Apresentação da PqC. Célia Regina de Gouveia Sousa para o XIII SIMPÓSIO SOBRE ONDAS, MARÉ, ENGENHARIA OCEÂNICA E OCEANOGRAFIA POR SATÉLITE – XIII OMARSAT 2019, realizado de 01 a 04 de outubro em Cabo Frio - RJ.
Mapeamento de áreas de risco a inundação no Estado de São Paulo
TAXAS HISTÓRICAS DE EROSÃO AO LONGO DA PRAIA DA ENSEADA (GUARUJÁ - SP) E SUA CORRELAÇÃO COM MODELOS HIDRODINÂMICOS
1. TAXAS HISTÓRICAS DE EROSÃO AO
LONGO DA PRAIA DA ENSEADA
(GUARUJÁ - SP) E SUA CORRELAÇÃO
COM MODELOS HIDRODINÂMICOS
Celia Regina de Gouveia Souza
Instituto Geológico-SIMA/SP (celia@sp.gov.br)
e Programa Pós-Graduação Geografia Física-FFLCH/USP
Anderson T. S. Ferreira
Samuel Hora Yang
Joseph Harari
Tiago Cortez
Renan Braga Ribeiro
2. Resposta Morfodinâmica de Praias do Sudeste Brasileiro
aos Efeitos da Elevação do Nível do Mar e Eventos
Meteorológico-Oceanográficos Extremos até 2100
(Edital CAPES 11/2016 – proc. nº 88887.145855/2017-00)
Coordenação Geral: Celia R. de Gouveia Souza (IG-SMA/SP e FFLCH-USP)
Coordenadores Institucionais:
Celia R. de Gouveia Souza (IG-SMA/SP e FFLCH-USP)
José A. Marengo (Cemaden e INPE)
Joseph Harari (IO-USP)
Jacqueline Albino (UFES)
Equipe Nacional (pesquisadores e discentes):
Sin C. Chou e Lincoln Alves (INPE), Leonardo K. Oliveira (UFFS), Anderson
T. S. Ferreira (UnG), Alexandra F. P. Sampaio e Renan B. Ribeiro
(UNISANTA); Aline C. de Araújo, Denise Fukai, Felipe R. do Nascimento,
Samuel H. Yang, Tiago Cortez
Equipe Internacional:
Luciana Esteves (Bournemouth University - Inglaterra)
3. Eixos Temáticos
FLUXOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
MODELAGEM
CLIMÁTICAANOS 1 a 3
MODELAGENS
DO NÍVEL DO MAR E DA
CIRCULAÇÃO MARINHA
MODELAGEM
DO CLIMA DE
ONDAS
MODELAGEM DE
PRAIAS
ANOS 1 a 5
IMPACTOS NA ORLA E
MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO
ANOS 4 e 5
ET-1 ET-2 ET-3
ET-4
ET-5
4. OBJETIVO / ESTRUTURA METODOLÓGICA
Apresentar uma avaliação sobre o comportamento das
taxas históricas de erosão ao longo da Praia da Enseada do
Guarujá à luz de modelos numéricos hidrodinâmicos, em
condições de ressaca (R) e tempo bom (CN).
Conhecer o funcionamento
(morfodinâmica) atual e
pretérito da praia, em condições
meteo-oceanográficas distintas
(R e CN)
Monitoramento
praial
Retroanálise
Conhecer o comportamento do
nível do mar e das correntes
costeiras na área de estudo, em
condições meteo-oceanográficas
distintas (R e CN)
Banco de Dados de
Eventos Extremos
5.
6. PERFIS DE MONITORAMENTO NA PRAIA DA ENSEADA
(imagens drone de ago/2018)
Mo.Maluf
1
Posto 8
EducaSurfe
4
Thai-
Casa
Grande
3
Heliponto
2
Terreno
Maluf
5
Ruffino’s
8Av.
Atlântica
6
Tortuga
10
R. Bach. Alaor
7
R. Acre
9
8. BD de Eventos Extremos (Ressacas e “Marés Altas”) – Bx. Santista
Modificado de Souza et al. (2019)
[Long term analysis of meteorological-oceanographic
extreme events for the Baixada Santista Region. In: Nunes,
L.H., Greco, R. e Marengo, J.A. (orgs.) Climate Change in
Santos, Brazil: Projections, Impacts and Adaptation Options.
Chapter 6, p. 97-134. Springer]
Eventos no Século XXI:
78% das R ( 352%)
49% das MA
9. (35 produtos - fotografias aéreas e
imagens de satélite georreferenciadas)
?/?/1962 (condições + prováveis: baixamar de quadratura,
início do outono, Alta pressão, sem influência de sistemas
frontais/ciclones extratropicais por vários dias)
Limite atual da urbanização
RETROANÁLISE
1962-2018:
Pós-Praia
18. Setor das Dunas
(preservadas desde 2017)
Fotos de 23/05/2018
(Rfraca)
p/ W de ENS-07
Próx. ENS-07
Entre ENS-07 e 08
p/ E de ENS-07
p/ W de ENS-08
preamar 21/08
preamar 22/08
20. b) Ponto no largo (24o0.79'S/46o13.96'W)
c) Espaçamento horizontal:
100 m e 15 camadas Sigma
Modelagem Hidrodinâmica:
NM e Correntes de Maré
d) 2 eventos de ressaca consecutivos: 11/08 (quadratura) e
21-22 (sizígia) de agosto/2016
e) 1 data entre eles em condição de tempo bom, 16/08
(sizígia)
a) Módulo hidrodinâmico FLOW do software Delft3D (Yang
et al., 2019)
média
30,5 m
22. Duração: 1 dia
NM: 0,40m acima NmM (quadratura)
Correntes: máx. 0,14-0,17m/s; ENE; dia todo
7 8
NM: 0,66m (sizígia) - tempo bom
Correntes: 0,02-0,06m/s, W-SW entre perfis 1 e 6,
e E-SE entre perfis 8 e 10, c/ giro no perfil 7)
7
7 8
Duração: 2 dias(21 e 22)
NM: 1,03m acima NmM (sizígia)
Correntes: máx. 0,15-0,36m/s por 19 horas (16:00
dia 21 até 11:00 dia 22); ENE
23.
24. 1) Os perfis 01 e 05 estão em equilíbrio relativo (-0.1 e -0.2 m/ano,
respectivamente), e também são os locais menos antropizados da
praia.
a. ENS-1 é o mais abrigado da ação de ondas de tempestade e correntes
associadas; a mega-corrente de retorno explica as menores larguras
desse setor, mas ao mesmo tempo contribui para a manutenção do
equilíbrio sedimentar no cômputo final (inversões de correntes para E
e W).
b. ENS-5: a manutenção histórica das dunas e a ausência de quiosques
é uma das principais causas da maior largura da praia e do equilíbrio
sedimentar de longo termo, assim como as contribuições de
sedimentos dos perfis vizinhos associadas às inversões de correntes.
2) Os perfis ENS-2, 3 e 4 apresentam taxas de erosão moderadas (-
0.45, -0.36 e -0.51 m/ano) e abaixo da média da praia (-0.8 m/ano),
apesar de estarem num setor historicamente muito antropizado, com
remoção constante de dunas, presença massiva de quiosques
(removidos em 2017) e avanços do calçadão e outras estruturas sobre
a praia; as inversões de correntes devem ser importantes também.
RESULTADOS
25. 3) Durante as Ressacas: as correntes permanecem com sentido ENE e
há intensa fuga de sedimentos da praia rumo a SE, através do canal
entre a Ilha das Cabras e a Península; há maior empilhamento de água
no setor leste da praia.
4) O perfil ENS-7 é mais frontalmente atingido por correntes mais
intensas.
5) Durante condições de tempo bom: 2 sentidos de corrente - p/ W entre
os perfis 1 e 6 (fuga de sedimentos para SW através da mega-corrente
de retorno presente no Mo. do Maluf) e p/ E entre perfis 8 e 10, com
centro de divergência (giro) no segmento do perfil 7 (passa a fornecer
sedimentos para os perfis a oeste e a leste).
6) ENS-7 apresentou a maior taxa de erosão da praia (-0,9 m/ano), o que
parece ser explicado pelos comportamentos das correntes durante as
ressacas e em condições de tempo bom descritos acima.
RESULTADOS
26. 7) Entre os perfis ENS-6 (-0,7 m/ano) e ENS-8 (-0.6 m/ano), apesar do
calçadão ter sido mantido historicamente na mesma posição e seja
rara a presença de quiosques na praia, até 2017 ocorria remoção de
dunas da pós-praia e do calçadão (prática esta interrompida por
sugestão do presente projeto), o que explica as elevadas taxas de
erosão desses perfis (além da posição do centro de divergência).
8) Os perfis ENS-9 e 10 tiveram as maiores alterações de urbanização
desde 1962, com remoção de dunas e ocupação de vários metros da
pós-praia
a. ENS-10 sofre erosão crônica desde antes de 1962 e, portanto, a taxa
de -2.9 m/ano está subestimada.
b. ENS-9 (-0.8 m/ano) sofre a influência dessa erosão crônica.
c. A declividade muito baixa em ambos o perfis propicia a inundação
provocada pelo maior empilhamento de água nesse segmento da
praia durante os eventos extremos, aumentando a erosão.
d. Essa erosão também está associada à intensa fuga de sedimentos
para SE através do canal entre o Mo. da Penísula e a Ilha das Cabras
RESULTADOS