SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 119
Editoração Eletrônica 
1º Período – UNIRON 
Profª. Viviane Cristina Camelo Lopes
O que é composição visual?
Composição visual 
Por um conceito… 
“A composição é a essência da comunicação 
visual. Trata-se basicamente das regras para 
organizar os elementos visuais - formas e 
superfícies - em mensagens que alcancem 
seus objetivos comunicativos, que agradem, 
que emocionem. A composição corresponde a 
uma síntese entre intelecto e emoção, entre o 
princípio da ordem geométrica e o da intuição” 
(João Werner)
Composição e pecepção 
• Para entendermos como age a composição 
junto ao receptor é preciso atentar para os 
estudos de percepção humana; 
• É o processo de absorver 
informação no interior do 
Sistema nervoso através dos 
olhos, do sentido da visão. 
• O ato de ver, que vai 
interferer tanto na 
produção da composição, 
quantos nos efeitos de 
percepção do receptor, é 
uma resposta à luz.
Tonalidade e percepção 
• É a luz que permitirá ver todos os elementos 
visuais básicos (linha, cor, forma, direção, textura, 
escala, dimensão, movimento), por outro lado, é o 
element tonal, que nos permitirá perceber a 
composição:
A Gestalt e a percepção 
• Todo padrão visual tem uma qualidade dinâmica que 
não pode ser definida intelectual, emocional ou 
mecânicamente, através de tamanho, direção, forma 
ou distância; 
• As coisas visuais não são simplesmente algo que 
estão ali por acaso. São acontecimentos visuais, 
ocorrências totais, ações que incorporam a reação 
do todo. 
• A psicologia da Gestalt contribui no campo da 
percepção recolhendo dados para compreender 
como os seres humanos respondem aos estímulos 
visuais.
A Gestalt e a percepção 
• Em linhas gerais a Gestalt diz 
que o ser humano já observa 
de forma global e unificada a 
forma: a excitação cerebral 
não dá em pontos isolados, 
mas por extensão.
ELEMENTOS BÁSICOS DA 
LINGUAGEM VISUAL
A linguagem visual transmite ideias e 
sensações através de símbolos que 
causam um maior impacto e efeito no 
observador do que a linguagem conceitual 
(oral e escrita) em alguns momentos. 
Vamos aprender agora que a linguagem 
visual pode ser reduzida aos seus 
elementos básicos, aqueles que formam a 
imagem e o modo como os percebemos.
PONTO: primeira unidade da imagem, tendo 
como característica a simplicidade e 
irredutibilidade (não pode ser reduzido), não 
possuindo formato nem dimensão. 
O ponto indica uma posição no espaço e 
constrói a imagem e funciona como referência 
no espaço visual por ter um grande poder de 
atração para a visão humana.
Os pontos podem agir 
agrupados obtendo um 
expressivo efeito visual com 
formas ordenadas ou 
aleatórias em que o olho irá 
reuni-los em uma única 
imagem. Uma série de 
pontos forma uma linha, uma 
massa de pontos torna-se 
textura, forma ou plano. 
Dependendo de como os pontos são organizados eles podem ser muito 
expressivos.
Os pontos, enquanto elementos visuais, podem ser observados facilmente 
na natureza e no mundo construído. Fotos: Garcia Junior.
Imagem figurativa formada por pontos. 
Ilustração: Garcia Junior 
Imagem abstrata formada por pontos.
Domingo à tarde na Ilha Grande Jatte. Georges Seurat. França. 1884- 
86. 
Pontilhismo: 
Foi uma técnica 
inovadora de pintura 
desenvolvida pelo 
artista francês 
Georges Seurat no 
final do séc. XIX que 
tinha como proposta 
formar a imagem 
através de minúsculos 
pontos de cores 
pincelados na tela de 
maneira que, quando 
as pessoas 
observassem à 
distância correta, 
misturassem os 
milhares de pontos 
formando a imagem.
 LINHA: quando 
agrupamos 
os pontos muito próximos, em 
uma sequência ordenada 
uns após os outros e de 
mesmo tamanho, causam à 
visão uma ilusão de 
direcionamento e 
acabamos visualizando-os 
como uma linha. Uma linha 
pode ser uma marca 
positiva ou uma lacuna 
negativa. Aparecem nos 
limites dos objetos e onde 
dois planos se encontram. 
Linhas gráficas delineando um desenho. 
Linhas físicas imaginárias na natureza.
As LINHAS podem ser 
classificadas como: 
> Geométricas: são 
abstratas e tem apenas uma 
dimensão, o comprimento; 
> Gráficas: linhas 
desenhadas ou traçadas 
numa superfície qualquer; 
> Físicas: podem ser 
observadas, principalmente, 
nos contornos dos objetos, 
naturais ou construídos, 
criada de maneira abstrata na 
forma de uma percepção 
visual ilusória e imaginária 
como fios de energia, 
rachaduras em pisos, o 
horizonte etc. 
Ilustrações e foto: Garcia Junior.
A Linha Gráfica pode indicar a 
trajetória de um ou vários pontos 
de maneira contínua variando 
quanto: 
> à espessura (fina ou grossa); 
> à forma (reta, sinuosa, quebrada 
ou mista); 
> ao traçado (cheia, tracejada, 
pontilhada, traço e ponto, etc); 
> à posição (horizontal, vertical ou 
inclinada). 
Destas características destacamos 
a forma e a posição que, 
dependendo da intenção de quem a 
desenha, a linha pode estar 
carregada de movimento e energia, 
assumindo diversas apresentações 
para expressar vários significados.
Podemos visualizar linhas sendo traçadas de modo aleatório ou ordenado na natureza. Foto: 
Garcia Junior.
- Reta: linha ilimitada nos dois 
sentidos (sem começo ou fim) e 
possui uma única direção. 
- Semi-reta: linha que parte de um 
ponto de origem e é ilimitada 
apenas num sentido de 
crescimento. 
- Retas paralelas: linhas retas que 
não se cruzam e todos os seus 
pontos possuem a mesma distância. 
- Retas perpendiculares: linhas 
retas que se cruzam tem “aberturas” 
iguais formando um “canto reto” 
- Ângulo: é a “abertura” formada 
por duas linhas semi-retas que 
partem de um mesmo ponto. 
- Curva: linha que muda o seu 
sentido de direção podendo ser 
sinuosa, quebrada ou mista.
 A FORMA é derivada da 
organização imaginária que 
damos a um conjunto de 
linhas dando um sentido de 
orientação espacial e de 
reconhecimento da imagem 
representada. A mesma forma 
pode se apresentar diferente 
para nossa observação de 
acordo com a referência visual 
da superfície em ela está. 
Existem três formas básicas: o 
círculo, o quadrado e o 
triângulo equilátero, cada qual 
com suas características e 
especificidades, exercendo no 
observador diferentes efeitos 
visuais e impressões quanto aos 
seus significados.
As formas podem evidenciar 
potenciais características de 
acordo com a intenção do criador 
da imagem e como trabalhar com 
os elementos juntos. 
Movimento 
Estabilidad 
e 
Tensão
As formas também podem se dividir 
em dois grandes grupos: 
> Geométricas: figuras ordenadas 
perfeitamente (formas básicas, 
polígonos etc), não tão facilmente 
reconhecidos na natureza no seu 
estado mais puro; 
> Orgânicas: formas ordenadas ou 
aleatórias em estruturas não 
geométricas, observadas 
principalmente na natureza, daí o 
seu nome (asa de inseto, folha de 
árvore, curso e ramificações de um 
rio etc). 
Fotos: Garcia Junior
Formas geométricas - polígonos
As formas geométricas que observamos no 
mundo real são construídas pelo ser 
humano. 
Foto: Garcia Junior. 
As formas orgânicas são facilmente 
observadas na natureza. Foto: Garcia 
Junior.
 TEXTURA é a qualidade 
impressa em uma superfície, 
enriquecendo as impressões 
e sentidos que teremos de 
determinada forma. 
A textura pode ser classificada 
de duas maneiras: quanto à 
sua natureza e quanto à 
forma que ela se 
apresenta.
Quanto à natureza: 
> Textura tátil - é aquela que 
podemos tocar e sentir fisicamente 
a sua característica peculiar pelo 
tato, como, por exemplo, o reboco 
granuloso de uma parede, a 
aspereza de uma lixa, a lisura de 
uma cerâmica polida; 
> Textura ótica - é aquela existente 
apenas na ilusão criada pelo olho 
humano, como, por exemplo, a capa 
de um livro que reproduza a imagem 
de uma parede rebocada ou as 
imagens impressas num tecido que 
criam um padrão de textura 
reconhecido pela visão, mas não 
sentido pelo tato 
Textura 
tátil 
Textura ótica
Quanto à forma que se 
apresenta: 
> Geométrica – a organização 
de formas geométricas num 
padrão dentro de uma área ou 
superfície acaba dando a esta a 
característica de uma textura. 
Isto acontece por que 
agrupamos muito próximos 
visualmente os elementos 
semelhantes.
Quanto à forma que se 
apresenta: 
> Orgânica – a superfície possui 
uma aparência de algo natural, 
iludindo o olho como se pudesse 
ser percebida pelo toque.
Ao fazer sua arte de modo 
inovador o artista pôde 
expressar as características 
dos elementos básicos da 
linguagem visual. 
Composição VII. Piet Mondrian. Holanda. 1913.
A aplicação da textura nas formas dá qualidade 
às superfícies dando um efeito mais interessante 
à imagem. 
Ilustração: Garcia Junior 
Garcia Junior
Sabendo trabalhar a textura o artista cria efeitos 
de impressões visuais das superfícies nas 
imagens. Ilustrações: Garcia Junior.
 DIMENSÃO / PLANO: trabalha 
em conjunto com a linha e com a 
forma para iludir o nosso olhar 
criando um efeito tridimensional 
na imagem, que está numa 
superfície bidimensional, uma 
folha de papel, por exemplo. As 
três dimensões são: altura, 
comprimento e profundidade. 
Junto com o elemento da 
dimensão relacionaremos o 
conceito de plano numa 
superfície, que é uma área da 
imagem que possui duas 
dimensões (comprimento e 
largura) e que, através de sua 
sobreposição, podemos obter 
uma ilusão de uma terceira 
dimensão (altura). 
ALTURA 
COMPRIMENTO 
PROFUNDIDADE
ALTURA 
COMPRIMENTO 
PLANO 
HORIZONTAL 
PROFUNDIDADE 
OU LARGURA 
EIXO 
HORIZONTA 
L 
Sobreposição de planos. Ilustração: Garcia 
Junior 
EIXO 
VERTICAL 
PLANO 
VERTICAL
ALTURA 
COMPRIMENTO 
PROFUNDIDADE 
OU LARGURA 
1. 
2. 
3. 
4.
A representação de uma terceira 
dimensão numa superfície 
bidimensional vai depender da 
capacidade que o olho tem de se 
iludir quanto ao modo de 
perceber a imagem. A linha 
funciona como o contorno das 
formas obtidas que, por sua vez, 
são projetadas na superfície 
plana bidimensional de modo 
que pareçam estar em diferentes 
planos. 
Foto: Garcia 
Junior
O principal artifício usado para 
criar este efeito de profundidade 
é a perspectiva, podendo ser 
intensificado pelos efeitos de 
claro-escuro nos diferentes tons 
da imagem. A representação do 
espaço tridimensional numa 
superfície bidimensional, através 
da perspectiva, vai exigir uma 
série de regras e métodos 
estabelecidos tanto 
intuitivamente quanto 
matematicamente para iludir o 
olhar. Ilustração: Marcos 
Caldas
Ilustração: Marcos 
Caldas
A ilusão de perspectiva pode ser 
causada de duas maneiras no 
desenho artístico: 
- Perspectiva Linear – que tem 
como referência a linha do 
horizonte e um ou mais pontos 
de fuga localizados nesta linha 
para causar o efeito de 
profundidade. 
- Perspectiva Tonal ou 
Atmosférica – usa diferentes 
tonalidades de cores, graduando 
conforme a distância que se 
quer representar – quanto mais 
próxima do observador a figura 
está (1º plano) os tons são mais 
fortes e quanto mais distante do 
observador os tons são mais 
fracos.
Perspectiva Linear. Foto: Garcia 
Junior
Perspectiva tonal ou atmosférica. Foto: Garcia Junior.
Projeção de perspectiva: linha do horizonte, linhas convergentes e dois pontos de fuga. 
Ilustração: Garcia Junior
Projeção de perspectiva: linha do horizonte, linhas convergentes e dois pontos de fuga. 
Ilustração: Garcia Junior.
M.C. Escher (1898-1972): 
Maurits Cornelis Escher foi 
um dos maiores artistas 
gráficos do mundo. Suas obras 
podem ser apreciadas em 
muitos sites relacionados ao 
tema. Sua arte baseava-se em 
estruturas impossíveis de 
existirem no mundo real 
tridimensional, em 
sobreposições de planos e 
dimensões, explorando os 
recursos do desenho e da 
gravura brincando com a ilusão 
de ótica e a percepção visual 
dos observadores. Répteis. Litogravura - 1943.
 DIREÇÃO: ao observamos 
qualquer imagem 
procuramos sempre 
organizá-la e entendê-la 
visualmente quanto à sua 
forma, dimensão, tamanho 
e outros elementos. 
Também procuramos um 
sentido para a nossa 
observação, isto é, a 
direção que percebemos 
na imagem. 
Podemos fazer relação das 
direções principais com as 
três formas básicas: 
quadrado (horizontal e 
vertical); triângulo 
(inclinada); o círculo (curva). 
Cada direção básica 
expressa um sentido próprio. 
www.imagetica.net/blog garcia@imagetica.net @imageticadesign Imagética Design
 DIREÇÃO 
• horizontal - estática, calma 
• vertical - prontidão, equilíbrio 
• inclinada - instabilidade, atividade 
• curva - continuidade, totalidade
 MOVIMENTO: Percorrendo 
uma 
imagem com os olhos durante a 
observação seguindo uma ou 
várias direções (horizontal, 
vertical, inclinado e curva) 
estamos trabalhando também 
com o elemento básico do 
movimento. 
O movimento funciona como uma 
ação que se realiza através da ilusão 
criada pelo olho humano. Podemos 
observar uma imagem estática num 
papel e parecer que ela está se 
movimentando para os nossos olhos. 
Isso acontece devido à maneira como 
os elementos básicos são arranjados 
e combinados entre si para criar a 
ilusão do movimento.
Futurismo: 
Estilo artístico surgido na 
França, em 1909, com um 
manifesto literário promovido 
pelo poeta Marinetti 
convocando os artistas para 
demonstrarem “audácia, 
coragem e revolta” e 
comemorarem a “nova 
beleza, a beleza da 
velocidade”. O estilo se 
desenvolveu mais na Itália 
onde os pintores foram 
influenciados pela vida 
urbana moderna com suas 
máquinas, a velocidade dos 
carros, o barulho da cidade 
grande. 
Formas únicas de 
continuidade do 
espaço. Umberto 
Boccioni. Itália. 
1913.
Futurismo: 
Os pintores combinavam 
cores fortes e vibrantes 
com formas e linhas que 
transmitissem uma 
sensação de movimento 
na tela. Para os futuristas, 
a visão humana é 
dinâmica, observa tudo, 
por isso seu trabalho não 
podia ser estático, tinha 
de mostrar todos os 
espaços e formas ao 
mesmo tempo. Entre os 
principais artistas deste 
movimento estavam 
Giacomo Balla, Umberto 
Boccioni, Carlo Carrá e 
Gino Severini. 
As flechas da vida. Giacomo Balla. Itália. 
1928.
Noite estrelada. Vincent Van Gogh. 
1889
Gravuras de 
M. C. Escher
Namor (Marvel Comics). Bryan Hitch. 2006
Vagabond. Takehiko Inoue. 
2007
 ESCALA: quando trabalhamos 
com os elementos visuais em uma 
área específica bidimensional, 
devemos prestar atenção na relação 
entre os tamanhos das imagens. 
Esta relação entre os tamanhos é a 
escala, também conhecida como 
proporção.
 ESCALA: ao 
falarmos sobre escala 
ou proporção vamos 
estar comparando 
conceitos opostos: 
grande e pequeno. 
Monumento do Ipiranga, São Paulo. Foto: Garcia Junior.
 ESCALA: A medida 
para se estabelecer 
uma relação 
comparativa de escala 
é o próprio ser 
humano, tendo sido 
desenvolvida pelos 
gregos antigos uma 
relação proporcional 
perfeita, a seção 
áurea. 
O Homem Vitruviano. Estudo de desenho. Leonardo Da Vinci.
ESCALA: A proporção áurea é 
uma constante real algébrica irracio 
nal denotada pela letra grega PHI 
(não confundir com o número Pi), 
em homenagem ao escultor Phidias 
(Fídias), que a teria utilizado para 
conceber o Parthenon, e com o 
valor arredondado a três casas 
decimais de 1,618. 
Também é chamada de seção 
áurea (do latim sectio aurea), razão 
áurea, razão de ouro, média e 
extrema razão (Euclides), divina 
proporção, divina seção (do 
latim sectio divina), proporção em 
extrema razão, divisão de 
extrema razão ou áurea 
excelência. 
Templo de Atena (Acropolis - Partenon). Atenas, Grécia. C. 447-432 
A.C.
ESCALA: Desde a Antiguidade, a 
proporção áurea é usada na Arte. 
Este número está envolvido com a 
natureza do crescimento. Phi pode 
ser encontrado na proporção dos 
seres humanos (o tamanho 
das falanges, ossos dos dedos, 
por exemplo) e nas colmeias, entre 
inúmeros outros exemplos que 
envolvem a ordem do crescimento. 
Justamente por estar envolvido 
no crescimento, este número se 
torna tão frequente. 
E justamente por haver essa 
frequência, o número de ouro 
ganhou um status de "quase 
mágico", sendo alvo de 
pesquisadores, artistas e 
escritores.
ESCALA: A proporção áurea 
também aparece na mundialmente 
conhecida sequência de 
Fibonacci, assim quando 
aplicamos os dois juntos diversas 
formas do mundo podem ser 
encontradas, como a espiral de 
uma concha, nos furacões, no 
movimento da água, em quadros 
famosos e até mesmo no formato 
das galáxias
Templo de Atena (Acropolis - Partenon). Atenas, Grécia. C. 447-432 
A.C.
 A escala, como elemento da linguagem visual, traz em si um grande 
potencial de criação de efeitos e significados na construção de 
mensagens comunicativas e expressivas. 
Efeito de perspectiva forçada por distanciamento e posicionamento de planos.
Efeito de perspectiva forçada só funciona se o observador estiver no correto ponto de vista.
Efeito de perspectiva anamórfica em arte de rua que só funciona num único ponto de observação.
Ilusão de perspectiva e escala. Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo. Foto: Garcia Junior.
 TOM: A sensibilidade dos olhos 
para a luz faz com que possamos 
discernir formas, movimentos, 
texturas, cores e tons. O tom é a 
quantidade relativa de luz existente 
em um ambiente ou numa imagem, 
definindo sua obscuridade ou 
claridade, ausência ou presença de 
luz. 
 Temos uma relação de contraste 
entre o claro-escuro. Sem esta 
relação não veríamos o mundo da 
maneira que ele nos aparenta. A luz 
natural emitida pelo sol, a luz 
branca, é refletida, absorvida, 
circunda e penetra nos objetos que, 
por sua vez, têm características de 
absorver ou refletir a luminosidade 
que recebe. Relação entre luz, sombras e área obscura.
 TOM: Assim, podemos enxergar 
as sombras e perceber o volume 
das coisas (elemento da 
dimensão), o espaço que elas 
ocupam, identificando sua forma, 
massa, cor, textura, se está 
estática ou em movimento etc. 
As múltiplas gradações entre o 
claro e escuro consistem numa 
escala tonal. 
Efeito de forma definida pela luz em 
ângulo específico sob os objetos 
distribuídos de modo ordenado.
A luz e as sombras dão a ilusão de volume às imagens. 
Escalas tonais
O tom (quantidade de luz) é independente da cor (matiz).
O contraste entre os tons de 
uma imagem podem ser 
explorados para criar efeitos 
dramáticos interessantes. Foto: 
Garcia Junior
Grafismos 
• São elementos visuais que ajudam a 
comunicar uma mensagem. 
– Elementos gráficos simples: pontos e linhas de 
todo tipo (livres, retas, quebradas curvas, etc.) 
– Elementos geométricos, com ou sem contorno: 
polígonos, círculos, elipses, ovais, etc. 
– Tipos: letras de diferentes formas e estrutura, 
utilizadas para apresentar mensagens textuais. 
– Gráficos: logotipos, ícones, etc. 
– Ilustrações 
– Fotografias
Grafismos 
• O elementos 
combinados em 
um grafismo 
surge o 
resultado final 
com uma série 
de conceitos 
próprios
Design invisível 
• Um bom projeto editorial é aquele que conduz os olhos dos 
leitores sem se tornar o elemento principal. 
• Deve existir um equilíbrio entre a informação visual e a 
informação textual.
Geometrização 
• Ênfase nos pontos de visão direta e visão periférica com as 
informações principais da matéria. 
• A fotografia tem uma grande importância no traçado geométrico 
de uma página. 
• Os olhos das pessoas caminham pela página de acordo com a 
força visual de cada elemento apresentado na diagramação. 
• Esse traçado geométrico feito, inconscientemente, pelos olhos 
transmite ao cérebro informações de caráter sinestésico, além de 
facilitar ou dificultar o entendimento geral.
Geometrização 
82
Geometrização 
83
Elementos de percepção 
• Dondis (2007) identifica seis elementos 
que interferem diretamente em como 
percebemos as composições: 
 EQUILÍBRIO 
 TENSÃO 
 NIVELAMENTO 
 ATRAÇÃO E 
AGRUPAMENTO 
 ÂNGULO INFERIOR 
ESQUERDO 
 POSITIVO E NEGATIVO
Elementos de percepção - 
EQUILÍBRIO 
• O EQUILÍBRIO é a maior influência tanto 
psicológica como física sobre a percepção 
humana; 
• É a referência 
visual mais forte 
e firme tanto 
consciente 
quanto 
inconsciente 
para fazer 
avaliações 
visuais.
Elementos de percepção - 
EQUILÍBRIO
Elementos de percepção - TENSÃO 
• Oposto ao equilíbrio, a TENSÃO, é quando 
os elementos não se fixam em 
predefinições de ordenamento. É o 
inesperado, o irregular, complex e instável. 
• A tensão, ou sua 
ausência, é o 
primeiro fator 
compositivo que 
pode ser usado 
sintaticamente 
na busca do 
alfabetismo 
visual.
Elementos de percepção - TENSÃO
Elementos de percepção - 
NIVELAMENTO 
• O poder do previsível empalidece diante do poder 
da surpresa. A estabilidade e a harmonia são 
polaridades daquilo que é visualmente inesperado 
e que possui tensão em sua composição.
Elementos de percepção - 
NIVELAMENTO
Elementos de percepção – ÂNGULO 
INFERIOR ESQUERDO 
• O olhar favorece a zona inferior esquerda 
de qualquer campo visual, traduzindo-se 
em um padrão primário de varredura das 
composicões na vertical e depois 
horizontal. 
• Num Segundo momento o olhos faz a 
varredura do ponto inferior esquerdo.
Elementos de percepção – ÂNGULO 
INFERIOR ESQUERDO
Elementos de percepção – ATRAÇÃO E 
AGRUPAMENTO 
• A ATRAÇÃO e o AGRUPAMENTO são 
princípcios de grande valor nas composições, 
pela sua capacidade de estabilidade.
Elementos de percepção – ATRAÇÃO E 
AGRUPAMENTO 
• Na linguagem 
visual os 
opostos se 
repelem mas 
os 
semelhantes 
se atraem. 
Esse efeito é 
capaz de criar 
novas formas, 
tipos de leitura 
e sensações.
Elementos de percepção – POSITIVO E 
NEGATIVO 
• A importância do POSITIVO e NEGATIVO no 
contexto das composições é que em todos os 
acontecimentos visuais há a presença de 
elementos separados e ainda assim unificados. 
• Em termos visuais a relação de positivo e 
negativo em nada tem a ver com conceitos 
de obscuridade e luminosidade.
Elementos de percepção – POSITIVO E 
NEGATIVO
O “peso” nas composições 
• Quando o material visual se ajusta às 
nossas expectativas em termos de eixo 
sentido, da base estabilizadora, do 
predomínio da área esquerda sobre a 
direita e da metade inferior sobre a 
superior, estamos diante de uma 
composição nivelada, que apresenta pouca 
ou minima tensão. • No processo de 
composição os 
elementos visuais 
que ficam em áreas 
de maior tensão 
possuem maior 
peso, do que os 
elementos 
nivelados.
O “peso” nas composições
O “peso” nas composições
Proporção 
• Para manter o equilíbrio, é importante que as áreas 
com conteúdos tenham o mesmo volume visual de 
informação.
Harmonia 
• O cérebro tende a perceber mais rápido e fácil as 
formas organizadas (Pregnância, Leis da Gestalt). 
• A pregnância de uma forma pode ser medida de 
acordo com sua: 
– Legibilidade 
– Compreensão 
– Máximo de clareza possível 
• Sua utilização pode ser aplicada estrategicamente 
como recurso de narrativa para controlar a leitura
Harmonia 
102
Harmonia 
103
Direção Visual 
• Diagramação que conduz a leitura de 
um conteúdo de forma controlada 
como elemento de narrativa. 
• O intuito é direcionar o olho da 
pessoas para pontos estratégicos e 
dar uma sensação de movimento. 
104
Direção Visual
Direção Visual 
Magazine Spread 
Yedilat (mantric) 
http://mantric.deviantart.com/
Direção Visual 
• Diagramação que conduz a leitura de 
um conteúdo 
– Diagonal 
– Triangular ou pirâmide 
–S 
– Z 
– L ou Ângulo reto 
–Circulo 
–Cruz
Movimentos óbvios de 
narrativa visual 
• Diagonal 
– Os olhos seguem 
uma vértice por 
pontos opostos 
– Gera uma linha 
imaginária que 
divide a composição 
– Deve-se evitar a 
igualdade excessiva
Movimentos óbvios de narrativa 
visual 
• Triangular ou 
pirâmide 
– Aplicada em 
composições 
simétricas, com peso 
e solidez marcados 
na base 
– Assegura unidade do 
conjunto 
– Estabiliza o equilíbrio 
109
Movimentos óbvios de narrativa 
visual 
• S 
– Sugere ação e graça 
– Permite uma leitura 
em etapas 
– Se houver massas 
muito concentradas e 
distantes (sem 
unidade) provoca 
uma dispersão visual 
na leitura. 
110
Movimentos óbvios de narrativa 
visual 
• Z 
– Possui um 
movimento vigoroso 
e definitivo 
– Similar a 
movimentação em S, 
mas com mais 
intensidade e 
velocidade na leitura 
111
Movimentos óbvios de narrativa 
visual 
• L ou Ângulo reto 
– Utilizadas para indicar algo 
– Relaciona diretamente um 
objeto para a informação 
– O movimento é muito mais 
vigoroso, por isso, deve-se 
tomar muito cuidado com a 
unidade, pois a leitura pode 
conduzir para fora da 
Comunicação 
112
Movimentos óbvios de 
narrativa visual 
• Cruz 
– Utilizada para separar 
poucos elementos, 
aproveitando melhor 
o espaço 
– Sugere dinamismo e 
modernidade 
113 Ad layout - 3 
Dennis Wang (dennisong) 
http://dennisong.deviantart.com/
Movimentos óbvios de 
narrativa visual 
• Círculo 
– Cria uma sensação 
de fluxo 
– Possibilita uma 
sequência de leitura 
– Relaciona elementos 
a um tema central 
114 
magazine-converse 
Derrick Fong (derrickfong) 
http://derrickfong.deviantart.com/
Ritmo 
• Movimento, massa e harmonia podem sugerir 
ritmo, tornando a leitura de alguns elementos 
mais rápidos ou lentos. 
• Podem ser pontuados por: 
– Linha 
– Massa 
– Tom 
– Cor 
– Texto 
• É utilizado para manipular a leitura, oferecendo 
um “caminho” confortável e racional, orientando 
os olhos 115 pelos pontos de interesse.
Impressões do ritmo 
• Quando traçam uma linha imaginária linear, 
podem sugerir sensações durante a leitura. 
– Retas sugerem força 
– Linhas horizontais sugerem calma ou harmonia 
– Linhas verticais sugerem elevação ou sublimidade 
– Curvas sugerem ação, energia, sensualidade e graça 
• Essas sensação são importantes porque 
impressionam e ajudam a fixar a comunicação na 
memória. 
116
Ritmo linear 
117
Ritmo dinâmico 
• Composição que 
impõem um ritmo 
diferenciado 
combinando cores, 
linhas ou formas. 
• O tempo de leitura 
varia de acordo com 
a ênfase desejada. 
118 
Workshop PTK Undiksha 2011 
Herry Sucahya (herryC) 
http://herryc.deviantart.com/
Ritmo estacionário 
• Relacionada as leis 
fundamentais da 
decoração. 
• O objetivo é fazer 
com que o olho fixe 
em um conteúdo, 
aumentando seu 
tempo de leitura de 
forma estratégica. 
119 
Visual Magazine Cover 
Cristhian (burnsflipper) 
http://burnsflipper.deviantart.com 
/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A arte de ver
A arte de verA arte de ver
A arte de verliliane10
 
Conceito de Ponto, Linha e Plano
Conceito de Ponto, Linha e PlanoConceito de Ponto, Linha e Plano
Conceito de Ponto, Linha e PlanoDébora Cseri
 
Elementos básicos do desenho
Elementos básicos do desenhoElementos básicos do desenho
Elementos básicos do desenhoSandro Bottene
 
Elementos básicos da comunicação visual
Elementos básicos da comunicação visualElementos básicos da comunicação visual
Elementos básicos da comunicação visualvivi_belon
 
Alfabetismo visual elementos_sintaticos2
Alfabetismo visual elementos_sintaticos2Alfabetismo visual elementos_sintaticos2
Alfabetismo visual elementos_sintaticos2Denise Lima
 
Elementos da Linguagem Visual: Teoria das cores
Elementos da Linguagem Visual: Teoria das coresElementos da Linguagem Visual: Teoria das cores
Elementos da Linguagem Visual: Teoria das coresRaphael Lanzillotte
 
EVT - Elementos Visuais Da Forma
EVT - Elementos Visuais Da FormaEVT - Elementos Visuais Da Forma
EVT - Elementos Visuais Da FormaAgostinho NSilva
 
Linguagem bidimensional e tridimensional
Linguagem bidimensional e tridimensionalLinguagem bidimensional e tridimensional
Linguagem bidimensional e tridimensionalKadu Sp
 
Sixtaxe linguagem visual exercícios
Sixtaxe linguagem visual exercíciosSixtaxe linguagem visual exercícios
Sixtaxe linguagem visual exercíciosDhione Oliveira
 
AULA 2:Fundamentos composicao visual
AULA 2:Fundamentos composicao visualAULA 2:Fundamentos composicao visual
AULA 2:Fundamentos composicao visualW.COM
 
Elementos Visuais da Forma
Elementos Visuais da FormaElementos Visuais da Forma
Elementos Visuais da FormaSara Veludo
 
LINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUAL
LINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUALLINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUAL
LINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUALAndrea Dalforno
 
Perceção da forma
Perceção da formaPerceção da forma
Perceção da formaPaulo Gaspar
 
elementos da linguagem visual
elementos da linguagem visualelementos da linguagem visual
elementos da linguagem visualguest1c7f7f
 
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)Rita Godinho
 

Mais procurados (20)

A arte de ver
A arte de verA arte de ver
A arte de ver
 
TEXTURAS ed. visual
TEXTURAS   ed. visualTEXTURAS   ed. visual
TEXTURAS ed. visual
 
Conceito de Ponto, Linha e Plano
Conceito de Ponto, Linha e PlanoConceito de Ponto, Linha e Plano
Conceito de Ponto, Linha e Plano
 
Elementos básicos do desenho
Elementos básicos do desenhoElementos básicos do desenho
Elementos básicos do desenho
 
Percepção visual
Percepção visualPercepção visual
Percepção visual
 
Elementos básicos da comunicação visual
Elementos básicos da comunicação visualElementos básicos da comunicação visual
Elementos básicos da comunicação visual
 
Alfabetismo visual elementos_sintaticos2
Alfabetismo visual elementos_sintaticos2Alfabetismo visual elementos_sintaticos2
Alfabetismo visual elementos_sintaticos2
 
Elementos da Linguagem Visual: Teoria das cores
Elementos da Linguagem Visual: Teoria das coresElementos da Linguagem Visual: Teoria das cores
Elementos da Linguagem Visual: Teoria das cores
 
EVT - Elementos Visuais Da Forma
EVT - Elementos Visuais Da FormaEVT - Elementos Visuais Da Forma
EVT - Elementos Visuais Da Forma
 
Linguagem bidimensional e tridimensional
Linguagem bidimensional e tridimensionalLinguagem bidimensional e tridimensional
Linguagem bidimensional e tridimensional
 
Sixtaxe linguagem visual exercícios
Sixtaxe linguagem visual exercíciosSixtaxe linguagem visual exercícios
Sixtaxe linguagem visual exercícios
 
Cor luz
Cor luzCor luz
Cor luz
 
AULA 2:Fundamentos composicao visual
AULA 2:Fundamentos composicao visualAULA 2:Fundamentos composicao visual
AULA 2:Fundamentos composicao visual
 
Elementos Visuais da Forma
Elementos Visuais da FormaElementos Visuais da Forma
Elementos Visuais da Forma
 
LINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUAL
LINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUALLINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUAL
LINGUAGEM VISUAL | O ALFABETISMO VISUAL
 
Perceção da forma
Perceção da formaPerceção da forma
Perceção da forma
 
Elementos Básicos da Linguagem Visual. Prof. Garcia Junior
Elementos Básicos da Linguagem Visual. Prof. Garcia JuniorElementos Básicos da Linguagem Visual. Prof. Garcia Junior
Elementos Básicos da Linguagem Visual. Prof. Garcia Junior
 
elementos da linguagem visual
elementos da linguagem visualelementos da linguagem visual
elementos da linguagem visual
 
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
Educação visual e tecnológica ( o ponto e a linha)
 
PERCEPÇÃO VISUAL
PERCEPÇÃO VISUALPERCEPÇÃO VISUAL
PERCEPÇÃO VISUAL
 

Destaque

Elementos visuais - Artes 1º ano
Elementos visuais - Artes 1º anoElementos visuais - Artes 1º ano
Elementos visuais - Artes 1º anoGeovanaPorto
 
Princípios clássicos de composição visual e Gráfica para não Designers
Princípios clássicos de composição visual e Gráfica para não DesignersPrincípios clássicos de composição visual e Gráfica para não Designers
Princípios clássicos de composição visual e Gráfica para não DesignersLeonardo Pereira
 
Elementos de composição
Elementos de composiçãoElementos de composição
Elementos de composiçãojournalistas
 
Elementos formais da arte visual - ponto
Elementos formais da arte visual - pontoElementos formais da arte visual - ponto
Elementos formais da arte visual - pontoSueli Aparecida Meca
 
Artes visuais e seus elementos visuais
Artes visuais e seus elementos visuaisArtes visuais e seus elementos visuais
Artes visuais e seus elementos visuaisClaudio Bastos
 
Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.Renata_Vasconcelos
 
Alfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto Visual
Alfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto VisualAlfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto Visual
Alfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto VisualSancho Ferreira
 
Círculo cromático
Círculo cromáticoCírculo cromático
Círculo cromáticoangelamcs
 
Composicao pps
Composicao ppsComposicao pps
Composicao ppswiccket
 
A arte de ler mapas
A arte de ler mapasA arte de ler mapas
A arte de ler mapasLéo Miranda
 

Destaque (20)

Artes Visuais
Artes Visuais Artes Visuais
Artes Visuais
 
Elementos visuais - Artes 1º ano
Elementos visuais - Artes 1º anoElementos visuais - Artes 1º ano
Elementos visuais - Artes 1º ano
 
A linguagem visual
A linguagem visualA linguagem visual
A linguagem visual
 
Princípios clássicos de composição visual e Gráfica para não Designers
Princípios clássicos de composição visual e Gráfica para não DesignersPrincípios clássicos de composição visual e Gráfica para não Designers
Princípios clássicos de composição visual e Gráfica para não Designers
 
Elementos visuais I
Elementos visuais IElementos visuais I
Elementos visuais I
 
Artes Visuais
Artes VisuaisArtes Visuais
Artes Visuais
 
Elementos de composição
Elementos de composiçãoElementos de composição
Elementos de composição
 
Elementos formais da arte visual - ponto
Elementos formais da arte visual - pontoElementos formais da arte visual - ponto
Elementos formais da arte visual - ponto
 
Composição gráfica
Composição gráficaComposição gráfica
Composição gráfica
 
Aula 02 linguagem visual
Aula 02   linguagem visualAula 02   linguagem visual
Aula 02 linguagem visual
 
O que é a arte
O que é a arteO que é a arte
O que é a arte
 
Artes visuais e seus elementos visuais
Artes visuais e seus elementos visuaisArtes visuais e seus elementos visuais
Artes visuais e seus elementos visuais
 
Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.
 
Alfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto Visual
Alfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto VisualAlfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto Visual
Alfabeto Visual_Introdução ap Alfabeto Visual
 
Parte 5 A Materialidade Da Arte
Parte 5  A Materialidade Da ArteParte 5  A Materialidade Da Arte
Parte 5 A Materialidade Da Arte
 
Círculo cromático
Círculo cromáticoCírculo cromático
Círculo cromático
 
A cor
A cor A cor
A cor
 
Composicao pps
Composicao ppsComposicao pps
Composicao pps
 
Lorenzo Ghiberti
 Lorenzo Ghiberti Lorenzo Ghiberti
Lorenzo Ghiberti
 
A arte de ler mapas
A arte de ler mapasA arte de ler mapas
A arte de ler mapas
 

Semelhante a Aula EE - composicao

OPC 02 LINGUAGEM VISUAL
OPC 02 LINGUAGEM VISUALOPC 02 LINGUAGEM VISUAL
OPC 02 LINGUAGEM VISUALOdair Tuono
 
linguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdf
linguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdflinguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdf
linguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdfssusera065a2
 
Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design
Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design
Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design Cíntia Dal Bello
 
A arte de ver
A arte de verA arte de ver
A arte de verliliane10
 
Artes teoria desenho (1)
Artes teoria desenho (1)Artes teoria desenho (1)
Artes teoria desenho (1)Júlia Pereira
 
Sintaxe da Linguagem Visual - parte II
Sintaxe da Linguagem Visual - parte IISintaxe da Linguagem Visual - parte II
Sintaxe da Linguagem Visual - parte IICíntia Dal Bello
 
O ponto e a linha aula 6º ano - 2013
O ponto e a linha   aula 6º ano - 2013O ponto e a linha   aula 6º ano - 2013
O ponto e a linha aula 6º ano - 2013Michele Wilbert
 
Elementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visualElementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visualmelzynhabessa
 
Elementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visualElementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visualmelzynhabessa
 
Artes visuais
Artes visuaisArtes visuais
Artes visuaisilcirene
 
Leitura de Imagens
Leitura de ImagensLeitura de Imagens
Leitura de ImagensRaquel158
 

Semelhante a Aula EE - composicao (20)

OPC 02 LINGUAGEM VISUAL
OPC 02 LINGUAGEM VISUALOPC 02 LINGUAGEM VISUAL
OPC 02 LINGUAGEM VISUAL
 
ARTE.pptx
ARTE.pptxARTE.pptx
ARTE.pptx
 
linguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdf
linguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdflinguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdf
linguagembidimensionaletridimensional-150514163435-lva1-app6891 (1).pdf
 
Apostila 6ºano
Apostila 6ºanoApostila 6ºano
Apostila 6ºano
 
Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design
Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design
Aula 3 - Comunicação Gráfica e Design
 
Composição de um quadro
Composição de um quadroComposição de um quadro
Composição de um quadro
 
Composição de um quadro
Composição de um quadroComposição de um quadro
Composição de um quadro
 
Comunicação Visual.pptx
Comunicação Visual.pptxComunicação Visual.pptx
Comunicação Visual.pptx
 
A arte de ver
A arte de verA arte de ver
A arte de ver
 
Linhas
LinhasLinhas
Linhas
 
Artes teoria desenho (1)
Artes teoria desenho (1)Artes teoria desenho (1)
Artes teoria desenho (1)
 
Sintaxe da Linguagem Visual - parte II
Sintaxe da Linguagem Visual - parte IISintaxe da Linguagem Visual - parte II
Sintaxe da Linguagem Visual - parte II
 
Apostila elementos visuais 2013
Apostila elementos visuais 2013Apostila elementos visuais 2013
Apostila elementos visuais 2013
 
O ponto e a linha aula 6º ano - 2013
O ponto e a linha   aula 6º ano - 2013O ponto e a linha   aula 6º ano - 2013
O ponto e a linha aula 6º ano - 2013
 
Elementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visualElementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visual
 
Elementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visualElementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visual
 
Formas básicas em design gráfico
Formas básicas em design gráficoFormas básicas em design gráfico
Formas básicas em design gráfico
 
Aula 3 - Direção de Arte
Aula 3  - Direção de ArteAula 3  - Direção de Arte
Aula 3 - Direção de Arte
 
Artes visuais
Artes visuaisArtes visuais
Artes visuais
 
Leitura de Imagens
Leitura de ImagensLeitura de Imagens
Leitura de Imagens
 

Mais de ProfVivianeLopes

Mais de ProfVivianeLopes (12)

Criacao impressos
Criacao impressosCriacao impressos
Criacao impressos
 
Damasceno patricia-2013-design-jornais
Damasceno patricia-2013-design-jornaisDamasceno patricia-2013-design-jornais
Damasceno patricia-2013-design-jornais
 
Princípios básicos
Princípios básicosPrincípios básicos
Princípios básicos
 
Princípios básicos II
Princípios básicos IIPrincípios básicos II
Princípios básicos II
 
Cores Continuação - Teoria 2
Cores Continuação - Teoria 2Cores Continuação - Teoria 2
Cores Continuação - Teoria 2
 
Cartaz de ilusões e análise da peça gráfica
Cartaz de ilusões e análise da peça gráficaCartaz de ilusões e análise da peça gráfica
Cartaz de ilusões e análise da peça gráfica
 
Cores 2 - Psicodinâmica
Cores 2 - PsicodinâmicaCores 2 - Psicodinâmica
Cores 2 - Psicodinâmica
 
Aula EE-composicao
Aula EE-composicaoAula EE-composicao
Aula EE-composicao
 
Cores - Teoria
Cores - TeoriaCores - Teoria
Cores - Teoria
 
-jor
-jor-jor
-jor
 
Aula EE - tipografia
Aula EE - tipografiaAula EE - tipografia
Aula EE - tipografia
 
Aula EE - Ementa
Aula EE - EmentaAula EE - Ementa
Aula EE - Ementa
 

Aula EE - composicao

  • 1. Editoração Eletrônica 1º Período – UNIRON Profª. Viviane Cristina Camelo Lopes
  • 2. O que é composição visual?
  • 3. Composição visual Por um conceito… “A composição é a essência da comunicação visual. Trata-se basicamente das regras para organizar os elementos visuais - formas e superfícies - em mensagens que alcancem seus objetivos comunicativos, que agradem, que emocionem. A composição corresponde a uma síntese entre intelecto e emoção, entre o princípio da ordem geométrica e o da intuição” (João Werner)
  • 4. Composição e pecepção • Para entendermos como age a composição junto ao receptor é preciso atentar para os estudos de percepção humana; • É o processo de absorver informação no interior do Sistema nervoso através dos olhos, do sentido da visão. • O ato de ver, que vai interferer tanto na produção da composição, quantos nos efeitos de percepção do receptor, é uma resposta à luz.
  • 5. Tonalidade e percepção • É a luz que permitirá ver todos os elementos visuais básicos (linha, cor, forma, direção, textura, escala, dimensão, movimento), por outro lado, é o element tonal, que nos permitirá perceber a composição:
  • 6.
  • 7.
  • 8. A Gestalt e a percepção • Todo padrão visual tem uma qualidade dinâmica que não pode ser definida intelectual, emocional ou mecânicamente, através de tamanho, direção, forma ou distância; • As coisas visuais não são simplesmente algo que estão ali por acaso. São acontecimentos visuais, ocorrências totais, ações que incorporam a reação do todo. • A psicologia da Gestalt contribui no campo da percepção recolhendo dados para compreender como os seres humanos respondem aos estímulos visuais.
  • 9. A Gestalt e a percepção • Em linhas gerais a Gestalt diz que o ser humano já observa de forma global e unificada a forma: a excitação cerebral não dá em pontos isolados, mas por extensão.
  • 10. ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL
  • 11. A linguagem visual transmite ideias e sensações através de símbolos que causam um maior impacto e efeito no observador do que a linguagem conceitual (oral e escrita) em alguns momentos. Vamos aprender agora que a linguagem visual pode ser reduzida aos seus elementos básicos, aqueles que formam a imagem e o modo como os percebemos.
  • 12. PONTO: primeira unidade da imagem, tendo como característica a simplicidade e irredutibilidade (não pode ser reduzido), não possuindo formato nem dimensão. O ponto indica uma posição no espaço e constrói a imagem e funciona como referência no espaço visual por ter um grande poder de atração para a visão humana.
  • 13. Os pontos podem agir agrupados obtendo um expressivo efeito visual com formas ordenadas ou aleatórias em que o olho irá reuni-los em uma única imagem. Uma série de pontos forma uma linha, uma massa de pontos torna-se textura, forma ou plano. Dependendo de como os pontos são organizados eles podem ser muito expressivos.
  • 14. Os pontos, enquanto elementos visuais, podem ser observados facilmente na natureza e no mundo construído. Fotos: Garcia Junior.
  • 15. Imagem figurativa formada por pontos. Ilustração: Garcia Junior Imagem abstrata formada por pontos.
  • 16. Domingo à tarde na Ilha Grande Jatte. Georges Seurat. França. 1884- 86. Pontilhismo: Foi uma técnica inovadora de pintura desenvolvida pelo artista francês Georges Seurat no final do séc. XIX que tinha como proposta formar a imagem através de minúsculos pontos de cores pincelados na tela de maneira que, quando as pessoas observassem à distância correta, misturassem os milhares de pontos formando a imagem.
  • 17.  LINHA: quando agrupamos os pontos muito próximos, em uma sequência ordenada uns após os outros e de mesmo tamanho, causam à visão uma ilusão de direcionamento e acabamos visualizando-os como uma linha. Uma linha pode ser uma marca positiva ou uma lacuna negativa. Aparecem nos limites dos objetos e onde dois planos se encontram. Linhas gráficas delineando um desenho. Linhas físicas imaginárias na natureza.
  • 18. As LINHAS podem ser classificadas como: > Geométricas: são abstratas e tem apenas uma dimensão, o comprimento; > Gráficas: linhas desenhadas ou traçadas numa superfície qualquer; > Físicas: podem ser observadas, principalmente, nos contornos dos objetos, naturais ou construídos, criada de maneira abstrata na forma de uma percepção visual ilusória e imaginária como fios de energia, rachaduras em pisos, o horizonte etc. Ilustrações e foto: Garcia Junior.
  • 19. A Linha Gráfica pode indicar a trajetória de um ou vários pontos de maneira contínua variando quanto: > à espessura (fina ou grossa); > à forma (reta, sinuosa, quebrada ou mista); > ao traçado (cheia, tracejada, pontilhada, traço e ponto, etc); > à posição (horizontal, vertical ou inclinada). Destas características destacamos a forma e a posição que, dependendo da intenção de quem a desenha, a linha pode estar carregada de movimento e energia, assumindo diversas apresentações para expressar vários significados.
  • 20. Podemos visualizar linhas sendo traçadas de modo aleatório ou ordenado na natureza. Foto: Garcia Junior.
  • 21. - Reta: linha ilimitada nos dois sentidos (sem começo ou fim) e possui uma única direção. - Semi-reta: linha que parte de um ponto de origem e é ilimitada apenas num sentido de crescimento. - Retas paralelas: linhas retas que não se cruzam e todos os seus pontos possuem a mesma distância. - Retas perpendiculares: linhas retas que se cruzam tem “aberturas” iguais formando um “canto reto” - Ângulo: é a “abertura” formada por duas linhas semi-retas que partem de um mesmo ponto. - Curva: linha que muda o seu sentido de direção podendo ser sinuosa, quebrada ou mista.
  • 22.  A FORMA é derivada da organização imaginária que damos a um conjunto de linhas dando um sentido de orientação espacial e de reconhecimento da imagem representada. A mesma forma pode se apresentar diferente para nossa observação de acordo com a referência visual da superfície em ela está. Existem três formas básicas: o círculo, o quadrado e o triângulo equilátero, cada qual com suas características e especificidades, exercendo no observador diferentes efeitos visuais e impressões quanto aos seus significados.
  • 23. As formas podem evidenciar potenciais características de acordo com a intenção do criador da imagem e como trabalhar com os elementos juntos. Movimento Estabilidad e Tensão
  • 24. As formas também podem se dividir em dois grandes grupos: > Geométricas: figuras ordenadas perfeitamente (formas básicas, polígonos etc), não tão facilmente reconhecidos na natureza no seu estado mais puro; > Orgânicas: formas ordenadas ou aleatórias em estruturas não geométricas, observadas principalmente na natureza, daí o seu nome (asa de inseto, folha de árvore, curso e ramificações de um rio etc). Fotos: Garcia Junior
  • 25. Formas geométricas - polígonos
  • 26. As formas geométricas que observamos no mundo real são construídas pelo ser humano. Foto: Garcia Junior. As formas orgânicas são facilmente observadas na natureza. Foto: Garcia Junior.
  • 27.  TEXTURA é a qualidade impressa em uma superfície, enriquecendo as impressões e sentidos que teremos de determinada forma. A textura pode ser classificada de duas maneiras: quanto à sua natureza e quanto à forma que ela se apresenta.
  • 28. Quanto à natureza: > Textura tátil - é aquela que podemos tocar e sentir fisicamente a sua característica peculiar pelo tato, como, por exemplo, o reboco granuloso de uma parede, a aspereza de uma lixa, a lisura de uma cerâmica polida; > Textura ótica - é aquela existente apenas na ilusão criada pelo olho humano, como, por exemplo, a capa de um livro que reproduza a imagem de uma parede rebocada ou as imagens impressas num tecido que criam um padrão de textura reconhecido pela visão, mas não sentido pelo tato Textura tátil Textura ótica
  • 29. Quanto à forma que se apresenta: > Geométrica – a organização de formas geométricas num padrão dentro de uma área ou superfície acaba dando a esta a característica de uma textura. Isto acontece por que agrupamos muito próximos visualmente os elementos semelhantes.
  • 30. Quanto à forma que se apresenta: > Orgânica – a superfície possui uma aparência de algo natural, iludindo o olho como se pudesse ser percebida pelo toque.
  • 31. Ao fazer sua arte de modo inovador o artista pôde expressar as características dos elementos básicos da linguagem visual. Composição VII. Piet Mondrian. Holanda. 1913.
  • 32. A aplicação da textura nas formas dá qualidade às superfícies dando um efeito mais interessante à imagem. Ilustração: Garcia Junior Garcia Junior
  • 33. Sabendo trabalhar a textura o artista cria efeitos de impressões visuais das superfícies nas imagens. Ilustrações: Garcia Junior.
  • 34.  DIMENSÃO / PLANO: trabalha em conjunto com a linha e com a forma para iludir o nosso olhar criando um efeito tridimensional na imagem, que está numa superfície bidimensional, uma folha de papel, por exemplo. As três dimensões são: altura, comprimento e profundidade. Junto com o elemento da dimensão relacionaremos o conceito de plano numa superfície, que é uma área da imagem que possui duas dimensões (comprimento e largura) e que, através de sua sobreposição, podemos obter uma ilusão de uma terceira dimensão (altura). ALTURA COMPRIMENTO PROFUNDIDADE
  • 35. ALTURA COMPRIMENTO PLANO HORIZONTAL PROFUNDIDADE OU LARGURA EIXO HORIZONTA L Sobreposição de planos. Ilustração: Garcia Junior EIXO VERTICAL PLANO VERTICAL
  • 36. ALTURA COMPRIMENTO PROFUNDIDADE OU LARGURA 1. 2. 3. 4.
  • 37. A representação de uma terceira dimensão numa superfície bidimensional vai depender da capacidade que o olho tem de se iludir quanto ao modo de perceber a imagem. A linha funciona como o contorno das formas obtidas que, por sua vez, são projetadas na superfície plana bidimensional de modo que pareçam estar em diferentes planos. Foto: Garcia Junior
  • 38. O principal artifício usado para criar este efeito de profundidade é a perspectiva, podendo ser intensificado pelos efeitos de claro-escuro nos diferentes tons da imagem. A representação do espaço tridimensional numa superfície bidimensional, através da perspectiva, vai exigir uma série de regras e métodos estabelecidos tanto intuitivamente quanto matematicamente para iludir o olhar. Ilustração: Marcos Caldas
  • 40. A ilusão de perspectiva pode ser causada de duas maneiras no desenho artístico: - Perspectiva Linear – que tem como referência a linha do horizonte e um ou mais pontos de fuga localizados nesta linha para causar o efeito de profundidade. - Perspectiva Tonal ou Atmosférica – usa diferentes tonalidades de cores, graduando conforme a distância que se quer representar – quanto mais próxima do observador a figura está (1º plano) os tons são mais fortes e quanto mais distante do observador os tons são mais fracos.
  • 41. Perspectiva Linear. Foto: Garcia Junior
  • 42. Perspectiva tonal ou atmosférica. Foto: Garcia Junior.
  • 43. Projeção de perspectiva: linha do horizonte, linhas convergentes e dois pontos de fuga. Ilustração: Garcia Junior
  • 44. Projeção de perspectiva: linha do horizonte, linhas convergentes e dois pontos de fuga. Ilustração: Garcia Junior.
  • 45. M.C. Escher (1898-1972): Maurits Cornelis Escher foi um dos maiores artistas gráficos do mundo. Suas obras podem ser apreciadas em muitos sites relacionados ao tema. Sua arte baseava-se em estruturas impossíveis de existirem no mundo real tridimensional, em sobreposições de planos e dimensões, explorando os recursos do desenho e da gravura brincando com a ilusão de ótica e a percepção visual dos observadores. Répteis. Litogravura - 1943.
  • 46.  DIREÇÃO: ao observamos qualquer imagem procuramos sempre organizá-la e entendê-la visualmente quanto à sua forma, dimensão, tamanho e outros elementos. Também procuramos um sentido para a nossa observação, isto é, a direção que percebemos na imagem. Podemos fazer relação das direções principais com as três formas básicas: quadrado (horizontal e vertical); triângulo (inclinada); o círculo (curva). Cada direção básica expressa um sentido próprio. www.imagetica.net/blog garcia@imagetica.net @imageticadesign Imagética Design
  • 47.  DIREÇÃO • horizontal - estática, calma • vertical - prontidão, equilíbrio • inclinada - instabilidade, atividade • curva - continuidade, totalidade
  • 48.  MOVIMENTO: Percorrendo uma imagem com os olhos durante a observação seguindo uma ou várias direções (horizontal, vertical, inclinado e curva) estamos trabalhando também com o elemento básico do movimento. O movimento funciona como uma ação que se realiza através da ilusão criada pelo olho humano. Podemos observar uma imagem estática num papel e parecer que ela está se movimentando para os nossos olhos. Isso acontece devido à maneira como os elementos básicos são arranjados e combinados entre si para criar a ilusão do movimento.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56. Futurismo: Estilo artístico surgido na França, em 1909, com um manifesto literário promovido pelo poeta Marinetti convocando os artistas para demonstrarem “audácia, coragem e revolta” e comemorarem a “nova beleza, a beleza da velocidade”. O estilo se desenvolveu mais na Itália onde os pintores foram influenciados pela vida urbana moderna com suas máquinas, a velocidade dos carros, o barulho da cidade grande. Formas únicas de continuidade do espaço. Umberto Boccioni. Itália. 1913.
  • 57. Futurismo: Os pintores combinavam cores fortes e vibrantes com formas e linhas que transmitissem uma sensação de movimento na tela. Para os futuristas, a visão humana é dinâmica, observa tudo, por isso seu trabalho não podia ser estático, tinha de mostrar todos os espaços e formas ao mesmo tempo. Entre os principais artistas deste movimento estavam Giacomo Balla, Umberto Boccioni, Carlo Carrá e Gino Severini. As flechas da vida. Giacomo Balla. Itália. 1928.
  • 58. Noite estrelada. Vincent Van Gogh. 1889
  • 59. Gravuras de M. C. Escher
  • 60. Namor (Marvel Comics). Bryan Hitch. 2006
  • 62.  ESCALA: quando trabalhamos com os elementos visuais em uma área específica bidimensional, devemos prestar atenção na relação entre os tamanhos das imagens. Esta relação entre os tamanhos é a escala, também conhecida como proporção.
  • 63.  ESCALA: ao falarmos sobre escala ou proporção vamos estar comparando conceitos opostos: grande e pequeno. Monumento do Ipiranga, São Paulo. Foto: Garcia Junior.
  • 64.  ESCALA: A medida para se estabelecer uma relação comparativa de escala é o próprio ser humano, tendo sido desenvolvida pelos gregos antigos uma relação proporcional perfeita, a seção áurea. O Homem Vitruviano. Estudo de desenho. Leonardo Da Vinci.
  • 65. ESCALA: A proporção áurea é uma constante real algébrica irracio nal denotada pela letra grega PHI (não confundir com o número Pi), em homenagem ao escultor Phidias (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim sectio aurea), razão áurea, razão de ouro, média e extrema razão (Euclides), divina proporção, divina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão, divisão de extrema razão ou áurea excelência. Templo de Atena (Acropolis - Partenon). Atenas, Grécia. C. 447-432 A.C.
  • 66. ESCALA: Desde a Antiguidade, a proporção áurea é usada na Arte. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi pode ser encontrado na proporção dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colmeias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento. Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores.
  • 67. ESCALA: A proporção áurea também aparece na mundialmente conhecida sequência de Fibonacci, assim quando aplicamos os dois juntos diversas formas do mundo podem ser encontradas, como a espiral de uma concha, nos furacões, no movimento da água, em quadros famosos e até mesmo no formato das galáxias
  • 68. Templo de Atena (Acropolis - Partenon). Atenas, Grécia. C. 447-432 A.C.
  • 69.  A escala, como elemento da linguagem visual, traz em si um grande potencial de criação de efeitos e significados na construção de mensagens comunicativas e expressivas. Efeito de perspectiva forçada por distanciamento e posicionamento de planos.
  • 70. Efeito de perspectiva forçada só funciona se o observador estiver no correto ponto de vista.
  • 71. Efeito de perspectiva anamórfica em arte de rua que só funciona num único ponto de observação.
  • 72. Ilusão de perspectiva e escala. Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo. Foto: Garcia Junior.
  • 73.  TOM: A sensibilidade dos olhos para a luz faz com que possamos discernir formas, movimentos, texturas, cores e tons. O tom é a quantidade relativa de luz existente em um ambiente ou numa imagem, definindo sua obscuridade ou claridade, ausência ou presença de luz.  Temos uma relação de contraste entre o claro-escuro. Sem esta relação não veríamos o mundo da maneira que ele nos aparenta. A luz natural emitida pelo sol, a luz branca, é refletida, absorvida, circunda e penetra nos objetos que, por sua vez, têm características de absorver ou refletir a luminosidade que recebe. Relação entre luz, sombras e área obscura.
  • 74.  TOM: Assim, podemos enxergar as sombras e perceber o volume das coisas (elemento da dimensão), o espaço que elas ocupam, identificando sua forma, massa, cor, textura, se está estática ou em movimento etc. As múltiplas gradações entre o claro e escuro consistem numa escala tonal. Efeito de forma definida pela luz em ângulo específico sob os objetos distribuídos de modo ordenado.
  • 75. A luz e as sombras dão a ilusão de volume às imagens. Escalas tonais
  • 76. O tom (quantidade de luz) é independente da cor (matiz).
  • 77. O contraste entre os tons de uma imagem podem ser explorados para criar efeitos dramáticos interessantes. Foto: Garcia Junior
  • 78. Grafismos • São elementos visuais que ajudam a comunicar uma mensagem. – Elementos gráficos simples: pontos e linhas de todo tipo (livres, retas, quebradas curvas, etc.) – Elementos geométricos, com ou sem contorno: polígonos, círculos, elipses, ovais, etc. – Tipos: letras de diferentes formas e estrutura, utilizadas para apresentar mensagens textuais. – Gráficos: logotipos, ícones, etc. – Ilustrações – Fotografias
  • 79. Grafismos • O elementos combinados em um grafismo surge o resultado final com uma série de conceitos próprios
  • 80. Design invisível • Um bom projeto editorial é aquele que conduz os olhos dos leitores sem se tornar o elemento principal. • Deve existir um equilíbrio entre a informação visual e a informação textual.
  • 81. Geometrização • Ênfase nos pontos de visão direta e visão periférica com as informações principais da matéria. • A fotografia tem uma grande importância no traçado geométrico de uma página. • Os olhos das pessoas caminham pela página de acordo com a força visual de cada elemento apresentado na diagramação. • Esse traçado geométrico feito, inconscientemente, pelos olhos transmite ao cérebro informações de caráter sinestésico, além de facilitar ou dificultar o entendimento geral.
  • 84. Elementos de percepção • Dondis (2007) identifica seis elementos que interferem diretamente em como percebemos as composições:  EQUILÍBRIO  TENSÃO  NIVELAMENTO  ATRAÇÃO E AGRUPAMENTO  ÂNGULO INFERIOR ESQUERDO  POSITIVO E NEGATIVO
  • 85. Elementos de percepção - EQUILÍBRIO • O EQUILÍBRIO é a maior influência tanto psicológica como física sobre a percepção humana; • É a referência visual mais forte e firme tanto consciente quanto inconsciente para fazer avaliações visuais.
  • 86. Elementos de percepção - EQUILÍBRIO
  • 87. Elementos de percepção - TENSÃO • Oposto ao equilíbrio, a TENSÃO, é quando os elementos não se fixam em predefinições de ordenamento. É o inesperado, o irregular, complex e instável. • A tensão, ou sua ausência, é o primeiro fator compositivo que pode ser usado sintaticamente na busca do alfabetismo visual.
  • 89. Elementos de percepção - NIVELAMENTO • O poder do previsível empalidece diante do poder da surpresa. A estabilidade e a harmonia são polaridades daquilo que é visualmente inesperado e que possui tensão em sua composição.
  • 90. Elementos de percepção - NIVELAMENTO
  • 91. Elementos de percepção – ÂNGULO INFERIOR ESQUERDO • O olhar favorece a zona inferior esquerda de qualquer campo visual, traduzindo-se em um padrão primário de varredura das composicões na vertical e depois horizontal. • Num Segundo momento o olhos faz a varredura do ponto inferior esquerdo.
  • 92. Elementos de percepção – ÂNGULO INFERIOR ESQUERDO
  • 93. Elementos de percepção – ATRAÇÃO E AGRUPAMENTO • A ATRAÇÃO e o AGRUPAMENTO são princípcios de grande valor nas composições, pela sua capacidade de estabilidade.
  • 94. Elementos de percepção – ATRAÇÃO E AGRUPAMENTO • Na linguagem visual os opostos se repelem mas os semelhantes se atraem. Esse efeito é capaz de criar novas formas, tipos de leitura e sensações.
  • 95. Elementos de percepção – POSITIVO E NEGATIVO • A importância do POSITIVO e NEGATIVO no contexto das composições é que em todos os acontecimentos visuais há a presença de elementos separados e ainda assim unificados. • Em termos visuais a relação de positivo e negativo em nada tem a ver com conceitos de obscuridade e luminosidade.
  • 96. Elementos de percepção – POSITIVO E NEGATIVO
  • 97. O “peso” nas composições • Quando o material visual se ajusta às nossas expectativas em termos de eixo sentido, da base estabilizadora, do predomínio da área esquerda sobre a direita e da metade inferior sobre a superior, estamos diante de uma composição nivelada, que apresenta pouca ou minima tensão. • No processo de composição os elementos visuais que ficam em áreas de maior tensão possuem maior peso, do que os elementos nivelados.
  • 98. O “peso” nas composições
  • 99. O “peso” nas composições
  • 100. Proporção • Para manter o equilíbrio, é importante que as áreas com conteúdos tenham o mesmo volume visual de informação.
  • 101. Harmonia • O cérebro tende a perceber mais rápido e fácil as formas organizadas (Pregnância, Leis da Gestalt). • A pregnância de uma forma pode ser medida de acordo com sua: – Legibilidade – Compreensão – Máximo de clareza possível • Sua utilização pode ser aplicada estrategicamente como recurso de narrativa para controlar a leitura
  • 104. Direção Visual • Diagramação que conduz a leitura de um conteúdo de forma controlada como elemento de narrativa. • O intuito é direcionar o olho da pessoas para pontos estratégicos e dar uma sensação de movimento. 104
  • 106. Direção Visual Magazine Spread Yedilat (mantric) http://mantric.deviantart.com/
  • 107. Direção Visual • Diagramação que conduz a leitura de um conteúdo – Diagonal – Triangular ou pirâmide –S – Z – L ou Ângulo reto –Circulo –Cruz
  • 108. Movimentos óbvios de narrativa visual • Diagonal – Os olhos seguem uma vértice por pontos opostos – Gera uma linha imaginária que divide a composição – Deve-se evitar a igualdade excessiva
  • 109. Movimentos óbvios de narrativa visual • Triangular ou pirâmide – Aplicada em composições simétricas, com peso e solidez marcados na base – Assegura unidade do conjunto – Estabiliza o equilíbrio 109
  • 110. Movimentos óbvios de narrativa visual • S – Sugere ação e graça – Permite uma leitura em etapas – Se houver massas muito concentradas e distantes (sem unidade) provoca uma dispersão visual na leitura. 110
  • 111. Movimentos óbvios de narrativa visual • Z – Possui um movimento vigoroso e definitivo – Similar a movimentação em S, mas com mais intensidade e velocidade na leitura 111
  • 112. Movimentos óbvios de narrativa visual • L ou Ângulo reto – Utilizadas para indicar algo – Relaciona diretamente um objeto para a informação – O movimento é muito mais vigoroso, por isso, deve-se tomar muito cuidado com a unidade, pois a leitura pode conduzir para fora da Comunicação 112
  • 113. Movimentos óbvios de narrativa visual • Cruz – Utilizada para separar poucos elementos, aproveitando melhor o espaço – Sugere dinamismo e modernidade 113 Ad layout - 3 Dennis Wang (dennisong) http://dennisong.deviantart.com/
  • 114. Movimentos óbvios de narrativa visual • Círculo – Cria uma sensação de fluxo – Possibilita uma sequência de leitura – Relaciona elementos a um tema central 114 magazine-converse Derrick Fong (derrickfong) http://derrickfong.deviantart.com/
  • 115. Ritmo • Movimento, massa e harmonia podem sugerir ritmo, tornando a leitura de alguns elementos mais rápidos ou lentos. • Podem ser pontuados por: – Linha – Massa – Tom – Cor – Texto • É utilizado para manipular a leitura, oferecendo um “caminho” confortável e racional, orientando os olhos 115 pelos pontos de interesse.
  • 116. Impressões do ritmo • Quando traçam uma linha imaginária linear, podem sugerir sensações durante a leitura. – Retas sugerem força – Linhas horizontais sugerem calma ou harmonia – Linhas verticais sugerem elevação ou sublimidade – Curvas sugerem ação, energia, sensualidade e graça • Essas sensação são importantes porque impressionam e ajudam a fixar a comunicação na memória. 116
  • 118. Ritmo dinâmico • Composição que impõem um ritmo diferenciado combinando cores, linhas ou formas. • O tempo de leitura varia de acordo com a ênfase desejada. 118 Workshop PTK Undiksha 2011 Herry Sucahya (herryC) http://herryc.deviantart.com/
  • 119. Ritmo estacionário • Relacionada as leis fundamentais da decoração. • O objetivo é fazer com que o olho fixe em um conteúdo, aumentando seu tempo de leitura de forma estratégica. 119 Visual Magazine Cover Cristhian (burnsflipper) http://burnsflipper.deviantart.com /