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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA BIBLIOTECA ESCOLAR: UMA
PROPOSTA DE INCENTIVO A LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
STORYTELLING IN THE SCHOOL LIBRARY: A PROPOSAL OF
INCENTIVE READING IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION
José Carlos Gomes Rocha1
Geraldo José Silveira2
RESUMO
O presente trabalho visa desenvolver um estudo a respeito da relevância da contação de história na biblioteca
escolar para crianças da educação infantil. Tendo como objetivos descrever a importância da biblioteca escolar
para o processo de ensino e aprendizagem; evidenciar como a prática de contação de história pode proporcionar
benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário
enquanto “contador de histórias”. Para a elaboração desse trabalho empregou-se a pesquisa bibliográfica onde na
Fundamentação Teórica: propõe as discussões relativas à prática amparada na perspectiva teórica dos autores da
área, tais como: Abramovich (1997), Fernandes (2008), Ribeiro (2010), Mattos (2019), dentre outros, os quais
refletem sobre a importância da Biblioteca Escolar, da contação de histórias e do Bibliotecário como mediador
da leitura. E ainda evidencia como a prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as
crianças cultivar a prática da leitura como norteadora para o processo de ensino e aprendizagem. As
considerações finais apresentam uma análise sobre o trabalho desenvolvido, informando resultados e reflexões
sobre o tema.
Palavras-chave: Biblioteca escolar; Contação de histórias; Incentivo à leitura; Educação Infantil.
ABSTRACT
The present work aims to develop a study about the relevance of storytelling in the School Library for children in
Kindergarten. Aiming to describe the importance of the school library for the teaching and learning process;
Show how the practice of storytelling can provide benefits and help children to cultivate the practice of reading
and still realize the contribution of the librarian as a "storyteller". For the elaboration of this work,
bibliographical research was used where in Theoretical Foundation: it proposes the discussions related to the
practice supported by the theoretical perspective of the authors in the area, such as: Abramovich (1997),
Fernandes (2008), Ribeiro (2010), Mattos (2019), among others, which reflect on the importance of the School
Library, storytelling and the Librarian as a mediator of reading. And it also shows how the practice of
storytelling can provide benefits and help children to cultivate the practice of reading as a guide for the teaching
and learning process. The final considerations present an analysis of the work developed, informing results and
reflections on the theme.
Keywords: School library; storytelling; Reading encouragement; Child education.
1 INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Biblioteconomia;- E-mail: 2782810@aluno.uniasselvi.com.br;
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Biblioteconomia –; E-mail: @tutor.uniasselvi.com.br
2
A prática de contação de histórias desenvolvidas na biblioteca escolar é uma das
atividades mais relevantes no processo de desenvolvimento das crianças além de incentivar a
prática da leitura. Nesse sentido, desenvolver um estudo sobre a contação de histórias na
biblioteca escolar: uma proposta de incentivo a leitura na educação infantil, possibilitará
entender a importância da biblioteca escolar como facilitadora da aprendizagem, pois oferece
um ambiente favorável para realizar ações voltadas para a leitura. Diante deste contexto Silva
(2001), afirma que a biblioteca é considerada o principal agente da construção sócio-cultural
de um país, é uma instância privilegiada de criação/produção de saberes, formação de
competências e de difusão da experiência cultural e científica da sociedade.
O ato de contar histórias além de ser antigo, atrai a atenção das crianças e instiga a
imaginação. “Na infância, a narrativa de histórias amplia a aquisição de conhecimentos e
experiências das crianças, desperta a criatividade, a imaginação, a atenção e principalmente o
gosto pela leitura” (RIBEIRO, 2010, p. 7).
Nesse sentido o profissional bibliotecário possibilitará a mediação informacional e
criação de espaços com contação de histórias que favoreçam o interesse pela leitura e
despertem o imaginário nas crianças da educação infantil. Pois a criança que ainda não sabe
ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta de histórias, ainda que não saiba
decifrar as palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura (BRASIL, 1998).
Os objetivos deste trabalho se pautam em demonstrar a importância da biblioteca
escolar para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, evidenciar como a
prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a
prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de
histórias”.
As abordagens teóricas desse trabalho se baseiam em autores relacionados à área,
fundamentando assim, a pesquisa desenvolvida. Após a reflexão teórica, será discorrido sobre
a metodologia e apresentado os resultados observados pela pesquisa. Por fim, nas
considerações finais serão desenvolvidas impressões positivas e reflexivas dos resultados
encontrados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
3
O presente trabalho de conclusão do curso em Biblioteconomia foi desenvolvido a
partir do levantamento bibliográfico sobre o tema, sendo que a escolha dessa temática se deu
devido relevância que a contação de histórias para crianças da Educação infantil na biblioteca
escolar desempenha no incentivo a leitura.
Nesse sentido a fundamentação teórica traz conhecimentos científicos de livros,
revistas e artigos com informações claras para compreensão sobre a biblioteca escolar, a
importância da contação de histórias, e o papel do bibliotecário como mediador da leitura.
2.1 BIBLIOTECA ESCOLAR
As bibliotecas surgiram da necessidade da comunicação e acompanha a história da
evolução da humanidade, ao longo dos processos humanos. De acordo com Benkendorf,
Momm e Silva (2018), a história da biblioteca anda lado a lado com história do registro da
informação e com a história da humanidade, sendo indiscutível que as bibliotecas contribuem
para a cultura e conhecimento das civilizações ao longo dos tempos.
Sendo assim, as bibliotecas exercem uma importante tarefa para a mediação da
informação, através da evolução da produção escrita e da circulação do conhecimento, e
principalmente na evolução tecnológica que favorece o processo informacional. Benkendorf,
Momm e Silva (2018, p. 71) descrevem que a biblioteca é: “comumente conhecida como o
local, físico, onde se encontram os diversos suportes do conhecimento, como livros, CDs,
mapas, revistas, entre tantos materiais que fazem parte do acervo, organizados
sistematicamente de acordo com os padrões universais”.
As bibliotecas foram se modificando e até se caracterizando de diversas formas,
dependendo é claro do público a qual atendem e o acervo que possuem, existem vários tipos
de bibliotecas e dentre elas a biblioteca escolar. Ainda segundo Benkendorf, Momm e Silva
(2018, p. 73) bibliotecas escolares são:
As bibliotecas mantidas pelas escolas públicas e particulares para atenderem aos
seus alunos. O acervo é composto por obras e materiais didáticos. Ela temumpapel
muito importante, porque é o local em que “a leitura, a pesquisa, investigação,
pensamento, imaginação e criatividade são fundamentais para o percurso dos alunos
da informação ao conhecimento e para o seu crescimento pessoal, social e cultural.
E para Silva (2011), a biblioteca escolar é o local para apresentar a leitura como uma
atividade natural e prazerosa, pois é nela que muitas crianças têm acesso a livros que não
4
sejam apenas didáticos. Ela destaca que a biblioteca em si não é um simples suporte
informacional ao estudo e à pesquisa, e que deve ser geradora de talentos, resgatando o prazer
da leitura, além de, quem sabe, garantir a continuidade da frequência dos usuários na
biblioteca. Nesse sentido Bortolin e Almeida Júnior (2009, p. 205) descrevem:
A biblioteca escolar precisa ser percebida como um ambiente de formação de
leitores e pesquisadores, e os profissionais que atuamnela devemcriar emtorno das
ações de leitura e pesquisa um clima de liberdade e ludicidade, porém para isso
esses profissionais têm a difícil tarefa de estabelecer o limite entre a permissividade
e a autoridade.
De acordo com Hillesheim e Fachin a biblioteca escolar é caracterizada como:
[...] um espaço em que os alunos encontram material para complementar sua
aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico. É na
biblioteca que podem reconhecer a complexidade do mundo que os rodeia descobrir
seus próprios gostos. [...] Biblioteca escolar é um centro ativo da aprendizagem,
portanto precisa ser vista como um núcleo ligado ao esforço pedagógico dos
professores e não como um apêndice das escolas. A biblioteca escolar, portanto,
deve trabalhar com os professores e alunos e não apenas para eles. (HILLESHEIM;
FACHIN, 2003, p. 37).
Conforme Benkendorf, Momm e Silva (2018), é na biblioteca que se instiga o
pensamento crítico, estimula-se a criatividade e a imaginação, desvenda-se novos mundos, e
abre os caminhos para a aprendizagem, além de incentivar o gosto e o hábito da leitura. As
bibliotecas escolares devem colaborar para o desenvolvimento intelectual e cultural das
crianças através do incentivo a leitura, nesse sentido entra o bibliotecário que deve ter
competência para despertar nas crianças o interesse pela leitura e fazer da biblioteca escolar
um ambiente de incentivo a leitura através da contação de historias, proporcionando
momentos de descoberta, alegria, criatividade, aprendizagem.
Neste contexto conclui que a biblioteca escolar deve constituir-se como um recurso
básico do processo educativo, desempenhando um papel na aprendizagem da leitura, no
fomento do prazer de ler e na promoção de hábitos de leitura (SILVA, 2001).
2.2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
O processo de contação de histórias tem grande importância no desenvolvimento
infantil, principalmente através de leituras que auxiliam em diversos aspectos, como a
formação da personalidade das crianças além de inserir no processo ensino e aprendizagem. O
5
hábito da leitura precisa ser estimulado desde cedo, antes mesmo de a criança aprender a ler,
sendo a imagem seu primeiro contato com o universo da alfabetização. Para Ribeiro:
Na educação infantil as histórias despertam nas crianças desde pequenas, gostos e
valores, pois quando se conta uma história têm-se vários objetivos entre eles,
ensinar, instruir, educar e divertir. É na infância quando a criança está nesta fase de
desenvolvimento e descobertas que se deve proporcionar lhe este contato com os
livros, fazendo com que ela perceba que através deles ela pode aprender a escrever,
a imaginar, a pensar e a descobrir o mundo. Contar histórias é promover e estimular
a leitura, o escrever, o desenhar, o imaginar, o brincar. Através das histórias a
criança sente diferentes emoções como alegria, medo, tristeza, bem estar,
insegurança, entre tantas outras, e assimela aprende a lidar comseus sentimentos da
sua maneira (RIBEIRO, 2010, p.7-8).
Diante disso, Moreira (2016) apud Mattos (2020, p. 64) afirma: “ouvi histórias
desenvolve o pensamento crítico e oferece para as crianças a possibilidade de conhecer um
mundo encantador, mas, também, cheio de conflitos e dificuldades que precisam ser
enfrentadas” e assim a leitura de forma lúdica, poética e cultural preparam as crianças da
Educação Infantil para a vida.
Sobre a contação de histórias, Araújo e Sales (2011, p. 566) descrevem: “É
reconhecida como uma das principais atividades de incentivo à leitura nas bibliotecas
escolares”. A inserção da leitura na vida escolar das crianças através da contação de
histórias faz com que se interesse pela leitura de outros livros com novas histórias, além de
expandir seu vocabulário.
Ainda segundo Araújo e Sales (2011, p. 566) "ouvir histórias, além de despertar a
imaginação, instiga a criança a conhecer novas histórias ou até mesmo a querer conhecer o
livro que foi lido na contação de histórias”. A contação de histórias mostra-se fundamental na
educação infantil, sendo uma ação onde a criança exercita a fantasia e imaginação, adquirindo
gosto pela leitura.
Nesse contexto, Silva, Alencar e Bernardino (2017, p. 40) descrevem:
A contação de história estimula à imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o
gosto pela leitura, trabalha a concentração, contribui na formação crítica do leitor,
ajuda na personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Contar histórias
vai além da leitura de um texto, é propiciar um momento de encantamento, surpresa
e emoção. Deve sensibilizar e despertar nos ouvintes o interesse para novas leituras
e descobertas.
A leitura oral apresenta-se como um aspecto muito importante, pois mantém a criança
concentrada, estimulando o hábito da leitura mesmo que algumas delas ainda não sabem ler.
Na contação de história é preciso interpretá-la e agregar emoção para que o ouvinte fique
6
envolvido com a narração, não basta apenas conhecê-la, o leitor deve representar os
personagens da história imitando os sons e gestos fazendo com que as crianças interajam,
despertando assim o imaginário, e se envolvendo com a história.
De acordo Abramovich (1997), é preciso saber usar a voz corretamente usando as
modalidades e possibilidades como, por exemplo: sussurrar quando a personagem fala
baixinho ou está pensando em algo importante; é bom levantar a voz quando uma algazarra
está acontecendo, ou falar de mansinho quando a ação é calma. Através da leitura em voz alta,
as crianças se envolvem com o texto por meio da imaginação. Após ouvir uma história e
visualizar as ilustrações, a criança consegue recontar o livro do seu modo, sentindo-se assim,
capaz de ler.
As histórias escritas para a educação infantil precisam ser ilustradas e criativas para
estimular o imaginário de quem ainda não ler. Nesse sentido, Silva, Alencar e Bernardino
(2017), ressaltam que os livros devem ser de imagens com muitas gravuras e pouco texto ou
mesmo ausência deste, pois é importante que a criança leia primeiramente as gravuras
significativas, que irá favorecer o desenvolvimento da linguagem e da leitura.
Nessa fase é importante que as páginas do livro ajudem a relacionar a história contada
com as imagens, sendo a função da historia no incentivo a leitura, pois o som complementa a
imagem. O contador precisa gostar da história e selecioná-la adequadamente para que
estimule o imaginário e a formar leitores, considerando o interesse das crianças, suas
necessidades e faixa etária.
Para Rodrigues (2018), a contação de história desperta na criança o interesse pela
literatura infantil, além do desenvolvimento de padrões de comportamento e valores sociais
que podem ser potencializados pelo hábito da leitura desse gênero. Vasconcelos (2008),
destaca alguns pontos de evolução da criança, tais como: aumento do vocabulário e fluência
verbal (descrição de sentimentos e pensamentos; comportamentos criativos, boa interpretação;
agilidade para resolver de problemas; e ainda a criança pode criar alternativas diferentes para
conflitos de personagens e enriquecer a solução de seus próprios problemas.
Diante dos expostos, a contação de histórias além de exercitar a imaginação e fantasia
dos ouvintes, resgata de uma maneira positiva, a oralidade, ampliando os horizontes de
leitura, possibilitando à criança o contato com diversos gêneros textuais (FERNANDES
2008).
2.3 O BIBLIOTECÁRIO COMO MEDIADOR DA LEITURA
7
No contexto da biblioteca escolar é indissociável o papel do bibliotecário como
mediador de leitura a partir do desenvolvimento de habilidades. Um grande fator que
influencia a formação de leitores é a contação de história, recurso essencial para que o
bibliotecário exerça esse papel de mediador. As crianças, o alvo principal, podem aprender de
forma lúdica a se interessar pelo universo da história narrada. O hábito de ler é algo a ser
desenvolvido todos os dias, um exercício constante e que deve ser aprendido desde cedo
(SILVA; ALENCAR; BERNARDINO, 2017).
De acordo a BNCC (2018), na educação infantil é preciso proporcionar as crianças
experiências de leitura que elas possam falar e ouvir, se expressar, se socializar, construir e
aprender, pois potencializa o desenvolvimento oral e escrito, pois é no ouvir e no contar de
histórias, que e em conversas, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas
implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito
singular e pertencente a um grupo social.
Nesse contexto, na contação de histórias a função principal do contador é levar as
crianças a despertarem sua imaginação proporcionando gosto pela leitura, e habilidade de
recontar as histórias. O bibliotecário precisa transformar o espaço da biblioteca como um
ambiente atrativo e um caminho seguro que leva às várias leituras em diferentes suportes e
linguagens com atividades orais recreativas, visando facilitar a aproximação de seus alunos
com a leitura, e consequentemente melhor uso do acervo.
Na contação de histórias é necessário que o bibliotecário defina os objetivos desta
atividade, traçando metas para a sua realização. Ele tem a responsabilidade de ser o mediador
entre o aluno e a história narrada, é fundamental para levar a criança a imergir na história
estimulando a busca de novas leituras. Nesse sentido, o bibliotecário precisa planejar a
escolha do gênero textual de acordo com o gosto e idade das crianças, organização do
ambiente e compreender plenamente o texto para que ele tenha segurança e naturalidade
durante a contação.
Nesta perspectiva, Abramovich (1997, p. 17) destaca:
É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a
tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a
tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas
provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que
cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar comos olhos do
imaginário!
8
A criança deve ser considerada com alguém que interage com a história favorecendo
um melhor entrosamento e envolvimento com a narrativa, proporcionando às crianças a
possibilidade de se expressar, questionar e construir conhecimentos. É um momento único de
relacionar o imaginário ao o mundo real, além de compartilhar as informações com os demais.
Para uma boa narração de histórias infantis são necessários elementos como
originalidade, surpresas, agilidade da contação e a expressividade. O contador deve estar
disposto a criar uma cumplicidade entre a história e o ouvinte, oferecendo espaços para a
criança se envolver (RIBEIRO, 2010).
Para ressaltar essa reflexão Café (2000, p. 33) afirma:
Para que o ouvinte possa sentir a história, e construir suas imagens, interagindo com
o texto, o contador deve também sentir, enxergar com detalhes e cores as cenas da
história, enquanto narra. Ter domínio do texto, das emoções por ele provocadas, do
olhar para que os ouvintes acreditem nos acontecimentos e fatos do texto, é de
fundamental importância para qualquer história, independente dos recursos
utilizados pelo contador.
O bibliotecário como contador de história deve provocar o interesse no aluno na
história, proporcionando um momento de construção de conhecimento. O ato de contar
histórias é uma atividade imprescindível na biblioteca escolar, pois é nela que serão formados
novos leitores. A contação de história reflete em inúmeros resultados positivos e neste
contexto, Rodrigues (2018, p. 24) pontua: “Tanto para os alunos como para a visibilidade do
bibliotecário e a biblioteca. Em relação aos alunos os benefícios são inúmeros: eles podem
desenvolver valores morais e interesse pela busca de novos livros.”
Ainda segundo Rodrigues (2018), para realizar a complementação na contação de
histórias pode usar os recursos tecnológicos como auxílio, como por exemplo: vídeos,
apresentações em slides, músicas ou jogos. Sendo a pesquisa e criatividade iniciativa
principalmente de quem irá mediar a leitura.
Nessa mesma perspectiva Mattos (2020), ressalta que a contação de história pode
acontecer em forma de teatro, com músicas, roda de conversa, com diálogo que possa instigar
as crianças a participar. E descreve como aplicar na biblioteca a contação de histórias.
1-Determinar a data para o evento e que tipo de contação ocorrerá;
2- Divulgar o evento para o público-alvo;
3- Organizar;
4- Registar com fotos e/ ou vídeos;
5- Divulgar por e-mails e redes sociais após o evento (MATTOS, 2000, p. 64).
9
Existem algumas estratégias para que a contação de histórias na biblioteca escolar
possa ser um incentivo a leitura na educação infantil que vale ressaltar:
a) as histórias podem ser lidas ou contadas; o contador deve levar vida às histórias,
preocupando-se coma entonação de voz e a postura do corpo;
b) sensibilidade ao multiculturalismo para escrever e contar as histórias;
c) considerar as diversas possibilidades de frases para começar e terminar um conto;
d) utilizar acessórios e utensílios como, por exemplo, fantoches é um excelente
recurso para o ouvinte e para o contador lembrar a sequência da história, mas é
preciso que seja simples, porém atrativo, principalmente para aguçar a curiosidade
de crianças menores;
e) preparar o ambiente, considerar as idades, falar com clareza, começar e finalizar
as histórias; direcionar uma por dia é fundamental para uma boa contação;
f) é essencial que, ao final, seja feita uma avaliação de todo o processo. (MATEUS
et al., 2014, p. 65).
Portanto, cabe ao bibliotecário criar e estimular essa prática oral de contação de
história por meio de ações adequadas e um ambiente acolhedor que propiciem o senso crítico,
curiosidade em novas leituras, visando desenvolver a capacidade criativa e cognitiva da
criança.
3 METODOLOGIA
No presente trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica como abordagem
metodológica, consultando-se fontes de dados online, artigos científicos, revistas, livros e
bibliotecas para o devido enriquecimento, com o intuito de possibilitar novas reflexões acerca
da temática abordada, oferecendo subsídios para compreensão dos questionamentos iniciais.
Através desta abordagem qualitativa, foi possível refletirmos sobre relevância que a contação
de histórias para crianças da Educação infantil na biblioteca escolar desempenha no incentivo
a leitura.
Os dados coletados têm como base as Legislações vigentes, os autores da área da
Biblioteconomia, da Educação e pesquisadores que incentiva a leitura e contação de histórias,
fundamentando assim toda a pesquisa. A pesquisa bibliográfica não é repetição do que já foi
escrito, pois, proporciona aos leitores um novo enfoque ou abordagem sobre o tema,
encontrando novas conclusões inovadoras (MARCONI; LAKATOS, 2019).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
10
Ao desenvolver este trabalho com pesquisas bibliográficas percebe-se uma
significativa contribuição para a formação na área da biblioteconomia, pois foi possível
ampliar os conhecimentos sobre a contação de histórias como uma proposta de incentivo a
leitura na biblioteca escolar, além de um contato direto com diversos materiais que poderão
ser aplicados na biblioteca para a contação de histórias. Esta pesquisa oportunizou uma busca
em diversas fontes, motivando novas descobertas e demonstrando a importância da biblioteca
escolar para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, evidenciando como a
prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a
prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de
histórias”.
Após estudos bibliográficos, e as discussões relativas à prática amparada na
perspectiva teórica dos autores, ficou evidente a importância que a biblioteca escolar
desempenha no processo de aprendizagem das crianças, sendo considerado um local propício
para a contação de histórias.
Os resultados obtidos com a pesquisa trazem um destaque sobre a relevância da
contação de histórias e assim poder afirmar que a contação de histórias é uma forma lúdica de
transmissão de conhecimentos, é um estímulo a prática da leitura. O principal objetivo em
contar uma história é divertir, estimular a imaginação, mas, quando bem contada, pode atingir
outros objetivos, tais como: educar, instruir, conhecer melhor os interesses pessoais,
desenvolver o raciocínio (TORRES; TETTAMANZY, 2008 apud FERNANDES, 2008).
O estudo bibliográfico destaca práticas para que a contação de histórias na biblioteca
escolar possa ser um incentivo a leitura na educação infantil, e ainda traz importantes
reflexões sobre a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de histórias”. Pois,
acredita-se que é a contação de histórias pode interferir positivamente para uma aprendizagem
significativa. Nesse contexto, Rodrigues (2018), afirma que na biblioteca escolar é
indissociável o papel do bibliotecário como mediador de leitura a partir do desenvolvimento de
habilidades.
Segundo os autores pesquisados, é possível encontrar eficazes estratégias a serem
utilizadas na biblioteca escolar que irá proporcionar a criança um mundo de descobertas. As
estratégias apresentadas na fundamentação teórica para serem desenvolvidas pelos
bibliotecários contribuem para auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura. Sendo assim
cabe ao bibliotecário utilizar essas estratégias para a criança adentrar no universo dos saberes
11
e assim estará contribuindo com oportunidades para elas se desenvolverem no processo de
aprendizagem.
Ficou perceptível que a contação de histórias é um recurso imprescindível a ser
utilizado no ambiente da biblioteca para que as crianças possam se interessar pelo universo da
leitura, além de aprender de forma lúdica e contribuir para o enriquecimento cultural e o
desenvolvimento da aprendizagem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho apresentou a importância da contação de histórias para crianças da
educação infantil como prática de incentivo a leitura. A pesquisa bibliográfica possibilitou
compreender o conceito e a importância da Biblioteca Escolar como espaço de contação de
histórias e ainda perceber o quanto a prática de contação de histórias contribui para o
desenvolvimento do pensamento imaginário, além de ser um meio para desenvolvimento da
aprendizagem.
A pesquisa ampliou o conhecimento a cerca da temática apresentada no que se refere à
importância desta prática na biblioteca escolar e os aspectos da contação de história,
identificando as estratégias que possa ser um incentivo a leitura na educação infantil e que
favoreçam o despertar ao imaginário e o envolvimento com a história contada. Foi possível
identificar que o processo da alfabetização e, consequentemente, de aprendizagem passa por
este método de ouvir a história e discutir sobre ela.
Nesse contexto, na contação de histórias a função principal do contador é levar as
crianças a despertarem sua imaginação proporcionando gosto pela leitura, e habilidade de
recontar as histórias, sendo assim, o bibliotecário precisa transformar o espaço da biblioteca
escolar em um ambiente atrativo e um caminho seguro que leva as crianças às várias leituras
em diferentes suportes e linguagens. Evidencia-se que a prática de contação de história pode
contribuir para o desenvolvimento de padrões de comportamento e valores sociais, além de
proporcionar diversos benefícios às crianças a cultivar a prática da leitura.
Conclui-se que é fundamental o desenvolvimento de estratégias eficazes aliada às
ações planejadas pelo bibliotecário para que a contação de histórias na biblioteca escolar para
as crianças da educação infantil possa de fato incentivar a leitura e contribuir para o processo
de ensino e aprendizagem.
12
REFERÊNCIAS
13
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magistério. São Paulo. Editora: Scipione. 1997.
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https://repositorio.bc.ufg.br/bitstream/ri/4366/2/TCCG%20-%20BIBLIOTECONOMIA-
JAQUELINE%20MORAES%20FERNANDES.PDF. Acesso em: 01 out. 2021.
HILLESHEIM, Araci Isaltina de Andrade; FACHIN, Gleisy Regina Bories. Biblioteca
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MARCONI, Marina de Andrade: LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia
científica. 8 ed. São Paulo: Altas, 2019.
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OLIVEIRA, M. P. C. & SOUZA, S. C. A importância da contação de história como
prática educativa na educação infantil. In.: Periódicos PUC Minas, Belo Horizonte, 2014.
MATTOS, Miriam de Cássia do Carmo Mascarenhas. Organização de unidade de
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RIBEIRO, E. A contribuição da contação de histórias para a aprendizagem na educação
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14
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conclusão de Curso- Universidade de Brasilia, BRASÍLIA, 2018. Disponível em:
https://bdm.unb.br/handle/10483/21833. Acesso em: 01 out. 2021.
SILVA, Antônia Moreira da; ALENCAR, Aline Quesado; BERNARDINO, Maria Cleide
Rodrigues. Biblioteca escolar e mediação da leitura: estudo sobre a importância da
contação de história para a formação do leitor. Revista de biblioteconomia e ciência da
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SILVA, L. M. Bibliotecas escolares e construção do sucesso educativo. Braga: Instituto de
Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2001.
VASCONCELOS, Laércia Abreu. Brincando com histórias infantis: uma contribuição da
Análise do Comportamento para o desenvolvimento de crianças e jovens. 2. Ed. Santo
André, São Paulo: ESETEC Editores, 2008.

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  • 1. CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA BIBLIOTECA ESCOLAR: UMA PROPOSTA DE INCENTIVO A LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL STORYTELLING IN THE SCHOOL LIBRARY: A PROPOSAL OF INCENTIVE READING IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION José Carlos Gomes Rocha1 Geraldo José Silveira2 RESUMO O presente trabalho visa desenvolver um estudo a respeito da relevância da contação de história na biblioteca escolar para crianças da educação infantil. Tendo como objetivos descrever a importância da biblioteca escolar para o processo de ensino e aprendizagem; evidenciar como a prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de histórias”. Para a elaboração desse trabalho empregou-se a pesquisa bibliográfica onde na Fundamentação Teórica: propõe as discussões relativas à prática amparada na perspectiva teórica dos autores da área, tais como: Abramovich (1997), Fernandes (2008), Ribeiro (2010), Mattos (2019), dentre outros, os quais refletem sobre a importância da Biblioteca Escolar, da contação de histórias e do Bibliotecário como mediador da leitura. E ainda evidencia como a prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças cultivar a prática da leitura como norteadora para o processo de ensino e aprendizagem. As considerações finais apresentam uma análise sobre o trabalho desenvolvido, informando resultados e reflexões sobre o tema. Palavras-chave: Biblioteca escolar; Contação de histórias; Incentivo à leitura; Educação Infantil. ABSTRACT The present work aims to develop a study about the relevance of storytelling in the School Library for children in Kindergarten. Aiming to describe the importance of the school library for the teaching and learning process; Show how the practice of storytelling can provide benefits and help children to cultivate the practice of reading and still realize the contribution of the librarian as a "storyteller". For the elaboration of this work, bibliographical research was used where in Theoretical Foundation: it proposes the discussions related to the practice supported by the theoretical perspective of the authors in the area, such as: Abramovich (1997), Fernandes (2008), Ribeiro (2010), Mattos (2019), among others, which reflect on the importance of the School Library, storytelling and the Librarian as a mediator of reading. And it also shows how the practice of storytelling can provide benefits and help children to cultivate the practice of reading as a guide for the teaching and learning process. The final considerations present an analysis of the work developed, informing results and reflections on the theme. Keywords: School library; storytelling; Reading encouragement; Child education. 1 INTRODUÇÃO 1 Acadêmico do Curso de Licenciatura em Biblioteconomia;- E-mail: 2782810@aluno.uniasselvi.com.br; 2 Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Biblioteconomia –; E-mail: @tutor.uniasselvi.com.br
  • 2. 2 A prática de contação de histórias desenvolvidas na biblioteca escolar é uma das atividades mais relevantes no processo de desenvolvimento das crianças além de incentivar a prática da leitura. Nesse sentido, desenvolver um estudo sobre a contação de histórias na biblioteca escolar: uma proposta de incentivo a leitura na educação infantil, possibilitará entender a importância da biblioteca escolar como facilitadora da aprendizagem, pois oferece um ambiente favorável para realizar ações voltadas para a leitura. Diante deste contexto Silva (2001), afirma que a biblioteca é considerada o principal agente da construção sócio-cultural de um país, é uma instância privilegiada de criação/produção de saberes, formação de competências e de difusão da experiência cultural e científica da sociedade. O ato de contar histórias além de ser antigo, atrai a atenção das crianças e instiga a imaginação. “Na infância, a narrativa de histórias amplia a aquisição de conhecimentos e experiências das crianças, desperta a criatividade, a imaginação, a atenção e principalmente o gosto pela leitura” (RIBEIRO, 2010, p. 7). Nesse sentido o profissional bibliotecário possibilitará a mediação informacional e criação de espaços com contação de histórias que favoreçam o interesse pela leitura e despertem o imaginário nas crianças da educação infantil. Pois a criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta de histórias, ainda que não saiba decifrar as palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura (BRASIL, 1998). Os objetivos deste trabalho se pautam em demonstrar a importância da biblioteca escolar para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, evidenciar como a prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de histórias”. As abordagens teóricas desse trabalho se baseiam em autores relacionados à área, fundamentando assim, a pesquisa desenvolvida. Após a reflexão teórica, será discorrido sobre a metodologia e apresentado os resultados observados pela pesquisa. Por fim, nas considerações finais serão desenvolvidas impressões positivas e reflexivas dos resultados encontrados. 2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
  • 3. 3 O presente trabalho de conclusão do curso em Biblioteconomia foi desenvolvido a partir do levantamento bibliográfico sobre o tema, sendo que a escolha dessa temática se deu devido relevância que a contação de histórias para crianças da Educação infantil na biblioteca escolar desempenha no incentivo a leitura. Nesse sentido a fundamentação teórica traz conhecimentos científicos de livros, revistas e artigos com informações claras para compreensão sobre a biblioteca escolar, a importância da contação de histórias, e o papel do bibliotecário como mediador da leitura. 2.1 BIBLIOTECA ESCOLAR As bibliotecas surgiram da necessidade da comunicação e acompanha a história da evolução da humanidade, ao longo dos processos humanos. De acordo com Benkendorf, Momm e Silva (2018), a história da biblioteca anda lado a lado com história do registro da informação e com a história da humanidade, sendo indiscutível que as bibliotecas contribuem para a cultura e conhecimento das civilizações ao longo dos tempos. Sendo assim, as bibliotecas exercem uma importante tarefa para a mediação da informação, através da evolução da produção escrita e da circulação do conhecimento, e principalmente na evolução tecnológica que favorece o processo informacional. Benkendorf, Momm e Silva (2018, p. 71) descrevem que a biblioteca é: “comumente conhecida como o local, físico, onde se encontram os diversos suportes do conhecimento, como livros, CDs, mapas, revistas, entre tantos materiais que fazem parte do acervo, organizados sistematicamente de acordo com os padrões universais”. As bibliotecas foram se modificando e até se caracterizando de diversas formas, dependendo é claro do público a qual atendem e o acervo que possuem, existem vários tipos de bibliotecas e dentre elas a biblioteca escolar. Ainda segundo Benkendorf, Momm e Silva (2018, p. 73) bibliotecas escolares são: As bibliotecas mantidas pelas escolas públicas e particulares para atenderem aos seus alunos. O acervo é composto por obras e materiais didáticos. Ela temumpapel muito importante, porque é o local em que “a leitura, a pesquisa, investigação, pensamento, imaginação e criatividade são fundamentais para o percurso dos alunos da informação ao conhecimento e para o seu crescimento pessoal, social e cultural. E para Silva (2011), a biblioteca escolar é o local para apresentar a leitura como uma atividade natural e prazerosa, pois é nela que muitas crianças têm acesso a livros que não
  • 4. 4 sejam apenas didáticos. Ela destaca que a biblioteca em si não é um simples suporte informacional ao estudo e à pesquisa, e que deve ser geradora de talentos, resgatando o prazer da leitura, além de, quem sabe, garantir a continuidade da frequência dos usuários na biblioteca. Nesse sentido Bortolin e Almeida Júnior (2009, p. 205) descrevem: A biblioteca escolar precisa ser percebida como um ambiente de formação de leitores e pesquisadores, e os profissionais que atuamnela devemcriar emtorno das ações de leitura e pesquisa um clima de liberdade e ludicidade, porém para isso esses profissionais têm a difícil tarefa de estabelecer o limite entre a permissividade e a autoridade. De acordo com Hillesheim e Fachin a biblioteca escolar é caracterizada como: [...] um espaço em que os alunos encontram material para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico. É na biblioteca que podem reconhecer a complexidade do mundo que os rodeia descobrir seus próprios gostos. [...] Biblioteca escolar é um centro ativo da aprendizagem, portanto precisa ser vista como um núcleo ligado ao esforço pedagógico dos professores e não como um apêndice das escolas. A biblioteca escolar, portanto, deve trabalhar com os professores e alunos e não apenas para eles. (HILLESHEIM; FACHIN, 2003, p. 37). Conforme Benkendorf, Momm e Silva (2018), é na biblioteca que se instiga o pensamento crítico, estimula-se a criatividade e a imaginação, desvenda-se novos mundos, e abre os caminhos para a aprendizagem, além de incentivar o gosto e o hábito da leitura. As bibliotecas escolares devem colaborar para o desenvolvimento intelectual e cultural das crianças através do incentivo a leitura, nesse sentido entra o bibliotecário que deve ter competência para despertar nas crianças o interesse pela leitura e fazer da biblioteca escolar um ambiente de incentivo a leitura através da contação de historias, proporcionando momentos de descoberta, alegria, criatividade, aprendizagem. Neste contexto conclui que a biblioteca escolar deve constituir-se como um recurso básico do processo educativo, desempenhando um papel na aprendizagem da leitura, no fomento do prazer de ler e na promoção de hábitos de leitura (SILVA, 2001). 2.2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS O processo de contação de histórias tem grande importância no desenvolvimento infantil, principalmente através de leituras que auxiliam em diversos aspectos, como a formação da personalidade das crianças além de inserir no processo ensino e aprendizagem. O
  • 5. 5 hábito da leitura precisa ser estimulado desde cedo, antes mesmo de a criança aprender a ler, sendo a imagem seu primeiro contato com o universo da alfabetização. Para Ribeiro: Na educação infantil as histórias despertam nas crianças desde pequenas, gostos e valores, pois quando se conta uma história têm-se vários objetivos entre eles, ensinar, instruir, educar e divertir. É na infância quando a criança está nesta fase de desenvolvimento e descobertas que se deve proporcionar lhe este contato com os livros, fazendo com que ela perceba que através deles ela pode aprender a escrever, a imaginar, a pensar e a descobrir o mundo. Contar histórias é promover e estimular a leitura, o escrever, o desenhar, o imaginar, o brincar. Através das histórias a criança sente diferentes emoções como alegria, medo, tristeza, bem estar, insegurança, entre tantas outras, e assimela aprende a lidar comseus sentimentos da sua maneira (RIBEIRO, 2010, p.7-8). Diante disso, Moreira (2016) apud Mattos (2020, p. 64) afirma: “ouvi histórias desenvolve o pensamento crítico e oferece para as crianças a possibilidade de conhecer um mundo encantador, mas, também, cheio de conflitos e dificuldades que precisam ser enfrentadas” e assim a leitura de forma lúdica, poética e cultural preparam as crianças da Educação Infantil para a vida. Sobre a contação de histórias, Araújo e Sales (2011, p. 566) descrevem: “É reconhecida como uma das principais atividades de incentivo à leitura nas bibliotecas escolares”. A inserção da leitura na vida escolar das crianças através da contação de histórias faz com que se interesse pela leitura de outros livros com novas histórias, além de expandir seu vocabulário. Ainda segundo Araújo e Sales (2011, p. 566) "ouvir histórias, além de despertar a imaginação, instiga a criança a conhecer novas histórias ou até mesmo a querer conhecer o livro que foi lido na contação de histórias”. A contação de histórias mostra-se fundamental na educação infantil, sendo uma ação onde a criança exercita a fantasia e imaginação, adquirindo gosto pela leitura. Nesse contexto, Silva, Alencar e Bernardino (2017, p. 40) descrevem: A contação de história estimula à imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o gosto pela leitura, trabalha a concentração, contribui na formação crítica do leitor, ajuda na personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Contar histórias vai além da leitura de um texto, é propiciar um momento de encantamento, surpresa e emoção. Deve sensibilizar e despertar nos ouvintes o interesse para novas leituras e descobertas. A leitura oral apresenta-se como um aspecto muito importante, pois mantém a criança concentrada, estimulando o hábito da leitura mesmo que algumas delas ainda não sabem ler. Na contação de história é preciso interpretá-la e agregar emoção para que o ouvinte fique
  • 6. 6 envolvido com a narração, não basta apenas conhecê-la, o leitor deve representar os personagens da história imitando os sons e gestos fazendo com que as crianças interajam, despertando assim o imaginário, e se envolvendo com a história. De acordo Abramovich (1997), é preciso saber usar a voz corretamente usando as modalidades e possibilidades como, por exemplo: sussurrar quando a personagem fala baixinho ou está pensando em algo importante; é bom levantar a voz quando uma algazarra está acontecendo, ou falar de mansinho quando a ação é calma. Através da leitura em voz alta, as crianças se envolvem com o texto por meio da imaginação. Após ouvir uma história e visualizar as ilustrações, a criança consegue recontar o livro do seu modo, sentindo-se assim, capaz de ler. As histórias escritas para a educação infantil precisam ser ilustradas e criativas para estimular o imaginário de quem ainda não ler. Nesse sentido, Silva, Alencar e Bernardino (2017), ressaltam que os livros devem ser de imagens com muitas gravuras e pouco texto ou mesmo ausência deste, pois é importante que a criança leia primeiramente as gravuras significativas, que irá favorecer o desenvolvimento da linguagem e da leitura. Nessa fase é importante que as páginas do livro ajudem a relacionar a história contada com as imagens, sendo a função da historia no incentivo a leitura, pois o som complementa a imagem. O contador precisa gostar da história e selecioná-la adequadamente para que estimule o imaginário e a formar leitores, considerando o interesse das crianças, suas necessidades e faixa etária. Para Rodrigues (2018), a contação de história desperta na criança o interesse pela literatura infantil, além do desenvolvimento de padrões de comportamento e valores sociais que podem ser potencializados pelo hábito da leitura desse gênero. Vasconcelos (2008), destaca alguns pontos de evolução da criança, tais como: aumento do vocabulário e fluência verbal (descrição de sentimentos e pensamentos; comportamentos criativos, boa interpretação; agilidade para resolver de problemas; e ainda a criança pode criar alternativas diferentes para conflitos de personagens e enriquecer a solução de seus próprios problemas. Diante dos expostos, a contação de histórias além de exercitar a imaginação e fantasia dos ouvintes, resgata de uma maneira positiva, a oralidade, ampliando os horizontes de leitura, possibilitando à criança o contato com diversos gêneros textuais (FERNANDES 2008). 2.3 O BIBLIOTECÁRIO COMO MEDIADOR DA LEITURA
  • 7. 7 No contexto da biblioteca escolar é indissociável o papel do bibliotecário como mediador de leitura a partir do desenvolvimento de habilidades. Um grande fator que influencia a formação de leitores é a contação de história, recurso essencial para que o bibliotecário exerça esse papel de mediador. As crianças, o alvo principal, podem aprender de forma lúdica a se interessar pelo universo da história narrada. O hábito de ler é algo a ser desenvolvido todos os dias, um exercício constante e que deve ser aprendido desde cedo (SILVA; ALENCAR; BERNARDINO, 2017). De acordo a BNCC (2018), na educação infantil é preciso proporcionar as crianças experiências de leitura que elas possam falar e ouvir, se expressar, se socializar, construir e aprender, pois potencializa o desenvolvimento oral e escrito, pois é no ouvir e no contar de histórias, que e em conversas, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Nesse contexto, na contação de histórias a função principal do contador é levar as crianças a despertarem sua imaginação proporcionando gosto pela leitura, e habilidade de recontar as histórias. O bibliotecário precisa transformar o espaço da biblioteca como um ambiente atrativo e um caminho seguro que leva às várias leituras em diferentes suportes e linguagens com atividades orais recreativas, visando facilitar a aproximação de seus alunos com a leitura, e consequentemente melhor uso do acervo. Na contação de histórias é necessário que o bibliotecário defina os objetivos desta atividade, traçando metas para a sua realização. Ele tem a responsabilidade de ser o mediador entre o aluno e a história narrada, é fundamental para levar a criança a imergir na história estimulando a busca de novas leituras. Nesse sentido, o bibliotecário precisa planejar a escolha do gênero textual de acordo com o gosto e idade das crianças, organização do ambiente e compreender plenamente o texto para que ele tenha segurança e naturalidade durante a contação. Nesta perspectiva, Abramovich (1997, p. 17) destaca: É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar comos olhos do imaginário!
  • 8. 8 A criança deve ser considerada com alguém que interage com a história favorecendo um melhor entrosamento e envolvimento com a narrativa, proporcionando às crianças a possibilidade de se expressar, questionar e construir conhecimentos. É um momento único de relacionar o imaginário ao o mundo real, além de compartilhar as informações com os demais. Para uma boa narração de histórias infantis são necessários elementos como originalidade, surpresas, agilidade da contação e a expressividade. O contador deve estar disposto a criar uma cumplicidade entre a história e o ouvinte, oferecendo espaços para a criança se envolver (RIBEIRO, 2010). Para ressaltar essa reflexão Café (2000, p. 33) afirma: Para que o ouvinte possa sentir a história, e construir suas imagens, interagindo com o texto, o contador deve também sentir, enxergar com detalhes e cores as cenas da história, enquanto narra. Ter domínio do texto, das emoções por ele provocadas, do olhar para que os ouvintes acreditem nos acontecimentos e fatos do texto, é de fundamental importância para qualquer história, independente dos recursos utilizados pelo contador. O bibliotecário como contador de história deve provocar o interesse no aluno na história, proporcionando um momento de construção de conhecimento. O ato de contar histórias é uma atividade imprescindível na biblioteca escolar, pois é nela que serão formados novos leitores. A contação de história reflete em inúmeros resultados positivos e neste contexto, Rodrigues (2018, p. 24) pontua: “Tanto para os alunos como para a visibilidade do bibliotecário e a biblioteca. Em relação aos alunos os benefícios são inúmeros: eles podem desenvolver valores morais e interesse pela busca de novos livros.” Ainda segundo Rodrigues (2018), para realizar a complementação na contação de histórias pode usar os recursos tecnológicos como auxílio, como por exemplo: vídeos, apresentações em slides, músicas ou jogos. Sendo a pesquisa e criatividade iniciativa principalmente de quem irá mediar a leitura. Nessa mesma perspectiva Mattos (2020), ressalta que a contação de história pode acontecer em forma de teatro, com músicas, roda de conversa, com diálogo que possa instigar as crianças a participar. E descreve como aplicar na biblioteca a contação de histórias. 1-Determinar a data para o evento e que tipo de contação ocorrerá; 2- Divulgar o evento para o público-alvo; 3- Organizar; 4- Registar com fotos e/ ou vídeos; 5- Divulgar por e-mails e redes sociais após o evento (MATTOS, 2000, p. 64).
  • 9. 9 Existem algumas estratégias para que a contação de histórias na biblioteca escolar possa ser um incentivo a leitura na educação infantil que vale ressaltar: a) as histórias podem ser lidas ou contadas; o contador deve levar vida às histórias, preocupando-se coma entonação de voz e a postura do corpo; b) sensibilidade ao multiculturalismo para escrever e contar as histórias; c) considerar as diversas possibilidades de frases para começar e terminar um conto; d) utilizar acessórios e utensílios como, por exemplo, fantoches é um excelente recurso para o ouvinte e para o contador lembrar a sequência da história, mas é preciso que seja simples, porém atrativo, principalmente para aguçar a curiosidade de crianças menores; e) preparar o ambiente, considerar as idades, falar com clareza, começar e finalizar as histórias; direcionar uma por dia é fundamental para uma boa contação; f) é essencial que, ao final, seja feita uma avaliação de todo o processo. (MATEUS et al., 2014, p. 65). Portanto, cabe ao bibliotecário criar e estimular essa prática oral de contação de história por meio de ações adequadas e um ambiente acolhedor que propiciem o senso crítico, curiosidade em novas leituras, visando desenvolver a capacidade criativa e cognitiva da criança. 3 METODOLOGIA No presente trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica como abordagem metodológica, consultando-se fontes de dados online, artigos científicos, revistas, livros e bibliotecas para o devido enriquecimento, com o intuito de possibilitar novas reflexões acerca da temática abordada, oferecendo subsídios para compreensão dos questionamentos iniciais. Através desta abordagem qualitativa, foi possível refletirmos sobre relevância que a contação de histórias para crianças da Educação infantil na biblioteca escolar desempenha no incentivo a leitura. Os dados coletados têm como base as Legislações vigentes, os autores da área da Biblioteconomia, da Educação e pesquisadores que incentiva a leitura e contação de histórias, fundamentando assim toda a pesquisa. A pesquisa bibliográfica não é repetição do que já foi escrito, pois, proporciona aos leitores um novo enfoque ou abordagem sobre o tema, encontrando novas conclusões inovadoras (MARCONI; LAKATOS, 2019). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
  • 10. 10 Ao desenvolver este trabalho com pesquisas bibliográficas percebe-se uma significativa contribuição para a formação na área da biblioteconomia, pois foi possível ampliar os conhecimentos sobre a contação de histórias como uma proposta de incentivo a leitura na biblioteca escolar, além de um contato direto com diversos materiais que poderão ser aplicados na biblioteca para a contação de histórias. Esta pesquisa oportunizou uma busca em diversas fontes, motivando novas descobertas e demonstrando a importância da biblioteca escolar para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, evidenciando como a prática de contação de história pode proporcionar benefícios e auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura e ainda perceber a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de histórias”. Após estudos bibliográficos, e as discussões relativas à prática amparada na perspectiva teórica dos autores, ficou evidente a importância que a biblioteca escolar desempenha no processo de aprendizagem das crianças, sendo considerado um local propício para a contação de histórias. Os resultados obtidos com a pesquisa trazem um destaque sobre a relevância da contação de histórias e assim poder afirmar que a contação de histórias é uma forma lúdica de transmissão de conhecimentos, é um estímulo a prática da leitura. O principal objetivo em contar uma história é divertir, estimular a imaginação, mas, quando bem contada, pode atingir outros objetivos, tais como: educar, instruir, conhecer melhor os interesses pessoais, desenvolver o raciocínio (TORRES; TETTAMANZY, 2008 apud FERNANDES, 2008). O estudo bibliográfico destaca práticas para que a contação de histórias na biblioteca escolar possa ser um incentivo a leitura na educação infantil, e ainda traz importantes reflexões sobre a contribuição do bibliotecário enquanto “contador de histórias”. Pois, acredita-se que é a contação de histórias pode interferir positivamente para uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, Rodrigues (2018), afirma que na biblioteca escolar é indissociável o papel do bibliotecário como mediador de leitura a partir do desenvolvimento de habilidades. Segundo os autores pesquisados, é possível encontrar eficazes estratégias a serem utilizadas na biblioteca escolar que irá proporcionar a criança um mundo de descobertas. As estratégias apresentadas na fundamentação teórica para serem desenvolvidas pelos bibliotecários contribuem para auxiliar as crianças a cultivar a prática da leitura. Sendo assim cabe ao bibliotecário utilizar essas estratégias para a criança adentrar no universo dos saberes
  • 11. 11 e assim estará contribuindo com oportunidades para elas se desenvolverem no processo de aprendizagem. Ficou perceptível que a contação de histórias é um recurso imprescindível a ser utilizado no ambiente da biblioteca para que as crianças possam se interessar pelo universo da leitura, além de aprender de forma lúdica e contribuir para o enriquecimento cultural e o desenvolvimento da aprendizagem. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho apresentou a importância da contação de histórias para crianças da educação infantil como prática de incentivo a leitura. A pesquisa bibliográfica possibilitou compreender o conceito e a importância da Biblioteca Escolar como espaço de contação de histórias e ainda perceber o quanto a prática de contação de histórias contribui para o desenvolvimento do pensamento imaginário, além de ser um meio para desenvolvimento da aprendizagem. A pesquisa ampliou o conhecimento a cerca da temática apresentada no que se refere à importância desta prática na biblioteca escolar e os aspectos da contação de história, identificando as estratégias que possa ser um incentivo a leitura na educação infantil e que favoreçam o despertar ao imaginário e o envolvimento com a história contada. Foi possível identificar que o processo da alfabetização e, consequentemente, de aprendizagem passa por este método de ouvir a história e discutir sobre ela. Nesse contexto, na contação de histórias a função principal do contador é levar as crianças a despertarem sua imaginação proporcionando gosto pela leitura, e habilidade de recontar as histórias, sendo assim, o bibliotecário precisa transformar o espaço da biblioteca escolar em um ambiente atrativo e um caminho seguro que leva as crianças às várias leituras em diferentes suportes e linguagens. Evidencia-se que a prática de contação de história pode contribuir para o desenvolvimento de padrões de comportamento e valores sociais, além de proporcionar diversos benefícios às crianças a cultivar a prática da leitura. Conclui-se que é fundamental o desenvolvimento de estratégias eficazes aliada às ações planejadas pelo bibliotecário para que a contação de histórias na biblioteca escolar para as crianças da educação infantil possa de fato incentivar a leitura e contribuir para o processo de ensino e aprendizagem.
  • 13. 13 ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil, Gostosuras e Bobices. Série pensamento e ação no magistério. São Paulo. Editora: Scipione. 1997. ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. BORTOLIN, Sueli. Bibliotecário: um essencial mediador de leitura. In: SOUZA, Renata Junqueira de (org.). Biblioteca escolar e práticas educativas: o mediador em formação. Campinas, SP: Mercado de letras, 2009. ARAÚJO, Paula Carina de; SALES, Fernanda de. O bibliotecário e a formação de leitores. Revista Acb: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, 2011. BENKENDORF, Shyrlei Karyna Jagielski; MOMM, Christiane Fabíola; SILVA, Franciéle Carneiro Garcês. Fundamentos da biblioteconomia e ciência da informação. /– Indaial: UNIASSELVI, 2018. BNCC, Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, Brasília, 2018. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. CAFÉ, Ângela Barcellos. Dos contadores de história e das histórias dos contadores. Campinas: 2000. 102f. Dissertação (Mestrado em Educação física) Universidade Estadual de Campinas Campinas, 2000. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/275420. Acesso em: 20 out. 2021 FERNANDES, Jaqueline Moraes. Contando histórias na brinquedoteca escolar: uma proposta de incentivo a leitura na educação infantil. Goiânia 2008. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/bitstream/ri/4366/2/TCCG%20-%20BIBLIOTECONOMIA- JAQUELINE%20MORAES%20FERNANDES.PDF. Acesso em: 01 out. 2021. HILLESHEIM, Araci Isaltina de Andrade; FACHIN, Gleisy Regina Bories. Biblioteca escolar e a leitura. Rev. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Santa Catarina, v. 8/9, 2004. IFLA/UNESCO. Diretrizes da IFLA /UNESCO para a biblioteca escolar. 2016. MARCONI, Marina de Andrade: LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia científica. 8 ed. São Paulo: Altas, 2019. MATEUS, A. N. B.; SILVA, A. F.; PEREIRA, E. C.; SOUZA, J. N. F.: ROCHA, L. G. M.; OLIVEIRA, M. P. C. & SOUZA, S. C. A importância da contação de história como prática educativa na educação infantil. In.: Periódicos PUC Minas, Belo Horizonte, 2014. MATTOS, Miriam de Cássia do Carmo Mascarenhas. Organização de unidade de informação. /– Indaial: UNIASSELVI, 2019. RIBEIRO, E. A contribuição da contação de histórias para a aprendizagem na educação infantil. Monografia, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2010.
  • 14. 14 RODRIGUES Thaís da Silva. Biblioteca escolar como espaço de incentivo à leitura e ensino-aprendizagem: pesquisa participante sobre contação de histórias. Trabalho de conclusão de Curso- Universidade de Brasilia, BRASÍLIA, 2018. Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/21833. Acesso em: 01 out. 2021. SILVA, Antônia Moreira da; ALENCAR, Aline Quesado; BERNARDINO, Maria Cleide Rodrigues. Biblioteca escolar e mediação da leitura: estudo sobre a importância da contação de história para a formação do leitor. Revista de biblioteconomia e ciência da informação, v. 3, p. 36–44, 2017. SILVA, L. M. Bibliotecas escolares e construção do sucesso educativo. Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2001. VASCONCELOS, Laércia Abreu. Brincando com histórias infantis: uma contribuição da Análise do Comportamento para o desenvolvimento de crianças e jovens. 2. Ed. Santo André, São Paulo: ESETEC Editores, 2008.