O documento discute a implementação de Núcleos de Prevenção à Violência (NPVs) nos equipamentos de saúde da região da Penha em São Paulo para fortalecer o atendimento às vítimas de violência. Descreve as ações realizadas entre 2013-2017, incluindo capacitações de profissionais de saúde e desenvolvimento de fluxos de atendimento. Conclui destacando a importância da continuidade deste trabalho para planejar ações de enfrentamento da violência conciliando teoria e prática no cuidado às vítimas e aos profissionais

1. As redes de saúde e os núcleos
de prevenção à violência: uma
proposta de intervenção
Autores: Lucicleia de Souza Lopes,
Anahi Canguçu Marfinati, Luciana da
Silveira Martins Prado, Marilene
Martinez

2. Introdução
O fenômeno da violência é complexo e fortemente influenciado por fatores
sociais, ambientais, culturais, econômicos e políticos. O campo da
saúde é afetado de forma expressiva, uma vez que os sujeitos vítimas de violência
adoecem e apresentam sequelas que demandam cuidado e intervenções dos
diferentes níveis de atenção à saúde.
2015
✓ Orientar e sistematizar o trabalho dos profissionais de saúde em todos os níveis
de atenção, estabelecer fluxos, corresponsabilização de diferentes atores.
implantação da Linha de Cuidado Integral à Saúde da Pessoa em Si

3. Estabelecimento dos Núcleos de Prevenção à Violência – NPVs
portaria 1300-SMS.G, 15/07/2015 → cada território cria estratégias de
estruturação desses núcleos em cada unidade de saúde.
NPV - equipe de referência do serviço de saúde responsável pela organização
do cuidado e articulação das ações a serem desencadeadas para a superação
da violência e promoção da cultura de paz.
Cada equipamento de saúde deve se estruturar para ofertar assistência
adequada às pessoas em situação de violência.
Os NPVs

4. ➢ Apresentar o trabalho de fortalecimento dos Núcleos de
Prevenção à Violência nos equipamentos de saúde do
território da Penha.
Objetivo

5. SINAN  60.270 casos de violência entre 2015-2017
DA KM ² População
Artur Alvim 6,60 102.154
Cangaíba 16,00 137.352
Penha 11,30 128.847
Vila Matilde 8,90 105.457
Total 42,80 473.810
Tabela 1 – População e área DAS da STS Penha, 2016.
Fonte: Secretaria da Saúde do Município de São Paulo - Informação obtida em 12/08/2016.
O território da Penha
Desenvolvimento e resultados

6. 2013  STS Penha – Visitas sistemáticas às unidades
• Apresentar o sistema de notificação
• Conscientizar sobre a importância de notificar cada agravo
• Desmistificar a notificação X denúncia
• Reuniões mensais com representantes das unidades na STS
Resultado positivo -> conscientização dos profissionais sobre o
objetivo da notificação: oferta de um cuidado às pessoas vítimas de
violência; oferta de um espaço de discussão
Histórico das ações

7. • Agosto 2016  Aprimoramento – SMS
• outubro de 2016 e dezembro de 2017
trabalho em conjunto entre STS Penha, UVIS Penha e HM Dr. Alexandre
Zaio (unidade com maior número de notificações de violência da região)
para capacitação de profissionais integrantes dos NPVs dos equipamentos
de saúde do território.
Histórico das ações

8. Público alvo: profissionais das unidades de saúde
Diagnóstico: levantamentos de dados através de questionários e discussões em grupo
Metodologia: diagnósticos situacionais realizados através de aplicação de
questionários, material teórico e realização de trabalhos individuais e em grupo para
discussão de casos e situações reais .
Capacitação
encontros mensais
Outubro de 2016 e dezembro de 2017

9. ✓ autoinfligida - tentativas de suicídio
✓ violência contra a mulher
✓ violência contra crianças e adolescentes
✓ violência contra o idoso
✓ expressões do racismo na saúde
Considerando as particularidades e demanda de cada serviço, foi possível construir
modelos de fluxos internos de atendimento às pessoas vítimas de violência
Os fluxos nos equipamentos de saúde que estão sendo desenvolvidos
paulatinamente, considerando suas particularidades e demandas.
Cuidado às pessoas vítimas de violência
Temas abordados nos encontros

10. Tendo em vista o aumento dos casos de violência que pode ser evidenciado através do
número de notificações, faz-se necessário a revisão dos processos de
trabalhos promovendo e valorizando o fortalecimento dos NPVs nas
unidades e a constante atualização e formação dos profissionais de
saúde.
No decorrer dos encontros notou-se que a oferta de um espaço de discussão
para manejo dos casos é de grande valia aos profissionais, uma vez que estes se
apropriam de seus papéis como atuantes no cuidado às pessoas em situação de
violência, tendo como desdobramento, o fortalecimento das equipes nas unidades.
Conclusões

11. Ressalta-se a importância de uma continuidade do trabalho para que se possa
planejar ações para o enfrentamento da violência, conciliando teoria
e prática no cuidado não apenas as pessoas que estão em situação de violência, mas,
também aos profissionais que necessitam de espaços para discussão e trocas para
auxiliar no manejo dos casos.
Conclusões