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CURSO DE FORMAÇÃO SOBRE AUTISMO E TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO CENTRO DE FORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO A INCLUSÃO CEFAI
FORMADORAS Keila Ferreira da Silva Viana Eunice Sousa do Nascimento
Descrito em diferentes partes do mundo... Transtorno autístico ou Autismo Infantil (sindrome de Kanner) descrito por Leo Kanner – 1940 – subdivisões: Autismo de baixo funcionamento, Autismo de alto funcionamento  Transtorno / Sindrome de Aspeger  descrita por Hans Aspeger – 1944 / Viena – Autismo de “Alto Funcionamento?” Transtorno Desintegrativo da Infância (Sindrome de Heller) descrito por Theodore Heller - 1900
Encontramos ainda como: Transtorno do espectro do Autismo Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação / Autismo Atípico  “Fenótipo amplo” (traços autisticos)
Prevalência:  0,2% da população possui autismo e 3,5% traços autísticos; Associado a deficiência intelectual em 15% dos casos de autismo e 80% no casos de TDI; Associado com epilepsia em 5 a 10% do casos de autismo e 35% nos casos de TDI Em 7 a 10% dos casos, há um transtorno médico associado (síndrome do X Frágil, Esclerose Tuberosa, Síndrome de Rett, Síndrome de Landau - Kleffner) Alta incidência de deficiências visuais, auditivas e motoras (inclusive no nascimento) Prevalência maior no sexo masculino
O QUE É? Três sintomas principais que nem sempre acontecem em conjunto: Prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas / aspectos sociais(PELO MENOS 2 SINTOMAS) Prejuízo grave do desenvolvimento da comunicação(PELO MENOS 1 SINTOMA) Limitação da variabilidade de comportamentos(PELO MENOS 1 SINTOMA) IMPORTANTE: A pessoa precisa ser extremamente prejudicada por esses sintomas ou esses sintomas precisam ser extremamente incapacitantes para que o diagnóstico possa ser feito.
COMO É PERCEBIDO?No momento em que as pessoas começam a esperar que essas crianças progridam muito em relação ao desenvolvimento da linguagem e em relação ao interesse no seu entorno / expectativa social A ampla maioria dos casos começa a apresentar sintomas muito antes dos 3 anos de idade; Alguns tem problemas nos primeiros meses de vida; 18 a 24 meses de idade a criança sofre constantes crises epiléticas
A terminologia... Quando usar Autismo de Alto funcionamento LEMBRAR QUE:  o que você está querendo denominar é uma pessoa de alto funcionamento com autismo;  o autismo de alto funcionamento e não é mais leve. Por mais que a pessoa tenha boa inteligência e compreensão verbal, seu autismo é tão grave quanto o de uma pessoa descrita com autismo de baixo funcionamento.
Quando usar Autismo Atípico, lembrar que: Quem é atípico é o autismo e não as pessoas. Lembrar quando usar o termo Transtorno Global do Desenvolvimento: Que essas pessoas possuem desordem é na área da comunicação social mas, não são globalmente transtornadas
Além do autismo a criança pode ter outros comprometimentos, tais como:          Hiperatividade, desordem da atenção Depressão ou ansiedade Quadros clínicos
ESQUIZOFRENIA  CATATONICA A esquizofrenia catatônica pode ser aguda ou crônica. No episódio agudo apresenta-se como um repentino mutismo acompanhado de redução exagerada da atividade motora (a pessoa fica parada, quieta e muda). Na esquizofrenia catatônica o paciente pode permanecer sentado, imóvel, com as mãos sobre os joelhos, dorso e cabeça curvado, na posição fetal ou como múmia. mostra uma expressão facial vazia, mas com rápida circulação e batimentos cardíacos, sugestivo de medo e o olhar pode mover-se rapidamente como de forma persecutória. é comum a retenção de fezes e urina ou a incontinência. mostram-se insensíveis a dor e nem mesmo piscam quando se aproxima uma agulha dos olhos.
Tiques inclusive síndrome de Tourette     Síndrome de Tourette  é uma  desordem neurológica ou neuroquímica caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente da mesma maneira. Esses tiques motores e vocais mudam constantemente de intensidade e não existem duas pessoas no mundo que apresentem os mesmos sintomas. Os tiques podem se manifestar em qualquer parte ou conjunto de partes do corpo (barriga, nádegas, pernas, braços etc.), mas tipicamente eles ocorrem no rosto e na cabeça - no rosto, como caretas repetidas, e na cabeça como um todo, como movimentos bruscos, repetidos, de lado-a-lado etc. Com prevalência de transtorno obsessivo – compulsivo (TOC) em aproximados 50% dos portadores.
MUTISMO ELETIVO  / SELETIVO (DSM. IV) A característica essencial do Mutismo Seletivo é o fracasso persistente em falar em situações sociais específicas (por ex., escola, com colegas de brincadeiras) onde seria esperado que falasse, apesar de falar em outras situações
TRANSTORNOS ALIMENTARES Síndrome de PICA - É a ingestão persistente de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceita culturalmente. As substâncias mais freqüentemente consumidas são: terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais.
Anorexia  Bulimia  Transtorno de Ruminação:alimento parcialmente digerido é regurgitado sem náusea, esforço para vomitar, repugnância ou transtorno gastrintestinal aparentes. O alimento é então ejetado da boca ou, mais comumente, mastigado e engolido de novo.
TRANSTORNOS DO SONO DISSIONIAS - Transtornos primários do sono ou vigília, caracterizados por insônia (não ter sono) ou hipersonia (dormir demais e ao acordar continuar a sentir-se cansado) como sintoma principal. As dissonias são transtornos na quantidade, qualidade ou tempo de sono. PARASSONIAS - são eventos motores, verbais ou experiências indesejáveis, que ocorrem exclusiva ou principalmente durante o sono. Podem ocorrer abalos musculares, contrações viscerais, gritos, gemidos, modificações posturais e deambulação.
TDH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) / Impulsividade / Ansiedade Costumam ser muito insistentes com relação as ações que desejam fazer como por exemplo executar um complexo ritual, tocar algo.  Costumam apresentar altos níveis de ansiedade, estão freqüentemente frustrados ou a ponto de ficarem frustrados. Geralmente estão ligadas a constantes confrontações com o ambiente, que é imprevisível e opressivo. Possui dificuldade em entender o que é esperado deles e o que está acontecendo ao seu redor.
Depressão e ansiedade
A ansiedade depende completamente do ambiente. Se o ambiente puder ser estruturado, onde todos saibam o que é esperado dele e se existirem meios para se comunicar, como um sistema visual; normalmente os níveis de ansiedade caem drasticamente.
TRANSTORNO BIPOLAR
1 - Prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas Deficiência social? Falha no uso de contato visual durante a interação social; Falha no desenvolvimento de interações com crianças da mesma idade; Falta de reciprocidade sócio-emocional Ausência de procura espontânea de compartilhamento do prazer
Poderá ter:  dificuldades em compreender emoções e sentimentos das outras pessoas; Ter dificuldade em expressar as suas emoções e sentimentos de uma forma socialmente aceita; Querer interagir com outras, mas não saber como interagir; Não querer partilhar atividades com outros;
Como ajudar Busque antecipar os acontecimentos. Pode-se criar a antecipação da rotina escolar através de fotos, imagens ou objetos; Tente expressar claramente os seus sentimentos . Caso se sinta feliz, mostre-se feliz e diga que está feliz; Ajude-a a compreender e explicar seus sentimentos. Por exemplo, dê o seu objeto preferido e diga : isto te faz feliz. Incentive o aluno autista a interagir com os outros, por exemplo, se gosta de computadores, não poderia entrar para uma comunidade eletrônica?
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA  AUTISTA
Bebês: No bebê, pode-se observar um balbuceio monótono, balbuceio tardio, e uma falta de contato com seu ambiente, assim como de uma linguagem gestual. Não segue a mãe e pode distrair-se com um objeto sem saber para que serve. Crianças: mostra-se estranha, não fala. Custa-lhe assumir- se e identificar aos demais. Não mostra contato. Crianças com autismo tem problemas de Coerência Central: elas tendem a olhar para os detalhes ao invés do todo enquanto as demais crianças tende a tentar formar um conceito global, buscando algo que combine com todos os detalhes do todo ex: “eu não preciso saber todos os detalhes para saber o que é”. Pessoas com autismo fazem o contrário, não conseguem ter a visão geral, fixam –se em detalhes e aprendem sobre os detalhes melhor que as outras pessoas.
Síndrome de Aspeger e Autismo de Alto Funcionamento Infância: Antes dos dez anos de idade preocupam-se muito pouco em ter amigos, mas podem ficar muito preocupadas a medida que crescem, quando entendem que se espera que as pessoas tenham contatos sociais e amigos. Ficam mais preocupadas com a normalidade que a maioria das pessoas. Pode ter a necessidade de realizar rituais complexos ao deitar-se para dormir ou antes de desenvolver outras atividades. Adolescência: podem chegar  a ter boas habilidades de empatia do ponto de vista lingüístico, mas não usam de maneira intuitiva e muito rápida.
Padrão restrito de interesses Só se interessam por um ou poucos assuntos. Esses interesses podem mudar com o tempo. Em alguns casos o interesse por determinado assunto pode durar algumas semanas ou meses e então mudam completamente para outra área. Outras permanecem com o mesmo padrão por toda a vida.  Quando estão envolvidas em um assunto, o interesse é tão intenso que elas precisam dissecar todas as informações referentes ao tema e por vezes adquirir material pertinente. Ex: toda a coleção de determinados CDs , Porcelanas Chinesas ou tudo sobre a Revolução Francesa. Essa manifestação costuma se iniciar por volta dos 3 ou 4 anos de idade.
2 -Prejuízo grave do desenvolvimento da COMUNICAÇÃO Não só a linguagem falada, mas também expressões faciais, gestos, postura corporal, etc. Pessoas com autismo não são disfásicas: não tem problema na produção de linguagem falada.  Mesmo as que possuam boas habilidades lingüísticas, não conseguem usar essa linguagem para conversação.
Autistas que não falam Olhar anormal: geralmente não costumam fixar o olhar nos olhos do interlocutor, mas na porção inferior da face. Podem olhar fixamente, olhar só para uma região do rosto ou podem ter um olhar arregalado. Expressões faciais inadequadas: Alguns sorriem o tempo todo e podem parecer que estão felizes, mas podem não estar. Outros parecem cronicamente deprimidos, mas podem ser felizes. Estes fatores podem levar a erros diagnóstico porque aparentam o contrário do que sentem.
Precisam aprender que a comunicação existe. Dr. Christopher Gillberg
Autistas que falam Tem peculiaridades no desenvolvimento da fala e de linguagem, mas muito freqüentemente sabem como falar e poderiam ter falado antes.  Alguns deles aprendem a ler antes de começar a falar. Apesar de não se comunicarem com as pessoas muitas repetem com perfeição trechos de falas de personagens ou comerciais de televisão.  Sintomas típicos dos problemas de linguagem: Têm uma linguagem e discurso superficial perfeitos, mas normalmente falam em tom monótono ou anormal. A prosódia pode ser muito monótona ou podem falar em tom muito alto.  Alguns com voz muito aguda, outros com voz muito grave.  O volume de voz, o tom ou  a intensidade podem ser inadequados. Esse foto pode prejudicar a compreensão apesar da linguagem “perfeita”.
Linguagem  Para alunos autistas cada palavra significa apenas um elemento, elas não tem conotações adicionais ou associações subjacentes. Ex:“não chore sobre o leite derramado” Dificuldade em integrar ou combinar idéias, principalmente quando os conceitos parecerem de alguma forma contraditórios. Não entendem que dois conceitos inconsistentes podem estar ambos corretos.
Ausência de linguagem falada Discurso repetitivo, incluindo a ecolalia
Como ajudar Atraia a atenção do aluno antes de iniciar uma conversa (ex: dê um toque no ombro ou diga o nome dele); Utilize um nível de linguagem que a pessoa possa compreender; Fale claramente e use palavras curtas; Utilize imagens para ajudar à compreensão; Dê tempo ao aluno para que ele reaja ao que você disse; Considere outras formas de comunicação, tais como a escrita, gestos ou utilize imagens se for necessário.
Prosopagnosia / Cegueira facial Alguns autistas podem não conseguir identificar o rosto das pessoas, nem o próprio rosto seja em fotos ou no espelho. A prosopagnosia leva a dificuldade em reconhecer detalhes, mas não o todo, ex: distinguem entre dois rostos diferentes, não tem dificuldade em identificar faces enquanto faces, ou carros enquanto automóveis, mas tem dificuldade em identificar a pessoa ou a marca do automóvel. A pessoa precisa de encontrar outra forma para reconhecer as pessoas. Jeito de andar, se vestir, comprimento dos cabelos, marca de nascença, voz. Alguns podem ter dificuldade em reconhecer certas categorias semânticas de objetos como por exemplo, animais, comidas e plantas. Ou limitada apenas a uma categoria específica Pode ter também: Agnosia visual reconhece mas não consegue nomear o objeto. Agnosia para cores.
Alta incidência de deficiências visuais, auditivas e motoras (inclusive no nascimento) “Quando a criança parecia ter problema visual porque apertava muito os olhos para enxergar  as coisas e alguém perguntava se ela tinha problema visual, sempre respondiam ‘ela age assim  porque tem autismo”     A maioria das crianças com autismo não fariam esse movimento com os olhos se não tivessem de fato um problema visual.
Agnosia verbal auditiva Não há déficit auditivo. Por motivo de disfunções cerebrais, apresenta-se a ausência da capacidade de entender a linguagem falada.
O toque... Geralmente recompensamos as aquisições dos alunos com reforços sociais, tais como elogios, sorriso, tapinhas nas costas e outras ações que comunicam “estou orgulhoso de você”. Porém o aluno com autismo pode não entender a intenção comunicativa destes atos ou pode não reconhecer a relevância e significação das expressões de satisfação do professor.
Evitar recompensas como adesivos, balas, chocolates. Pois quando são usadas, elas servem mais a função de conduzir a conclusão da atividade do que de servir de reforço para o desempenho do aluno em uma próxima oportunidade.
O ideal é: Terminar a atividade de maneira planejada. Ensinar ao aluno o conceito de “acabou”, pois muitos são incapazes de entender quanto tempo a atividade vai durar. Isso pode ser aflitivo, por esse motivo, acabam por impor sua própria decisão sobre quanto tempo irão permanecer na atividade.  precisam de apoio visual. Podem perceber que a atividade acabou quando:  uma caixa contendo partes dos componentes fica vazia, Atinge o final de uma página A passagem de tempo também pode ser feita por sinalizadores ex: o professor remove um pregador da manga ou cinto do aluno, quando todos os pregadores forem retirados (saíram do campo visual), a atividade terminou
Brincadeira social Ao brincar, não utiliza o jogo social nem o jogo de faz de conta / Ausência de brincadeiras sociais Não brincam socialmente com as coisas ou com pessoas. Brincam com seus carrinhos ou bonecas e água e areia, mas não o fazem na forma social. Ex: um carro pode ser um instrumento de arremesso e não um carro para rodar no caminho, uma boneca pode servir para desmanchar mas não para embalar. Podem se concentrar em fazer alguma coisa, mesmo junto com outras crianças, mas normalmente não vão interagir a partir disso.
COMUNICAÇÃO Elas tem problema de comunicação: não entendem, quando são pequenas, qual a função da linguagem e, portanto, falham em usar a linguagem para se comunicar. A maioria consegue falar algumas palavras ou compreendem algumas palavras. Mesmo aquelas classificadas como baixo funcionamento, e que não falam, compreendem palavras faladas por outras pessoas, mas somente palavras como substantivos e verbos. Não entendem de verdade o sentido de fazer perguntas. Pensam que fazer perguntas serve para que outras pessoas dêem a resposta certa. Não percebem que o que motiva a questão é a necessidade de uma nova informação.
Fala repetitiva, incluindo enormes quantidades de ecolalia. No grupo de alto funcionamento pode ser  muito difícil entender se é realmente ecolalia, pois soa muito apropriado, exatamente o que deveria ser dito naquela situação. Mas alguém que conheça bem a pessoa notará que são exatamente as mesmas palavras e exatamente a mesma frase que ela usou ontem ou centenas de vezes ao dia em situações semelhantes. Soa apropriado, mas não é apropriado porque não pode ser mudado. Ele ouviu alguém dizer na mesma situação.
HIPERLEXIA Comum em Autismo de Alto Funcionamento e Síndrome de Aspeger A síndrome da hiperlexia é constituída por três características básicas:  Capacidade precoce para a leitura;  Dificuldade no processamento da linguagem oral;  Comportamento social atípico.
Geralmente é entre os 18 e os 24 meses que as crianças hiperléxicas demonstram capacidade para identificar letras e números. Por volta dos três anos, começam a ver as letras reunidas, formando palavras não importando em que contexto apareçam, nem que aspecto tenham; datilografadas ou manuscritas, maiúsculas ou minúsculas, a criança reconhece. É bem provável que, ainda sem ter desenvolvido a capacidade de falar, sem dominar a linguagem oral usada por outras crianças da mesma idade, ela já esteja lendo palavras e frases.Do reconhecimento da palavra escrita, a criança, sem prévia instrução fonética, evolui para se interessar pelas sílabas que a compõem. Ela aprende a decifrar, a decodificar palavras.Algumas crianças atingem alto nível visual, instantâneo, e raramente erram a pronúncia, mesmo de palavras difíceis. Outras crianças continuam a reconhecer as palavras pela forma, ou usam uma combinação de decifração fonética e reconhecimento visual.
LEITURA COMPULSIVA Para uma criança hiperléxica o nível do reconhecimento de palavras isoladas é um, e outro é o nível de compreensão de palavras agrupadas, formando conceitos. As crianças hiperléxicas lêem tudo que seus olhos encontram em forma de letra. Pode ser difícil conseguir que fiquem sentadas por algum tempo, lendo histórias infantis, mas lerão qualquer outra coisa que lhes apareça.Elas, simplesmente, não podem evitar isso, pois os estímulos visuais são muito do seu agrado, principalmente sob a forma de letra.Quando pequenas:  Com freqüência, a criança desvia a atenção para outro objeto, deixando de lado as tarefas que lhe são propostas, uma após a outra. Por outro lado, se o assunto for de sua própria escolha, algumas crianças hiperléxicas serão capazes de lhe dedicar atenção por longo tempo. É o que acontece, por exemplo, quando assistem a programas de televisão ou a gravações em vídeo, e isto ocorre do constante estímulo visual que recebem.
Com os bloquinhos de construção, em vez de erguerem torres, formam letras. Se olham para o suporte da mesa, vêem um H. Essas crianças precisam ser conduzidas à fase mais elementar dos jogos, para pegar experiência concreta, que geralmente pulam. Não tendo descoberto a relação causa efeito, por exemplo, através de jogos, elas precisam que lhes seja mostrado, visual e intencionalmente, que uma coisa traz a outra.
1 - Prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas2 -Prejuízo grave do desenvolvimento da COMUNICAÇÃO
3 - Limitação da variabilidade de comportamentos Não conseguem mudar o padrão de comportamento de acordo com a situação social, sempre vão se comportar à sua maneira: serão sempre eles mesmos e não mudarão de acordo com as demandas sociais ou ambiente social. Não estabelecem relações entre idéias e eventos
Dependência compulsiva de rotinas Rotina seguida de mesmo horário, local e mesmas pessoas. Por exemplo uso do banheiro, alimentação.
Podem ser... Impostas sobre ele mesmo Imposta sobre os outros Possuem rotinas e rituais que normalmente são impostas a eles e aos outros que o cercam. Caso tenham alteração na seqüência do conjunto de rotinas alteram o estado de humor.
Precisamos:  1 – aumentar sua compreensão 2 – tornar o ambiente mais compreensível
A importância da rotina Podem ter dificuldade em organizar e sequênciar ações. Ex uma pessoa pode levantar pela manhã pentear o cabelo, depois tomar banho e lavar o cabelo. Podem ter dificuldade em generalizar, ou seja ao aprender habilidades ou comportamentos numa situação, mostram grande dificuldade em transferi-las para situações novas. Ex: pode aprender a escovar os dentes com uma escova azul e depois relutar em escovar os dentes com uma escova verde. Podem lavar pratos e não perceberem que também podem lavar copos.
Preocupação circunscrita a um interesse especial...
Preocupação com partes de objetos Ex: ficam totalmente obcecados com determinados aspectos, como a roda de um carro de brinquedo ou um pequeno detalhe de um livro, uma cor, um pequeno pedaço de plástico...
Enfoque excessivo em detalhes 1 – Detalhes visuais (geralmente são fonte de distração em alunos com nível funcional mais baixo). Ex: um professor pode colocar um lápis em uma mesa e o aluno ficar tão distraído pelo lápis que não consegue executar o seu trabalho.
2 – Detalhes sonoros (sons de ventiladores, máquinas) Ex: um aluno autista pode ouvir um ruído que o professor sequer percebe, cinco salas distantes e ficar incapaz de se concentrar.
3 – Os autistas que funcionam em um nível de inteligência mais elevado se concentram em detalhes mais cognitivos, tais como chamadas  de estações de rádio, códigos de área de números de telefone, ou capitais de estados. Podem ser distraídos por processos internos tais como rimar, contar, calcular ou recitar fatos que tenham memorizados
São menos capazes em acessar a importância relativa de todos os detalhes que foram observados. Ex: Podem se concentrar na visão do fio de linha que estão balançando enquanto atravessam uma rua, e não perceber a aproximação de um ônibus que estiver chegando; ou eles podem entrar em uma sala e comentar sobre os sons dos ventiladores, ignorando o fato de que o almoço está na mesa.
É difícil para os alunos autistas prestarem atenção ao que seus professores querem porque estão concentrados em sensações que para eles são mais interessantes e importantes.
Independente da fonte de dispersão, alunos com autismo tem grande dificuldade em interpretar e priorizar a importância de estimulação externa e pensamentos que as “bombardeiam”. Alguns deles olham, se movem e exploram o ambiente constantemente, como se todas as sensações fossem igualmente novas. Outros lidam com este bombardeio aparentemente bloqueador da maioria dos estímulos circundantes, ficando concentrados em um tipo muito limitado de objetos.
Estereotipias motoras Ex: agitar os dedos das mãos quando estão muito empolgadas ou contrair os músculos excessivamente quando alguém lhe diz “não faça isso!”
A pessoa pode parecer comportar-se de forma inadequada pode ser que ela; Está tentando se se comunicar; Não compreende regras sociais; Está se sentindo ansiosa, assustada ou frustrada; Gosta de determinadas atividades, mas não compreende as conseqüências desta.
Como você pode ajudar Incentive a utilização da melhor forma de comunicação; Canalizar o comportamento para formas socialmente aceitas; Se a pessoa estiver ansiosa ou aborrecida , procure um lugar sossegado para ela se acalmar; Se tiver um objeto que acalma o autista é interessante mantê-lo por perto.
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação - TDC
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação - TDC Dificuldade para analisar as informações sensoriais do ambiente; usar essas informações para selecionar o plano de ação desejado; dar seqüência aos movimentos motores individuais da tarefa; enviar mensagem correta para produzir uma ação coordenada; ou integrar todas essas ações de modo a controlar o movimento enquanto ele está ocorrendo. Resultado: a criança parece incoordenada, desajeitada, e vai ter dificuldade para aprender e desempenhar tarefas motoras novas.
Pode ter dificuldade com habilidades motoras grossas (corpo inteiro), habilidades motoras finas (usando as mãos) ou ambas; Pode ter atraso no desenvolvimento de certas habilidades motoras, tais como: andar de velocípede ou bicicleta, agarrar bola, manejar faca e garfo, abotoar a roupa; As dificuldades podem ser maiores em atividades que requerem mudança constante na posição do corpo. Ex: futebol, pular corda; Pode achar difíceis as atividades que requerem o uso coordenado dos dois lados do corpo (ex: recortar com tesoura, cortar alimento usando faca e garfo, fazer polichinelo, segurar um bastão com as duas mãos e acertar na bola); Pode ter equilíbrio pobre ou evitar atividades que requerem essa habilidade Pode apresentar discrepância entre suas habilidades motoras e habilidades em outras áreas. Ex: as habilidades intelectuais e de linguagem  podem ser altas, enquanto as habilidades motoras atrasadas; Pode ter dificuldade para aprender habilidades motoras novas. Uma vez aprendidas, certas habilidades motoras podem ser desempenhadas muito bem, enquanto outras podem continuar a ser desempenhadas de maneira pobre.
O QUÊ FAZER? Tente introduzir o aluno, individualmente, em atividades novas ou ao novo parquinho, antes dele vivenciar as mesmas atividades em grupo. Buscar sempre rever as regras e rotinas relacionadas com cada atividade em um momento em o aluno não esteja concentrado nos aspectos motores. Faça perguntas simples ao aluno para garantir a sua compreensão (ex: O que você deve fazer para chutar uma bola?”. As perguntas podem ajudar o aluno a focar na seqüência de passos ex: “o que você precisa fazer primeiro?”  Oriente a família a encorajar o aluno a ir para a escola com roupas que sejam fáceis de vestir e tirar. Exemplo: calças de elástico e camiseta de malha, calça de malha ou lycra, suéter e tênis com velcro. Utilização de fechos de velcro ao invés de botões.
Nas atividades escolares...Autismo de Alto Funcionamento Pode ter dificuldade em escrever. Essa é uma atividade que exige interpretação contínua da resposta dos movimentos da mão, enquanto novos movimentos são planejados, o que é muito difícil para a maioria das crianças com TDC. Pode ter dificuldade em balancear a necessidade de velocidade com a de exatidão. Ex: a letra pode ser muito boa, mas a escrita é extremamente lenta; Pode ter dificuldades em certas disciplinas como matemática, ditado ou redação, que requerem escrita correta e organizada na página; Pode ter dificuldade em completar o trabalho dentro do espaço de tempo normal. Uma vez que as tarefas requerem muito esforço, ela pode ficar mais inclinada à distração;
Pode ter dificuldades, em geral, na organização de sua carteira / mesa ou mesmo no espaço da página;  Pode parecer insatisfeita com o seu desempenho. Ex: apaga o trabalho que escreveu, queixa-se do desempenho em atividades motoras, mostra-se frustrada com o produto do trabalho. O fracasso repetido pode fazer com que ela se recuse a participar de tarefas motoras da escrita. Se tiver que fazer muito esforço para planejar uma tarefa, depois, mesmo uma pequena mudança na forma de desempenhá-la pode representar um grande problema.
O quê fazer ? Certifique-se de que o aluno esteja posicionado apropriadamente na carteira para começar qualquer trabalho. Observe que os pés do aluno estejam totalmente apoiados no chão, que a carteira tenha a altura apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a mesma; O aluno precisará de um tempo extra para completar atividades que exijam a coordenação motora fina, tais como matemática, redação, artes; Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas com atividades impressas ou pré – escritas para permitir que o aluno foque na tarefa. Por exemplo: dê-lhe folhas com exercícios de compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno;
Use o papel de acordo com as dificuldades de escrita do aluno. Por exemplo: Linhas bem espaçadas para o aluno que escreve com letras muito grandes; Papel com linha ressaltada para aluno que tem dificuldade para escrever dentro das linhas; Papel quadriculado para aluno cuja escrita é muito grande ou mal espaçada; Papel quadriculado, com quadrados grandes para alunos que tem problema para alinhar os números na matemática.
Tente focar no objetivo da atividade. Se a meta é uma história criativa, então ignore a escrita “bagunçada”, mal espaçada ou com várias “apagações”. Se a meta é que o aluno aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema acabe não sendo resolvido; Considere a possibilidade do aluno usar métodos alternativos de apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por ex: o aluno pode apresentar o relatório oralmente; pode usar desenhos para ilustrar suas idéias; digitar a redação ou o relatório no computador; gravar a história;
A qualidade da produção do aluno pode melhorar se ele tiver tempo adicional, ou acesso ao computador durante avaliações que requeiram muita escrita. O aluno pode ter maior facilidade se utilizar o computador para fazer o rascunho ou a cópia final de um relatório, da redação ou de outros deveres; Quando possível, o aluno pode ditar redações e respostas para o professor ou para outro aluno;
Fontes Palestra do DR. Christopher Gillberg – PhD em psiquiatria Infantil e do Adolescente Cheryl Missiuna, 2003. CandChild,Center Disability Research Ribeiro, Jeanne Marie de Leers Costa. “A criança autista em trabalho”. Rio de Janeiro, 7 letras, 2005.

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Curso formação autismo TGD

  • 1. CURSO DE FORMAÇÃO SOBRE AUTISMO E TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO CENTRO DE FORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO A INCLUSÃO CEFAI
  • 2. FORMADORAS Keila Ferreira da Silva Viana Eunice Sousa do Nascimento
  • 3. Descrito em diferentes partes do mundo... Transtorno autístico ou Autismo Infantil (sindrome de Kanner) descrito por Leo Kanner – 1940 – subdivisões: Autismo de baixo funcionamento, Autismo de alto funcionamento Transtorno / Sindrome de Aspeger descrita por Hans Aspeger – 1944 / Viena – Autismo de “Alto Funcionamento?” Transtorno Desintegrativo da Infância (Sindrome de Heller) descrito por Theodore Heller - 1900
  • 4. Encontramos ainda como: Transtorno do espectro do Autismo Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação / Autismo Atípico “Fenótipo amplo” (traços autisticos)
  • 5. Prevalência: 0,2% da população possui autismo e 3,5% traços autísticos; Associado a deficiência intelectual em 15% dos casos de autismo e 80% no casos de TDI; Associado com epilepsia em 5 a 10% do casos de autismo e 35% nos casos de TDI Em 7 a 10% dos casos, há um transtorno médico associado (síndrome do X Frágil, Esclerose Tuberosa, Síndrome de Rett, Síndrome de Landau - Kleffner) Alta incidência de deficiências visuais, auditivas e motoras (inclusive no nascimento) Prevalência maior no sexo masculino
  • 6. O QUE É? Três sintomas principais que nem sempre acontecem em conjunto: Prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas / aspectos sociais(PELO MENOS 2 SINTOMAS) Prejuízo grave do desenvolvimento da comunicação(PELO MENOS 1 SINTOMA) Limitação da variabilidade de comportamentos(PELO MENOS 1 SINTOMA) IMPORTANTE: A pessoa precisa ser extremamente prejudicada por esses sintomas ou esses sintomas precisam ser extremamente incapacitantes para que o diagnóstico possa ser feito.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. COMO É PERCEBIDO?No momento em que as pessoas começam a esperar que essas crianças progridam muito em relação ao desenvolvimento da linguagem e em relação ao interesse no seu entorno / expectativa social A ampla maioria dos casos começa a apresentar sintomas muito antes dos 3 anos de idade; Alguns tem problemas nos primeiros meses de vida; 18 a 24 meses de idade a criança sofre constantes crises epiléticas
  • 12. A terminologia... Quando usar Autismo de Alto funcionamento LEMBRAR QUE: o que você está querendo denominar é uma pessoa de alto funcionamento com autismo; o autismo de alto funcionamento e não é mais leve. Por mais que a pessoa tenha boa inteligência e compreensão verbal, seu autismo é tão grave quanto o de uma pessoa descrita com autismo de baixo funcionamento.
  • 13. Quando usar Autismo Atípico, lembrar que: Quem é atípico é o autismo e não as pessoas. Lembrar quando usar o termo Transtorno Global do Desenvolvimento: Que essas pessoas possuem desordem é na área da comunicação social mas, não são globalmente transtornadas
  • 14. Além do autismo a criança pode ter outros comprometimentos, tais como: Hiperatividade, desordem da atenção Depressão ou ansiedade Quadros clínicos
  • 15. ESQUIZOFRENIA CATATONICA A esquizofrenia catatônica pode ser aguda ou crônica. No episódio agudo apresenta-se como um repentino mutismo acompanhado de redução exagerada da atividade motora (a pessoa fica parada, quieta e muda). Na esquizofrenia catatônica o paciente pode permanecer sentado, imóvel, com as mãos sobre os joelhos, dorso e cabeça curvado, na posição fetal ou como múmia. mostra uma expressão facial vazia, mas com rápida circulação e batimentos cardíacos, sugestivo de medo e o olhar pode mover-se rapidamente como de forma persecutória. é comum a retenção de fezes e urina ou a incontinência. mostram-se insensíveis a dor e nem mesmo piscam quando se aproxima uma agulha dos olhos.
  • 16. Tiques inclusive síndrome de Tourette Síndrome de Tourette é uma desordem neurológica ou neuroquímica caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente da mesma maneira. Esses tiques motores e vocais mudam constantemente de intensidade e não existem duas pessoas no mundo que apresentem os mesmos sintomas. Os tiques podem se manifestar em qualquer parte ou conjunto de partes do corpo (barriga, nádegas, pernas, braços etc.), mas tipicamente eles ocorrem no rosto e na cabeça - no rosto, como caretas repetidas, e na cabeça como um todo, como movimentos bruscos, repetidos, de lado-a-lado etc. Com prevalência de transtorno obsessivo – compulsivo (TOC) em aproximados 50% dos portadores.
  • 17. MUTISMO ELETIVO / SELETIVO (DSM. IV) A característica essencial do Mutismo Seletivo é o fracasso persistente em falar em situações sociais específicas (por ex., escola, com colegas de brincadeiras) onde seria esperado que falasse, apesar de falar em outras situações
  • 18. TRANSTORNOS ALIMENTARES Síndrome de PICA - É a ingestão persistente de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceita culturalmente. As substâncias mais freqüentemente consumidas são: terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais.
  • 19. Anorexia Bulimia Transtorno de Ruminação:alimento parcialmente digerido é regurgitado sem náusea, esforço para vomitar, repugnância ou transtorno gastrintestinal aparentes. O alimento é então ejetado da boca ou, mais comumente, mastigado e engolido de novo.
  • 20. TRANSTORNOS DO SONO DISSIONIAS - Transtornos primários do sono ou vigília, caracterizados por insônia (não ter sono) ou hipersonia (dormir demais e ao acordar continuar a sentir-se cansado) como sintoma principal. As dissonias são transtornos na quantidade, qualidade ou tempo de sono. PARASSONIAS - são eventos motores, verbais ou experiências indesejáveis, que ocorrem exclusiva ou principalmente durante o sono. Podem ocorrer abalos musculares, contrações viscerais, gritos, gemidos, modificações posturais e deambulação.
  • 21. TDH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) / Impulsividade / Ansiedade Costumam ser muito insistentes com relação as ações que desejam fazer como por exemplo executar um complexo ritual, tocar algo. Costumam apresentar altos níveis de ansiedade, estão freqüentemente frustrados ou a ponto de ficarem frustrados. Geralmente estão ligadas a constantes confrontações com o ambiente, que é imprevisível e opressivo. Possui dificuldade em entender o que é esperado deles e o que está acontecendo ao seu redor.
  • 23. A ansiedade depende completamente do ambiente. Se o ambiente puder ser estruturado, onde todos saibam o que é esperado dele e se existirem meios para se comunicar, como um sistema visual; normalmente os níveis de ansiedade caem drasticamente.
  • 25. 1 - Prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas Deficiência social? Falha no uso de contato visual durante a interação social; Falha no desenvolvimento de interações com crianças da mesma idade; Falta de reciprocidade sócio-emocional Ausência de procura espontânea de compartilhamento do prazer
  • 26. Poderá ter: dificuldades em compreender emoções e sentimentos das outras pessoas; Ter dificuldade em expressar as suas emoções e sentimentos de uma forma socialmente aceita; Querer interagir com outras, mas não saber como interagir; Não querer partilhar atividades com outros;
  • 27. Como ajudar Busque antecipar os acontecimentos. Pode-se criar a antecipação da rotina escolar através de fotos, imagens ou objetos; Tente expressar claramente os seus sentimentos . Caso se sinta feliz, mostre-se feliz e diga que está feliz; Ajude-a a compreender e explicar seus sentimentos. Por exemplo, dê o seu objeto preferido e diga : isto te faz feliz. Incentive o aluno autista a interagir com os outros, por exemplo, se gosta de computadores, não poderia entrar para uma comunidade eletrônica?
  • 29. Bebês: No bebê, pode-se observar um balbuceio monótono, balbuceio tardio, e uma falta de contato com seu ambiente, assim como de uma linguagem gestual. Não segue a mãe e pode distrair-se com um objeto sem saber para que serve. Crianças: mostra-se estranha, não fala. Custa-lhe assumir- se e identificar aos demais. Não mostra contato. Crianças com autismo tem problemas de Coerência Central: elas tendem a olhar para os detalhes ao invés do todo enquanto as demais crianças tende a tentar formar um conceito global, buscando algo que combine com todos os detalhes do todo ex: “eu não preciso saber todos os detalhes para saber o que é”. Pessoas com autismo fazem o contrário, não conseguem ter a visão geral, fixam –se em detalhes e aprendem sobre os detalhes melhor que as outras pessoas.
  • 30. Síndrome de Aspeger e Autismo de Alto Funcionamento Infância: Antes dos dez anos de idade preocupam-se muito pouco em ter amigos, mas podem ficar muito preocupadas a medida que crescem, quando entendem que se espera que as pessoas tenham contatos sociais e amigos. Ficam mais preocupadas com a normalidade que a maioria das pessoas. Pode ter a necessidade de realizar rituais complexos ao deitar-se para dormir ou antes de desenvolver outras atividades. Adolescência: podem chegar a ter boas habilidades de empatia do ponto de vista lingüístico, mas não usam de maneira intuitiva e muito rápida.
  • 31. Padrão restrito de interesses Só se interessam por um ou poucos assuntos. Esses interesses podem mudar com o tempo. Em alguns casos o interesse por determinado assunto pode durar algumas semanas ou meses e então mudam completamente para outra área. Outras permanecem com o mesmo padrão por toda a vida. Quando estão envolvidas em um assunto, o interesse é tão intenso que elas precisam dissecar todas as informações referentes ao tema e por vezes adquirir material pertinente. Ex: toda a coleção de determinados CDs , Porcelanas Chinesas ou tudo sobre a Revolução Francesa. Essa manifestação costuma se iniciar por volta dos 3 ou 4 anos de idade.
  • 32. 2 -Prejuízo grave do desenvolvimento da COMUNICAÇÃO Não só a linguagem falada, mas também expressões faciais, gestos, postura corporal, etc. Pessoas com autismo não são disfásicas: não tem problema na produção de linguagem falada. Mesmo as que possuam boas habilidades lingüísticas, não conseguem usar essa linguagem para conversação.
  • 33.
  • 34. Autistas que não falam Olhar anormal: geralmente não costumam fixar o olhar nos olhos do interlocutor, mas na porção inferior da face. Podem olhar fixamente, olhar só para uma região do rosto ou podem ter um olhar arregalado. Expressões faciais inadequadas: Alguns sorriem o tempo todo e podem parecer que estão felizes, mas podem não estar. Outros parecem cronicamente deprimidos, mas podem ser felizes. Estes fatores podem levar a erros diagnóstico porque aparentam o contrário do que sentem.
  • 35. Precisam aprender que a comunicação existe. Dr. Christopher Gillberg
  • 36. Autistas que falam Tem peculiaridades no desenvolvimento da fala e de linguagem, mas muito freqüentemente sabem como falar e poderiam ter falado antes. Alguns deles aprendem a ler antes de começar a falar. Apesar de não se comunicarem com as pessoas muitas repetem com perfeição trechos de falas de personagens ou comerciais de televisão. Sintomas típicos dos problemas de linguagem: Têm uma linguagem e discurso superficial perfeitos, mas normalmente falam em tom monótono ou anormal. A prosódia pode ser muito monótona ou podem falar em tom muito alto. Alguns com voz muito aguda, outros com voz muito grave. O volume de voz, o tom ou a intensidade podem ser inadequados. Esse foto pode prejudicar a compreensão apesar da linguagem “perfeita”.
  • 37. Linguagem Para alunos autistas cada palavra significa apenas um elemento, elas não tem conotações adicionais ou associações subjacentes. Ex:“não chore sobre o leite derramado” Dificuldade em integrar ou combinar idéias, principalmente quando os conceitos parecerem de alguma forma contraditórios. Não entendem que dois conceitos inconsistentes podem estar ambos corretos.
  • 38. Ausência de linguagem falada Discurso repetitivo, incluindo a ecolalia
  • 39. Como ajudar Atraia a atenção do aluno antes de iniciar uma conversa (ex: dê um toque no ombro ou diga o nome dele); Utilize um nível de linguagem que a pessoa possa compreender; Fale claramente e use palavras curtas; Utilize imagens para ajudar à compreensão; Dê tempo ao aluno para que ele reaja ao que você disse; Considere outras formas de comunicação, tais como a escrita, gestos ou utilize imagens se for necessário.
  • 40. Prosopagnosia / Cegueira facial Alguns autistas podem não conseguir identificar o rosto das pessoas, nem o próprio rosto seja em fotos ou no espelho. A prosopagnosia leva a dificuldade em reconhecer detalhes, mas não o todo, ex: distinguem entre dois rostos diferentes, não tem dificuldade em identificar faces enquanto faces, ou carros enquanto automóveis, mas tem dificuldade em identificar a pessoa ou a marca do automóvel. A pessoa precisa de encontrar outra forma para reconhecer as pessoas. Jeito de andar, se vestir, comprimento dos cabelos, marca de nascença, voz. Alguns podem ter dificuldade em reconhecer certas categorias semânticas de objetos como por exemplo, animais, comidas e plantas. Ou limitada apenas a uma categoria específica Pode ter também: Agnosia visual reconhece mas não consegue nomear o objeto. Agnosia para cores.
  • 41. Alta incidência de deficiências visuais, auditivas e motoras (inclusive no nascimento) “Quando a criança parecia ter problema visual porque apertava muito os olhos para enxergar as coisas e alguém perguntava se ela tinha problema visual, sempre respondiam ‘ela age assim porque tem autismo” A maioria das crianças com autismo não fariam esse movimento com os olhos se não tivessem de fato um problema visual.
  • 42. Agnosia verbal auditiva Não há déficit auditivo. Por motivo de disfunções cerebrais, apresenta-se a ausência da capacidade de entender a linguagem falada.
  • 43. O toque... Geralmente recompensamos as aquisições dos alunos com reforços sociais, tais como elogios, sorriso, tapinhas nas costas e outras ações que comunicam “estou orgulhoso de você”. Porém o aluno com autismo pode não entender a intenção comunicativa destes atos ou pode não reconhecer a relevância e significação das expressões de satisfação do professor.
  • 44. Evitar recompensas como adesivos, balas, chocolates. Pois quando são usadas, elas servem mais a função de conduzir a conclusão da atividade do que de servir de reforço para o desempenho do aluno em uma próxima oportunidade.
  • 45. O ideal é: Terminar a atividade de maneira planejada. Ensinar ao aluno o conceito de “acabou”, pois muitos são incapazes de entender quanto tempo a atividade vai durar. Isso pode ser aflitivo, por esse motivo, acabam por impor sua própria decisão sobre quanto tempo irão permanecer na atividade. precisam de apoio visual. Podem perceber que a atividade acabou quando: uma caixa contendo partes dos componentes fica vazia, Atinge o final de uma página A passagem de tempo também pode ser feita por sinalizadores ex: o professor remove um pregador da manga ou cinto do aluno, quando todos os pregadores forem retirados (saíram do campo visual), a atividade terminou
  • 46. Brincadeira social Ao brincar, não utiliza o jogo social nem o jogo de faz de conta / Ausência de brincadeiras sociais Não brincam socialmente com as coisas ou com pessoas. Brincam com seus carrinhos ou bonecas e água e areia, mas não o fazem na forma social. Ex: um carro pode ser um instrumento de arremesso e não um carro para rodar no caminho, uma boneca pode servir para desmanchar mas não para embalar. Podem se concentrar em fazer alguma coisa, mesmo junto com outras crianças, mas normalmente não vão interagir a partir disso.
  • 47. COMUNICAÇÃO Elas tem problema de comunicação: não entendem, quando são pequenas, qual a função da linguagem e, portanto, falham em usar a linguagem para se comunicar. A maioria consegue falar algumas palavras ou compreendem algumas palavras. Mesmo aquelas classificadas como baixo funcionamento, e que não falam, compreendem palavras faladas por outras pessoas, mas somente palavras como substantivos e verbos. Não entendem de verdade o sentido de fazer perguntas. Pensam que fazer perguntas serve para que outras pessoas dêem a resposta certa. Não percebem que o que motiva a questão é a necessidade de uma nova informação.
  • 48. Fala repetitiva, incluindo enormes quantidades de ecolalia. No grupo de alto funcionamento pode ser muito difícil entender se é realmente ecolalia, pois soa muito apropriado, exatamente o que deveria ser dito naquela situação. Mas alguém que conheça bem a pessoa notará que são exatamente as mesmas palavras e exatamente a mesma frase que ela usou ontem ou centenas de vezes ao dia em situações semelhantes. Soa apropriado, mas não é apropriado porque não pode ser mudado. Ele ouviu alguém dizer na mesma situação.
  • 49. HIPERLEXIA Comum em Autismo de Alto Funcionamento e Síndrome de Aspeger A síndrome da hiperlexia é constituída por três características básicas: Capacidade precoce para a leitura; Dificuldade no processamento da linguagem oral; Comportamento social atípico.
  • 50. Geralmente é entre os 18 e os 24 meses que as crianças hiperléxicas demonstram capacidade para identificar letras e números. Por volta dos três anos, começam a ver as letras reunidas, formando palavras não importando em que contexto apareçam, nem que aspecto tenham; datilografadas ou manuscritas, maiúsculas ou minúsculas, a criança reconhece. É bem provável que, ainda sem ter desenvolvido a capacidade de falar, sem dominar a linguagem oral usada por outras crianças da mesma idade, ela já esteja lendo palavras e frases.Do reconhecimento da palavra escrita, a criança, sem prévia instrução fonética, evolui para se interessar pelas sílabas que a compõem. Ela aprende a decifrar, a decodificar palavras.Algumas crianças atingem alto nível visual, instantâneo, e raramente erram a pronúncia, mesmo de palavras difíceis. Outras crianças continuam a reconhecer as palavras pela forma, ou usam uma combinação de decifração fonética e reconhecimento visual.
  • 51. LEITURA COMPULSIVA Para uma criança hiperléxica o nível do reconhecimento de palavras isoladas é um, e outro é o nível de compreensão de palavras agrupadas, formando conceitos. As crianças hiperléxicas lêem tudo que seus olhos encontram em forma de letra. Pode ser difícil conseguir que fiquem sentadas por algum tempo, lendo histórias infantis, mas lerão qualquer outra coisa que lhes apareça.Elas, simplesmente, não podem evitar isso, pois os estímulos visuais são muito do seu agrado, principalmente sob a forma de letra.Quando pequenas: Com freqüência, a criança desvia a atenção para outro objeto, deixando de lado as tarefas que lhe são propostas, uma após a outra. Por outro lado, se o assunto for de sua própria escolha, algumas crianças hiperléxicas serão capazes de lhe dedicar atenção por longo tempo. É o que acontece, por exemplo, quando assistem a programas de televisão ou a gravações em vídeo, e isto ocorre do constante estímulo visual que recebem.
  • 52. Com os bloquinhos de construção, em vez de erguerem torres, formam letras. Se olham para o suporte da mesa, vêem um H. Essas crianças precisam ser conduzidas à fase mais elementar dos jogos, para pegar experiência concreta, que geralmente pulam. Não tendo descoberto a relação causa efeito, por exemplo, através de jogos, elas precisam que lhes seja mostrado, visual e intencionalmente, que uma coisa traz a outra.
  • 53. 1 - Prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas2 -Prejuízo grave do desenvolvimento da COMUNICAÇÃO
  • 54. 3 - Limitação da variabilidade de comportamentos Não conseguem mudar o padrão de comportamento de acordo com a situação social, sempre vão se comportar à sua maneira: serão sempre eles mesmos e não mudarão de acordo com as demandas sociais ou ambiente social. Não estabelecem relações entre idéias e eventos
  • 55. Dependência compulsiva de rotinas Rotina seguida de mesmo horário, local e mesmas pessoas. Por exemplo uso do banheiro, alimentação.
  • 56. Podem ser... Impostas sobre ele mesmo Imposta sobre os outros Possuem rotinas e rituais que normalmente são impostas a eles e aos outros que o cercam. Caso tenham alteração na seqüência do conjunto de rotinas alteram o estado de humor.
  • 57. Precisamos: 1 – aumentar sua compreensão 2 – tornar o ambiente mais compreensível
  • 58. A importância da rotina Podem ter dificuldade em organizar e sequênciar ações. Ex uma pessoa pode levantar pela manhã pentear o cabelo, depois tomar banho e lavar o cabelo. Podem ter dificuldade em generalizar, ou seja ao aprender habilidades ou comportamentos numa situação, mostram grande dificuldade em transferi-las para situações novas. Ex: pode aprender a escovar os dentes com uma escova azul e depois relutar em escovar os dentes com uma escova verde. Podem lavar pratos e não perceberem que também podem lavar copos.
  • 59. Preocupação circunscrita a um interesse especial...
  • 60. Preocupação com partes de objetos Ex: ficam totalmente obcecados com determinados aspectos, como a roda de um carro de brinquedo ou um pequeno detalhe de um livro, uma cor, um pequeno pedaço de plástico...
  • 61. Enfoque excessivo em detalhes 1 – Detalhes visuais (geralmente são fonte de distração em alunos com nível funcional mais baixo). Ex: um professor pode colocar um lápis em uma mesa e o aluno ficar tão distraído pelo lápis que não consegue executar o seu trabalho.
  • 62. 2 – Detalhes sonoros (sons de ventiladores, máquinas) Ex: um aluno autista pode ouvir um ruído que o professor sequer percebe, cinco salas distantes e ficar incapaz de se concentrar.
  • 63. 3 – Os autistas que funcionam em um nível de inteligência mais elevado se concentram em detalhes mais cognitivos, tais como chamadas de estações de rádio, códigos de área de números de telefone, ou capitais de estados. Podem ser distraídos por processos internos tais como rimar, contar, calcular ou recitar fatos que tenham memorizados
  • 64. São menos capazes em acessar a importância relativa de todos os detalhes que foram observados. Ex: Podem se concentrar na visão do fio de linha que estão balançando enquanto atravessam uma rua, e não perceber a aproximação de um ônibus que estiver chegando; ou eles podem entrar em uma sala e comentar sobre os sons dos ventiladores, ignorando o fato de que o almoço está na mesa.
  • 65. É difícil para os alunos autistas prestarem atenção ao que seus professores querem porque estão concentrados em sensações que para eles são mais interessantes e importantes.
  • 66. Independente da fonte de dispersão, alunos com autismo tem grande dificuldade em interpretar e priorizar a importância de estimulação externa e pensamentos que as “bombardeiam”. Alguns deles olham, se movem e exploram o ambiente constantemente, como se todas as sensações fossem igualmente novas. Outros lidam com este bombardeio aparentemente bloqueador da maioria dos estímulos circundantes, ficando concentrados em um tipo muito limitado de objetos.
  • 67. Estereotipias motoras Ex: agitar os dedos das mãos quando estão muito empolgadas ou contrair os músculos excessivamente quando alguém lhe diz “não faça isso!”
  • 68. A pessoa pode parecer comportar-se de forma inadequada pode ser que ela; Está tentando se se comunicar; Não compreende regras sociais; Está se sentindo ansiosa, assustada ou frustrada; Gosta de determinadas atividades, mas não compreende as conseqüências desta.
  • 69. Como você pode ajudar Incentive a utilização da melhor forma de comunicação; Canalizar o comportamento para formas socialmente aceitas; Se a pessoa estiver ansiosa ou aborrecida , procure um lugar sossegado para ela se acalmar; Se tiver um objeto que acalma o autista é interessante mantê-lo por perto.
  • 70. Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação - TDC
  • 71. Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação - TDC Dificuldade para analisar as informações sensoriais do ambiente; usar essas informações para selecionar o plano de ação desejado; dar seqüência aos movimentos motores individuais da tarefa; enviar mensagem correta para produzir uma ação coordenada; ou integrar todas essas ações de modo a controlar o movimento enquanto ele está ocorrendo. Resultado: a criança parece incoordenada, desajeitada, e vai ter dificuldade para aprender e desempenhar tarefas motoras novas.
  • 72. Pode ter dificuldade com habilidades motoras grossas (corpo inteiro), habilidades motoras finas (usando as mãos) ou ambas; Pode ter atraso no desenvolvimento de certas habilidades motoras, tais como: andar de velocípede ou bicicleta, agarrar bola, manejar faca e garfo, abotoar a roupa; As dificuldades podem ser maiores em atividades que requerem mudança constante na posição do corpo. Ex: futebol, pular corda; Pode achar difíceis as atividades que requerem o uso coordenado dos dois lados do corpo (ex: recortar com tesoura, cortar alimento usando faca e garfo, fazer polichinelo, segurar um bastão com as duas mãos e acertar na bola); Pode ter equilíbrio pobre ou evitar atividades que requerem essa habilidade Pode apresentar discrepância entre suas habilidades motoras e habilidades em outras áreas. Ex: as habilidades intelectuais e de linguagem podem ser altas, enquanto as habilidades motoras atrasadas; Pode ter dificuldade para aprender habilidades motoras novas. Uma vez aprendidas, certas habilidades motoras podem ser desempenhadas muito bem, enquanto outras podem continuar a ser desempenhadas de maneira pobre.
  • 73. O QUÊ FAZER? Tente introduzir o aluno, individualmente, em atividades novas ou ao novo parquinho, antes dele vivenciar as mesmas atividades em grupo. Buscar sempre rever as regras e rotinas relacionadas com cada atividade em um momento em o aluno não esteja concentrado nos aspectos motores. Faça perguntas simples ao aluno para garantir a sua compreensão (ex: O que você deve fazer para chutar uma bola?”. As perguntas podem ajudar o aluno a focar na seqüência de passos ex: “o que você precisa fazer primeiro?” Oriente a família a encorajar o aluno a ir para a escola com roupas que sejam fáceis de vestir e tirar. Exemplo: calças de elástico e camiseta de malha, calça de malha ou lycra, suéter e tênis com velcro. Utilização de fechos de velcro ao invés de botões.
  • 74. Nas atividades escolares...Autismo de Alto Funcionamento Pode ter dificuldade em escrever. Essa é uma atividade que exige interpretação contínua da resposta dos movimentos da mão, enquanto novos movimentos são planejados, o que é muito difícil para a maioria das crianças com TDC. Pode ter dificuldade em balancear a necessidade de velocidade com a de exatidão. Ex: a letra pode ser muito boa, mas a escrita é extremamente lenta; Pode ter dificuldades em certas disciplinas como matemática, ditado ou redação, que requerem escrita correta e organizada na página; Pode ter dificuldade em completar o trabalho dentro do espaço de tempo normal. Uma vez que as tarefas requerem muito esforço, ela pode ficar mais inclinada à distração;
  • 75. Pode ter dificuldades, em geral, na organização de sua carteira / mesa ou mesmo no espaço da página; Pode parecer insatisfeita com o seu desempenho. Ex: apaga o trabalho que escreveu, queixa-se do desempenho em atividades motoras, mostra-se frustrada com o produto do trabalho. O fracasso repetido pode fazer com que ela se recuse a participar de tarefas motoras da escrita. Se tiver que fazer muito esforço para planejar uma tarefa, depois, mesmo uma pequena mudança na forma de desempenhá-la pode representar um grande problema.
  • 76. O quê fazer ? Certifique-se de que o aluno esteja posicionado apropriadamente na carteira para começar qualquer trabalho. Observe que os pés do aluno estejam totalmente apoiados no chão, que a carteira tenha a altura apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a mesma; O aluno precisará de um tempo extra para completar atividades que exijam a coordenação motora fina, tais como matemática, redação, artes; Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas com atividades impressas ou pré – escritas para permitir que o aluno foque na tarefa. Por exemplo: dê-lhe folhas com exercícios de compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno;
  • 77. Use o papel de acordo com as dificuldades de escrita do aluno. Por exemplo: Linhas bem espaçadas para o aluno que escreve com letras muito grandes; Papel com linha ressaltada para aluno que tem dificuldade para escrever dentro das linhas; Papel quadriculado para aluno cuja escrita é muito grande ou mal espaçada; Papel quadriculado, com quadrados grandes para alunos que tem problema para alinhar os números na matemática.
  • 78. Tente focar no objetivo da atividade. Se a meta é uma história criativa, então ignore a escrita “bagunçada”, mal espaçada ou com várias “apagações”. Se a meta é que o aluno aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema acabe não sendo resolvido; Considere a possibilidade do aluno usar métodos alternativos de apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por ex: o aluno pode apresentar o relatório oralmente; pode usar desenhos para ilustrar suas idéias; digitar a redação ou o relatório no computador; gravar a história;
  • 79. A qualidade da produção do aluno pode melhorar se ele tiver tempo adicional, ou acesso ao computador durante avaliações que requeiram muita escrita. O aluno pode ter maior facilidade se utilizar o computador para fazer o rascunho ou a cópia final de um relatório, da redação ou de outros deveres; Quando possível, o aluno pode ditar redações e respostas para o professor ou para outro aluno;
  • 80. Fontes Palestra do DR. Christopher Gillberg – PhD em psiquiatria Infantil e do Adolescente Cheryl Missiuna, 2003. CandChild,Center Disability Research Ribeiro, Jeanne Marie de Leers Costa. “A criança autista em trabalho”. Rio de Janeiro, 7 letras, 2005.