2. 10ª. AULA: NOÇÕES SOBRE MEDIUNIDADE
A - Noções sobre Mediunidade
Mediunidade é a faculdade, ou aptidão, que possuem certos indivíduos,
denominados médiuns, de servirem de intermediários entre os
mundos físico e espiritual.
A mediunidade é inerente ao organismo, como a visão, a audição e a
fala , daí, qualquer um pode ser dotado dessa faculdade.
É uma conquista da alma; daí, a necessidade de oração e vigilância,
de reforma íntima, isto é, da substituição de defeitos e vícios,
por qualidades e virtudes, de um conduta moral irrepreensível,
para que possa sintonizar-se com espíritos de hierarquia mais elevada.
3. Evangelizando-se, estudando muito, dando a cota de tempo de que
possas dispor e, principalmente, seguindo lições como
a que se encontra no capítulo XXVI, do Evangelho Segundo o
Espiritismo “Daí de graça o que de graça recebestes”.
Na I Epístola de Paulo de Tarso aos Coríntios, temos lições sobre teoria
e prática mediúnica. Em O Livro dos Médiuns, Kardec também o faz. De
ambos, as lições: Os dons mediúnicos demonstram a inteligência, as
potencialidades, a diversidade de Espíritos que existem na Terra. Não é
bastante, por isso, estudar ou conhecer o efeito; é indispensável buscar
e conhecer a causa de todos os fenômenos que se vão estudando. Toda
a mediunidade a serviço de Jesus é realizada pelos Espíritos mais
evoluídos que sintonizam com cada médium, conforme sua capacidade
de doação.
4. Paulo traz ensinamentos de
imenso valor doutrinário:
“Quanto aos dons mediúnicos,
não quero, irmãos, que estejais
em ignorância”, começa ele no
cap. 12. Explica a diversidade de
carismas, mas “o Espírito é o
mesmo; diversidade de
ministérios, mas o Senhor é o
mesmo; diversidade de operações
mas é o mesmo Deus, que opera
em todos”.
5. Prossegue falando da mediunidade de vidência e xenoglossia, dizendo
que não basta haver médiuns em sintonia, é preciso haver pessoas
em estado de lucidez que orientem os trabalhos, dialoguem com os
Espíritos e interpretem o que haviam dito.
Todas as formas de mediunidade são necessárias; nenhuma faculdade
é superior a outra; são todos indispensáveis ao bom andamento
dos trabalhos, até as mais humildes tarefas. Não há ninguém mais
importante, porque todos são importantes, mas cada um deve ter a sua
tarefa específica e por vezes até certa hierarquia em favor da disciplina
, pois tudo deve ser feito dentro da mais absoluta ordem.
6. Allan Kardec, no século XIX, e os espíritas do século XX, reexaminam
incessantemente as fontes do Cristianismo primitivo,
buscando ali as lições que os inspirem. Hoje ainda temos as
preocupações de Paulo. Orar e vigiar é a maior delas. Cada um de
nós é o único responsável pela valorização das oportunidades
ofertadas por Deus.
7. Paulo classifica a mediunidade, discorre sobre a
hierarquia das funções, fala sobre o exercício
da
mediunidade e escreve sobre a “excelência da
caridade”, no Cap. 12. Por que o ensaio sobre
o amor é inserido no contexto de uma
dissertação sobre a mediunidade?
Porque Paulo compreendeu profundamente
esta verdade:
“Se eu falar a língua dos homens e dos anjos e não tiver caridade,
sou como um metal que soa, ou como o sino que tine.
“E se tiver o dom da profecia e penetrar todos os mistérios,
mas não tiver a caridade, nada sou. Entre estas três virtudes: a fé,
a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade”. Coloca assim,
a caridade acima da própria fé. O exercício da mediunidade sem
o amor, é frio e inócuo.
8. Emmanuel, em O Consolador, respondendo a questões afirma:
“(...) A maior necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo,
antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro
modo, poderá e sbarrar sempre com o fantasma do personalismo,
em detrimento de sua missão.
“O primeiro inimigo do médium reside nele mesmo“.
Freqüentemente é o personalismo, a ambição, a ignorância
ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus
deveres à luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que,
não raro, conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos
campos improdutivos.
9. Contra esse inimigo é preciso movimentar as energias
íntimas pelo estudo, pelo cultivo da humildade,
pela boa vontade, com o melhor esforço de auto-educação,
à claridade do Evangelho”.
BIBLIOGRAFIA:
Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo
Xavier, F. C. - O Consolador
10. Fixação
1 - O que é mediunidade?
2 - Qual o principal inimigo do médium?
3 - Na sua opinião, por que o médium deve evangelizar-se?