Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
AULA 01- HIPERTENSÃO.pdf - slide completo
1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Prof. Me. Wallison Santos
Enfermeiro pela Universidade Federal de Campina Grande
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba
Especialista em Cardiologia e Hemodinâmica
Especialista na modalidade Residência em Cardiologia
Doutorando em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba
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1 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
2. Pressão Arterial
2
PA= DC X RVP
Quantidade de sangue ejetado
por minuto
DC = FC X VSE
Sistema Nervoso Autônomo
Parassimpático
Simpático
Contratilidade
Pós-carga
Pré-carga
Retorno venoso
Lei de Frank-starling
Complacência ventricular
Diametro dos grandes vasos
Abertura e complacencia das válvulas
Resistência vascular
2 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
3. Pressão Arterial
3
❖ Lei de Frank-Starling - Capacidade do coração de se adaptar à variação do volume sanguíneo
modi
fi
cando a sua contratilidade até certo ponto.
❖ Pressão Arterial - Força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do
coração.
❖ Pressão Sistólica - Pico máximo de pressão no momento em que a ejeção ocorre.
❖ Pressão Diastólica - Os ventrículos relaxam, e o sangue que permanece nas artérias exerce uma
pressão mínima.
3 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
4. Mecanismo de Regulação cardíaca
Lei de Frank-Starling
Quantidade de
sangue
Estiramento das
fibras miocárdicas
Filamentos de actina
e miosina
Força de Contração
Lei de FRANK-STARLING
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4 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
5. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Hipertensão Arterial (HA) é uma condição clínica
multifatorial caracterizada por elevação sustentada
dos níveis pressóricos maior ou igual 140 e/ou 90
mmHg.
❖ No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos
adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta
ou indiretamente para 50% das mortes por DCV;
❖ Junto com DM, suas complicações (cardíacas, renais e
AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade
do trabalho e da renda familiar, estimada em 4,18
bilhões entre 2006 e 2015;
❖ Diagnóstico e tratamento negligenciados: evolução
assintomática.
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6. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Frequentemente associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou
estruturais de órgãos-alvo;
❖ Agravada pela presença de outros fatores de risco como: dislipidemia,
obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes mellitus (DM).
Mantém associação independente com eventos como:
- Morte súbita;
- Acidente Vascular Encefálico (AVE);
- Infarto Agudo do Miocárdio (IAM);
- Insu
fi
ciência Cardíaca (IC);
- Doença Arterial Periférica (DAP);
- Doença Renal Crônica (DRC).
Fatores de risco
- Idade;
- Sexo e etnia;
- Obesidade;
- Ingestão de sal;
- Ingestão de álcool;
- Genética/ Fatores socioeconomicos;
- Sedentarismo.
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7. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Diagnóstico e classi
fi
cação
• A avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial de um paciente com HAS
inclui a con
fi
rmação do diagnóstico e a incidência de causa secundária, além da
avaliação do risco CV;
• As lesões de órgão-alvo (LOA) e doenças associadas também devem ser investigadas;
• Fazem parte dessa avaliação a medição da PA no consultório e/ou fora dele, utilizando-
se técnica adequada e equipamentos validados, história médica (pessoal e familiar),
exame físico e investigação clínica e laboratorial.
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8. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Medição da PA - Consultório
Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a cada:
- dois anos para os adultos com PA menor ou igual 120/80 mmHg;
- Anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg e < 140/90
mmHg;
- A medição da PA pode ser feita com es
fi
gmomanômetro manuais,
semi-automáticos ou automáticos;
- Hipotensão ortostática (redução da PA> 20 mmHg ou da PAD> 10
mmHg) deve ser suspeitada em pacientes idosos diabéticos, e
naqueles em uso de medicação anti-hipertensiva.
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9. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Aferição da PA
• A PA deve ser medida no braço, devendo-se utilizar manguito adequado à sua
circunferência.
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10. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Sons de Korotkoff
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Fase I - Aparecimento do 1º ruído (P. Sistólica)
Fase II - Sibilância/Sopros
Fase III - Ampliação da sibilância / sopros
Fase IV - Abafamento dos sons
Fase V - Cessam os sons (P. Diastólica)
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11. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Aferição da PA - Preparo do paciente
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente
calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser
esclarecidas antes ou depois do procedimento.
2. Certi
fi
car-se de que o paciente: não está com a bexiga cheia, praticou exercícios físicos há pelo
menos 60 minutos, ingeriu bebidas alcóolicas, café ou alimentos, fumou nos 30 minutos
anteriores.
3. Posicionamento, o paciente deve: estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão,
dorso recostado na cadeira e relaxado, braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a
palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro.
4. Mediar a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em
que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
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12. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Etapas para a realizar da medição
1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano;
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fosse anticubital;
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
5. Estimular o nível da PAS pela palpação do pulso radial;
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diagrama do estetoscópio
sem compressão excessiva;
7. In
fl
ar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação;
8. Proceder à de
fl
ação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar
ligeiramente a velocidade de de
fl
ação;
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
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12 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
13. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Etapas para a realizar da medição
11- Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para con
fi
rmar seu desaparecimento e
depois proceder à de
fl
ação rápida e completa;
12- Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase
IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD;
13- Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições
adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes;
14- Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi
obtida a maior pressão como referência;
15- Informar o valor de PA obtido para o paciente;
Anotar os valores exatos “sem arredondamentos”e o braço em que a PA foi medida.
Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e
periodicamente calibrado
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13 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
14. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Medição da PA fora do consultório
Obtida através da medição residencial da pressão arterial (MRPA), ou da
MAPA de 24 horas;
Maior número de medidas obtidas e re
fl
etem as atividades usuais dos
examinados ;
Redução do efeito de avental branco e engajamento dos pacientes com o
diagnóstico e o seguimento.
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14 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
16. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Classi
fi
cação
Normotensão: considera-se normotensão quando as medidas de consultório são menor ou igual a 120/80
mmHg e as medidas fora dele (MAPA ou MRPA) con
fi
rmam os valores considerados normais;
Pré-hipertensão: A PH caracteriza-se pela presença de PAS entre 121 e 139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg;
Efeito do avental branco: O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas no consultório e fora dele,
desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD;
Hipertensão do avental branco: É a situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no consultório,
porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA.
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16 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
17. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Avaliação clínica e complementar
Anamnese
- Perguntas sobre o tempo de diagnóstico, evolução e tratamento prévio;
- História familiar;
- Interrogado sobre FR especí
fi
cos para DCV, comorbidades, aspectos socioeconomicos e estilo de vida;
- Uso prévio e atual de medicamentos ou outras substancias que possam interferir na medição da PA e/ou no tratamento
da HA;
- Pesquisados indícios que surgiram uma causa secundária para a HA.
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17 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
18. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Exame físico
Medição de PA nos dois
braços
Peso, altura, IMC e FC
Palpação abdominal: rins
aumentados
Sopros abdominais ou
torácicos
Cérebro: dé
fi
cit motor ou
sensorial
Coração: desvio do ictus,
arritmias, sopros
Pulsos demorais
diminuídos
Sinais de LOA
Diferença de PA nos
braços
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18 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
19. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Estrati
fi
cação do risco cardiovascular
O risco cardiovascular global deve ser avaliado em cada individuo hipertenso, pois auxilia na decisão terapêutica e
permite uma análise prognóstica.
Informar ao paciente os seus FR pode melhorar a e
fi
ciência das medidas farmacológicas e não farmacológicas para redução
do risco global.
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19 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
20. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Abordagem terapêutica
- Reduzir a PA para níveis equilibrados;
- Reduzir a mortalidade ou a probabilidade de óbito por doença cardiovascular;
- Minimizar e controlar as consequências das lesões ao nível dos órgãos-alvo
(cérebro, coração, rins e olhos);
- Melhorar a qualidade de vida do paciente.
Objetivo
Modi
fi
cações no estilo de vida
+
Tratamento farmacológico
Monitorar e estimular
- Peso corporal;
- Aspectos nutricionais;
- Moderação no
consumo de álcool;
- Atividade física /
exercício físico;
- Cessar o tabagismo;
- Controle do estresse.
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20 AULA 01- HIPERTENSÃO - 16 de fevereiro de 2023
21. Hipertensão Arterial Sistêmica
❖ Abordagem terapêutica
- Diuréticos;
- Agentes de ação central - metildopa, clonidina, caverdilol, propanolol;
- Vasodilatadores diretos - hidralazina;
- Bloqueadores do canais de cálcio - anlodipino, ninfepidipeno;
- IECA - captopril;
- Bloque. Receptores da Angiotensina II - Losartana
Medicamentoso
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