O documento discute a importância da contação de histórias na biblioteca escolar para incentivar a leitura entre crianças da educação infantil. A biblioteca escolar é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem e a contação de histórias traz benefícios como despertar a imaginação e cultivar o hábito da leitura. O bibliotecário desempenha um papel importante como mediador da leitura por meio da contação de histórias.
Apresentação na VI Semana de Integração de Estudantes de Biblioteconomia da UNIRIO, 09/10/2014. Aborda as práticas educativas realizadas pela biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ.
Apresentação na VI Semana de Integração de Estudantes de Biblioteconomia da UNIRIO, 09/10/2014. Aborda as práticas educativas realizadas pela biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ.
RELATÓRIOS DESCRITIVOS: O USO DA BIBLIOTECA ESCOLAR COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO D...LOCIMAR MASSALAI
Por defendermos que a história da educação de Rondônia precisa ser contada a partir de um olhar etnográfico sobre o fazer cotidiano de seus protagonistas é que acreditamos no poder evocativo deste texto, fruto de observação participante na escola estadual de ensino fundamental nova Brasília nos meses de fevereiro a maio de 2016 durante prática de Estágio Supervisionado de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I. Escolhemos a biblioteca escolar Vanessa Fuzari porque a percebemos como espaço privilegiado de formação de leitores aberto e democrático. Além da observação no cotidiano dinâmico da biblioteca, tivemos acesso aos relatórios descritivos das bibliotecárias dos anos de 2007 a 2015 e os analisamos inspirados na Análise do Discurso (Orlandi, 2002), que considera que a escrita especifica a natureza da memória, ou seja, define o estatuto da memória (o saber discursivo que determina a produção dos sentidos e a posição dos sujeitos), definindo assim, pelo menos em parte, os processos de individualização do sujeito. Então, é pelo processo da escrita que o sujeito se subjetiva, ocupa determinadas posições-sujeito, inclusive a de autor. Notamos que as bibliotecárias, ao relator seu cotidiano vão também nos contando de suas concepções sobre leitura, sua importância e de como percebem a biblioteca em seu funcionamento com o currículo oficial. Ouvir a voz destes sujeitos nos relatórios memorialísticos foi perscrutar a escola na sua relação com o livro e suas interdições.
Mediação da leitura e da informação nas bibliotecas escolares dos Colégios de...Tatyanne Valdez
Pôster apresentado na II Jornada de Pós-Graduação da UNIRIO, pelo programa de pós-graduação em Biblioteconomia. 2016. Egressa: Tatyanne Valdez. Orientador: Alberto Calil Junior
As Histórias em Quadrinhos: Incentivos à Constituição de Sujeitos Leitores.Mônica Santana
Resumo do projeto de iniciação científica do ano de 2016, que foi apresentado na XX Jornada de Iniciação Científica da UNEB: Desafios do Século XXI: integração social e sustentabilidade no Campus-I em Salvador-BA.
A elaboração desta pesquisa partiu da tentativa de construção de uma Gibiteca em um espaço de educação não formal no Centro Cultural de Novos Alagados no bairro do Uruguai, Salvador-BA, sendo de grande valor para nós discentes do curso de Pedagogia do 6º semestre noturno. Entendemos que esse espaço alternativo de leitura contribui para a formação de sujeitos leitores, críticos e reflexivos, além de influenciar as práticas de leitura e desenvolvimento do pensamento infantil, o que está intimamente ligado ao processo de aquisição escrita.
II Sicea Inter-regional Sul-Sudeste e IV Jornada Acadêmica do CAp/UFRJTatyanne Valdez
Apresentação do trabalho "A realização de projetos voltados para a mediação da leitura nas bibliotecas dos Colégios de Aplicação", no II Seminário Inter-regional Sul-Sudeste de Institutos, Colégios e Escolas de Aplicação – Sicea. 2016. Autores: Valdez, Tatyanne; Calil Junior, Alberto.
Os Sujeitos-escolares EA Biblioteca: Um estudo discursivo
Os Sujeitos-escolares EA Biblioteca: Um estudo discursivo
Gustavo Grandini Bastos, Ludmila de Almeida Sousa Lucília Maria y
Romão
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
gugrandini@uol.com.br, ludalmeida_usp@yahoo.com, luciliamsr@uol.com.br
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Mediação da leitura e da informação nas bibliotecas escolares dos Colégios de...Tatyanne Valdez
Pôster apresentado na II Jornada de Pós-Graduação da UNIRIO, pelo programa de pós-graduação em Biblioteconomia. 2016. Egressa: Tatyanne Valdez. Orientador: Alberto Calil Junior
As Histórias em Quadrinhos: Incentivos à Constituição de Sujeitos Leitores.Mônica Santana
Resumo do projeto de iniciação científica do ano de 2016, que foi apresentado na XX Jornada de Iniciação Científica da UNEB: Desafios do Século XXI: integração social e sustentabilidade no Campus-I em Salvador-BA.
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II Sicea Inter-regional Sul-Sudeste e IV Jornada Acadêmica do CAp/UFRJTatyanne Valdez
Apresentação do trabalho "A realização de projetos voltados para a mediação da leitura nas bibliotecas dos Colégios de Aplicação", no II Seminário Inter-regional Sul-Sudeste de Institutos, Colégios e Escolas de Aplicação – Sicea. 2016. Autores: Valdez, Tatyanne; Calil Junior, Alberto.
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gugrandini@uol.com.br, ludalmeida_usp@yahoo.com, luciliamsr@uol.com.br
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paper completo José Carlos.doc
1. CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA BIBLIOTECA ESCOLAR: UMA
PROPOSTA DE INCENTIVO A LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
STORYTELLING IN THE SCHOOL LIBRARY: A PROPOSAL OF
INCENTIVE READING IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION
José Carlos Gomes Rocha1
Geraldo José Silveira2
RESUMO
O presente trabalho visa desenvolver um estudo a respeito da relevância da contação de história na biblioteca
escolar para crianças da educação infantil. Tendo como objetivos descrever a importância da biblioteca escolar
para o processo de ensino e aprendizagem; evidenciar como a prática de contação de história pode proporcionar
benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário
enquanto “contador de histórias”. Para a elaboração desse trabalho empregou-se a pesquisa bibliográfica onde na
Fundamentação Teórica: propõe as discussões relativas à prática amparada na perspectiva teórica dos autores da
área, tais como: Abramovich (1997), Fernandes (2008), Ribeiro (2010), Mattos (2019), dentre outros, os quais
refletem sobre a importância da Biblioteca Escolar, da contação de histórias e do Bibliotecário como mediador
da leitura. E ainda evidencia como a prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as
crianças cultivar a prática da leitura como norteadora para o processo de ensino e aprendizagem. As
considerações finais apresentam uma análise sobre o trabalho desenvolvido, informando resultados e reflexões
sobre o tema.
Palavras-chave: Biblioteca escolar; Contação de histórias; Incentivo à leitura; Educação Infantil.
ABSTRACT
The present work aims to develop a study about the relevance of storytelling in the School Library for children in
Kindergarten. Aiming to describe the importance of the school library for the teaching and learning process;
Show how the practice of storytelling can provide benefits and help children to cultivate the practice of reading
and still realize the contribution of the librarian as a "storyteller". For the elaboration of this work,
bibliographical research was used where in Theoretical Foundation: it proposes the discussions related to the
practice supported by the theoretical perspective of the authors in the area, such as: Abramovich (1997),
Fernandes (2008), Ribeiro (2010), Mattos (2019), among others, which reflect on the importance of the School
Library, storytelling and the Librarian as a mediator of reading. And it also shows how the practice of
storytelling can provide benefits and help children to cultivate the practice of reading as a guide for the teaching
and learning process. The final considerations present an analysis of the work developed, informing results and
reflections on the theme.
Keywords: School library; storytelling; Reading encouragement; Child education.
1 INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Biblioteconomia;- E-mail: 2782810@aluno.uniasselvi.com.br;
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Biblioteconomia –; E-mail: @tutor.uniasselvi.com.br
2. 2
A prática de contação de histórias desenvolvidas na biblioteca escolar é uma das
atividades mais relevantes no processo de desenvolvimento das crianças além de incentivar a
prática da leitura. Nesse sentido, desenvolver um estudo sobre a contação de histórias na
biblioteca escolar: uma proposta de incentivo a leitura na educação infantil, possibilitará
entender a importância da biblioteca escolar como facilitadora da aprendizagem, pois oferece
um ambiente favorável para realizar ações voltadas para a leitura. Diante deste contexto Silva
(2001), afirma que a biblioteca é considerada o principal agente da construção sócio-cultural
de um país, é uma instância privilegiada de criação/produção de saberes, formação de
competências e de difusão da experiência cultural e científica da sociedade.
O ato de contar histórias além de ser antigo, atrai a atenção das crianças e instiga a
imaginação. “Na infância, a narrativa de histórias amplia a aquisição de conhecimentos e
experiências das crianças, desperta a criatividade, a imaginação, a atenção e principalmente o
gosto pela leitura” (RIBEIRO, 2010, p. 7).
Nesse sentido o profissional bibliotecário possibilitará a mediação informacional e
criação de espaços com contação de histórias que favoreçam o interesse pela leitura e
despertem o imaginário nas crianças da educação infantil. Pois a criança que ainda não sabe
ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta de histórias, ainda que não saiba
decifrar as palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura (BRASIL, 1998).
Os objetivos deste trabalho se pautam em demonstrar a importância da biblioteca
escolar para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, evidenciar como a
prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a
prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de
histórias”.
As abordagens teóricas desse trabalho se baseiam em autores relacionados à área,
fundamentando assim, a pesquisa desenvolvida. Após a reflexão teórica, será discorrido sobre
a metodologia e apresentado os resultados observados pela pesquisa. Por fim, nas
considerações finais serão desenvolvidas impressões positivas e reflexivas dos resultados
encontrados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
3. 3
O presente trabalho de conclusão do curso em Biblioteconomia foi desenvolvido a
partir do levantamento bibliográfico sobre o tema, sendo que a escolha dessa temática se deu
devido relevância que a contação de histórias para crianças da Educação infantil na biblioteca
escolar desempenha no incentivo a leitura.
Nesse sentido a fundamentação teórica traz conhecimentos científicos de livros,
revistas e artigos com informações claras para compreensão sobre a biblioteca escolar, a
importância da contação de histórias, e o papel do bibliotecário como mediador da leitura.
2.1 BIBLIOTECA ESCOLAR
As bibliotecas surgiram da necessidade da comunicação e acompanha a história da
evolução da humanidade, ao longo dos processos humanos. De acordo com Benkendorf,
Momm e Silva (2018), a história da biblioteca anda lado a lado com história do registro da
informação e com a história da humanidade, sendo indiscutível que as bibliotecas contribuem
para a cultura e conhecimento das civilizações ao longo dos tempos.
Sendo assim, as bibliotecas exercem uma importante tarefa para a mediação da
informação, através da evolução da produção escrita e da circulação do conhecimento, e
principalmente na evolução tecnológica que favorece o processo informacional. Benkendorf,
Momm e Silva (2018, p. 71) descrevem que a biblioteca é: “comumente conhecida como o
local, físico, onde se encontram os diversos suportes do conhecimento, como livros, CDs,
mapas, revistas, entre tantos materiais que fazem parte do acervo, organizados
sistematicamente de acordo com os padrões universais”.
As bibliotecas foram se modificando e até se caracterizando de diversas formas,
dependendo é claro do público a qual atendem e o acervo que possuem, existem vários tipos
de bibliotecas e dentre elas a biblioteca escolar. Ainda segundo Benkendorf, Momm e Silva
(2018, p. 73) bibliotecas escolares são:
As bibliotecas mantidas pelas escolas públicas e particulares para atenderem aos
seus alunos. O acervo é composto por obras e materiais didáticos. Ela temumpapel
muito importante, porque é o local em que “a leitura, a pesquisa, investigação,
pensamento, imaginação e criatividade são fundamentais para o percurso dos alunos
da informação ao conhecimento e para o seu crescimento pessoal, social e cultural.
E para Silva (2011), a biblioteca escolar é o local para apresentar a leitura como uma
atividade natural e prazerosa, pois é nela que muitas crianças têm acesso a livros que não
4. 4
sejam apenas didáticos. Ela destaca que a biblioteca em si não é um simples suporte
informacional ao estudo e à pesquisa, e que deve ser geradora de talentos, resgatando o prazer
da leitura, além de, quem sabe, garantir a continuidade da frequência dos usuários na
biblioteca. Nesse sentido Bortolin e Almeida Júnior (2009, p. 205) descrevem:
A biblioteca escolar precisa ser percebida como um ambiente de formação de
leitores e pesquisadores, e os profissionais que atuamnela devemcriar emtorno das
ações de leitura e pesquisa um clima de liberdade e ludicidade, porém para isso
esses profissionais têm a difícil tarefa de estabelecer o limite entre a permissividade
e a autoridade.
De acordo com Hillesheim e Fachin a biblioteca escolar é caracterizada como:
[...] um espaço em que os alunos encontram material para complementar sua
aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico. É na
biblioteca que podem reconhecer a complexidade do mundo que os rodeia descobrir
seus próprios gostos. [...] Biblioteca escolar é um centro ativo da aprendizagem,
portanto precisa ser vista como um núcleo ligado ao esforço pedagógico dos
professores e não como um apêndice das escolas. A biblioteca escolar, portanto,
deve trabalhar com os professores e alunos e não apenas para eles. (HILLESHEIM;
FACHIN, 2003, p. 37).
Conforme Benkendorf, Momm e Silva (2018), é na biblioteca que se instiga o
pensamento crítico, estimula-se a criatividade e a imaginação, desvenda-se novos mundos, e
abre os caminhos para a aprendizagem, além de incentivar o gosto e o hábito da leitura. As
bibliotecas escolares devem colaborar para o desenvolvimento intelectual e cultural das
crianças através do incentivo a leitura, nesse sentido entra o bibliotecário que deve ter
competência para despertar nas crianças o interesse pela leitura e fazer da biblioteca escolar
um ambiente de incentivo a leitura através da contação de historias, proporcionando
momentos de descoberta, alegria, criatividade, aprendizagem.
Neste contexto conclui que a biblioteca escolar deve constituir-se como um recurso
básico do processo educativo, desempenhando um papel na aprendizagem da leitura, no
fomento do prazer de ler e na promoção de hábitos de leitura (SILVA, 2001).
2.2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
O processo de contação de histórias tem grande importância no desenvolvimento
infantil, principalmente através de leituras que auxiliam em diversos aspectos, como a
formação da personalidade das crianças além de inserir no processo ensino e aprendizagem. O
5. 5
hábito da leitura precisa ser estimulado desde cedo, antes mesmo de a criança aprender a ler,
sendo a imagem seu primeiro contato com o universo da alfabetização. Para Ribeiro:
Na educação infantil as histórias despertam nas crianças desde pequenas, gostos e
valores, pois quando se conta uma história têm-se vários objetivos entre eles,
ensinar, instruir, educar e divertir. É na infância quando a criança está nesta fase de
desenvolvimento e descobertas que se deve proporcionar lhe este contato com os
livros, fazendo com que ela perceba que através deles ela pode aprender a escrever,
a imaginar, a pensar e a descobrir o mundo. Contar histórias é promover e estimular
a leitura, o escrever, o desenhar, o imaginar, o brincar. Através das histórias a
criança sente diferentes emoções como alegria, medo, tristeza, bem estar,
insegurança, entre tantas outras, e assimela aprende a lidar comseus sentimentos da
sua maneira (RIBEIRO, 2010, p.7-8).
Diante disso, Moreira (2016) apud Mattos (2020, p. 64) afirma: “ouvi histórias
desenvolve o pensamento crítico e oferece para as crianças a possibilidade de conhecer um
mundo encantador, mas, também, cheio de conflitos e dificuldades que precisam ser
enfrentadas” e assim a leitura de forma lúdica, poética e cultural preparam as crianças da
Educação Infantil para a vida.
Sobre a contação de histórias, Araújo e Sales (2011, p. 566) descrevem: “É
reconhecida como uma das principais atividades de incentivo à leitura nas bibliotecas
escolares”. A inserção da leitura na vida escolar das crianças através da contação de
histórias faz com que se interesse pela leitura de outros livros com novas histórias, além de
expandir seu vocabulário.
Ainda segundo Araújo e Sales (2011, p. 566) "ouvir histórias, além de despertar a
imaginação, instiga a criança a conhecer novas histórias ou até mesmo a querer conhecer o
livro que foi lido na contação de histórias”. A contação de histórias mostra-se fundamental na
educação infantil, sendo uma ação onde a criança exercita a fantasia e imaginação, adquirindo
gosto pela leitura.
Nesse contexto, Silva, Alencar e Bernardino (2017, p. 40) descrevem:
A contação de história estimula à imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o
gosto pela leitura, trabalha a concentração, contribui na formação crítica do leitor,
ajuda na personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Contar histórias
vai além da leitura de um texto, é propiciar um momento de encantamento, surpresa
e emoção. Deve sensibilizar e despertar nos ouvintes o interesse para novas leituras
e descobertas.
A leitura oral apresenta-se como um aspecto muito importante, pois mantém a criança
concentrada, estimulando o hábito da leitura mesmo que algumas delas ainda não sabem ler.
Na contação de história é preciso interpretá-la e agregar emoção para que o ouvinte fique
6. 6
envolvido com a narração, não basta apenas conhecê-la, o leitor deve representar os
personagens da história imitando os sons e gestos fazendo com que as crianças interajam,
despertando assim o imaginário, e se envolvendo com a história.
De acordo Abramovich (1997), é preciso saber usar a voz corretamente usando as
modalidades e possibilidades como, por exemplo: sussurrar quando a personagem fala
baixinho ou está pensando em algo importante; é bom levantar a voz quando uma algazarra
está acontecendo, ou falar de mansinho quando a ação é calma. Através da leitura em voz alta,
as crianças se envolvem com o texto por meio da imaginação. Após ouvir uma história e
visualizar as ilustrações, a criança consegue recontar o livro do seu modo, sentindo-se assim,
capaz de ler.
As histórias escritas para a educação infantil precisam ser ilustradas e criativas para
estimular o imaginário de quem ainda não ler. Nesse sentido, Silva, Alencar e Bernardino
(2017), ressaltam que os livros devem ser de imagens com muitas gravuras e pouco texto ou
mesmo ausência deste, pois é importante que a criança leia primeiramente as gravuras
significativas, que irá favorecer o desenvolvimento da linguagem e da leitura.
Nessa fase é importante que as páginas do livro ajudem a relacionar a história contada
com as imagens, sendo a função da historia no incentivo a leitura, pois o som complementa a
imagem. O contador precisa gostar da história e selecioná-la adequadamente para que
estimule o imaginário e a formar leitores, considerando o interesse das crianças, suas
necessidades e faixa etária.
Para Rodrigues (2018), a contação de história desperta na criança o interesse pela
literatura infantil, além do desenvolvimento de padrões de comportamento e valores sociais
que podem ser potencializados pelo hábito da leitura desse gênero. Vasconcelos (2008),
destaca alguns pontos de evolução da criança, tais como: aumento do vocabulário e fluência
verbal (descrição de sentimentos e pensamentos; comportamentos criativos, boa interpretação;
agilidade para resolver de problemas; e ainda a criança pode criar alternativas diferentes para
conflitos de personagens e enriquecer a solução de seus próprios problemas.
Diante dos expostos, a contação de histórias além de exercitar a imaginação e fantasia
dos ouvintes, resgata de uma maneira positiva, a oralidade, ampliando os horizontes de
leitura, possibilitando à criança o contato com diversos gêneros textuais (FERNANDES
2008).
2.3 O BIBLIOTECÁRIO COMO MEDIADOR DA LEITURA
7. 7
No contexto da biblioteca escolar é indissociável o papel do bibliotecário como
mediador de leitura a partir do desenvolvimento de habilidades. Um grande fator que
influencia a formação de leitores é a contação de história, recurso essencial para que o
bibliotecário exerça esse papel de mediador. As crianças, o alvo principal, podem aprender de
forma lúdica a se interessar pelo universo da história narrada. O hábito de ler é algo a ser
desenvolvido todos os dias, um exercício constante e que deve ser aprendido desde cedo
(SILVA; ALENCAR; BERNARDINO, 2017).
De acordo a BNCC (2018), na educação infantil é preciso proporcionar as crianças
experiências de leitura que elas possam falar e ouvir, se expressar, se socializar, construir e
aprender, pois potencializa o desenvolvimento oral e escrito, pois é no ouvir e no contar de
histórias, que e em conversas, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas
implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito
singular e pertencente a um grupo social.
Nesse contexto, na contação de histórias a função principal do contador é levar as
crianças a despertarem sua imaginação proporcionando gosto pela leitura, e habilidade de
recontar as histórias. O bibliotecário precisa transformar o espaço da biblioteca como um
ambiente atrativo e um caminho seguro que leva às várias leituras em diferentes suportes e
linguagens com atividades orais recreativas, visando facilitar a aproximação de seus alunos
com a leitura, e consequentemente melhor uso do acervo.
Na contação de histórias é necessário que o bibliotecário defina os objetivos desta
atividade, traçando metas para a sua realização. Ele tem a responsabilidade de ser o mediador
entre o aluno e a história narrada, é fundamental para levar a criança a imergir na história
estimulando a busca de novas leituras. Nesse sentido, o bibliotecário precisa planejar a
escolha do gênero textual de acordo com o gosto e idade das crianças, organização do
ambiente e compreender plenamente o texto para que ele tenha segurança e naturalidade
durante a contação.
Nesta perspectiva, Abramovich (1997, p. 17) destaca:
É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a
tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a
tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas
provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que
cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar comos olhos do
imaginário!
8. 8
A criança deve ser considerada com alguém que interage com a história favorecendo
um melhor entrosamento e envolvimento com a narrativa, proporcionando às crianças a
possibilidade de se expressar, questionar e construir conhecimentos. É um momento único de
relacionar o imaginário ao o mundo real, além de compartilhar as informações com os demais.
Para uma boa narração de histórias infantis são necessários elementos como
originalidade, surpresas, agilidade da contação e a expressividade. O contador deve estar
disposto a criar uma cumplicidade entre a história e o ouvinte, oferecendo espaços para a
criança se envolver (RIBEIRO, 2010).
Para ressaltar essa reflexão Café (2000, p. 33) afirma:
Para que o ouvinte possa sentir a história, e construir suas imagens, interagindo com
o texto, o contador deve também sentir, enxergar com detalhes e cores as cenas da
história, enquanto narra. Ter domínio do texto, das emoções por ele provocadas, do
olhar para que os ouvintes acreditem nos acontecimentos e fatos do texto, é de
fundamental importância para qualquer história, independente dos recursos
utilizados pelo contador.
O bibliotecário como contador de história deve provocar o interesse no aluno na
história, proporcionando um momento de construção de conhecimento. O ato de contar
histórias é uma atividade imprescindível na biblioteca escolar, pois é nela que serão formados
novos leitores. A contação de história reflete em inúmeros resultados positivos e neste
contexto, Rodrigues (2018, p. 24) pontua: “Tanto para os alunos como para a visibilidade do
bibliotecário e a biblioteca. Em relação aos alunos os benefícios são inúmeros: eles podem
desenvolver valores morais e interesse pela busca de novos livros.”
Ainda segundo Rodrigues (2018), para realizar a complementação na contação de
histórias pode usar os recursos tecnológicos como auxílio, como por exemplo: vídeos,
apresentações em slides, músicas ou jogos. Sendo a pesquisa e criatividade iniciativa
principalmente de quem irá mediar a leitura.
Nessa mesma perspectiva Mattos (2020), ressalta que a contação de história pode
acontecer em forma de teatro, com músicas, roda de conversa, com diálogo que possa instigar
as crianças a participar. E descreve como aplicar na biblioteca a contação de histórias.
1-Determinar a data para o evento e que tipo de contação ocorrerá;
2- Divulgar o evento para o público-alvo;
3- Organizar;
4- Registar com fotos e/ ou vídeos;
5- Divulgar por e-mails e redes sociais após o evento (MATTOS, 2000, p. 64).
9. 9
Existem algumas estratégias para que a contação de histórias na biblioteca escolar
possa ser um incentivo a leitura na educação infantil que vale ressaltar:
a) as histórias podem ser lidas ou contadas; o contador deve levar vida às histórias,
preocupando-se coma entonação de voz e a postura do corpo;
b) sensibilidade ao multiculturalismo para escrever e contar as histórias;
c) considerar as diversas possibilidades de frases para começar e terminar um conto;
d) utilizar acessórios e utensílios como, por exemplo, fantoches é um excelente
recurso para o ouvinte e para o contador lembrar a sequência da história, mas é
preciso que seja simples, porém atrativo, principalmente para aguçar a curiosidade
de crianças menores;
e) preparar o ambiente, considerar as idades, falar com clareza, começar e finalizar
as histórias; direcionar uma por dia é fundamental para uma boa contação;
f) é essencial que, ao final, seja feita uma avaliação de todo o processo. (MATEUS
et al., 2014, p. 65).
Portanto, cabe ao bibliotecário criar e estimular essa prática oral de contação de
história por meio de ações adequadas e um ambiente acolhedor que propiciem o senso crítico,
curiosidade em novas leituras, visando desenvolver a capacidade criativa e cognitiva da
criança.
3 METODOLOGIA
No presente trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica como abordagem
metodológica, consultando-se fontes de dados online, artigos científicos, revistas, livros e
bibliotecas para o devido enriquecimento, com o intuito de possibilitar novas reflexões acerca
da temática abordada, oferecendo subsídios para compreensão dos questionamentos iniciais.
Através desta abordagem qualitativa, foi possível refletirmos sobre relevância que a contação
de histórias para crianças da Educação infantil na biblioteca escolar desempenha no incentivo
a leitura.
Os dados coletados têm como base as Legislações vigentes, os autores da área da
Biblioteconomia, da Educação e pesquisadores que incentiva a leitura e contação de histórias,
fundamentando assim toda a pesquisa. A pesquisa bibliográfica não é repetição do que já foi
escrito, pois, proporciona aos leitores um novo enfoque ou abordagem sobre o tema,
encontrando novas conclusões inovadoras (MARCONI; LAKATOS, 2019).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Ao desenvolver este trabalho com pesquisas bibliográficas percebe-se uma
significativa contribuição para a formação na área da biblioteconomia, pois foi possível
ampliar os conhecimentos sobre a contação de histórias como uma proposta de incentivo a
leitura na biblioteca escolar, além de um contato direto com diversos materiais que poderão
ser aplicados na biblioteca para a contação de histórias. Esta pesquisa oportunizou uma busca
em diversas fontes, motivando novas descobertas e demonstrando a importância da biblioteca
escolar para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, evidenciando como a
prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a
prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de
histórias”.
Após estudos bibliográficos, e as discussões relativas à prática amparada na
perspectiva teórica dos autores, ficou evidente a importância que a biblioteca escolar
desempenha no processo de aprendizagem das crianças, sendo considerado um local propício
para a contação de histórias.
Os resultados obtidos com a pesquisa trazem um destaque sobre a relevância da
contação de histórias e assim poder afirmar que a contação de histórias é uma forma lúdica de
transmissão de conhecimentos, é um estímulo a prática da leitura. O principal objetivo em
contar uma história é divertir, estimular a imaginação, mas, quando bem contada, pode atingir
outros objetivos, tais como: educar, instruir, conhecer melhor os interesses pessoais,
desenvolver o raciocínio (TORRES; TETTAMANZY, 2008 apud FERNANDES, 2008).
O estudo bibliográfico destaca práticas para que a contação de histórias na biblioteca
escolar possa ser um incentivo a leitura na educação infantil, e ainda traz importantes
reflexões sobre a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de histórias”. Pois,
acredita-se que é a contação de histórias pode interferir positivamente para uma aprendizagem
significativa. Nesse contexto, Rodrigues (2018), afirma que na biblioteca escolar é
indissociável o papel do bibliotecário como mediador de leitura a partir do desenvolvimento de
habilidades.
Segundo os autores pesquisados, é possível encontrar eficazes estratégias a serem
utilizadas na biblioteca escolar que irá proporcionar a criança um mundo de descobertas. As
estratégias apresentadas na fundamentação teórica para serem desenvolvidas pelos
bibliotecários contribuem para auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura. Sendo assim
cabe ao bibliotecário utilizar essas estratégias para a criança adentrar no universo dos saberes
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e assim estará contribuindo com oportunidades para elas se desenvolverem no processo de
aprendizagem.
Ficou perceptível que a contação de histórias é um recurso imprescindível a ser
utilizado no ambiente da biblioteca para que as crianças possam se interessar pelo universo da
leitura, além de aprender de forma lúdica e contribuir para o enriquecimento cultural e o
desenvolvimento da aprendizagem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho apresentou a importância da contação de histórias para crianças da
educação infantil como prática de incentivo a leitura. A pesquisa bibliográfica possibilitou
compreender o conceito e a importância da Biblioteca Escolar como espaço de contação de
histórias e ainda perceber o quanto a prática de contação de histórias contribui para o
desenvolvimento do pensamento imaginário, além de ser um meio para desenvolvimento da
aprendizagem.
A pesquisa ampliou o conhecimento a cerca da temática apresentada no que se refere à
importância desta prática na biblioteca escolar e os aspectos da contação de história,
identificando as estratégias que possa ser um incentivo a leitura na educação infantil e que
favoreçam o despertar ao imaginário e o envolvimento com a história contada. Foi possível
identificar que o processo da alfabetização e, consequentemente, de aprendizagem passa por
este método de ouvir a história e discutir sobre ela.
Nesse contexto, na contação de histórias a função principal do contador é levar as
crianças a despertarem sua imaginação proporcionando gosto pela leitura, e habilidade de
recontar as histórias, sendo assim, o bibliotecário precisa transformar o espaço da biblioteca
escolar em um ambiente atrativo e um caminho seguro que leva as crianças às várias leituras
em diferentes suportes e linguagens. Evidencia-se que a prática de contação de história pode
contribuir para o desenvolvimento de padrões de comportamento e valores sociais, além de
proporcionar diversos benefícios às crianças a cultivar a prática da leitura.
Conclui-se que é fundamental o desenvolvimento de estratégias eficazes aliada às
ações planejadas pelo bibliotecário para que a contação de histórias na biblioteca escolar para
as crianças da educação infantil possa de fato incentivar a leitura e contribuir para o processo
de ensino e aprendizagem.
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