Este documento apresenta os resultados de um concurso de poesia intitulado "Há Poesia na Escola" de 2015. O primeiro lugar no 1o escalão foi para uma poesia sobre ser contadora de histórias. No 2o escalão, o primeiro lugar foi para uma poesia sobre as palavras do mundo. No 3o escalão, o primeiro lugar foi para uma poesia sobre a origem e poder da palavra.
1. CONCURSO “HÁ POESIA NA ESCOLA” 2015
RESULTADO
1º ESCALÃO
1º lugar
Contadora de histórias
Contadora de histórias quero ser
e nos livros irei voar…
Pelo mundo soltarei palavras
que ao coração irão parar!
Por esse mundo colorido,
darei a conhecer,
a todas as crianças,
o prazer de saber ler.
Ao lermos, sentiremos
palavras com cheiro a maçã
abraçadas num manto
ao colo da mamã.
Quero trazer ao mundo
aprendizagem e beleza!
As palavras serão flores
na doce natureza.
Joana Rodrigues Miranda (3.º B; Escola do 1.ºCEB Bairro Norton de Matos).
2. 2 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
2º lugar
Palavras do Mundo
A palavra magia,
está cheia de fantasia.
A palavra alegria,
é feita de magia.
A palavra mundo,
gira em torno de si.
E a palavra sorriso,
está sempre a dizer:
- Sorri!
A palavra tesoura,
corta as coisas más.
E a palavra carinho,
pede sempre muita paz!
A palavra amizade,
cria laços muito fortes.
E a palavra agilidade,
tem muita elasticidade
A palavra computador,
só conhece o zero e o um.
E a palavra número,
nunca vai terminar,
como é infinita,
não arranjamos maneira,
de a acabar.
A palavra moinho,
produz muito ventinho.
E a palavra aquecedor,
3. 3 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
tem sempre muito calor!
A palavra água,
é incolor.
E a palavra flor,
terá sempre uma cor!
As palavras do mundo,
tem uma história e significado.
Assim terminamos,
com um final registado!
Gustavo Filipe Magalhães Mourinho – nº 14 – Turma 4 TAV – AECO - EB1 de Taveiro
3º lugar (ex aequo)
Palavras do Mundo
Para a alegria é preciso simpatia
A inveja fica de fora
Logo nunca acaba a folia
Aumenta toda a utopia.
Verdades custam a ouvir
Reais ainda mais
A mentira acaba sempre por se desmentir
Segredo esse impossível de fingir.
Dormir confortável é precioso
Outros dormem no chão rugoso
Mas a vida é assim
Umas vezes espanto e outras pranto
Nas palavras está escrito um sim
Devido à liberdade de expressão
O mundo escreve-se no coração.
4. 4 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
Rafael Calvário Correia Ribeiro Fernandes (nº 20, 4ºACentro Escolar de Solum Sul;
Agrupamento de Escolas de Eugénio de Castro)
3º lugar (ex aequo)
Todas As Palavras Do Mundo
Todas as Palavras do Mundo
Algo querem dizer
Embora com diferentes pronuncias
O mundo dão a conhecer.
O amor, paz, beleza…
Todas têm defeitos
Há Palavras que têm deveres
E outras que têm direitos
Com elas aprendemos
Mostramos sabedoria
Há Palavras que fazem maldades
Outras fazem magia
Existem Palavras mais leves que a pena
Outras mais pesadas que rochedos
Umas fazem-nos companhia
Outras causam dor e medos
Todas as noites adormecemos a ouvir histórias
Porque debaixo dos lençóis há sempre uma Palavrinha
Umas deitam-se ao fundo da cama
Outras aconchegam-se debaixo da almofadinha
As Palavras são fundamentais
Revelam Amor e Paz
5. 5 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
Por vezes nem sabemos
Do que uma palavra é capaz
Grego, Espanhol, Italiano
Não importa o idioma
Umas são poluição no ar
Outras um belo aroma
Umas vêm do Dubai
E outras de Moçambique
De origens tão variadas
De emoções tão carregadas
Há Palavras vaidosas
Que até usam carteira
Por vezes há uma intrusa
Que acaba por ser matreira
E assim ficamos a saber
As Palavras de todo o Mundo
Umas representam o Mal
Outras levam-nos a um sonho profundo.
Maria Ana de Almeida Monteiro (EB1 Montes Claros – 4ºC, nº 17; AE Martim de Freitas).
2º ESCALÃO
1º lugar
Palavras do mundo
Há palavras no mundo
que não consigo descrever
como “amor”
6. 6 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
“vida” e “saber”.
“Amor”
é uma palavra maravilhosa
aparece no mundo
como o florescer de uma rosa.
“Vida”
surge do nada
é complicado de explicar
como a magia de uma fada.
O “Saber”
é muito precioso
é preciso muitos anos
sempre a ser estudioso.
Noutras línguas
é difícil de expressar
pois há mais de mil palavras na vida,
como as gotas do mar.
Rita Cunha (5ºC, nº 23; EBS Quinta das Flores)
2º lugar
Se eu fosse um navio
Se eu fosse um navio,
Seria o maior barco do mar
E iria para alto mar…navegar.
Seria veloz e elegante,
7. 7 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
Rápido como um cavalo,
Grande como um elefante!
Espantaria toda a gente,
Até o Adamastor dos mares!
Mas apesar desse tamanho
Chegaria a todos os lugares.
Seria sempre um navio sonhador,
Do nascer ao sol pôr.
José Francisco Mendonça (6ºB, n.º11; EB 2,3 Dr.ª Maria Alice Gouveia).
3º lugar (ex aequo)
As Palavras do Mundo
Há muitas palavras do mundo,
As boas,
As engraçadas,
As ignorantes,
E até as mal-educadas.
Uma palavra,
Um elogio
Fazem uma pessoa feliz,
Fazem uma pessoa contente.
Isso sim,
É ser uma pessoa decente.
Com as palavras podes construir,
Com elas podes brincar.
Mas o que mais interessa,
É que uma pessoa,
8. 8 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
Não vás magoar.
Afonso Lopes Correia (n.º1, 6ºD; AECO – EB 2,3 de Taveiro)
3º lugar (ex aequo)
Como os jardins coloridos
Chuinga, chewing gum, pastilha elástica
Três palavras diferentes
Três línguas divergentes
Uma aula de ginástica
É a diversidade
É a vida
São as cores da realidade
A rosa, o malmequer e a margarida
Podemos ser todos amigos
Como os jardins coloridos
Os pássaros cantando
As raças conversando
Os livros convivendo
E assim aprendendo
Maria Inês Ferreira Lopes (5º H; Escola Básica de Eugénio de Castro)
9. 9 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
3º ESCALÃO
1º lugar
A Palavra
No início, nada era.
Existia apenas
Um vazio escuro.
Depois veio a Palavra.
Luminosa, fria,
Bela e sombria
A todo o lado se estendeu
Por todo o lado apareceu
E cresceu.
Destinada a ser admirada, por todos venerada,
Tornou-se algo
Capaz de expressar o amor, o ódio
De inflamar paixões e amansar tempestades
Mentiras, verdades,
Segredos, orações,
Alojada dentro de todos os corações.
Musa dos poetas e escritores,
Sarando feridas, acalmando dores
Caprichosa: por vezes destruidora,
Outras apaziguadora.
Confortando e atormentando a alma
Espalhando a raiva, trazendo a calma.
Esta é a Palavra, por todos
Temida e amada:
Rede invisível
Fina e forte, espessa e fraca.
O Mundo mudou:
Para sempre ficou
10. 10 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
Um Mundo de Palavras.
Filipa Costa (8ºE, nº8; EB 2,3 Drª Maria Alice Gouveia).
2º lugar
Confissões - As palavras
O rio corre e leva-as
O vento sopra e volta a trazê-las
Os homens falam-nas por falarem
Eu, poetisa, escrevo-as.
As palavras falam por si
Transmitem mais que pensamentos
Apoderam-se de mim
E atingem o mais profundo dos sentimentos.
Fazem parte do meu sangue
Da minha maneira de ser
Enlouquecem a minha alma
Tudo para eu as escrever.
Mafalda Fabrício de Almeida (nº13, 8ºC; Escola Secundária Infanta Dona Maria)
3º lugar (ex aequo)
Palavras Para Quê
Dizer que se ama
Quando não se cuida
Dizer que me chama
Quando não consegue falar
Dizer que se chora
Quando as lágrimas não caem
11. 11 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
Dizer que se sente
Sem amor no olhar
Palavras para quê?
Se a cumpri-las não se vê?
Palavras para quê?
Juliana Isabel Salgado Marceneiro (Nº 9, 9ºD; AECO - EB 2,3 de Taveiro).
3º lugar (ex aequo)
Vozes do mundo
Vasto mundo de vvvvvvvvvvozes
diverso Diz verso
imagino a quantidade
a variedade no universo
e lá fico Dis perso
ouvido aberto a escutar
novas opiniões
diferentes nações
palavras tantas
diferença é qualidade
positividade
Costumes outros
e vou a Pangim que é na Índia
e à China também na Ásia
compromisso: fazer da vida uma viagem
novas caras
novas feições
mastigar outras culturas
a abraçar refeições
um chinês e um cozido
um português e um Chop soy
respeito é tradição
12. 12 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
e a questão:
como se plantam plátanos em Pangim?
André Ricardo Rodrigues de Matos (B3/3º ciclo; Centro Educativo dos Olivais (AE Martim de
Freitas),
4º ESCALÃO
1º lugar
Soneto em Alexandrinos
A Queda da Torre
Babel separou-nos. Pelo menos tentou.
O mar separou-nos. Pelo menos tentou.
Tantos o tentaram, sem nunca conseguir
Pois temos o melhor de tudo: o sentir.
Sentimos, pois somos seres racionais –
Preferindo, eu, seres emocionais.
É isso o que une, sem nunca separar,
Nem Babel conseguiu, nem conseguiu o mar!
São esses sentimentos que nos incentivam,
Que tanto distinguem dos outros animais.
Amor e Paz nos distanciam dos demais.
E assim, nós, inseparáveis, nos unimos,
Porque as palavras do mundo são um cordel
E unidos seguiremos rumo a Babel.
Diana Sofia Gonçalves Matias (12ºF, Nº7; EBS Quinta das Flores)
13. 13 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
2º lugar
Mundo das Palavras
Um escritor de nada serve
se das palavras não for servo.
Letras que aparecem, ditadas
na dura ditadura da tinta permanente.
O escritor − um mero meio,
que no meio de outros triunfa.
Joga o trunfo no gigantesco,
no jogo de cartas que é a vida.
Um risco para o que arrisca,
que o mundo tenta mudar,
com o simples toque de caneta
no frágil papel gasto, intemporal.
Uma gota, um mar de líquido.
Uma letra, cidade construída.
Uma frase, um lago de si.
Um livro, um vasto universo.
O escritor − simples criador,
esquecido no tempo do tempo.
Palavras − as vencedoras,
estátuas do futuro!
Palavras, todas, que são imensas.
Palavras novas, palavras velhas. Gastas!
Gerações infindas de uma só raiz,
que alastrou no mundo, no mar e na terra.
Novos significados, novas intenções,
14. 14 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
novos criadores, novos chefes. Escravidão!
O mundo a controlar palavras,
palavras que gritam liberdade.
Vários foram os caminhos,
os mergulhos no líquido espesso:
uma língua de cada continente
uma língua de cada habitante. Solidão!
Todas elas vizinhas, sinónimas, antónimas…
com um objetivo comum. Chegou a hora!
Livres da mão humana: Liberdade!
A cultura é a palavra das coisas!
O mundo construiu-se de palavras,
as palavras evoluiram com o mundo.
E então? As palavras serão do mundo
ou será o mundo das palavras?
Maria Inês Roque (nº21; 11ºA AECO – Escola Secundária de D. Duarte)
3º lugar
Mais do que palavra
Mais do que palavra,
a mesma é sentimento,
o expressar do sentimento
que a folha de papel lavra.
Mais do que uma expressão,
palavra é coração.
É um país sem fronteira
em mudança constante
15. 15 Rede Concelhia de Bibliotecas de Coimbra
Concurso de Poesia “Há Poesia na Escola”
de certa maneira.
Mais do que mudança,
palavra é conhecimento:
uma valiosa herança
de quem lhe mostrou contentamento.
Mais do que herança,
palavra é criação
autêntico poder humano
condensado na ponta da mão.
Mais do que criação
da palavra não me atrevo.
Do belo vocábulo em questão,
digo apenas quanto devo.
David Abegoaria (nº6, 10ºB; Escola Secundária Infanta Dona)
MENÇÕES HONROSAS
1º Escalão
Filipa Távora Poiarez Mexia Lobo – Escola Básica Solum, 4º ano, nº 5 – turma A – AE
Eugénio Castro
3º Escalão
Tiago Luís – 8º B, nº 24 – EBS Quinta das Flores
Beatriz Nunes – 7ºC – Escola Básica de Eugénio de Castro
4º Escalão
Hugo Antunes – 10ºA – Escola Secundária de Avelar Brotero