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Autismo e a Educação: dificuldades e possibilidades
Fonte: www.desmistificandoautismo.com.br
Todos sabem que a maior dificuldade de uma pessoa com TEA está na capacidade interativa. Os
autistas comumente encontram sérias dificuldades em estabelecer padrões de comunicação
com outras pessoas.
Os padrões que me refiro seriam basicamente o uso da expressão verbal. O uso da fala, como
principal meio de comunicação humana, não faz parte das habilidades dos autistas. Na verdade,
essa é apenas a ponta do iceberg.
O problema possui um alto grau de complexidade que merece uma atenção especial. Não é que
os autistas não querem estabelecer comunicação verbal com outras pessoas. Eles querem
somente permanecer no mundo deles, o tempo todo, isoladamente, sem mudanças ou qualquer
tipo de interferências. Um mundo onde ele possa controlar tudo, ou não.
Essa necessidade de se buscar o isolamento é a maior dificuldade para os autistas na maioria
dos casos, desde os conhecidos como “brandos” até os mais graves.
A vontade que domina e ultrapassa todos os limites (se não houver acompanhamento e
terapias) de se isolar, se manifesta principalmente no ambiente escolar.
Os autistas na escola, geralmente por serem vítimas de bullying, e por já possuírem uma
tendência em função do Transtorno, buscam se isolar e não se relacionar com o mínimo possível
de pessoas.
Na verdade, eles já saem de casa preocupados com o que deverá fazer para que ele se relacione
o menos possível com pessoas durante o dia. Em alguns casos, até tentam programar todas as
ações (passo a passo) do dia, para que tenham, no mínimo, uma sensação de controle e
segurança de que a rotina não irá mudar.
O isolamento é a forma como eles encontram de buscar o máximo possível um afastamento do
mundo. As relações humanas são abomináveis e facilmente passíveis de serem ignoradas sem
nenhum tipo de remorso ou arrependimento das consequências das suas ações. Eles se isolam,
e pronto.
Quando estão mergulhados em si mesmos num nível mais profundo que o normal, são capazes
de não atenderem a nenhum tipo de estímulo. Tudo em função da necessidade de
permanecerem em seus mundos.
A questão a saber é como educar pessoas altamente funcionais, mas ao mesmo tempo
completamente fechadas em si mesmas? Uma das respostas a essa questão é a adaptação.
Hoje, as escolas e universidades devem se adequar para receberem alunos portadores de TEA.
Será que estão preparadas? Os funcionários, corpo docente, coordenadores e diretores estão
todos preparados para adequar e receber alunos autistas e portadores de outras síndromes e
transtornos? O Estado tem apresentado ações afirmativas para que possam incluir os autistas á
condição de cidadãos ativos e autônomos? Todas essas questões são importantes para
percebermos o quão o Brasil ainda está em fase inicial no que se refere ao reconhecimento dos
autistas enquanto cidadãos que contribuem para o desenvolvimento social.
Se há pouco apoio em relação ao poder público, frente à desinformação predominante que gera
uma série de problemas, a Educação deve ser repensada para que se possa trabalhar os alunos
autistas de forma a incluí-los integralmente à sociedade.
Os professores, educadores, terapeutas e demais profissionais que trabalham diretamente com
os autistas, agem muitas vezes de forma isolada, sem nenhum tipo de apoio. As escolas
geralmente se recusam recebe-los e quando o fazem, exigem com que os pais arquem com um
profissional que fique permanentemente na escola. Sendo que é a própria escola a responsável
por garantir todas as condições necessárias para o aprendizado de todos, independentemente
de qualquer dificuldade.
A Educação para o autismo: novos olhares
A relação ensino-aprendizagem se dá por meio do uso da fala, principalmente. Essa é a base
para a construção do conhecimento: o diálogo é o meio pelo qual o ser humano utiliza para se
fazer compreender. O problema é que nos autistas, como dito no início deste artigo, a maior
dificuldade reside fundamentalmente na interação. Logo, como educar os autistas, sendo que
por meio da fala somente é praticamente impossível?
Esse é o maior desafio com relação à educação de crianças/jovens/adultos autistas: buscar
novos canais de conexão e estabelecer uma relação de confiança mútua. O autista deve estar
seguro que você é um agente que o auxilia de forma a não “quebrar” a rotina. Você deve passar
a ideia de que é um aliado, alguém que contribui.
É muito comum que o vínculo entre professores e autistas demore um certo tempo para se
firmar. Isso ocorre em função da dificuldade do autista em estabelecer canais de conexão com
a “nova” pessoa, o “novo” conhecimento, ou a “nova” situação, etc. Tudo o que, para nós, faz
parte do nosso cotidiano, para os autistas pode ser motivo de sérias agressões. Por isso ele deve
criar formas de se identificar com tudo ao seu redor de modo que não o agrida. Por exemplo:
um ruído repentino ou uma mudança de trajeto. Nessas situações, deve se buscar criar vínculos
com o “novo” a partir de elementos já conhecidos. Como por exemplo: a ida a um novo lugar
poderá ser menos traumático se ele for acompanhado por pessoas que ele se sente seguro (já
conhecidas). Nas mudanças de sala na escola, é importante que alguns elementos da sala que
ele frequentou anteriormente estejam presente na nova. E assim por diante.
Na educação, na sua concepção mais ampla possível, a ideia seria trabalhar as dificuldades
presentes no autismo, como a tendência ao isolamento, e atribuir novos significados. Ou seja,
de que forma os autistas podem contribuir com a escola/faculdade, da forma como eles são?
As instituições de ensino, antes de qualquer coisa, devem perceber as potencialidades dos
autistas, tais como: honestidade, alto nível de memorização, excelentes em seguir cronogramas
de trabalho, pontualidade, etc. São características que são facilmente aproveitadas tanto para
o ambiente acadêmico, quanto para o mercado de trabalho nas organizações, as quais, vivem
de rotinas e procedimentos o tempo todo.
Pois bem, os autistas são mestres nessas áreas. A rotina é a chave para se buscar estabelecer
um vínculo com o ele, e, assim, novos conteúdos ou procedimentos possam ser aprendidos sem
grandes dificuldades.
Em outros artigos falarei mais sobre esse tema. Em função da amplitude do espectro autista, há
vários fatores que precisam ser levados em consideração, portanto, não conseguirei somente
aqui esgotar completamente o tema. Precisaríamos de outras formas de explorá-lo, como
vídeos, slides, mais artigos, etc.

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Autismo e a educação breves reflexoes

  • 1. Autismo e a Educação: dificuldades e possibilidades Fonte: www.desmistificandoautismo.com.br Todos sabem que a maior dificuldade de uma pessoa com TEA está na capacidade interativa. Os autistas comumente encontram sérias dificuldades em estabelecer padrões de comunicação com outras pessoas. Os padrões que me refiro seriam basicamente o uso da expressão verbal. O uso da fala, como principal meio de comunicação humana, não faz parte das habilidades dos autistas. Na verdade, essa é apenas a ponta do iceberg. O problema possui um alto grau de complexidade que merece uma atenção especial. Não é que os autistas não querem estabelecer comunicação verbal com outras pessoas. Eles querem somente permanecer no mundo deles, o tempo todo, isoladamente, sem mudanças ou qualquer tipo de interferências. Um mundo onde ele possa controlar tudo, ou não. Essa necessidade de se buscar o isolamento é a maior dificuldade para os autistas na maioria dos casos, desde os conhecidos como “brandos” até os mais graves. A vontade que domina e ultrapassa todos os limites (se não houver acompanhamento e terapias) de se isolar, se manifesta principalmente no ambiente escolar. Os autistas na escola, geralmente por serem vítimas de bullying, e por já possuírem uma tendência em função do Transtorno, buscam se isolar e não se relacionar com o mínimo possível de pessoas. Na verdade, eles já saem de casa preocupados com o que deverá fazer para que ele se relacione o menos possível com pessoas durante o dia. Em alguns casos, até tentam programar todas as ações (passo a passo) do dia, para que tenham, no mínimo, uma sensação de controle e segurança de que a rotina não irá mudar. O isolamento é a forma como eles encontram de buscar o máximo possível um afastamento do mundo. As relações humanas são abomináveis e facilmente passíveis de serem ignoradas sem nenhum tipo de remorso ou arrependimento das consequências das suas ações. Eles se isolam, e pronto. Quando estão mergulhados em si mesmos num nível mais profundo que o normal, são capazes de não atenderem a nenhum tipo de estímulo. Tudo em função da necessidade de permanecerem em seus mundos. A questão a saber é como educar pessoas altamente funcionais, mas ao mesmo tempo completamente fechadas em si mesmas? Uma das respostas a essa questão é a adaptação. Hoje, as escolas e universidades devem se adequar para receberem alunos portadores de TEA. Será que estão preparadas? Os funcionários, corpo docente, coordenadores e diretores estão todos preparados para adequar e receber alunos autistas e portadores de outras síndromes e transtornos? O Estado tem apresentado ações afirmativas para que possam incluir os autistas á condição de cidadãos ativos e autônomos? Todas essas questões são importantes para
  • 2. percebermos o quão o Brasil ainda está em fase inicial no que se refere ao reconhecimento dos autistas enquanto cidadãos que contribuem para o desenvolvimento social. Se há pouco apoio em relação ao poder público, frente à desinformação predominante que gera uma série de problemas, a Educação deve ser repensada para que se possa trabalhar os alunos autistas de forma a incluí-los integralmente à sociedade. Os professores, educadores, terapeutas e demais profissionais que trabalham diretamente com os autistas, agem muitas vezes de forma isolada, sem nenhum tipo de apoio. As escolas geralmente se recusam recebe-los e quando o fazem, exigem com que os pais arquem com um profissional que fique permanentemente na escola. Sendo que é a própria escola a responsável por garantir todas as condições necessárias para o aprendizado de todos, independentemente de qualquer dificuldade. A Educação para o autismo: novos olhares A relação ensino-aprendizagem se dá por meio do uso da fala, principalmente. Essa é a base para a construção do conhecimento: o diálogo é o meio pelo qual o ser humano utiliza para se fazer compreender. O problema é que nos autistas, como dito no início deste artigo, a maior dificuldade reside fundamentalmente na interação. Logo, como educar os autistas, sendo que por meio da fala somente é praticamente impossível? Esse é o maior desafio com relação à educação de crianças/jovens/adultos autistas: buscar novos canais de conexão e estabelecer uma relação de confiança mútua. O autista deve estar seguro que você é um agente que o auxilia de forma a não “quebrar” a rotina. Você deve passar a ideia de que é um aliado, alguém que contribui. É muito comum que o vínculo entre professores e autistas demore um certo tempo para se firmar. Isso ocorre em função da dificuldade do autista em estabelecer canais de conexão com a “nova” pessoa, o “novo” conhecimento, ou a “nova” situação, etc. Tudo o que, para nós, faz parte do nosso cotidiano, para os autistas pode ser motivo de sérias agressões. Por isso ele deve criar formas de se identificar com tudo ao seu redor de modo que não o agrida. Por exemplo: um ruído repentino ou uma mudança de trajeto. Nessas situações, deve se buscar criar vínculos com o “novo” a partir de elementos já conhecidos. Como por exemplo: a ida a um novo lugar poderá ser menos traumático se ele for acompanhado por pessoas que ele se sente seguro (já conhecidas). Nas mudanças de sala na escola, é importante que alguns elementos da sala que ele frequentou anteriormente estejam presente na nova. E assim por diante. Na educação, na sua concepção mais ampla possível, a ideia seria trabalhar as dificuldades presentes no autismo, como a tendência ao isolamento, e atribuir novos significados. Ou seja, de que forma os autistas podem contribuir com a escola/faculdade, da forma como eles são? As instituições de ensino, antes de qualquer coisa, devem perceber as potencialidades dos autistas, tais como: honestidade, alto nível de memorização, excelentes em seguir cronogramas de trabalho, pontualidade, etc. São características que são facilmente aproveitadas tanto para o ambiente acadêmico, quanto para o mercado de trabalho nas organizações, as quais, vivem de rotinas e procedimentos o tempo todo.
  • 3. Pois bem, os autistas são mestres nessas áreas. A rotina é a chave para se buscar estabelecer um vínculo com o ele, e, assim, novos conteúdos ou procedimentos possam ser aprendidos sem grandes dificuldades. Em outros artigos falarei mais sobre esse tema. Em função da amplitude do espectro autista, há vários fatores que precisam ser levados em consideração, portanto, não conseguirei somente aqui esgotar completamente o tema. Precisaríamos de outras formas de explorá-lo, como vídeos, slides, mais artigos, etc.