Apresentação de Pedro Carignato Basílio Leal e Cristina Boggi da Silva Rafaelli, ambos assistentes Técnicos de Pesquisa do Instituto Geológico (IG) "Conhecimento e Gestão Comunitária de Risco a Serviço da Sustentabilidade: Exemplos de Medellín (Colômbia) e Vila Nova Esperança (São Paulo)."
Apresentação realizada durante o X Seminário: "Estratégias Para Redução de Riscos e Desastres a Eventos Geodinâmicos no Estado de São Paulo", organizado pelo Instituto Geológico (IG), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), da Secretaria Estadual da Casa Militar.
Atuação do Instituto Geológico na Prevenção aos Desastres Naturais
Cooperação internacional em gestão de riscos de deslizamentos
1. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL:
BRASIL | COLÔMBIA | ESCÓCIA
Desenvolvimento de estratégias de gerenciamento de risco de
deslizamentos baseado na participação comunitária: exemplos
de Medellin (Colômbia) e Vila Nova Esperança (São Paulo)
Cristina Boggi da Silva Raffaelli – Instituto Geológico - IG/SMA
Pedro Basílio Carignato Leal – Instituto Geológico – IG/SMA
2. BREVE RESUMO
Trata-se de uma cooperação internacional para desenvolvimento de
metodologias para gerenciamento de riscos de deslizamentos, através da
interação com a comunidade para o conhecimento de seus problemas e
encaminhamento de ações conjuntas em sua preparação e empoderamento.
Protagonismo da(s) pessoa(s) expostas ao risco.
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES:
Universidade de Herriot Watt | Edimburgo
Universidade Nacional da Colômbia | Medellín
Universidade de São Paulo – USP | São Paulo
Instituto Geológico | São Paulo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas | São Paulo
3. ABORDAGEM METODOLOGICA CONJUNTA
1. PERCEPÇÃO DE RISCO
Entender e registrar a percepção de quem reside nas áreas de riscos, em São Paulo e
Medellín, e das instituições públicas responsáveis pela gestão de riscos nesses locais.
2. MONITORAMENTO
Coletar informações sobre as áreas de estudo identificando os pontos de monitoramento
com os moradores e treinando-os para que eles próprios tenham condições de realizar
monitoramento do local onde vivem.
3. MITIGAÇÃO
Identificar os principais deflagradores dos riscos, buscando junto com os moradores as soluções viáveis
(medidas estruturais e não estruturais), elaborando desenhos e explicações com entendimento claro e
didático aplicáveis ao dia a dia para redução de riscos e desastres.
4. ACORDO / CONCERTAÇÃO
(a) preparar os moradores para entenderem e conviverem melhor com os riscos
(b) aproveitar as oportunidades para chegar a um consenso entre moradores e instituições
(c) Buscar envolver os diferentes atores nos trabalhos com as comunidades
(d) Identificar os conflitos e entraves que dificultam o diálogo
5. - Segunda maior cidade da Colômbia.
- Capital do Departamento de Antióquia.
- Localizado no Vale de Aburrá,
- Região central da Cordilheira dos Andes.
- 2,5 milhões de habitantes.
- 380,64 km2 de área.
MEDELLÍN / COLÔMBIA
CLIMA:
- 2 períodos de Chuvas (Bi Modal):
abril - maio / setembro - outubro.
- Seca: dezembro - fevereiro.
6. Medellín 1791
Uma aldeia na estrada entre Santa Fé de Antioquia
(ouro) e Rio Negro.
Imagem cedida pelo Dept. Habitat (UNC)
7. Medellín 1889 - Mapa da faculdade de Minas. Aldeia
cresce acima do Ribeirão Santa Helena ao ocidente.
Imagem cedida pelo Dept. Habitat (UNC)
8. Déc. 1930 – Bairros Piratas – Loteamento de fazendas.
Déc. 1960 - Surgem Empresas públicas de planejamento (EPM).
Até 1966 duas formas de produzir a cidade:
1. Processo regular ou formal: Empresas públicas;
2. Bairros piratas (proibidos em 1966).
Após 1966 – Proibem bairros piratas: Invasões.
Imagem cedida pelo Dept. Habitat (UNC)
9. 0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
8.0
9.0
10.0
1948-1963 1963-1970 1970-1980 1980-1985 1985-1998
Porcentaje
Distribución porcentual de barrios por tipo de
ocupación
Municipio de Medellín
(% # de barrios/totalde barrios a 1998)
Asentamiento pirata
Invasión
Urb.planificada
estatal
Urb.Planificada
privada
Imagens cedidas pelo Dept. Habitat (UNC)
12. DAGRD (Municipal)
Departamento Administrativo de Gestión del Riesgo de Desastres
- Plano municipal de Gestão de Riscos e Desastres: PMGRD (2015/2030);
- Monitoramento das áreas de risco em Medellín;
- Sistema de Alerta Temprana – SIATA;
- Comissão de Salvamento e Socorro;
- Sistema Nacional de Gestão de riscos e desastres.
Sala de situação de risco Grupo de Trabalho do Projeto e Subdiretor do DAGRD
Fotos: Visita a DAGRD
13. PROGRAMA
PLAN MUNICIPAL DE GÉSTION DEL
RISCO DE DESASTRES DE MEDELLÍN
PMGRD (2015/2030).
Alcaldía de Medellín.
14. MAPA DE AMEAÇAS PRIORIZADAS
PLAN MUNICIPAL DE GÉSTION DEL RISCO DE DESASTRES DE MEDELLÍN 2015-2030. Alcaldía de Medellín.
Atributos utilizados:
-Quantidade de
precipitação;
-Suscetibilidade
geológica e
geomorfológica.
15. Histórico de deslizamentos:
1954 - 74 vítimas fatais (Setor Media Luna).
1987 – + de 500 vítimas fatais (Villatina).
2008 – 27 vítimas fatais (El Socorro).
Após 2008 Investimentos em prevenção:
Veículos para vistorias, sistema de alerta, simulados,
mitigação e treinamentos com população.
2011 – Criado Fundo Municipal para gestão de riscos
(todos) e DAGRD (5 milhões de dólares)
16. VISITAS TÉCNICAS | CONTEXTO
GRAFFITOUR / COMUNA 13
Intervenção grande e pontual do poder público;
Escadas rolantes, arrimos, acessos, custos elevados;
Intervenção com foco no turismo;
Não atendeu toda a Comuna 13.
CARPINELO 2 / COMUNA 1
Intervenção mínima do poder público.
Muito crítica quanto aos riscos e vulnerabilidade da população.
Mulheres são as lideranças mais presentes.
PACIFICO / COMUNA 8
Borda da ocupação, rural e urbana, Intervenção de médio porte
com ações de infraestrutura como coleta de esgoto, captação e
encaminhamento de águas pluviais, escadas e rampas;
19. GRAFITOUR - COMUNA 13
Turismo;
Serviços: água, esgoto, luz;
Escadas Rolantes;
Geração de renda.
Imagem Google 2016
20. COMUNA 13 | GRAFFITOUR |MEDELLÍN
Fotos de Medellín: Equipe Brasil
21. COMUNA 13 | MEDELLÍN | COLOMBIA
Fotos de Medellín: Equipe Brasil
22. CARPINELO 2 - COMUNA 1
- Ladeiras ingremes;
- Olhos d´água;
- Alta suscetibilidade do solo.
Imagem Google 2016
Mapa: PMGRD.
23. CARPINELLO 2
- Alta vulnerabilidade;
- Alta densidade populacional;
- Alta suscetibilidade do solo;
- Risco de escorregamento;
- Poucas intervenções (mitigação);
- Percepção/monitoramento.
Fotos de Medellín: Equipe Brasil
25. PACIFICO - COMUNA 8
Não reconhecido como
bairro: rural e urbano;
Na borda da ocupação;
Densidade e vulnerabilidade menores;
Alta suscetibilidade do solo.
.
Imagem Google 2016
29. POSSIBILIDADES TÉCNICAS
- BRASIL: Projeto em andamento na Vila Nova Esperança - VNE
(Butantã e Taboão da Serra).
- Abordagem metodológica e diretrizes gerais definidas em
conjunto: Equipes de Medellín (Colômbia), Edimburgo (Escócia) e
São Paulo (Brasil) a partir da experiência anterior implementada
pelo grupo em Medellín.
- Em VNE a comunidade já tinha uma mobilização própria em prol da
sustentabilidade, já tinha envolvimento grande com a liderança.
- Ainda que não seja possível efetivar todas as melhorias pretendidas,
com nosso conhecimento podemos contribuir com o
empoderamento dos moradores em prol de uma gestão de riscos
autônoma e continua no local onde vivem (Gestão de Risco
Comunitário).
30. VILA NOVA ESPERANÇA
- Mapa do território: Ações públicas/moradores;
- Entrevistas e Teatro: Percepção de risco;
- Pontos de Monitoramento: Moradores;
- Mitigação: Projeto, captação de águas; ações locais;
- Esforço conjunto: Moradores, Instituições, Ongs.
Fonte: Levantamento do território realizado pelos autores sobre levantamento das casas da ONG Teto.
37. CONSIDERAÇÕES
TROCA DE EXPERIÊNCIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES,
UNIVERSIDADES E COMUNIDADES PARA PENSAR
POLÍTICAS PÚBLICAS
- MEDELLÍN E SÃO PAULO TEM ASPECTOS DE
URBANIZAÇÃO ASSEMELHADOS, PORÉM EM RELEVOS
DISTINTOS. QUANTO ÀS ÁREAS DE RISCOS VEMOS:
- Baixo custo da terra / Altos custos de mitigação.
- Alta vulnerabilidade (social, renda, infraestrutura,
casas), desigualdades sócio-econômicas.
- MEDELLÍN:
- Trabalho interdisciplinar junto aos moradores;
- Apoio da Universidade e Instituições públicas;
- Predominam ações de prevenção, mitigação e melhorias
na infraestrutura sem remoções.
38. OBRIGADA
Cristina Boggi da Silva Raffaelli – cristina@sp.gov.br
Pedro Basílio Carignato Leal – pedro.leal@sp.gov.br
Assistentes de Pesquisa do Instituto Geológico - IG
Foto: Equipe Brasil, moradores, Defesa Civil
Foto: Equipe Brasil, Colômbia e Reino Unido
39. Las siglas más importantes en relación con el proyecto
São Paulo: Habitantes: 11 milhões / Área: 1.521,11 km²