Surprising Truth About
What Motivates Us, o autor Daniel Pink
explica os três motivos que mantêm uma
jovem equipe motivada:

!
!
Automação
A possibilidade de estar no controle do
trabalho, sem horário fixo nem local de
trabalho definido. A possibilidade de trabalho
remoto e de horários flexíveis pode ser um
tremendo motivador.

Aprendizado
A realização de estar trabalhando com
alguém melhor que você, ou com uma equipe
que exige alguma habilidade que você
precisa desenvolver. Qualificação, cursos,
encontros criativos e reuniões de avaliação
de clima devem ser feitas com frequência.

Causa
A sensação de estar trabalhando em algo
que é maior do que você mesmo, em algo
que pode transformar o mundo em um lugar
melhor. Este pode ser um motivador
poderoso.



33Autor: Marcos Piangers
Kevin Rose, fundador do Digg, entrevista empreendedores de startups em
sua série de vídeos Foundation. “Os jovens de hoje não estão nem aí para
dinheiro. Eles estão muito mais preocupados em ter uma causa"
3. Abastecer nosso
dia-a-dia com uma
"cultura startup”
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
Estudo de Caso: mídia impressa - The Atlantic
!
A The Atlantic é a revista mais antiga dos
Estados Unidos, fundada em 1857, em
Boston. É uma revista séria com reportagens
sobre artes, política e
economia. Depois de passar
por sérios problemas
financeiros foi vendida em
1999 e estabeleceu uma
guinada digital, criando novos
produtos e emulando o
pensamento das startups do
vale do silício. 

A The Atlantic
passou por uma
reformulação
editorial, e depois
por uma estratégia
de distribuição
digital. A revista
readquiriu
relevância e hoje é lida por chefes de
governo (Obama foi fotografada com ela,
saindo de um helicóptero, em 2013). Depois
disso tirou o paywall de seu site, permitindo
que qualquer usuário consuma suas notícias.
Com isso teve um crescimento de 2500%,
chegando a 11 milhões de visitantes únicos
em 2008. Em 2009 lançou o site irmão The
Wire, uma plataforma focada em
opinião de colunistas e
analistas. “Contextualização e
síntese”, resume Scott
Havens, VP de estratégia
Digital. Em 2011 contratou
jornalistas do site da moda, o
Gawker. 

Em 2012 lançou o Quartz, uma
plataforma de notícias
sociais otimizadas
para serem lidas no
celular. Ano passado
foi a vez de lançar
uma revista virtual
para tablets e
smartphones, com
as melhores notícias da semana compiladas
em uma navegação agradável. Desde 2010 a
The Atlantic apresenta lucro em suas
operações.

34Autor: Marcos Piangers
Como uma revista de 153 anos - (…) - se reinventou para o
século 21? Se esforçando pra ser uma startup do Vale do
Silício que precisa matar a si mesma para sobreviver.
!http://www.nytimes.com/2010/12/13/business/media/
13atlantic.html?pagewanted=all
Tradicionais com uma nova cultura
Estudos de caso: televisão - ESPN
!
O canal fundado em 1979 soube se digitalizar como poucos e focou em
uma cultura digital. Hoje tem plataformas de distribuição online e um
app para cada esporte popular nos EUA. Ganha muita receita com
publicidade cross-media. Seu grande filão são as transmissões de jogos
ao vivo. “Em eventos ao vivo são poucas as pessoas que gravam para ver
depois. Também existe pouca pirataria de conteúdos esportivos. Portanto
quando uma marca anuncia conosco as pessoas efetivamente vêem o
anúncio. Nosso trabalho é apenas entregar esse conteúdo na maior
quantidade de telas possíveis” afirmou John Skipper, em painel do SXSW
2014.

http://digiday.com/publishers/inside-espns-cross-platform-strategy/
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
Uma cultura baseada em
tecnologia
!Outro ponto importante em uma “cultura
startup”, muitas vezes esquecido pelos
controladores, é a importância do papel da
tecnologia nos processos de inovação. A
aproximação dos profissionais experientes em
tecnologia e programação com
áreas de produto é primordial para
estabelecer a inovação no dia a
dia. 

!
Normalmente os controladores
querem lançar um produto pronto,
testado e absolutamente sem
erros. A cultura startup segue
outra lógica: a da experimentação.
O portal The Verge, por exemplo,
redesenhou seu site 53 vezes nos
últimos dois anos. Experimentos
digitais devem ser lançados
rapidamente e passar por ciclos
de refino, análise de resultados e
melhorias. E isso só é possível
com uma aproximação entre produto e TI. 

!


35Autor: Marcos Piangers
3 Regras de Startups
1. Senso de urgência: "Erre rápido, aprenda rápido
com o erro, erre de novo.” Vivemos na era da
prototipação e enquanto uma empresa gasta
tempo e dinheiro com pesquisa e análise, uma
startup está prototipando e
colocando o produto ou serviço na
rua. A lógica do “erro zero” foi
substituida pela lógica do “erre
rápido”.
2.Desafie o Status Quo: uma das
características dos disruptores é o
desrespeito com as regras
estabelecidas pelos controladores.
Diversas startups passam por
problemas com órgãos regulatórios,
justamente por colocar em xeque as
práticas atuais, muitas delas que não
agradam o consumidor final.
Soluções mais baratas e simples
para problemas do dia a dia são uma
forma de desafiar o que está
estabelecido.
3. Flip Hierarchy: as empresas de tecnologia não
tem o modelo tradicional de comando "top
down”, mas sim o modelo do triângulo invertido,
onde investidores e fundadores contratam os
melhores profissionais do mercado e trabalham
pra que estes consigam apenas fazer o seu
trabalho da melhor forma possível.
“Nossos competidores,
particularmente os
nativamente digitais, tratam
inovação de plataformas
como uma função vital.
Buzzfeed, em recente
memorando, disse que a
companhia gastou anos
investindo em formatos,
analytics, otimização e
plataformas de teste A/B. É
por este motivo que vários
dos maiores jornalistas do
país querem trabalhar no
Buzzfeed. Isso cria um ciclo
virtuoso onde o crescente
número de talentos utiliza
ferramentas cada vez
melhores para fazer o seu
trabalho.”
- REPORT DO NEW YORK TIMES, EM
MARÇO DE 2014
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
!
CONCLUSÃO
!
Diz o clichê que todo momento de crise é
também uma oportunidade. Se há uma
vantagem de estar em um país não
desenvolvido é que as tendências acontecem
primeiro fora daqui, e mais tarde elas são
sistematicamente replicadas para a nossa
região. Portanto, basta analisar o que
acontece lá fora para aprender com os
acertos e erros de competidores no nosso
mercado.

Há muito o que fazer, especialmente no que
diz respeito a mudança de cultura corporativa
e gerenciamento de equipes técnicas, em um
mercado valorizado e concorrido. Mas ter
uma estratégia clara e uma percepção do
que deve acontecer em um futuro próximo
com nosso negócio é uma vantagem
grandiosa.

Temos algo que empresas iniciantes não tem:
nosso core bussiness é um produto vencedor
e rentável. Deveríamos, portanto, nos permitir
experimentar mais em outras áreas, de forma
mais ousada, focados em oferecer novas
perspectivas de ganhos em frentes não
exploradas. 

Talvez a melhor forma de começar seja lendo
este estudo de trás pra frente. Primeiro
aproximando a área de TI dos times editoriais
e comerciais. Depois motivando este novo
grupo com automação, aprendizado e
causas. Uma das causas pode ser construir
uma marca digital de valor nacional. E a partir
daí analisar o cenário mundial, em busca de
caminhos empolgantes.

Sem dúvida, hoje em dia existem muitos.



36Autor: Marcos Piangers
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
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! Escrito em junho de 2014.

37Autor: Marcos Piangers
Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014
38Autor: Marcos Piangers
DISRUPÇÃO
estratégias para modernização e
adaptação da mídia tradicional

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Disrupção

  • 1. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 
 1Autor: Marcos Piangers DISRUPÇÃO estratégias para modernização e adaptação da mídia tradicional
  • 2. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Resumo ! Este documento é uma compilação rápida de tendências digitais e de suas aplicações no futuro do consumo de mídia e publicidade. Baseia-se em artigos, palestras e análise dos últimos 10 anos da mídia tradicional. ! ! !!!!!!!! ! ! ! ! ! !! 2Autor: Marcos Piangers Conclusão | página 36 Nossa visão, em detalhe | página 25 O que já fazemos e podemos fazer no futuro. Disruptores do nosso negócio | página 18 Foco nos players do mercado de streaming de música - e insights de espaços que podemos ocupar. Uma breve história no tempo | página 15 Movimentos de disrupção que aconteceram no último ano. Grandes indústrias em xeque | página 10 Quais os mercados que passam por momento de mudança determinante. O que é disrupção | página 08 Rápida explicação sobre como acontece a quebra de um grande mercado. Nossa Visão, em resumo | página 06 Sugestões do que podemos fazer para acompanhar as mudanças do nosso mercado, resumidamente. Introdução | página 04 Duas páginas sobre a preocupação de grandes players de mídia com o atual cenário. Uma página sobre as fontes utilizadas neste documento.
  • 3. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Contexto ! Este documento utiliza como base o documento Innovation, vazado do New York Times, sobre análise de disrupções nos meios impressos americanos. ! Baseia-se também em palestras e painéis sobre o assunto nos festivais SXSW de 2013 e 2014 ! Utiliza insights obtidos de conversas e palestras com Alexandre Fetter (Rádio Atlântida), Gabriel Casara (Grupo RBS), Gustavo Goldschimit (Superplayer), John Skipper (ESPN), Tom Conrad (Pandora), David Carr (New York Times), Brian Stelter (CNN), Scott Havens (The Atlantic), Jonah Peretti (Buzzfeed), Peter Koechley (Upworthy), Eli Pariser (Upworthy), Ian Rogers (Beats Music), Gary Vaynerchuck (Vaynerchuck Media), Michael Cerda (Vevo), Daniel Glass (Glassnote Entertainment Group), Tim Reis (Google), Jenn Derring (Union Metrics), Harvey Levin (TMZ), Kevin Dohan (Machinima), Jesse Thorn (Maximum Fun), Mg Siegler (Techcrunch), David Field (CEO da Entercom, eleito Radio Executive of 2006), Nate Silver (538), Jonah Berger (Contagious), Todd Yellin (Netflix), Biz Stone (Twitter), Chris Becherer (Rdio), Tim Quirk (Google Music), Tommy Page (Pandora), Tim Herbster (iHeartRadio), Daren Tsui (Samsung), Andrew Hampp (Billboard), os radialistas americanos Mike Jacobs, Mark Hamilton, Jim Richards, Jacent Jackson, Troy Hanson, Gary Richards (HARD), bem como artigos sobre o futuro da mídia do New York Times, Wired, The Verge, Mashable, Time Magazine, Fortune, e artigos sobre o futuro da publicidade, branded content, publicidade não interruptiva e targeted advertising. ! Escrito por Marcos Piangers.
 3Autor: Marcos Piangers Piangers apresenta desde 2013, para agências de publicidade, marcas e universidades, uma palestra sobre o futuro das mídias tradicionais e digitais com base no festival de tendências South by Southwest.
  • 4. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 INTRODUÇÃO It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine) !Durante anos as empresas de mídia detiveram a produção e distribuição de conteúdo. Quando a distribuição se dava apenas por antenas ou bancas de revista, o domínio da mídia tradicional era quase impossível de ser batido. Porém, a internet possibilitou não apenas a multiplicação de produtores de conteúdo, como uma distribuição de conteúdo de forma nunca antes experimentada. Se por anos a mídia tradicional focou sua preocupação nos produtores de conteúdo, questionando a credibilidade de blogs e a qualidade dos vídeos do Youtube, atualmente a adoção popular de plataformas sociais e mobile lança luz em um novo ponto importantíssimo em nosso negócio: onde e como as pessoas consomem conteúdo. As colunas que mantêm nosso negócio de pé são 1. o talento de nossas estrelas e 2. a qualidade de nossa produção. É importante notar que nossas estrelas caminham para um contato mais direto com seu público, achando uma audiência com blogs e podcasts. Enquanto nossa produção de conteúdo de qualidade tende a ser consumida em plataformas sociais globais. Portanto, há de se questionar o futuro do nosso negócio. Há cerca de dez anos o cenário estava estranhamente claro para os analistas de mídia. "Tudo vai mudar”, anunciava a capa da revista Wired, na reportagem “Rebirth of Music”, onde defendia a indústria musical iria entrar em colapso. Youtube, Myspace, o blog Pitchfork e a rede social Last.fm eram consideradas o futuro da indústria musical. Dentre estes, apenas o Youtube permanece como um influenciador atual. A disrrupção verdadeira aconteceu com a loja de mp3 iTunes, que em 2008 se tornou a mais lucrativa loja musical do mundo. As previsões mais pessimistas estavam comprovadamente erradas. Na maioria dos casos os bilhões de dólares das indústrias consolidadas ainda não mudaram de mão. Se por um lado a nova indústria, mais enxuta e eficiente, tem como arma a novidade e a ajuda da tecnologia, por outro as indústrias estabelecidas têm o peso da tradição e a possibilidade de modernização e adaptação. O que este documento tenta apontar é o caminho para esta possibilidade.
 4Autor: Marcos Piangers “Há cerca de oito anos eu apostaria que vocês estariam desempregados. E aqui estão vocês, empregados e faturando alto." - BRIAN STELTER, DA CNN, PARA OS PRESIDENTES DAS GRANDES REDES DE TELEVISÃO
  • 5. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! ! ! Sem dúvida estamos passando por violentas mudanças em nosso negócio. Faz quase um século que a mídia hoje chamada de "tradicional" começou a se tornar rentável, com venda de anúncios. Porém, atualmente existem modelos de negócio mais eficientes. Vivemos uma época em que indústrias bilionárias precisam se reinventar para não sucumbir. O rádio demorou 38 anos para alcançar uma audiência de 50 milhões de pessoas. A televisão demorou 13 anos. A Internet demorou quatro anos. E uma rede social chamada Instagram demorou apenas um ano e meio. "Claramente as grandes plataformas sociais e digitais competem conosco por consumidores, e eles competem conosco por anúncios” disse o presidente do canal ESPN, John Skipper, um dos maiores cases de renovação de um veículo tradicional. Para completar logo em seguida: “Mas nosso conteúdo é superior. Precisamos de sistemas de distribuição superiores”. 
 ! ! ! ! 5Autor: Marcos Piangers “We have superior content. We need superior delivery systems”. - JOHN SKIPPER A redação do New York Times: o maior jornal do mundo perde leitores e anunciantes para concorrentes nativamente digitais
  • 6. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 NOSSA VISÃO, EM RESUMO Nosso grande potencial reside na possibilidade de criar interseções entre nosso core bussiness de mídia tradicional, com toda sua credibilidade e relevância comercial, com nossos produtos digitais, mais enxutos e eficientes, alcançando mais pessoas com menos gasto de dinheiro e energia. Nossa estratégia está dividida em três pontos, desenvolvidos a partir da página 25. ! 1. Aumentar o conhecimento da nossa marca nacionalmente, via digital ! Pela primeira vez na história não precisamos espalhar mais antenas para expandir nossa área de alcance. Precisamos apenas entregar conteúdo de qualidade e relevante, com a maior conveniência possível. Nossa estratégia é aproveitar o ambiente que nosso target já está - Facebook, Youtube, Celulares, Jogos - para distribuir nossos conteúdos, de forma aberta e sem empecilhos para o consumidor. 
 (pág. 25) ! 2. Ajudar nossos parceiros comerciais a brilhar junto conosco Acreditamos que ter o apoio de marcas não é um problema editorial, e sim um reforço. A publicidade passa por período de disrupção semelhante ao nosso. Ela se aproxima cada vez mais da produção de conteúdo e cada vez mais procura soluções inovadoras para alcançar uma audiência qualificada. Acreditamos que somos melhores produtores de conteúdo do que nossos concorrentes. Entendemos do nosso produto e temos conhecimento profundo do atual momento digital. Podemos contribuir para a criação de conteúdos comerciais tão bem quanto para conteúdos editoriais. E queremos estar prontos para a publicidade do futuro. (pág. 29) 6Autor: Marcos Piangers
  • 7. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! 3. Abastecer nosso dia-a-dia com uma "cultura startup” Apesar de sermos parte de uma corporação tradicional de mídia, acreditamos que podemos ter um comportamento ágil e agressivo, assim como fazem as novas empresas de tecnologia. Para desenvolver essa cultura precisamos 1. criar um ambiente em que as iniciativas e o experimentalismo não são reprimidos e 2. manter em nosso DNA um senso de urgência, no que diz respeito a mudanças e adaptações para o cenário atual e 3. assumir a importância da figura de TI, chamada de Creative Tecnology pelas agências modernas, para verdadeiramente assumir uma cultura de inovação digital. (pág. 33)
 7Autor: Marcos Piangers
  • 8. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 O QUE É DISRUPÇÃO? ! Disrupção é um padrão previsível em que empresas novas utilizam tecnologia para oferecer aos consumidores algum tipo de produto ou serviço mais barato e inferior ao oferecido pelos controladores estabelecidos. Apoiado na tecnologia e nas possibilidades de conexões globais via Internet as startups se propõe a “disrupturar" diversos mercados. Aqui um guia visual de como o ciclo de disrupção funciona: ! 1. Controladores tratam inovação como uma série de melhorias para seus produtos e serviços. Essas inovações costumam ser lentas e gradativas, já que os controladores disputam mercado com concorrentes igualmente estabilizados, que também percebem pequenas melhorias como o suficiente para manter os consumidores. 2. Disruptores introduzem novos produtos que, a primeira vista, não parecem como uma ameaça para os controladores. O produto dos disruptores costuma ser pior e mais barato. 3. Com o passar do tempo disruptores melhoram seus produtos e serviços. O ponto de virada acontece quando o produto dos disruptores se torna “bom o bastante” para a maioria dos consumidores. Dessa forma os disruptores tem crescimento exponencial, ocupando o espaço dos controladores.
 8Autor: Marcos Piangers
  • 9. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Um caso de disrupção: Kodak Kodak era uma empresa baseada em câmeras com filme fotográfico. Quando as câmeras digitais surgiram foram motivo de piada, pela qualidade pobre das imagens produzidas. Porém, era um processo mais fácil e mais barato para consumidores não preocupados com qualidade da imagem. !Quando o produto inferior e mais barato se tornou “bom o suficiente” para os consumidores, aconteceu a disrupção. !Câmeras digitais controlaram o mercado por algum tempo. Então vieram as câmeras em celulares, que quando ficaram boas o suficiente para o consumidor, roubaram grande fatia do mercado das câmeras digitais. !!!!!!!!
 9Autor: Marcos Piangers 5 padrões dos disruptores • É introduzido por um “outsider" • Tem produtos mais baratos • Foca em mercados novos ou desassistidos • Oferece um serviço pior do que o atual, inicialmente • Utiliza a tecnologia para avançar
  • 10. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! ! GRANDES INDÚSTRIAS EM XEQUE ! indústria automobilistica controladores: Ford, Fiat, GM disruptores: Tesla, experimentos com impressão 3D, Google O disruptor sul-africano Elon Musk é fundador da Tesla, a primeira montadora de carros 100% elétricos do mundo. Seus carros são mais caros que a média do mercado, porém não há custo de abastecimento. Pesquisadores de impressão 3D também estão trabalhando em projetos de carros que podem ser impressos em casa. Dessa forma as pessoas iriam apenas pagar pelo projeto do carro, fazer o download, e montar o automóvel em casa. Em maio o Google anunciou o self-driven car, um automóvel que não precisa de motorista. É um veículo mais rápido e seguro do que o carro que conhecemos. ! Contra-ataque: Associações de revendas de automóveis proíbem a venda direta de veículos, prática da Tesla. Ao mesmo tempo todas as grandes marcas automobilísticas investem em pesquisa de combustível limpo e carros mais eficientes. ! ! ! 10Autor: Marcos Piangers
  • 11. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! indústria hoteleira controladores: Marriott, Accor, Hilton disruptores: Airbnb O Airbnb intermedia negociações de aluguel de apartamentos ao redor do mundo, em mais de 200 países. O site tem um crescimento médio de 500% ao ano. ! Contra-ataque: Entidades regulatórias americanas consideram as negociações feitas via Airbnb ilegais, porque não pagam imposto para as associações hoteleiras. A prefeitura de Nova Iorque tenta banir os apartamentos disponíveis do site. ! ! indústria de transporte privado controladores: Hentz, Localiza disruptores: Uber, Zipcar A startup de São Francisco oferece serviço de caronas mais baratas que um taxi, serviços de motoristas, serviço de helicóptero e de jatinho. A companhia foi avaliada em 18 bilhões de dólares em 2014. ! Contra-ataque: A companhia sofre diversos processos nos EUA, acusada de operação de taxi ilegal. ! ! ! indústria de varejo controladores: Walmart, iTunes, Tesco disruptores: Amazon Investindo pesado em automação e processos inovadores, a Amazon busca ser uma solução de vendas completa. ! Contra-atque: Walmart e Tesco fazem teste em mercados asiáticos para compras via celulares com tecnologia Qrcode ! ! ! 11Autor: Marcos Piangers Uber: o aplicativo de caronas já vale 18 bilhões de dólares
  • 12. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! indústria financeira controladores: Visa, HSBC, corretoras de câmbio disruptores: Google, Square, Bitcoin, Apple Alguns disruptores acreditam que o futuro é a virtualização do dinheiro como conhecemos: é o caso do GWallet, a carteira virtual do Google, que conectado a conta bancária do usuário, permite mandar dinheiro por email. O Square investe em hardwares para que qualquer celular se transforme em uma máquina de cartões que aceita débito e crédito (cobrando taxas menores do que os atuais controladores). Já o Bitcoin é uma aposta em uma moeda puramente virtual: é dinheiro sem fronteiras geográficas, com diversas possibilidades de transações inovadoras. Já a Apple pretende acabar com os cartões de crédito transformando impressões digitais em formas de pagamento. ! ! indústria de jornais controladores: New York Times, Wall Street Journal disruptores: Facebook, Flipboard, Buzzfeed Os grupos de mídia impressos tem sido rapidamente ultrapassados em número de leitores por pequenos grupos de mídia, normalmente apoiados por grupos de investimentos, que com poucos jornalistas e muita tecnologia, entrega notícias personalizadas e com grande potencial social (forte ímpeto disseminatório). Enquanto Buzzfeed e Huffington post se utilizam de algorítimos para prever grandes assuntos do momento, Flipboard e o app Paper do Facebook se propõe a entregar notícias personalizadas, misturando conteúdos de redes sociais, blogs e sites sérios de notícias. O Flipboard já é a terceira maior fonte de tráfego para o New York Times. ! INSIGHT: Nesse novo modelo de notícias digitais perde-se não somente a importância da credibilidade do veículo, como a importância dos colunistas. Em recente experimento o New York Times analisou o comportamento de internautas com o conteúdo de seus colunistas. Depois de 5 colunas apenas 40% voltava toda semana para ler o colunista. Depois do período de um ano, nenhum dos leitores voltava para ler as colunas. 12Autor: Marcos Piangers Jack Dorsey, depois de fundar o Twitter, tenta revolucionar o sistema de pagamento transformando seu celular em uma máquina de cartão de crédito
  • 13. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Esse cenário nos faz questionar as decisões de grupos jornalísticos frente a internet. Ao tentar competir com a web em rapidez e superficialidade de informação, os jornais perderam credibilidade. Os colunistas que fazem sucesso na internet são os gritões: em meio ao barulho de notícias falsas do Facebook e os comentaristas raivosos nos portais, a única forma de aparecer é através do barulho ou da polêmica. Em meio aos textos creditados ao Luis Fernando Veríssimo e ao Arnaldo Jabour, perdeu-se a importância do “quem escreveu” e ganhou importância “o que escreveu”. ! Nesse caso, infelizmente, o jornalismo superficial e pouco confiável já é considerado “bom o suficiente” para a maioria dos consumidores. Mas existe uma oportunidade aí. Ainda não existem instituições jornalísticas focadas em ser a voz da confiança e da credibilidade, sem basear notícias em tweets duvidosos ou instagrams de gente famosa. Nos EUA sites como Business Insider ultrapassaram a quantidade de leitores de jornais como o Wall Street Journal mantendo a confiança do público. ! O report do New York Times, vazado em março deste ano, sugere também que os jornais tradicionais abracem outras das características da web, que não a superficialidade. “Pensar Digital First* é formatar uma matéria para a internet sem pensar nas limitações do jornal. Depois de publicada a história, demandar uma opinião de um colunista, linkar para matérias similares no banco de dados, organizar videoconferências com os personagens da matéria, criar uma plataforma de comentários sobre a história e compilar a reação de twitter e facebook, publicar uma matéria contando os bastidores da matéria original. ! O caso dos jornais é o mais educativo para o nosso negócio: apesar de ainda ser um negócio estável e respeitado, o jornalismo impresso não soube se digitalizar e hoje perde leitores e anunciantes para iniciativas nativamente digitais. 13Autor: Marcos Piangers Recente report da agência de notícias Reuters demonstra a tendência da diminuição da importância da marca ou do nome de um jornalista na confiança dos leitores. Apesar desta tendência mundial, no Brasil a marca é importante para 82% dos leitores, e o nome do jornalista importante para 72% 
 
 
 
 
 
 
 
 ! *Digital First: 
 você pode encontrar mais sobre o "digital first" na página 30.
  • 14. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 indústria da televisão controladores: NBC, CBS, Fox disruptores: Netflix, Youtube, Yahoo Percebendo o valor do controle da área de vídeo on demand o Yahoo vem investindo pesado, contratando jornalistas e lançandos seriados de tv exclusivos. Netflix distribui filmes e seriados e oferece preço baixo. O Youtube tem um modelo de negócio onde os produtores de conteúdo ganham uma fatia do bolo publicitário.
 14Autor: Marcos Piangers O cenário de produção e distribuição de conteúdo recebeu novos players com a chegada da internet. Percebemos tendências claras como (i) o consumo de mídia em plataformas sociais (ii) agregadores de mídia reunindo notícias personalizadas e (iii) plataformas que misturam conteúdo de diferentes produtores, diminuindo a importância das marcas para o consumidor médio Huffington Post revolucionou a produção de notícias usando algorítimos que compilam assuntos de grande interesse. Dessa forma tem mais audiência que o NYT.
  • 15. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 UMA BREVE HISTÓRIA NO TEMPO ! Timeline da disrupção da mídia tradicional JUNHO 2013 ! • iTunes Radio é anunciado nos EUA junto com o iOS 7. • Upworthy é chamado de "the fastest growing media site of all time”, depois de bater 80 milhões de usuários únicos em um mês, apenas dois anos depois de sua fundação. • Xbox One é lançado com a proposta de ser a central multimídia da sala de estar. ! AGOSTO 2013 • Spotify anuncia entrada no Brasil. • Netflix anuncia crescimento de 27% nos EUA. HBO teve queda de 16% nas assinaturas no mesmo período. ! SETEMBRO 2013 ! • Yahoo lança a plataforma de vídeos Yahoo Screen. ! OUTUBRO 2013 ! • Jeff Bezos, fundador da Amazon, compra o Washington Post por $250 milhões. Mais tarde, em entrevista, ele afirma não saber porquê fez o negócio. • Pandora consegue pagar menos direito autoral para artistas, afirmando que é uma rádio e não um aplicativo de música on demand. ! ! 15Autor: Marcos Piangers Jeff Bezos, da Amazon, sobre o futuro da publicidade: “Eu não estou falando que a publicidade vai desaparecer. Mas acho que o balanço está mudando. Se hoje a receita de sucesso é gastar 70% de sua energia anunciando o serviço e 30% tornando-o incrível, nos próximos 20 anos eu acredito que isso vai se inverter.”
  • 16. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! DEZEMBRO 2013 ! • Buzzfeed lança suas páginas personalizadas para audiências de fora dos EUA, entre elas a brasileira. • A fabricante de fones de ouvido Beats anuncia seu serviço de música on demand, o Beats Music. ! JANEIRO 2014 ! • Huffington Post lança sua versão brasileira, em parceria com o Grupo Abril. • Facebook lança o app Paper, que mistura notícias com a timeline do usuário. • O site Bussiness Insider ultrapassa o número de leitores do Wall Street Journal. 16Autor: Marcos Piangers O app Paper, do Facebook, reúne uma navegação por gestos, a lá Flipboard, um feed de notícias sociais com base naquilo que o usuário curte, comenta ou compartilha, e sugestões de notícias de sites especializados
  • 17. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! FEVEREIRO 2014 ! • Upworthy propõe mudança na métrica de views, sugerindo “attention minutes”. • Vice News, a divisão de jornalismo da Vice, é lançada com 100 jornalistas espalhados pelo mundo. • Samsung lança seu primeiro app musical, o Milk. ! MARÇO 2014 ! • Neil Young lança um novo mp3 player, o Pono. Ninguém dá bola. • HBO tem aumento de número de assinantes devido a estréia de Game of Thrones. • Comedy Central e ESPN lançam seus apps de Live Streaming. Só consegue assistir quem assina algum provedor de tv a cabo. • Yahoo lança o app de notícias News Digest, com edições resumidas diárias às 9 e as 18 horas, todos os dias. ! ABRIL 2014 ! • ESPN anuncia a compra do blog 358, de Nate Silver. • Amazon anuncia sua central de tv, a Amazon Fire Tv. • Apple anuncia a compra da Beats, por 3 bilhões de dólares. JUNHO 2014 ! • Amazon anuncia serviço de streaming de música ilimitado para assinantes do serviço premium. • Rumores de que o Google deve lançar um serviço musical baseado no Youtube. • Rumores de que a Apple deve lançar uma pulseira inteligente em Outubro deste ano. ! 17Autor: Marcos Piangers INSIGHT A concorrência da internet obrigou players tradicionais da tv americana a elevarem a qualidade da programação e a distribuírem conteúdo em diferentes plataformas. Segundo o analista de mídia do New York Times David Carr, vivemos a nova era de ouro da tv por dois motivos: qualidade e conveniência. Ref: http://www.nytimes.com/ 2014/03/10/business/media/fenced- in-by-televisions-excess-of- excellence.html?_r=0
  • 18. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! DISRUPTORES DO NOSSO NEGÓCIO ! O negócio de mídia, assim como os exemplos citados a pouco, também passa pelo assédio de disruptores. O que vemos no mundo hoje são companhias novas, enxutas, focadas em inovação e extremamente valorizadas. Um fator curioso é que, enquanto empresas de mídia tradicional investem em diversificação e na abdicação de títulos que representem o status quo (Zero Hora não quer ser mais “jornal”; Atlântida quer diversificar conteúdo e não ser mais apenas “rádio”) os disruptores se apropriam destes termos (Pandora Internet Radio; Facebook com seu app de leitura chamado “Paper” (jornal)). Tais termos dão para os disruptores o favor do peso da tradição e a sensação de “estabilidade" em seus serviços. 
 ! ! Pandora Internet Radio É o mais antigo e mais bem sucedido sistema de streaming de música online. Há 14 anos desenvolve o projeto Music Genome, onde tenta relacionar músicas para contrair a rádio personalizada perfeita para seus consumidores. Tem 250 milhões de usuários. Similaridade com o nosso negócio: Dos 80 milhões de dólares rendimento (não lucro) 70 milhões vem de anúncios e apenas 10 milhões vem com assinatura. 18Autor: Marcos Piangers 80% do consumo do Pandora é off-pc, ou seja, em plataformas mobile, carros e numa infinidade de produtos (geladeiras, microondas, banheiras de hidromassagem) com o serviço. Tom Conrad, head of product, afirma que em 10 anos todos os carros americanos já sairão de fábrica com o serviço.
  • 19. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! Spotify Com uma comunicação jovem estilo MTV e um serviço de streaming de música conectado às redes sociais, é a rádio virtual de maior sucesso na Europa. São 40 milhões de usuários, 10 milhões deles assinantes. A assinatura custa $4,99 mensais. ! Swell É o Pandora para rádio falada. O app tem parceria com grandes rádios (NPR, ABC, BBC) e se propõe a recomendar shows de acordo com o perfil do usuário, que avalia cada áudio com positivo ou negativo. Tem cerca de 8 milhões de dólares de investidores, entre eles a Google Ventures. 19Autor: Marcos Piangers Apps como Swell, Soundcloud e o app Podcast, da Apple, já permitem que usuários montem sua rádio personalizada, com programas e colunistas de sua preferência O mercado americano de streaming de música se divide de acordo com a imagem ao lado. Apesar de liderar o segmento o Pandora tem dificuldades para gerar lucros: quanto mais usuários, mais necessidade de contratar banda de tráfego. O custo por usuário é tão grande que outros serviços como Beats Music não permitem o uso gratuíto, cobrando $9,90 por mês de todos os usuários.
  • 20. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! INSIGHT: Percebam que com plataformas digitais não existem mais a importância de marcas produtoras de conteúdo. Netflix distribui conteúdo de Band, Record, Rede Tv, além de conteúdo de diversos canais e estúdios americanos. Flipboard tem notícias de diversas fontes diferentes. O Swell permite ouvir programas e colunistas de diferentes rádios americanas. ! No atual contexto importa mais a plataforma de distribuição do que quem produz o conteúdo. ! Outro exemplo é o Facebook. A maioria das pessoas hoje consome notícias via Facebook. Este produz uma timeline personalizada só mostrando o tipo de conteúdo que o usuário “curte”. Dessa forma ele consome A Folha do Piauí e o New York Times com a mesma naturalidade, e considerando ambos com o mesmo nível de credibilidade e qualidade. ! Novamente, o conteúdo ainda é pior do que o produzido por grandes players de mídia. Porém, para o grande público, o preço baixo compensa a falta de qualidade do conteúdo. Por um lado as próprias plataformas digitais de distribuição, como Netflix, investem pesado em produção de conteúdo próprio de qualidade (ex: House of Cards, com Kevin Spacey e David Fincher é um sucesso estrondoso). Por outro, os canais de tv a cabo americanos também investem em melhores plataformas de distribuição (HBO to go, apps da ESPN, HBO connect). ! ! Superplayer Startup surgida em Porto Alegre, o superplayer tem cerca de um ano e meio de existência e conta com mais de 3 milhões de usuários únicos. Recebeu aporte de investimento de dois fundos de investimento este mês. Tem planos de replicar o sucesso no Brasil em outros países. ! Similaridade com o nosso negócio: todas as playlists do Superplayer são feitas por pessoas, não por algorítimos. Eles os chamam de curadores, mas nada mais são do que programadores musicais, algo que nós temos (e provavelmente somos melhores). ! ! INSIGHT: Apesar de parecerem soluções piores, mais complicadas e menos qualificadas, as plataformas de streaming musical podem substituir o tradicional consumo de rádio no momento que forem “bom o suficiente” para o consumidor médio. Essa disrupção passará pela comodidade. É o conceito que as startups buscam: “one button”. ! 20Autor: Marcos Piangers O Superplayer busca simplicidade no consumo de música, uma decisão absolutamente acertada, visto que a complexidade do consumo de música ainda é barreira para a migração do usuário comum para plataformas online. As playlists são de gêneros musicais, mas a grande sacada são playlists de atividades, como “correndo no parque” ou “se concentrando no trabalho"
  • 21. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Assim como o consumidor faz no rádio tradicional - aperta um botão e começa a ouvir a estação - os serviços de streaming de música buscam descomplicar o consumo de música, entregando um streaming personalizado e que respeita o contexto do consumidor (É de manhã? Está acordando? Praticando exercícios? Com amigos?). ! Todas essas perguntas já podem ser respondidas com a tecnologia disponível hoje. No momento em que a tecnologia encontrar a comodidade, o serviço passa a ser “bom o suficiente” para o consumidor, possibilitando disrupção. ! No momento em que essas respostas forem respondidas de forma satisfatória por alguma plataforma digital, a publicidade também será mais direcionada e por isso mais valorizada. Através de compra de anúncios “a lá carte”, o anunciante poderá escolher falar apenas com quem está ouvindo música correndo com os amigos, ou sozinho em um sábado de noite, por exemplo. ! ! iHeartRadio É a iniciativa digital do maior grupo de rádios AM e FM dos EUA, o Clear Channel Broadcasting. Tem 50 milhões de usuários cadastrados e cerca de 9% do mercado americano de streaming de música. Tem uma proposta diferente dos competidores: não cobra mensalidade nem permite ouvir músicas offline. Tenta se manter longe do negócio das gravadoras, porque é parceiro delas no negócio de rádio “terrestre”. 21Autor: Marcos Piangers ! Bob Pittman, CEO da Clear Channel Broadcasting !“Se não fosse pelo fato do mercado de rádio AM e FM ser tão grande eu diria “Uau, esses números são incríveis”, disse o CEO da Clear Channel para a Fortune. “Existem um bilhão de rádios FM nos EUA e 160 milhões de smartphones e 160 milhões de PCs, então ainda é apenas um braço do nosso mercado" !http://fortune.com/2014/06/17/iheartradio- clear-channel-bob-pittman/?xid=timearticle !“Nós estamos investindo um monte de dinheiro porque acreditamos que é a forma certa de construir o futuro. Eu acho que nós colheremos o fruto desse investimento um dia e vamos construir um mercado digital no qual todo mundo ganhará" !http://www.kpho.com/story/25796918/ceo- iheartradio-revenue-hundreds-of-millions
  • 22. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! INSIGHT O case do IHeartRadio é sem dúvida um pra se olhar de perto. Assim como iniciativas nossas, é uma extensão digital de uma companhia de mídia tradicional. (Esta plataforma supostamente tem rendimento de 100 a 200 milhões de dólares). ! Chamo atenção para o fato de que é uma solução única para as diversas rádios do grupo Clear Channel Broadcasting. O app ainda promove lançamento de discos de artistas (em conjunto com as rádios FM) e promove eventos, sorteando tickets entre os usuários. Parece inspirador, não? ! Ter uma boa plataforma digital que agregue conteúdo de todas as rádios do Grupo RBS parece a decisão acertada, ao invés de um app para cada rádio. Uma única plataforma poderia ter mais relevância e número de usuários, atingir mais pessoas na promoção de um artista ou de um evento. Dá também maior chance para concorrer no já super povoado ambiente de consumo de música online. ! ! iTunes Radio/Beats Music Com a fusão anunciada este ano, a base de usuários da Apple (8% dos usuários americanos) encontra um app com design e usabilidade muito bons. O ecosistema da Apple tem tv, celular, tablet, e um relógio inteligente a ser lançado em outubro. Tal ecosistema permitiria o consumo de música de forma simples e fluída, além de personalizada. 22Autor: Marcos Piangers O serviço não cobra mensalidade, mas mostra uma publicidade em vídeo de 30 segundos antes de começar a tocar uma estação musical personalizada O app só permite pular uma música seis vezes por hora, por estação, ou um total de 15 vezes por dia. O app do iHeartRadio permite ouvir as 1.500 rádios FM e AM do grupo Clear Channel Broadcasting Além de ouvir o streaming das rádios, o usuário pode criar rádios personalizadas, com base em um estilo, uma banda, uma música ou uma atividade (p. ex: músicas para viajar de carro)
  • 23. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 A Apple, apesar de ter a música como um de seus principais pilares estratégicos, nunca foi entusiasta do modelo tradicional de rádio, não permitindo recepção de ondas AM e FM em seus ipods e celulares (com excessão do recente ipod nano 7G, que representa menos de 4 milhões de unidades vendidas em todo o mundo). Rumores dão conta que a Apple irá lançar um relógio inteligente (iWatch) em outubro de 2014. Isso coincide com uma clara tendência do mercado de tecnologia, os wearables(i). ! Similaridade com o nosso negócio: o diferencial do Beats Music com relação aos outros grandes players mundiais de streaming de música são as playlists de curadores. No app do Beats Music você encontra playlists de celebridades e djs, “com começo meio e fim”, explica Ian Rogers. “Outra questão importante são os artistas relacionados. Um algorítimo nunca vai conseguir relacionar dois artistas com a mesma precisão do que um ser humano”. ! ! ! ! ! Vevo É o detentor de direitos de diversos videoclipes de milhares de artistas. Explora esses vídeos comercialmente no Youtube, e a partir de 2014 em um app próprio para smartphones e smartvs, e em um canal que pretende ser distribuído em redes de cabo, o Vevo Tv. ! 23Autor: Marcos Piangers (i) wearables: já migramos da interação com computadores, da forma arcaica de mouse e teclado, para a interação com telas touch screen na chamada "Pós Pc Era” (últimos sete anos). A tendência agora é migrarmos desse tipo de interação para duas formas mais orgânicas de processamentos de dados: 1. a computação ambiental, com eletrodomésticos cada vez mais inteligentes e 2. a computação vestível, com pulseiras, óculos, relógios, fones de ouvido e sapatos inteligentes. Se o consumo de mídia pode ser complicado em telas cada vez menores, uma das soluções para leitura de textos longos pode ser o Spritz, um aplicativo que mostra o texto palavra por palavra na tela, possibilitando uma leitura mais rápida do que a habitual
  • 24. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Por causa do Vevo o Youtube hoje é o principal music player do mundo. É lá que os jovens de hoje ouvem música, descobrem novos artistas e fazem download ilegal das músicas que gostam para seus smartphones. Rumores indicam que o Google pretende lançar um serviço de streaming musical baseado no Youtube. ! INSIGHT: Assim como o Vevo (150 milhões de net income em 2011) outras marcas se esforçam para ser a referência de discovery e lançamento de bons artistas, como a Noisey (do grupo Vice) e a Pitchfork.tv ! Temos a oportunidade de fazer algo parecido se criarmos um canal de Youtube onde as bandas locais poderiam lançar seus videoclipes com exclusividade, gerando receita para a Atlântida via Youtube ads e visibilidade para os artistas, via nossa rede de divulgação online e onair. ! Uma plataforma de venda de mp3 de artistas locais, em contra partida, pegaria o contra fluxo da tendência que é menos de compra de músicas avulsas e mais de consumo de música via streaming.
 24Autor: Marcos Piangers Anúncio do Beats Music, sublinhando a importância da curadoria de pessoas de verdade frente a proliferação de algoritmos computadorizados nos serviços concorrentes
  • 25. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 NOSSA VISÃO, EM DETALHE A Atlântida oferece conteúdo de altíssimo nível onair. É uma rádio que nos últimos meses investiu pesadamente em se tornar referência na produção humorística do sul do Brasil. Nosso radar descobriu talentos e nos tornou referência no humor do Sul do Brasil. O sucesso do Pretinho Básico se desdobrou nos programas Tá Vazando e Bola Atlântida. Os formatos digitais bem sucedidos foram absorvidos pelo onair, e o desenvolvimento de planos comerciais que contemplam entregas onair e online são um sucesso cada vez mais estabelecido. ! Enquanto a RBS não desenvolve um caminho de plataformas proprietárias viáveis (caminho escolhido por diversas empresas de mídia no mundo, entre elas NBC e Globo, que não permitem seus conteúdos em plataformas não proprietárias, como Youtube e Facebook), acreditamos que o melhor caminho é a distribuição de conteúdo irrestrito em plataformas sociais. ! ! Plataformas, sites e blogs ! Adaptamos o método de produção de conteúdo digital dos grandes sites mundiais para o nosso universo, investindo em Discovery, Promotion e Connection. 25Autor: Marcos Piangers Com a nova estratégia nossos blogs tiveram crescimento de quase 300% em um ano e meio, de 2,3 milhões de views para 7,7 milhões 0 2 4 6 8 Jan 2013 Jul 2013 Jan 2014 Mai 2014 Visitas Pageviews Blogs 1. Aumentar o conhecimento da nossa marca nacionalmente, via digital
  • 26. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Discovery Foco na melhoria de tecnologias que coloquem nossos conteúdos na frente da nossa audiência, seja por search engine optimization ou seja por melhorias na responsividade das nossas plataformas, permitindo experiências agradáveis em sites, tablets ou smartphones. Nossas conteúdos devem ter tecnologia de compartilhamento claros e fáceis, permitindo que se o acesso for mobile, o usuário possa enviar imagens, áudios e notícias para os amigos via Whatsapp, por exemplo. ! Promotion Cada peça de conteúdo deve ser formatada de acordo com a plataforma que ela vai ser distribuída. Para uma chamada no Clicrbs devemos formatar uma boa manchete. Para o Facebook devemos formatar chamada, título, descrição, imagem chamativa e, se possível, elaborar um primeiro comentário no próprio post, minimizando a possibilidade de um comentário negativo diminuir o potencial disseminatório do post. A regra é: vale mais gastar o dobro de tempo em uma boa formatação do que a metade do tempo em um post a mais. ! Connection Nossos fãs são, em algumas ocasiões, ótimas formas de descoberta e promoção. Se entregarmos conteúdo interessante, que reverta a eles algum tipo de moeda social, eles gastarão tempo nos promovendo. Descobrir a nossa missão, o que nos move e pode tocar nossos fãs, deveria ser nosso objetivo principal e aquilo que baliza nossas decisões.
 ! 
 ! 26Autor: Marcos Piangers INSIGHT: A/B Test - Uma prática de sites como Buzzfeed e Upworthy, recentemente experimentada pelo site do New York Times: formatações diferentes para o mesmo conteúdo. Funciona assim: você seleciona um número x de leitores, divide-os em 4 grupos, e pra cada grupo mostra uma manchete e uma imagem de chamada diferente. A que performar melhor (tiver mais cliques) deve ser usada para o grande público. Sites como o Upworthy chegam a exigir a criação de 25 manchetes diferentes para seus editores. Promotion A tática de promoção de uma notícia é não gastar 95% da energia na produção e apenas 5% na promoção - e sim gastar a mesma energia em ambas. "Se uma notícia é importante, ela vai me encontrar” - SENSO DO JOVEM ATUAL, QUE SELECIONA O QUE ELE LÊ DE ACORDO COM A CAPACIDADE DESTA NOTÍCIA VIRALIZAR E ENCONTRÁ-LO.
  • 27. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Soundcloud ! O experimento com o Soundcloud do Pretinho Básico nos possibilitou o lançamento dos programas na plataforma de Podcast da Apple. Automaticamente fomos levados à primeira posição do ranking nacional de podcasts, à frente dos programas do David Guetta e Hardwell. Através do app do Soundcloud, compatível com todos os sistemas operacionais, obtivemos um crescimento de 300% no consumo dos programas pós onair, somando mais de 300 mil plays mensais. Somos destaque há dois meses na iTunes Store, possibilitando descoberta de uma nova audiência. Em junho deste ano vendemos nosso primeiro merchandising dentro do podcast, em uma entrega exclusiva para quem ouvia por telefone. Facebook ! Nossa estratégia de fortalecimento da fanpage do Pretinho Básico e foco em produção de conteúdo com potencial disseminatório, as chamadas notícias sociais(i), fez com que o blog do Pretinho se torna-se relevante nacionalmente, recebendo tráfego de todo o Brasil. Em maio de 2014 o Facebook se tornou nossa segunda fonte de tráfego (1.150.513 visitas), perdendo apenas para o tráfego direto (1.724.088 visitas). 
 ! 27Autor: Marcos Piangers ! (i) Notícias sociais (tópicos que fazem as pessoas compartilharem no face, twitter, email, whatsapp): As notícias sociais são o grande pulo do gato do jornalismo moderno. Nos EUA 75% do tráfego das redes sociais já é mobile. Ou seja, a chave para vencer no mobile é vencer primeiro no social. Para ser social a notícia deve despertar vontade nas pessoas de mandar aquele determinado conteúdo para os amigos e, tecnologicamente, esse compartilhamento deve ser cômodo (botões claros, funcionais e acessíveis). Características de uma notícia social: 1. Factual: se é o assunto do momento as pessoas compartilham porque só irão poder compartilhar HOJE. Amanhã é assunto velho. De todas as coisas o factual é o que dá mais retorno. 2. Listas: pessoas adoram listas. É uma forma de compilar uma série de coisas engraçadas. É também uma forma de resumir um assunto longo e complexo de uma forma divertida. 3. Emoção. Segundo estudo de Harvard as emoções que mais produzem ímpetos disseminatórios são duas: emoção positiva (alegria, doçura) e raiva (indignação). Outra emoção bastante forte como impulso disseminatório é a surpresa (perceber algo escondido em uma imagem, descobrir uma curiosidade que seus amigos não sabiam, uma opinião ou pesquisa que prove o contrário do pensamento comum). Resumindo, uma notícia social deve despertar uma dessas: 1. surpresa (curiosidade, nostalgia) 2. felicidade (fofices, animais, bebês, ações que tornam o mundo melhor) ou 3. raiva (indignação, isso precisa mudar, isso é uma injustiça)
  • 28. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! ! ! ! ! 
 28Autor: Marcos Piangers INSIGHT: Acreditamos que podemos ainda melhorar nossa produção de vídeos no Youtube, criando o Pretinho.tv, com a qualidade que alguns players atuais conseguem (Porta dos Fundos). Acreditamos que podemos nos tornar ainda mais relevantes com produção de conteúdo variado nos blogs, como tecnologia no Infosfera e consumo feminino no ATL Girls. Acreditamos que podemos desdobrar nossas mais de 50 matérias semanais nos blogs em um impresso de qualidade, que contemple entrevistas dos Pretinhos com personalidades e aproveitamentos comerciais diferenciados. Acreditamos na possibilidade de um Clube Atlântida, onde os usuários ganham pontos pelo tempo que interagem com nossos produtos e trocam por prêmios. E acreditamos em uma Box Atl, entregue na casa de ouvintes que pagam uma assinatura, com camisetas, canecas, cds, e amostras grátis de parceiros comerciais. Whatsapp 
 No final de 2013 criamos o primeiro clube de Whatsapp do Brasil - talvez do mundo. Consiste em um grupo formado por 50 ouvintes que recebem conteúdo exclusivo de bastidores do Pretinho Básico, em áudio, texto, vídeo e fotos. Também adotamos o Whatsapp como uma rede de distribuição do nosso conteúdo, nos nossos blogs.
  • 29. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Um dos movimentos mais assertivos nos últimos anos dentro dos veículos tradicionais foi a aproximação entre áreas editoriais e comerciais. Ainda que a credibilidade e a isenção sejam moedas inegociáveis, ninguém sabe entregar melhor um produto comercial do que um profissional da área. Dessa forma, acreditamos que a relação entre editorial e comercial pode ser cada vez mais afinada, com a participação do time editorial na formatação das entregas comerciais. ! Uma das formas de ajudar nossos parceiros comerciais a terem resultados mais expressivos é com diversificação. A capacidade de produção de vídeos, eventos, ativações, plataformas digitais e soluções mobile pode ser a única forma de fazer crescer um bolo publicitário que cada vez mais perde espaço para plataformas sociais e players globais de internet. ! Fazemos 
 29Autor: Marcos Piangers Desde 2013 implantamos na Atlântida uma área de branded content, que inicialmente foi focada em vídeos* e posteriormente serve de apoio para inserções comerciais fora dos padrões tradicionais, como merchandisings que contam histórias em uma sequência de dias ou anúncios Onair que têm desdobramentos online. Essa aproximação entre profissionais que conhecem as plataformas de entrega com os profissionais que entendem as demandas do mercado tem sido um profundamente bem sucedida. ! Em 2014 percebemos que além do mercado demandar entregas bem humoradas, que é o nosso forte, havia a necessidade de entregar conteúdo emocional e socialmente ativo. Formamos então um núcleo de criação de projetos taylor made, feitos específicamente para atender demandas comerciais, sempre com um cunho social. Esse grupo é formado por integrantes de grupos locais, como Shoot the Shit e Smile Flame. ! No momento estamos trabalhando em eventos conjuntos e negociando a representação comercial dos eventos sociais da Smile Flame. ! * vídeos: No verão de 2013 filmamos a campanha da cerveja Polar, para a agência Paim, emprestando nossas estrelas e nossa disseminação em redes sociais. No segundo semestre filmamos para Subway (agência Borghi/Lowe) em uma ação de câmera escondida, onde os clientes eram surpreendidos em uma loja. Temos ainda produções para Feevale, FMP, Ciee, Fiat e Snickers. (+ em http://fazemos.webs.com/) 2. Ajudar nossos parceiros comerciais a brilhar junto conosco
  • 30. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Digital first ! O Digital First é um movimento que nos empresta a aura da inovação. Por mais que a mídia tradicional ainda apresente um resultado prático mais eficiente, o que gera mídia espontânea e atenção do mercado são as iniciativas digitais, quando inovadoras. ! Aliar o forte resultado da mídia tradicional com as possibilidades do mundo digital é um caminho formidável. Além disso, temos a possibilidade de desdobrar a publicidade nativa para meios digitais, com nossos diferenciais: 
 ! !! ! ! 30Autor: Marcos Piangers INSIGHT A diversificação nos torna atraentes para parceiros comerciais. Existem duas áreas estratégicas relacionadas ao público jovem que poderiam ser preenchidas por nós. 1. Dossiê Jovem MTV, uma pesquisa que revela os hábitos de consumo do jovem atual e era referência para o mercado publicitário, deixou de existir com o fim da emissora. É um produto que poderia levar a marca da Atlântida, nos tornar referência de conhecimento do comportamento do público jovem e ser vendida para agências de publicidade ou parceiros comerciais. 2. Eventos relacionados ao público jovem, especialmente sobre internet, videogame e tecnologia. A referência é o Campus Party em São Paulo e as feiras do You Pix. Estes eventos tem alto poder de engajamento e nos posicionaria como um entendedor do conhecimento jovem. Além disso tem potencial de venda junto a parceiros que querem se aproximar deste público. INVESTIMENTO DE PUBLICIDADE NO BRASIL EM 2013 (em milhões) Radio 4,7 Revista 6,9 Internet 7,3 Tv Fechada 8,6 Jornal 18,4 Tv Aberta 59,6 A importância da digitalização: a internet é a quarta mídia que mais recebe investimento de publicidade no Brasil. Nos EUA já é a primeira. Talentos respeitados para endossar marcas Nosso conhecimento prático de produtos onair e online, o que nos qualifica para sugerir formas de publicidades mais efetivas Disseminação poderosa em redes sociais
  • 31. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Como oferecer formatos 

 mais brilhantes de publicidade ! Nosso movimento rumo a aproximação editorial e comercial, diversificação, produção de branded content, vídeos e oferecimento de eventos com impacto social é uma clara disposição de abraçar novos formatos de aproveitamento comercial, mais efetivos e impactantes. E num futuro próximo as possibilidades serão ainda mais diversas. ! Sites sem banners Os maiores sites do mundo hoje aboliram o uso de banners para publicidade. Banners são mídias que atrapalham a leitura, perturbam o usuário, têm pouco índice de cliques e índices piores ainda de conversão. Além disso, estima-se que de 10% a 20% dos navegadores tenham extensões que bloqueiam banners. Sites como Buzzfeed e Upworthy vendem apenas branded content: a marca faz um post no site, um conteúdo interessante e condizente com a linha editorial do site. Dessa forma obtém mais visibilidade e engajamento. (+ em http://www.themediabriefing.com/article/buzzfeed- native-ad-social-sharing) ! Publicidade na hora certa O jovem de de 23 anos Brian Wong criou a plataforma Kiip, que entrega publicidade de forma não interruptiva e contextualizada. Funciona assim: você está jogando videogame e finalmente consegue passar de uma fase complicada. Na tela aparecem seus pontos e a comemoração pela conquista. Nesse momento aparece também uma marca, celebrando o momento com você. “Parabéns, você passou de fase. Clique aqui para ganhar uma Coca-Cola de graça”. O Kiip também funciona em apps com gameficação: ao ganhar um badge por uma conquista, você ganha também um desconto em um patrocinador. ! Geolocalização Se o seu celular sabe exatamente onde você está pode lhe dar uma dica de liquidação no momento em que você passa na frente da loja. Se ele percebe que você está em velocidade de corrida, pode sugerir produtos esportivos. Se você está em um evento pode ser avisado do lugar onde a cerveja gelada acaba de chegar. Uma das formas de conversar com devices geolocalizados são os iBeacons. Pequenos sensores que podem ser colocados em qualquer lugar e mandam recados para celulares quando chegam a uma determinada distância. 
 31Autor: Marcos Piangers A empresa Sonic Notify, especializada em publicidade com geolocalização, criou um app para Kayne West em que você ganha músicas do artista se conseguir chegar a 200 metros do próprio “As telas estão ficando menores. Não podemos trabalhar apenas com mídia display. Precisamos de um tipo de publicidade que respeite contexto e intenção do usuário, que ao invés de interromper, ofereça um serviço” - TIM REIS, HEAD OF MOBILE SOLUTIONS DO GOOGLE
  • 32. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Talvez já estejamos trabalhando com a mídia do futuro
 Estamos no mercado de áudio, e este parece um mercado absolutamente promissor. Com a migração de devices, a fragmentação dos conteúdos entre vários displays, a chegada dos wearables e das telas cada vez menores, para onde deve migrar a forma de interação com processamento de dados? Comandos de voz, provavelmente. ! Toda a navegação de sistemas operacionais como Android (através do Google Now) e iOS (através da Siri), todos os comandos do Xbox One e mais recentemente da Amazon Fire TV são através de comandos de voz. No caso dos dois primeiros, a resposta para os comandos é muitas vezes dada também através de voz. ! O filme Her mostra um futuro onde todos interagem com o celular através de comandos de voz. E este fone de ouvido já existe: um device chamado Dash que tem um microfone integrado e faz praticamente tudo o que um celular faz, sem precisar de uma tela. ! Desta forma, onde estará a mídia display? Se não há mais tela, onde estarão os banners e os anúncios? Provavelmente no áudio, e provavelmente de forma inteligente, direcionada e geolocalizada.
 ! ! ! ! ! INSIGHT Apesar de nova e controversa a Programmatic Advertising pode ser uma oportunidade de automatizar nossas vendas em uma plataforma web onde anunciantes e agências pudessem comprar spots, merchandising e pacotes de patrocínio, sem intermediários. Além do automatizar o processo a ferramenta pode recalcular preços de acordo com a demanda e dar descontos para clientes recorrentes. 32Autor: Marcos Piangers O Dash é fone de ouvido, mp3 player, rádio, lê seus emails em voz alta e obedece comando de voz como “ligue para o escritório"
  • 33. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Talvez o principal desafio em uma grande empresa seja torná-la ágil e eficiente, de novo. A quantidade de pessoas e processos cria uma morosidade na hora de efetivamente inovar. As startups tem equipes pequenas e motivadas. No livro Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us, o autor Daniel Pink explica os três motivos que mantêm uma jovem equipe motivada: ! ! Automação A possibilidade de estar no controle do trabalho, sem horário fixo nem local de trabalho definido. A possibilidade de trabalho remoto e de horários flexíveis pode ser um tremendo motivador. Aprendizado A realização de estar trabalhando com alguém melhor que você, ou com uma equipe que exige alguma habilidade que você precisa desenvolver. Qualificação, cursos, encontros criativos e reuniões de avaliação de clima devem ser feitas com frequência. Causa A sensação de estar trabalhando em algo que é maior do que você mesmo, em algo que pode transformar o mundo em um lugar melhor. Este pode ser um motivador poderoso.
 
 33Autor: Marcos Piangers Kevin Rose, fundador do Digg, entrevista empreendedores de startups em sua série de vídeos Foundation. “Os jovens de hoje não estão nem aí para dinheiro. Eles estão muito mais preocupados em ter uma causa" 3. Abastecer nosso dia-a-dia com uma "cultura startup”
  • 34. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 Estudo de Caso: mídia impressa - The Atlantic ! A The Atlantic é a revista mais antiga dos Estados Unidos, fundada em 1857, em Boston. É uma revista séria com reportagens sobre artes, política e economia. Depois de passar por sérios problemas financeiros foi vendida em 1999 e estabeleceu uma guinada digital, criando novos produtos e emulando o pensamento das startups do vale do silício. A The Atlantic passou por uma reformulação editorial, e depois por uma estratégia de distribuição digital. A revista readquiriu relevância e hoje é lida por chefes de governo (Obama foi fotografada com ela, saindo de um helicóptero, em 2013). Depois disso tirou o paywall de seu site, permitindo que qualquer usuário consuma suas notícias. Com isso teve um crescimento de 2500%, chegando a 11 milhões de visitantes únicos em 2008. Em 2009 lançou o site irmão The Wire, uma plataforma focada em opinião de colunistas e analistas. “Contextualização e síntese”, resume Scott Havens, VP de estratégia Digital. Em 2011 contratou jornalistas do site da moda, o Gawker. Em 2012 lançou o Quartz, uma plataforma de notícias sociais otimizadas para serem lidas no celular. Ano passado foi a vez de lançar uma revista virtual para tablets e smartphones, com as melhores notícias da semana compiladas em uma navegação agradável. Desde 2010 a The Atlantic apresenta lucro em suas operações.
 34Autor: Marcos Piangers Como uma revista de 153 anos - (…) - se reinventou para o século 21? Se esforçando pra ser uma startup do Vale do Silício que precisa matar a si mesma para sobreviver. !http://www.nytimes.com/2010/12/13/business/media/ 13atlantic.html?pagewanted=all Tradicionais com uma nova cultura Estudos de caso: televisão - ESPN ! O canal fundado em 1979 soube se digitalizar como poucos e focou em uma cultura digital. Hoje tem plataformas de distribuição online e um app para cada esporte popular nos EUA. Ganha muita receita com publicidade cross-media. Seu grande filão são as transmissões de jogos ao vivo. “Em eventos ao vivo são poucas as pessoas que gravam para ver depois. Também existe pouca pirataria de conteúdos esportivos. Portanto quando uma marca anuncia conosco as pessoas efetivamente vêem o anúncio. Nosso trabalho é apenas entregar esse conteúdo na maior quantidade de telas possíveis” afirmou John Skipper, em painel do SXSW 2014. http://digiday.com/publishers/inside-espns-cross-platform-strategy/
  • 35. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! Uma cultura baseada em tecnologia !Outro ponto importante em uma “cultura startup”, muitas vezes esquecido pelos controladores, é a importância do papel da tecnologia nos processos de inovação. A aproximação dos profissionais experientes em tecnologia e programação com áreas de produto é primordial para estabelecer a inovação no dia a dia. ! Normalmente os controladores querem lançar um produto pronto, testado e absolutamente sem erros. A cultura startup segue outra lógica: a da experimentação. O portal The Verge, por exemplo, redesenhou seu site 53 vezes nos últimos dois anos. Experimentos digitais devem ser lançados rapidamente e passar por ciclos de refino, análise de resultados e melhorias. E isso só é possível com uma aproximação entre produto e TI. ! 
 35Autor: Marcos Piangers 3 Regras de Startups 1. Senso de urgência: "Erre rápido, aprenda rápido com o erro, erre de novo.” Vivemos na era da prototipação e enquanto uma empresa gasta tempo e dinheiro com pesquisa e análise, uma startup está prototipando e colocando o produto ou serviço na rua. A lógica do “erro zero” foi substituida pela lógica do “erre rápido”. 2.Desafie o Status Quo: uma das características dos disruptores é o desrespeito com as regras estabelecidas pelos controladores. Diversas startups passam por problemas com órgãos regulatórios, justamente por colocar em xeque as práticas atuais, muitas delas que não agradam o consumidor final. Soluções mais baratas e simples para problemas do dia a dia são uma forma de desafiar o que está estabelecido. 3. Flip Hierarchy: as empresas de tecnologia não tem o modelo tradicional de comando "top down”, mas sim o modelo do triângulo invertido, onde investidores e fundadores contratam os melhores profissionais do mercado e trabalham pra que estes consigam apenas fazer o seu trabalho da melhor forma possível. “Nossos competidores, particularmente os nativamente digitais, tratam inovação de plataformas como uma função vital. Buzzfeed, em recente memorando, disse que a companhia gastou anos investindo em formatos, analytics, otimização e plataformas de teste A/B. É por este motivo que vários dos maiores jornalistas do país querem trabalhar no Buzzfeed. Isso cria um ciclo virtuoso onde o crescente número de talentos utiliza ferramentas cada vez melhores para fazer o seu trabalho.” - REPORT DO NEW YORK TIMES, EM MARÇO DE 2014
  • 36. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! CONCLUSÃO ! Diz o clichê que todo momento de crise é também uma oportunidade. Se há uma vantagem de estar em um país não desenvolvido é que as tendências acontecem primeiro fora daqui, e mais tarde elas são sistematicamente replicadas para a nossa região. Portanto, basta analisar o que acontece lá fora para aprender com os acertos e erros de competidores no nosso mercado. Há muito o que fazer, especialmente no que diz respeito a mudança de cultura corporativa e gerenciamento de equipes técnicas, em um mercado valorizado e concorrido. Mas ter uma estratégia clara e uma percepção do que deve acontecer em um futuro próximo com nosso negócio é uma vantagem grandiosa. Temos algo que empresas iniciantes não tem: nosso core bussiness é um produto vencedor e rentável. Deveríamos, portanto, nos permitir experimentar mais em outras áreas, de forma mais ousada, focados em oferecer novas perspectivas de ganhos em frentes não exploradas. Talvez a melhor forma de começar seja lendo este estudo de trás pra frente. Primeiro aproximando a área de TI dos times editoriais e comerciais. Depois motivando este novo grupo com automação, aprendizado e causas. Uma das causas pode ser construir uma marca digital de valor nacional. E a partir daí analisar o cenário mundial, em busca de caminhos empolgantes. Sem dúvida, hoje em dia existem muitos.
 36Autor: Marcos Piangers
  • 37. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Escrito em junho de 2014.
 37Autor: Marcos Piangers
  • 38. Disrupção das mídias tradicionais 20 de junho de 2014 38Autor: Marcos Piangers DISRUPÇÃO estratégias para modernização e adaptação da mídia tradicional