1. PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA (PDT) - JUVENTUDE SOCIALISTA (JS)
MARACANAÚ - COMISSÃO PROVISÓRIA 2012
Políticas Públicas de Juventude
O tema juventude ganhou visibilidade nos últimos 15 anos no Brasil ocupando a pauta em
diversos espaços como meios de comunicação, universidades e nos discursos políticos. Uma das
razões é o aumento do número de jovens no País. Hoje existem cerca de 50,5 milhões de pessoas
com idade entre 15 e 29 anos no Brasil, representando quase 30% da população. Num rápido
comparativo, a população total da Argentina é estimada em de 40 milhões e da Venezuela em 26
milhões.
Para além do motivo da numerosa quantidade de jovens, constatou-se que o jovem é um fator
determinante na estratégia de desenvolvimento da sociedade, pois detém enorme potencial
modificador da realidade. Entretanto, não havendo investimento, o jovem acaba sendo elemento
limitador do desenvolvimento. Junto a isso, reconheceu-se que a juventude constitui um dos grupos
mais afetados pelas desigualdades e que há historicamente um déficit de políticas que garantam
direitos e oportunidades para juventude.
Reconhecendo esse cenário, em 2003, o Governo Federal criou o Grupo Interministerial da
Juventude, formado por 19 Ministérios, sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da
República, para identificar caminhos na formulação da política nacional de juventude. Em 2005, vieram
as primeiras ações: criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude
e dos ProJovens. Já em 2011 a realização da 2° Conferência Estadual e Nacional de Juventude, onde
a juventude cearense e nacional debateu, propões e aprovou as proposta de criação do Estatuto e
Sistema Estadual e Nacional de Juventude, restando a sua aprovação no Governo Estadual e Federal,
mas a luta não pode parar.
Além de valorizar os primeiros passos dados pelo Governo Federal é muito importante nesse
momento histórico dar capilaridade e se criar grande um movimento para que os municípios instalem
suas secretarias ou coordenadorias de Juventude juntamente com órgãos de controle social
responsáveis, organizados em conselhos pelos próprios jovens para construção de políticas públicas
de juventude.
E para isso é muito importante reconhecer a existência das várias juventudes, buscando
enfoques múltiplos e diferenciados para cada uma delas, aproveitando o potencial solidário, produtivo,
cooperativo e mercadológico de cada organização ou tribo jovem existente. Em qualquer cidade
existem as juventudes católica, evangélica, espírita, as “galeras” do futebol, do skate, da “malhação”,
da capoeira, do judô, do jiu-jitsu, hip-hop, os movimentos das juventudes partidárias e estudantis.
A convocação nesse momento é que formemos grupos nas nossas cidades para discutir com
todos os jovens, inclusive os diferentes de nós, das diversas tribos, propostas e ações práticas para o
nosso presente e nosso futuro, construindo projetos de saúde, de trabalho e emprego, de cultura, de
esporte, de inclusão digital para a juventude da nossa cidade. Muitos atribuem aos jovens a culpa
pelas suas próprias mazelas e defendem que o problema é que a juventude é acomodada e passiva.
Pensam que as chances para melhorar de vida estão aí para todos e só não as aproveita quem não
quer.
Nós pensamos diferente, pois vemos na atual condição juvenil uma situação grave de violação
de direitos: a questão não está na falta de interesse dos jovens. O que falta são oportunidades para
que eles desenvolvam seu potencial e enxergar o jovem é um fator estratégico para o desenvolvimento
de nossa sociedade. É a partir desse enfoque que devemos construir as políticas públicas de
juventude. Cabe a nós, jovens, dialogar e pressionar os governos, seja a Prefeitura, o Governo
Estadual e Federal para implementar políticas públicas efetivas para juventude. Portanto vamos nos
organizar e construir propostas de políticas públicas de juventude nas nossas cidades buscando
propiciar a cidadania plena para nossa juventude.
JS / PDT - CEARÁ