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Cinema – emoções em movimento – Heidi Strecker

                         A autora                                                              Resenha           Ficha
                          Heidi Strecker      é for-                   A obra Cinema – emoções em mo-            Autora:
    PROJETO DE LEITURA


                          mada em Letras e em                        vimento faz parte da coleção comuni-        Heidi Strecker
                          Filosofia pela USP, com                    cação Hoje, cuja proposta é convidar        Título:
                          pós-graduação em Teoria                    o leitor a refletir sobre a forma de co-     Cinema – emoções
                          Literária pela Unicamp.                    municação das pessoas na sociedade          em movimento
                          Sua experiência como                       contemporânea e as mídias utilizadas
                                                                     por elas sem esquecer as contribuições      Pesquisa
                          professora de redação                                                                  iconográfica:
                          e filosofia no ensino fundamental e          e influências no comportamento hu-
                                                                     mano, a partir de um viés histórico.        Heidi Strecker e
                          médio ampliou seu potencial comuni-
                                                                       Neste volume a autora traz flashes         Tempo Composto
                          cativo, abrindo caminhos para outras
                          atividades e projetos: trabalhou como      da história do cinema, as etapas de         Ltda.
                          colaboradora da Folha de S.Paulo, da       construção da linguagem audiovisu-          Ilustrações:
                          revista Arte em São Paulo e das revis-     al e os gêneros que são apresentados        Luli Penna
                          tas eletrônicas Intervista e Cineguia,     por meio do diálogo permanente en-          Formato:
                          elaborando resenhas, críticas e repor-     tre o texto verbal e o não verbal, o que    17 x 24,5 cm
                          tagens sobre literatura e cinema; Foi      auxilia na compreensão do assunto.
                          membro do júri do Prêmio Jabuti de li-
                                                                                                                 N.o de páginas:
                                                                                                                 32
                          teratura adulta e participou de diversas
                          bancas corretoras de redação (como a                                                   Elaboração:
                          da PUC - SP e a do Enem); fundou e                                                     Shirley Bragança
                          dirigiu a ONG Centro de Alfabetização
                          Natural (alfabetização de adultos).            “No século XVI, um cientista alemão
                          Atualmente a autora se dedica à Na-          juntou uma caixa, uma fonte de luz e
                                                                                                                 Quadro sinóptico
                          nook Editorial, como diretora e colabo-      uma lente e, com isso, criou a lanter-    Gênero: paradidático
                          ra com artigos para a revista eletrônica     na mágica – um aparelho óptico que        Palavras-chave: ponto de
                          Trópico. No volume Cinema – emoções          reflete e amplia as imagens a distân-      vista, manipulação de imagens,     INDICAÇÃO:
                          em movimento, Heidi Strecker compar-         cia. Faltava, porém, dar movimento a      comunicação                        leitores a
                                                                                                                                                    partir de
                          tilha com o leitor o seu olhar sobre os      essas imagens.”( Pág. 3)
                                                                                                                 Tema transversal: pluralidade
                          temas de que mais gosta: cinema e lite-
                          ratura.
                                                                         “O que caracteriza o documentário é
                                                                       o fato de ele ser um filme de não ficção,
                                                                                                                 cultural
                                                                                                                 Interdisciplinaridade: Artes,
                                                                                                                                                    11
                                                                                                                                                    anos
                                                                       um registro da realidade.” (Pág. 17)
                                                                                                                 Ciências, Matemática e Português   ensino
                                                                                                                                                    fundamental
1
>>                           Resenha
       O texto é conciso e dá ao leitor uma   impressão de movimento se dá porque        ção na tela, como também a emoção
     visão geral do assunto. Ele está dis-    o nosso olho guarda uma imagem na          que deverá ser repassada ao receptor.
     tribuído em boxes, que favorecem a       retina por um tempo maior que 1/24         Tudo isso faz da linguagem cinema-
     leitura tradicional (da esquerda para    de segundo. Dessa maneira, ao cap-         tográfica uma sucessão de seleções
     a direita e de cima para baixo), e em    tarmos uma imagem, a anterior ainda        e escolhas, a partir de um ponto de
     hipertexto (pelas janelas, de maneira    está na retina; por isso não percebe-      vista: decide-se por filmar o objeto de
     não seqüencial, não linear).             mos a interrupção entre as imagens fo-     perto ou de longe, em movimento ou
                                              tografadas. Mas essa impressão pode        não, por esse ou por aquele ângulo. Na
       O projeto gráfico da obra sugere
                                              ser desfeita se interferirmos na veloci-   montagem, escolhem-se determina-
     movimento, atraindo o olhar do leitor;
                                              dade da filmagem.                           dos planos em detrimento de outros
     e a sua organização, por ser temáti-
                                                A linguagem audiovisual é outro fa-      e a seqüência em que as cenas serão
     ca, favorece o trabalho do professor
                                              tor que corrobora esse processo de         exibidas e, finalmente, determinam-se
     na elaboração de roteiro de pesquisa
                                              manipulação das imagens, pois o seu        os efeitos sonoros.
     para aprofundamento dos assuntos
     abordados.                               conjunto de convenções e códigos             Portanto, é fundamental que o leitor
                                              admite a construção de mensagens           seja despertado para essas percepções
                                              retiradas de uma realidade natural ou      e conceitos para que se aproprie des-
                                              construída, para serem reproduzidas        ses modos de produção e, a partir da
                                              posteriormente. Esse sistema simbó-        reflexão sobre essas realidades cons-
    Conversa com o professor                  lico trabalha com elementos que per-       truídas na tela, seja capaz de interfe-
                                              mitem tocar a emoção do receptor.          rir na sociedade em transformação,
      Os filmes (documentário ou ficção)
                                              Essa emoção é explorada por meio da        “pautando-se por uma compreensão
    são resultado de um processo de ma-
                                              visão e da audição, que acionam ou-        histórica que busque analisar as for-
    nipulação de imagens estáticas, fo-
                                              tros sentidos (olfato, paladar e tato)     ças em conflito e coloque-se como
    tografadas do real, que reproduzem o
                                              pela sugestão, com o intuito de levar      instrumento do de-
    movimento da vida. Esse movimento ci-
                                              o receptor a vivenciar, como experiên-     senvolvimento do ser
    nematográfico contínuo, parecido com
                                              cia primeira, as emoções da história       humano total”. (Cur-
    o da realidade, deve-se ao fenômeno
                                              narrada mediante um pacto sensorial,       rículo da Educação Bá-
    de ilusão de óptica, que ocorre da se-
                                              que poderá ser seguido pela razão.         sica das Escolas Públi-
    guinte forma: “captura-se” uma figu-
                                                As formas lingüísticas e a constru-      cas do DF, 2002)
    ra em movimento com intervalos de
    tempo muito curtos entre cada “foto-      ção da narrativa estão baseadas no
    grafia”, os chamados fotogramas. Es-       olhar do diretor. É ele quem decide
    ses fotogramas, num mínimo de vinte       o ângulo de visão em que as cenas
    e quatro por segundo, são projetados      serão produzidas, a seqüência des-
    posteriormente nesse mesmo ritmo. A       sas cenas e o seu tempo de exposi-

2
>>        Conversa com o professor
      Para isso, é imprescindível o desen-         Como ponto de partida para a for-           desse gênero textual; e os recursos uti-
    volvimento de diferentes atividades          mação de conceitos, sugerimos uma             lizados pelo produtor para convencer
    em sala de aula que explorem a ques-         proposta de trabalho que utilize a pro-       o consumidor: cores, enquadramento,
    tão do olhar – do ponto de vista tanto       paganda, por ser excelente material de        jingles, imagem de celebridades etc.
    do produtor de mensagens quanto do           desconstrução, tendo em vista que vei-            Nesse contexto, a obra Cinema –
    receptor – por meio da desconstrução         cula mensagens curtas, apresentadas           emoções em movimento vem contribuir
    do objeto em estudo, destacando vá-          em diferentes suportes textuais (revis-       para o desenvolvimento do trabalho em
    rios elementos, tais como: objetivo da       tas, jornais, televisão, rádio), e traz, em   sala de aula, pois auxilia professor e alu-
    mensagem; enquadramento do obje-             seu conteúdo, grande apelo à suges-           no na compreensão de assuntos com-
    to (plano médio, plano geral, primeiro       tão e a proposição de pactos sensoriais       plexos por meio da discussão e reflexão
    plano); interferência da luz sobre esse      com o consumidor. Com ela pode-se             dos temas apresentados. São facilitado-
    objeto; posição do objeto; efeitos so-       discutir a interferência e o impacto do       res desse processo a diagramação e o
    noros (fala, música ou ruídos); cores        suporte textual na visão do receptor;         projeto gráfico da obra.
    utilizadas, figurino, tempo de exposi-        o modo de leitura que o receptor faz
    ção de cada cena, organização, ritmo         de cada propaganda em cada supor-
    etc. Essas atividades permitirão ao          te textual; os elementos constitutivos
    aluno transformar as informações re-
    cebidas em conhecimento, por meio
    de aprendizagens significativas.


        “(...) Aprendizagens significativas ca-
      racterizam-se pelo fato de as novas in-
      formações apoiarem-se em conceitos
      relevantes preexistentes na estrutura
      cognitiva da pessoa. Esses conceitos,
      denominados subsunçores, originam-
      se das experiências de vida de cada
      ser humano, por processos como o de
      formação de conceitos (...)”
        (Currículo da Educação Básica das
      Escolas Públicas do DF, 2002)



3
Comentários sobre a obra
      Cinema – emoções em movimento é           No volume são apresentados ao                 Essas informações estão organizadas
    mais uma obra da coleção Comunica-        leitor um breve histórico do cinema,         na obra por temas que funcionam como
    ção Hoje que chama a atenção do lei-      seus gêneros e as etapas da realiza-         links, despertando no leitor a vontade
    tor para uma forma de narrar histórias.   ção de um filme, com informações              de se aprofundar no assunto. A ação é
    Ela coloca o leitor em contato com a      bem concisas, mas que levam o lei-           facilitada porque o projeto gráfico su-
    tecnologia do cinema e sua linguagem      tor à reflexão e a várias discussões: a       gere ao aluno um direcionamento para
    por meio de uma perspectiva de linha      representação da realidade utilizando        roteiro de pesquisa sobre determinado
    do tempo.                                 a linguagem audiovisual; o olhar, o          tema apresentado. Isso se dá por meio
      A diagramação da obra desconstrói       ponto de vista de determinado grupo          de informações e subtítulos apresenta-
    a forma tradicional de ler no Ocidente    que tem voz na sociedade; a interfe-         dos nos boxes em cada página. Cabe
    (da esquerda para a direita e de cima     rência de seleção e enquadramento            ao professor fomentar, com atividades
    para baixo), pois faz alusão à lingua-    de imagens no processo de constru-           envolventes, o interesse do aluno pelo
    gem do computador (texto dinâmico         ção da história.                             assunto e orientá-lo no desenvolvimen-
    e não seqüencial), o que valoriza a                                                    to da pesquisa, fornecendo material bi-
    proposta do livro, que é guiar o lei-                                                  bliográfico adequado.
    tor pelo olhar. Essa forma de leitura         “A maioria das cenas de um filme              Sugestão de atividade
    é permitida ao leitor porque os tex-        é rodada fora da ordem cronológica
    tos e as ilustrações estão distribuídos     da história. São muitas e muitas horas        As curiosidades estão presentes em
    em boxes de forma inovadora, mas            de filmagem, e pode acontecer de a             todos os temas eleitos pelo livro e dão
    sem prejudicar o sentido do texto. É        mesma cena ter de ser realizada vá-           ao leitor um motivo a mais para se en-
    importante ressaltar que esses boxes        rias vezes. Parece um caos: casal se          volver com a obra. Elas oferecem ao
    mudam de tamanho a cada página,             beijando antes de se conhecer, bandi-         professor ótima oportunidade de tra-
    o que instiga no leitor um olhar de         do preso antes de cometer o crime...          balho de pesquisa. Sugerimos a ela-
    observador; ou seja, um olhar que           Para definir as etapas de trabalho e           boração de um minicatálogo de curio-
    concentra o pensamento e os senti-          providenciar tudo o que será necessá-         sidades sobre o cinema, obedecendo
    dos com vontade de ver, de perceber         rio para a realização das cenas, é feito      em estrutura e organização o modelo
    os detalhes significativos.                  um plano de filmagem.” (Pág. 11)               de dicionário.
      Esse exercício, proposto na obra de
    maneira muito sutil, favorece a que-
    bra do olhar mecanizado do dia-a-dia
    e permite a síntese da informação em
    conhecimento, por meio da articula-
    ção dos códigos verbal e não verbal.

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ATIVIDADES PROPOSTAS     Preparando a leitura

                           1.º momento                                   disso, o grupo desdobrará a gra-
                           1. Selecione alguns exemplos dados            vura, confirmando ou não as hipó-
                              no livro Os Cinco Sentidos – Visão         teses levantadas.
                              (coleção Crianças Curiosas) que ex-
                              plorem a ilusão de óptica. A partir      2.º momento
                              deles, discuta com a turma esse fe-      1. Depois desse exercício do
                              nômeno e o sentido da visão.                olhar, leve para a sala de aula
                           2. Uma segunda opção é a realização            propagandas interessantes que
                              de mágicas dentro da sala de aula. A        dialoguem com filmes ou telas reti-
                              turma discutirá a questão do olhar e o      radas de sites, revistas, jornais e ana-
                              sentido da visão a partir dos truques       lise a construção da mensagem,
                              de mágica. (Mostre-me como Fazer            destacando os elementos verbais
                              – Livro de atividades. Pág. 192)            e não verbais.
                           3. Terceira opção: selecione imagens           Na bibliografia dada, você
                              de paisagens retiradas de revis-            encontrará duas sugestões
                              tas, jornais, calendários, internet         de propagandas retiradas de
                              e outros. Divida a turma em gru-            revistas que fazem menção à tela
                              pos. Distribua as imagens entre os          e filmes: uma do “Boticário”(tela),
                              grupos. Recorte duas tiras de car-          outra da bebida “Campari” (filme).
                              tolina nas dimensões 1,5 cm x 10
                              cm. Junte e prenda as duas tiras
                              por uma das extremidades com um
                              clipe. Em seguida peça aos alunos
                              que selecionem uma parte da ima-
                              gem recebida, enquadrando-a num
                              ângulo reto ou obtuso. Dobre a gra-
                              vura e deixe à mostra somente a
                              parte selecionada. Cada grupo exi-
                              birá a parte selecionada da sua ima-
                              gem, e os outros alunos levantarão
                              hipóteses sobre o objeto, na tenta-
                              tiva de descobrir o que ele é. Depois
5
PUBLICIDADE
      Os textos publicitários utilizam uma linguagem que, embora pareça produção es-
    pontânea, com um tom informal, mais próximo da oralidade do que da escrita, é
    intencionalmente elaborada, estilizada para atingir um determinado público e manter
    o produto sempre em destaque. Esses textos podem apelar para humor, curiosidade,
    contraste, quebra de expectativa; enfim, elementos que estimulem o desejo, induzam
    à ação e exerçam certa pressão psicológica nos consumidores.
      As mensagens procuram passar idéias de bem-estar, prazer, lucro, prestígio, que o
    consumidor alcançará ao adquirir o produto.
    2. Grave propagandas veiculadas na televisão que explorem o humor para atrair a
       atenção do consumidor. (Exemplo: propaganda dos carros Ford, 2007 – “Bicho não
       pode comprar carro, mas você pode”.) Reúna todo o material, selecione as propa-
       gandas de acordo com o interesse da sua turma e discuta com os alunos cada uma
       delas, analisado-as a partir do roteiro abaixo:

    a) Quem são os possíveis destinatários do     e) A propaganda da Campari faz referên-
       texto publicitário? Que informações do        cia ao filme Dama de Vermelho, que nos
       texto nos levam a identificá-los?              remete à atriz Marilyn Monroe. Que ele-
    b) Que recursos o produtor dessa men-            mentos da propaganda nos permitem
       sagem utiliza para atrair a atenção do        fazer essa leitura? (Pergunta específica
       telespectador, despertar seu interesse e      para a propaganda da Campari veicula-
       estimulá-lo a consumir o produto?             da pela revista Veja – ver Bibliografia.)
    c) Quais as características desse texto,
       tendo em vista os objetivos a serem
       atingidos?
    d) Qual o enquadramento escolhido pelo
       produtor da mensagem?




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Trabalhando a leitura
      1. Selecione e grave cenas de filmes
    citados no livro e enfatize: figurino,
                                                Outra opção: promova uma sessão           Leve para a sala de aula livros so-
    efeitos especiais, enquadramento e
                                              da série Contos Desfeitos, da TV Escola.   bre o tema e apresente aos alunos a
    trilha sonora.
                                              Analise com os alunos o enquadramen-       diversidade de paráfrases e paródias
      2. Faça uma leitura dos temas: “Como
                                              to, o material utilizado para a caracte-   publicadas.
    é feito um filme?”, “Etapas na realiza-
                                              rização dos personagens e a composi-
    ção de um filme” e “Arte do cinema”.
                                              ção do cenário; a trilha sonora, ruídos
      3. Exiba as cenas dos filmes selecio-    e o tempo de exibição do filme.
    nadas e comente-as, entremeando-as
                                                Compare com os filmes de desenho
    com a leitura dos trechos referentes ao
                                              animado que os alunos conheçam.
    assunto abordado na cena.
                                                Aguce a curiosida-
      4. Destaque na composição da cena:
                                              de dos alunos com
    a interferência dos ruídos e o tipo de
                                              as perguntas: De
    emoção que eles despertam no espec-
                                              onde vêm essas
    tador; a escolha do enquadramento
                                              histórias? Quem
    (close, plano geral, plano médio etc.).
                                              são seus autores?
    Nas cenas dos filmes de época: figu-
                                              O que elas têm de
    rino, cenário e fotografia. Filmes de
                                              especial para cir-
    ação: efeitos especiais. Romance e
                                              cular até hoje?
    suspense: trilha sonora e ruídos.
      5. Mostre aos alunos a importância
    da composição da cena na constru-
    ção de um filme.
      (Para que o aluno compreenda me-
    lhor o assunto, você pode fazer uma
    pequena montagem: grave algumas
    cenas de filmes conhecidos e substi-
    tua alguns elementos por outros: uma
    cena romântica com um fundo musi-
    cal de filmes de suspense ou comédia,
    por exemplo. Comente a reação dos
    alunos em relação às cenas vistas.)

7
Explorando a leitura
    LUZES, CÂMERA, AÇÃO!
      “O roteiro é a história do filme con-      Sugestão de roteiro
    tada de uma forma técnica. Ele vale         Objetivo (o que se pretende com a veiculação da propaganda).
    como guia de filmagem. É um texto            Duração (o tempo de veiculação do comercial na televisão: 1’, 1’30”).
    completo que descreve a ação, os per-       Roteiristas (os participantes do grupo).
    sonagens e os diálogos. Contém tam-         Sinopse (um resumo da proposta da propaganda).
    bém a indicação de planos, enqua-
    dramentos e movimentos de câmera.
    O roteiro pode ser original, ou seja,       Título:
    criado por um autor, ou adaptado de                           IMAGENS                                       ÁUDIO/SOM
    alguma obra literária.” (Pág. 8)
                                                  Registrar o número de cenas a serem filmadas    1. Registrar a seqüência em que o som apare-
      Agora é a sua vez, turma! Escolha           e a seqüência, detalhando cada uma delas.         cerá: música, ruído ou fala de alguém.
    uma das opções de trabalho e PAR-
    TICIPE!                                       CENA 1                                         2. Registrar literalmente a fala dos persona-
                                                  a) Imagens internas (ambiente fechado) ou         gens.
                                                     externas (ao ar livre). Descrever a cena.
      1. A partir da sugestão do roteiro de       b) Enquadramento de objetos e pessoas.
         audiovisual abaixo, peça aos alunos      c) Horário do registro da cena.
         que elaborem uma propaganda de           d) Local da cena.
         um produto que tenha relação com         e) Duração da cena.
         o cinema, a ser veiculada na televi-     f) Figurino.
         são.
      2. Após a exibição da série Contos
         Desfeitos, da TV Escola, os alunos       CENA 2
         deverão escolher um dos episódios        Idem.
         e elaborar uma paródia da história
         utilizando a linguagem audiovisual
         e objetos do dia-a-dia na composi-
         ção dos personagens e cenários.



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                                                                                                                                    >>
Quer saber mais?
      No desenho animado, trabalha-se
    com uma série de desenhos, cada um
    dos quais representa uma posição su-        Outras obras                            car um olhar novo e atento a tudo o
    cessiva, com pequenos detalhes de mo-       AZEVEDO, Ricardo. Nossa Rua Tem         que o rodeia.)
    vimento de uma figura ou objeto. Esses     um Problema. São Paulo: Ática, 1999.        Mostre-me como Fazer – Livro de
    quadros são fotografados por uma má-      (É um livro muito interessante, porque    atividades. São Paulo: Editora Edel-
    quina cinematográfica especial e reve-     mostra o ponto de vista do menino e       bra – Indústria Gráfica e Editora Ltda.,
    lados numa fita contínua. Na projeção,     da menina sobre a rua em que mo-          1999. (O livro traz várias atividades
    esse filme produz uma imagem em que        ram. O projeto gráfico do livro permi-     manuais que podem ser realizadas pe-
    as figuras e objetos desenhados pare-      te ao leitor escolher de qual ponto de    las crianças, desenvolvendo várias ha-
    cem mover-se como se fossem dotados       vista ele quer iniciar a leitura.)        bilidades.)
    de vida. Para cada 10 minutos de filme       CIBOUL, Adèle. Os Cinco Sentidos.         SIEBER, Allan. Salvem as Baleias. Por-
    são necessários 14 mil fotogramas, ou     São Paulo: Salamandra, 2003. (Esse        to Alegre: Projeto, 2000. (Flip book,
    seja, 14 mil desenhos diferentes. O uso   livro faz parte de uma coleção para-      um livro de animação.)
    do computador facilitou muito o traba-    didática chamada Crianças Curiosas;
    lho, que era inicialmente todo manual.    apresenta à criança os cinco sentidos,
    Hoje há programas especiais para a ela-   satisfazendo suas curiosidades de for-
    boração de animação por computador,       ma interativa.)
    o que permitiu grande expansão da pro-      LONGOUR, Michele. O Corpo. São
    dução.                                    Paulo: Salamandra, 2003. (Esse livro
      O primeiro desenho animado de           faz parte de uma coleção paradidáti-
    longa metragem foi Branca de Neve         ca chamada Crianças Curiosas; apre-
    e os Sete Anões, feito em 1937 por        senta à criança o corpo, satisfazendo
    Disney (Oliveira e Garcez, 2001).         curiosidades de forma interativa.)
    www.animacaodeimagens.blogspot.             OLIVEIRA, Eduardo. Enquanto Isso
    com                                       na Índia. Porto Alegre: Projeto, 2000.
                                              (Flip book, um livro de animação.)
                                                OLIVEIRA, Jô e Garcez, Lucília. Ex-
                                              plicando a Arte: Uma iniciação para
                                              entender e apreciar as artes visuais.
                                              Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. (A obra
                                              traz a história da arte e os principais
                                              recursos e técnicas empregados nas
                                              artes visuais por meio de uma propos-
                                              ta lúdica que estimula o leitor a dedi-
9
Filmes                               de produção: Brasil. Duração: 63 min.
       Arte e Ciência: como a ciência e a   Distribuição: Cult Filmes. Região Mul-
     tecnologia abriram novas possibili-    tizonal Áudio LPCM Stereo (Portu-
     dades para a arte – Da invenção do     guês) Vídeo Widescreen. Cor: colo-
     cinema e da tevê à manipulação das     rido com partes em preto-e-branco.
     imagens.                               Lobisomem e o Coronel (2002), Dire-
       Duração: 26’07’’                     ção: Elvis Kleber e Ítalo, 10’; Sinistro
       Realização: Filmoption – CSM Pro-    (2000), René Sampaio, 17’; Leo 1313
     ductions, Canadá, 1991.                (1997), Betse de Paula, 6’ ; Momento
       Veiculação: TV Escola – Ministério   Trágico (2003), Cibele Amaral, 16’;
     da Educação. Secretaria de Educação    Um Trailer Americano (2002), José
     a Distância.                           Eduardo Belmonte, 14’.

       Uma Pequena História do Cinema:      http://www.2001video.com.br
     Walter Lima Jr. e Davi Neves comen-
     tam a história do cinema no Brasil
     com cenas marcantes que ficaram
     gravadas no inconsciente dos espec-
     tadores.
       Duração: 38’19’’
       Realização: Governo do Estado do
     Rio de Janeiro. Programa TV Escola.
       Veiculação: TV Escola – Ministério
     da Educação. Secretaria de Educação
     a Distância.

      DVD Curta Brasília. Vol. 1: gênero
     Cinema Nacional. Direção: Elvis Kle-
     ber, Ítalo Cajueiro, René Sampaio,
     Betse de Paula, Cibele Amaral, José
     Eduardo Belmonte. Anos de produ-
     ção: 1997, 2000, 2002, 2003. País
10
ANEXO TEÓRICO
                         “Ler é dotar de sentido, tirar à luz os
                       sentidos possíveis que a obra traz em
                       si e em sua relação com as demais.
                       Cada leitura é uma nova escrita do
                       texto. O ato de criação não seria o
                       autor, mas o leitor.” (Bella Jozef)


                       Ao pensarmos sobre releituras e dia-
                     logismo e no desafio do leitor em des-
                     lindar um texto, com toda a sua com-
                     plexidade, sentimos a necessidade de
                     sugerir um caminho para você, pro-
                     fessor. Por isso indicamos a Metodo-
                     logia dos Três Olhares, concebida por
                     Francisca Nóbrega, no Rio de Janeiro,
                     e a Estética da Recepção, concebida
                     por Hans Robert Jauss, na Alemanha,
                     como instrumentos valiosos para au-
                     xiliar no processo de leitura de textos
                     verbais e não verbais.
                       Nessa metodologia o leitor tem a
                     função de explorar o texto na sua
                     plurissignificação, reconstruindo-o de
                     acordo com o seu horizonte de expe-
                     riências.




11
Método dos três olhares à luz da estética da recepção
     MOMENTOS DO      1.o MOMENTO           2.o MOMENTO           3.o MOMENTO
       OLHAR          Olhar receptivo      Olhar mediador          Olhar ativo
                                                                 Encontro do leitor
                      Encontro do leitor   Encontro do leitor
     O que acontece                                                com o mundo
                       com um mundo          com o mundo
                                                                  novo que agora
                      que não conhece         significativo
                                                                     conhece

                                                                    Uma leitura de
                         Uma leitura         Uma leitura de
                                                                    cruzamento do
                         que apanha           diálogo com o
                                                                    ver e do sentir,
     O que faz          os elementos         texto, por meio
                                                                   do exterior e do
                        significativos,      da pergunta e da
                                                                   interior, ou seja,
                      sinais, referentes         resposta
                                                                 cruzar experiências

                                                                  Olha, encontra,
                                           Olha, vê, interroga
     Como faz             Olha e vê                                associa, reúne,
                                                e busca
                                                                 interioriza, vê e lê

                                                                  A integração do
                                              O exame da
                                                                   novo que se vê
                                                realidade
                         Reconhecer                               e do antigo que
                                             representada,
                        os elementos                               é a experiência
     O que importa                            por meio do
                        significativos,                            do já visto, fusão
                                           questionamento da
                      sinais, referentes                           de horizontes,
                                           busca dos porquês,
                                                                    ampliação de
                                            causas e motivos
                                                                   conhecimento

                        Compreensão
                                             Interpretação           Aplicação
     O que resulta        VER-POR-
                                             VER-E-PENSAR         VER-PENSAR-LER
                         CONHECER




12
O primeiro momento corresponde-         do conhecimento, pela apropriação
     ria ao nosso nível de leitura literal,    do discurso metalingüístico.
     no qual o leitor deverá reconhecer                                                     “ALICE descobre o espelho”. Ciên-
     os elementos da superfície do tex-                                                     cia Hoje das Crianças. Rio de Janeiro,
                                                Bibliografia
     to, tais como personagens, espaço,                                                     SBPC, ano 17, n. 147, jun. 2004.
     tempo, dominando, evidentemente,
     o código da língua portuguesa. Nos          BERNADET, Jean-Claude. O Que É Ci-         Sites
     textos não verbais o leitor observará       nema? São Paulo: Brasiliense, 1980.        www.cineduc.gov.org.br
     a presença de cores ou ausência de-         CARVALHO, Nelly de. Publicidade –          http://www.mnemocine.com.br
     las, formas, texturas, ícones etc.          A linguagem da sedução. São Paulo:
       O segundo momento corresponde-            Ática, 2001.                               Filmes
     ria ao da interpretação, quando o lei-      COELHO, Nely Novaes. Literatura In-        A Dama de Vermelho (The Woman in
     tor, pelo exercício da hermenêutica,        fantil – Teoria, análise e didática. São   Red). Direção: Gene Wilder. Origem:
     dialoga com o texto. É o momento            Paulo: Moderna, 2000.                      Estados Unidos. Duração: 87 minu-
     em que se faz uma leitura mais apu-         FORTUNA, Felipe. Visibilidade: Ensaio      tos. Tipo: Longa-metragem (1984).
     rada, tendo por base o horizonte            sobre Imagens e Interferências. Rio de
     de expectativa, da primeira leitura,        Janeiro: Record, 2000.
     correspondendo, para nós, ao nível          MACHADO, Arlindo. A Arte do Ví-
     da leitura contextualizada, no qual o       deo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
     aluno deverá interpretar o texto.           PAULINO, Graça. Tipos de Texto, Mo-
       O terceiro momento é formado              dos de Leitura. Belo Horizonte: For-
     pelos dois precedentes, é o da re-          mato Editorial, 2001.
     cepção efetiva do texto, quando há          Salto para o Futuro: Educação do Olhar
     formação de julgamento estético e           – Secretaria de Educação a Distância.
     com ele a atualização do texto. Esse        Brasília: Ministério da Educação e do
     momento abarca dois níveis de leitu-        Desporto, SEED, 1998, v. 2.
     ra: o nível da leitura crítica, no qual
     o aluno deverá apreender o discurso
                                                 Revistas
     temático e ampliar o seu horizonte de
     expectativa, dialogando com outros          “Mulheres do Brasil”. Revista Cláudia,
     textos, formadores de sua história          n. 534, 2006.
     de leituras e que abordem o mesmo           Revista Veja, edição especial, ago.
     tema, e o nível da metaleitura, no          2005.
     qual o aluno deverá ter o domínio           Época, edição 488, set. 2007.

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  • 1. Cinema – emoções em movimento – Heidi Strecker A autora Resenha Ficha Heidi Strecker é for- A obra Cinema – emoções em mo- Autora: PROJETO DE LEITURA mada em Letras e em vimento faz parte da coleção comuni- Heidi Strecker Filosofia pela USP, com cação Hoje, cuja proposta é convidar Título: pós-graduação em Teoria o leitor a refletir sobre a forma de co- Cinema – emoções Literária pela Unicamp. municação das pessoas na sociedade em movimento Sua experiência como contemporânea e as mídias utilizadas por elas sem esquecer as contribuições Pesquisa professora de redação iconográfica: e filosofia no ensino fundamental e e influências no comportamento hu- mano, a partir de um viés histórico. Heidi Strecker e médio ampliou seu potencial comuni- Neste volume a autora traz flashes Tempo Composto cativo, abrindo caminhos para outras atividades e projetos: trabalhou como da história do cinema, as etapas de Ltda. colaboradora da Folha de S.Paulo, da construção da linguagem audiovisu- Ilustrações: revista Arte em São Paulo e das revis- al e os gêneros que são apresentados Luli Penna tas eletrônicas Intervista e Cineguia, por meio do diálogo permanente en- Formato: elaborando resenhas, críticas e repor- tre o texto verbal e o não verbal, o que 17 x 24,5 cm tagens sobre literatura e cinema; Foi auxilia na compreensão do assunto. membro do júri do Prêmio Jabuti de li- N.o de páginas: 32 teratura adulta e participou de diversas bancas corretoras de redação (como a Elaboração: da PUC - SP e a do Enem); fundou e Shirley Bragança dirigiu a ONG Centro de Alfabetização Natural (alfabetização de adultos). “No século XVI, um cientista alemão Atualmente a autora se dedica à Na- juntou uma caixa, uma fonte de luz e Quadro sinóptico nook Editorial, como diretora e colabo- uma lente e, com isso, criou a lanter- Gênero: paradidático ra com artigos para a revista eletrônica na mágica – um aparelho óptico que Palavras-chave: ponto de Trópico. No volume Cinema – emoções reflete e amplia as imagens a distân- vista, manipulação de imagens, INDICAÇÃO: em movimento, Heidi Strecker compar- cia. Faltava, porém, dar movimento a comunicação leitores a partir de tilha com o leitor o seu olhar sobre os essas imagens.”( Pág. 3) Tema transversal: pluralidade temas de que mais gosta: cinema e lite- ratura. “O que caracteriza o documentário é o fato de ele ser um filme de não ficção, cultural Interdisciplinaridade: Artes, 11 anos um registro da realidade.” (Pág. 17) Ciências, Matemática e Português ensino fundamental 1
  • 2. >> Resenha O texto é conciso e dá ao leitor uma impressão de movimento se dá porque ção na tela, como também a emoção visão geral do assunto. Ele está dis- o nosso olho guarda uma imagem na que deverá ser repassada ao receptor. tribuído em boxes, que favorecem a retina por um tempo maior que 1/24 Tudo isso faz da linguagem cinema- leitura tradicional (da esquerda para de segundo. Dessa maneira, ao cap- tográfica uma sucessão de seleções a direita e de cima para baixo), e em tarmos uma imagem, a anterior ainda e escolhas, a partir de um ponto de hipertexto (pelas janelas, de maneira está na retina; por isso não percebe- vista: decide-se por filmar o objeto de não seqüencial, não linear). mos a interrupção entre as imagens fo- perto ou de longe, em movimento ou tografadas. Mas essa impressão pode não, por esse ou por aquele ângulo. Na O projeto gráfico da obra sugere ser desfeita se interferirmos na veloci- montagem, escolhem-se determina- movimento, atraindo o olhar do leitor; dade da filmagem. dos planos em detrimento de outros e a sua organização, por ser temáti- A linguagem audiovisual é outro fa- e a seqüência em que as cenas serão ca, favorece o trabalho do professor tor que corrobora esse processo de exibidas e, finalmente, determinam-se na elaboração de roteiro de pesquisa manipulação das imagens, pois o seu os efeitos sonoros. para aprofundamento dos assuntos abordados. conjunto de convenções e códigos Portanto, é fundamental que o leitor admite a construção de mensagens seja despertado para essas percepções retiradas de uma realidade natural ou e conceitos para que se aproprie des- construída, para serem reproduzidas ses modos de produção e, a partir da posteriormente. Esse sistema simbó- reflexão sobre essas realidades cons- Conversa com o professor lico trabalha com elementos que per- truídas na tela, seja capaz de interfe- mitem tocar a emoção do receptor. rir na sociedade em transformação, Os filmes (documentário ou ficção) Essa emoção é explorada por meio da “pautando-se por uma compreensão são resultado de um processo de ma- visão e da audição, que acionam ou- histórica que busque analisar as for- nipulação de imagens estáticas, fo- tros sentidos (olfato, paladar e tato) ças em conflito e coloque-se como tografadas do real, que reproduzem o pela sugestão, com o intuito de levar instrumento do de- movimento da vida. Esse movimento ci- o receptor a vivenciar, como experiên- senvolvimento do ser nematográfico contínuo, parecido com cia primeira, as emoções da história humano total”. (Cur- o da realidade, deve-se ao fenômeno narrada mediante um pacto sensorial, rículo da Educação Bá- de ilusão de óptica, que ocorre da se- que poderá ser seguido pela razão. sica das Escolas Públi- guinte forma: “captura-se” uma figu- As formas lingüísticas e a constru- cas do DF, 2002) ra em movimento com intervalos de tempo muito curtos entre cada “foto- ção da narrativa estão baseadas no grafia”, os chamados fotogramas. Es- olhar do diretor. É ele quem decide ses fotogramas, num mínimo de vinte o ângulo de visão em que as cenas e quatro por segundo, são projetados serão produzidas, a seqüência des- posteriormente nesse mesmo ritmo. A sas cenas e o seu tempo de exposi- 2
  • 3. >> Conversa com o professor Para isso, é imprescindível o desen- Como ponto de partida para a for- desse gênero textual; e os recursos uti- volvimento de diferentes atividades mação de conceitos, sugerimos uma lizados pelo produtor para convencer em sala de aula que explorem a ques- proposta de trabalho que utilize a pro- o consumidor: cores, enquadramento, tão do olhar – do ponto de vista tanto paganda, por ser excelente material de jingles, imagem de celebridades etc. do produtor de mensagens quanto do desconstrução, tendo em vista que vei- Nesse contexto, a obra Cinema – receptor – por meio da desconstrução cula mensagens curtas, apresentadas emoções em movimento vem contribuir do objeto em estudo, destacando vá- em diferentes suportes textuais (revis- para o desenvolvimento do trabalho em rios elementos, tais como: objetivo da tas, jornais, televisão, rádio), e traz, em sala de aula, pois auxilia professor e alu- mensagem; enquadramento do obje- seu conteúdo, grande apelo à suges- no na compreensão de assuntos com- to (plano médio, plano geral, primeiro tão e a proposição de pactos sensoriais plexos por meio da discussão e reflexão plano); interferência da luz sobre esse com o consumidor. Com ela pode-se dos temas apresentados. São facilitado- objeto; posição do objeto; efeitos so- discutir a interferência e o impacto do res desse processo a diagramação e o noros (fala, música ou ruídos); cores suporte textual na visão do receptor; projeto gráfico da obra. utilizadas, figurino, tempo de exposi- o modo de leitura que o receptor faz ção de cada cena, organização, ritmo de cada propaganda em cada supor- etc. Essas atividades permitirão ao te textual; os elementos constitutivos aluno transformar as informações re- cebidas em conhecimento, por meio de aprendizagens significativas. “(...) Aprendizagens significativas ca- racterizam-se pelo fato de as novas in- formações apoiarem-se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva da pessoa. Esses conceitos, denominados subsunçores, originam- se das experiências de vida de cada ser humano, por processos como o de formação de conceitos (...)” (Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do DF, 2002) 3
  • 4. Comentários sobre a obra Cinema – emoções em movimento é No volume são apresentados ao Essas informações estão organizadas mais uma obra da coleção Comunica- leitor um breve histórico do cinema, na obra por temas que funcionam como ção Hoje que chama a atenção do lei- seus gêneros e as etapas da realiza- links, despertando no leitor a vontade tor para uma forma de narrar histórias. ção de um filme, com informações de se aprofundar no assunto. A ação é Ela coloca o leitor em contato com a bem concisas, mas que levam o lei- facilitada porque o projeto gráfico su- tecnologia do cinema e sua linguagem tor à reflexão e a várias discussões: a gere ao aluno um direcionamento para por meio de uma perspectiva de linha representação da realidade utilizando roteiro de pesquisa sobre determinado do tempo. a linguagem audiovisual; o olhar, o tema apresentado. Isso se dá por meio A diagramação da obra desconstrói ponto de vista de determinado grupo de informações e subtítulos apresenta- a forma tradicional de ler no Ocidente que tem voz na sociedade; a interfe- dos nos boxes em cada página. Cabe (da esquerda para a direita e de cima rência de seleção e enquadramento ao professor fomentar, com atividades para baixo), pois faz alusão à lingua- de imagens no processo de constru- envolventes, o interesse do aluno pelo gem do computador (texto dinâmico ção da história. assunto e orientá-lo no desenvolvimen- e não seqüencial), o que valoriza a to da pesquisa, fornecendo material bi- proposta do livro, que é guiar o lei- bliográfico adequado. tor pelo olhar. Essa forma de leitura “A maioria das cenas de um filme Sugestão de atividade é permitida ao leitor porque os tex- é rodada fora da ordem cronológica tos e as ilustrações estão distribuídos da história. São muitas e muitas horas As curiosidades estão presentes em em boxes de forma inovadora, mas de filmagem, e pode acontecer de a todos os temas eleitos pelo livro e dão sem prejudicar o sentido do texto. É mesma cena ter de ser realizada vá- ao leitor um motivo a mais para se en- importante ressaltar que esses boxes rias vezes. Parece um caos: casal se volver com a obra. Elas oferecem ao mudam de tamanho a cada página, beijando antes de se conhecer, bandi- professor ótima oportunidade de tra- o que instiga no leitor um olhar de do preso antes de cometer o crime... balho de pesquisa. Sugerimos a ela- observador; ou seja, um olhar que Para definir as etapas de trabalho e boração de um minicatálogo de curio- concentra o pensamento e os senti- providenciar tudo o que será necessá- sidades sobre o cinema, obedecendo dos com vontade de ver, de perceber rio para a realização das cenas, é feito em estrutura e organização o modelo os detalhes significativos. um plano de filmagem.” (Pág. 11) de dicionário. Esse exercício, proposto na obra de maneira muito sutil, favorece a que- bra do olhar mecanizado do dia-a-dia e permite a síntese da informação em conhecimento, por meio da articula- ção dos códigos verbal e não verbal. 4
  • 5. ATIVIDADES PROPOSTAS Preparando a leitura 1.º momento disso, o grupo desdobrará a gra- 1. Selecione alguns exemplos dados vura, confirmando ou não as hipó- no livro Os Cinco Sentidos – Visão teses levantadas. (coleção Crianças Curiosas) que ex- plorem a ilusão de óptica. A partir 2.º momento deles, discuta com a turma esse fe- 1. Depois desse exercício do nômeno e o sentido da visão. olhar, leve para a sala de aula 2. Uma segunda opção é a realização propagandas interessantes que de mágicas dentro da sala de aula. A dialoguem com filmes ou telas reti- turma discutirá a questão do olhar e o radas de sites, revistas, jornais e ana- sentido da visão a partir dos truques lise a construção da mensagem, de mágica. (Mostre-me como Fazer destacando os elementos verbais – Livro de atividades. Pág. 192) e não verbais. 3. Terceira opção: selecione imagens Na bibliografia dada, você de paisagens retiradas de revis- encontrará duas sugestões tas, jornais, calendários, internet de propagandas retiradas de e outros. Divida a turma em gru- revistas que fazem menção à tela pos. Distribua as imagens entre os e filmes: uma do “Boticário”(tela), grupos. Recorte duas tiras de car- outra da bebida “Campari” (filme). tolina nas dimensões 1,5 cm x 10 cm. Junte e prenda as duas tiras por uma das extremidades com um clipe. Em seguida peça aos alunos que selecionem uma parte da ima- gem recebida, enquadrando-a num ângulo reto ou obtuso. Dobre a gra- vura e deixe à mostra somente a parte selecionada. Cada grupo exi- birá a parte selecionada da sua ima- gem, e os outros alunos levantarão hipóteses sobre o objeto, na tenta- tiva de descobrir o que ele é. Depois 5
  • 6. PUBLICIDADE Os textos publicitários utilizam uma linguagem que, embora pareça produção es- pontânea, com um tom informal, mais próximo da oralidade do que da escrita, é intencionalmente elaborada, estilizada para atingir um determinado público e manter o produto sempre em destaque. Esses textos podem apelar para humor, curiosidade, contraste, quebra de expectativa; enfim, elementos que estimulem o desejo, induzam à ação e exerçam certa pressão psicológica nos consumidores. As mensagens procuram passar idéias de bem-estar, prazer, lucro, prestígio, que o consumidor alcançará ao adquirir o produto. 2. Grave propagandas veiculadas na televisão que explorem o humor para atrair a atenção do consumidor. (Exemplo: propaganda dos carros Ford, 2007 – “Bicho não pode comprar carro, mas você pode”.) Reúna todo o material, selecione as propa- gandas de acordo com o interesse da sua turma e discuta com os alunos cada uma delas, analisado-as a partir do roteiro abaixo: a) Quem são os possíveis destinatários do e) A propaganda da Campari faz referên- texto publicitário? Que informações do cia ao filme Dama de Vermelho, que nos texto nos levam a identificá-los? remete à atriz Marilyn Monroe. Que ele- b) Que recursos o produtor dessa men- mentos da propaganda nos permitem sagem utiliza para atrair a atenção do fazer essa leitura? (Pergunta específica telespectador, despertar seu interesse e para a propaganda da Campari veicula- estimulá-lo a consumir o produto? da pela revista Veja – ver Bibliografia.) c) Quais as características desse texto, tendo em vista os objetivos a serem atingidos? d) Qual o enquadramento escolhido pelo produtor da mensagem? 6
  • 7. Trabalhando a leitura 1. Selecione e grave cenas de filmes citados no livro e enfatize: figurino, Outra opção: promova uma sessão Leve para a sala de aula livros so- efeitos especiais, enquadramento e da série Contos Desfeitos, da TV Escola. bre o tema e apresente aos alunos a trilha sonora. Analise com os alunos o enquadramen- diversidade de paráfrases e paródias 2. Faça uma leitura dos temas: “Como to, o material utilizado para a caracte- publicadas. é feito um filme?”, “Etapas na realiza- rização dos personagens e a composi- ção de um filme” e “Arte do cinema”. ção do cenário; a trilha sonora, ruídos 3. Exiba as cenas dos filmes selecio- e o tempo de exibição do filme. nadas e comente-as, entremeando-as Compare com os filmes de desenho com a leitura dos trechos referentes ao animado que os alunos conheçam. assunto abordado na cena. Aguce a curiosida- 4. Destaque na composição da cena: de dos alunos com a interferência dos ruídos e o tipo de as perguntas: De emoção que eles despertam no espec- onde vêm essas tador; a escolha do enquadramento histórias? Quem (close, plano geral, plano médio etc.). são seus autores? Nas cenas dos filmes de época: figu- O que elas têm de rino, cenário e fotografia. Filmes de especial para cir- ação: efeitos especiais. Romance e cular até hoje? suspense: trilha sonora e ruídos. 5. Mostre aos alunos a importância da composição da cena na constru- ção de um filme. (Para que o aluno compreenda me- lhor o assunto, você pode fazer uma pequena montagem: grave algumas cenas de filmes conhecidos e substi- tua alguns elementos por outros: uma cena romântica com um fundo musi- cal de filmes de suspense ou comédia, por exemplo. Comente a reação dos alunos em relação às cenas vistas.) 7
  • 8. Explorando a leitura LUZES, CÂMERA, AÇÃO! “O roteiro é a história do filme con- Sugestão de roteiro tada de uma forma técnica. Ele vale Objetivo (o que se pretende com a veiculação da propaganda). como guia de filmagem. É um texto Duração (o tempo de veiculação do comercial na televisão: 1’, 1’30”). completo que descreve a ação, os per- Roteiristas (os participantes do grupo). sonagens e os diálogos. Contém tam- Sinopse (um resumo da proposta da propaganda). bém a indicação de planos, enqua- dramentos e movimentos de câmera. O roteiro pode ser original, ou seja, Título: criado por um autor, ou adaptado de IMAGENS ÁUDIO/SOM alguma obra literária.” (Pág. 8) Registrar o número de cenas a serem filmadas 1. Registrar a seqüência em que o som apare- Agora é a sua vez, turma! Escolha e a seqüência, detalhando cada uma delas. cerá: música, ruído ou fala de alguém. uma das opções de trabalho e PAR- TICIPE! CENA 1 2. Registrar literalmente a fala dos persona- a) Imagens internas (ambiente fechado) ou gens. externas (ao ar livre). Descrever a cena. 1. A partir da sugestão do roteiro de b) Enquadramento de objetos e pessoas. audiovisual abaixo, peça aos alunos c) Horário do registro da cena. que elaborem uma propaganda de d) Local da cena. um produto que tenha relação com e) Duração da cena. o cinema, a ser veiculada na televi- f) Figurino. são. 2. Após a exibição da série Contos Desfeitos, da TV Escola, os alunos CENA 2 deverão escolher um dos episódios Idem. e elaborar uma paródia da história utilizando a linguagem audiovisual e objetos do dia-a-dia na composi- ção dos personagens e cenários. 8 >>
  • 9. Quer saber mais? No desenho animado, trabalha-se com uma série de desenhos, cada um dos quais representa uma posição su- Outras obras car um olhar novo e atento a tudo o cessiva, com pequenos detalhes de mo- AZEVEDO, Ricardo. Nossa Rua Tem que o rodeia.) vimento de uma figura ou objeto. Esses um Problema. São Paulo: Ática, 1999. Mostre-me como Fazer – Livro de quadros são fotografados por uma má- (É um livro muito interessante, porque atividades. São Paulo: Editora Edel- quina cinematográfica especial e reve- mostra o ponto de vista do menino e bra – Indústria Gráfica e Editora Ltda., lados numa fita contínua. Na projeção, da menina sobre a rua em que mo- 1999. (O livro traz várias atividades esse filme produz uma imagem em que ram. O projeto gráfico do livro permi- manuais que podem ser realizadas pe- as figuras e objetos desenhados pare- te ao leitor escolher de qual ponto de las crianças, desenvolvendo várias ha- cem mover-se como se fossem dotados vista ele quer iniciar a leitura.) bilidades.) de vida. Para cada 10 minutos de filme CIBOUL, Adèle. Os Cinco Sentidos. SIEBER, Allan. Salvem as Baleias. Por- são necessários 14 mil fotogramas, ou São Paulo: Salamandra, 2003. (Esse to Alegre: Projeto, 2000. (Flip book, seja, 14 mil desenhos diferentes. O uso livro faz parte de uma coleção para- um livro de animação.) do computador facilitou muito o traba- didática chamada Crianças Curiosas; lho, que era inicialmente todo manual. apresenta à criança os cinco sentidos, Hoje há programas especiais para a ela- satisfazendo suas curiosidades de for- boração de animação por computador, ma interativa.) o que permitiu grande expansão da pro- LONGOUR, Michele. O Corpo. São dução. Paulo: Salamandra, 2003. (Esse livro O primeiro desenho animado de faz parte de uma coleção paradidáti- longa metragem foi Branca de Neve ca chamada Crianças Curiosas; apre- e os Sete Anões, feito em 1937 por senta à criança o corpo, satisfazendo Disney (Oliveira e Garcez, 2001). curiosidades de forma interativa.) www.animacaodeimagens.blogspot. OLIVEIRA, Eduardo. Enquanto Isso com na Índia. Porto Alegre: Projeto, 2000. (Flip book, um livro de animação.) OLIVEIRA, Jô e Garcez, Lucília. Ex- plicando a Arte: Uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. (A obra traz a história da arte e os principais recursos e técnicas empregados nas artes visuais por meio de uma propos- ta lúdica que estimula o leitor a dedi- 9
  • 10. Filmes de produção: Brasil. Duração: 63 min. Arte e Ciência: como a ciência e a Distribuição: Cult Filmes. Região Mul- tecnologia abriram novas possibili- tizonal Áudio LPCM Stereo (Portu- dades para a arte – Da invenção do guês) Vídeo Widescreen. Cor: colo- cinema e da tevê à manipulação das rido com partes em preto-e-branco. imagens. Lobisomem e o Coronel (2002), Dire- Duração: 26’07’’ ção: Elvis Kleber e Ítalo, 10’; Sinistro Realização: Filmoption – CSM Pro- (2000), René Sampaio, 17’; Leo 1313 ductions, Canadá, 1991. (1997), Betse de Paula, 6’ ; Momento Veiculação: TV Escola – Ministério Trágico (2003), Cibele Amaral, 16’; da Educação. Secretaria de Educação Um Trailer Americano (2002), José a Distância. Eduardo Belmonte, 14’. Uma Pequena História do Cinema: http://www.2001video.com.br Walter Lima Jr. e Davi Neves comen- tam a história do cinema no Brasil com cenas marcantes que ficaram gravadas no inconsciente dos espec- tadores. Duração: 38’19’’ Realização: Governo do Estado do Rio de Janeiro. Programa TV Escola. Veiculação: TV Escola – Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. DVD Curta Brasília. Vol. 1: gênero Cinema Nacional. Direção: Elvis Kle- ber, Ítalo Cajueiro, René Sampaio, Betse de Paula, Cibele Amaral, José Eduardo Belmonte. Anos de produ- ção: 1997, 2000, 2002, 2003. País 10
  • 11. ANEXO TEÓRICO “Ler é dotar de sentido, tirar à luz os sentidos possíveis que a obra traz em si e em sua relação com as demais. Cada leitura é uma nova escrita do texto. O ato de criação não seria o autor, mas o leitor.” (Bella Jozef) Ao pensarmos sobre releituras e dia- logismo e no desafio do leitor em des- lindar um texto, com toda a sua com- plexidade, sentimos a necessidade de sugerir um caminho para você, pro- fessor. Por isso indicamos a Metodo- logia dos Três Olhares, concebida por Francisca Nóbrega, no Rio de Janeiro, e a Estética da Recepção, concebida por Hans Robert Jauss, na Alemanha, como instrumentos valiosos para au- xiliar no processo de leitura de textos verbais e não verbais. Nessa metodologia o leitor tem a função de explorar o texto na sua plurissignificação, reconstruindo-o de acordo com o seu horizonte de expe- riências. 11
  • 12. Método dos três olhares à luz da estética da recepção MOMENTOS DO 1.o MOMENTO 2.o MOMENTO 3.o MOMENTO OLHAR Olhar receptivo Olhar mediador Olhar ativo Encontro do leitor Encontro do leitor Encontro do leitor O que acontece com o mundo com um mundo com o mundo novo que agora que não conhece significativo conhece Uma leitura de Uma leitura Uma leitura de cruzamento do que apanha diálogo com o ver e do sentir, O que faz os elementos texto, por meio do exterior e do significativos, da pergunta e da interior, ou seja, sinais, referentes resposta cruzar experiências Olha, encontra, Olha, vê, interroga Como faz Olha e vê associa, reúne, e busca interioriza, vê e lê A integração do O exame da novo que se vê realidade Reconhecer e do antigo que representada, os elementos é a experiência O que importa por meio do significativos, do já visto, fusão questionamento da sinais, referentes de horizontes, busca dos porquês, ampliação de causas e motivos conhecimento Compreensão Interpretação Aplicação O que resulta VER-POR- VER-E-PENSAR VER-PENSAR-LER CONHECER 12
  • 13. O primeiro momento corresponde- do conhecimento, pela apropriação ria ao nosso nível de leitura literal, do discurso metalingüístico. no qual o leitor deverá reconhecer “ALICE descobre o espelho”. Ciên- os elementos da superfície do tex- cia Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, Bibliografia to, tais como personagens, espaço, SBPC, ano 17, n. 147, jun. 2004. tempo, dominando, evidentemente, o código da língua portuguesa. Nos BERNADET, Jean-Claude. O Que É Ci- Sites textos não verbais o leitor observará nema? São Paulo: Brasiliense, 1980. www.cineduc.gov.org.br a presença de cores ou ausência de- CARVALHO, Nelly de. Publicidade – http://www.mnemocine.com.br las, formas, texturas, ícones etc. A linguagem da sedução. São Paulo: O segundo momento corresponde- Ática, 2001. Filmes ria ao da interpretação, quando o lei- COELHO, Nely Novaes. Literatura In- A Dama de Vermelho (The Woman in tor, pelo exercício da hermenêutica, fantil – Teoria, análise e didática. São Red). Direção: Gene Wilder. Origem: dialoga com o texto. É o momento Paulo: Moderna, 2000. Estados Unidos. Duração: 87 minu- em que se faz uma leitura mais apu- FORTUNA, Felipe. Visibilidade: Ensaio tos. Tipo: Longa-metragem (1984). rada, tendo por base o horizonte sobre Imagens e Interferências. Rio de de expectativa, da primeira leitura, Janeiro: Record, 2000. correspondendo, para nós, ao nível MACHADO, Arlindo. A Arte do Ví- da leitura contextualizada, no qual o deo. São Paulo: Brasiliense, 1988. aluno deverá interpretar o texto. PAULINO, Graça. Tipos de Texto, Mo- O terceiro momento é formado dos de Leitura. Belo Horizonte: For- pelos dois precedentes, é o da re- mato Editorial, 2001. cepção efetiva do texto, quando há Salto para o Futuro: Educação do Olhar formação de julgamento estético e – Secretaria de Educação a Distância. com ele a atualização do texto. Esse Brasília: Ministério da Educação e do momento abarca dois níveis de leitu- Desporto, SEED, 1998, v. 2. ra: o nível da leitura crítica, no qual o aluno deverá apreender o discurso Revistas temático e ampliar o seu horizonte de expectativa, dialogando com outros “Mulheres do Brasil”. Revista Cláudia, textos, formadores de sua história n. 534, 2006. de leituras e que abordem o mesmo Revista Veja, edição especial, ago. tema, e o nível da metaleitura, no 2005. qual o aluno deverá ter o domínio Época, edição 488, set. 2007. 13