A aula discute a cibercultura e seus valores e perspectivas. A cibercultura é definida como a relação entre tecnologias de comunicação e informação e a cultura, configurando a cultura contemporânea. As novas tecnologias permitiram a comunicação de todos para todos e escapar de limitações espaço-temporais. Os princípios da cibercultura incluem a libertação da emissão, a conexão em rede e a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas sociais. A re-mixagem digital é
4. Cibercultura
- relações entre as tecnologias informacionais
de comunicação e informação e cultura;
- nova relação entre as tecnologias e a
sociabilidade, configurando a cultura
contemporânea.
5. Novas tecnologias de informação e
comunicação
A partir de 1975, a telecomunicação analógica funde-se
com a informática;
Além da comunicação um-todos, é possível a comunicação
de todos-todos;
É possível escapar do tempo linear e do espaço
geográfico.
6. Leis fundadoras da cibercultura
1. libertação do pólo da emissão;
2. conexão em rede;
3. reconfiguração de formatos midiáticos e
práticas sociais.
7. Re-mixagem: princípio que rege a cibercultura
“Conjunto de práticas sociais e
comunicacionais de combinações, colagens,
cut-up de informação a partir das tecnologias
digitais”
13. Software Livre
● A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito;
● A liberdade de estudar o software;
● A liberdade de redistribuir cópias do programa de modo que você possa
ajudar ao seu próximo;
● A liberdade de modificar o programa e distribuir estas modificações, de
modo que toda a comunidade se beneficie.
14. Tópicos para reflexão
● Quebra de paradigmas. Reconfiguração de espaço (o
“a distância”) e tempo (o “online”);
● Emergência de novos valores e práticas;
● Espaço para anacronia?
● Instituições “tradicionais” agonizam?
● Todos podem (cidadãos digitais)?
● Rede mediada por corporações;
● Nem tudo na cibercultura é o ciberespaço.
15. Abordagens e nuances
● Cultura das mídias. Realidade virtual e cyberspace. Cultura digital e digitalização da cultura.
● Dominante cultural da lógica do capitalismo avançado.
Não necessariamente excludentes >> Visões (discursos e representações) que refletem posições no campo.
Nuances das abordagens
● Em relação ao escopo da cibercultura: cultura com faces material e imaterial x ambiente de todas as culturas
(totalidade).
■ Em relação às possibilidades de resistência: é possível negociar (na medida em que se trata de contexto
e conteúdo) x é possível negociar, mas não escapar.
■ Em relação à abrangência: Sociedade não será homogênea x a comunicação como cimento ideológico da
modernidade, criando uma certa conformidade.
■ Em relação à ênfase: nas interrelações entre as diversas instâncias de socialização e na configuração de
cada indivíduo x na comunicação como matriz indexadora da socialização de forma total.
16. Uma cultura de época
● sensorium (Benjamin); entorno (Barbero).
● aparatos tecnológicos digitais e capazes de rede (computador, celular,
tablets, etc.);
● estruturas tecnológicas (como a internet), meios (como sites e blogs) e
produtos a eles relacionados (como softwares, games, etc.);
● conteúdos e valores produzidos e que circulam nas redes;
● universo mercadológico que os produz (empresas e instituições
relacionadas ao mercado de tecnologia); e
● modelo mental e modos de percepção.
17. Próxima aula
● Comunicação na perspectiva dialógica freireana;
● Cultura hacker;
● Cultura livre;
● Open Source Journalism.
Bibliografia: SILVEIRA, Sergio Amadeu da. Ciberativismo, cultura hacker e o
individualismo colaborativo. Revista USP, 2010. Disponível em: http://www.
revistas.usp.br/revusp/article/view/13811