O documento discute o papel do voluntariado juvenil no desenvolvimento da cidadania. Apresenta o projeto de voluntariado do Colégio São Joaquim, iniciado em 2007, que envolve estudantes do ensino médio em ações para ajudar pessoas carentes. O voluntariado é definido como uma atividade educativa que promove o engajamento cívico e a solidariedade.
O trabalho voluntário é definido como uma atividade não remunerada que visa construir uma sociedade melhor, desde ações coletivas em ONGs até pequenos gestos individuais. Além do benefício social, o voluntariado traz ganhos profissionais e é valorizado por empresas preocupadas com sustentabilidade, que buscam executivos comprometidos com essa causa. O voluntariado será importante também para a Copa de 2014 no Brasil.
O documento discute o terceiro setor no Brasil. Resume-o como constituído por organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens e serviços públicos e privados com o objetivo de desenvolvimento social, econômico, político e cultural. Aponta desafios como a legitimidade, recursos, eficácia e colaboração destas organizações.
Este documento discute o voluntariado educacional como uma forma de promover a cidadania e a solidariedade por meio de experiências educacionais. No Capítulo 1, explica a história do voluntariado no Brasil, desde ações caridosas até se tornar um movimento engajado socialmente. No Capítulo 2, define o voluntariado educacional como uma estratégia que integra aprendizagens acadêmicas à prática social e promove a participação dos jovens. No Capítulo 3, descreve projetos de voluntariado implementados no Centro
O documento discute o terceiro setor e a responsabilidade social. Apresenta uma definição de terceiro setor e descreve como a sociedade é organizada em três setores: primeiro setor corresponde ao governo, segundo setor às empresas privadas e terceiro setor às organizações sem fins lucrativos. Também discute a importância do terceiro setor para a sociedade e conceitos de responsabilidade social.
O documento resume a história e atuação da Ação da Cidadania, um movimento social fundado por Betinho para combater a fome e a miséria no Brasil. A organização atua em 22 estados brasileiros por meio de comitês locais e promove ações sociais, educacionais e culturais para as comunidades. Seu objetivo atual é garantir que todas as famílias pobres estejam incluídas em programas sociais do governo.
O documento resume a história do terceiro setor no Brasil, desde suas origens religiosas no período imperial até se tornar mais forte na década de 1990, quando os três setores da economia passaram a atuar juntos e as empresas assumiram um papel social também. O terceiro setor beneficia pessoas por meio de associações e fundações que geram bens e serviços públicos.
O documento discute a responsabilidade social corporativa e as mudanças no papel das empresas na sociedade no século XXI. Apresenta a ideia de que as empresas precisam ir além do lucro e contribuir para causas sociais, o que trará benefícios como melhor imagem e fidelização de clientes. Também aborda o surgimento de um "novo Estado" com parcerias entre setor público, privado e organizações da sociedade civil.
PROJETO BETINHO: EMPREENDEDORISMO SOCIAL E PROTAGONISMO JUVENILEdenilson Morais
1) O documento descreve o sociólogo brasileiro Herbert de Souza, também conhecido como Betinho, e seu trabalho em prol da justiça social e contra a fome e AIDS;
2) Betinho fundou o movimento Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida para combater a fome e mobilizar a sociedade em favor de pessoas com AIDS;
3) O texto propõe que os jovens formem um grupo para viabilizar um "Projeto Betinho" e trabalhar diretamente em problemas sociais de sua comunidade, como creches, asilos e ass
O trabalho voluntário é definido como uma atividade não remunerada que visa construir uma sociedade melhor, desde ações coletivas em ONGs até pequenos gestos individuais. Além do benefício social, o voluntariado traz ganhos profissionais e é valorizado por empresas preocupadas com sustentabilidade, que buscam executivos comprometidos com essa causa. O voluntariado será importante também para a Copa de 2014 no Brasil.
O documento discute o terceiro setor no Brasil. Resume-o como constituído por organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens e serviços públicos e privados com o objetivo de desenvolvimento social, econômico, político e cultural. Aponta desafios como a legitimidade, recursos, eficácia e colaboração destas organizações.
Este documento discute o voluntariado educacional como uma forma de promover a cidadania e a solidariedade por meio de experiências educacionais. No Capítulo 1, explica a história do voluntariado no Brasil, desde ações caridosas até se tornar um movimento engajado socialmente. No Capítulo 2, define o voluntariado educacional como uma estratégia que integra aprendizagens acadêmicas à prática social e promove a participação dos jovens. No Capítulo 3, descreve projetos de voluntariado implementados no Centro
O documento discute o terceiro setor e a responsabilidade social. Apresenta uma definição de terceiro setor e descreve como a sociedade é organizada em três setores: primeiro setor corresponde ao governo, segundo setor às empresas privadas e terceiro setor às organizações sem fins lucrativos. Também discute a importância do terceiro setor para a sociedade e conceitos de responsabilidade social.
O documento resume a história e atuação da Ação da Cidadania, um movimento social fundado por Betinho para combater a fome e a miséria no Brasil. A organização atua em 22 estados brasileiros por meio de comitês locais e promove ações sociais, educacionais e culturais para as comunidades. Seu objetivo atual é garantir que todas as famílias pobres estejam incluídas em programas sociais do governo.
O documento resume a história do terceiro setor no Brasil, desde suas origens religiosas no período imperial até se tornar mais forte na década de 1990, quando os três setores da economia passaram a atuar juntos e as empresas assumiram um papel social também. O terceiro setor beneficia pessoas por meio de associações e fundações que geram bens e serviços públicos.
O documento discute a responsabilidade social corporativa e as mudanças no papel das empresas na sociedade no século XXI. Apresenta a ideia de que as empresas precisam ir além do lucro e contribuir para causas sociais, o que trará benefícios como melhor imagem e fidelização de clientes. Também aborda o surgimento de um "novo Estado" com parcerias entre setor público, privado e organizações da sociedade civil.
PROJETO BETINHO: EMPREENDEDORISMO SOCIAL E PROTAGONISMO JUVENILEdenilson Morais
1) O documento descreve o sociólogo brasileiro Herbert de Souza, também conhecido como Betinho, e seu trabalho em prol da justiça social e contra a fome e AIDS;
2) Betinho fundou o movimento Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida para combater a fome e mobilizar a sociedade em favor de pessoas com AIDS;
3) O texto propõe que os jovens formem um grupo para viabilizar um "Projeto Betinho" e trabalhar diretamente em problemas sociais de sua comunidade, como creches, asilos e ass
As diversidades da sociedade civil Moçambicana são exprimidas em uma profunda contradição e em consequências socioeconómicas e políticas. Além disso, é possível perceber que os tais conceitos têm uma longa e tortuosa história no campo das ideias políticas remontando ao início da modernidade e apresentando distintos significados dependendo das posições teóricas, do contexto histórico e da forma de autoridade política no período em questão. É neste contexto que se pretende desenvolver o conceito de sociedade civil e o seu papel no desenvolvimento da sociedade civil moçambicana sem deixar de lado os princípios de boa governação em particular a natureza e o benefício sócio económico de cada princípio.
Terceiro setor e responsabilidade social das organizações cursoRosane Domingues
1) Este documento discute o terceiro setor e as organizações sem fins lucrativos, incluindo suas definições, tipos, e papel crescente na prestação de serviços e execução de políticas sociais.
2) O terceiro setor inclui organizações como ONGs, fundações e cooperativas que não buscam lucro e perseguem objetivos sociais, atuando entre o setor público e privado.
3) Essas organizações vêm ganhando importância ao preencher lacunas deixadas pelos setores público e privado
O documento discute o terceiro setor no Brasil, incluindo sua história e definição. Aborda as principais organizações do terceiro setor como fundações, entidades beneficentes e ONGs. Também discute a participação cívica e o voluntariado, com um breve histórico deste no país.
precursores e pioneiros do serviço socialweslainymaria
O documento descreve sete pioneiros do serviço social e assistência aos pobres entre os séculos 15 e 20, incluindo suas origens, contextos históricos, atividades desenvolvidas e concepções de pobreza e assistência.
O documento discute o terceiro setor, definindo-o como constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais que geram serviços públicos. Ele explica que o terceiro setor atende necessidades não atendidas pelo governo ou iniciativa privada e destaca a importância do voluntariado nessas organizações.
Trajetória da Assistencia Social SistematizadaAnna Trina
Texto elaborado em agosto/2006, por Maria de Fátima Matos Cardoso e Cristhiene Montone Nunes Ramires, com a finalidade de resgatar momentos da trajetória do Serviço Social, visando destacar a Metodologia utilizada e possíveis estratégias de Intervenção Social.
1) O documento discute as redes de mobilização social no Brasil contemporâneo, analisando movimentos sociais, associações civis e fóruns.
2) É destacada a importância dos movimentos sociais na luta por direitos e na construção de uma sociedade democrática.
3) A democracia brasileira é contraditória, com classes menos favorecidas excluídas do poder de escolha, mas tratadas de forma clientelista.
O documento descreve a evolução histórica do serviço social no Brasil desde suas origens ligadas à Igreja Católica até a década de 1960. Aprofundou-se a influência marxista e realizaram-se congressos para debater a atualização teórica e metodológica da profissão diante das transformações sociais. Buscou-se justificar o papel do assistente social perante a população, Estado e empresariado.
O documento discute o conceito de participação social, definindo-a como fazer parte e tomar parte nos processos de tomada de decisão de forma colaborativa. Apresenta diferentes perspectivas sobre participação de organizações internacionais e valores como ação coletiva e conduta colaborativa. Discutem-se também desafios como qualificar a participação da sociedade civil e ampliar a esfera pública.
O documento discute a influência da religião no surgimento e desenvolvimento do Serviço Social no Brasil. A religião esteve na base da profissão e manteve estreita ligação com noções de caridade e filantropia. No entanto, é necessário que o Serviço Social se afirme como política pública laica, garantindo direitos independentemente de crenças religiosas. O texto também analisa como valores morais religiosos podem interferir na prática profissional dos assistentes sociais, contrariando avanços teóricos e respeito à divers
1) O documento discute as diferentes concepções de pobreza e "questão social" no liberalismo clássico, keynesianismo e neoliberalismo.
2) Inicialmente, a pobreza era vista como resultado de fatores individuais como falta de educação e planejamento. Isso levou a respostas filantrópicas e moralizadoras.
3) Posteriormente, com o capitalismo de bem-estar social, o Estado passou a assumir funções para institucionalizar conflitos sociais e garantir a acumulação capitalista, incluindo polí
O documento discute a importância da participação social e da democracia participativa no Brasil. Ele explica que a Constituição Federal e várias leis brasileiras, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Orgânica da Saúde, preveem a participação da sociedade civil nos processos decisórios do governo e na formulação e implementação de políticas públicas. Além disso, o documento lista diversos mecanismos de participação, como conselhos e conferências, que permitem a incidência política da sociedade.
Este artigo discute como os conselhos de assistência social no Brasil podem ajudar a construir uma cultura política de direitos e cidadania ativa, substituindo a cultura clientelista do passado. Os conselhos, criados pela Constituição de 1988, são espaços importantes para a participação social na implementação do Sistema Único de Assistência Social de forma descentralizada e democrática. Contudo, enfrentam desafios devido aos resquícios da cultura política autoritária e excludente que persiste no país.
Este artigo discute os vínculos entre educação, trabalho e movimentos sociais. Argumenta que os movimentos sociais desempenharam um papel pedagógico importante ao ensinar os direitos sociais, especialmente o direito à educação. Também sugere que as lutas por melhores condições de vida, como moradia e saúde, contribuíram para a formação humana ao humanizar as possibilidades de existência. Conclui que esses vínculos entre educação e luta social permanecem relevantes, mesmo em tempos de desestruturação,
O documento discute o conceito e importância do terceiro setor no Brasil. Em três frases:
1) O terceiro setor refere-se a organizações privadas sem fins lucrativos que buscam objetivos sociais ou públicos para complementar ou suplementar a atuação do Estado.
2) Essas organizações, como associações e fundações, cresceram em importância para atender a populações carentes em áreas como assistência social, saúde e educação.
3) No Brasil, o terceiro setor emergiu na déc
A IMPORTÂNCIA DAS ONGs E A SUA INFLUÊNCIA NAS POLÍTICAS SÓCIO-GOVERNAMENTAIS ...Sirlene Aparecida Nogueira
O documento discute a importância das ONGs e do terceiro setor em influenciar políticas sócio-governamentais. Resume a constituição do terceiro setor no Brasil nos anos 1980/1990 e descreve a atuação da autora como presidente de uma ONG que cuidava de crianças entre 2002-2012, melhorando sua gestão administrativa e ampliando parcerias para fornecer melhores serviços.
Este documento discute a importância da participação social e da democracia participativa. Aborda conceitos como governo, sociedade civil, controle social e conselhos. Destaca que a Constituição Brasileira prevê a participação da comunidade em políticas de saúde, assistência social e educação. Também apresenta leis que garantem o direito à participação social de diferentes grupos.
Este documento fornece orientações para municípios brasileiros melhorarem a participação social na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Ele propõe três temas para discussão e atividades, como educação para o semiárido e identidade cultural, e instrui sobre a organização de grupos de trabalho para desenvolver planos de ação sobre cada tema.
Este documento apresenta um estudo de mercado para sabonetes em Portugal realizado pela empresa Olive's Nature. Ele resume as pesquisas e dados coletados sobre o mercado de sabonetes entre 2006-2008 e faz projeções para 2010. O estudo também determina o tamanho potencial do mercado para os produtos da Olive's Nature em quatro segmentos: particulares para uso próprio, particulares para presentes de casamento, empresas hoteleiras e empresas para presentes corporativos.
La administración es un proceso que coordina los recursos de un grupo social para lograr sus objetivos de manera eficiente y productiva. Es universal y se aplica en diferentes tipos de organizaciones como empresas, hospitales y escuelas. La administración es un instrumento flexible para alcanzar fines previamente establecidos y no un fin en sí misma. El uso de métodos científicos de administración permite que las organizaciones logren sus objetivos económicos y de otra índole.
Un worm o gusano informático se propaga de forma autónoma de un ordenador a otro, a diferencia de un virus que requiere la ayuda de una persona. Los gusanos se aprovechan de archivos o características de transporte del sistema para moverse entre sistemas. Existen diferentes tipos de malware como troyanos, bombas lógicas, hoaxes, virus residentes, de macro, polimórficos y de FAT, cada uno con características particulares.
As diversidades da sociedade civil Moçambicana são exprimidas em uma profunda contradição e em consequências socioeconómicas e políticas. Além disso, é possível perceber que os tais conceitos têm uma longa e tortuosa história no campo das ideias políticas remontando ao início da modernidade e apresentando distintos significados dependendo das posições teóricas, do contexto histórico e da forma de autoridade política no período em questão. É neste contexto que se pretende desenvolver o conceito de sociedade civil e o seu papel no desenvolvimento da sociedade civil moçambicana sem deixar de lado os princípios de boa governação em particular a natureza e o benefício sócio económico de cada princípio.
Terceiro setor e responsabilidade social das organizações cursoRosane Domingues
1) Este documento discute o terceiro setor e as organizações sem fins lucrativos, incluindo suas definições, tipos, e papel crescente na prestação de serviços e execução de políticas sociais.
2) O terceiro setor inclui organizações como ONGs, fundações e cooperativas que não buscam lucro e perseguem objetivos sociais, atuando entre o setor público e privado.
3) Essas organizações vêm ganhando importância ao preencher lacunas deixadas pelos setores público e privado
O documento discute o terceiro setor no Brasil, incluindo sua história e definição. Aborda as principais organizações do terceiro setor como fundações, entidades beneficentes e ONGs. Também discute a participação cívica e o voluntariado, com um breve histórico deste no país.
precursores e pioneiros do serviço socialweslainymaria
O documento descreve sete pioneiros do serviço social e assistência aos pobres entre os séculos 15 e 20, incluindo suas origens, contextos históricos, atividades desenvolvidas e concepções de pobreza e assistência.
O documento discute o terceiro setor, definindo-o como constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais que geram serviços públicos. Ele explica que o terceiro setor atende necessidades não atendidas pelo governo ou iniciativa privada e destaca a importância do voluntariado nessas organizações.
Trajetória da Assistencia Social SistematizadaAnna Trina
Texto elaborado em agosto/2006, por Maria de Fátima Matos Cardoso e Cristhiene Montone Nunes Ramires, com a finalidade de resgatar momentos da trajetória do Serviço Social, visando destacar a Metodologia utilizada e possíveis estratégias de Intervenção Social.
1) O documento discute as redes de mobilização social no Brasil contemporâneo, analisando movimentos sociais, associações civis e fóruns.
2) É destacada a importância dos movimentos sociais na luta por direitos e na construção de uma sociedade democrática.
3) A democracia brasileira é contraditória, com classes menos favorecidas excluídas do poder de escolha, mas tratadas de forma clientelista.
O documento descreve a evolução histórica do serviço social no Brasil desde suas origens ligadas à Igreja Católica até a década de 1960. Aprofundou-se a influência marxista e realizaram-se congressos para debater a atualização teórica e metodológica da profissão diante das transformações sociais. Buscou-se justificar o papel do assistente social perante a população, Estado e empresariado.
O documento discute o conceito de participação social, definindo-a como fazer parte e tomar parte nos processos de tomada de decisão de forma colaborativa. Apresenta diferentes perspectivas sobre participação de organizações internacionais e valores como ação coletiva e conduta colaborativa. Discutem-se também desafios como qualificar a participação da sociedade civil e ampliar a esfera pública.
O documento discute a influência da religião no surgimento e desenvolvimento do Serviço Social no Brasil. A religião esteve na base da profissão e manteve estreita ligação com noções de caridade e filantropia. No entanto, é necessário que o Serviço Social se afirme como política pública laica, garantindo direitos independentemente de crenças religiosas. O texto também analisa como valores morais religiosos podem interferir na prática profissional dos assistentes sociais, contrariando avanços teóricos e respeito à divers
1) O documento discute as diferentes concepções de pobreza e "questão social" no liberalismo clássico, keynesianismo e neoliberalismo.
2) Inicialmente, a pobreza era vista como resultado de fatores individuais como falta de educação e planejamento. Isso levou a respostas filantrópicas e moralizadoras.
3) Posteriormente, com o capitalismo de bem-estar social, o Estado passou a assumir funções para institucionalizar conflitos sociais e garantir a acumulação capitalista, incluindo polí
O documento discute a importância da participação social e da democracia participativa no Brasil. Ele explica que a Constituição Federal e várias leis brasileiras, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Orgânica da Saúde, preveem a participação da sociedade civil nos processos decisórios do governo e na formulação e implementação de políticas públicas. Além disso, o documento lista diversos mecanismos de participação, como conselhos e conferências, que permitem a incidência política da sociedade.
Este artigo discute como os conselhos de assistência social no Brasil podem ajudar a construir uma cultura política de direitos e cidadania ativa, substituindo a cultura clientelista do passado. Os conselhos, criados pela Constituição de 1988, são espaços importantes para a participação social na implementação do Sistema Único de Assistência Social de forma descentralizada e democrática. Contudo, enfrentam desafios devido aos resquícios da cultura política autoritária e excludente que persiste no país.
Este artigo discute os vínculos entre educação, trabalho e movimentos sociais. Argumenta que os movimentos sociais desempenharam um papel pedagógico importante ao ensinar os direitos sociais, especialmente o direito à educação. Também sugere que as lutas por melhores condições de vida, como moradia e saúde, contribuíram para a formação humana ao humanizar as possibilidades de existência. Conclui que esses vínculos entre educação e luta social permanecem relevantes, mesmo em tempos de desestruturação,
O documento discute o conceito e importância do terceiro setor no Brasil. Em três frases:
1) O terceiro setor refere-se a organizações privadas sem fins lucrativos que buscam objetivos sociais ou públicos para complementar ou suplementar a atuação do Estado.
2) Essas organizações, como associações e fundações, cresceram em importância para atender a populações carentes em áreas como assistência social, saúde e educação.
3) No Brasil, o terceiro setor emergiu na déc
A IMPORTÂNCIA DAS ONGs E A SUA INFLUÊNCIA NAS POLÍTICAS SÓCIO-GOVERNAMENTAIS ...Sirlene Aparecida Nogueira
O documento discute a importância das ONGs e do terceiro setor em influenciar políticas sócio-governamentais. Resume a constituição do terceiro setor no Brasil nos anos 1980/1990 e descreve a atuação da autora como presidente de uma ONG que cuidava de crianças entre 2002-2012, melhorando sua gestão administrativa e ampliando parcerias para fornecer melhores serviços.
Este documento discute a importância da participação social e da democracia participativa. Aborda conceitos como governo, sociedade civil, controle social e conselhos. Destaca que a Constituição Brasileira prevê a participação da comunidade em políticas de saúde, assistência social e educação. Também apresenta leis que garantem o direito à participação social de diferentes grupos.
Este documento fornece orientações para municípios brasileiros melhorarem a participação social na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Ele propõe três temas para discussão e atividades, como educação para o semiárido e identidade cultural, e instrui sobre a organização de grupos de trabalho para desenvolver planos de ação sobre cada tema.
Este documento apresenta um estudo de mercado para sabonetes em Portugal realizado pela empresa Olive's Nature. Ele resume as pesquisas e dados coletados sobre o mercado de sabonetes entre 2006-2008 e faz projeções para 2010. O estudo também determina o tamanho potencial do mercado para os produtos da Olive's Nature em quatro segmentos: particulares para uso próprio, particulares para presentes de casamento, empresas hoteleiras e empresas para presentes corporativos.
La administración es un proceso que coordina los recursos de un grupo social para lograr sus objetivos de manera eficiente y productiva. Es universal y se aplica en diferentes tipos de organizaciones como empresas, hospitales y escuelas. La administración es un instrumento flexible para alcanzar fines previamente establecidos y no un fin en sí misma. El uso de métodos científicos de administración permite que las organizaciones logren sus objetivos económicos y de otra índole.
Un worm o gusano informático se propaga de forma autónoma de un ordenador a otro, a diferencia de un virus que requiere la ayuda de una persona. Los gusanos se aprovechan de archivos o características de transporte del sistema para moverse entre sistemas. Existen diferentes tipos de malware como troyanos, bombas lógicas, hoaxes, virus residentes, de macro, polimórficos y de FAT, cada uno con características particulares.
Este documento presenta un análisis FODA de diferentes herramientas TIC (Mindomo, Wordpress, Educaplay, Webquest) utilizadas en el curso de Informática Educativa. También incluye una reflexión sobre el uso de Mindomo y sobre un texto relacionado a la evaluación. El autor analiza las fortalezas, debilidades, oportunidades y amenazas de cada herramienta y comparte sus pensamientos sobre el proceso de creación de mapas conceptuales usando Mindomo.
El embrague permite transmitir o interrumpir la energía mecánica de manera voluntaria. Funciona acoplando o desacoplando el motor de la transmisión. Los embragues multidisco usan un paquete de discos presionados que permiten una transmisión más progresiva de la fuerza. El par transmitido depende de factores como el material, área y diámetro de los discos y la fuerza de los muelles.
El documento describe los conceptos clave de la administración, incluyendo que es el proceso de organizar, planificar, dirigir y controlar para que un grupo de personas alcancen metas de manera eficiente. También discute los diferentes enfoques de la administración, como el enfoque científico de Frederick Taylor y los posteriores enfoques humano y sociológico. Enumera varios principios fundamentales de la administración científica.
O documento discute as tendências do terceiro setor em um ambiente globalizado, definindo os principais atores como fundações, entidades beneficentes, fundos comunitários, ONGs, empresas com responsabilidade social e pessoas físicas. O terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos que fornecem serviços públicos para ajudar aqueles em necessidade.
Este Manual para Capacitação Inicial do Voluntário, elaborado pelo Instituto Voluntários em Ação (IVA/SC), o Centro de Voluntariado de Florianópolis, tem como principal objetivo capacitá-lo para o voluntariado como também auxiliá-lo na escolha e no desenvolvimento do seu trabalho voluntário. Aqui você encontrará dados e informações sobre a história do voluntariado, os conceitos dessa atividade, as responsabilidades necessárias, legislação e alguns exemplos de trabalhos voluntários. Ou seja, informações importantes para você colocar em prática sua vontade de ser voluntário.
Este documento fornece um resumo sobre o trabalho voluntário no Brasil. Ele explica que o módulo 1 irá apresentar os principais conceitos e histórico do voluntariado no país, assim como seus aspectos legais, com o objetivo de capacitar voluntários para o Projeto Força Voluntária.
O documento discute o jornalismo no Terceiro Setor, ressaltando a necessidade de uma cobertura crítica diante dos riscos de desvios e oportunismo. Aponta também que, apesar dos problemas, algumas entidades buscam efetivamente o bem social.
Neste primeiro Módulo você conhecerá os principais conceitos de voluntariado no Brasil, assim como seu histórico e aspectos legais. Fique por dentro do Voluntariado e junte-se ao Projeto Força Voluntária!
1) O documento analisa a trajetória do serviço social no campo da educação infantil no Brasil, comparando as primeiras experiências nas décadas de 1930-1950 com experiências mais recentes a partir da década de 1990.
2) Discute como as creches e pré-escolas surgiram inicialmente com um caráter assistencialista de "depósito de crianças", mas passaram a ser vistas como direito da criança e espaços educacionais a partir de mudanças legislativas como a Constituição de 1988.
3) Aponta que, ap
1. O documento descreve o histórico e características do terceiro setor no Brasil, desde sua origem nos anos 1970 até os dias atuais.
2. O terceiro setor surgiu para suprir lacunas deixadas pelo Estado na área social, tendo crescido com financiamento estatal a partir dos anos 1990.
3. O documento analisa como o terceiro setor se configura no contexto social, econômico e político atual, debatendo conceitos como sociedade civil, Estado e mercado.
O documento discute a importância da organização da juventude e do papel dos estudantes na história do Brasil. Também aborda a cidadania ativa e a necessidade de politizar os temas sociais através do conflito para ampliar os direitos. Destaca o Grêmio Estudantil como um espaço essencial para o exercício da cidadania na escola, representando os interesses dos alunos e promovendo sua participação nas atividades e decisões escolares.
O documento discute o modelo liberal de Estado no século XIX e sua transição para o Estado Social no século XX. No século XIX, o Estado liberal tinha um papel reduzido na economia e garantia a liberdade econômica e propriedade privada. Porém, não previu as deficiências do mercado, levando a questionamentos. Isso levou ao surgimento do Estado Social, que passou a intervir em áreas antes de competência privada para assumir responsabilidades sociais, como saúde e educação.
Projetos sociais visam o desenvolvimento social, econômico e cultural de comunidades de forma voluntária e sem fins lucrativos. Geralmente envolvem ações educativas, culturais ou de saúde para melhorar a qualidade de vida das pessoas impactadas. Esses projetos são regulamentados por lei e promovidos por organizações da sociedade civil.
Conselhos de juventude espaço de participação juvenilAdrielle Saldanha
Os Conselhos de Juventude no Brasil promovem a participação juvenil na política local de três maneiras: (1) contribuindo com propostas, (2) servindo como conselheiros, (3) permitindo que jovens influenciem políticas públicas que beneficiem os jovens. No entanto, há estereótipos negativos sobre os jovens que dificultam sua participação.
O documento discute o terceiro setor e a responsabilidade social. Apresenta como uma sociedade é organizada em três setores, definindo o terceiro setor como instituições sem fins lucrativos que geram bens e serviços públicos. Também define responsabilidade social como a gestão ética e transparente de uma empresa em relação aos públicos com os quais se relaciona, visando o desenvolvimento sustentável.
O documento apresenta uma análise de conjuntura da Associação Saúde Criança Repensar, uma ONG sem fins lucrativos que atende famílias de crianças com fissura labiopalatal. A associação oferece programas educacionais, culturais, de saúde e capacitação profissional, visando à inclusão social das famílias atendidas. O texto descreve a atuação da assistente social na identificação de necessidades sociais e no acesso das famílias a direitos e benefícios.
O documento discute o terceiro setor e responsabilidade social. Apresenta o conceito de terceiro setor, seus principais personagens e marco legal. Também aborda a importância do terceiro setor para a sociedade ao gerar empregos e prestar serviços essenciais, e conceitos de responsabilidade social empresarial.
A cultura e a cooperação como ferramentas de aprendizagem e de inserção socialMário Cruz
Este trabalho traz como proposta principal uma análise acerca da metodologia de intervenção social, por meio da exploração de princípios de cooperatividade e de aspectos culturais e artísticos, visando o desenvolvimento de habilidades como a expressão, criticidade, solidariedade, e a superação da pobreza e das desigualdades sociais. Utilizou-se como objeto a Companhia de Teatro e Dança Arte Livre – CIATDAL, uma instituição sem fins lucrativos, localizada na cidade de Porto Franco – MA, de caráter artístico, cultural, educacional, beneficente e de direitos privados, e tem como objetivos principais: a valorização cultural e artística da região, a educação social utilizando o teatro e a dança como principal meio de comunicação. Neste projeto, investigou-se como a instituição constrói uma alternativa social, econômico e política na desenvolvimento do sujeito críticos e formador de opinião, e a sua inserção em uma realidade digna e de bem estar social.
Palavras-chaves: Cultura. Cooperação. Criticidade. Superação.
Este documento discute o conceito de adolescência e protagonismo juvenil. Ele explica que a adolescência é uma fase da vida entre os 10-20 anos marcada por transformações biopsicossociais. O protagonismo juvenil envolve estimular a participação social dos jovens através de projetos que os prepare para a cidadania e contribua para uma sociedade mais justa. O documento defende que os jovens devem ser vistos como sujeitos de direitos e agentes de transformação social, não apenas receptores de conhecimento.
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação JuvenilAniervson Santos
O documento discute a participação juvenil nos Conselhos de Juventude no Brasil. Os Conselhos de Juventude oferecem uma oportunidade para os jovens participarem do processo político e influenciarem políticas públicas que beneficiem os jovens. No entanto, a participação juvenil nesses conselhos é recente e os jovens ainda enfrentam estereótipos que dificultam seu engajamento político.
O documento descreve uma intervenção comunitária em saúde coletiva na Comunidade Campinho em Juiz de Fora, Brasil. O objetivo é prevenir fatores de risco e promover saúde, autonomia e participação social através de atividades transdisciplinares com acadêmicos e profissionais. As atividades incluem oficinas, terapia comunitária e recreação para crianças.
Este documento discute o conceito de sociedade civil em Moçambique e seu papel no desenvolvimento da sociedade. Também aborda os princípios de boa governança, incluindo participação, transparência e estado de direito. A sociedade civil moçambicana evoluiu de organizações subordinadas ao estado para organizações que promovem a participação cívica e responsabilizam o governo.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
1) O documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização e seu papel na construção de processos emancipatórios;
2) As políticas neoliberais priorizaram pagamento da dívida em detrimento de serviços públicos, levando a desigualdade social;
3) Movimentos sociais como o MST e de indígenas, mulheres e sem-terra desafiam a exclusão e lutam por direitos.
Movimentos sociais na américa latina na atualidade
(1 12 2009 09 26 33) artigo (1)
1. O PAPEL DA FILOSOFIA NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA – UMA
PROPOSTA A PARTIR DO PROJETO DE VOLUNTARIADO DO COLÉGIO
SÃO JOAQUIM
1.1 Voluntariado Juvenil: uma contextualização
O voluntariado é uma prática bastante atual. Pode ser visto como uma
resposta às problemáticas presentes em nossa sociedade. Essa atividade pode
servir de proposta pedagógica que colabora diretamente no desenvolvimento
de capacidades necessárias para os jovens alunos do ensino médio.
1.1.1 Projeto de Voluntariado no Colégio São Joaquim
Para início de conversa, é necessário entender o que é o Voluntariado e
como surgiu tal Projeto no Colégio São Joaquim. Ele é realizado com jovens
que buscam doar parte de seu tempo para ajudar pessoas que estão à margem
da sociedade, um dos motivos que torna o voluntariado uma atividade
educacional humanizadora, tanto para quem pratica a ação quanto para quem
a recebe. Essa atividade ajuda o jovem a formar uma consciência e a construir
estratégias que beneficiem pessoas que vivem em situações menos
favorecidas.
O projeto nasceu no ano de 2007, a partir de uma iniciativa do setor de
pastoral do Colégio São Joaquim1
. Os responsáveis pela atividade articularam
um grupo de jovens alunos do Ensino Médio que se mostravam desejosos de
um trabalho que fosse além da sala de aula e que atingisse as pessoas mais
carentes. Elaborado o projeto e estruturado um grupo, os responsáveis
realizaram uma série de formações, visando preparar os alunos para o contato
com as pessoas que seriam atendidas pelo projeto.
Desde o primeiro encontro com o grupo, das formações e das primeiras
visitas a entidades carentes da cidade de Lorena, a avaliação da iniciativa foi
1
Por se tratar de um colégio confessional católico, o Colégio São Joaquim conta com um setor
denominado de Pastoral. Tal setor é responsável por uma série de atividades de cunho
pedagógico, religioso e social. Estão vinculadas à Pastoral, iniciativas como ensaios de
bandas, dança, teatro; e ainda, as atividades relacionadas aos chamados “momentos fortes” da
espiritualidade cristã e salesiana.
2. bastante positiva. Resultado disso é que o projeto continua a acontecer. Agora
com a participação de novos alunos e com a presença de estagiários do curso
de filosofia que colaboram na formação e no acompanhamento dos alunos nas
atividades realizadas.
1.1.2 Mas o que é Voluntariado?
A sociedade hodierna encontra grandes dificuldades quando se fala em
“relações humanas”. Diante de uma realidade onde as desigualdades sociais
aumentam a cada dia, o homem parece ter se acostumado com os problemas
que assolam a humanidade. Percebemos assim, uma falta de motivação dos
jovens pela atuação ativa na sociedade como cidadãos. Em contrapartida,
percebe-se um grande número de pessoas (dentre estas, muitos jovens), que
desejam ser agentes de transformação social, sentem-se responsáveis e
buscam meios de ajudar o próximo através de trabalhos voluntários.
O voluntariado pode ser entendido de diversas formas. Do ponto de vista
religioso, podemos dizer que se trata de uma doação ao próximo numa
perspectiva transcendental, ou seja, motivados pelo amor à Deus que se
manifesta no serviço aos outros. Na visão social, podemos recorrer à
elucidação de DOMENEGETTI que versa:
O voluntariado constitui-se como sujeito social e político diverso do
Estado e do Mercado, como “Terceiro Setor”, que supera a tensão
entre público e privado, no desenvolvimento de um novo espaço (o
privado-social), que não funciona segundo a lógica do lucro nem da
coerção, mas segue o principio da gratuidade e da participação
voluntária. (DOMENEGETTI, 2001, p. 13)
O trabalho voluntário é realizado naquele que chamamos de “Terceiro
setor”. Este termo é referente às organizações que cuidam de problemas
ligados à educação, saúde, meio ambiente, assistência social, abuso de álcool
e drogas, sindicatos, museus etc., que cria capital social (composto por
voluntários) e empregos. É chamado de terceiro setor, pois difere do Primeiro e
Segundo setor, público e privado respectivamente, que são os setores que
dividem a sociedade. Apesar de ser diferente desses referidos setores de
3. nossa sociedade, o terceiro setor enfatiza a relação entre as ações públicas e
as privadas.
Assim dizendo, a Lei nº 9.608/982
caracteriza como trabalho voluntário a
atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de
qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha
objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de
assistência social, inclusive de mutualidade. Esta lei estabelece que o trabalho
voluntário esteja previsto em contrato escrito, termo de adesão que destaca a
não existência de vínculo trabalhista no serviço voluntário.
O Voluntariado também pode ser entendido como a forma de estimular a
cidadania ativa e o envolvimento comunitário. Ou seja, uma pessoa que adere
a este tipo de serviço, trabalha, através de iniciativas pontuais, em vista de
melhoria das condições de vida das pessoas. Não somente espera de braços
cruzados por políticas públicas que atendam a estas necessidades, mas
elabora, articula e pratica tais ações. É importante evidenciar que o terceiro
setor e o trabalho voluntário têm seu surgimento intimamente ligados
exatamente à carência de políticas públicas que defendam e garantam a
dignidade e as condições mínimas para os cidadãos.
Em especial para as pessoas mais jovens, o voluntariado assume um
caráter altamente educativo. Pode colaborar inclusive, no rendimento escolar,
pois aumenta a motivação do aluno em buscar coisas novas e conhecimentos
que subsidiarão o trabalho que realizam. No voluntariado, os alunos encontram
“um espaço de liberdade e iniciativa; [...] o que se torna contestação corajosa
da mentalidade individualista e consumista que insidia muitos estratos sociais.”
(DOMENEGETTI, 2001, p. 17). A partir de então, o voluntário adquire uma
visão global e crítica da realidade social e contribui para a remoção das causas
da injustiça.
Se considerarmos a realidade sociocultural, somada aos diversos e
complexos desafios e situações conflitivas em que o jovem vive, o voluntariado
se apresenta como um espaço alternativo não só de inserção social e
compromisso de cidadania responsável, mas também como uma proposta que
ajuda o jovem a conhecer a si mesmo e a descobrir suas potencialidades.
2
A íntegra da Lei está disponibilizada pelo Governo Federal no seguinte endereço eletrônico:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9608.htm.
4. Em se tratando de jovens, o voluntariado assume um papel de ação e
reflexão e torna-se um espaço de educação sociopolítica. Tudo isso ajuda no
desenvolvimento do senso crítico, na conscientização sobre os direitos
humanos e sociais, no respeito às diferenças culturais e na vivência da
solidariedade. O contato com uma realidade diferente da sua (e muitas vezes
mais dura que a sua), leva o jovem à reflexão e preenche os anseios que ele
carrega consigo:
Voluntario é o ator social e agente de transformação, que presta
serviços não remunerados em benefício da comunidade. Doando seu
tempo e conhecimentos, realiza um trabalho gerado pela energia de
seu impulso solidário, e atende não só às necessidades do próximo,
como também aos imperativos de uma causa. O voluntário atende
também suas próprias motivações pessoais, sejam elas de caráter
religioso, cultural, filosófico ou emocional. (DOMENEGETTI, 2001, p.
17).
Em suma, o trabalho voluntário difere do esquema social e político tanto
do Mercado quanto do Estado. No terceiro setor, a tensão entre público e
privado é superada e se dá abertura a um novo espaço, que se distingue por
seguir o princípio da gratuidade e da relação voluntária. Assim, o voluntariado
estabelece relação com o mercado (pois produz e gera benefícios), com o
Estado (preza pela garantia de direitos e bem comum) e ainda com as pessoas
– desenvolvendo relações humanas marcadas pelo altruísmo e envolvimento.
Como foi dito, o voluntariado se insere no que denomina-se terceiro
setor. Para compreender como essa atividade pode ser uma prática educativa
e pedagógica que despertará sua consciência cidadão, é preciso clarificar onde
se inserem as iniciativas voluntárias.
1.1.3 O que é o Terceiro Setor?
O primeiro setor é o Governo, responsável pelas questões sociais. O
segundo setor é o Privado, responsável pelas questões individuais. Com a
falência do Estado em algumas áreas, o setor privado começou a ajudar nas
questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado
Terceiro Setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem
5. fins lucrativos e não governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de
caráter público.
1.1.3.1 Principais responsáveis do Terceiro Setor3
Existem diversos órgãos que cuidam das atividades e iniciativas
realizadas no chamado terceiro setor. Dentre elas:
a) As fundações, que são as instituições que financiam o terceiro setor,
fazendo doações às entidades beneficentes.
b) As Entidades Beneficentes, que são as operadoras de fato e que cuidam
dos carentes, idosos, meninos de rua, drogados e alcoólatras, órfãos e
mães solteiras; protegem testemunhas; ajudam a preservar o meio
ambiente; educam jovens, velhos e adultos; profissionalizam; doam
sangue, merenda, livros, sopão etc. Enfim, fazem tudo.
c) Os Fundos Comunitários, que consiste na doação de várias empresas
para um dado fundo, sendo que os empresários avaliam, estabelecem
prioridades, e administram efetivamente a distribuição do dinheiro.
d) As Entidades Sem Fins Lucrativos, que infelizmente, são, na realidade,
lucrativas ou atendem os interesses dos próprios usuários. Um clube
esportivo, por exemplo, é sem fins lucrativos, mas beneficia somente os
seus respectivos sócios.
e) Temos ainda as ONGs (Organizações Não Governamentais). Ajuda
prestando serviços a pessoas direta e indiretamente. Uma ONG que
defenda os direitos da mulher, fazendo pressão sobre nossos
deputados, está ajudando indiretamente todas as mulheres.
f) As Empresas com Responsabilidade Social (diga-se que no fundo, a
Responsabilidade Social é sempre do indivíduo, nunca de uma empresa
jurídica, nem de um Estado impessoal. Caso contrário, as pessoas
repassariam as suas responsabilidades às empresas e ao governo, ao
invés de assumirem para si). Porém, algumas empresas vão além da
sua verdadeira responsabilidade principal (isto é, a financeira) e
3
O sub-item que se segue foi baseado em: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO
BRASIL. Sem Trabalho... Por quê? Fraternidade e os desempregados: Texto-base CF 1999.
Brasília: Edições CNBB, 1999.
6. incentivam outras atitudes, como fazer produtos seguros, acessíveis,
produzidos sem danos ambientais, e de estimular seus funcionários a
serem mais responsáveis.
g) As Empresas Doadoras, que financiam atividades de cunho social.
h) A Elite Filantrópica, que são os empresários que fazem doações
financeiras em seu nome.
i) As Pessoas Físicas, notadamente da classe média, que somam 90% da
verba filantrópica global. As empresas contribuem somente com 10%
dessa verba.
j) A Imprensa, que atua como meio de divulgação do Terceiro Setor.
k) E enfim, as Empresas Juniores Sociais, que caracterizam os projetos
comunitários associados à área acadêmica.
Não se pode confundir o ‘Terceiro Setor’ com as atividades do ‘Setor
Terciário’ da economia do comércio e serviços. Uma coisa não tem não nada a
ver com a outra. Para a Economia há três setores de renda: 1) a agricultura
como setor primário; 2) a indústria como setor secundário; 3) e o comércio
como setor terciário. Por isso, em vista desta possível confusão ou semelhança
de termos, existem alguns estudiosos, como Roger Sue, que preferem chamar
o Terceiro Setor de ‘Setor Quaternário’, incluindo-o nos setores da Economia,
justamente para evitar qualquer outro tipo de equivoco.
Então, tendo entendido o que é voluntariado e em que contexto se
insere, tratar-se-á agora, quais os aspectos mais importantes de tal iniciativa
como método educativo e pedagógico.
1.1.4 Objetivos do Projeto
O projeto específico do Colégio São Joaquim se insere nas áreas
educativo-cultural e ainda na área social, que compreendem, entre outras
coisas, iniciativas educativas de caráter informal que visam à animação da
cultura, do lazer e do esporte. Também estão presentes uma série de
atividades que visam recuperar a dignidade das pessoas e satisfazer algumas
necessidades básicas, como a alimentação (através da arrecadação de
mantimentos). Além do grupo de voluntariado, existe um grupo de adolescência
7. missionária, que realiza um trabalho semelhante ao do voluntariado, só que em
menor escala devido à idade dos alunos.
Dentre tantas características importantes do projeto, a motivação
principal é o serviço prestado pelos jovens alunos às pessoas atendidas. Os
próprios jovens acreditam e partilham, o quanto a experiência obtida com os
destinatários (somado ao respaldo teórico e o acompanhamento dos
educadores) são subsídios para suas próprias vidas.
Além das ações pontuais que beneficiam os atendidos, o projeto
colabora na formação humana do aluno. Perceber as necessidades sociais e
“tomar partido”, buscar soluções, é resultado de uma educação que possibilita
ao jovem colocar em prática os conhecimentos adquiridos.
1.1.5 Voluntariado Juvenil Salesiano: a experiência de Dom Bosco
O referido projeto possui uma dimensão espiritual. Por estar vinculado a
uma escola confessional, de denominação católica, ele tem características
evangélicas e cristãs. Nessa dinâmica cristã, os jovens descobrem a liberdade
na iniciativa, “[...] entrevêem um caminho que os leva ao serviço pelos outros,
reconhecem a possibilidade de uma profecia, que se torna contestação
corajosa da mentalidade individualista e consumista que insidia muitos estratos
sociais” 4
.
Devemos situá-lo ainda, na realidade salesiana5
. O voluntariado
salesiano possui uma identidade própria e deve garantir uma qualidade
educativo-pastoral em suas experiências. Preza por dirigir sua atenção ao
4
DIREÇÃO GERAL OBRAS DE DOM BOSCO: Dicastério para a pastoral juvenil e para as
missões. O voluntariado na Missão salesiana: manual de roteiro e orientações. Trad. Pe. José
Antenor Velho. Roma, 2009, p. 16. (Inspetoria Salesiana de São Paulo – circulação interna)
5
Os “Salesianos de Dom Bosco” são parte de uma organização internacional de pessoas
dedicadas, em tempo integral, à educação e ao serviço dos jovens, especialmente os mais
pobres e abandonados. Fundados por são João Bosco, um santo educador italiano do século
19. Presente hoje, em mais de 128 países, têm como centro de sua missão a educação e
evangelização. O serviço ou projeto educativo-pastoral que realizam tem por objetivo a
promoção integral da pessoa. São realizadas atividades e obras nos oratórios e centros
juvenis, escolas e centros de formação profissional, universidades, paróquias, obras e serviços
sociais para jovens em situação de risco, comunicação social e em outras formas de presença,
como a Articulação da Juventude Salesiana, o voluntariado, serviços de orientação vocacional
e de formação cristã. Disponível em: http://www.salesianos.com.br. Acesso em 22 de setembro
de 2009, às 10h54min.
8. crescimento humano do aluno, seu desdobramento cristão e religioso, sua
inserção na vida social e em comunidades de fé.
É considerado um voluntariado salesiano quando realizado dentro de um
contexto ou vinculado a uma obra salesiana. Tem de estar inspirado nos
valores próprios da tradição e espiritualidade salesiana, inserida no projeto
educativo-pastoral e carregar os traços da pedagogia e do sistema preventivo
de Dom Bosco.
A pedagogia salesiana tem como fundamento o sistema preventivo de
Dom Bosco, que por sua vez, sustenta-se por três pilares: a razão, a religião e
a amorevollezza6
. Este “método” educativo nasceu da própria experiência de
Dom Bosco. Ele era contra todo tipo de educação repressiva, pelo contrário,
testemunhou “[...] uma educação motivada pelo amor, pela caridade e pela
alegria.” (CHALITA, 2004, p. 11, apud BRAIDO, 2004). Na raiz da missão de
Dom Bosco, o trabalho com os jovens e adolescentes com os quais trabalhara,
tinha como meta torná-los bons cristãos e honestos cidadãos.
O desenvolvimento da cidadania também fez parte dos objetivos do
trabalho de Dom Bosco. Este não se restringia à evangelização, mas visava
criar “homens novos” para uma sociedade nova. Tinha a peito a salvação das
almas, mas esta missão devia ainda fazer com que o jovem tomasse uma nova
postura diante da sociedade. Ele “realizou a própria obra educativa para
consecução de fins ao mesmo tempo antigos e novos, levando os jovens a
acolher e formar em si, tanto a fidelidade à perene novidade cristã quanto à
capacidade de inserir-se em uma sociedade libertada [...]”. (BRAIDO, 2004, p.
211).
Portanto, a atividade educativa salesiana também ajuda (e tem como
objetivo) o desenvolvimento da capacidade e consciência cidadã. Inspirados no
trabalho realizado por Dom Bosco, busca-se o desenvolvimento do jovem em
sua totalidade, integrando a dimensão espiritual com a dimensão histórico-
social.
2.1 Ensino de Filosofia e desenvolvimento da consciência cidadã
6
Esta é uma palavra do idioma italiano que não possui tradução literal para o português. Pode
ser aproximada de carinho e amabilidade.
9. O ensino de Filosofia tem uma série de objetivos a serem alcançados.
Eles não devem ser fins em si mesmos, ao contrário, devem colaborar no
processo educacional do aluno. O despertar para a cidadania também é
finalidade da filosofia como disciplina, visando inserir o aluno de forma
significativa no contexto social.
2.1.1 O Ensino de Filosofia no Ensino Médio: Novas propostas
metodológicas
O retorno da disciplina de Filosofia para a grade curricular do Ensino
Médio trouxe consigo diversas preocupações. Busca-se novas metodologias
que tornem a disciplina mais entusiasmaste para o aluno e que não reduzam
de alguma forma as especificidades da Filosofia. Um embate que tem-se
desenvolvido é sobre os conteúdos a se trabalhar. Muitos autores questionam
o ensino puramente histórico da filosofia versus o chamado “ensinar a
filosofar”.
O ensino de Filosofia na escola deve colaborar para o desenvolvimento
da capacidade crítica do aluno, em sua formação ética, e ainda, em sua
preparação para o mundo do trabalho. Deve integrar temas transversais,
dialogando com outras áreas do saber e assim, garantir uma educação integral.
O estudante deve dominar também os conteúdos trabalhados. Toda essa
formação é base necessária para o cumprimento da cidadania que o aluno é
estimulado a assumir.
Longe de querer reduzir o ensino da Filosofia a uma prática de
desenvolvimento da cidadania, o que iria descaracterizá-lo, queremos destacar
uma parte específica dos objetivos de sua aplicação no Ensino Médio.
2.1.1.1 A proposta do governo para o ensino
A educação deve ser um projeto abrangente, que inclui diversos
processos educativos a serem desenvolvidos junto aos alunos. A legislação
brasileira prevê uma série de finalidades à educação. Tendo como base a LDB,
destaca-se:
10. [...] a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social. [...] para a promoção do exercício da cidadania,
fundamentada nos ideais de igualdade, liberdade, solidariedade,
democracia, justiça social e felicidade humana, no trabalho como
fonte de riqueza, dignidade e bem-estar universais [...] para a
formação de cidadãos capazes de compreender criticamente a
realidade social e conscientes de seus direitos e responsabilidades,
desenvolvendo-lhes os valores éticos e o aprendizado da
participação. (SAVIANI, 2007, p.22).
É importante ressaltar que o documento enfatiza a ligação da educação
e do desenvolvimento pleno dos alunos com sua participação ativa na
sociedade, seja através do mundo do trabalho ou do efetivo exercício da
cidadania. A educação deve orientar o indivíduo à consciência de sua
responsabilidade diante da sociedade. Não pode, ao contrario, torná-lo apático
às necessidades coletivas que o rodeiam.
Neste sentido, o desafio que se nos apresenta é grande. A filosofia como
disciplina no ensino médio vem ao encontro dessas finalidades, mas acarreta a
necessidade de se pensar na oferta de um ensino de qualidade, que só serão
possíveis se forem estabelecidas condições adequadas para sua presença
como disciplina, implicando a garantia de recursos materiais e humanos.
2.2 Mas o que é Cidadania?
Se o ensino de Filosofia deve colaborar para o desenvolvimento da
consciência crítica do aluno, para que este assuma seu papel de cidadão na
sociedade, é preciso antes, conceituar o que entendemos por cidadania. Ela
não pode ser entendida apenas como a atitude de reivindicar melhores
condições de vida para o ser humano, tais como saneamento básico, saúde,
educação, fim de preconceitos e discriminações sociais, entre outros.
A cidadania foi objeto de muito estudo e de discussões importantes, que
marcam a ruptura de paradigmas acerca dos direitos e da dignidade das
pessoas. Ser cidadão significa, grosso modo, ter respeitados seus direitos e
deveres. Esta ideia está fundamentada e documentada e deve ser garantida às
pessoas pelo governo de cada nação:
Tal situação está descrita na carta de Direitos da Organização das
Nações Unidas (ONU), de 1948, que tem suas primeiras matrizes
marcantes nas cartas de Direito dos Estados Unidos (1776) e da
11. Revolução Francesa (1798). Sua proposta mais funda de cidadania é
a de que todos os homens são iguais e que perante a lei, sem
discriminação de raça, credo ou cor. E ainda: a todos cabem o
domínio sobre o seu corpo e sua vida, o acesso a um salário
condizente para promover a própria vida, o direito à educação, à
saúde, à habitação, ao lazer [...]. (COVRE, 1991, p. 9).
O próprio direito à vida, no sentido pleno, caracteriza o que vem a ser
cidadania. Este direito precisa ser construído de modo coletivo, visando
atender às necessidades básicas do homem.
A cidadania é constituída de três conjuntos de direitos que compõem os
direitos do cidadão, não podendo ser desvinculados um do outro. A realização
efetiva dos direitos depende dessa relação de complementaridade. Esses
direitos são ainda dependentes de organização política, econômica e social
para que se realizem. Em síntese, todos devem ter o mesmo tipo de direitos,
sem discriminação.
Os direitos do cidadão estão divididos em civis, políticos e sociais. Os
direitos Civis garantem que o indivíduo possa dispor do seu próprio corpo, de
locomover-se e de ter garantida a sua própria segurança. É o direito à
Liberdade, contrário a qualquer regime que se caracterize como escravidão. Os
diretos políticos referem-se ao atendimento das necessidades básicas do ser
humano, como alimentação, moradia, acesso à saúde e educação. E os
sociais, estão ligados ao direito de livre expressão e de prática política e
religiosa.
A própria origem da concepção da cidadania está ligada à filosofia, pois
se relaciona ao surgimento e organização da vida em sociedade (o que
concebemos como cidades). Podemos atribuir em princípio à cidade ou à polis
grega, que era composta de homens livres, com participação política contínua
numa democracia direta, em que o conjunto de suas vidas em coletividade era
debatido em função de direitos e deveres. Neste sentido, o homem grego era
um homem livre e participativo. A atuação do indivíduo naquelas coisas que
dizem respeito a ele mesmo e a seus convivas. Cidadania só se faz mediante
uma relação de igualdade, onde prevalece o diálogo e não existe nenhuma
forma de violência.
Para melhor elucidar esta questão, podemos recorrer à filosofia de Kant,
que fala do cidadão e do súdito, que devem obedecer às normas da lei. O
12. homem é um ser racional que deve usar de sua racionalidade para colaborar
num processo contínuo de crítica as leis se consideram que elas são injustas,
para que exista um processo de reformulação daqueles que são considerados
direitos do homem. Ele afirma que “o homem é um animal que, quando vive
entre os outros de sua espécie, tem necessidade de um senhor”. (KANT, 1986,
p. 10).
Tal necessidade se dá pelo fato de que ele, por vezes, abusa de sua
liberdade, condicionando a liberdade dos outros aos limites de uma lei. Um
senhor ajudaria a “direcionar” sua liberdade, e o faria ponderar suas ações.
Esta ideia não contraria a dialética do esclarecimento elaborada por Kant, e
segundo a qual há um processo de saída do homem de sua minoridade, da
qual ele é o próprio responsável.
A minoridade se caracteriza como a incapacidade de servir-se de seu
próprio entendimento sem a tutela de outrem. É um estado de dependência
que o homem é, muitas vezes, incapaz de perceber. A questão é encontrar um
homem que seja justo em si mesmo para governar os outros de modo
igualitário e o mais próximo da perfeição possível.
Kant, elabora assim, uma visão de mundo. A racionalidade proposta pelo
filósofo, também tem fins de promover a coletividade. O homem desenvolve a
própria racionalidade, e esse desenvolvimento está ancorado também na
inteligibilidade, no altruísmo, na liberdade. “No homem (única criatura racional
sobre a Terra) aquelas disposições naturais que estão voltadas para o uso de
sua razão devem desenvolver-se completamente apenas na espécie e não
apenas no indivíduo.” (KANT, 1986, p. 5). Então, a racionalidade deve
promover o desenvolvimento social e histórico dos homens; sua prática política
está no entre, no vínculo e na participação que estabelece.
A revolução que a vivência plena da cidadania pode efetivar se dá na
possibilidade de o homem romper com a alienação, com o esmaecimento
diante da realidade. Ele precisa passar a perceber a necessidade de sua
participação. Isso se daria, a todo instante, nas relações diárias, na criação de
relações que apontem, dentro do homem, as potencialidades que possui.
Não há mudança sem uma efetiva investida do cidadão. A luta pela
cidadania plena deve ser transformar o cotidiano das pessoas em algo bom e
13. satisfatório, sob condições que respeitem a própria vida. Deve haver o trabalho
coletivo na construção de um mundo mais humano e justo.
Então, torna-se possível o desenvolvimento daquela ação social de
conteúdo coletivo dos trabalhadores, no campo econômico, para
obter os bens e direitos a que fazem jus. E também, o exercício da
ação social no nível político, como construção da democracia em seu
sentido mais amplo – de uso da persuasão, do argumento, de
construção da justiça, liberdade, igualdade. (COVRE, 1991, p. 74).
Podemos dizer então, que a cidadania passa por um processo de
conscientização da necessidade da própria participação na organização da
sociedade. A filosofia pode contribuir em muito nessa dinâmica, pois estimula e
fomenta a formação ética, a autonomia intelectual e o pensamento crítico das
pessoas, fazendo-as cada vez mais atentas e participativas.
2.2.1 Ensino de Filosofia e desenvolvimento da consciência cidadã
Um estudo tem caráter filosófico quando assume uma postura
diferenciada diante do mundo. Busca-se novas alternativas de entendimento. A
filosofia é, portanto, atitude reflexiva. Ela busca as raízes e os fundamentos dos
problemas sobre os quais se propõe refletir. É dotada de rigor, sistematização
e métodos. E ainda, examina as questões de modo global, no seu conjunto ou
meio em que está inserido.
Evidentemente, não podemos dizer que a filosofia se justifica apenas por
sua contribuição como instrumental para a cidadania. Tal afirmação seria
limitada. O estudo da Filosofia abre os horizontes do educando, podemos dizer
até que em dimensão transdisciplinar7
. Torna-o mais crítico e capaz de exercer
a própria cidadania. Tanto os conteúdos quanto as metodologias utilizadas
desenvolvem capacidades que são importantes no processo educacional que o
aluno vive. Prepará-lo para a vida – eis o desafio no qual a filosofia pode
colaborar.
[...] “o papel peculiar da filosofia no desenvolvimento da competência
geral de fala, leitura e escrita – competência aqui compreendida de
um modo bastante especial e ligado à natureza argumentativa da
7
Pode-se compreender transdisciplinaridade como não-linearidade. É a razão transversal,
portanto, que escapa à lógica seqüencial e linear de alocação de disciplinas.
14. filosofia e à sua tradição histórica. Cabe, então, especificamente à
Filosofia a capacidade de análise, de reconstrução racional e de
crítica, a partir da compreensão de que tomar posições diante de
textos propostos de qualquer tipo (tanto textos filosóficos quanto
textos não filosóficos e formações discursivas não explicitadas em
textos) e emitir opiniões acerca deles é um pressuposto indispensável
para o exercício da cidadania”. (SAVIANI, 2007, p. 26).
A Filosofia cumpre um papel formador, visto que ela articula o saber.
Evita que a consciência assuma algo como verdadeiro em razão de
aparências. Não se restringe a meras opiniões ou ao senso comum, pelo
contrário, aprofunda questões e as conecta à vida do aluno. Um conhecimento
assim, imbricado na vida do aluno, é capaz de transformar e significar a
concepção de mundo que ele tem.
Ainda podemos caracterizar a filosofia como diálogo. Afinal, ela examina
minuciosamente, debate e levanta os prós e contras de um determinado
assunto ou problema. Apresenta abertura às outras diversas áreas do
conhecimento e corrobora assim, na elaboração de conceitos. Os objetivos do
ensino de Filosofia, quando bem definidos, atuam também na compreensão
das outras disciplinas. Ela pode trazer esses conhecimentos adquiridos,
acompanhando ou, pelo menos, respeitando o movimento do pensar à luz de
grandes obras, independentemente do autor ou da teoria escolhida. Quando o
aluno consegue realizar esta conexão, pode haver uma nova/maior motivação
para o seu estudo. Então,
[...] essa significação subjetiva ganha corpo quando o sujeito
consegue relacionar um novo conhecimento com aqueles que já
fazem parte de sua estrutura cognitiva, ou seja, quando o ato de
conhecimento tem condições de configurar-se, em alguma medida,
com um ato de reconhecimento. O que o aluno já sabe acaba
funcionando como uma espécie de ponto de ancoragem para novas
aquisições cognitivas. ((RODRIGO, 2009, p. 38).
A Filosofia aparece, neste contexto, como uma experiência modificadora
do pensamento e de si mesmo. Sempre partindo do momento em que os
conteúdos estudados e as conexões que se realiza tomam um novo sentido
para o indivíduo. Os espaços para o diálogo permitem que o aluno se expresse
livremente, incentivando-o a participar e exercitar o diálogo filosófico. Esse
processo educativo se efetiva na colaboração e no intercâmbio das idéias,
15. reflexões e pontos de vista daquelas que participam , transformando-as em
uma comunidade de investigação.
Inicia-se o aluno no mundo da Filosofia através de uma combinação
entre o exame dos textos filosóficos e das situações vividas por ele. Isso não
faz a Filosofia perder sua identidade e especificidade como uma disciplina
curricular do ensino médio. Diferentemente, leva o aluno a colocar em questão
aquilo que já sabe e a buscar novas fontes de conhecimento.
Os estudantes podem passar de um estado de ignorância para um
estado de conhecimento sobre temas concretos. É necessário, porém, que a
escola seja o contexto onde se constrói a autonomia. Quando o aluno é capaz
de pensar por si próprio, se percebe também como agente transformador da
sociedade. A filosofia serve como que um suporte, pano de fundo ou subsídio,
que desvela o aluno das sombras da ignorância e o faz despertar para um
vasto mundo de possibilidades.
3.1 Ensino de Filosofia e Trabalho Voluntário
A filosofia nos capacita à criticidade. A liberdade e autonomia de
pensamento a que ela nos leva, nos insere de modo mais contundente na
sociedade. Como disciplina ela pode nos instigar a uma busca criativa de
soluções para as carências da vida comum.
3.1.1 Pensamento crítico e participação: a filosofia como “pano de fundo”
para o projeto de Voluntariado
Quando procura modificar a sociedade, o homem acaba por modificar-se
a si mesmo. Essa situação só se dá quando o homem assume uma nova
maneira de pensar, livre e crítica, capaz de colocar em questão os próprios
valores e de avaliar as próprias ações e posturas.
O homem precisa então, desenvolver a capacidade reflexiva e o espírito
crítico, características próprias do verdadeiro filósofo. Quando reflete, a pessoa
consegue filtrar as informações que recebe (considerando o contexto atual,
vivemos em meio a uma enxurrada de informações). Pensamento crítico é a
16. capacidade de dosar a validade e significado destas informações e ainda, a
capacidade de aplicação e aprimoramento.
Essa autonomia de pensamento leva a uma atitude de posicionamento
diante do mundo. A influência dos outros sobre nós pode “ameaçar nossa
independência, pois se esse outro fosse inócuo e não pudesse interferir em
nossa independência, não teria sentido ser autônomo”. (GALLO, 2004, p. 68).
Ela ainda leva a uma atitude de compartilhamento, pois a compreensão de
mundo leva a perceber que o mundo é conjunto, e não apenas a minha
individualizada presença no mundo. Assim,
O outro assume um papel importante nessa ação. Ela não pode ser
uma ação solitária ou solipsista. Não pressupõe que o mundo seja o
meu mundo, mas que este seja um mundo compartilhado e onde
minha ação, mesmo a ação do pensamento, seja de intervenção no
mundo. O mundo não seria o mesmo sem essa ação – isto é, nega
radicalmente o ditado que afirma que a filosofia é aquilo que com ou
sem a qual o mundo continua tal e qual. Então a filosofia não seria
uma ação inócua, apesar de não podermos esperar um produto
definido dela, assim como se espera da resolução de um cálculo.
(GALLO, 2004, p. 76).
Não se trata aqui de uma espécie de pragmatismo, mas de uma
conseqüência. A prática filosófica é intervenção no mundo. Ela muda a visão, a
compreensão e acarreta em uma nova forma de agir. Tem sua dimensão
teórica com as ideias e conceitos e desemboca em sua dimensão prática, com
ações e inferências práxiológicas.
A filosofia ainda pode servir como suporte para o desenvolvimento da
criatividade. O aluno, quando consegue perceber que os conteúdos estudados
têm uma intervenção prática no mundo, buscará, por meio de maneiras
diferenciadas, desenvolver aquilo que se espera. A criatividade está então,
associada à inovação e em fazer as coisas que se espera de modos novo e
original.
Dentre os objetivos traçados para o projeto de voluntariado, é importante
destacar o desenvolvimento da consciência cidadã do aluno. Tal característica
pode ser observada também como um dos objetivos traçados para a disciplina
de Filosofia.
Podemos observar que existe a possibilidade de uma relação de
complementaridade entre o Voluntariado como proposta educativa e o ensino
17. de Filosofia. Estas duas instâncias colaboram no aprimoramento de uma série
de capacidades que o aluno deve desenvolver ao longo do Ensino Médio, e
que o acompanharão por toda a vida.
A questão fundamental é instigar o aluno a buscar soluções para as
questões e problemáticas que o incomodam. Esta é uma atitude filosófica,
relacionada ao aprofundamento e busca por respostas; e é atitude de cidadão
consciente, que se depara com a realidade, muitas vezes, marcada por
injustiças sociais, e estabelece propostas e se empenha pela mudança.
Trata-se da criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar
múltiplas alternativas para a solução de um problema, ou seja, do
desenvolvimento do pensamento crítico, da capacidade de trabalhar
em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da
disposição para o risco, de saber comunicar-se, da capacidade de
buscar conhecimentos. De forma um tanto sumária, pode-se afirmar
que se trata tanto de competências comunicativas, que parecem
solicitar da Filosofia um refinamento do uso argumentativo da
linguagem, para o qual podem contribuir conteúdos lógicos próprios
da Filosofia, quanto de competências, digamos, cívicas, que podem
fixar-se igualmente à luz de conteúdos filosóficos.” (GALLO, 2004, p.
30)
O trabalho desenvolvido não pode se limitar à interpretação ou à
contextualização dos filósofos de forma fragmentada e unívoca, nem mesmo se
reduzir a debates e discussões embasadas em textos filosóficos. Diversas
metodologias podem ser utilizadas para que se alcance de forma mais eficaz
os objetivos. As atividades devem conduzir o aluno a uma conexão de ideias e
à capacidade de relacionar conteúdos com a própria vida, de modo especial,
com a atividade voluntária.
Em síntese, pode-se dizer que a filosofia pode contribuir em muito com o
desenvolvimento da consciência cidadã. Podemos apontar a reflexão como um
dos objetivos desse processo educacional. É na escola que o aluno aprofunda
as mais diversas reflexões que o levam a ampliar o próprio horizonte de sentido
e de significação do mundo. E enfim, esse exercício deve levar a um outro: ao
da plena cidadania, que também está vinculada ao fato de que a educação
deve aperfeiçoar o aluno como pessoa, inerente à sua formação ética, à sua
liberdade, autonomia de pensamento e capacidade crítica.