O documento descreve o projeto de monitoramento pluviométrico desenvolvido pela Ecorodovias para o Sistema Anchieta-Imigrantes. O projeto instalou pluviômetros em 10 locais para medir precipitações e definir níveis de alerta com base em correlações entre chuva e ocorrências. O sistema permite acompanhar em tempo real os níveis pluviométricos e tomar medidas operacionais para garantir a segurança dos usuários.
8. O projeto foi desenvolvido pelo Departamento de Engenharia e Tecnologia da
Ecorodovias (DET), com o objetivo de criar um sistema de “vigilância
meteorológica” associada ao monitoramento meteorológico em tempo real das
precipitações chuvosas no Sistema Anchieta Imigrantes.
O material aqui exposto corresponde ao agrupamento de todas as etapas que
foram desenvolvidas ao longo do estudo, análise e implantação do projeto
propriamente dita.
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9. Ponto de Partida:
Algumas questões que devem ser respondidas (emprego da técnica 6W 2H):
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10. Ponto de Partida:
WHAT:
O que é o projeto?
É sistema de vigilância meteorológica associado ao monitoramento pluviométrico
em tempo real.
O que se quer medir?
O dado de chuva que se quer medir corresponde àquele que ocasiona sérios
transtornos à rodovia:
• Problemas de estabilidade de encostas (movimentos de massa,
escorregamentos, rupturas...)
• Diminuição da visibilidade na rodovia (neblina)
• Aquaplanagem de veículos
• Alagamentos e inundações na pista
• Transbordamentos de cursos d’água
• Acidentes entre veículos
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11. Ponto de Partida:
WHY: Por que se quer monitorar a precipitação pluviométrica?
Para permitir à Ecovias (CCO) o acionamento, em tempo hábil, dos procedimentos
operacionais (plano de ação) para cada um dos “estágios de observação” definidos
no projeto (observação, atenção, crítico e emergencial) em função das condições
pluviométricas.
Criação de um banco de dados das leituras da precipitação associados aos
registros de ocorrências na rodovia (eventos geotécnicos, alagamentos, etc.) que
servirão para o aprimoramento dos limiares pluviométricos críticos (estágios de
observação).
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12. Ponto de Partida:
WINS: Quais os ganhos / vantagens com a monitoração?
• A vantagem de ter um plano de leituras pluviométricas é poder conhecer melhor
o sistema e seu comportamento mediante eventos chuvosos (segurança do
usuário);
• O conhecimento destes dados poderá ser utilizado perante órgãos públicos para
justificar determinadas ações da concessionária, assim como dar subsídios para
assuntos relacionados às seguradoras.
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13. Ponto de Partida:
WHO: Quem irá usufruir do monitoramento?
• Num primeiro momento, a equipe operacional da Ecovias, pois saberá, em
períodos curtos de tempo, os locais, a quantidade de chuva precipitada e sua
possível consequência;
• Os usuários do sistema, pois poderão ser informados sobre a precipitação de
chuva no SAI, auxiliando-os no planejamento das viagens;
• As equipes de engenharia e conservação poderão criar um histórico chuva x
ocorrências e aprimorar sistemas de alerta quanto a escorregamentos;
• O governo e outras entidades também poderão ser beneficiados em função de
parcerias e cooperações com os mesmos.
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14. Ponto de Partida:
WHEN: Quando se quer monitorar?
• O monitoramento é realizado 24h/dia de forma a ter uma melhor noção sobre a
distribuição espacial e temporal das precipitações na região do SAI;
• A precisão das leituras deve ser adequada tanto para medir chuvas de baixa
intensidade (2mm/dia) quanto para chuvas de maior intensidade (>200mm/dia).
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15. Ponto de Partida:
WHERE: Onde se quer monitorar a precipitação pluviométrica?
Além da proximidade em relação às áreas de risco, também devem ser
considerados pontos com:
• infraestrutura adequada;
• condições de acesso;
• segurança dos equipamentos (roubos, vandalismo);
• limitações orçamentárias.
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16. Ponto de Partida:
HOW: Como será feito e implementado?
• O projeto será conduzido através do estudo, seleção e implantação de
pluviômetros que apresentem a melhor relação custo x benefício ao projeto;
• Incorporação de um sistema de previsão meteorológica para a detecção das
condições pluviométricas das próximas horas;
• Determinação de limiares pluviométricos críticos por meio de correlações.
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17. Ponto de Partida:
HOW MUCH: Quanto custará?
O custo do projeto deverá considerar:
• Aquisição dos pluviômetros (que podem importados);
• Instalação dos equipamentos;
• Ligações elétricas e de comunicação (fibra ótica);
• Proteção dos pluviômetros;
• Manutenção física dos equipamentos;
• Implantação de um software de gerenciamento;
• Manutenção do software;
• Treinamentos.
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18. Localização dos Pluviômetros:
Inicialmente estudou-se a possibilidade de se incluir 10 pluviômetros nas 10
estações meteorológicas existentes (SCA’s) para aproveitar a infraestrutura de
segurança, energia e comunicação (fibra ótica). Contudo, notou-se uma deficiência
de estações no trecho da Serra do Mar. Assim, foram instalados 6 pluviômetros em
SCA’s existentes e 4 pluviômetros em novos locais.
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21. Escolha dos Pluviômetros:
Para o projeto, decidiu-se utilizar o pluviômetro de báscula, eletrônico, da marca
Delta em razão de 2 motivos básicos:
• Por ser este pluviômetro o mesmo utilizado pelo CEMADEN (Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) para o projeto de implantação
de 1.500 pluviômetros no âmbito nacional
• Correspondente ao pluviômetro portátil já existente na Ecovias
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23. Tabela de Correlação Chuva x Escorregamentos:
Para definir o critério de chuva que ocasiona um determinado escorregamento foi
contratada a empresa ARS Geologia e Geotecnia (geólogo Álvaro Rodrigues dos
Santos). O trabalho da ARS foi desenvolvido ao longo de 2013 e culminou com a o
que é apresentado na tabela a seguir;
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24. Gráfico de Correlação:
O trabalho foi baseado num estudo de Tatizana et al, no qual foram plotados os
eventos geotécnicos separados por ordem de relevância (induzidos, esparsos,
generalizados e, corridas de lama) em função da chuva acumulada (96 h) e a
chuva deflagradora (1 h).
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25. Gráfico de Correlação:
De posse destes valores, foi montado um gráfico onde foram traçadas envoltórias
de escorregamento que definem o lugar geométrico dos pontos que se agrupam
num mesmo nível de rodovia.
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26. Gráfico de Correlação:
Estas envoltórias foram transcritas através de fórmulas que, em seguida, foram
utilizadas para obter o nível de observação da rodovia em função de qualquer
chuva acumulada para o período de 96 horas.
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28. Plano de Ação Ecovias:
Tomando a planilha de eventos geotécnicos decorrentes das precipitações
chuvosas, Foi elaborado um plano de ação com descrição de equipes e
equipamentos mobilizados para cada nível (estado da rodovia).
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30. Tela do SIMA (ilustrativa):
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31. Tela do SIMA: situação em 24/02/2015
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32. Tela do SIMA: situação em 24/02/2015
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33. Boletim Meteorológico Diário:
No atual projeto de pluviometria implantado, existe uma parceria com a SOMAR
Meteorologia, que emite, diariamente, às 7:00, um boletim com a previsão do
tempo para o próprio dia e para os próximos 3 dias.
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34. Mapa Tempo:
Imagens do satélite / radar meteorológico…
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35. Banco de Dados:
De posse de todas as leituras, a cada 1min., é feito um novo agrupamento, a cada
10 min., a partir do qual são reproduzidos gráficos para cada pluviômetro.
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