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Parotidite 
Vinicius Monteiro Barreto
Epidemiologia 
 O vírus é encontrado em todo o mundo. 
 O vírus é endêmico no final do inverno até o início 
da primavera. 
 Rara em países que utilizam a vacina viva 
 O vírus da caxumba foi isolado em ovos 
embrionados em 1945 e em cultura celular em 1955. 
 Estreitamente relacionado com o vírus parainfluenza
Epidemiologia 
• Na ausência de programas de 
vacinação, a infecção ocorre em 90% 
das pessoas até a idade de 15 anos. 
• Impossível o controle da disseminação 
do vírus.
Estrutura Viral 
 Único sorotipo 
 Nucleocapsídeo helicoidal 
 Envelope Pleomorfico que é facilmente inativado por 
ressecamento e acidez. 
 Rna 
 A sequência das regiões codificantes de proteína diferem para cada 
gênero. 
 Envelope contendo as proteínas virais de ligação (hemaglutinina 
neuramnidase)
Estrutura
Nucleoproteína (NP), uma fosfoproteína 
polimerase (P) e uma proteína grande 
(L). 
 L é a RNA-polimerase, a proteína P 
facilita a síntese de RNA, e a proteína 
NP ajuda a manter a estrutura 
genômica 
Proteina F 
nucleocapsídeo se associa à proteína 
matriz (M) revestindo o interior do 
envelope viral.
Diferenciação 
Atividades da 
proteína viral de 
ligação 
A HN dos vírus 
parainfluenza e 
caxumba 
possuem 
hemaglutinina e 
neuraminidase 
NANA (TRS e DS)
Mecanismo de 
contaminação
Mecanismo 
• A replicação dos paramixovírus inicia-se pela ligação da 
proteína HN, H ou G do envelope viral ao ácido siálico dos 
glicolipídeos da superfície celular. 
• virus penetra na celula atraves de fusão com a 
membrana plasmatica 
• virus tem sua replicação no citoplasma 
• A RNA polimerase é carreada para o interior da célula como 
parte do nucleocapsídeo. A transcrição, síntese de proteínas e 
replicação do genoma ocorre. 
• O genoma é transcrito em RNAs mensageiros 
(mRNAsindividuais e em uma fita de RNA completa de sentido 
positivo. Associam às proteínas L, N e NP para formar os 
nucleocapsídeos, que junto às proteínas M e em associação 
com a membrana plasmática formam glicoproteínas virais. 
• licoproteínas 
• são sintetizadas e processadas como glicoproteínas 
celulares.
Mecanismo 
Replicação
Mecanismo Replicação 
• "Replicação dos paramixovírus. O vírus se liga a 
glicolipídeos ou proteínas e ocorre a fusão na 
superfície da célula. Os RNAs mensageiros 
individuais para cada proteína e um molde 
completo são transcritos do genoma. A 
replicação ocorre no citoplasma. O 
nucleocapsídeo se associa à matriz e a 
gliproteínas modificadas da membrana 
plasmática e é liberado da célula por 
brotamento. (−), sentido negativo; (+) sentido 
positivo; RE, retículo endoplasmático; RSV, 
vírus sincicial respiratório."
"Mecanismo de replicação" 
• "Clivagem proteolítica, gerando os 
glicopeptídeos F1 e F2 A replicação dos 
paramixovírus inicia-se pela ligação da proteína 
HN, H ou G do envelope viral ao ácido siálico 
dos glicolipídeos da superfície celular.clivagem 
proteolítica, gerando os glicopeptídeos F1 e F2. 
A RNA polimerase é carreada para o interior da 
célula como parte do nucleocapsídeo. A 
transcrição, síntese de proteínas e replicação do 
genoma ocorre no citoplasma da célula 
hospedeira. O genoma é transcrito em RNAs 
mensageiros (mRNAs) individuais e em uma fita 
de RNA completa de sentido positivo. "
Sintomas 
• Dor facial 
• Febre 
• Dor de cabeça 
• Dor de garganta 
• Inchaço das glândulas parótidas 
(as maiores glândulas salivares, 
localizadas entre a orelha e a 
mandíbula) 
• Inchaço das têmporas ou da 
mandíbula (zona 
temporomandibular)
Clinica 
• A doença clínica se manifesta como uma parotidite 
quase sempre bilateral acompanhada de febre. 
• No exame oral se observa vermelhidão e inchaço do 
óstio do ducto de Stensen (parótida) 
• Pode acometer outras glaândulas epididimorquite, 
ooforite, mastite, pancreatite e tiroidite 
meningoencefalite 
• Podem ocorrer na ausência de parotidite. 
• Orquite pelo vírus da caxumba pode levar à 
esterilidade. 
• Atinge o sistema nervoso central em 
aproximadamente 50% dos pacientes 
• 10 % dos afetados podem apresentar uma meningite 
branda em 5 a cada 1.000 casos de encefalite.
Considerações 
 Causa infecção lítica nas células 
 O vírus principia a infecção nas células epiteliais do trato 
respiratório superior, infectando a glândula parótida tanto 
via ducto de Stensen ou através de viremia 
 Se propaga pela viremia por todo o corpo até os testículos, 
ovários, pâncreas, tireoide eoutros órgãos. A infecção no sistema 
nervoso central, especialmente nas meninges, ocorre em 50% 
dosinfectados(menigite branda). 
 Imunidade adquirida vitalicia 
 O vírus se dissemina de forma sistêmica por viremia.Infecções da 
glândula parótida, testículos e sistema nervoso central podem 
ocorrer.O principal sintoma é o aumento das glândulas parótidas 
como resultado de um processo inflamatório.A imunidade celular é 
essencial no controle da infecção e é responsável por alguns dos 
sintomas. A resposta por anticorpo não é suficiente por causa da 
habilidade do vírus em se disseminar de célula para célula.
Transmissão 
• Inalação de 
gotículas de 
aerossóis.
Riscos 
• Pessoas não vacinadas 
• Pessoas imunocomprometidas 
apresentam evolução para quadros 
mais graves.
Diagnóstico 
Laboratorial 
• Pode ser colhido na saliva, urina, faringe, secreções 
do ducto de Stensem (15 a 30 dias)e líquido 
cefalorraquidiano(30 dias) 
• presente na saliva(90 % 7 dias antes) e na urina por 
até 2 semanas. Cresce bem em células de rim de 
macaco, levando à formação de células gigantes 
multinucleadas. 
• A hemadsorção consequencia NH 
• Até quatro vezes no nível de anticorpo específico ou 
na detecção de anticorpo IgM específico para 
caxumba indica uma infecção ativa. 
• Imunoenzimáticos, testes de imunofluorescência e
Controle 
• Vacina viva 
e atenuada 
(variante 
Jeryl Lynn) 
componente 
da vacina 
MMR. 
• administraç 
ão como 
parte da 
vacina 
MMR, a 
incidência 
anual da
Casos 
Clínicos
2. Paciente do sexo masculino, 23 anos de idade, caucasiano, estava com 
queixa principal de inchaço e dor na região da glândula parótida direita. A 
anamnese revelou uma condição saudável, sem nenhuma história de 
doença sistêmica, sem fazer qualquer uso de medicação ou drogas e o 
paciente informou que duas noites antes, tinha começado a sentir dor à 
palpação na região de ângulo da mandíbula direita e o mesmo 
apresentava-se com dificuldade para abertura total da boca. Não havia 
história de trauma direto na área. A dor intensa associada com o inchaço na 
região e a presença de trismo levou o paciente a procura do tratamento. Ao 
exame físico extra-oral o paciente apresentava- se com um aumento 
eritematoso da glândula parótida direita, com ausência de linfonodos 
infartados na cadeia submandibular, a bochecha estava endurecida, 
quente e inchada e a função do nervo facial estava normal bilateralmente 
(Figura. 1). O exame intra-oral demonstrou que o paciente apresentava-se 
com obstrução do ducto da glândula parótida, evidenciado por meio da 
diminuição do fluxo salivar, caracterizado por um quadro leve de 
xerostomia, com uma boa higiene oral e com ausencia de descarga de pus 
por meio do ducto de Stensen. Resultados do hemograma para contagem 
de leucócitos e plaquetas demonstraram valores normais assim como para 
hemoglobina 15,9 g / dL e hematócrito 47,6%.
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Parotidite: revisão sobre o vírus da caxumba

  • 2. Epidemiologia  O vírus é encontrado em todo o mundo.  O vírus é endêmico no final do inverno até o início da primavera.  Rara em países que utilizam a vacina viva  O vírus da caxumba foi isolado em ovos embrionados em 1945 e em cultura celular em 1955.  Estreitamente relacionado com o vírus parainfluenza
  • 3. Epidemiologia • Na ausência de programas de vacinação, a infecção ocorre em 90% das pessoas até a idade de 15 anos. • Impossível o controle da disseminação do vírus.
  • 4. Estrutura Viral  Único sorotipo  Nucleocapsídeo helicoidal  Envelope Pleomorfico que é facilmente inativado por ressecamento e acidez.  Rna  A sequência das regiões codificantes de proteína diferem para cada gênero.  Envelope contendo as proteínas virais de ligação (hemaglutinina neuramnidase)
  • 6. Nucleoproteína (NP), uma fosfoproteína polimerase (P) e uma proteína grande (L).  L é a RNA-polimerase, a proteína P facilita a síntese de RNA, e a proteína NP ajuda a manter a estrutura genômica Proteina F nucleocapsídeo se associa à proteína matriz (M) revestindo o interior do envelope viral.
  • 7. Diferenciação Atividades da proteína viral de ligação A HN dos vírus parainfluenza e caxumba possuem hemaglutinina e neuraminidase NANA (TRS e DS)
  • 9. Mecanismo • A replicação dos paramixovírus inicia-se pela ligação da proteína HN, H ou G do envelope viral ao ácido siálico dos glicolipídeos da superfície celular. • virus penetra na celula atraves de fusão com a membrana plasmatica • virus tem sua replicação no citoplasma • A RNA polimerase é carreada para o interior da célula como parte do nucleocapsídeo. A transcrição, síntese de proteínas e replicação do genoma ocorre. • O genoma é transcrito em RNAs mensageiros (mRNAsindividuais e em uma fita de RNA completa de sentido positivo. Associam às proteínas L, N e NP para formar os nucleocapsídeos, que junto às proteínas M e em associação com a membrana plasmática formam glicoproteínas virais. • licoproteínas • são sintetizadas e processadas como glicoproteínas celulares.
  • 11. Mecanismo Replicação • "Replicação dos paramixovírus. O vírus se liga a glicolipídeos ou proteínas e ocorre a fusão na superfície da célula. Os RNAs mensageiros individuais para cada proteína e um molde completo são transcritos do genoma. A replicação ocorre no citoplasma. O nucleocapsídeo se associa à matriz e a gliproteínas modificadas da membrana plasmática e é liberado da célula por brotamento. (−), sentido negativo; (+) sentido positivo; RE, retículo endoplasmático; RSV, vírus sincicial respiratório."
  • 12. "Mecanismo de replicação" • "Clivagem proteolítica, gerando os glicopeptídeos F1 e F2 A replicação dos paramixovírus inicia-se pela ligação da proteína HN, H ou G do envelope viral ao ácido siálico dos glicolipídeos da superfície celular.clivagem proteolítica, gerando os glicopeptídeos F1 e F2. A RNA polimerase é carreada para o interior da célula como parte do nucleocapsídeo. A transcrição, síntese de proteínas e replicação do genoma ocorre no citoplasma da célula hospedeira. O genoma é transcrito em RNAs mensageiros (mRNAs) individuais e em uma fita de RNA completa de sentido positivo. "
  • 13.
  • 14. Sintomas • Dor facial • Febre • Dor de cabeça • Dor de garganta • Inchaço das glândulas parótidas (as maiores glândulas salivares, localizadas entre a orelha e a mandíbula) • Inchaço das têmporas ou da mandíbula (zona temporomandibular)
  • 15. Clinica • A doença clínica se manifesta como uma parotidite quase sempre bilateral acompanhada de febre. • No exame oral se observa vermelhidão e inchaço do óstio do ducto de Stensen (parótida) • Pode acometer outras glaândulas epididimorquite, ooforite, mastite, pancreatite e tiroidite meningoencefalite • Podem ocorrer na ausência de parotidite. • Orquite pelo vírus da caxumba pode levar à esterilidade. • Atinge o sistema nervoso central em aproximadamente 50% dos pacientes • 10 % dos afetados podem apresentar uma meningite branda em 5 a cada 1.000 casos de encefalite.
  • 16. Considerações  Causa infecção lítica nas células  O vírus principia a infecção nas células epiteliais do trato respiratório superior, infectando a glândula parótida tanto via ducto de Stensen ou através de viremia  Se propaga pela viremia por todo o corpo até os testículos, ovários, pâncreas, tireoide eoutros órgãos. A infecção no sistema nervoso central, especialmente nas meninges, ocorre em 50% dosinfectados(menigite branda).  Imunidade adquirida vitalicia  O vírus se dissemina de forma sistêmica por viremia.Infecções da glândula parótida, testículos e sistema nervoso central podem ocorrer.O principal sintoma é o aumento das glândulas parótidas como resultado de um processo inflamatório.A imunidade celular é essencial no controle da infecção e é responsável por alguns dos sintomas. A resposta por anticorpo não é suficiente por causa da habilidade do vírus em se disseminar de célula para célula.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Transmissão • Inalação de gotículas de aerossóis.
  • 21. Riscos • Pessoas não vacinadas • Pessoas imunocomprometidas apresentam evolução para quadros mais graves.
  • 22. Diagnóstico Laboratorial • Pode ser colhido na saliva, urina, faringe, secreções do ducto de Stensem (15 a 30 dias)e líquido cefalorraquidiano(30 dias) • presente na saliva(90 % 7 dias antes) e na urina por até 2 semanas. Cresce bem em células de rim de macaco, levando à formação de células gigantes multinucleadas. • A hemadsorção consequencia NH • Até quatro vezes no nível de anticorpo específico ou na detecção de anticorpo IgM específico para caxumba indica uma infecção ativa. • Imunoenzimáticos, testes de imunofluorescência e
  • 23.
  • 24. Controle • Vacina viva e atenuada (variante Jeryl Lynn) componente da vacina MMR. • administraç ão como parte da vacina MMR, a incidência anual da
  • 26. 2. Paciente do sexo masculino, 23 anos de idade, caucasiano, estava com queixa principal de inchaço e dor na região da glândula parótida direita. A anamnese revelou uma condição saudável, sem nenhuma história de doença sistêmica, sem fazer qualquer uso de medicação ou drogas e o paciente informou que duas noites antes, tinha começado a sentir dor à palpação na região de ângulo da mandíbula direita e o mesmo apresentava-se com dificuldade para abertura total da boca. Não havia história de trauma direto na área. A dor intensa associada com o inchaço na região e a presença de trismo levou o paciente a procura do tratamento. Ao exame físico extra-oral o paciente apresentava- se com um aumento eritematoso da glândula parótida direita, com ausência de linfonodos infartados na cadeia submandibular, a bochecha estava endurecida, quente e inchada e a função do nervo facial estava normal bilateralmente (Figura. 1). O exame intra-oral demonstrou que o paciente apresentava-se com obstrução do ducto da glândula parótida, evidenciado por meio da diminuição do fluxo salivar, caracterizado por um quadro leve de xerostomia, com uma boa higiene oral e com ausencia de descarga de pus por meio do ducto de Stensen. Resultados do hemograma para contagem de leucócitos e plaquetas demonstraram valores normais assim como para hemoglobina 15,9 g / dL e hematócrito 47,6%.