Aula da disciplina de Desenvolvimento e Sustentabilidade, Universidade Federal do ABC, São Bernardo do Campo - SP, 18 de junho de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/lzR4sdKxMIU
2. IV Semana do
Planejamento
Territorial
• Palestra: Os direitos humanos à água e ao saneamento
Palestrante: Prof. Léo Heller
1 de julho, 19h às 21h.
• Roda de conversa: Agroecologia e alimentação na
macrometrópole paulista
Coletivo Cru-Solo, MST e Núcleo de Estudos de Agroecologia
2 de julho, 16h às 18h.
https://www.facebook.com/semanadoplanejamentoterritorial/
3. O que já vimos até o momento
Conceitos de desenvolvimento e
sustentabilidade
Teorias do desenvolvimento
econômico
Documentário “Dia da Terra”
4. Dia da Terra (Earth Days)
https://yadi.sk/i/OPF0OIxvfdEzZQ
Em grupos de até 4 pessoas, discutam e
respondam:
1. Quais foram as principais transformações
quanto ao posicionamento frente às questões
ambientais no século XX?
2. Como essas transformações podem afetar as
concepções e teorias sobre desenvolvimento
que discutimos na aula passada?
3. Como essas transformações influenciaram o
Brasil e a sua vida atual?
Lembrete: A atividade faz parte da carga horária da aula do dia 10 de
junho e é requisito para registro de frequência nessa aula.
8. The Open University. The Great Ice Age. Milton Keynes, 2007
Domínio humano do ambiente
Áreas não dominadas por atividade humanaAté 1500 DC Até 1900 DC Até 2000 DC
9. Modificação da paisagem pelo ser humano (%)
https://story.maps.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=d14f53dcaf7b4542a8c9110eeabccf1c
Wildlife Conservation Society. In: Carroll, Allen. Welcome to the anthropocene: the age of humans.
10. Encolhimento do Mundo
Cartograma do tempo de viagem
ao centro urbano (>50.000 hab) mais próximo
Hennig, B.D. (2016). Visualising spaces of global inaccessibility. In, S. Carver and Fritz, S. (ed.) Mapping wilderness: concepts,
techniques and applications of GIS. Heidelberg / New York / Dordrecht / London (Springer). pp. 103-116.
11. Antropoceno
Era geológica recente, em que o ser humano é agente
significativo de mudanças no
• Clima
• Relevo
• Ciclos biogeoquímicos
• Cobertura vegetal e produtividade primária
• Taxa de extinção de espécies
Inícios propostos
• 6000 AC – Agricultura e sedentarismo
• 1800 DC – Revolução Industrial
• 1950 DC – Aceleração dos impactos ambientais
STEFFEN, W. et al. The Anthropocene: conceptual and historical perspectives. Philosophical Transactions of
the Royal Society of London A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, v. 369, n. 1938, p.
842-867, 2011.
Ruddiman, WF. (2013). "The Anthropocene". Annual Review of Earth and Planetary Sciences. 41: 45–68
15. Steffen, W., Broadgate, W., Deutsch, L., Gaffney, O., & Ludwig, C. (2015). The trajectory of the
Anthropocene: the great acceleration. The Anthropocene Review, 2(1), 81-98.
População População
urbana
Consumo de
fertilizantes
Grandes
barragens
Uso da
água
Pesca
marinha
Perda de
florestas
tropicais
Degradação
da biosfera
Terras
domesticadas
16. Frentes de desmatamento
WWF. Living Forests Report Chapter 5: Saving Forests at Risk. (WWF, Gland, Switzerland, 2015)
Florestas
Frentes de desmatamento e projeção 2010-2020
17. WWF. Living Forests Report Chapter 5: Saving Forests at Risk. (WWF, Gland, Switzerland, 2015)
Principais fatores de desmatamento
Agricultura
de larga
escala
Agricultura
de pequena
escala
Produção
de madeira
não
sustentável
Refloresta-
mento para
celulose
Combustível
de carvão e
lenha
Infra-
estrutura
Hidro-
eletricidadePecuária Queimadas Mineração
Amazônia
Mata Atlântica /
Chaco
Bacia do Congo
Leste da África
Leste da Austrália
Grande Mekong
Nova Guinéa
Causa primária da perda de florestas e/ou degradação severa
Importante causa secundária da perda de florestas e/ou degradação severa
Causa menos importante da perda de florestas e/ou degradação severa
Não é causa de perda de florestas e/ou degradação severa
18. Estado das florestas e ecossistemas lenhosos
https://story.maps.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=d14f53dcaf7b4542a8c9110eeabccf1c
World Resources Institute's Global Forest Watch. In: Carroll, Allen. Welcome to the anthropocene: the age of humans.
Intacto
Fragmentado/manejado
Degradado
Desmatado
19. Nível de ameaça à
biodiversidade dos solos
Orgiazzi, A., Bardgett, R.D. and Barrios, E., 2016. Global soil biodiversity
atlas. European Commission.
21. Economia e Extração Sustentável
Esforço
ProduçãoeCustos
Custo Fixos
Custo Total = Fixo + Variável
Custo Variável
Produção
Economicamente
Ótima
Produção
Líquida
22. Sustentabilidade ≠ Desenvolvimento
SustentávelNão é necessariamente
desenvolvimento
Continuidade
Inclui justiça social?
Veiga, José Eli. Para entender o desenvolvimento sustentável. Editora 34, 2015.
23. A aposta do Desenvolvimento Contínuo
Consumo de
Recursos Naturais
Desenvolvimento
Econômico
Investimento em
novas tecnologias
Tecnologias com
recursos
naturais
substitutos
Tecnologias com
maior eficiência no
uso de recursos
naturais
Veiga, J.E.; ZATZ, L. Desenvolvimento sustentável, que bicho é esse? Campinas: Armazém do Ipê, 2008.
24. Posicionamentos quanto ao
Desenvolvimento Contínuo
A favor
• Tem funcionado até agora
• Os indicadores sociais melhoram continuamente
Contrário
• Existem limites de fornecimento de recursos naturais
(energia e matéria) no Planeta Terra
• O ser humano poderá se adaptar, mas os ecossistemas
nativos serão destruídos gradativamente
o Debate entre antropocentrismo vs. ecocentrismo
Não temos como saber
• Vale a pena correr o risco?
Veiga, J.E.; ZATZ, L. Desenvolvimento sustentável, que bicho é esse? Campinas: Armazém do Ipê, 2008.
25. A aposta do Princípio da Precaução
Empreendimento
economicamente viável
Investimento em:
• Análise de riscos
• Avaliação dos impactos
• Mitigação de impactos
• Compensação de impactos
Desenvolvimento Sustentável
Oliveira, L.D. A Cidade e o Modelo de Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: UERJ/CEDERJ. 2016
“Onde existam ameaças de riscos sérios ou irreversíveis, não será utilizada a falta
de certeza científica total como razão para o adiamento de medidas eficazes, em
termos de custo, para evitar a degradação ambiental.”
Declaração do Rio (ECO-92, ONU). Princípio 15.
27. Diaz‐Sarachaga, J. M., Jato‐Espino, D., & Castro‐Fresno, D. (2018). Is the Sustainable Development Goals (SDG) index
an adequate framework to measure the progress of the 2030 Agenda?. Sustainable Development, 26(6), 663-671.
Ambiental Social Econômico Governança
Agenda 21
Divisão dos Indicadores
Objetivos do
Milênio
Comissão de
Desenvolvimento
Sustentável da
ONU (2007)
Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
29. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
Melhorias em todos os objetivos sociais
O Brasil atingiu 7 objetivos
Faltou o da mortalidade materna
Problemas nos objetivos relacionados ao
meio ambiente
ONU. Relatório Sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. 2015.
30. ONU. Relatório Sobre os
Objetivos de Desenvolvimento
do Milénio. 2015.
O Brasil diminuiu
emissões com a
redução do
desmatamento na
Amazônia
33. ONU. Relatório Sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milénio. 2015.
Porque se escolheu áreas
protegidas, e não porcentagem de
vegetação nativa, ou
desmatamento?
34. Índice da Lista Vermelha de espécies em
extinção da IUCN
Barrett, M., Belward, A., Bladen, S., Breeze, T., Burgess, N., Butchart, S., Clewclow, H., Cornell,
S., Cottam, A., Croft, S. and de Carlo, G., 2018. Living Planet Report 2018: Aiming Higher.
Pássaros
Mamíferos
Corais
Anfíbios
Cicadófitas
Melhor
Pior
Índicedesobrevivênciadasespécies
44. Vida na terra
Áreas protegidas terrestres – 2016
(% da área do terrestre do país)
14% das terras
no mundo
eram
protegidas em
2016
O Brasil tem a
maior área
protegida, com 2,6
milhões de km2
(29% da área
terrestre)
A Nova Caledônia
tem a maior
proporção de áreas
protegidas, depois de
Mônaco, com 54%
http://datatopics.worldbank.org/sdgatlas/SDG-15-life-on-land.html
47. Áreas protegidas no mundo
https://story.maps.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=d14f53dcaf7b4542a8c9110eeabccf1c
IUCN. World Database of Protected Areas. In: Carroll, Allen. Welcome to the anthropocene: the age of humans.
48. Vida na terra
http://datatopics.worldbank.org/sdgatlas/SDG-15-life-on-land.html
Mais da metade das espécies de
plantas estão ameaçadas
Espécies de plantas ameaçadas – 2017
(% das espécies de plantas conhecidas no mundo)
Ameaça = pequena população + redução da população + habitat limitado + risco de extinção
1.857 espécies
de plantas no
Equador (71%)
estão ameaçadas,
refletindo a
biodiversidade
única e frágil das
áreas tropicais
Menos de 10%
do total estimado
de espécies de
plantas no
mundo é
conhecido
49. Vida na terra
http://datatopics.worldbank.org/sdgatlas/SDG-15-life-on-land.html
Espécies de animais ameaçadas – 2017
(% das espécies de animais conhecidas no mundo)
Menos de 1% do
total estimado de
espécies de animais
no mundo é
conhecido
1/4 das espécies de
animais estão
ameaçadas
24% das espécies de
animais em Madagascar
estão ameaçadas
16% das espécies
de animais nos
EUA estão
ameaçadas
50. http://sdgindex.org/
Índice dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Sachs, J., Schmidt-Traub, G., Kroll, C., Lafortune, G., Fuller, G. (2018): SDG Index and Dashboards Report
2018. New York: Bertelsmann Stiftung and Sustainable Development Solutions Network (SDSN).
51. Transbordamento de Impactos Ambientais vs. PIB
Sachs, J., Schmidt-Traub, G., Kroll, C., Lafortune, G., Fuller, G. (2018): SDG Index and Dashboards Report 2018. New
York: Bertelsmann Stiftung and Sustainable Development Solutions Network (SDSN).
PIB per capita (PPP) 2016
Médiadoefeitodetransbordamento(0-100)
52. Índice dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Brasil
http://sdgindex.org/
Sachs, J., Schmidt-Traub, G., Kroll, C., Lafortune, G., Fuller, G. (2018): SDG Index and Dashboards Report
2018. New York: Bertelsmann Stiftung and Sustainable Development Solutions Network (SDSN).
Ranking Global Índice Geral Média regional PIB per capita
53. 1. Erradicação da pobreza
2. Fome zero e agricultura sustentável
3. Saúde e bem-estar
4. Educação de qualidade
5. Igualdade de gênero
6. Água limpa e saneamento
7. Energia limpa e acessível
8. Trabalho de decente e crescimento
econômico
9. Inovação e infraestrutura
10. Redução das desigualdades
11. Cidades e comunidades sustentáveis
12. Consumo e produção responsáveis
13. Ação contra a mudança global do
clima
14. Vida na água
15. Vida terrestre
16. Paz, justiça e instituições eficazes
17. Parcerias e meios de implementação
Brasil – Índice ODS
Sachs, J., Schmidt-Traub, G., Kroll, C., Lafortune, G., Fuller, G. (2018): SDG Index and Dashboards
Report 2018. New York: Bertelsmann Stiftung and Sustainable Development Solutions Network (SDSN).
54. Brasil – Tendências dos indicadores
http://sdgindex.org/
Pontuação
Objetivo atingido
Desafios permanecem
Desafios significativos permanecem
Grandes desafios permanecem
Tendência
Mantendo o objetivo atingido
No caminho para atingir até 2030
Pontuação aumentando, mas insuficiente para atingir o objetivo
Pontuação estagnada ou crescendo menos de 50% do requerido
Escore decrescente
Informação de tendência não disponível..
56. Living Planet Index
Integra monitoramento da
biodiversidade de animais
vertebrados no planeta
Tendência de declínio em cada
taxonomia
Avalia incertezas sobre os impactos
à biodiversidade
57. Living Planet Index
Barrett, M., Belward, A., Bladen, S., Breeze, T., Burgess, N., Butchart, S., Clewclow, H., Cornell,
S., Cottam, A., Croft, S. and de Carlo, G., 2018. Living Planet Report 2018: Aiming Higher.
Pássaros
Mamíferos
Peixes
Répteis e anfíbios
Degradação/perda
de habitat
Exploração
Espécies invasoras
e doenças
Poluição
Mudanças
climáticas
58. Living Planet Index
Barrett, M., Belward, A., Bladen, S., Breeze, T., Burgess, N., Butchart, S., Clewclow, H., Cornell,
S., Cottam, A., Croft, S. and de Carlo, G., 2018. Living Planet Report 2018: Aiming Higher.
59. Barrett, M., Belward, A., Bladen, S., Breeze, T., Burgess, N., Butchart, S., Clewclow, H., Cornell,
S., Cottam, A., Croft, S. and de Carlo, G., 2018. Living Planet Report 2018: Aiming Higher.
Living Planet Index por região do mundo
60. Steffen, W. et al. (2015). "Planetary boundaries: Guiding human development on a changing planet". Science. 347 (6223): 1259855.
Limites planetários
Depleção do ozônio
estratosférico
Mudanças
climáticas
Acréscimo nos
aerossóis atmosféricos
Novos poluentes
Mudança nos
sistemas
terrestres
Uso de
água doce
Fósforo
NitrogênioFluxos
bioquímicos
Acidificação
dos oceanos
Diversidade
genética
Diversidade
funcional
Integridade da
biosfera
Além da zona de incerteza (alto risco)
Na zona de incerteza (risco aumentando)
Abaixo dos limites (seguro)
Limites ainda não quantificados
61. Índice de Performance Ambiental
Environmental Performance Index (EPI)
Dimensões do Desenvolvimento Sustentável
• Saúde ambiental: influência na saúde humana
• Vitalidade ecosistêmica: situação dos sistemas
naturais
https://epi.envirocenter.yale.edu/
Hsu, Angel, and Alisa Zomer. "Environmental performance index." Wiley StatsRef: Statistics Reference Online (2016): 1-5.
62. Ponderados
pela influência
na expectativa
de vida
Dimensão:
Aspectos:
Indicadores:
Qualidade do ar (65%) Qualidade da água (30%) Metais pesados (5%)
MP2.5 excedente (30%) Acesso a esgoto (50%) Exposição ao
chumbo (100%)
Exposição a MP2.5 (30%) Água potável (50%)
Combustíveis sólidos
domiciliares (40%)
Saúde
ambiental
(40%)
Yale Center for Environmental Law and Policy (2018) 2018
Environmental Perfomance Index. Policy makers summary.
Yale: Yale University.
63. Ponderados pela relevância nos limites
planetáriosVitalidade dos
ecossistemas (60%)
Yale Center for Environmental Law and Policy (2018) 2018 Environmental
Perfomance Index. Policy makers summary. Yale: Yale University.
64. Índice de Performance Ambiental
Environmental Performance Index (EPI)
VitalidadedosEcossistemas
Saúde Ambiental
Yale Center for Environmental Law and Policy (2018) 2018 Environmental
Perfomance Index. Policy makers summary. Yale: Yale University.
65. Índice de Performance Ambiental
Environmental Performance Index (EPI)
Yale Center for Environmental Law and Policy (2018) 2018 Environmental Perfomance Index. Policy makers summary. Yale: Yale University.
67. Experimentalismo em Cooperações
Internacionais
Objetivos e indicadores:
• Estabelecidos provisoriamente
• Combinação de indicadores globais e locais
(específicos e autônomos)
Cada ente local procura atender os objetivos à sua
maneira
Entes locais devem reportar periodicamente
Relatórios submetidos a revisão por pares
Revisão contínua dos objetivos, indicadores e dos
processos de tomada de decisões
Sabel, Charles F., and Jonathan Zeitlin. "Experimentalism in transnational governance: Emergent
pathways and diffusion mechanisms." GR: EEN (Global Reordering: Evolution through European
Networks) Working Paper 3 (2011).
68. Vantagens do experimentalismo
em Cooperações Internacionais
• Respeita diversidade, autonomia e
adaptação local
• Troca de experiência e diálogo entre
países
• Permite modificações diante de
problemas não previstos
Sabel, Charles F., and Jonathan Zeitlin. "Experimentalism in transnational governance: Emergent
pathways and diffusion mechanisms." GR: EEN (Global Reordering: Evolution through European
Networks) Working Paper 3 (2011).
69. Experimentalismo no Acordo de Paris (2015)
Cada país determina suas metas de redução de gases do
efeito estufa
Diferentes tipos de metas:
• Em relação a um tempo no passado
• Em relação a um cenário futuro
• Em relação à intensidade de emissões por PIB
• Condicionadas a ajuda financeira
Metas podem ser reajustadas pelo país
Países se comprometem a monitorar e reportar sua
performance
Estratégias cooperativas para atingir metas
Reavaliação a cada 5 anos
Sabel, Charles F.; Victor, David G. An Experimentalist Approach to Governing Global Climate Change. Ostrom Seminar,
Indiana University. 2017.
70. Atividade
Analisando os indicadores ao longo da
aula, o conteúdo da disciplina até o
momento, vocês consideram que a
sociedade humana está se direcionando
para o desenvolvimento sustentável?
Por quê?