Este documento descreve um projeto de pesquisa comparando o jornalismo impresso e online em uma cidade pequena. Ele discute como o jornal local "O Guaíra" está evoluindo para adicionar um site enquanto mantém o jornal impresso, reconhecendo que alguns leitores preferem cada formato. O objetivo é mostrar como os dois formatos podem coexistir ao invés de competir.
O documento analisa a inserção do jornalismo online na região de Ijuí no Rio Grande do Sul. Discorre sobre a história do jornalismo online desde sua criação na década de 1990 e como veículos de comunicação locais como jornais e rádios têm se adaptado ao meio digital. Aponta exemplos como o site do jornal Ijuhy e da Rádio Progresso e entrevistas que indicam que o jornalismo online e impresso podem coexistir oferecendo informações complementares.
O documento discute a importância dos jornais para a democracia liberal, argumentando que jornais livres são necessários para: 1) fornecer informações sobre o funcionamento do governo e dos contra-poderes; 2) dar voz ao público; e 3) limitar a corrupção, já que expõem as ações do poder. Apesar das mudanças tecnológicas, os jornais continuam sendo essenciais para a democracia por meio do jornalismo investigativo que fornecem.
O documento discute as ameaças de disrupção enfrentadas pelas mídias tradicionais e estratégias para modernização. Em resumo, (1) as mídias tradicionais enfrentam desafios devido à mudança no consumo de conteúdo para plataformas digitais e sociais, (2) é importante se adaptar às novas formas de distribuição de conteúdo e publicidade para alcançar audiências, (3) adotar uma "cultura startup" com inovação e experimentação pode ajudar as mídias tradic
O documento discute as implicações das mudanças tecnológicas no jornalismo para a democracia. A tecnologia digital transformou profundamente a indústria jornalística, levando a perda de receitas de anúncios e de jornalistas experientes, mas também estimulando novos modelos como o jornalismo hiperlocal e em tablets. Essas mudanças podem tanto ameaçar a informação dos cidadãos quanto empoderá-los, dependendo de como o jornalismo se adaptar à era digital.
Curso sobre Jornalismo Digital - tratamos das mudanças impostas pela internet na sociedade os impactos disto no campo de comunicação, em particular o jornalismo. Mostramos como o jornalismo e o jornalista têm mudado com as novas tecnologias (quais as competências, experiência, prós e contras etc). Falamos de ferramentas, canais e estratégias (conteúdo, redes sociais, blogs, infograficos/infografia etc).
O curso foi ministrado por Nino Carvalho em Cuiaba (MT).
Jornalismo On-line vs Jornalismo Impressozuquinhaaa
O documento discute as diferenças entre jornalismo impresso e online. Apresenta argumentos sobre a conveniência de cada meio e prevê que o jornalismo online eventualmente substituirá a imprensa impressa, embora esta continue a existir em menor escala devido aos hábitos dos leitores. Também analisa conceitos como inovação, especificidades dos meios, liberdade de expressão e censura.
O documento discute as diferenças entre jornalismo impresso e online, com opiniões divergentes sobre o futuro do jornalismo impresso. Alguns acreditam que será suplantado online nos próximos anos, enquanto outros defendem que ambos podem coexistir com cada um desempenhando papéis complementares. O documento também explora as vantagens de cada formato.
O documento analisa a inserção do jornalismo online na região de Ijuí no Rio Grande do Sul. Discorre sobre a história do jornalismo online desde sua criação na década de 1990 e como veículos de comunicação locais como jornais e rádios têm se adaptado ao meio digital. Aponta exemplos como o site do jornal Ijuhy e da Rádio Progresso e entrevistas que indicam que o jornalismo online e impresso podem coexistir oferecendo informações complementares.
O documento discute a importância dos jornais para a democracia liberal, argumentando que jornais livres são necessários para: 1) fornecer informações sobre o funcionamento do governo e dos contra-poderes; 2) dar voz ao público; e 3) limitar a corrupção, já que expõem as ações do poder. Apesar das mudanças tecnológicas, os jornais continuam sendo essenciais para a democracia por meio do jornalismo investigativo que fornecem.
O documento discute as ameaças de disrupção enfrentadas pelas mídias tradicionais e estratégias para modernização. Em resumo, (1) as mídias tradicionais enfrentam desafios devido à mudança no consumo de conteúdo para plataformas digitais e sociais, (2) é importante se adaptar às novas formas de distribuição de conteúdo e publicidade para alcançar audiências, (3) adotar uma "cultura startup" com inovação e experimentação pode ajudar as mídias tradic
O documento discute as implicações das mudanças tecnológicas no jornalismo para a democracia. A tecnologia digital transformou profundamente a indústria jornalística, levando a perda de receitas de anúncios e de jornalistas experientes, mas também estimulando novos modelos como o jornalismo hiperlocal e em tablets. Essas mudanças podem tanto ameaçar a informação dos cidadãos quanto empoderá-los, dependendo de como o jornalismo se adaptar à era digital.
Curso sobre Jornalismo Digital - tratamos das mudanças impostas pela internet na sociedade os impactos disto no campo de comunicação, em particular o jornalismo. Mostramos como o jornalismo e o jornalista têm mudado com as novas tecnologias (quais as competências, experiência, prós e contras etc). Falamos de ferramentas, canais e estratégias (conteúdo, redes sociais, blogs, infograficos/infografia etc).
O curso foi ministrado por Nino Carvalho em Cuiaba (MT).
Jornalismo On-line vs Jornalismo Impressozuquinhaaa
O documento discute as diferenças entre jornalismo impresso e online. Apresenta argumentos sobre a conveniência de cada meio e prevê que o jornalismo online eventualmente substituirá a imprensa impressa, embora esta continue a existir em menor escala devido aos hábitos dos leitores. Também analisa conceitos como inovação, especificidades dos meios, liberdade de expressão e censura.
O documento discute as diferenças entre jornalismo impresso e online, com opiniões divergentes sobre o futuro do jornalismo impresso. Alguns acreditam que será suplantado online nos próximos anos, enquanto outros defendem que ambos podem coexistir com cada um desempenhando papéis complementares. O documento também explora as vantagens de cada formato.
O documento discute o impacto dos meios de comunicação na formação da opinião pública e as diferenças entre meios tradicionais e sociais. Também aborda o papel da internet, Web 2.0 e redes sociais na construção de uma nova inteligência coletiva e mídia social.
O documento discute a proposta de produzir um jornal online com alunos do ensino fundamental para motivar a leitura e escrita, explorando diversos gêneros textuais. O objetivo é possibilitar o acesso a diferentes linguagens jornalísticas e estimular a produção e leitura crítica dos alunos.
Este artigo discorre sobre as evoluções e características que têm marcado o webjornalismo brasileiro nas duas últimas décadas. A partir de uma revisão bibliográfica sobre as fases do webjornalismo e os conceitos de mobilidade, convergência e hiperlocalismo foi possível observar os modelos que compõem este tipo de jornalismo produzido exclusivamente para a World Wide Web, além da ilustração de exemplos que mostram as adaptações que público e profissionais da área tiveram que enfrentar em virtude do uso recorrente das potencialidades do meio. O jornalismo antes baseado, sobretudo, na imagem e no texto, agora é participativo, convergente, móvel e voltado para a proximidade.
O documento discute os desafios do jornalismo digital, incluindo a grande quantidade de fontes na internet, a necessidade de critérios para selecionar informações relevantes rapidamente, e como as mídias sociais tornaram o processo mais interativo e democrático, exigindo ética dos jornalistas.
O documento discute as novas tecnologias da comunicação, como a web, redes sociais e mobilidade. A autora Suzana Cohen analisa como essas tecnologias transformaram as relações humanas e a comunicação social, e defende a necessidade de uma visão crítica sobre o contexto atual e as implicações dessas mudanças.
O documento descreve a transição da imprensa tradicional para o formato digital, gratuito e online. Muitos jornais portugueses disponibilizam agora as suas notícias gratuitamente na internet, embora ainda dependam da publicidade para rendimento. Dois dos primeiros jornais portugueses online foram o Jornal de Notícias e o Público.
1) O documento discute a história de Johannes Gutenberg e o desenvolvimento da impressão. 2) Detalha como o Projeto Gutenberg digitaliza obras para torná-las gratuitas e acessíveis. 3) Aborda como a internet afeta a mídia impressa, questionando se vai acabar com ela, mas conclui que as mídias podem coexistir.
Este documento discute o conceito de jornalismo cidadão e como qualquer pessoa pode se tornar um produtor de notícias. Ele explica que com as ferramentas digitais como blogs, podcasts e redes sociais, qualquer um pode divulgar informações e perspectivas que interessam a outros. O documento enfatiza que o jornalismo cidadão descentraliza a produção de notícias e permite que mais vozes sejam ouvidas.
O documento resume as credenciais e experiência de Nino Carvalho como especialista em comunicação e marketing digital. Ele tem mais de 15 anos de experiência na área, capacitou cerca de 12 mil profissionais, e é referência no Brasil em marketing digital tanto na academia quanto no setor executivo. Nino Carvalho também tem experiência trabalhando com o setor público aplicando estratégias de marketing digital para governos.
1. O documento apresenta uma introdução a um livro sobre jornalismo online, discutindo como as novas tecnologias estão revolucionando a comunicação e informação.
2. Descreve o projeto Akademia, que explorou novas formas de jornalismo online baseadas em convergência de mídia e ligação entre jornalismo e bases de dados.
3. Explica que o livro está dividido em três volumes, sendo o primeiro sobre jornalismo online especificamente e os demais abordando tópicos relacionados como comunicação prom
Entrevista com João Pedro Pereira, editor do weblog EngrenagemClaudio Vitor Vaz
João Pedro Pereira é um editor de um weblog chamado "Engrenagem" dedicado a temas de mídia e tecnologia. Ele discute sua visão sobre o futuro do jornalismo online, dizendo que as rotinas jornalísticas permanecerão as mesmas, mas os formatos mudarão para incluir mais vídeo e funcionalidades de redes sociais. Ele também acredita que daqui a 30 anos os jornais impressos podem não existir mais, com a migração completa para plataformas online.
O documento discute as mudanças no jornalismo causadas pela internet, com foco em multimídia e narrativas interativas. Aborda como as redações estão se adaptando para produzir conteúdo para múltiplas plataformas de forma integrada, com treinamento de equipes e novas funções. Apresenta também exemplos de veículos de mídia que reorganizaram suas redações para produzir de forma mais ágil e centrada no leitor para o online e o impresso.
O artigo explora as formas de distribuição de revistas na internet e discute sobre as novas configurações na esfera da circulação. Traça-se um panorama histórico dessas publicações em rede e assinalam-se algumas particularidades. Tecnologias para a disponibilização e leitura de revistas em rede estão em permanente renovação. Elementos tais como os sistemas disponibilizadores carecem de uma exploração e sistematização que permita conhecer o estado atual da circulação de jornalismo de revistas na web e suas principais tendências. Mapeamento do território das revistas online, no que se refere a sistemas mais usuais de publicação na Internet.
O jornal impresso em tempos de mídias digitaisAndrey Martins
O documento discute a evolução do jornalismo impresso para o digital, desde as origens do jornalismo até as mudanças causadas pela internet. Ele analisa especificamente a transição do jornal O Globo do impresso para várias plataformas digitais e redes sociais. A conclusão é que o jornalismo continua se adaptando às novas tecnologias e que o futuro trará mais integração entre versões impressas e digitais.
O documento discute como o comportamento do consumidor mudou com o avanço da tecnologia, permitindo que as pessoas queiram interagir e contribuir com informações. Também aborda como as mídias sociais permitem que as pessoas se socializem online e em qualquer lugar através de dispositivos móveis, levando a comunicação em tempo real. Isso força as mídias tradicionais a se adaptarem dependendo do público-alvo.
Movimento Maker: Você não acredita o que pode ser feito para atrair clicks ...Ana Claudia Piva
Artigo Acadêmico produzido para o Trabalho de Conclusão De Curso: Pós-Graduação Gestão de Conteúdo em Comunicação - Jornalismo. Universidade Metodista de São Paulo.
O documento discute as tendências do jornalismo online e impresso no Brasil e no mundo. Aponta que embora os jornais impressos ainda sejam dominantes no Brasil, internacionalmente os jornais online estão crescendo rapidamente e devem superar os impressos em breve. Também analisa diferentes estratégias de monetização de conteúdo online pelos jornais.
O documento discute o impacto dos meios de comunicação na formação da opinião pública e as diferenças entre meios tradicionais e sociais. Também aborda o papel da internet, Web 2.0 e redes sociais na construção de uma nova inteligência coletiva e mídia social.
O documento discute a proposta de produzir um jornal online com alunos do ensino fundamental para motivar a leitura e escrita, explorando diversos gêneros textuais. O objetivo é possibilitar o acesso a diferentes linguagens jornalísticas e estimular a produção e leitura crítica dos alunos.
Este artigo discorre sobre as evoluções e características que têm marcado o webjornalismo brasileiro nas duas últimas décadas. A partir de uma revisão bibliográfica sobre as fases do webjornalismo e os conceitos de mobilidade, convergência e hiperlocalismo foi possível observar os modelos que compõem este tipo de jornalismo produzido exclusivamente para a World Wide Web, além da ilustração de exemplos que mostram as adaptações que público e profissionais da área tiveram que enfrentar em virtude do uso recorrente das potencialidades do meio. O jornalismo antes baseado, sobretudo, na imagem e no texto, agora é participativo, convergente, móvel e voltado para a proximidade.
O documento discute os desafios do jornalismo digital, incluindo a grande quantidade de fontes na internet, a necessidade de critérios para selecionar informações relevantes rapidamente, e como as mídias sociais tornaram o processo mais interativo e democrático, exigindo ética dos jornalistas.
O documento discute as novas tecnologias da comunicação, como a web, redes sociais e mobilidade. A autora Suzana Cohen analisa como essas tecnologias transformaram as relações humanas e a comunicação social, e defende a necessidade de uma visão crítica sobre o contexto atual e as implicações dessas mudanças.
O documento descreve a transição da imprensa tradicional para o formato digital, gratuito e online. Muitos jornais portugueses disponibilizam agora as suas notícias gratuitamente na internet, embora ainda dependam da publicidade para rendimento. Dois dos primeiros jornais portugueses online foram o Jornal de Notícias e o Público.
1) O documento discute a história de Johannes Gutenberg e o desenvolvimento da impressão. 2) Detalha como o Projeto Gutenberg digitaliza obras para torná-las gratuitas e acessíveis. 3) Aborda como a internet afeta a mídia impressa, questionando se vai acabar com ela, mas conclui que as mídias podem coexistir.
Este documento discute o conceito de jornalismo cidadão e como qualquer pessoa pode se tornar um produtor de notícias. Ele explica que com as ferramentas digitais como blogs, podcasts e redes sociais, qualquer um pode divulgar informações e perspectivas que interessam a outros. O documento enfatiza que o jornalismo cidadão descentraliza a produção de notícias e permite que mais vozes sejam ouvidas.
O documento resume as credenciais e experiência de Nino Carvalho como especialista em comunicação e marketing digital. Ele tem mais de 15 anos de experiência na área, capacitou cerca de 12 mil profissionais, e é referência no Brasil em marketing digital tanto na academia quanto no setor executivo. Nino Carvalho também tem experiência trabalhando com o setor público aplicando estratégias de marketing digital para governos.
1. O documento apresenta uma introdução a um livro sobre jornalismo online, discutindo como as novas tecnologias estão revolucionando a comunicação e informação.
2. Descreve o projeto Akademia, que explorou novas formas de jornalismo online baseadas em convergência de mídia e ligação entre jornalismo e bases de dados.
3. Explica que o livro está dividido em três volumes, sendo o primeiro sobre jornalismo online especificamente e os demais abordando tópicos relacionados como comunicação prom
Entrevista com João Pedro Pereira, editor do weblog EngrenagemClaudio Vitor Vaz
João Pedro Pereira é um editor de um weblog chamado "Engrenagem" dedicado a temas de mídia e tecnologia. Ele discute sua visão sobre o futuro do jornalismo online, dizendo que as rotinas jornalísticas permanecerão as mesmas, mas os formatos mudarão para incluir mais vídeo e funcionalidades de redes sociais. Ele também acredita que daqui a 30 anos os jornais impressos podem não existir mais, com a migração completa para plataformas online.
O documento discute as mudanças no jornalismo causadas pela internet, com foco em multimídia e narrativas interativas. Aborda como as redações estão se adaptando para produzir conteúdo para múltiplas plataformas de forma integrada, com treinamento de equipes e novas funções. Apresenta também exemplos de veículos de mídia que reorganizaram suas redações para produzir de forma mais ágil e centrada no leitor para o online e o impresso.
O artigo explora as formas de distribuição de revistas na internet e discute sobre as novas configurações na esfera da circulação. Traça-se um panorama histórico dessas publicações em rede e assinalam-se algumas particularidades. Tecnologias para a disponibilização e leitura de revistas em rede estão em permanente renovação. Elementos tais como os sistemas disponibilizadores carecem de uma exploração e sistematização que permita conhecer o estado atual da circulação de jornalismo de revistas na web e suas principais tendências. Mapeamento do território das revistas online, no que se refere a sistemas mais usuais de publicação na Internet.
O jornal impresso em tempos de mídias digitaisAndrey Martins
O documento discute a evolução do jornalismo impresso para o digital, desde as origens do jornalismo até as mudanças causadas pela internet. Ele analisa especificamente a transição do jornal O Globo do impresso para várias plataformas digitais e redes sociais. A conclusão é que o jornalismo continua se adaptando às novas tecnologias e que o futuro trará mais integração entre versões impressas e digitais.
O documento discute como o comportamento do consumidor mudou com o avanço da tecnologia, permitindo que as pessoas queiram interagir e contribuir com informações. Também aborda como as mídias sociais permitem que as pessoas se socializem online e em qualquer lugar através de dispositivos móveis, levando a comunicação em tempo real. Isso força as mídias tradicionais a se adaptarem dependendo do público-alvo.
Movimento Maker: Você não acredita o que pode ser feito para atrair clicks ...Ana Claudia Piva
Artigo Acadêmico produzido para o Trabalho de Conclusão De Curso: Pós-Graduação Gestão de Conteúdo em Comunicação - Jornalismo. Universidade Metodista de São Paulo.
O documento discute as tendências do jornalismo online e impresso no Brasil e no mundo. Aponta que embora os jornais impressos ainda sejam dominantes no Brasil, internacionalmente os jornais online estão crescendo rapidamente e devem superar os impressos em breve. Também analisa diferentes estratégias de monetização de conteúdo online pelos jornais.
Semelhante a Projeto de pesquisa Jornal O Guaíra (20)
1. ALLINE REGINA CASADO DE LIMA
JORNALISMO IMPRESSO E O JORNALISMO ONLINE
Projeto de pesquisa elaborado como exigência
parcial para obtenção de média bimestral da
disciplina Jornalismo Comparado.
Orientador: Prof. Maurício Mello
UNIFRAN 2011
2. Tema
Este projeto trata-se da comparação entre o jornalismo impresso e o jornalismo online,
mais precisamente o jornal diário de uma cidade com menos de 50 mil habitantes chamado “O
Guaíra”.
Ele falará sobre a evolução de um jornalismo moderno, as conseqüências e as
mudanças que isto traz para uma cidade de interior com seus gostos e costumes rígidos. Como
um jornal de 82 anos se adapta à modernidade e evolui, trazendo para Guaíra uma maneira
diferente de se manter informado.
O que o jornalismo online muda no jornalismo impresso da cidade. Quais os
benefícios para o veículo de comunicação de papel e os benefícios para um veículo sem a
mão-de-obra de produção.
Atualmente, o jornalismo está mudando, a rapidez e a agilidade com que as notícias
são veiculadas nos sites, nem sempre são acompanhadas pelo jornal impresso. Mas no caso do
jornal “O Guaíra”, o jornal anexado no site é exatamente o jornal impresso distribuído na
cidade. A diferença é que o jornal online sai colorido, com as propagandas mais destacadas,
podendo ter algum vídeo em seu lugar ou até mesmo uma entrevista.
Se a tecnologia permite uma cobertura de grande instantaneidade, quase em tempo real
aos veículos presentes na web, observa-se, entretanto, que muitas vezes, informações já
publicadas em papel são divulgadas com o mesmo texto na Rede, sem qualquer atualização e
como isso traz conseqüência para os clientes de anos de jornalismo impresso.
Surgimento desta mídia digital para Guaíra traz uma nova era com novos mecanismos
comunicacionais, favorecendo agilidade e modernidade à cidade. Jornalismo digital quase
igual ao jornalismo impresso, trazendo algumas novidades, como vídeos de propagandas e até
programas de entrevistas.
O jornalismo online traz uma nova interação entre informação, cultura e praticidade. O
jornalismo impresso possui aqueles leitores fixos que preferem parar um tempo do seu dia
para ler as notícias da cidade ao ter que abrir uma página da internet para se manter
informado.
O projeto tratará deste problema buscando informações e resultados para este veículo
de comunicação, podendo mostrar diferentes formas de solução.
2
3. Justificativa
Para realizar o projeto, faz-se um breve histórico sobre como surgiu o jornalismo
impresso deste veículo de comunicação e em seguida o jornalismo online, registrando,
também, as evoluções da internet em uma cidade do interior. Observou-se como é passada a
notícia aos internautas, e como ela é passada aos leitores do jornal impresso. A facilidade e
dificuldade de cada um. Este estudo pretende registrar o desenvolvimento do jornalismo
online nos dias de hoje em Guaíra, comparando as notícias veiculadas, em um meio digital e
um impresso, da mesma empresa de comunicação – Jornal e Editora O Guaíra. O estudo
analisa com que freqüência o site coloca o jornal no ar; qual a prioridade da empresa, e conta
brevemente sobre a história de como surgiu este meio de comunicação.
Esta pesquisa buscou solucionar questões a respeito do jornalismo impresso com o
jornalismo online, a fim de obter melhores resultados para a comunicação da cidade de
Guaíra.
Este estudo pretende registrar o desenvolvimento do jornalismo online nos dias de
hoje em Guaíra, comparando as notícias veiculadas, em um meio digital e um impresso, da
mesma empresa de comunicação. O estudo analisa com que freqüência o site coloca o jornal
no ar; qual a prioridade da empresa, e conta brevemente sobre a história de como surgiu este
meio de comunicação.
Atualmente a sociedade está em um processo de modernização muito grande.
Aparelhos de todos os tipos chegam às mãos da população para trazer uma praticidade à vida
de hoje em dia. E as pessoas querem se atualizar e se modernizar para adquirir mais tempo no
seu cotidiano. Há aqueles que prezam por alguns minutos para adicioná-los em sua carga de
trabalho, sempre com a ambição de uma melhor vida financeira. Com isso produtos chegam
ao mercado todos os dias. Mesmo sendo uma cidade do interior, onde as coisas chegam um
pouco atrasado, Guaíra começa a se modernizar com seus veículos de comunicação.
O principal jornal da cidade, “O Guaíra”, entrou nesta trilha moderna, trazendo uma
nova maneira de se obter as notícias de uma maneira um pouco diferente. O jornalismo online
do O Guaíra é um pouco parecido com o jornal impresso – seria o jornal em PDF colocado na
rede, de forma que você possa folhear e ler as notícias como se estivesse com um jornal de
papel à sua frente.
Assim, podemos observar ao longo deste projeto que o jornal online chega com
diversos benefícios ao leitor, oferecendo a notícia de uma maneira mais prática e rápida, a
3
4. partir da experiência jornalística impressa já existente. Mas então, se o jornalismo digital
possui tantos benefícios, porque fazer uma pesquisa comparando-o com o jornal impresso?
O projeto foi realizado para a comparação dos dois tipos de jornais, e também para
esclarecer o porquê do jornal impresso ainda lotar as casas da população. Apesar de as vezes
não parecer, o jornal impresso possui suas qualificações que o mantém no mercado. Este
projeto aparece para mostrar como este tipo de jornal ainda não foi extinto e se será algum dia
totalmente substituído pelo digital.
Pode-se dizer que o jornalismo digital, amplia o potencial do jornalismo impresso. Há
uma valorização de acesso à cultura, informações que inovam a área da comunicação.
A pesquisa se baseia no assunto da atualidade. Mistura de modernidade, rotina e
comunicação, três assuntos que fazem parte do cotidiano da população e que influenciam na
maioria dos assuntos tratados e resolvidos de hoje em dia.
Tema interessante e ao mesmo tempo importante para o embasamento da história da
comunicação social. Questões conceituais sobre o jornalismo impresso e a influencia da
informática no jornalismo digital em uma cidade de interior. As novas funções comunicativas,
o desenvolvimento técnico da mídia. Tudo aparece com a intenção de trazer à tona o
moderno, mas continuando com o clássico editorial reproduzido no impresso.
Este contexto de aceleração do tempo que a imprensa insiste em salientar,
consolidando-se como atividade industrial, trazendo a expansão do digital. O jornalismo
necessita cumprir a valorização da informação instantânea. Assim como o escritor Luiz
Fernando Veríssimo afirma “vivemos num tempo maluco em que a informação é tão rápida
que exige explicação instantânea e tão superficial que qualquer explicação serve", há a
necessidade de uma maneira prática de se ver a notícia, mas ao mesmo tempo a confiança que
este meio deve passar ao seu leitor.
Antes, as novas tecnologias serviam somente para a modernização do processo
industrial. Agora, a tecnologia facilita a comunicação interna e externa.
4
5. Objetivo
Este projeto será realizado com o objetivo de solucionar os pequenos conflitos que há
entre os dois tipos de publicação de informação de um meio de comunicação. O propósito a
ser mostrado será de conciliar os dois tipos de jornais – impresso e online – onde um completa
o outro de alguma forma. Por mais estranho que pareça, os dois se conectam, não
necessitando de concorrência entre eles.
A questão deste problema se foca na importância do gosto do receptor; o que será
melhor para ele; o que ele está aderindo a cada dia que passa.
Nem sempre o público alvo de um será o outro. Muitas pessoas não querem ter que
ligar um computador, entrar na internet, no site, e carregar a página online do jornal “O
Guaíra”. Já outros, aproveitam que se utilizam da internet para trabalho ou lazer, e param para
ler o jornal do dia ali mesmo, sem precisar perder alguns minutos do seu tempo para sentar e
abrir um jornal impresso.
O jornal impresso não desaparecerá, pelo menos por uns bons anos, pois a geração
mais antiga prefere não de adaptar aos costumes tecnológicos de oje em dia.
Há os mais antigos, que não largam o jornal impresso por nada. Assinam o jornal mais
antigo da cidade há anos, e adoram acordar cedo, abrir a porta de casa e pegar o seu jornal no
quintal e folheá-lo, tomando um café. E preferem o jornal com o seu padrão. Tendo as
notícias da cidade, com algumas notícias da região.
E há também os que querem seguir a modernidade da tecnologia. Ler um jornal no
computador, lap top, ou até mesmo no celular, lhes faz bem. Poder mostrar aos outros que
está informado tão rapidamente quanto parar para ler o jornal impresso.
O jornal “O Guaíra” realizou uma pesquisa de gostos e sugestões com os seus clientes
perguntando o que achavam do jornal online, e, se deixariam ou trocariam o papel pelo
digital. Diversas pessoas afirmaram que sim pela vantagem do jornal online ser gratuito. Em
contrapartida, outras declararam que não abandonam o “gostoso” hábito de parar uns minutos
do seu dia para ler as informações da cidade.
Outro problema a ser questionado, seria os clientes que pagam mensalmente ou
anualmente o jornal impresso, e o jornal online do “O Guaíra” é gratuito para todos. Não há a
restrição para aqueles que não são clientes do jornal. Com isso a empresa de comunicação
perdeu alguns clientes que preferem ler de graça através da internet ao pagar apenas R$150,00
por ano para receber o jornal impresso todos os dias em casa – com exceção das segundas-
5
6. feiras. A vantagem que o jornal possui são os clientes fixos e acostumados com o jornal
impresso que não se importam em pagar esta quantia, mas que preferem ter o seu jornal ali em
casa todo dia. Manter o jornal impresso pela preferência da alguns anunciantes e até leitores
que memorizam muito mais um assunto ao ler a noticias que pode ser tocada.
Outro assunto que dá vantagem ao jornal digital são os vídeos exibidos nas páginas de
algumas edições. Os vídeos nas propagandas chamam a atenção dos leitores, uma vantagem
aos anunciantes que já preferem pagar um pouco mais para exibir suas propagandas de modo
que fiquem mais chamativas. Uma inovação em um veículo de comunicação que está
mudando opiniões de clientes e vendedores. A questão a ser abordada, seria a economia de
materiais caso a adesão ao jornal online tornasse completamente adquirida e as pessoas
passassem a lê-lo através do site
Outra inovação, que necessita de melhoria, mas já possui um grande destaque, é um
novo quadro no jornal online – um programa – exibida uma vez por semana, onde a
apresentadora, Kátia Lacativa, entrevista um convidado. Um programa de entrevistas,
chamado “Conta para nós”, com cidadãos da cidade contando sobre suas vidas. Analisamos a
edição da versão online do jornal na edição do dia 1º de junho de 2011, página 06.
6
7. Com isso o jornal “O Guaíra” tem o objetivo de atrair os clientes para o digital. A
intenção e idéia dos diretores deste veículo é aumentar o numero de anunciantes – e
automaticamente o preço das propagandas – para deixar o jornal online aberto a todos,
gratuitamente. Isso ocorrerá se os anunciantes perceberem que o número de acessos está a
cada dia aumentando. Um relatório feito do dia 02/05/2011 à 02/06/2011 mostra que o jornal
online do “O Guaíra” teve 71.274 visualizações de página e 15.503 visitas ao longo do mês,
com uma taxa de rejeição de 20,31% e tempo médio acessado ao site de 05 minutos e 55
segundos. Para aumentar estes números – com exceção da taxa de rejeição – este veículo de
comunicação necessita aprimorar o design e alguns acessos do site. Eventos clicados por este
veículo de comunicação são anexados ao site e com isso também há um aumento de número
de visitantes.
A explosão dos jornais diários digitais foi entre 1995 e 1996; e, desde então, muitos
teóricos das mais diversas áreas (Filosofia, Informática, Comunicação, Sociologia etc)
discutem sobre a extinção do jornal impresso. Mas o que vimos até agora são jornais
disponibilizando seus conteúdos integralmente na Rede, assim como o “O Guaíra” faz. No
começo, não era preciso pagar nada. Entretanto, hoje em dia os portais começam a fechar
cada vez mais o acesso gratuito aos seus conteúdos. Entre os primeiros jornais digitais estão
The Nando Times (1994) e o The San Jose Mercury Center, disponibilizado na web no início
de 1995, ambos dos Estados Unidos. A iniciativa foi de um grupo de empresários que teve a
idéia de distribuir notícias na Internet, por causa da rapidez e agilidade da informação.
Um problema que precisa ser solucionado é o modelo do site do “O Guaíra”, que ainda
dificulta a movimentação de algumas pessoas pelo seu gráfico ser diferente. O jornal também
necessita colocar outras matérias avulsas e não apenas o jornal online para folhear. E fazer
inovações que atraiam os leitores ao site.
Em contrapartida, a desvantagem que o jornal online traz é a dependência de um bom
servidor de internet e da rede de sites responsável pelo site do veículo. Sair fora do ar, ou ter
problemas com a anexação dos PDFs do jornal é um problema que evita a total confiança do
cliente para com o jornal online.
7
8. Hipótese
Ao conciliar os dois jornais – expandir o jornal online baseado no impresso – o projeto
alcançará grandes resultados. O seu objetivo será aumentar o número de internautas visitantes
no site do jornal “O Guaíra” e manter os poucos assinantes que não abandonam o jornal
impresso.
Com o número de visitantes online aumentando, há um progresso nas finanças em
conseqüência dos anunciantes que pagarão para mostrar suas propagandas a todos e não
somente aos assinantes do veículo em questão.
Conseqüência dessa evolução do jornal será vantajosa aos leitores, anunciantes e ao
próprio jornal que terá seus lucros aumentados e a sua exibição para todos e não apenas aos
cidadãos guairenses. Vantagem aos leitores que terão um jeito diferente de se manter
informado ou continuar em seu padrão, podendo escolher o modo de receber a notícia ao seu
gosto. E por fim, vantagem ao anunciante que poderá exibir sua propaganda para um número
maior de pessoas além dos cidadãos assinantes do jornal.
“O Guaíra” não será apenas um jornal diário para uma cidade com menos de 50 mil
habitantes. Será divulgado para fora deste pequeno interior, podendo valorizar o veículo e
seus seguidores – funcionários. O “O Guaíra” conseguirá evoluir seus trabalhos, produzindo
programas, vídeos, propagandas, entrevistas, enfim, qualquer novidade que chame a atenção
do leitor que ainda não existe nos veículos de comunicação existentes e renomados.
Poderá expandir o veículo de comunicação, até mesmo com revistas, rádio, ou outras
opções de enviar a informação aos cidadãos. Este veículo já possui uma revista publicada
duas vezes ao ano – uma no aniversário da cidade e a outra o final do ano. Com o aumento de
visualizações no site, sua rede social também aumentará. Dar a opção de feed back para o
leitor o traz para mais perto do jornal “O Guaíra”.
8
9. http://www.unaberta.ufsc.br/artigo5.htm
http://pt.scribd.com/doc/11036046/Cibercultura-Pierre-Levy
https://portal.unifran.br/php/downloads/documentos/normasTCC.pdf
Metodologia
O acesso às informações de outros locais ficou mais fácil para as pessoas que têm a
possibilidade de se conectarem à Internet. Quando é feita essa conexão, os leitores têm acesso
a veículos de qualquer lugar do mundo. Isto não seria possível sem a ajuda da Internet, pois
para que isso pudesse acontecer, alguém teria que ir até este país buscar o jornal para que ele
pudesse ser lido, ou dependeria dos serviços de correios internacionais aéreos. Com isto,
demoraria muito tempo e faria com que a informação chegasse às mãos do indivíduo,
ultrapassada. Quem navega na Internet pode observar que alguns jornais internacionais
disponibilizam notícias em vários idiomas, primeiramente inglês e espanhol.
Entretanto, o grande mar de informação gratuita oferecido pela web até poucos anos
atrás parece estar se fechando. No caso do Sinos.net, até o ano de 2004 qualquer internauta
podia acessar todas as informações do portal. Hoje só os assinantes podem ter acesso ao
conteúdo completo.
No Sinos.net, do Grupo Sinos, os assinantes têm acesso a todos os jornais revistas e
conteúdos. O jornal impresso é colocado em pdf na rede, apenas para esses assinantes. O
portal parece estar seguindo uma tendência observável, também, em outros sites, no sentido
do fechamento e da redução dos conteúdos gratuitos, disponíveis a qualquer internauta.
Para observar como diversos sites noticiosos se comportavam com relação à
distribuição gratuita de conteúdo, fez-se uma visitação aos portais mantidos por jornais
tradicionais como a Folha de S. Paulo, o Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, o Correio do
Povo e Zero Hora, nos dias 4 e 5 de novembro de 2004. Pôde-se observar, assim, que a Folha
de S. Paulo franquia o acesso a várias matérias apenas aos assinantes do portal UOL, que
9
10. podem ler o conteúdo dessas na íntegra. O Jornal do Brasil e o Estadão disponibilizam as
notícias integralmente aos internautas em geral.
No Rio Grande do Sul, os veículos das principais empresas de comunicação do Estado
têm características diferentes. A Empresa Jornalística Caldas Júnior disponibiliza notícias na
web em um jornal on-line, com o mesmo título de seu jornal impresso, o centenário Correio
do Povo, cuja versão on-line é oferecida em pdf, com o conteúdo totalmente igual ao
distribuído em papel. A Rede Brasil Sul de Comunicações, que publica Zero Hora, é
proprietária do portal ClicRBS, no qual não se precisa ser assinante para ter acesso ao
conteúdo. Entretanto, para ter acesso a determinadas matérias é preciso se cadastrar no portal,
colocando nome, sobrenome, endereço e um e-mail de uso pessoal. Após esse procedimento,
o usuário recebe uma senha e pode usar os serviços do portal. Por enquanto, o serviço é
gratuito.
Conforme Héris Arnt, os jornais digitais possuindo ou não redações próprias guardam
características do jornal impresso, mas o “[...] advento do jornalismo digital redefine funções
do jornal impresso que tende a se afirmar como o espaço da reflexão, da contextualização e do
aprofundamento dos acontecimentos da sociedade” 1. Devido às possibilidades oferecidas pela
web, conforme esse autor, os veículos on-line colocam à disposição dos internautas de todo o
mundo textos literários, científicos e documentais, oferecendo novas e diferentes leituras
sobre a história que está acontecendo. O autor destaca a formação das bibliotecas virtuais e do
acesso livre ao acervo de jornais, que, possivelmente, se tornariam históricos se fossem
disponibilizadas as informações armazenadas na Rede. Para Héris Arnt, a facilidade de acesso
às edições recentes e antigas digitalizadas poderia conferir aos jornais a função de avaliação e
validação dos eventos sociais.
No portal Sinos.net, do Grupo Sinos, quem for assinante tem acesso a todos os jornais
revistas e conteúdos. O jornal impresso é colocado em pdf na rede, apenas para estes
assinantes, diferente do que ocorre com o Correio do Povo, da Caldas Júnior, ao qual qualquer
internauta de qualquer país do mundo pode ter acesso.
A partir da visitação aos sites de jornais de referência, pôde-se observar que a Internet
tende a cada vez mais fechar as possibilidades de navegação para quem não for assinante,
1
ARNT, Héris. Do jornal impresso ao digital: novas funções comunicacionais. In:
HOHLFELDT, Antonio; BARBOSA, Marialva. Jornalismo no século XXI: a cidadania. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 2002.
10
11. obrigando assim a população a pagar um valor determinado em troca de serviços prestados.
Mais uma vez mantém-se a constatação de que a notícia chega a aquelas pessoas que podem
pagar pelo serviço. Primeiramente, os portais oferecem os serviços de graça para fazer a
população conhecê-los e passar a usá-los. Depois de o serviço ser bem divulgado, eles
começam a fechar permitindo acesso somente ao assinante. O que deveria ser divulgado para
todos saberem é cobrado. A única informação pela qual não se precisa pagar são as notícias
dos telejornais de canal aberto, mas essas, geralmente, têm um ritmo mais acelerado, não
aprofundando as matérias como no jornal impresso. Na Internet, a notícia é mais sucinta,
tendo outra linguagem.
Metodologia do online
O destaque conquistado pelos primeiros jornais digitais foi obtido através da
exploração das vantagens da Internet, oferecendo muito mais que a transposição das
informações dos jornais impressos. De acordo com a pesquisadora Claudia Irene de Quadros,
essa característica é muito importante, sendo considerada como base para uma classificação
dos diferentes estágios dos jornais digitais, feita pelo professor John Pavlick, da Universidade
de Columbia. A autora considera a classificação feita por Pavlick como fundamental para a
análise e o aprimoramento do jornalismo on-line.
O professor da Universidade de Columbia classificou os jornais digitais em três
estágios. O primeiro deles seria a transposição da versão impressa para a Internet; o segundo,
essa transposição e mais alguns produtos diferenciados do jornal de papel, e o terceiro, um
produto totalmente exclusivo para a Internet.
Diversas empresas de comunicação espanholas tinham na Rede, em 1995, uma versão
eletrônica de seu diário em papel. Em 1º de abril de 1995, surgiu o diário digital Avui, depois
foram lançados El Periódico de Catalunya e La Vanguardia. No princípio, esses jornais
digitais tinham o mesmo conteúdo de suas versões impressas, desenvolvendo após serviços
mais interativos.
No Brasil, o Jornal do Brasil foi o primeiro a fazer uma cobertura completa no espaço virtual
no País. Ele foi disponibilizado integralmente na web em 28 de maio de 1995, seguido por
Zero Hora, do grupo RBS, em junho do mesmo ano. Coerente com sua característica de
investimento permanente em inovação tecnológica, embora situado em uma cidade
interiorana, o Grupo Sinos acompanhou as grandes empresas de comunicação, distribuindo
11
12. conteúdo on-line praticamente no mesmo momento em que esse serviço, prestado por
empresas comerciais, surgia na web, em 1995, em todo o mundo.
Historia do o Guaíra
Completando 82 anos, o jornal e editora O Guaíra é uma das empresas de
comunicação do Brasil que distribui jornal diário para uma cidade com menos de 50 mil
habitantes. Possui um desenvolvimento em andamento em inovação tecnológica.
ornal NH começou a circular há 45 anos; seu primeiro exemplar saiu em 19 de março
de 1960, sob a coordenação dos irmãos Mário Alberto Gusmão e Paulo Sérgio Gusmão, com
uma tiragem inicial de 1.500 exemplares semanais. E deste lá foi pioneiro na Região do Vale
dos Sinos. O Grupo Sinos conquistou sua autonomia com a aquisição de uma rotativa off-set,
em 4 de agosto de 1968. Em 1983, utiliza um novo componente eletrônico, que substituiu o
fotolito; e, em 1985, o NH montou a primeira redação totalmente informatizada do País.
Atualmente, o Grupo Editorial Sinos tem participação em diversas mídias, como rádio,
jornais, revistas e Internet.
Pioneiro entre as empresas de jornais do Interior a distribuir seu conteúdo on-line, o
Grupo Sinos disponibilizava cerca de 10 matérias por dia na Web entre 1995 e 1996. O nome
do portal já era Sinos.net.
Os Sinos.net passou, realmente, a conter informações noticiosas em 2002. Até então,
ele funcionava mais como provedor, distribuindo apenas algumas notas durante o dia. No
início do portal, entre 1995 e 1999, de acordo com Lilian Lima, editora do Sinos.net, um robô
era abastecido com informações, passando as matérias para a Rede. Era uma cópia do jornal
impresso; as notícias continham de uma a duas linhas, com as informações telegraficamente
reduzidas. Mas, em dezembro de 2002, foi colocada na Rede uma página reformulada, com
layout novo, mantida por uma redação pequena, mas própria. Nessa época, trabalhavam no
Sinos.net um webdesign, um redator e uma estagiária.
Em julho de 2004, o portal passou novamente por outra reformulação. Dessa vez, a alteração
visou à mudança do conteúdo, e, para isso, foi ampliado o número de pessoas que
trabalhavam na redação. Ao final de 2004, a redação do Sinos.net contava com cinco pessoas.
Além da editora e um webdesign, o único que é formado em jornalismo, trabalham no portal
12
13. três estagiários. Essa tendência a empregar jovens profissionais dos veículos on-line é
registrada por vários pesquisadores. “As redações digitais abriram portas (e continuam
abrindo) aos jovens jornalistas. No boom da Internet, nos Estados Unidos, na Espanha e no
Brasil, a maioria delas era formada por profissionais com um bom currículo acadêmico, mas
com pouca experiência no jornalismo” 2.
É o caso da editora Lilian Lima. Ela começou a trabalhar no Sinos.net em 2002, quando
estava sendo planejada a mudança no portal. Essa foi sua primeira experiência profissional. Já
editora, ela se forma no final do ano de 2004. Acredito que esta composição das redações Web
seja porque o jovem tem uma linguagem mais acessível, mais coloquial, de fácil
compreensão; e o Sinos.net tem uma estrutura mais voltada aos jovens, com links coloridos e
algumas promoções de festas e cinema.
A partir de julho de 2004, o portal fechou o acesso ao conteúdo para quem não é assinante.
Para acessar links de notícias, o usuário tem de colocar seu e-mail e sua senha. Segundo Lilian
Lima, essa mudança é coerente com um investimento maior em matérias jornalísticas e na
contratação de pessoas. “[...] estamos nos preocupando com o nosso assinante, em passar uma
informação de qualidade”.
Segundo Guilherme Schimdt, editor chefe do jornal impresso, as redações da Web e do
grupo impresso não têm contato. Elas produzem matérias individuais sem nenhuma relação.
Segundo ele, atualmente no jornal impresso trabalham cerca de 60 pessoas, e o horário de
fechamento da redação é variável, entre onze horas e meia noite, dependendo dos
acontecimentos os profissionais da redação poderão “virar a noite”, montando um plantão de
notícias.
4 Algumas considerações
Pôde-se observar, durante a realização deste estudo, que o jornal impresso do Grupo
Sinos fecha a redação mais tarde, por volta das 23 horas, podendo virar a noite, dependendo
da situação. No on-line, as coisas não vão por esse caminho. Na época da pesquisa, a redação
do portal encerrava seu trabalho às 18h30min, porém, em março de 2005, esse horário foi
prolongado em mais meia hora, com o término do trabalho de atualização do portal ocorrendo
às 19 horas. Mesmo assim, as notícias publicadas pelo jornal impresso, que tem seu
2
IANZITO, Christina. New Media: Its It Journalism?, Columbia Journalism Review, New
York, Columbia University, nov./dez. 1996.
13
14. fechamento bem mais tarde, tendem a possuir maior atualidade, o que seria uma característica
esperada da mídia on-line.
Mesmo contando com a tecnologia da Internet, que possibilitaria uma maior agilidade
e velocidade de atualização na mídia on-line com relação à impressa, como não existe um
investimento em uma redação que possa acompanhar por um horário maior o
desenvolvimento das notícias, o jornal impresso acaba por superar o portal naquelas que
seriam as características da nova mídia.
A partir da leitura e comparação do conteúdo disponibilizado no Sinos.net e o jornal
NH, pôde-se observar que muitas matérias são iguais. Apesar de a editora do site afirmar que
as matérias nunca são copiadas, buscando sempre um enfoque diferente, constatou-se uma
repetição constante. Apenas uma matéria do site analisada no período possuía um enfoque
totalmente diferente da publicada sobre o mesmo assunto no jornal impresso. Outras duas
matérias possuíam uma redação exatamente igual no papel e na web.
Apesar de a instantaneidade ser considerada uma das mais destacadas características
dos veículos on-line, que podem divulgar notícias praticamente em “tempo real”, o portal do
Grupo Sinos inverte a expectativa de que o meio digital teria uma atualização maior do que o
impresso. As potencialidades de um meio de comunicação se desenvolvem a partir de um
investimento neste sentido, o que, no caso observado, coloca a velocidade na divulgação das
notícias como uma possibilidade, e não como uma realidade.
Como a redação do NH fecha mais tarde do que a do veículo digital, — e em casos
especiais fazendo cobertura vinte e quatro horas — o veículo impresso possui notícias mais
atualizadas com relação às disponibilizadas no site.
Em alguns portais, as redações trabalham 24 horas, atualizando as informações de
minuto a minuto. Não é o caso do portal aqui estudado. Entretanto, como, com as novas
tecnologias as mudanças ocorrem com rapidez, vale à pena, a partir deste primeiro registro,
voltar dentro de algum tempo a estudar o portal Sinos.net, juntamente, com o jornal impresso
NH, pertencentes ao mesmo grupo de comunicação, para observar se há um maior
aproveitamento das potencialidades do meio digital ou não. É o que pretendemos fazer dando
continuidade a este estudo, aprofundando não só o estudo de caso, como também a reflexão
dos teóricos que têm se debruçado sobre as relações entre o jornalismo impresso e o
jornalismo on-line.
14
15. Obras consultadas:
ARNT, Héris. Do jornal impresso ao digital: novas funções comunicacionais. In:
HOHLFELDT, Antonio; BARBOSA, Marialva. Jornalismo no século XXI: a cidadania. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 2002.
DE QUADROS, Cláudia Irene.Uma Breve história do jornalismo on-line. CONGRESSO
NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA INTERDISCIPLINAR DE PESQUISA EM
COMUNICAÇÃO, 25, 2002. Salvador, 2002. Anais eletrônicos... GT de Jornalismo. Disponível
em: <http://www.intercom.org.br/papers/xxv-ci/np02/NP2QUADROS.pdf>.
EQUIPES precisam investir em atualização permanente. Jornal ANJ, São Paulo, Associação
Nacional dos Jornais, n., 191 p.24, out. 2004.
HARRIS, Stuart. Cyberlive. São Paulo: Berkeley Brasil, 1995.
MORETZOHN, Sylvia. Jornalismo em "tempo real": O fetiche da velocidade. São Paulo:
Revan, 2002.
15