1) O documento discute as redes de mobilização social no Brasil contemporâneo, analisando movimentos sociais, associações civis e fóruns.
2) É destacada a importância dos movimentos sociais na luta por direitos e na construção de uma sociedade democrática.
3) A democracia brasileira é contraditória, com classes menos favorecidas excluídas do poder de escolha, mas tratadas de forma clientelista.
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...UFPB
Em junho de 2013 manifestações populares eclodiram em inúmeras cidades do Brasil tendo como uma das principais questões mobilizadoras o aumento geral do valor das passagens de ônibus. Não foram poucos os setores da sociedade e grupos políticos que ficaram surpresos diante das inúmeras e grandiosas manifestações convocadas pelas redes sociais e a ampliação dessas reivindicações para questões sociais como o desemprego, a inflação, a violência urbana e rural. Sob essa perspectiva, o objetivo desse ensaio é discutir e trazer à tona as possíveis influências históricas e políticas sobre essas manifestações que ocorreram em 2013, inclusive as marchas internacionais antiglobalização e movimentos mais recentes como a Primavera Árabe, o Ocuppy Wall Street e o SlutWalk. Desse modo, serão trazidos alguns elementos para o debate dessas manifestações a partir de um dos muitos pontos de vista disponíveis para estimular a reflexão relativa às influências e múltiplas interpretações sobre os movimentos sociais no Brasil.
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...UFPB
A construção do problema para esse trabalho será trilhada no sentido de investigar atores que se denominam jovens e atuam em organizações e movimentos sociais em juventude rural (CONTAG, FETRAF, Via Campesina e ONG's) na reivindicação de pautas e mobilizações que demandam políticas públicas para o governo federal no Brasil nos últimos anos. Observar e problematizar esse processo político implicará em uma discussão sobre a situação social dos (as) jovens que estão situados no espaço rural brasileiro e como se organizam politicamente. Esse trabalho terá aporte teórico em Elias (1994, 1998) com os conceitos de configuração sobre esses atores e de interdependência para discutir o processo político relativo a reivindicação de políticas públicas. Desse modo, por meio desse ensaio vou trazer à tona alguns aspectos sobre em que contexto social se deu a formação dessas políticas públicas, como se situa a categoria da juventude rural e suas demandas nesse processo, e os desafios e possibilidades para pensar esse ator político e suas formas de mobilização na sociedade atualmente.
Palavras-chave: juventude rural; políticas públicas; identidade; contexto rural.
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...UFPB
Em junho de 2013 manifestações populares eclodiram em inúmeras cidades do Brasil tendo como uma das principais questões mobilizadoras o aumento geral do valor das passagens de ônibus. Não foram poucos os setores da sociedade e grupos políticos que ficaram surpresos diante das inúmeras e grandiosas manifestações convocadas pelas redes sociais e a ampliação dessas reivindicações para questões sociais como o desemprego, a inflação, a violência urbana e rural. Sob essa perspectiva, o objetivo desse ensaio é discutir e trazer à tona as possíveis influências históricas e políticas sobre essas manifestações que ocorreram em 2013, inclusive as marchas internacionais antiglobalização e movimentos mais recentes como a Primavera Árabe, o Ocuppy Wall Street e o SlutWalk. Desse modo, serão trazidos alguns elementos para o debate dessas manifestações a partir de um dos muitos pontos de vista disponíveis para estimular a reflexão relativa às influências e múltiplas interpretações sobre os movimentos sociais no Brasil.
A juventude rural enquanto ator político atuando na configuração de políticas...UFPB
A construção do problema para esse trabalho será trilhada no sentido de investigar atores que se denominam jovens e atuam em organizações e movimentos sociais em juventude rural (CONTAG, FETRAF, Via Campesina e ONG's) na reivindicação de pautas e mobilizações que demandam políticas públicas para o governo federal no Brasil nos últimos anos. Observar e problematizar esse processo político implicará em uma discussão sobre a situação social dos (as) jovens que estão situados no espaço rural brasileiro e como se organizam politicamente. Esse trabalho terá aporte teórico em Elias (1994, 1998) com os conceitos de configuração sobre esses atores e de interdependência para discutir o processo político relativo a reivindicação de políticas públicas. Desse modo, por meio desse ensaio vou trazer à tona alguns aspectos sobre em que contexto social se deu a formação dessas políticas públicas, como se situa a categoria da juventude rural e suas demandas nesse processo, e os desafios e possibilidades para pensar esse ator político e suas formas de mobilização na sociedade atualmente.
Palavras-chave: juventude rural; políticas públicas; identidade; contexto rural.
O Objetivo do texto é atentar para a assistência estudantil, enquanto forma de intervenção do serviço social na área da educação, na qual a atuação do Assistente Social, embora ainda não institucionalizada, tem se mostrado com total relevância
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...UFPB
A partir desse trabalho será problematizado o processo social de construção da juventude rural como ator político no Brasil e, em meio a isso, procurarei discutir as suas reivindicações e as estratégias de mobilização na pauta do acesso à terra. Desse modo, a questão colocada nesse ensaio será: como está ocorrendo atualmente o processo de configuração da juventude rural enquanto ator político e quais as suas formas atuais de mobilização na luta pela terra no Brasil? Sob essa perspectiva, em articulação com as pautas de reivindicação das organizações e movimentos sociais em juventude rural na última década, será discutida a sua inserção na agenda política do Estado e no processo de formulação das políticas públicas, em especial de acesso à terra, como o Programa
Nacional de Crédito Fundiário - Linha Nossa Primeira Terra (PNCF-NPT) e de Reforma Agrária. Para realizar essa análise qualitativa foi realizada a coleta dos dados em espaços de debate sobre juventude rural no governo federal (conferências, seminários e grupos de trabalho) e a análise das pautas das organizações e movimentos sociais, por meio de observação participante, entrevistas e análise documental. Pelos conceitos de interdependência e configuração de Elias (1994, 1998, 2000) será realizada a discussão de como os atores nesse processo constroem as suas diversas inter-relações de acordo e de disputa na sua construção como ator político e na reivindicação das políticas públicas de acesso à terra no Brasil.
Os Movimentos Sociais e a Educação no CampoJairo Bonfim
Os movimentos sociais do campo são aqueles que envolvem o campesinato, isto é, os trabalhadores rurais. Entre as suas principais bandeiras de luta estão a reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho e o combate ao processo de substituição do homem pela máquina no meio agropecuário.
O Objetivo do texto é atentar para a assistência estudantil, enquanto forma de intervenção do serviço social na área da educação, na qual a atuação do Assistente Social, embora ainda não institucionalizada, tem se mostrado com total relevância
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
JUVENTUDE RURAL ENQUANTO ATOR POLÍTICO E A REIVINDICAÇÃO PELO “ACESSO A TERRA...UFPB
A partir desse trabalho será problematizado o processo social de construção da juventude rural como ator político no Brasil e, em meio a isso, procurarei discutir as suas reivindicações e as estratégias de mobilização na pauta do acesso à terra. Desse modo, a questão colocada nesse ensaio será: como está ocorrendo atualmente o processo de configuração da juventude rural enquanto ator político e quais as suas formas atuais de mobilização na luta pela terra no Brasil? Sob essa perspectiva, em articulação com as pautas de reivindicação das organizações e movimentos sociais em juventude rural na última década, será discutida a sua inserção na agenda política do Estado e no processo de formulação das políticas públicas, em especial de acesso à terra, como o Programa
Nacional de Crédito Fundiário - Linha Nossa Primeira Terra (PNCF-NPT) e de Reforma Agrária. Para realizar essa análise qualitativa foi realizada a coleta dos dados em espaços de debate sobre juventude rural no governo federal (conferências, seminários e grupos de trabalho) e a análise das pautas das organizações e movimentos sociais, por meio de observação participante, entrevistas e análise documental. Pelos conceitos de interdependência e configuração de Elias (1994, 1998, 2000) será realizada a discussão de como os atores nesse processo constroem as suas diversas inter-relações de acordo e de disputa na sua construção como ator político e na reivindicação das políticas públicas de acesso à terra no Brasil.
Os Movimentos Sociais e a Educação no CampoJairo Bonfim
Os movimentos sociais do campo são aqueles que envolvem o campesinato, isto é, os trabalhadores rurais. Entre as suas principais bandeiras de luta estão a reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho e o combate ao processo de substituição do homem pela máquina no meio agropecuário.
A pluralidade cultural quer dizer a afirmação da diversidade. Ela traz a consciência da realidade que vivemos e oferece elementos para compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir valores do outro, e sim respeitá-lo. A singularidade entre culturas é fruto do processo de cada grupo social. Desigualdade social e discriminação são fatores que contribuem para a exclusão social.
Construir reflexões sobre determinadas relações entre democracia, participação e representação no âmbito dos conselhos de saúde, mobilizando-os a transformá-las em prática quotidiana de seu conselho e de sua atuação como conselheiro.
As discussões contemporâneas em torno da participação, democracia, cidadania e associativismo têm motivado inúmeros estudos e ampliado o repertório teórico-conceitual. É um fato que as relações sociais contemporâneas estão marcadas por inúmeras articulações existentes entre redes de movimentos sociais, na participação em Conferências Nacionais e Globais, Fóruns e Conselhos e nas ações de voluntariado. A idéia central que permeia a presente discussão é a de que a luta pela construção democrática se localiza no próprio espaço da sociedade civil e não apenas no espaço do Estado. Entende-se que práticas associativas dinamizam a vida democrática e são espaços de socialização política e cívica. E mais, são canais de interlocução entre a sociedade e o Estado, espaço potencial de formulação/questionamento de políticas públicas. O presente projeto tem como tema a cultura política e o associativismo no âmbito local. Interessa explorar a emergência de uma cultura cívica e política favorável à afirmação da cidadania e à construção de práticas democráticas na área da Região Metropolitana de Maringá - Paraná. O comportamento político, traduzido em termos da cultura política dos dirigentes das associações da sociedade civil, permitirá medir as relações e atitudes desses cidadãos em relação ao sistema político.
1. Polo Piracicaba Anhanguera-Uniderp
Piracicaba – SP – Data: 07/06/2014
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Serviço Social: 7ª Série
Disciplina: Movimentos Sociais
Profª EAD: Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia
Profª Presencial: Marilza de Jesus Moraes Silva
Profª:Tutor EAD: Adriana Marques Chaves Perondi
ACADÊMICAS:
CLÉIA AP. VALADARES – RA 2321396074
KÁTIA FELICIA DA SILVA – RA 2318372625
MAELI DA SILVA RIBEIRO – RA 2315350310
MARIALICE DE R.C.CASSIANO – RA 2330400859
MARIA HELENA DOS SANTOS – RA 2325413578
SILVIA REGINA DA SILVA – RA 2626484366
2. Movimentos Sociais
REDES DE MOBILIZAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Introdução:
Será importante para entendermos o cenário político e histórico no qual os movimentos
sociais se encontram implantado, além disso, sua permanência e mudanças em benéfico de
uma sociedade, viabilizando forças coletivas em busca de solucionar conflitos emresposta
de cada questão social, deste modo, a leitura da primeira parte do livro de Maria da Glória
Gohn, possibilitará a compreensão e elaboração dos passos a seguir.
Na etapa II, esta atividade irá proporcionar através das pesquisas, leituras e discussões em
grupo a criação de um texto o qual possibilitará novos conhecimentos sobre a igualdade
dos direitos sociais, onde iremos relacionar a construção da democracia e o papel dos
mediadores nos novos movimentos sociais.
Igualmente na etapa III, ao desenvolvermos as atividades propostas realizaremos um breve
mapeamento dos principais atores sociais responsáveis pelas ações coletivas, indicando as
diferenças entre movimentos sociais e ações ou redes de mobilização civis.
A Conjuntura e as Categorias que se destacam
Destaca-se no livro texto, alguns pontos fundamentais, mapeando e analisando as
principais formas de associativismo civil no Brasil, expressas em movimentos sociais,
redes de mobilização, associações civis e fóruns.
“O contexto atual dos principais movimentos sociais da América Latina é um dos
principais debates para discutir suas formas, demandas, identidade que constroem, redes
que as estruturam, manifestações culturais e políticas sociais a que se articulam”. (p15) Na
América latina, especialmente no Brasil os atuais movimentos que ocorreram na fase do
regime político populista, são diferentes dos movimentos ocorridos do final da década de
1970 e parte dos anos 1980(movimentos populares reivindicatórios de melhorias urbanas
articulados com pastorais, grupos políticos de oposição ao regime militar etc.), embora
muitos dos atuais movimentos sejam herdeiros daqueles dos anos 1980, onde naquela
década, dos movimentos, lutavam para ter “ direito a ter direitos.
“Os movimentos sociais citam suas características básicas como: possuem uma identidade,
têm um opositor e articulam ou se fundamentam num projeto de vida e de sociedade
(TOURAINE, 1973).”(p16)
3. Na contemporaneidade, muitos deles apresentam um ideário civilizatório que coloca como
horizonte a construção de uma sociedade democrática, suas ações são pela sustentabilidade
e não apenas autodesenvolvimento, os movimentos sociais, sempre tem um caráter
educativo e de aprendizagem para seus protagonistas.
Na atualidade, o elemento novo é a forma e o caráter que estas lutas têm assumido não
apenas de resistência, mas de luta por direitos: reconhecimento de suas culturas e da
própria existência, redistribuição de terras em territórios de seus ancestrais, escolarização
na própria língua, destacando a educação básica das escolas , devido ao potencial dos
processos educativos e pedagógicos para o desenvolvimento de forma de sociabilidade e
constituição e ampliação de uma cultura política, onde passou a ser uma área estratégica
também para os movimentos populares, a exemplo do MST.
Ressaltada nos estudos uma grande mudança sobre políticas de parceria do Estado com a
sociedade civil organizada, está na direção do foco central da análise: do agente para a
demanda a ser atendida. Mesmo distinguindo-se as carências, mas buscando superá-las de
forma holística, com olhares multifocais que contemplam raça, ,gênero ,idade etc. passam
a ser privilegiados.
A influencia do Estado por meio da ação de seus governos, se faz mediante uma retórica
que retira dos movimentos a ação propriamente dita, onde essa ação se transforma em
execução de tarefas programadas, que serão monitoradas e avaliadas para que possam
continuar existir.
O novo panorama das políticas públicas cria um deslocamento na questão da desigualdade
econômica ,com destaque na renda, passa a ser efetivamente social, com evidencia nas
características sociais e culturais dos grupos sociais.
O tratamento das desigualdades deve ter como horizonte a igualdade, mas isto é muito
difícil numa sociedade tão desigual como a brasileira. Desarticula-se o foco para outro
tema: o das diferenças e que não é o mesmo que desigualdade. A diferença reflete a
diversidade da espécie e de suas formas de organização política e de expressão cultural.
Muitos movimentos sociais que são ações coletivas, de fato tiveram que alterar suas
práticas e reivindicações para não ficar á margem da história, atuando segundo certas
condicionalidades pautadas pela nova institucionalidade, criada pelas políticas públicas que
em casos raros, partiram para ações de resistência via desobediência civil.
4. Compete registrar também que as problemáticas que dão suporte às demandas dos
movimentos não limitam apenas ao tema trabalho, condições de moradia e habitabilidade
na cidade e no campo; ou justiça, reconhecimento e reparação de identidades
socioculturais.
Os novos militantes são mobilizados para participarem de ações sociais, estruturadas por
agentes do chamado Terceiro setor, ou por agências governamentais, via políticas públicas
indutoras da organização popular, como nos conselhos gestores; ou mobilizados pelos
fóruns temáticos nacionais, regionais ou racionais onde a presença de antigos e novos
movimentos sociais é corrente.
Existe solidariedade nas duas ações sociais, de forma diferente: nos movimentos é
orgânico-criada por meio da experiência compartilhada de pertencer e vivenciar alguma
situação de exclusão. Nas organizações cívicas ela é estratégica instrumental, criada para
atingir metas que resolvam problemas sócios de grupos também excluídos
economicamente ou culturalmente, a partir de interesse destes grupos, mas que foram
desenhados por projeto de agentes externos.
As novas alterações na sociedade civil, as novas políticas sociais, do estado, priorizaram o
processo de inclusão social de setores conhecido como vulneráveis e excluído das
condições socioeconômicas ou direito cultural.
O direito cultural é uma luta que vem sendo mais de negros e índios em movimentos
sociais e ações coletivas contra a diferenciação e discriminação socioeconômica em
parcerias com as ONGs que tem como papel de mediadoras na busca por coesão e de
controle social.
Em resumo: ações coletivas geradas por movimentos sociais do tipo MST ,Via Campesina
ou movimentos indígenas, o movimento negro ou afro descentes têm outro significado e
fundamentos neste novo milênio, além das antigas questões pelas quais estes movimentos
foram criados.
A categoria mobilização social , em décadas anteriores ,sempre esteve subordinada a
outras categorias maiores na análise do social, tais como processo, mudança etc. Mas neste
novo século, ganha vida, significado e dinâmica própria. Identidade foi outra categoria
redefinida, o qual atualmente a identidade tem sido tratada, por analistas e pelos
formuladores de políticas públicas, como uma ferramenta em construção.
5. Não se trata da identidade construída na trajetória de um movimento, mas de uma
identidade modelada, outorgada, na qual determinados sujeitos sócio- políticos e culturais
são mobilizados para serem incluídos. Acreditamos que um movimento social com certa
permanência acaba criando sua própria identidade, a partir de suas necessidades e seus
desejos, assumindo indicativos com os quais se identifica, outros igualmente carentes,
excluídos ou sem direitos, reconhecimento ou pertencimentos.
“Na atualidade, a rede social passa a ter, para vários pesquisadores, um papel até mais
importante do que o movimento social. Sabemos que rede é uma categoria muito utilizada,
com diferentes sentidos constituindo-se até em certo modismo .Ela é importante na análise
das relações sociais de uma dado território ou comunidade de significados porque permite
a leitura e a tradução da diversidade sociocultural e política existentes nessas relações.
A rede social, para alguns, substitui a categoria movimento social, para outros é um dos
suportes ou ferramentas dos movimentos, e, para outros ainda a rede é uma construção que
atua em outro campo, das práticas civis, sem conotações com a política onde a ideia de
público “participante” substitui a de militante, ou cria o ativista etc.
Portanto, o uso das redes e estruturas associativistas para resolver problemas decorrentes
da má distribuição dos serviços sociais públicos, via a participação daqueles agentes em
projetos e parcerias públicas, onde não há autonomia ou horizonte mínimo de emancipação
aos participantes. Eles são tratados como responsáveis pela solução de problemas aos quais
eles têm direito a ter acesso.
As redes associativas e de mobilização estruturadas em movimentos sociais, Organizações
Não governamentais-ONGs, as associações de bairro e as associações comunitárias, as
entidades assistenciais, as organizações criadas por empresas a partir de políticas de
responsabilidade social, responsabilidade civil, as organizações populares que atuam junto
de mediadores, como as entidades articuladoras e fóruns, e os diversos conselhos de gestão
pública compartilhada existente.
Movimento sociais:
Constituem-se como um dos sujeitos sociopolíticos presentes no associativismo no Brasil
porque eles foram, e ainda são as bases de muitas ações coletivas no Brasil a partir de
1970.Eles mobilizam ideias e valores, geram saberes e aprendizado coletivo; enquanto
isso, a maioria das chamadas ações cívicas são organizadas de cima para baixo,
permanecem autocentradas e auto referenciadas, limitando-se a execução de uma estratégia
6. de sobrevivência ou uma ação cultural, que na maioria das vezes não desenvolve potencial
para autonomia e autodesenvolvimento das ações.
Os movimentos sociais de diferentes segmentos da sociedade, e mais especificamente os
populares, dada a centralidade e seriedade destes no contexto geral dos movimentos sociais
,serão exemplos básicos de agentes estruturantes das ações coletivas.
Observamos que através de nossas pesquisas, há uma precariedade,da nossa cidadania e a
ausência de uma cultura política participativa, precisa-se de ações para a consolidação de
práticas políticas democráticas. O aumento da exclusão social, os recursos públicos usados
de forma errada, propicia um cenário de descrença e de afastamento da população do
campo da política, favorecendo a permanência de práticas pautadas em interesses
particulares e individualistas.
O abarcamento da cidadania depende de informação, e da transformação das relações de
poder, que tem produzido concentração de renda, de informação e de saber a custa da
pobreza, da ignorância e da exclusão social de milhares de pessoas. Da mesma forma, essa
transformação deve acontecer nas relações sociais, com o fortalecimento de organizações
sociais e com o surgimento de novos estilos de gestão pública e de ações coletivas,
possibilitando a inclusão da população nos processos políticos decisórios.
Democracia:
A construção da democracia é uma trajetória que surgiu na Grécia Antiga e perpassou a
História da humanidade recebendo transformações que culminaram hoje na dita
democracia propriamente dita, a partir da própria epistemologia da palavra: “governo do
povo”.
Democracia é uma forma de governo em que todos os cidadãos elegíveis participam
igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no
desenvolvimento e na criação de leis. Abrange as condições sociais, econômicas e culturais
que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação polítca.
A democracia da sociedade brasileira se mostra contraditória, de um lado retrata que as
classes menos favorecidas que sempre foram excluídas, agora vêem na participação
popular uma forma de expressar suas opiniões e buscar os seus direitos a partir de seu
poder de escolha. De outro lado mostra que mesmo com esse poder de escolha que temos,
somos tratados de forma clientelista, e muitas vezes somos iludidos por nossas escolhas.
7. Na contemporaneidade, um dos desafios da democracia brasileira é a consolidação de um
sistema voltado para a construção e o desenvolvimento de uma cultura política que
promova valores e hábitos democráticos como a participação, a confiança e a cooperação
da população. A descrença e o afastamento da população na esfera política comprometem
o fortalecimento da democracia.
Participar é uma forma de fazer valer os direitos políticos e sociais garantidos por lei, a
participação da população é de extrema importância para o fortalecimento das instituições
políticas e das organizações sociais, de modo que favorecem a competência cívica e a
eficácia política, conceitos que se referem à capacidade do indivíduo de influenciar o
processo decisório.
Vivemos em um país onde se fala muito em democracia, liberdade de expressão, e luta
pelos seus direitos, mas que muitas vezes são violados, é uma situação às vezes
contraditória.
Informação e educação são as palavras chave, para haver uma transformação da sociedade,
forjando cidadãos críticos, formadores de opinião, para que não sejam manipulados, de
modo que tenha discernimento de quais são os seus direitos e como reivindicá-los.
Segundo Maria da Glória Gohn, ela descreve os movimentos sociais como ações sociais
coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam formas distintas da população se
constituir e propagar suas demandas, ou seja, é composto pelo povo que se põe em
movimento para conquista de algo em comum (mudanças sociais) conforme seus valores e
ideologias.
Mas, infelizmente é uma realidade presente até os dias de hoje que não enquadra com a
realidade apresentada por Gohn onde há movimentos sociais que vivem em luta constante
dos seus direitos e valores sendo os sem terra alvo da mídia, dos grandes latifundiários e
dos partidos políticos onde o atual momento político bloqueia a realização da Reforma
Agrária.
A classe trabalhadora no campo está sob a hegemonia do capital, que aliado aos
latifundiários capitalistas impõe o agronegócio. As mudanças sociais só acontecem
impulsionadas pelas lutas da classe trabalhadora e pelas transformações estruturais, só que
estas articulações políticas conservadoras, às quais os grandes grupos de comunicação
brasileiros estão historicamente ligados, tornam estes veículos incapazes de refletir os
problemas do povo brasileiro. Todos os espaços dedicados às denúncias contra o MST e os
tratam o tema como um caso de polícia, mas não há uma reflexão mais profunda sobre a
8. questão agrária no Brasil, que aborde os sem terra como um problema social.
Propaga-se que o Brasil é um país com uma infinidade de terras férteis, e apesar de tantas
terras, milhares de brasileiros continuam a ser expulsos do campo, enquanto outros milhões
ainda padecem de fome, devido não ter aonde plantar para obtenção do seu sustento. Os
meios de comunicação infelizmente têm se mostrado incapazes de promover uma reflexão
aprofundada e um debate democrático, a partir de múltiplas visões, sobre a estrutura
agrária e o modelo de desenvolvimento do país.
Mas, é preciso que tenha uma política pública decidida para reverter esta situação distinta
e vergonhosa, pois, para nós, a luta do povo brasileiro por seus direitos não pode mais ser
criminalizada, nem pelos meios de comunicação, nem pelo Estado. Precisa, ao contrário,
ser entendida como uma necessidade histórica de transformações sociais há muito
almejadas e demoradas em nosso país.
Considerações Finais
Após estudar a conjuntura nacional e o cenário político e histórico no qual os movimentos
sociais se baseiam, percebe-se que esses movimentos atuais são distintos dos movimentos
que ocorreram na fase do regime político populista e também dos movimentos ocorridos
no passado, pois naquele período os movimentos lutavam para ter “direito a ter direitos” e,
atualmente, existe uma ressignificação(modificação) dos ideais clássicos de liberdade,
fraternidade e igualdade.
Sabe-se que, ela está direta e intimamente correlacionada ao papel dos mediadores nos
novos movimentos sociais, visto que é por meio dela que os mediadores são capazes de
prover modificações e melhorias sociais. Através da própria legislação democrática, vale
observar que os movimentos sociais mudaram substancialmente a constituição da esfera
pública, onde apenas os partidos políticos e as elites eram aptos a discutir as problemáticas
sociais, em uma clara e evidente verticalização do poder no sentido de cima para baixo.
Em uma análise e um breve mapeamento dos principais atores sociais responsáveis pelas
ações coletivas foi possível verificar as diferenças entre movimentos sociais e ações ou
redes de mobilização civis. Um movimento social é sempre expressão de uma ação
coletiva e decorre de uma luta sociopolítica, econômica ou cultural. As ações ou redes de
mobilização civis passam a ser, atualmente, até mais importante do que movimentos
sociais, visto que “rede” é uma categoria muito utilizada com diferentes sentidos,
construindo-se até em certo modismo.
9. Referências Bibliográficas:
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Das "fronteiras". Cad. CRH. v. 21, n. 54, 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
49792008000300004&lng=en&nrm=isso>.Acesso em: 12 out.2012
GOHN, Maria da Graça. Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil
Contemporâneo. 2. Ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
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Espaço Acadêmico. Ano VIII, n. 95. 2009. Disponível em:
<http://www.espacoacademico.com.br/095/95hamel.htm>. Acesso em: 12 out.
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<http://www.fazendomedia.com/movimentos.htm>. Acesso em: 12 out. 2012
ROSENFIELD, Denis. O que é Democracia. Coleção Primeiros Passos. Rio de Janeiro:
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SUBSOLO. Preso à liberdade. In: Álbum Ordem de despejo. 2009. Disponível em:
<http://letras.mus.br/subsolo/1476733/>. . Acesso em: 12 out. 2012.
10. Referências Bibliográficas:
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<http://letras.mus.br/subsolo/1476733/>. . Acesso em: 12 out. 2012.