1. Protocolo de cirurgia segura
Adenilce Damasceno Nunes 1
Jaqueline Rodrigues do Carmo Gomes 2
Josielma Farias de Castro 3
Luciane Do Socorro Gaia De Sousa 4
𝑴𝒂𝒓𝒊𝒂 𝑨𝒏𝒅𝒓𝒊𝒆𝒍𝒚 𝑴𝒆𝒏𝒅𝒆𝒔 𝑴𝒂𝒓𝒕𝒊𝒏𝒔5
Marinelma Corrêa Moia. 6
𝒁𝒂𝒒𝒖𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒓𝒊𝒂𝒔 𝑮𝒂𝒍𝒆𝒈𝒐 7
Resumo/Abstract
Objetivo: identificar a atuação da enfermagem no processo de cirurgia segura com foco na
segurança do paciente. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico, Utilizou-se os
descritores centros cirúrgicos, segurança do paciente e enfermagem, foram selecionados para
constituir a amostra 26 artigos. Resultados: foi observada a importância do trabalho
desenvolvido pela enfermagem, em especial pelo enfermeiro, junto à pratica de segurança do
paciente no centro cirúrgico, o incentivo ao uso do protocolo de cirurgia segura, tendo como
ferramenta de grande avalia o checklist de cirurgia segura. Conclusões: percebe-se a
necessidade da constante atualização, por parte da enfermagem, em relação ao processo de
cirurgia segura, visando prestar assistência de qualidade ao paciente.
PALAVRAS-CHAVE: Centros Cirúrgicos. Segurança do Paciente. Enfermagem.
1
Curso de Técnico em Enfermagem, email: gaiacianny@gmail.com
2
Curso de Técnico em Enfermagem, email: adenilcedamasceno@gmail.com
3
Curso de Técnico em Enfermagem, email: josielmacastro583@gmail.com
4
Curso de Técnico em Enfermagem, email: 𝒁𝒇𝒂𝒓𝒊𝒂𝒔951@𝒈𝒎𝒂𝒊𝒍.𝒄𝒐𝒎
5
Curso de Técnico em Enfermagem, email: moiamarinelma@gmail.com
6
Curso de Técnico em Enfermagem, email: 𝒎𝒆𝒏𝒅𝒆𝒔𝒎𝒂𝒓𝒕𝒊𝒏𝒔𝒎𝒂𝒓𝒊𝒂𝒂𝒏𝒅𝒓𝒊𝒆𝒍𝒚@𝒈𝒎𝒂𝒊𝒍.𝒄𝒐𝒎
7
Curso de Técnico em Enfermagem, email: jaquelinerodriguescarmo@gmail.com
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INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da humanidade, existe uma preocupação em manter as
pessoas em segurança, primum non nocere (em primeiro lugar não causar danos),
outorgado a Hipócrates, quando ele tentava demonstrar esse risco implicado à prática
da medicina.
Considerando esse ensinamento, e aproximando esse saber com os cuidados
com pacientes em unidades hospitalares, destaca-se a necessidade da segurança
dos pacientes, que é compreendida como uma atuação na saúde com riscos
reduzidos ao mínimo aceitável, em relação ao dano desnecessário ao paciente.
Neste contexto, no âmbito hospitalar, a ocorrência de falhas é possível em
todos os setores, em especial no Centro Cirúrgico (CC), pois considera-se o bloco
cirúrgico como um ambiente que requer cuidados específicos, devido aos
procedimentos invasivos e complexos nele executados, e necessita de uma equipe
de enfermagem com conhecimentos, teórico e prático, em relação à assistência
prestada a este tipo de pacientes, com intuito de prevenir eventos adversos.
Eventos adversos são considerados ocorrências indesejáveis, que podem ou
não causar prejuízos ao paciente, durante o seu tratamento, ou em decorrência do
mesmo. Quando presentes no CC, há evidências destes acontecimentos em função
da falta de comunicação, habilidade que proporciona à enfermagem informações
essenciais para melhoria da assistência.
Neste sentido, a equipe de enfermagem tem papel fundamental na prevenção
dessas falhas e na minimização dos eventos causados pela assistência inadequada.
Diante disso, a presente investigação tem como objetivo identificar a atuação
da enfermagem no processo de cirurgia segura com foco na segurança do paciente.
Desenvolvimento
O Protocolo de Cirurgia Segura se constitui em um conjunto de regras
estabelecidas em um consenso internacional comandado pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) com o objetivo de tornar as intervenções cirúrgicas mais seguras
para pacientes.
O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os locais dos
estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer
terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em
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introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por
qualquer profissional de saúde.
Quais são as etapas da Checklist de Cirurgia Segura?
O protocolo é dividido em 3 etapas, sendo:
A primeira é a entrada do paciente, antes da indução anestésica;
A segunda é o timeout, antes do início da cirurgia
A terceira é a saída, checkout. Essa é feita no final, antes do paciente sair da
sala de cirurgia.
Segunda Etapa: TIMEOUT
Nesse momento, a equipe foca no enfermeiro responsável por seguir um checklist
de perguntas direcionadas não somente para o cirurgião, mas para o responsável
por cada coisa:
1. Qual é o nome do paciente;
2. Quem faz parte da equipe, como se fosse uma lista de chamada (cirurgião,
assistente, instrumentadores cirúrgicos, anestesista, circulante de sala e enfermeira
responsável);
3. Qual é o procedimento;
4. Se existe um lado demarcado (se operamos pálpebra só de um lado, ou mama só de
um lado, por exemplo);
5. Tempo previsto. informação muito relevante especialmente para o anestesista e
equipe de enfermagem;
6. Se terá algum momento crítico (como mudar posicionamento da cabeça, em casos
de cirurgias faciais);
7. Se os materiais e equipamentos estão todos em sala (é confirmado, pois já foi
checado anteriormente);
8. Se foi realizado antibiótico profilático, qual foi e em qual horário;
9. Se existe a necessidade de reservas de hemocomponentes (se o paciente vai
necessitar de transfusão de sangue);
10. Vai existir peça anatômica? ;
11. Se os materiais cirúrgicos foram checados e estão funcionando perfeitamente;
12. Se foi colocado o termômetro no paciente.
Principais intervenções
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Antes da indução anestésica:
O condutor da Lista de Verificação deverá:
Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua
identificação tenha sido confirmada.
Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos.
Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação.
Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu
funcionamento.
Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do
paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação
completa de segurança anestésica foi concluída.
Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão
cirúrgica para realizar os seguintes passos:
A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função.
A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio
cirúrgico correto.
A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos
para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia.
A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60
minutos da incisão cirúrgica.
A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários
Antes do paciente sair da sala de cirurgia
A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos
seguintes passos:
A conclusão da contagem de compressas e instrumentais.
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A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida.
A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou
questões que necessitem ser solucionadas.
A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pós-
operatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de
cirurgia
8 CONCLUSÃO
Este estudo teve como finalidade observar como protocolo é determinar as
medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes, eventos
adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na
realização de procedimentos cirúrgicos no local correto e no paciente correto, por meio
do uso da Lista de Verificação.
O protocolo de cirurgia segura é um dos mais importantes avanços da medicina
da última década por muitos motivos. Em especial, essa medida garantiu práticas
médicas ainda mais assertivas e corretas, protegendo um número imensurável de
pacientes e permitindo o acesso a uma medicina de qualidade independente da
região.
REFERENCIAS
AMAYA, Marly Ryoko et al. Análise do registro e conteúdo de cheque list para
cirurgia segura. Esc. Anna Nery [online]. 2015; v. 19, n 02.ISSN 2127 – 9465.
Http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20150032.
Lindenauer, P. National Surgical Infection Prevention. Disponível em
http://nj.gov/health/healthfacilities/presentations/prevention_lindenauer.pdf .
Acessado em 09 janeiro de 2011.
National Institute for Health and Clinical Excellence (NHS): Surgical Site Infection
prevention and treatment, 2008. Disponível em:
http://www.nice.org.uk/nicemedia/live/11743/42378/42378.pdf. Acessado em 09
janeiro de 2011.
6. 6
Organização Mundial da Saúde: Safe Surgery Saves Lives. Disponível em:
http://www.who.int/patientsafety/safesurgery/en/index.html. Acessado em 09 janeiro
de 2011.