SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Baixar para ler offline
O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO
ARTERIAL
Significam uma medida de pressão calibrada em
milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o
de maior valor, é chamado de sistólico, e corresponde à
pressão da artéria no momento em que o sangue foi
bombeado pelo coração.
O segundo número, ou o de menor valor é chamado
de diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria,
no momento em que o coração está relaxado após uma
contração.
O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE
PRESSÃO ARTERIAL
Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer
qual é a pressão normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor
de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal.
Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e
90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais.
O local mais comum de verificação da pressão arterial é no
braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial.
O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro,
vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos,
usa-se o estetoscópio.
Regulação da Pressão Arterial: Sistema Renina-Angiotensina-
Aldosterona
• Uma queda na pressão arterial (1)
provoca a liberação de renina, uma
enzima renal.
• Por sua vez, a renina (2) ativa a
angiotensina (3), um hormônio que
provoca contração das paredes
musculares das pequenas artérias
(arteríolas), aumentando a pressão
arterial.
• A angiotensina também
desencadeia a liberação do
hormônio aldosterona pelas
glândulas adrenais (4), provocando
a retenção de sal (sódio) e a
excreção de potássio.
• O sódio promove a retenção de
água e, dessa forma, provoca a
expansão do volume sangüíneo e o
aumento da pressão arterial.
Diagnóstico e Classificação
Medida da Pressão Arterial
• A medida da PA deve ser realizada em toda
avaliação de saúde por médicos das diferentes
especialidades e demais profissionais da área
de saúde, todos devidamente treinados.
• O método mais utilizado para medida da PA
na prática clínica é o indireto, com técnica
auscultatória e esfigmomanômetro de coluna
de mercúrio ou aneróide, ambos calibrados.
• Todos aparelhos devem ser testados e devidamente calibrados a
cada seis meses.
Diagnóstico e Classificação
Rotina de diagnóstico e seguimento
• Na primeira avaliação, as medidas devem ser
obtidas em ambos os membros superiores e, em
caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com
maior valor de pressão para as medidas
subseqüentes.
• Em cada consulta, deverão ser realizadas pelo
menos três medidas, com intervalo de um minuto
entre elas, sendo a média das duas últimas
considerada a pressão arterial do indivíduo.
Diagnóstico e Classificação
Rotina de diagnóstico e seguimento
• Caso as pressões sistólicas e/ou diastólicas obtidas apresentem
diferença maior que 4 mm Hg entre elas, deverão ser realizadas novas
medidas até que se obtenham medidas com diferença inferior ou igual
a 4 mm Hg, utilizando-se a média das duas últimas medidas como a
pressão arterial do indivíduo.
• A posição recomendada é a sentada. A medida nas posições ortostática
e supina deve ser feita pelo menos na primeira avaliação em todos os
indivíduos e em todas as avaliações em idosos, diabéticos, portadores
de disautonomia, alcoolistas e/ou em uso de anti-hipertensivos.
1. Explicar o procedimento ao paciente.
2. Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo.
3. Evitar bexiga cheia.
4. Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes.
5. Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar
30 minutos antes.
6. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão,
dorso recostado na cadeira e relaxado.
7. Remover roupas do braço no qual será colocado
o manguito.
8. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto
médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado,
com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo
ligeiramente fletido.
9. Solicitar para que não fale durante a medida.
Preparo do Paciente para a Medida da PA
1. Medir a circunferência do braço do paciente.
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.
3. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa
cubital, cerca de 2 a 3 cm.
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito
sobre a artéria braquial.
5. Estimar o nível da PAS (palpar o pulso radial e inflar
o manguito até seu desaparecimento, desinflar
rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida).
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a
campânula do estetoscópio sem compressão excessiva.
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mm Hg
o nível estimado da pressão sistólica.
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mm
Hg/s).
Procedimento de Medida da PA
9. Determinar a PS na ausculta do primeiro som (fase I
de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas
regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade
de deflação.
10. Determinar a PD no desaparecimento do som
(fase V de Korotkoff).
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do último
som para confirmar seu desaparecimento e depois
proceder à deflação rápida e completa.
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero,
determinar a PS no abafamento dos sons (fase IV de
Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero.
13. Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas.
14. Informar os valores de PA obtidos ao paciente.
15. Anotar os valores e o membro.
Procedimento de Medida da PA
Circunferência
do braço (cm)
Denominação
do manguito
Largura da
bolsa (cm)
Comprimento
da bolsa (cm)
 10Recém-nascido 4 8
11-15Criança 6 12
16-22Infantil 9 18
20-26Adulto pequeno 10 17
27-34Adulto 12 23
35-45Adulto grande 16 32
Dimensões da Bolsa de Borracha para Diferentes
Circunferências de Braço em crianças e adultos
A MRPA é o registro da PA por método indireto,
com 3 medidas pela manhã e 3 à noite, por 5 dias,
realizado pelo paciente ou pessoa treinada.
Medida Residencial da Pressão Arterial
São consideradas anormais as médias de PA acima
de 135/85 mm Hg.
II Diretriz Brasileira de MRPA
Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
A MAPA é o registro por método indireto e intermitente durante 24h
enquanto o paciente realiza sua atividades habituais.
Estudos indicam que este método é superior à medida casual da PA
em predizer eventos CV fatais como infarto do miocárdio e AVC.
São consideradas anormais as médias de PA acima de:
130/80 mm Hg nas 24h,
135/85 mm Hg na vigília;
120/70 mm Hg no sono.
IV Diretriz Brasileira de MAPA
Indicações de MAPA
Suspeita de hipertensão do avental branco.
Avaliação da eficácia terapêutica anti-hipertensiva:
a) Quando a PA casual permanecer elevada, mesmo com
o tratamento de anti-hipertensivo ou efeito do avental
branco;
b) Quando a PA casual estiver controlada e houver
indícios da persistência ou da progressão de lesão
de órgãos-alvo.
Avaliação de normotensos com lesão de órgãos-alvo.
Avaliação de sintomas, principalmente hipotensão.
IV Diretriz Brasileira de MAPA
Normotensão
Hipertensão
Hipertensão do
avental branco
Hipertensão
mascarada
Efeito do
avental branco
Consultório
(PAC) MRPA
Diagnósticos pela PAC, MAPA e MRPA
MAPA
<140/90
≥140/90
≥140/90
<140/90
≤130/80 média 24h
>130/80 média 24h
≤135/85 média vigília
>135/85 média vigília
≤135/85
>135/85
≤135/85
>135/85
Diferença entre a medida da PA no consultório e a da
MAPA na vigília ou MRPA, sem haver mudança no
diagnóstico de normotensão ou hipertensão
Recomendações para Seguimento
PA inicial (mmHg)
Seguimento
<130
130 – 139
140 – 159
160 – 179
≥180
sistólica diastólica
<85
85 – 89
90 – 99
100 – 109
≥110
Reavaliar em 1 ano
Estimular mudanças no estilo de
vida
Reavaliar em 6 meses. Insistir em
mudanças no estilo de vida
Confirmar em 2 meses.
Considerar MAPA/MRPA
Confirmar em 1 mês.
Considerar MAPA/MRPA
Intervenção medicamentosa
imediata ou reavaliar em 1 semana
Situações Especiais de Medida da PA
Crianças
• A medida da PA em crianças é recomendada em
toda avaliação clínica, identificando-se a PAD na
fase V de Korotkoff e empregando-se manguito
com bolsa de borracha de tamanho adequado à
circunferência do braço.
Idosos
• Na medida da PA do idoso, existem três
aspectos importantes: maior freqüência de hiato
auscultatório, pseudo-hipertensão e a hipertensão
do avental branco.
Gestantes
• Recomenda-se que a medida seja feita
na posição sentada.
Classificação
Ótima
Normal
Limítrofe
Hipertensão Estágio I
Hipertensão Estágio II
Hipertensão Estágio III
Hipertensão Sistólica isolada
PAS (mmHg)
< 120
< 130
130-139
140-159
160-179
≥ 180
≥ 140
PAD (mmHg)
< 80
< 85
85-89
90-99
100-109
≥ 110
< 90
O valor mais alto de sistólica ou diastólica estabelece o estágio do quadro
hipertensivo. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias
diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio.
Classificação da PA (>18 anos)
• Normotensão - abaixo do percentil 90, desde que inferiores a
120/80 mm Hg;
• Limítrofe - entre os percentis 90 e 95,
(“pré-hipertensão”, de acordo com o The Fourth Report on the
Diagnosis, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure in
Children and Adolescents);
• Hipertensão - igual ou superior ao percentil 95, salientando-se
que qualquer valor igual ou superior a 120/80 mm Hg em
adolescentes, mesmo que inferior ao percentil 95, deve ser
considerado limítrofe
• Quando as pressões sistólica e diastólica de um paciente situam-
se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para
classificação da pressão arterial
Medida da pressão
arterial em crianças e adolescentes
CRIANÇAS ADOLESCENTES E ADULTOS
IDADE EM
ANOS
IDADE EM
ANOS
4 85/60
6 95/62
10 100/65
12 108/67
16 118/75
Adulto 120/80
Idoso 140-160/90-100

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

02 26 sinais vitais - Marion
02 26 sinais vitais  - Marion02 26 sinais vitais  - Marion
02 26 sinais vitais - Marion
laiscarlini
 
Aula+sinais+vitais carmen
Aula+sinais+vitais carmenAula+sinais+vitais carmen
Aula+sinais+vitais carmen
drilopez
 

Mais procurados (20)

Sinais vitais_
Sinais  vitais_Sinais  vitais_
Sinais vitais_
 
Sinais vitais
Sinais vitais Sinais vitais
Sinais vitais
 
Técnicas de medição arterial
Técnicas de medição arterialTécnicas de medição arterial
Técnicas de medição arterial
 
Sinais vitais
Sinais vitaisSinais vitais
Sinais vitais
 
IMPORTANCIA CLÍNICA - SINAIS VITAIS IDOSO
IMPORTANCIA CLÍNICA - SINAIS VITAIS IDOSOIMPORTANCIA CLÍNICA - SINAIS VITAIS IDOSO
IMPORTANCIA CLÍNICA - SINAIS VITAIS IDOSO
 
Aula 08- verificação de sinais vitais-compactado
Aula 08- verificação de sinais vitais-compactadoAula 08- verificação de sinais vitais-compactado
Aula 08- verificação de sinais vitais-compactado
 
Aula sinais vitais
Aula sinais vitaisAula sinais vitais
Aula sinais vitais
 
02 26 sinais vitais - Marion
02 26 sinais vitais  - Marion02 26 sinais vitais  - Marion
02 26 sinais vitais - Marion
 
Iii consenso bras_hip_arterial
Iii consenso bras_hip_arterialIii consenso bras_hip_arterial
Iii consenso bras_hip_arterial
 
SSVV
SSVV SSVV
SSVV
 
Aula+sinais+vitais carmen
Aula+sinais+vitais carmenAula+sinais+vitais carmen
Aula+sinais+vitais carmen
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais
Primeiros Socorros - Sinais vitaisPrimeiros Socorros - Sinais vitais
Primeiros Socorros - Sinais vitais
 
Boas práticas para aferição da pressão arterial em farmácia comunitária
Boas práticas para aferição da pressão arterial em farmácia comunitáriaBoas práticas para aferição da pressão arterial em farmácia comunitária
Boas práticas para aferição da pressão arterial em farmácia comunitária
 
PCR - PARADDA CARDIORESPIRATORIA / universidade
PCR - PARADDA CARDIORESPIRATORIA / universidade PCR - PARADDA CARDIORESPIRATORIA / universidade
PCR - PARADDA CARDIORESPIRATORIA / universidade
 
Pcr
PcrPcr
Pcr
 
Avaliacao ssvv (1)
Avaliacao ssvv (1)Avaliacao ssvv (1)
Avaliacao ssvv (1)
 
Avaliacao dos sinais vitais pdf
Avaliacao dos sinais vitais pdfAvaliacao dos sinais vitais pdf
Avaliacao dos sinais vitais pdf
 
Atendimento na parada cardiorrespiratória em adultos pela equipe multidiscipl...
Atendimento na parada cardiorrespiratória em adultos pela equipe multidiscipl...Atendimento na parada cardiorrespiratória em adultos pela equipe multidiscipl...
Atendimento na parada cardiorrespiratória em adultos pela equipe multidiscipl...
 
Avaliação de dados vitais
 Avaliação de dados vitais Avaliação de dados vitais
Avaliação de dados vitais
 
PCR- Parada Cardiorrespiratória
PCR- Parada CardiorrespiratóriaPCR- Parada Cardiorrespiratória
PCR- Parada Cardiorrespiratória
 

Semelhante a pressão arterial

aulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptx
aulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptxaulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptx
aulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptx
BruceCosta4
 
sinais vitais - temperatura, pressão arterial
sinais vitais - temperatura, pressão arterialsinais vitais - temperatura, pressão arterial
sinais vitais - temperatura, pressão arterial
josianeavila3
 
Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...
Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...
Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...
sarasmfranca
 
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdf
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdfAvaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdf
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdf
jessika879512
 
monitorização não invasia.pptx
monitorização não invasia.pptxmonitorização não invasia.pptx
monitorização não invasia.pptx
tuttitutti1
 
AULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICA
AULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICAAULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICA
AULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICA
RaissaEufrazio
 

Semelhante a pressão arterial (20)

assistência de enfermagem 02.pptx
assistência de enfermagem 02.pptxassistência de enfermagem 02.pptx
assistência de enfermagem 02.pptx
 
Guia ha
Guia haGuia ha
Guia ha
 
Revisão sobre Hipertensão Arterial
Revisão sobre Hipertensão ArterialRevisão sobre Hipertensão Arterial
Revisão sobre Hipertensão Arterial
 
Sinais Vitais.pptx
Sinais Vitais.pptxSinais Vitais.pptx
Sinais Vitais.pptx
 
aulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptx
aulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptxaulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptx
aulas2sinaisvitais-140825080409-phpapp01.pptx
 
Slide Primeiros Socorros - Profª Carol.pdf
Slide Primeiros Socorros - Profª Carol.pdfSlide Primeiros Socorros - Profª Carol.pdf
Slide Primeiros Socorros - Profª Carol.pdf
 
sinais vitais - temperatura, pressão arterial
sinais vitais - temperatura, pressão arterialsinais vitais - temperatura, pressão arterial
sinais vitais - temperatura, pressão arterial
 
Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...
Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...
Apresentação de Marketing Redator Freelancer Delicado Orgânico Marrom e Cr...
 
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdf
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdfAvaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdf
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.pdf
 
Aula Sinais vitais.pptx
Aula Sinais vitais.pptxAula Sinais vitais.pptx
Aula Sinais vitais.pptx
 
Sem título 1.pdf
Sem título 1.pdfSem título 1.pdf
Sem título 1.pdf
 
GRAN SSVV 5 - PRESSÃO ARTERIAL SISTEMICA
GRAN SSVV 5 - PRESSÃO ARTERIAL SISTEMICAGRAN SSVV 5 - PRESSÃO ARTERIAL SISTEMICA
GRAN SSVV 5 - PRESSÃO ARTERIAL SISTEMICA
 
Sinais Vitais.pptx
Sinais Vitais.pptxSinais Vitais.pptx
Sinais Vitais.pptx
 
SINAIS VITAIS unip.pptx
SINAIS VITAIS unip.pptxSINAIS VITAIS unip.pptx
SINAIS VITAIS unip.pptx
 
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.uniateneu.pdf
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.uniateneu.pdfAvaliacao dos Sinais Vitais pdf.uniateneu.pdf
Avaliacao dos Sinais Vitais pdf.uniateneu.pdf
 
monitorização não invasia.pptx
monitorização não invasia.pptxmonitorização não invasia.pptx
monitorização não invasia.pptx
 
Primeiros Socorros
Primeiros SocorrosPrimeiros Socorros
Primeiros Socorros
 
AULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICA
AULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICAAULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICA
AULA SINAIS VITAIS PARA ENFERMAGEM - TEORIA E PRÁTICA
 
Hipertensão - Professor Robson
Hipertensão - Professor RobsonHipertensão - Professor Robson
Hipertensão - Professor Robson
 
sinais vitais.pptx
sinais vitais.pptxsinais vitais.pptx
sinais vitais.pptx
 

Último (6)

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 

pressão arterial

  • 1. O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL Significam uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico, e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração.
  • 2. O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal. Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.
  • 3. Regulação da Pressão Arterial: Sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona • Uma queda na pressão arterial (1) provoca a liberação de renina, uma enzima renal. • Por sua vez, a renina (2) ativa a angiotensina (3), um hormônio que provoca contração das paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas), aumentando a pressão arterial. • A angiotensina também desencadeia a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais (4), provocando a retenção de sal (sódio) e a excreção de potássio. • O sódio promove a retenção de água e, dessa forma, provoca a expansão do volume sangüíneo e o aumento da pressão arterial.
  • 4. Diagnóstico e Classificação Medida da Pressão Arterial • A medida da PA deve ser realizada em toda avaliação de saúde por médicos das diferentes especialidades e demais profissionais da área de saúde, todos devidamente treinados. • O método mais utilizado para medida da PA na prática clínica é o indireto, com técnica auscultatória e esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou aneróide, ambos calibrados. • Todos aparelhos devem ser testados e devidamente calibrados a cada seis meses.
  • 5. Diagnóstico e Classificação Rotina de diagnóstico e seguimento • Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com maior valor de pressão para as medidas subseqüentes. • Em cada consulta, deverão ser realizadas pelo menos três medidas, com intervalo de um minuto entre elas, sendo a média das duas últimas considerada a pressão arterial do indivíduo.
  • 6. Diagnóstico e Classificação Rotina de diagnóstico e seguimento • Caso as pressões sistólicas e/ou diastólicas obtidas apresentem diferença maior que 4 mm Hg entre elas, deverão ser realizadas novas medidas até que se obtenham medidas com diferença inferior ou igual a 4 mm Hg, utilizando-se a média das duas últimas medidas como a pressão arterial do indivíduo. • A posição recomendada é a sentada. A medida nas posições ortostática e supina deve ser feita pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos e em todas as avaliações em idosos, diabéticos, portadores de disautonomia, alcoolistas e/ou em uso de anti-hipertensivos.
  • 7. 1. Explicar o procedimento ao paciente. 2. Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. 3. Evitar bexiga cheia. 4. Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes. 5. Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes. 6. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. 7. Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito. 8. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. 9. Solicitar para que não fale durante a medida. Preparo do Paciente para a Medida da PA
  • 8. 1. Medir a circunferência do braço do paciente. 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço. 3. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm. 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial. 5. Estimar o nível da PAS (palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida). 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva. 7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mm Hg o nível estimado da pressão sistólica. 8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mm Hg/s). Procedimento de Medida da PA
  • 9. 9. Determinar a PS na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação. 10. Determinar a PD no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). 11. Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PS no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero. 13. Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas. 14. Informar os valores de PA obtidos ao paciente. 15. Anotar os valores e o membro. Procedimento de Medida da PA
  • 10. Circunferência do braço (cm) Denominação do manguito Largura da bolsa (cm) Comprimento da bolsa (cm)  10Recém-nascido 4 8 11-15Criança 6 12 16-22Infantil 9 18 20-26Adulto pequeno 10 17 27-34Adulto 12 23 35-45Adulto grande 16 32 Dimensões da Bolsa de Borracha para Diferentes Circunferências de Braço em crianças e adultos
  • 11. A MRPA é o registro da PA por método indireto, com 3 medidas pela manhã e 3 à noite, por 5 dias, realizado pelo paciente ou pessoa treinada. Medida Residencial da Pressão Arterial São consideradas anormais as médias de PA acima de 135/85 mm Hg. II Diretriz Brasileira de MRPA
  • 12. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial A MAPA é o registro por método indireto e intermitente durante 24h enquanto o paciente realiza sua atividades habituais. Estudos indicam que este método é superior à medida casual da PA em predizer eventos CV fatais como infarto do miocárdio e AVC. São consideradas anormais as médias de PA acima de: 130/80 mm Hg nas 24h, 135/85 mm Hg na vigília; 120/70 mm Hg no sono. IV Diretriz Brasileira de MAPA
  • 13. Indicações de MAPA Suspeita de hipertensão do avental branco. Avaliação da eficácia terapêutica anti-hipertensiva: a) Quando a PA casual permanecer elevada, mesmo com o tratamento de anti-hipertensivo ou efeito do avental branco; b) Quando a PA casual estiver controlada e houver indícios da persistência ou da progressão de lesão de órgãos-alvo. Avaliação de normotensos com lesão de órgãos-alvo. Avaliação de sintomas, principalmente hipotensão. IV Diretriz Brasileira de MAPA
  • 14. Normotensão Hipertensão Hipertensão do avental branco Hipertensão mascarada Efeito do avental branco Consultório (PAC) MRPA Diagnósticos pela PAC, MAPA e MRPA MAPA <140/90 ≥140/90 ≥140/90 <140/90 ≤130/80 média 24h >130/80 média 24h ≤135/85 média vigília >135/85 média vigília ≤135/85 >135/85 ≤135/85 >135/85 Diferença entre a medida da PA no consultório e a da MAPA na vigília ou MRPA, sem haver mudança no diagnóstico de normotensão ou hipertensão
  • 15. Recomendações para Seguimento PA inicial (mmHg) Seguimento <130 130 – 139 140 – 159 160 – 179 ≥180 sistólica diastólica <85 85 – 89 90 – 99 100 – 109 ≥110 Reavaliar em 1 ano Estimular mudanças no estilo de vida Reavaliar em 6 meses. Insistir em mudanças no estilo de vida Confirmar em 2 meses. Considerar MAPA/MRPA Confirmar em 1 mês. Considerar MAPA/MRPA Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar em 1 semana
  • 16. Situações Especiais de Medida da PA Crianças • A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica, identificando-se a PAD na fase V de Korotkoff e empregando-se manguito com bolsa de borracha de tamanho adequado à circunferência do braço. Idosos • Na medida da PA do idoso, existem três aspectos importantes: maior freqüência de hiato auscultatório, pseudo-hipertensão e a hipertensão do avental branco. Gestantes • Recomenda-se que a medida seja feita na posição sentada.
  • 17. Classificação Ótima Normal Limítrofe Hipertensão Estágio I Hipertensão Estágio II Hipertensão Estágio III Hipertensão Sistólica isolada PAS (mmHg) < 120 < 130 130-139 140-159 160-179 ≥ 180 ≥ 140 PAD (mmHg) < 80 < 85 85-89 90-99 100-109 ≥ 110 < 90 O valor mais alto de sistólica ou diastólica estabelece o estágio do quadro hipertensivo. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio. Classificação da PA (>18 anos)
  • 18. • Normotensão - abaixo do percentil 90, desde que inferiores a 120/80 mm Hg; • Limítrofe - entre os percentis 90 e 95, (“pré-hipertensão”, de acordo com o The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents); • Hipertensão - igual ou superior ao percentil 95, salientando-se que qualquer valor igual ou superior a 120/80 mm Hg em adolescentes, mesmo que inferior ao percentil 95, deve ser considerado limítrofe • Quando as pressões sistólica e diastólica de um paciente situam- se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial Medida da pressão arterial em crianças e adolescentes
  • 19. CRIANÇAS ADOLESCENTES E ADULTOS IDADE EM ANOS IDADE EM ANOS 4 85/60 6 95/62 10 100/65 12 108/67 16 118/75 Adulto 120/80 Idoso 140-160/90-100