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Breve Histórico dos Assentamentos e Povoados de
Parauapebas / Pará
Org. pesq. Adilson Motta, 2012
Os conteúdos abaixo foram resgatados pelos alunos das escolas do Município
de Parauapebas sob a orientação de professores nas 7ª e 8ª séries. Alunos
pesquisadores: Francisca Amélia, Lucirreis, Edilane, Nadson, Dionatan, Álvaro,
Kamila, Maria de Jesus, Maria das Graças, Milca e Ronne Charles.
ASSENTAMENTO CARLOS FONSECA
Em 1991, a Fazenda Carajás foi ocupada por dois grupos de sem-terras,
sendo um grupo do assentamento Palmares I e o outro fazia parte de uma
associação já existente.
Houve um grande conflito entre os dois grupos que lutavam pela terra e foram
assassinados dois líderes do Assentamento Palmares I. Pôde-se constatar que
esses dois trabalhadores foram vítimas da crueldade do destino na luta pela terra.
E em homenagem aos líderes Carlos e Fonseca hoje tem o P.A. Carlos Fonseca.
Quando houve esse conflito as terras ainda não tinham sido demarcadas pelo
INCRA, fato que só aconteceu no ano de 2001.
O motivo pelo qual a Fazenda Carajás que também era conhecida por Grupo
Paragominas, foi desapropriada porque somente 300 alqueires estavam
regularizados e 900 alqueires não estavam regularizados. Em relação a
contribuição ITR (Imposto Territorial Rural). Hoje onde era a sede da Fazenda
Carajás funciona a escola 18 de outubro.
ASSENTAMENTO NOVA JERUSALÉM
A história desse assentamento começou em outubro de 1999 com 300
famílias acampadas na Fazenda Nova Conquista, tendo como líder o Sr. José
Mauro. Os sem-terra passaram lá dois meses, sendo que em 11 de dezembro foram
remanejados para a Fazenda Baiana, que se encontra a 32 km da cidade de
Parauapebas, mas a área pertence ao município de Marabá.
. Desse modo, foram divididos em três acampamentos, uns ficaram na Fazenda
Boa Sorte, e outros na Fazenda do proprietário Sr. Mauro Lima; sendo que na
fazenda Baiana ficaram 100 famílias, Mas essa área era pequena para assentar
essas famílias.
O líder (José) deixou essas famílias abandonadas sem nenhuma condição de
sobrevivência, até o INCRA enviar cestas básicas para essas famílias, muitos
desistiram e as famílias que ali residiam decidiram formar outra associação,
elegendo outro presidente, o Sr. Luís Salomé de França que registrou a associação
como APTRAS PA.
Enquanto o líder lutava para negociar a desapropriação dessa área, muitos
ficaram no acampamento, pois não tinham residência em Parauapebas. Outros
vinham nos finais de semana e alguns ficavam revezando no acampamento.
No acampamento residia um senhor popularmente chamado João Bigode
que passou a implicar com os associados, que só vinham no final de semana. Pois
ele queria formar outra associação com outras famílias, com isto ele pretendia dividir
essa área em dois assentamentos. No entanto, seu desejo causou discórdia
gerando alguns conflitos, mas Salomé acionou o INCRA que veio e deu uma
oportunidade para o Sr. João Bigode se ajuntar aos outros sócios. No entanto, ele
não concordou, pois alegara que a área era dele – porque residia ali e não abria
mão dessa área. Com tudo isso, o INCRA não teve outra solução a não ser acionar
a Polícia Federal, retirando-os dessa área. Ficaram somente 42 famílias e o INCRA
fez o sorteio dos lotes no dia 17 de maio de 2003.
ASSENTAMENTO UNIÃO DA VITÓRIA
A história da comunidade União da Vitória iniciou-se no dia 22 de dezembro de 2000,
às vésperas do natal do mesmo ano. Nesta data essas famílias não tinham morar,
então resolveram unir-se em busca de seus sonhos, o qual era adquirir suas próprias
terras e dela garantir a existência e a sobrevivência de suas respectivas famílias,
onde as mesmas ocuparam uma área que pertencia a Reforma Agrária. Nos
primeiros dias eles se alojaram no curral. Nesse período eles sobreviviam de diárias
para os colonos vizinhos, enquanto aguardavam o processo da reforma agrária ser
concluído.
Enquanto isso, alguns pais e seus filhos frequentavam às aulas na escola
Santa Tereza que foi construída nas proximidades da área ocupada. A comunidade
decretou um prazo de 15 dias para que trabalhassem fora da área e em retorno
trabalhavam em suas pequenas lavouras, onde plantaram arroz, feijão, milho,
mandioca, abóbora, banana e outros alimentos perecíveis.
No ano de 200, aproximadamente no mês de setembro, as famílias tiveram
que desocupar a área, deixando assim para trás todo seu trabalho desenvolvido e
ficaram acampados às margens do rio Gameleira no P.A. Valentim da Serra.
Com este episódio, a comunidade ficou sem frequentar a escola por um
tempo. Após o período de aproximadamente dois anos e meio as famílias
retornaram para as áreas onde tinham sido despejadas; e em março de 200
constituíram novamente o acampamento às margens da estrada de acesso ao
Itacaiúnas. Após essa data iniciou-se o processo de negociação da terra. As famílias
combinaram a aquisição da área pelo INCRA, constituindo o P.A. União da Vitória.
Hoje esta comunidade que tanto lutou sem desistir dos seus objetivos para viver em
harmonia encontra-se com todos em seus respectivos trabalhos agrícolas.
Sobrevivem da cultura de subsistência de suas pequenas atividades e criações de
animais. Um dos principais produtos agrícolas são banana, milho, mandioca,
abóbora, etc.
Atualmente o assentamento União da Vitória recebeu visita do INCRA e fez a
negociação tornando-se legal os lotes de cada assentados.
ASSENTAMENTO ARAÇATUBA
No início as pessoas deste local viviam em assentamento esperando o
governo liberar as terras, mas o governo demorou muito, então o povo resolveu
invadir a fazenda Carajás e demarcaram seus lotes. Então o INCRA deixou que
cada pessoa ficasse em seus lotes. E ali houve uma conquista. Muitas pessoas
venderam seus lotes e foram embora para a cidade, mais ou menos 50% dos lotes
foram vendidos baratos para outros que se estabeleceram. Não existia estrada de
acesso e as pessoas tinham que carregar as coisas nas costas, subindo uma ladeira
enorme. Depois de um ano os tratores de madeireiros fizeram e estrada. Mais tarde
a prefeitura arrumou as estradas e fez uma escola de madeira e sem piso, com as
séries de pré-escola até 4ª série, no ano de 2005foi feita uma escola um pouco
melhor. Também em 2005 o governo concedeu projetos para agricultores que a
partir daí, conseguiram ter suas vaquinhas para tirar leite e ter uma vida melhor.
Hoje o assentamento possui energia elétrica, televisão, geladeiras e outros
eletrodomésticos.
ASSENTAMENTO VALENTIM SERRA
Em 1998 os trabalhadores rurais “sem-terra” saíram da fazenda Bamerindus, sendo
remanejados para Fazenda São Judas, tendo como ex-proprietário Marcos Corrêa,
nesta fazenda uns quatro anos até se tornar um P.A. Depois de ter se tornado um
P.A., a fazenda não foi mais chamada São Judas e passou a se chamar Valentin
Serra, pois Valentim Serra foi um grande líder do movimento. Esse nome foi
escolhido pela comunidade e pelo presidente da associação que na época era
“Mazinho”.
Houve um conflito na fazenda, depois de ter se tornado um P.A., o ex-
presidente Mazinho não veio a falecer mas ficou com uma bala nas costas, ele
mesmo afirma: “Se tirar a bala ou ficar com ela por muito tempo, morre”.
Hoje existe duas associações e dois presidentes: o Sr. Raimundo Nonato e
o Sr. Manoel Marinho. As associações são: AGRIFVS(Associação dos Agricultores
e Agriculturas Familiares do Projeto de Assentamento Valentim Serra) e APAAVAS
(Associação dos Agricultores e Agricultores e Agriculturas do Projeto Valentim
Serra). Hoje, muitas pessoas são beneficiadas por vários projetos e programas
como:
 Fomento,
 Projeto de Gado
 Maracujá.
ACAMPAMENTO TAPETE VERDE
Aos 22 do corrente ano foi feito um relatório sobre o acampamento tapete
verde que surgiu em 1999. O nome do proprietário da fazenda é o Sr. Valdenor
Rodrigues do Vale. Os sem-terra invadiram a fazenda Tapete Verde em 1999.
Houve um despejo em 2002, na qual o Senhor Proprietário fez um trato com os sem-
terra, se ele tirasse o título da terra os invasores poderiam ficar na terra quando
quisesse. Depois o mesmo tirou o documento da terra e despejou todos. Os que
tinham casa foram para casa e os que não foram para casa ficaram nas terras
alheias.
Houve um conflito porque o presidente não ficou firme em seu propósito,
traindo o grupo. Assim muitos comentam que se vendeu e foi embora com o dinheiro.
Em 2003, foram morar na terra do Sr. Jonas e ficaram lá até 2005, foi quando
venceu o trato de ficar na terra. Houve outro despejo e todos foram ficar na CECAP
por um mês. Depois invadiram a sede da Fazenda Tapete Verde e acamparam lá;
fizeram um acampamento próximo a fazenda onde hoje vivem.
ASSENTAMENTO GAMELEIRA
No ano de 1997, o Dr. Lau, proprietário da fazenda Gameleira-Açú precisou
vender sua fazenda para o INCRA, devido a má administração de seu sobrinho
Márcio. Nessa mesma época houve uma invasão, mas de forma pacífica, pois
esperaram a desapropriação.
A fazenda Gameleira se limita com o rio Gameleira de um lado, do outro a
fazenda Raineli Sartório, do outro florestas e áreas de proteção ambiental e a última
divisa é com Auto-Bonito e Terra-Rocha. Depois da desapropriação esse P.A. teve
como primeiro presidente o Sr. José, conhecido como Zezinho, depois Valdeci e
atualmente é o Sr. Floriano e o Sr. Oséias. Gameleira é um bom lugar e
precisaapenas de melhorias e mais atenção.
GARIMPO DAS PEDRAS
Localizado nos limites geográficos de Marabá, a 60 Km do centro de
Parauapebas, foi descoberto há 27 anos por garimpeiros da região. De lá para
cá, as jazidas tem produzido e comercializado milhares e milhares de toneladas
de pedras de ametistas para o Brasil e o mundo, tornando-se, segundo Waldir
Silva (Jornal Correio Tocantins, 15/11/2010), a segunda maior jazida do mundo,
em termo de quantidade de reserva.Além da ametista, é extraído também pedras
preciosas como topázio, citrine, quartzo e cristal translúcido.
A vila conta com escola, posto de saúde, destacamento da Polícia Militar,
supermercados, igrejas, energia elétrica, associação de moradores, farmácia e
até pista para pouso e decolagem de pequenas aeronaves.
É um lugar onde homens procuram pedras preciosas em minas de 140
metros de profundidade para conseguirem dali, sustento para suas famílias, para
alguns é apenas paixão pela arte de garimpar, realizando atividades mesmo
sabendo que correm riscos. Em Garimpo das Pedras são 4.000 pessoas que
trabalham diretamente na extração de pedras preciosas, e as mesmas quando
retiradas da Mina até chegar ao ponto de serem comercializadas, passam por
fases chamadas: produção, preparo e lapidação para chegar ao seu ponto final,
que é confecção de jóias. As preciosidades do Garimpo das Pedras também são
exportadas para China e lugares que também dão total valores altos por peças
com pedras.
O Garimpo das Pedras não é só o lugar das pedras preciosas, mas
também um “paraíso”, onde a natureza é pura com uma paisagem exuberante,
piscina de água natural quente, sendo local que tem atraído inúmeros turistas.
Muitas pessoas que já trabalhavam em outros garimpos hoje dão
preferência ao Garimpo das Pedras por ser um lugar que oferece inúmeras
oportunidades e uma condição de vida diferente do que é encontrada em outros
garimpos.
CESSÃO DA ÁREA
Em seu depoimento (em Jornal Correio do Tocantins), Elza Miranda conta que, após a
descoberta das jazidas de ametista na fazenda Miranda, a família Miranda administrava com
exclusividade toda produção do minério. Algum tempo depois, para dar legalidade jurídica
à exploração das jazidas, foi celebrado um termo de cessão gratuita de uso por tempo
indeterminado de uma área de 240 alqueires com a Cooperativa dos Produtores de Gema do
Sul do Pará (Coopergemas), criada pelos próprios garimpeiros da Vila.
A partir daí, a exploração das pedras passou a ser controlada pela cooperativa, que dá origem
ao produto, emitindo nota fiscal para saída do minério e descontando 6% do valor
comercializado. A família Miranda explora uma mina com seis trabalhadores com direito a
100% da produção.
A produção, que chega até 100 toneladas de pedras semipreciosas por mês, é toda
comercializada no próprio garimpo. Os maiores compradores são da Bahia e de Minas Gerais.
“Alguns clientes diretamente da China, que não sabem nem falar a língua portuguesa, vem
também comprar pedras aqui na Vila com intérpretes”, (Revela a garimpeira na reportagem).
Elza Miranda cita que, quando era deputada, chegou a levar o então governador Almir Gabriel
ao garimpo, e ele viu a necessidade de implantar na vila uma escola de lapidação de pedra,
com o objetivo de gerar emprego e renda, “mas esbarramos na falta de mão-de-obra
qualificada para instruir a comunidade. A ideia continua de pé”.
A comunidade, segundo a reportagem, conta hoje (2010) com uma população aproximada de
quatro mil habitantes que vivem em duas vilas: a de baixo e a de cima, e todos os adultos
vivem em função do minério.
De acordo com a ex-deputada estadual Elza Miranda (apud Correio do Tocantins, 10/2010),
a família dela adquiriu a propriedade rural em 1975, sem saber da existência das reservas em
subsolo de ametista. Em 1983, por acaso, alguns garimpeiros acostumados com a exploração
de pedras semipreciosas descobriram a jazida de ametista, considerada a segunda maior do
mundo, em termo de quantidade de reserva, só perdendo para a África. Na reportagem, Elza
Miranda explica que a extração da pedra é subterrânea, em túneis verticais, perpendiculares
e horizontais com extensão que vão até 300 metros de profundidade. No entanto, a ametista
começou a ser descoberta à flor da terra.
Apesar de se localizar na área geográfica pertencente a Marabá, a população de
Garimpo das Pedras é eleitora de Parauapebas e as escolas funcionam na mesma dependência
- devido às condições geográficas e de acesso.
Garimpo das Pedras
Piscina térmica
Nascente que jorra água com 40 graus de temperatura, rica em potássio,
própria para o consumo.
Ametistas cristalFonte:: Ascom, 2009
História de Vila Cedere – I
Vila Cedere I está localizada a leste de Parauapebas, a 25 km da sede. E foi lá onde nasceu
Parauapebas.
A sua história está ligada ao contexto da descoberta das jazidas minerais de Carajás, dando-
se em seguida a implantação do Grande Projeto Carajás, que por causa da exploração do
minério, havia a necessidade de se formar uma infraestrutura capaz de satisfazer as condições
mínimas aos trabalhadores do mesmo.
Para que tudo isso funcionasse foi montada também uma estrutura de produção agrícola,
sendo que ao redor da área do projeto, foram desapropriadas as fazendas, re-marcadas e
entregues aos colonos. Na verdade essa proposta viria atender a dois interesses: o da
Companhia que teria suas reservas protegidas dos aventureiros principalmente garimpeiros,
visto que havia abundância aurífera na região. O interesse do governo federal em atender os
fazendeiros principalmente da região do Bico-do-Papagaio, atual estado do Tocantins, onde
havia conflitos entre posseiros e fazendeiros pela posse da terra.
O governo federal no momento, já em seu crepúsculo, Figueiredo, (e, portanto, do
regime militar) desenvolveu um projeto de colonização no Sudeste do Pará. Na região foram
implantados três Centros de Desenvolvimento Regional (CEDERE). A primeira área a ser
ocupada (1983) foi a do Cedere I (oficialmente, PA Carajás 3), no entroncamento de duas
VSs, que atualmente está no município de Parauapebas. Era ali que ficavam os técnicos
que dariam suporte aos demais, além do “almoxarifado para distribuir ferramenta para o
pessoal: distribuir alguns alimentos. Depósito de madeira pra construção das casas dos
colonos”, (Valdivino, R. Prado, apud Diagonal, 2008).
Em 1982, na tentativa de diminuir os conflitos de posse de terras e realizar a reforma agrária,
o Governo Federal, por meio do Grupo Executivo das Terras do Araguaia- Tocantins – Getat,
implantou o projeto de assentamento Carajás na região Sudeste do Pará. E assim foram
assentados 1.555 famílias de colonos imigrantes vindos, principalmente, dos Estados do
Maranhão, Tocantins e Goiás. (LIMA, 2003, p.17,- apud Diagonal, 2007).
Para melhor controle, a área foi dividida em Glebas: Gleba Carajás I, Gleba Carajás II e Gleba
Verde Carajás III, em cada área havia uma vila denominada de “CEDERES” (Centro de
Desenvolvimento Regional). Na Vila de CEDERE I foram assentadas aproximadamente 550
famílias.
Com a chegada dessas famílias houve a necessidade de construir escolas, tanto na Vila como
nas vicinais por causa da distância entre a Vila e Vicinais. Na VS Escola Getúlio Vargas e
Escola José de Alencar; VS 13 Escola Augusto Dias, VS 14 Escola Criança Feliz, VP 03 -
Perpétua Fernandes, e CEDERE I, Escola Antonio Vilhena, todas fundada em 1983.
No ano de 2000 houve a nucleação onde todos os alunos das escolas das Vicinais citadas
acima, que eram atendidos em turmas multisseriadas, passaram a ser atendidos na escola
Antonio Vilhena utilizando transporte escolar, por ser uma escola mais estruturada, a
começar por ter energia elétrica, ser a maior e estar localizada em uma vila.
A escola Antonio Vilhena tem uma estrutura considerável, se comparada às demais escolas
do campo. No entanto, percebemos que ainda há muito que fazer para melhorar a educação.
Além de termos turmas que abrangem: Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA, temos
também alguns projetos que vêm contribuindo com a formação de nossos educandos tais
como: Laboratório de Informática, Sala de Leitura, Reforço e SAPE.
Para atender as necessidades orgânicas e Pedagógicas da Escola Antonio Vilhena, trabalham
36 funcionários distribuídos da seguinte forma: 4 vigias; 2 merendeiras; 5 ASG; 3 Auxiliar
Administrativo; 1 diretor; 1 secretária ; 2 Coordenador Pedagógico. Há 17 professores que
atuam nas modalidades de Educação Infantil; 1º e 2º ciclo; 5ª a 8ª séries, EJA; Sala de Leitura;
Sala de Informática, SAPE (Sala de Apoio Pedagógico). A escola trabalha com 03 turnos,
matutino, vespertino e noturno. O espaço físico possui 22 dependências e já está previsto para
ampliação da mesma. Infelizmente, o alunado local que termina o Ensino Fundamental ainda
não tem oferecido o Ensino Médio – nem modular nem regular.
TABELA – VILA CEDERE- I
DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE
FAMÍLIAS 93
POPULAÇÃO 392
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS
AGROPECUÁRIA
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
COMERCIANTES
DIARISTAS / APOSENTADORIA
Fonte: Professor Lindomar, 2008.
ASSENTAMENTO ONALÍCIO BARROS
O Assentamento Onalício Barros está localizado a leste de Parauapebas, distando 32 km
da sede e possui uma estimativa de 200 famílias. Esse Assentamento surgiu a partir da
necessidade do homem do campo sem terra por terra, entregue a um modelo de reforma
agrária que espera a iniciativa abrupta – movida pela necessidade do cidadão que o impele à
luta, confronto e risco. Após invasões e incidentes como o que ocorreu com Onalício Araújo
Barros, conhecido como Fusquinha, Valentin Serra, o Doutor e muitos outros que
aconteceram e possivelmente acontecerão. O que leva a esses pressupostos, é a “crua”
impunidade e absurdos indicadores que o Pará, “Terra de Lei” ostenta para o Brasil e o
mundo. A título de confirmação, as cadeias da região Sul do Pará são constantes fugas e,
segundo a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, nos últimos 33 anos, no estado do
Pará, houve 772 assassinatos de trabalhadores rurais, eram homens que trabalhavam para o
sustento da nação. Somente três casos foram julgados, e desses, quase todos respondem em
liberdade.
O assassinato de Fusquinha e Doutor ocorreu no dia 14 de março de 1998 em torno de
quinhentas famílias que ocuparam a fazenda Goiás II, em Parauapebas/PA. Diante das
ameaças constantes de pistoleiros, as famílias resolveram desocupar a fazenda.
No dia 26 de março as famílias transferiram o acampamento para uma área próxima ao
assentamento Carajás e, durante a mudança, segundo CLOC (Coordinadora de
Organizaciones Del Campo, 22/03/2006) no documentário Campanha “10 anos de Eldorado
dos Carajás”, foram emboscados pelos fazendeiros, pistoleiros e policiais militares. No
Construção de 20 metros de
ponte. Projeto do governo
federal. Abril de 2008.
FONTE: Professor Lindomar Morais Araújo – Presidente da Associação de
Moradores do CEDERE- I.
ataque, duas lideranças foram mortas: Onalício Araújo Barros, conhecido como Fusquinha, e
Valentin Serra, o Doutor. Logo após o sepultamento dos dois, as famílias reocuparam a
fazenda, e finalmente foram assentadas. Ao Assentamento deram o nome de Onalício Barros
e Valentin Serra. Em homenagem as duas lideranças, do movimento MST na região, em 26
de março de 1999, integrantes do MST ocuparam o escritório do INCRA em Marabá.
Segundo Charles Trocate, do MST, conta que a organização já matem, na prática um
assentamento com mais de 200 famílias, por conta própria, há cerca de três anos.
Apesar de certas conquistas ede já existir um sistema de eletrificação e de água implantado
no povoado - ainda há muito a se conquistar: todo alunado desta comunidade estuda em
Cedere I, ou seja, ainda não existe escola na comunidade. U m único ônibus faz linha de
segunda a sábado de Onalício Barros a Parauapebas.
As casas em Onalício Barros são espalhadas. Não sendo emendadas (adjuntas) como ocorre
na zona urbana ou em outras comunidades.
VILAPALMARES II
Vila Palmares II surgiu como área de assentamento, hoje continua recebendo
um alto número de migrantes de outros estados tanto quanto a sede municipal.
A comunidade, no princípio de sua história surgiu como assentamento no ano
de 1994, quando se deu a 1ª ocupação da Vale no Cinturão Verde. Foi um
assentamento organizado pelo MST - o qual até hoje ali exerce ação política.
No entanto, o projeto de assentamento só ocorreu no início de 1996 através do
INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Palmares I e II
apresentam um total de 850 famílias assentadas pelo INCRA (só Palmares II
tem 517 famílias assentadas). A história da comunidade está intimamente
ligada à ação política e histórica do MST, que desempenha um importante papel
de movimento social em prol dos oprimidos, desassistidos e sem-teto. Palmares
é tida como o principal foco de ação do MST na região, para alguns, é tida como
o “quartel”.
Atualmente (2013) o povoado apresenta a estimativa de 5.000 (cinco mil)
habitantes e sua distância à sede municipal é de 22 km.
Fonte: Adilson Motta
Praça pública próximo à escola onde à noite a juventude se encontra.
Centro do povoado
Palmares.
Escola Crescendo na Prática
A escolha de diretor na escola
Crescendo na Prática já virou tradição,
e é uma experiência que deu certo: é
feita através de eleição, em cuja
votação participam alunos e
comunidade assentada. Os não -
assentados, só se forem pais de alunos
que ali frequentam.
Fonte: Adilson Motta
COLÔNIA PAULO FONTELES
A Colônia Paulo Fonteles que antes recebeu o nome de Jader Barbalho teve
início de sua colonização nos anos 80. Possui uma área de aproximadamente 60
km² ficando ao Norte da cidade de Parauapebas, distando deste cerca de 45 km.
Está composta por três sub-regiões principais: Santa Cruz Vila Paulo Fonteles,
Vilinha e Vila Sanção.
Aproximadamente 75% da região é composta por cultura permanente, 12%
de reservas florestais. Apresenta uma hidrografia muito rica cortada por rios e
igarapés diversos, entre eles temos : Igarapé Gelado, O Rio Piabinha , Corazul,
Rio Itacaiúnas, entre outros. Apresenta relevo um pouco diversificado com áreas
de pequenas planícies, montanhas, morros e pequenos vales. Tem um clima
agradável.
População:
É formada por uma população muito diversificada oriundos de várias partes do
Brasil como: Maranhão, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí entre outros, que
fazem da região grande, nos aspectos sociocultural, destacando assim várias
culturas e diversidades de costumes, crenças e dialetos.
Economia e Produção:
A economia da região está baseada principalmente na agricultura, onde são
cultivados diversos produtos como: coco, cupuaçu, banana, abacaxi, açaí e
castanha-do-pará (árvore nativa da região) entre outras. Além da cultura do ciclo
curto como: arroz, feijão, mandioca, melancia e milho. A pecuária também está
sendo muito bem difundida na região em pequenas e médias propriedades. A
produção vai além com a fabricação dos derivados do leite como queijo, requeijão e
de polpa de frutas. Grande parte da produção é distribuída e vendida na cidade de
Parauapebas na Feira do Agricultor direto ao consumidor. Dispõe também de
pequenas barragens que fomenta a piscicultura , atividade que vem ganhando
destaque na economia local, além da horticultura que recebe destaque na produção
de verduras e hortaliças.
Educação:
Implantação do asfalto em outubro de 2008, uma parceria entre
governo federal, estado e município.
O que era só promessa, se tornou realidade.
A região possui diversas escolas que estão distribuídas no seu território de
abrangência sendo três escolas Pólos: Gonçalves Dias (Zé Rodrigues), Monteiro
Lobato (Vilinha) e Alegria do Saber (Vila Sanção) e diversas escolas anexas
espalhadas em pontos estratégicos da região. Atendendo educação infantil, ensino
fundamental, Ensino Médio (Vila Sanção) e EJA.
FORMAÇÃO HISTÓRICA DO POVOADO VILA SANÇÃO
O povoado atualmente conhecido por Vila Sanção no
princípio de sua história foi colonizado por migrantes nordestinos
em grande maioria oriunda do Estado do Maranhão, somando -se
a população paraense que já vivia na região . No entanto, segundo
as pesquisas, existe também um número menor e diverso de
pessoas que migraram de outros estados como: Tocantins, Goiás,
Mato Grosso, Bahia. A área que abrange Vila
Sanção/Parauapebas era tida como um “cinturão verde” ou área
de preservação ambiental – como pretensão da Vale.
A data de fundação de Vila Sanção é em 5 de março de
1993, tendo como pedra angular a data de fundação da escola
Alegria do Saber, que é base de todo um processo social e
histórico da comunidade.
Sendo extensas áreas de terras cobertas de matas e
devolutas, não existia demarcação. As demarcações só iniciaram
em 1998.
Na pretensão de domínio da área tida como devoluta
estavam Grupo Miranda, o Japonês e a CVRD que já exercia
pressão de domínio informal em extensa s áreas a ponto de impedir
o acesso e grilagem nas terras, tidas como devolutas, mas da
União, ou seja, do povo brasileiro. Houve conflitos, e posseiros
chegaram a ser presos e a intervenção dos deputados Ademir
Andrade (federal), Paulo Fonteles e João Bat ista (estaduais) em
soltá-los e intervir na questão a favor dos “sem terras”.
Entra em cena o governo do estado Jader Barbalho fazendo
a doação de lotes de terras de 50 hectares com títulos através do
ITERPA (Instituto de Terras do Pará). Mas nã o deu condições de
que estes posseiros ou agricultores se ma ntivessem nas terras.
As consequências foram: a maioria teve que vender as terras
baratas para fazendeiros que se beneficiavam com a “situação”.
Segundo relatos, houve casos de posseiros que vende ram seus
lotes de terras por “livre pressão” a fazendeiros que se
interessavam pela posse das terras. Hoje, segundo Severino
(Nilson) do Bar, menos de 10% dos colonos da época ainda
possuem títulos de terra na região. Alguns venderam a latifúndios
maiores que se tornaram grandes fazendas.
Antes dessa extensa área de terras passar para a posse de
fazendeiros e posseiros, era conhecida por Colônia Jader
Barbalho (então governador do Estado naquele momento)
mudando em seguida para Colônia Paulo F onteles.
O nome Vila Sanção foi em homenagem ao fundador e líder
político Odilon Rocha de Sanção.
O processo de formação histórica do povoado se deu com a
participação de pessoas influentes da região como Odilon Rocha
de Sanção e Nilson, comerciante e comunidade. Mesmo antes de
se eleger a vereador, Odilon já dava sua participação e
colaboração no processo de formação e desenvolvimento do
povoado. No princípio da história do povoado, a construção da 1ª
escola e posto de saúde foram fei tos em regime de mutirão. Ou
seja: com a participação da comunidade, que contribuía com mão -
de-obra e matéria-prima.
Odilon entrou na política em Parauapebas em 1º de Janeiro de
1993 (quando teve início seu 1º mandato na vereança do
Município).
No segundo mandato, d o ano de 1997, Odilon Rocha de
Sanção contratou agrimensor e fez a divisão e doação de 160 lotes
de suas terras para as pessoas da comunidade visando manter e
constituir ali a estabilidade de um povoa do que hoje dispõe de
uma infraestrutura como posto de saúde, uma escola - Alegria do
Saber (com laboratório de informática e biblioteca), várias igrejas,
bares e comércios que se espalham nas ruas do povoado). Ao
mesmo tempo em que promovia colonizar e povoar essa área hoje
conhecida por Vila Sanção, consequentemente estaria valorizando
suas terras, por se encontrarem distante de aglomerado
populacional.
As estradas na região foram abertas em princípio, por
madeireiros, com fins de exportar as madeiras que eram
exploradas na região; “era um picadão, no meio da mata ”, assim
relatou um dos antigos moradores. Em resumo, em meado dos
anos 80, existia apenas a estrada do Salobo. A estrada Paulo
Fonteles surgiu anos depois.
Até 1992, não existia estrada de acesso até Vila Sa nção. A
estrada passava antes da Vilinha (Vila Seca) cerca de 7
quilômetros (Riba do caminhão/pla ca). Na atualidade, a estrada
se estende até o rio Itacaiúnas.
Em 2003, Odilon Rocha de Sanção fez a segunda doação
num total de 40 lotes.
Em 22 de fevereiro de 2010, foi realizado o 3ºloteamento,
onde foram doadas 97 casas e outro tanto posto à venda em área
alta do povoado.
Segundo Odilon, “um dos seus ideais é trazer para o
povoado de Vila Sanção uma Escola Técnica Agrícola ou Técnica
Profissionalizante para a população rural ”.
A participação política de Odilon no processo de formação
e colonização do povoado também contribuiu trazendo para o
povoado a construção da Escola Alegria do Saber, um Posto de
Saúde, energia, o Sistema Modular de Ensino (Ensino Médio) e o
Sistema de Nucleação (de Ônibus) que transporta os alunos rurais
às escolas – quando distanciados. Em 2004 foi implantado o
sistema de telefonia pública através de orelhões da TELEMAR.
O princípio da história do povoado
Vila Sanção foi marcado com a presença de caçadores e
colonizadores que ali caçavam, somente para o consumo. O
acesso ao município era difícil. Veja o que diz Delzuíta de Castro
Brito, uma das antigas moradoras:
“Era muito difícil, porque não tinha estrada, era somente um
pequeno canalzinho ”
Entrevistas com antigos moradores revelam que eles eram
em sua maioria oriundos do Maranhão e em número menor de
outros estados como: Piauí, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso e
Minas Gerais; os quais vieram à procura de terras para a lavoura
de subsistência. Os mesmos viviam da lavoura, da caça e da
pesca. Outros desenvolveram a atividade comercial.
Atualmente o povoado é beneficiado com energia elétrica,
água encanada, posto de saúde e orelhões.
Persiste no povoado um grande número de caçadores devido
ao grande número de caças na região ainda hoje existente, como:
onça, arara azul, vermelha e amarela, tatu, porco caiti tu, veado
mateiro, paca, mutum castanheira, pinincha, cutia, jabuti, manbira
e anta. A atividade de pesca era realizada com anzol, tarrafas e
malhadeiras. As espécies de peixe na região são: Curimatá,
piranha, surubim e jaú.
Junto a atividade da agricultura desenvolvia -se também a
exploração de garimpo nas adjacências do povoado.
Nilson,um dos pioneiros é
tido como representante
do povoado.
OdilonRocha de Sanção, pioneiro e
participante com a comunidade no
desenvolvimento e processo
histórico de Vila Sanção.
Por Adilson Motta - 07/2010 (As fotos acima é do povoado Vilinha).
PERFIL ATUAL DO POVOADO VILA SANÇÃO
Aspectos físicos e geográficos
Vila Sanção possui um traçado ortogonal e inclinações
suaves - o que facilita uma expansão ordenada e planejada. Com
características rurais, apresenta lotes grandes, de 250 a300 m ²,
e irregular. O povoado está localizado num vale entre a Serra dos
Carajás e a Serra do Cururu. Limitando -se em fronteiras com o
Rio Itacaiúnas, Vilinha, Comunidade São José III, PROAPA,
Betishalom, Povoado do Chiquinho, Garimpo das Pedras (do
Grupo Mirandas) e várias fazendas em suas adjacências.
O povoado é atravessado pelo Rio A zul, o qual é inavegável
devido as fortes correntezas e possuir muitas rochas e enormes
pedras em sua constituição.
Localiza-se a oeste do município de Parauapebas. As vias
de acesso de Vila Sanção ao município se dá:
*Pela Serra dos Carajás (pela N 1) 98 km;
*Pela Ferrovia: São 70 km;
*Pela Vilinha: 97 km.
A região apresenta 3 grandes áreas de colonização, sendo elas:
 Gleba Ampulieta (Assentamento feito pelo ITERPA –
Instituto de Terras do Pará);
 APA: Do Garapé Gelado;
 E a Paulo Fonteles.
Povoado Vilinha, ou Vila Seca,
crescendo a todo vapor. A cada dia,
novas casas, novas mudanças.
Vi la Sa nção – e m no ve mb ro de 2006
É servido pela estrada piçarral Pa rauapebas/Vila Sanção, e se liga
a outras estradas vicinais que dão acesso outros povoados
vizinhos e fronteiriços.
Vila Sanção encontra -se nas proximidades de três grandes
projetos minerais:
 O Projeto Salobo;
 Paulo Fonteles (com a exploração de cristal ametistas
e outros);
 E a extensa Serra dos Carajás, que é vista do povoado
Vila Sanção.
 Existe também um garimpo a 7 quilômetros do
povoado: o Garimpo da Cruz, onde é explorado ouro e cobre.
 É do conhecimento da população e p essoas
representativas do povoado que, segundo so ndas da CVRD, foi
detectado nas proximidades de Vila Sanção uma mina de quartzo
roso.
Sabendo-se que o município mãe do povoado, Parauapebas, se
encontra numa localização em que os índios Xikrin do Cateté, o
Governo Federal através de Projetos de Preservação Ambiental
(APA) e a C.V.R.D detém a concessão de 90% do total da área
municipal. A partir dessa informação, observ a-se que o povoado
encontra-se numa localização estratégica, com extensas áreas
livres, sendo continuamente monitorada e pesquisada com sondas
da VALE.
Somando-se a isto, o projeto Salobo, considerada a maior mina de
cobre do Brasil, fica a poucos quilômetros do povoado. A 7
quilômetros do povoado estão sendo construídos um núcleo da
Vale e grandes alojamentos de empresas que terceirizam trabalho
à empresa (Vale). Visando dar suporte ao projeto Salobo, a Vale
está implantando uma extensão energética da Eletronorte – o que
deverá beneficiar diversas comunidadesda região, principalmente
Vila Sanção, APA do Gelado e Colônia Paulo Fonteles, O que
Vilinha, fronteiriço com o
povoado Vila Sanção
Estradas de acesso de Vila Sanção a Parauapebas, 2009
poderá aumentar assim a potência em energia elétrica nestes
locais.
*Num total de 184 casas. Fonte: Diagonal, Pesquisa encomendada pela Vale em 2009
10.2 MAPA DA APA,REGIÃO E ESTRADAS DE ACESSO
Mapa de acessos. O ponto vermelho circulado é o povoado Vila
Sanção. Todos os pontinhos vermelhos são povoados; o azulado
corresponde a APA.
Fonte:IBAMA, 12/2007
Povoado Vila Sanção
 O ponto verde maior representa Parauapebas
 O ponto verde menor representa o Complexo
Carajás
 Os pontos vermelhos são as localidades ou
povoados.
 Toda extensão azulada corresponde a APA.
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOSE INFRAESTRUTURAIS DE
VILA SANÇÃO
POPULAÇÃO
Segundo pesquisas realizadas em 2007, existem 184 casas
no povoado Vila Sanção (centro). E a média de habitante por
família é de 4,6 pessoas. A estimativa de casas espalhadas nos
arredores das localidades vizinhas que dependem e são
vinculados a Vila Sanção são de 80 casas. Considerando a média
por família (4,0 membros, inferior a encontrada), e multiplicando
pelo número de casas, isso significa que a estimativa populacional
de Vila Sanção (centro e adjacências) é de 952 habitantes.
De acordo com a pesquisa, foi detectado um índice de
analfabetismo (em Vila Sanção) de 21,87% enquanto o município
apresenta 16,3%(de pessoas de 15 anos ou mais) e 7,5% na
população jovem de 10 a 15 anos ; e o Estado, 14,1%(IBGE 2006).
Entre as profissões exercidas no povoado foram detectadas:
lavrador, vigia, vaqueiro, enfermeira, doméstica, professor(a),
mecânico, pedreiro, carpinteiro, operador de máquina, usineiro,
motorista e comerciantes. Já o IBGE (2010) apresentou um índice
de 8,1% de analfabetismo no município, ou seja, caiu pela metade
o número de analfabetos em Parauapebas.
Principais atividades econômicas
Agropecuária (predominante);
Produção de queijo;
Produção de carvão vegetal.
Corte de arroz e duas usinas de beneficiamento do
grão.
Corte de madeira.
Garimpagem (Garimpo da Cruz).
Pequenos estabele cimentos econômicos e
Funcionalismo público.
Uma olaria e duas marcenarias.
Apesar das atividades econômicas citadas acima, o povoado
Vila Sanção ainda não possui uma sustentabilidade econômica –
pois, grande parte do que lá é consumido é importa ndo da zona
urbana, inclusive frutas e verduras.

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Breve histórico dos assentamentos de Parauapebas

  • 1. Breve Histórico dos Assentamentos e Povoados de Parauapebas / Pará Org. pesq. Adilson Motta, 2012 Os conteúdos abaixo foram resgatados pelos alunos das escolas do Município de Parauapebas sob a orientação de professores nas 7ª e 8ª séries. Alunos pesquisadores: Francisca Amélia, Lucirreis, Edilane, Nadson, Dionatan, Álvaro, Kamila, Maria de Jesus, Maria das Graças, Milca e Ronne Charles. ASSENTAMENTO CARLOS FONSECA Em 1991, a Fazenda Carajás foi ocupada por dois grupos de sem-terras, sendo um grupo do assentamento Palmares I e o outro fazia parte de uma associação já existente. Houve um grande conflito entre os dois grupos que lutavam pela terra e foram assassinados dois líderes do Assentamento Palmares I. Pôde-se constatar que esses dois trabalhadores foram vítimas da crueldade do destino na luta pela terra. E em homenagem aos líderes Carlos e Fonseca hoje tem o P.A. Carlos Fonseca. Quando houve esse conflito as terras ainda não tinham sido demarcadas pelo INCRA, fato que só aconteceu no ano de 2001. O motivo pelo qual a Fazenda Carajás que também era conhecida por Grupo Paragominas, foi desapropriada porque somente 300 alqueires estavam regularizados e 900 alqueires não estavam regularizados. Em relação a contribuição ITR (Imposto Territorial Rural). Hoje onde era a sede da Fazenda Carajás funciona a escola 18 de outubro. ASSENTAMENTO NOVA JERUSALÉM A história desse assentamento começou em outubro de 1999 com 300 famílias acampadas na Fazenda Nova Conquista, tendo como líder o Sr. José Mauro. Os sem-terra passaram lá dois meses, sendo que em 11 de dezembro foram remanejados para a Fazenda Baiana, que se encontra a 32 km da cidade de Parauapebas, mas a área pertence ao município de Marabá. . Desse modo, foram divididos em três acampamentos, uns ficaram na Fazenda Boa Sorte, e outros na Fazenda do proprietário Sr. Mauro Lima; sendo que na fazenda Baiana ficaram 100 famílias, Mas essa área era pequena para assentar essas famílias.
  • 2. O líder (José) deixou essas famílias abandonadas sem nenhuma condição de sobrevivência, até o INCRA enviar cestas básicas para essas famílias, muitos desistiram e as famílias que ali residiam decidiram formar outra associação, elegendo outro presidente, o Sr. Luís Salomé de França que registrou a associação como APTRAS PA. Enquanto o líder lutava para negociar a desapropriação dessa área, muitos ficaram no acampamento, pois não tinham residência em Parauapebas. Outros vinham nos finais de semana e alguns ficavam revezando no acampamento. No acampamento residia um senhor popularmente chamado João Bigode que passou a implicar com os associados, que só vinham no final de semana. Pois ele queria formar outra associação com outras famílias, com isto ele pretendia dividir essa área em dois assentamentos. No entanto, seu desejo causou discórdia gerando alguns conflitos, mas Salomé acionou o INCRA que veio e deu uma oportunidade para o Sr. João Bigode se ajuntar aos outros sócios. No entanto, ele não concordou, pois alegara que a área era dele – porque residia ali e não abria mão dessa área. Com tudo isso, o INCRA não teve outra solução a não ser acionar a Polícia Federal, retirando-os dessa área. Ficaram somente 42 famílias e o INCRA fez o sorteio dos lotes no dia 17 de maio de 2003. ASSENTAMENTO UNIÃO DA VITÓRIA A história da comunidade União da Vitória iniciou-se no dia 22 de dezembro de 2000, às vésperas do natal do mesmo ano. Nesta data essas famílias não tinham morar, então resolveram unir-se em busca de seus sonhos, o qual era adquirir suas próprias terras e dela garantir a existência e a sobrevivência de suas respectivas famílias, onde as mesmas ocuparam uma área que pertencia a Reforma Agrária. Nos primeiros dias eles se alojaram no curral. Nesse período eles sobreviviam de diárias para os colonos vizinhos, enquanto aguardavam o processo da reforma agrária ser concluído. Enquanto isso, alguns pais e seus filhos frequentavam às aulas na escola Santa Tereza que foi construída nas proximidades da área ocupada. A comunidade decretou um prazo de 15 dias para que trabalhassem fora da área e em retorno trabalhavam em suas pequenas lavouras, onde plantaram arroz, feijão, milho, mandioca, abóbora, banana e outros alimentos perecíveis. No ano de 200, aproximadamente no mês de setembro, as famílias tiveram que desocupar a área, deixando assim para trás todo seu trabalho desenvolvido e ficaram acampados às margens do rio Gameleira no P.A. Valentim da Serra. Com este episódio, a comunidade ficou sem frequentar a escola por um tempo. Após o período de aproximadamente dois anos e meio as famílias retornaram para as áreas onde tinham sido despejadas; e em março de 200 constituíram novamente o acampamento às margens da estrada de acesso ao Itacaiúnas. Após essa data iniciou-se o processo de negociação da terra. As famílias combinaram a aquisição da área pelo INCRA, constituindo o P.A. União da Vitória.
  • 3. Hoje esta comunidade que tanto lutou sem desistir dos seus objetivos para viver em harmonia encontra-se com todos em seus respectivos trabalhos agrícolas. Sobrevivem da cultura de subsistência de suas pequenas atividades e criações de animais. Um dos principais produtos agrícolas são banana, milho, mandioca, abóbora, etc. Atualmente o assentamento União da Vitória recebeu visita do INCRA e fez a negociação tornando-se legal os lotes de cada assentados. ASSENTAMENTO ARAÇATUBA No início as pessoas deste local viviam em assentamento esperando o governo liberar as terras, mas o governo demorou muito, então o povo resolveu invadir a fazenda Carajás e demarcaram seus lotes. Então o INCRA deixou que cada pessoa ficasse em seus lotes. E ali houve uma conquista. Muitas pessoas venderam seus lotes e foram embora para a cidade, mais ou menos 50% dos lotes foram vendidos baratos para outros que se estabeleceram. Não existia estrada de acesso e as pessoas tinham que carregar as coisas nas costas, subindo uma ladeira enorme. Depois de um ano os tratores de madeireiros fizeram e estrada. Mais tarde a prefeitura arrumou as estradas e fez uma escola de madeira e sem piso, com as séries de pré-escola até 4ª série, no ano de 2005foi feita uma escola um pouco melhor. Também em 2005 o governo concedeu projetos para agricultores que a partir daí, conseguiram ter suas vaquinhas para tirar leite e ter uma vida melhor. Hoje o assentamento possui energia elétrica, televisão, geladeiras e outros eletrodomésticos. ASSENTAMENTO VALENTIM SERRA Em 1998 os trabalhadores rurais “sem-terra” saíram da fazenda Bamerindus, sendo remanejados para Fazenda São Judas, tendo como ex-proprietário Marcos Corrêa, nesta fazenda uns quatro anos até se tornar um P.A. Depois de ter se tornado um P.A., a fazenda não foi mais chamada São Judas e passou a se chamar Valentin Serra, pois Valentim Serra foi um grande líder do movimento. Esse nome foi escolhido pela comunidade e pelo presidente da associação que na época era “Mazinho”. Houve um conflito na fazenda, depois de ter se tornado um P.A., o ex- presidente Mazinho não veio a falecer mas ficou com uma bala nas costas, ele mesmo afirma: “Se tirar a bala ou ficar com ela por muito tempo, morre”. Hoje existe duas associações e dois presidentes: o Sr. Raimundo Nonato e o Sr. Manoel Marinho. As associações são: AGRIFVS(Associação dos Agricultores e Agriculturas Familiares do Projeto de Assentamento Valentim Serra) e APAAVAS (Associação dos Agricultores e Agricultores e Agriculturas do Projeto Valentim Serra). Hoje, muitas pessoas são beneficiadas por vários projetos e programas como:  Fomento,
  • 4.  Projeto de Gado  Maracujá. ACAMPAMENTO TAPETE VERDE Aos 22 do corrente ano foi feito um relatório sobre o acampamento tapete verde que surgiu em 1999. O nome do proprietário da fazenda é o Sr. Valdenor Rodrigues do Vale. Os sem-terra invadiram a fazenda Tapete Verde em 1999. Houve um despejo em 2002, na qual o Senhor Proprietário fez um trato com os sem- terra, se ele tirasse o título da terra os invasores poderiam ficar na terra quando quisesse. Depois o mesmo tirou o documento da terra e despejou todos. Os que tinham casa foram para casa e os que não foram para casa ficaram nas terras alheias. Houve um conflito porque o presidente não ficou firme em seu propósito, traindo o grupo. Assim muitos comentam que se vendeu e foi embora com o dinheiro. Em 2003, foram morar na terra do Sr. Jonas e ficaram lá até 2005, foi quando venceu o trato de ficar na terra. Houve outro despejo e todos foram ficar na CECAP por um mês. Depois invadiram a sede da Fazenda Tapete Verde e acamparam lá; fizeram um acampamento próximo a fazenda onde hoje vivem. ASSENTAMENTO GAMELEIRA No ano de 1997, o Dr. Lau, proprietário da fazenda Gameleira-Açú precisou vender sua fazenda para o INCRA, devido a má administração de seu sobrinho Márcio. Nessa mesma época houve uma invasão, mas de forma pacífica, pois esperaram a desapropriação. A fazenda Gameleira se limita com o rio Gameleira de um lado, do outro a fazenda Raineli Sartório, do outro florestas e áreas de proteção ambiental e a última divisa é com Auto-Bonito e Terra-Rocha. Depois da desapropriação esse P.A. teve como primeiro presidente o Sr. José, conhecido como Zezinho, depois Valdeci e atualmente é o Sr. Floriano e o Sr. Oséias. Gameleira é um bom lugar e precisaapenas de melhorias e mais atenção. GARIMPO DAS PEDRAS Localizado nos limites geográficos de Marabá, a 60 Km do centro de Parauapebas, foi descoberto há 27 anos por garimpeiros da região. De lá para cá, as jazidas tem produzido e comercializado milhares e milhares de toneladas de pedras de ametistas para o Brasil e o mundo, tornando-se, segundo Waldir Silva (Jornal Correio Tocantins, 15/11/2010), a segunda maior jazida do mundo, em termo de quantidade de reserva.Além da ametista, é extraído também pedras preciosas como topázio, citrine, quartzo e cristal translúcido.
  • 5. A vila conta com escola, posto de saúde, destacamento da Polícia Militar, supermercados, igrejas, energia elétrica, associação de moradores, farmácia e até pista para pouso e decolagem de pequenas aeronaves. É um lugar onde homens procuram pedras preciosas em minas de 140 metros de profundidade para conseguirem dali, sustento para suas famílias, para alguns é apenas paixão pela arte de garimpar, realizando atividades mesmo sabendo que correm riscos. Em Garimpo das Pedras são 4.000 pessoas que trabalham diretamente na extração de pedras preciosas, e as mesmas quando retiradas da Mina até chegar ao ponto de serem comercializadas, passam por fases chamadas: produção, preparo e lapidação para chegar ao seu ponto final, que é confecção de jóias. As preciosidades do Garimpo das Pedras também são exportadas para China e lugares que também dão total valores altos por peças com pedras. O Garimpo das Pedras não é só o lugar das pedras preciosas, mas também um “paraíso”, onde a natureza é pura com uma paisagem exuberante, piscina de água natural quente, sendo local que tem atraído inúmeros turistas. Muitas pessoas que já trabalhavam em outros garimpos hoje dão preferência ao Garimpo das Pedras por ser um lugar que oferece inúmeras oportunidades e uma condição de vida diferente do que é encontrada em outros garimpos. CESSÃO DA ÁREA Em seu depoimento (em Jornal Correio do Tocantins), Elza Miranda conta que, após a descoberta das jazidas de ametista na fazenda Miranda, a família Miranda administrava com exclusividade toda produção do minério. Algum tempo depois, para dar legalidade jurídica à exploração das jazidas, foi celebrado um termo de cessão gratuita de uso por tempo indeterminado de uma área de 240 alqueires com a Cooperativa dos Produtores de Gema do Sul do Pará (Coopergemas), criada pelos próprios garimpeiros da Vila. A partir daí, a exploração das pedras passou a ser controlada pela cooperativa, que dá origem ao produto, emitindo nota fiscal para saída do minério e descontando 6% do valor comercializado. A família Miranda explora uma mina com seis trabalhadores com direito a 100% da produção. A produção, que chega até 100 toneladas de pedras semipreciosas por mês, é toda comercializada no próprio garimpo. Os maiores compradores são da Bahia e de Minas Gerais. “Alguns clientes diretamente da China, que não sabem nem falar a língua portuguesa, vem também comprar pedras aqui na Vila com intérpretes”, (Revela a garimpeira na reportagem). Elza Miranda cita que, quando era deputada, chegou a levar o então governador Almir Gabriel ao garimpo, e ele viu a necessidade de implantar na vila uma escola de lapidação de pedra, com o objetivo de gerar emprego e renda, “mas esbarramos na falta de mão-de-obra qualificada para instruir a comunidade. A ideia continua de pé”. A comunidade, segundo a reportagem, conta hoje (2010) com uma população aproximada de quatro mil habitantes que vivem em duas vilas: a de baixo e a de cima, e todos os adultos vivem em função do minério.
  • 6. De acordo com a ex-deputada estadual Elza Miranda (apud Correio do Tocantins, 10/2010), a família dela adquiriu a propriedade rural em 1975, sem saber da existência das reservas em subsolo de ametista. Em 1983, por acaso, alguns garimpeiros acostumados com a exploração de pedras semipreciosas descobriram a jazida de ametista, considerada a segunda maior do mundo, em termo de quantidade de reserva, só perdendo para a África. Na reportagem, Elza Miranda explica que a extração da pedra é subterrânea, em túneis verticais, perpendiculares e horizontais com extensão que vão até 300 metros de profundidade. No entanto, a ametista começou a ser descoberta à flor da terra. Apesar de se localizar na área geográfica pertencente a Marabá, a população de Garimpo das Pedras é eleitora de Parauapebas e as escolas funcionam na mesma dependência - devido às condições geográficas e de acesso. Garimpo das Pedras Piscina térmica Nascente que jorra água com 40 graus de temperatura, rica em potássio, própria para o consumo.
  • 7. Ametistas cristalFonte:: Ascom, 2009 História de Vila Cedere – I Vila Cedere I está localizada a leste de Parauapebas, a 25 km da sede. E foi lá onde nasceu Parauapebas. A sua história está ligada ao contexto da descoberta das jazidas minerais de Carajás, dando- se em seguida a implantação do Grande Projeto Carajás, que por causa da exploração do minério, havia a necessidade de se formar uma infraestrutura capaz de satisfazer as condições mínimas aos trabalhadores do mesmo. Para que tudo isso funcionasse foi montada também uma estrutura de produção agrícola, sendo que ao redor da área do projeto, foram desapropriadas as fazendas, re-marcadas e entregues aos colonos. Na verdade essa proposta viria atender a dois interesses: o da Companhia que teria suas reservas protegidas dos aventureiros principalmente garimpeiros, visto que havia abundância aurífera na região. O interesse do governo federal em atender os fazendeiros principalmente da região do Bico-do-Papagaio, atual estado do Tocantins, onde havia conflitos entre posseiros e fazendeiros pela posse da terra. O governo federal no momento, já em seu crepúsculo, Figueiredo, (e, portanto, do regime militar) desenvolveu um projeto de colonização no Sudeste do Pará. Na região foram implantados três Centros de Desenvolvimento Regional (CEDERE). A primeira área a ser ocupada (1983) foi a do Cedere I (oficialmente, PA Carajás 3), no entroncamento de duas VSs, que atualmente está no município de Parauapebas. Era ali que ficavam os técnicos que dariam suporte aos demais, além do “almoxarifado para distribuir ferramenta para o pessoal: distribuir alguns alimentos. Depósito de madeira pra construção das casas dos colonos”, (Valdivino, R. Prado, apud Diagonal, 2008). Em 1982, na tentativa de diminuir os conflitos de posse de terras e realizar a reforma agrária, o Governo Federal, por meio do Grupo Executivo das Terras do Araguaia- Tocantins – Getat, implantou o projeto de assentamento Carajás na região Sudeste do Pará. E assim foram assentados 1.555 famílias de colonos imigrantes vindos, principalmente, dos Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. (LIMA, 2003, p.17,- apud Diagonal, 2007).
  • 8. Para melhor controle, a área foi dividida em Glebas: Gleba Carajás I, Gleba Carajás II e Gleba Verde Carajás III, em cada área havia uma vila denominada de “CEDERES” (Centro de Desenvolvimento Regional). Na Vila de CEDERE I foram assentadas aproximadamente 550 famílias. Com a chegada dessas famílias houve a necessidade de construir escolas, tanto na Vila como nas vicinais por causa da distância entre a Vila e Vicinais. Na VS Escola Getúlio Vargas e Escola José de Alencar; VS 13 Escola Augusto Dias, VS 14 Escola Criança Feliz, VP 03 - Perpétua Fernandes, e CEDERE I, Escola Antonio Vilhena, todas fundada em 1983. No ano de 2000 houve a nucleação onde todos os alunos das escolas das Vicinais citadas acima, que eram atendidos em turmas multisseriadas, passaram a ser atendidos na escola Antonio Vilhena utilizando transporte escolar, por ser uma escola mais estruturada, a começar por ter energia elétrica, ser a maior e estar localizada em uma vila. A escola Antonio Vilhena tem uma estrutura considerável, se comparada às demais escolas do campo. No entanto, percebemos que ainda há muito que fazer para melhorar a educação. Além de termos turmas que abrangem: Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA, temos também alguns projetos que vêm contribuindo com a formação de nossos educandos tais como: Laboratório de Informática, Sala de Leitura, Reforço e SAPE. Para atender as necessidades orgânicas e Pedagógicas da Escola Antonio Vilhena, trabalham 36 funcionários distribuídos da seguinte forma: 4 vigias; 2 merendeiras; 5 ASG; 3 Auxiliar Administrativo; 1 diretor; 1 secretária ; 2 Coordenador Pedagógico. Há 17 professores que atuam nas modalidades de Educação Infantil; 1º e 2º ciclo; 5ª a 8ª séries, EJA; Sala de Leitura; Sala de Informática, SAPE (Sala de Apoio Pedagógico). A escola trabalha com 03 turnos, matutino, vespertino e noturno. O espaço físico possui 22 dependências e já está previsto para ampliação da mesma. Infelizmente, o alunado local que termina o Ensino Fundamental ainda não tem oferecido o Ensino Médio – nem modular nem regular. TABELA – VILA CEDERE- I DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE FAMÍLIAS 93 POPULAÇÃO 392 PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS AGROPECUÁRIA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMERCIANTES DIARISTAS / APOSENTADORIA Fonte: Professor Lindomar, 2008.
  • 9. ASSENTAMENTO ONALÍCIO BARROS O Assentamento Onalício Barros está localizado a leste de Parauapebas, distando 32 km da sede e possui uma estimativa de 200 famílias. Esse Assentamento surgiu a partir da necessidade do homem do campo sem terra por terra, entregue a um modelo de reforma agrária que espera a iniciativa abrupta – movida pela necessidade do cidadão que o impele à luta, confronto e risco. Após invasões e incidentes como o que ocorreu com Onalício Araújo Barros, conhecido como Fusquinha, Valentin Serra, o Doutor e muitos outros que aconteceram e possivelmente acontecerão. O que leva a esses pressupostos, é a “crua” impunidade e absurdos indicadores que o Pará, “Terra de Lei” ostenta para o Brasil e o mundo. A título de confirmação, as cadeias da região Sul do Pará são constantes fugas e, segundo a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, nos últimos 33 anos, no estado do Pará, houve 772 assassinatos de trabalhadores rurais, eram homens que trabalhavam para o sustento da nação. Somente três casos foram julgados, e desses, quase todos respondem em liberdade. O assassinato de Fusquinha e Doutor ocorreu no dia 14 de março de 1998 em torno de quinhentas famílias que ocuparam a fazenda Goiás II, em Parauapebas/PA. Diante das ameaças constantes de pistoleiros, as famílias resolveram desocupar a fazenda. No dia 26 de março as famílias transferiram o acampamento para uma área próxima ao assentamento Carajás e, durante a mudança, segundo CLOC (Coordinadora de Organizaciones Del Campo, 22/03/2006) no documentário Campanha “10 anos de Eldorado dos Carajás”, foram emboscados pelos fazendeiros, pistoleiros e policiais militares. No Construção de 20 metros de ponte. Projeto do governo federal. Abril de 2008. FONTE: Professor Lindomar Morais Araújo – Presidente da Associação de Moradores do CEDERE- I.
  • 10. ataque, duas lideranças foram mortas: Onalício Araújo Barros, conhecido como Fusquinha, e Valentin Serra, o Doutor. Logo após o sepultamento dos dois, as famílias reocuparam a fazenda, e finalmente foram assentadas. Ao Assentamento deram o nome de Onalício Barros e Valentin Serra. Em homenagem as duas lideranças, do movimento MST na região, em 26 de março de 1999, integrantes do MST ocuparam o escritório do INCRA em Marabá. Segundo Charles Trocate, do MST, conta que a organização já matem, na prática um assentamento com mais de 200 famílias, por conta própria, há cerca de três anos. Apesar de certas conquistas ede já existir um sistema de eletrificação e de água implantado no povoado - ainda há muito a se conquistar: todo alunado desta comunidade estuda em Cedere I, ou seja, ainda não existe escola na comunidade. U m único ônibus faz linha de segunda a sábado de Onalício Barros a Parauapebas. As casas em Onalício Barros são espalhadas. Não sendo emendadas (adjuntas) como ocorre na zona urbana ou em outras comunidades. VILAPALMARES II Vila Palmares II surgiu como área de assentamento, hoje continua recebendo um alto número de migrantes de outros estados tanto quanto a sede municipal. A comunidade, no princípio de sua história surgiu como assentamento no ano de 1994, quando se deu a 1ª ocupação da Vale no Cinturão Verde. Foi um assentamento organizado pelo MST - o qual até hoje ali exerce ação política. No entanto, o projeto de assentamento só ocorreu no início de 1996 através do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Palmares I e II apresentam um total de 850 famílias assentadas pelo INCRA (só Palmares II tem 517 famílias assentadas). A história da comunidade está intimamente ligada à ação política e histórica do MST, que desempenha um importante papel de movimento social em prol dos oprimidos, desassistidos e sem-teto. Palmares
  • 11. é tida como o principal foco de ação do MST na região, para alguns, é tida como o “quartel”. Atualmente (2013) o povoado apresenta a estimativa de 5.000 (cinco mil) habitantes e sua distância à sede municipal é de 22 km. Fonte: Adilson Motta Praça pública próximo à escola onde à noite a juventude se encontra. Centro do povoado Palmares. Escola Crescendo na Prática A escolha de diretor na escola Crescendo na Prática já virou tradição, e é uma experiência que deu certo: é feita através de eleição, em cuja votação participam alunos e comunidade assentada. Os não - assentados, só se forem pais de alunos que ali frequentam.
  • 12. Fonte: Adilson Motta COLÔNIA PAULO FONTELES A Colônia Paulo Fonteles que antes recebeu o nome de Jader Barbalho teve início de sua colonização nos anos 80. Possui uma área de aproximadamente 60 km² ficando ao Norte da cidade de Parauapebas, distando deste cerca de 45 km. Está composta por três sub-regiões principais: Santa Cruz Vila Paulo Fonteles, Vilinha e Vila Sanção. Aproximadamente 75% da região é composta por cultura permanente, 12% de reservas florestais. Apresenta uma hidrografia muito rica cortada por rios e igarapés diversos, entre eles temos : Igarapé Gelado, O Rio Piabinha , Corazul, Rio Itacaiúnas, entre outros. Apresenta relevo um pouco diversificado com áreas de pequenas planícies, montanhas, morros e pequenos vales. Tem um clima agradável. População: É formada por uma população muito diversificada oriundos de várias partes do Brasil como: Maranhão, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí entre outros, que fazem da região grande, nos aspectos sociocultural, destacando assim várias culturas e diversidades de costumes, crenças e dialetos. Economia e Produção: A economia da região está baseada principalmente na agricultura, onde são cultivados diversos produtos como: coco, cupuaçu, banana, abacaxi, açaí e castanha-do-pará (árvore nativa da região) entre outras. Além da cultura do ciclo curto como: arroz, feijão, mandioca, melancia e milho. A pecuária também está sendo muito bem difundida na região em pequenas e médias propriedades. A produção vai além com a fabricação dos derivados do leite como queijo, requeijão e de polpa de frutas. Grande parte da produção é distribuída e vendida na cidade de Parauapebas na Feira do Agricultor direto ao consumidor. Dispõe também de pequenas barragens que fomenta a piscicultura , atividade que vem ganhando destaque na economia local, além da horticultura que recebe destaque na produção de verduras e hortaliças. Educação: Implantação do asfalto em outubro de 2008, uma parceria entre governo federal, estado e município. O que era só promessa, se tornou realidade.
  • 13. A região possui diversas escolas que estão distribuídas no seu território de abrangência sendo três escolas Pólos: Gonçalves Dias (Zé Rodrigues), Monteiro Lobato (Vilinha) e Alegria do Saber (Vila Sanção) e diversas escolas anexas espalhadas em pontos estratégicos da região. Atendendo educação infantil, ensino fundamental, Ensino Médio (Vila Sanção) e EJA. FORMAÇÃO HISTÓRICA DO POVOADO VILA SANÇÃO O povoado atualmente conhecido por Vila Sanção no princípio de sua história foi colonizado por migrantes nordestinos em grande maioria oriunda do Estado do Maranhão, somando -se a população paraense que já vivia na região . No entanto, segundo as pesquisas, existe também um número menor e diverso de pessoas que migraram de outros estados como: Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Bahia. A área que abrange Vila Sanção/Parauapebas era tida como um “cinturão verde” ou área de preservação ambiental – como pretensão da Vale. A data de fundação de Vila Sanção é em 5 de março de 1993, tendo como pedra angular a data de fundação da escola Alegria do Saber, que é base de todo um processo social e histórico da comunidade. Sendo extensas áreas de terras cobertas de matas e devolutas, não existia demarcação. As demarcações só iniciaram em 1998. Na pretensão de domínio da área tida como devoluta estavam Grupo Miranda, o Japonês e a CVRD que já exercia pressão de domínio informal em extensa s áreas a ponto de impedir o acesso e grilagem nas terras, tidas como devolutas, mas da União, ou seja, do povo brasileiro. Houve conflitos, e posseiros chegaram a ser presos e a intervenção dos deputados Ademir Andrade (federal), Paulo Fonteles e João Bat ista (estaduais) em soltá-los e intervir na questão a favor dos “sem terras”. Entra em cena o governo do estado Jader Barbalho fazendo a doação de lotes de terras de 50 hectares com títulos através do ITERPA (Instituto de Terras do Pará). Mas nã o deu condições de que estes posseiros ou agricultores se ma ntivessem nas terras. As consequências foram: a maioria teve que vender as terras baratas para fazendeiros que se beneficiavam com a “situação”. Segundo relatos, houve casos de posseiros que vende ram seus lotes de terras por “livre pressão” a fazendeiros que se interessavam pela posse das terras. Hoje, segundo Severino (Nilson) do Bar, menos de 10% dos colonos da época ainda possuem títulos de terra na região. Alguns venderam a latifúndios maiores que se tornaram grandes fazendas.
  • 14. Antes dessa extensa área de terras passar para a posse de fazendeiros e posseiros, era conhecida por Colônia Jader Barbalho (então governador do Estado naquele momento) mudando em seguida para Colônia Paulo F onteles. O nome Vila Sanção foi em homenagem ao fundador e líder político Odilon Rocha de Sanção. O processo de formação histórica do povoado se deu com a participação de pessoas influentes da região como Odilon Rocha de Sanção e Nilson, comerciante e comunidade. Mesmo antes de se eleger a vereador, Odilon já dava sua participação e colaboração no processo de formação e desenvolvimento do povoado. No princípio da história do povoado, a construção da 1ª escola e posto de saúde foram fei tos em regime de mutirão. Ou seja: com a participação da comunidade, que contribuía com mão - de-obra e matéria-prima. Odilon entrou na política em Parauapebas em 1º de Janeiro de 1993 (quando teve início seu 1º mandato na vereança do Município). No segundo mandato, d o ano de 1997, Odilon Rocha de Sanção contratou agrimensor e fez a divisão e doação de 160 lotes de suas terras para as pessoas da comunidade visando manter e constituir ali a estabilidade de um povoa do que hoje dispõe de uma infraestrutura como posto de saúde, uma escola - Alegria do Saber (com laboratório de informática e biblioteca), várias igrejas, bares e comércios que se espalham nas ruas do povoado). Ao mesmo tempo em que promovia colonizar e povoar essa área hoje conhecida por Vila Sanção, consequentemente estaria valorizando suas terras, por se encontrarem distante de aglomerado populacional. As estradas na região foram abertas em princípio, por madeireiros, com fins de exportar as madeiras que eram exploradas na região; “era um picadão, no meio da mata ”, assim relatou um dos antigos moradores. Em resumo, em meado dos anos 80, existia apenas a estrada do Salobo. A estrada Paulo Fonteles surgiu anos depois. Até 1992, não existia estrada de acesso até Vila Sa nção. A estrada passava antes da Vilinha (Vila Seca) cerca de 7 quilômetros (Riba do caminhão/pla ca). Na atualidade, a estrada se estende até o rio Itacaiúnas. Em 2003, Odilon Rocha de Sanção fez a segunda doação num total de 40 lotes. Em 22 de fevereiro de 2010, foi realizado o 3ºloteamento, onde foram doadas 97 casas e outro tanto posto à venda em área alta do povoado. Segundo Odilon, “um dos seus ideais é trazer para o povoado de Vila Sanção uma Escola Técnica Agrícola ou Técnica Profissionalizante para a população rural ”. A participação política de Odilon no processo de formação e colonização do povoado também contribuiu trazendo para o
  • 15. povoado a construção da Escola Alegria do Saber, um Posto de Saúde, energia, o Sistema Modular de Ensino (Ensino Médio) e o Sistema de Nucleação (de Ônibus) que transporta os alunos rurais às escolas – quando distanciados. Em 2004 foi implantado o sistema de telefonia pública através de orelhões da TELEMAR. O princípio da história do povoado Vila Sanção foi marcado com a presença de caçadores e colonizadores que ali caçavam, somente para o consumo. O acesso ao município era difícil. Veja o que diz Delzuíta de Castro Brito, uma das antigas moradoras: “Era muito difícil, porque não tinha estrada, era somente um pequeno canalzinho ” Entrevistas com antigos moradores revelam que eles eram em sua maioria oriundos do Maranhão e em número menor de outros estados como: Piauí, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais; os quais vieram à procura de terras para a lavoura de subsistência. Os mesmos viviam da lavoura, da caça e da pesca. Outros desenvolveram a atividade comercial. Atualmente o povoado é beneficiado com energia elétrica, água encanada, posto de saúde e orelhões. Persiste no povoado um grande número de caçadores devido ao grande número de caças na região ainda hoje existente, como: onça, arara azul, vermelha e amarela, tatu, porco caiti tu, veado mateiro, paca, mutum castanheira, pinincha, cutia, jabuti, manbira e anta. A atividade de pesca era realizada com anzol, tarrafas e malhadeiras. As espécies de peixe na região são: Curimatá, piranha, surubim e jaú. Junto a atividade da agricultura desenvolvia -se também a exploração de garimpo nas adjacências do povoado. Nilson,um dos pioneiros é tido como representante do povoado. OdilonRocha de Sanção, pioneiro e participante com a comunidade no desenvolvimento e processo histórico de Vila Sanção.
  • 16. Por Adilson Motta - 07/2010 (As fotos acima é do povoado Vilinha). PERFIL ATUAL DO POVOADO VILA SANÇÃO Aspectos físicos e geográficos Vila Sanção possui um traçado ortogonal e inclinações suaves - o que facilita uma expansão ordenada e planejada. Com características rurais, apresenta lotes grandes, de 250 a300 m ², e irregular. O povoado está localizado num vale entre a Serra dos Carajás e a Serra do Cururu. Limitando -se em fronteiras com o Rio Itacaiúnas, Vilinha, Comunidade São José III, PROAPA, Betishalom, Povoado do Chiquinho, Garimpo das Pedras (do Grupo Mirandas) e várias fazendas em suas adjacências. O povoado é atravessado pelo Rio A zul, o qual é inavegável devido as fortes correntezas e possuir muitas rochas e enormes pedras em sua constituição. Localiza-se a oeste do município de Parauapebas. As vias de acesso de Vila Sanção ao município se dá: *Pela Serra dos Carajás (pela N 1) 98 km; *Pela Ferrovia: São 70 km; *Pela Vilinha: 97 km. A região apresenta 3 grandes áreas de colonização, sendo elas:  Gleba Ampulieta (Assentamento feito pelo ITERPA – Instituto de Terras do Pará);  APA: Do Garapé Gelado;  E a Paulo Fonteles. Povoado Vilinha, ou Vila Seca, crescendo a todo vapor. A cada dia, novas casas, novas mudanças. Vi la Sa nção – e m no ve mb ro de 2006
  • 17. É servido pela estrada piçarral Pa rauapebas/Vila Sanção, e se liga a outras estradas vicinais que dão acesso outros povoados vizinhos e fronteiriços. Vila Sanção encontra -se nas proximidades de três grandes projetos minerais:  O Projeto Salobo;  Paulo Fonteles (com a exploração de cristal ametistas e outros);  E a extensa Serra dos Carajás, que é vista do povoado Vila Sanção.  Existe também um garimpo a 7 quilômetros do povoado: o Garimpo da Cruz, onde é explorado ouro e cobre.  É do conhecimento da população e p essoas representativas do povoado que, segundo so ndas da CVRD, foi detectado nas proximidades de Vila Sanção uma mina de quartzo roso. Sabendo-se que o município mãe do povoado, Parauapebas, se encontra numa localização em que os índios Xikrin do Cateté, o Governo Federal através de Projetos de Preservação Ambiental (APA) e a C.V.R.D detém a concessão de 90% do total da área municipal. A partir dessa informação, observ a-se que o povoado encontra-se numa localização estratégica, com extensas áreas livres, sendo continuamente monitorada e pesquisada com sondas da VALE. Somando-se a isto, o projeto Salobo, considerada a maior mina de cobre do Brasil, fica a poucos quilômetros do povoado. A 7 quilômetros do povoado estão sendo construídos um núcleo da Vale e grandes alojamentos de empresas que terceirizam trabalho à empresa (Vale). Visando dar suporte ao projeto Salobo, a Vale está implantando uma extensão energética da Eletronorte – o que deverá beneficiar diversas comunidadesda região, principalmente Vila Sanção, APA do Gelado e Colônia Paulo Fonteles, O que Vilinha, fronteiriço com o povoado Vila Sanção Estradas de acesso de Vila Sanção a Parauapebas, 2009
  • 18. poderá aumentar assim a potência em energia elétrica nestes locais. *Num total de 184 casas. Fonte: Diagonal, Pesquisa encomendada pela Vale em 2009 10.2 MAPA DA APA,REGIÃO E ESTRADAS DE ACESSO Mapa de acessos. O ponto vermelho circulado é o povoado Vila Sanção. Todos os pontinhos vermelhos são povoados; o azulado corresponde a APA. Fonte:IBAMA, 12/2007 Povoado Vila Sanção  O ponto verde maior representa Parauapebas  O ponto verde menor representa o Complexo Carajás  Os pontos vermelhos são as localidades ou povoados.  Toda extensão azulada corresponde a APA.
  • 19. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOSE INFRAESTRUTURAIS DE VILA SANÇÃO POPULAÇÃO Segundo pesquisas realizadas em 2007, existem 184 casas no povoado Vila Sanção (centro). E a média de habitante por família é de 4,6 pessoas. A estimativa de casas espalhadas nos arredores das localidades vizinhas que dependem e são vinculados a Vila Sanção são de 80 casas. Considerando a média por família (4,0 membros, inferior a encontrada), e multiplicando pelo número de casas, isso significa que a estimativa populacional de Vila Sanção (centro e adjacências) é de 952 habitantes. De acordo com a pesquisa, foi detectado um índice de analfabetismo (em Vila Sanção) de 21,87% enquanto o município apresenta 16,3%(de pessoas de 15 anos ou mais) e 7,5% na população jovem de 10 a 15 anos ; e o Estado, 14,1%(IBGE 2006). Entre as profissões exercidas no povoado foram detectadas: lavrador, vigia, vaqueiro, enfermeira, doméstica, professor(a), mecânico, pedreiro, carpinteiro, operador de máquina, usineiro, motorista e comerciantes. Já o IBGE (2010) apresentou um índice de 8,1% de analfabetismo no município, ou seja, caiu pela metade o número de analfabetos em Parauapebas. Principais atividades econômicas Agropecuária (predominante); Produção de queijo; Produção de carvão vegetal. Corte de arroz e duas usinas de beneficiamento do grão. Corte de madeira. Garimpagem (Garimpo da Cruz). Pequenos estabele cimentos econômicos e Funcionalismo público. Uma olaria e duas marcenarias. Apesar das atividades econômicas citadas acima, o povoado Vila Sanção ainda não possui uma sustentabilidade econômica – pois, grande parte do que lá é consumido é importa ndo da zona urbana, inclusive frutas e verduras.