O documento discute a evolução da psicologia da educação matemática no Brasil, focando no grupo de pesquisa da UNICAMP. Inicialmente os estudos se concentraram na formação de professores e solução de problemas, usando teorias de aprendizagem. Posteriormente, pesquisas abordaram desenvolvimento conceitual, atitudes em relação à matemática e dificuldades na disseminação dos resultados.
Modelagem matemática na educação científicaednilson73
1) O documento discute a utilização da modelagem matemática como estratégia pedagógica nas aulas de ciências.
2) A modelagem matemática é definida como um processo que visa analisar situações-problema com foco na aprendizagem de conteúdos científicos e na construção e interpretação crítica de modelos matemáticos.
3) A modelagem matemática é proposta como alternativa ao método tradicional e deve ser desenvolvida em quatro momentos: escolha de tema, formulação de situação-problema,
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...Rosi Whindson
O documento discute a importância da afetividade no ensino da matemática. Uma pesquisa com estudantes de pedagogia mostrou que eles acreditam que a afetividade é importante, mas que sua formação inicial não os prepara para trabalhar com questões afetivas no ensino de matemática. O documento defende que professores devem desenvolver competências para lidar com a dimensão afetiva e transformar as crenças negativas sobre matemática.
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentesednilson73
Este documento discute a Instrução por Modelagem (IM), uma abordagem pedagógica centrada na construção e aplicação de modelos matemáticos. Treze professores participaram de um minicurso sobre IM e perceberam que, apesar dos desafios do contexto educacional brasileiro, a abordagem apresenta possibilidades de aplicação.
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...ProfessorPrincipiante
Dentro de um curso de licenciatura, a disciplina de Didática da Matemática visa
aprofundar conceitos sobre a ciência matemática, sua importância em sala de aula,
procurando conhecer, analisar e discutir os aspectos sociais, políticos e culturais dos
conteúdos matemáticos do ensino fundamental e médio. O aluno de licenciatura, futuro
professor, necessita conhecer e analisar os limites e possibilidades dos recursos
tecnológicos, das avaliações, dos planejamentos, além de estabelecer conexões com
outras áreas do conhecimento. Deve fazer parte da formação inicial de um professor de
matemática refletir acerca de seu papel como educador, buscando caminhos produtivos e
inovadores para uma práxis pedagógica transformadora.
Como meio de levar o estudante de licenciatura a conhecer a realidade da escola,
existem as disciplinas de estágio, que os coloca em contato direto com alunos, colegas
professores e comunidade escolar. Para garantir o melhor aproveitamento dessa
experiência de formação pedagógica, é importante que o aluno tenha previamente sido
instrumentalizado com os conhecimentos que o permitam avaliar de modo crítico a
realidade da escola, o cotidiano escolar, as situações didáticas que a ele se apresentam.
Nessa perspectiva, se insere a disciplina de Didática da Matemática. Dentre tantos temas
a serem abordados, estão as Tendências em Educação Matemática.
Conhecimento da Matemática para o Ensino: um estudo colaborativo sobre número...Carlos Rocha
1. O documento discute o conhecimento de matemática necessário para o ensino, com foco no desenvolvimento profissional de professores.
2. É apresentado um estudo colaborativo sobre números racionais realizado com professores, baseado no modelo de "concept study", para questionar e (re)elaborar seus conhecimentos de matemática.
3. Conclui-se que a discussão colaborativa contribuiu para o desenvolvimento do metassaber dos professores sobre matemática para o ensino.
RE)SIGNIFICANDO APRENDIZAGENS MATEMÁTICAS: uma experiência vivida com profes...Vanda Gautério
Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção título de Mestre, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande.
Este documento apresenta um plano de ensino para a disciplina de Didática e Metodologia no Ensino Superior. O plano inclui objetivos gerais e específicos, metodologia, cronograma, critérios de avaliação e bibliografia. O plano visa discutir conceitos como métodos de ensino, relações professor-aluno, avaliação e planejamento didático.
O documento discute diversos aspectos da aprendizagem humana, incluindo: 1) As três leis básicas da aprendizagem; 2) Fatores que influenciam a aprendizagem como aspectos biopsicossociais, família, meio ambiente e afetividade; 3) Diferenças individuais entre os alunos e seus estilos de aprendizagem.
Modelagem matemática na educação científicaednilson73
1) O documento discute a utilização da modelagem matemática como estratégia pedagógica nas aulas de ciências.
2) A modelagem matemática é definida como um processo que visa analisar situações-problema com foco na aprendizagem de conteúdos científicos e na construção e interpretação crítica de modelos matemáticos.
3) A modelagem matemática é proposta como alternativa ao método tradicional e deve ser desenvolvida em quatro momentos: escolha de tema, formulação de situação-problema,
Afetividade no ensino da matemtica explorando perspectivas de estudantes de p...Rosi Whindson
O documento discute a importância da afetividade no ensino da matemática. Uma pesquisa com estudantes de pedagogia mostrou que eles acreditam que a afetividade é importante, mas que sua formação inicial não os prepara para trabalhar com questões afetivas no ensino de matemática. O documento defende que professores devem desenvolver competências para lidar com a dimensão afetiva e transformar as crenças negativas sobre matemática.
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentesednilson73
Este documento discute a Instrução por Modelagem (IM), uma abordagem pedagógica centrada na construção e aplicação de modelos matemáticos. Treze professores participaram de um minicurso sobre IM e perceberam que, apesar dos desafios do contexto educacional brasileiro, a abordagem apresenta possibilidades de aplicação.
A DISCIPLINA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MAT...ProfessorPrincipiante
Dentro de um curso de licenciatura, a disciplina de Didática da Matemática visa
aprofundar conceitos sobre a ciência matemática, sua importância em sala de aula,
procurando conhecer, analisar e discutir os aspectos sociais, políticos e culturais dos
conteúdos matemáticos do ensino fundamental e médio. O aluno de licenciatura, futuro
professor, necessita conhecer e analisar os limites e possibilidades dos recursos
tecnológicos, das avaliações, dos planejamentos, além de estabelecer conexões com
outras áreas do conhecimento. Deve fazer parte da formação inicial de um professor de
matemática refletir acerca de seu papel como educador, buscando caminhos produtivos e
inovadores para uma práxis pedagógica transformadora.
Como meio de levar o estudante de licenciatura a conhecer a realidade da escola,
existem as disciplinas de estágio, que os coloca em contato direto com alunos, colegas
professores e comunidade escolar. Para garantir o melhor aproveitamento dessa
experiência de formação pedagógica, é importante que o aluno tenha previamente sido
instrumentalizado com os conhecimentos que o permitam avaliar de modo crítico a
realidade da escola, o cotidiano escolar, as situações didáticas que a ele se apresentam.
Nessa perspectiva, se insere a disciplina de Didática da Matemática. Dentre tantos temas
a serem abordados, estão as Tendências em Educação Matemática.
Conhecimento da Matemática para o Ensino: um estudo colaborativo sobre número...Carlos Rocha
1. O documento discute o conhecimento de matemática necessário para o ensino, com foco no desenvolvimento profissional de professores.
2. É apresentado um estudo colaborativo sobre números racionais realizado com professores, baseado no modelo de "concept study", para questionar e (re)elaborar seus conhecimentos de matemática.
3. Conclui-se que a discussão colaborativa contribuiu para o desenvolvimento do metassaber dos professores sobre matemática para o ensino.
RE)SIGNIFICANDO APRENDIZAGENS MATEMÁTICAS: uma experiência vivida com profes...Vanda Gautério
Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção título de Mestre, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande.
Este documento apresenta um plano de ensino para a disciplina de Didática e Metodologia no Ensino Superior. O plano inclui objetivos gerais e específicos, metodologia, cronograma, critérios de avaliação e bibliografia. O plano visa discutir conceitos como métodos de ensino, relações professor-aluno, avaliação e planejamento didático.
O documento discute diversos aspectos da aprendizagem humana, incluindo: 1) As três leis básicas da aprendizagem; 2) Fatores que influenciam a aprendizagem como aspectos biopsicossociais, família, meio ambiente e afetividade; 3) Diferenças individuais entre os alunos e seus estilos de aprendizagem.
Dienes em defesa de um programa para a escola primária-lutas de representaçõesdenise. Medina
Este documento analisa propostas de Zoltan Dienes, Claude Gaulin e Lunkenbein para um programa de matemática para crianças. Ele discute representações do "ensino tradicional" versus o "ensino moderno" e as críticas feitas por esses autores ao ensino tradicional. Também apresenta discussões da Conferência de Hamburgo de 1966 sobre metodologias apropriadas para o ensino de matemática na escola primária.
Este documento fornece orientações teórico-metodológicas para o componente curricular "Novas Tecnologias" em um Curso Normal Médio. Ele discute a importância das novas tecnologias na formação de professores e propõe quatro unidades temáticas: 1) conceitos e princípios das tecnologias na educação, 2) linguagens midiáticas e formação de leitores críticos, 3) informática como apoio ao currículo, e 4) projetos educacionais e planejamento com tecnologias.
Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia no Brasil: Legiti...Solange Soares
O documento discute como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia no Brasil legitimam um modelo mercantilista de educação, influenciado pelas mudanças no mundo do trabalho e pelas políticas dos organismos internacionais como o Banco Mundial. As DCNs enfatizam resultados e produção, reduzindo a formação docente a aspectos técnicos e eficiência em detrimento da autonomia universitária e da formação crítica dos professores.
1) A resolução de problemas na educação matemática é importante para que os alunos aprendam a aplicar conceitos matemáticos em situações do mundo real.
2) As conexões sinápticas no cérebro são fundamentais para a compreensão e retenção dos conteúdos lógicos da matemática.
3) Um ensino efetivo de matemática deve estimular os alunos a desenvolverem raciocínio lógico para resolver problemas por conta própria.
Este documento descreve um estudo sobre um Programa de Residência Docente no Colégio Pedro II destinado a professores iniciantes. A literatura sobre professores iniciantes é revisada, destacando as principais características e dificuldades do período inicial da docência. O objetivo do estudo é compreender como o programa de residência está sendo implementado e o que significa para os professores iniciantes e supervisores participantes.
O documento discute conceitos-chave sobre ensino e aprendizagem no nível superior, incluindo: (1) Ensinar é criar condições para a aprendizagem, não apenas transmitir conhecimento; (2) A aprendizagem envolve a aquisição de novos padrões de pensamento e ação, não apenas informação; (3) No ensino superior, o foco deve ser na aprendizagem do estudante para desenvolver habilidades intelectuais e profissionais.
Este documento discute a metodologia dialética em sala de aula como uma alternativa à metodologia expositiva tradicional. A metodologia dialética enfatiza a construção ativa do conhecimento pelos alunos através da mobilização, análise e síntese, em oposição à mera transmissão passiva de informações. O documento explica os três momentos-chave da metodologia dialética: 1) mobilização para o conhecimento, 2) construção do conhecimento, e 3) elaboração da síntese do conhe
Este documento apresenta o programa de Matemática A para o 10o ano dos cursos científico-humanísticos em Portugal. O programa é organizado por grandes temas como números e geometria, funções reais e análise infinitesimal, e estatística e probabilidades. O objetivo é desenvolver competências matemáticas e atitudes como confiança, espírito crítico e gosto pelo aprendizado.
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...slucarz
Este documento descreve uma pesquisa realizada com professores do Ensino Fundamental sobre o ensino e aprendizagem da matemática. O objetivo foi analisar as concepções dos professores sobre conhecimento, matemática e ensino de matemática, e como essas concepções se refletem em suas práticas pedagógicas. A pesquisa foi baseada no conceito de professor reflexivo e utilizou instrumentos como encontros sistemáticos e entrevistas para coletar dados e promover a reflexão dos professores sobre sua prática.
Este documento discute a importância da formação matemática dos professores das séries iniciais do ensino fundamental. Argumenta que a disciplina Didática da Matemática deve preparar melhor esses professores para ensinar matemática de forma significativa e crítica. Também ressalta que é necessário repensar a estrutura dos cursos de licenciatura para fornecer uma formação inicial sólida em matemática e didática da matemática.
1) O documento discute a importância do conhecimento didático para o ensino, que estuda as relações entre o objeto de estudo, o aluno e o professor para garantir a aprendizagem.
2) A Argentina é destacada como o país mais avançado na América do Sul em pesquisas didáticas, que produzem conhecimentos aplicados rapidamente nas salas de aula.
3) As pesquisas didáticas ocorrem de duas formas, analisando práticas de sala de aula ou por meio de projetos intervencionistas,
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaFátima Noronha
1. O documento discute as teorias da aprendizagem de Gestalt, humanismo e behaviorismo, explicando seus princípios e aplicações na educação.
2. A teoria behaviorista vê a aprendizagem como um processo condicionado onde respostas são associadas a estímulos através de tentativas e erros.
3. As teorias destacam a importância de considerar fatores cognitivos e afetivos no ensino e aprendizagem, especialmente na matemática.
Este documento apresenta os principais conceitos e teorias da Didática, abordando:
1) Os princípios da Didática e sua evolução, assim como os aspectos que compõem o processo de ensino-aprendizagem;
2) As principais teorias pedagógicas, como as de Piaget, Vygotsky, Freinet e Paulo Freire, e suas contribuições à compreensão da aprendizagem;
3) As bases filosóficas e ideológicas que fundamentam diferentes abordagens pedagógicas.
POSSIBILIDADES DE PRÁTICAS ASSOCIADAS PARA OS PROFESSORES PRINCIPIANTESProfessorPrincipiante
Este documento discute a possibilidade de ensinar matemática de forma interdisciplinar com arte para melhorar a compreensão dos alunos. As autoras descrevem uma atividade onde os alunos ampliaram obras de arte usando proporcionalidade e operações matemáticas. Os alunos desenvolveram melhor compreensão quando a matemática foi ensinada de forma prática e criativa através da arte. As autoras argumentam que abordagens interdisciplinares deveriam ser parte da formação inicial de professores.
A metodologia fílmica para a aprendizagem significativa Andréa Kochhann
Este ensaio foi produzido para o I Encontro de Cinema e Educação, realizado no dia 14 de março de 2014, na Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Pires do Rio, como parte das atividades do projeto de extensão "Cinema e Educação: uma experiência crítica na sala de aula", coordenado pela Prof. Ms. Andréa Kochhann da UnU de São Luís de Montes Belos em parceria com a Prof. Ms. Liberalina Teodoro Resende da UnU de Pires do Rio.
1) O documento discute as dificuldades de aprendizagem em matemática na percepção de professores e alunos do ensino fundamental.
2) Foi aplicado questionários para identificar as causas percebidas pelos professores e alunos de quatro escolas públicas em Taguatinga.
3) Os resultados indicaram que professores e alunos atribuíam as dificuldades a fatores externos como o aluno, o professor anterior ou a escola.
Significados do aprender e ensinar matemtica modulo 1lucilaineabitante
Este documento apresenta conceitos sobre aprender e ensinar matemática. Aborda o significado de ensinar matemática, conceitos sobre aprendizagem do conhecimento matemático e novos paradigmas para o ensino da matemática na perspectiva da educação matemática. Também discute o papel do professor como mediador do conhecimento matemático e objetos culturais para a realização da mediação.
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...Valmir Heckler
Este documento discute o ensino de Física em um curso de formação de professores de Matemática. Analisa como os alunos percebem a metodologia e o uso de tecnologias empregadas pelo professor de Física e se enxergam a aplicabilidade desta disciplina para o exercício da docência.
I. O documento discute as dimensões culturais, sociais, formativas e políticas que estruturam o currículo de matemática no ensino médio.
II. O objetivo é identificar estas dimensões e como elas interferem na organização do currículo de matemática prescrito e praticado.
III. A pesquisa será realizada por meio de revisão bibliográfica e documental de currículos de diferentes países.
1) O documento analisa como a probabilidade e estatística são tratadas nos currículos de matemática do ensino fundamental brasileiro.
2) Ele estabelece critérios como concepção, seleção de conceitos, abordagem e finalidades para analisar as propostas curriculares.
3) As propostas de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, além dos Parâmetros Curriculares Nacionais, são examinadas segundo esses critérios.
Slides da apresentação do Professor Doutor Cristiano Alberto MunizMatematica DF
O documento discute a importância da participação dos adultos no desenvolvimento da alfabetização matemática das crianças através de atividades fora da escola que estimulem o pensamento operatório e autônomo. Sugere que contar objetos, medir distâncias, participar de compras, manipular dinheiro e explorar jogos matemáticos podem ajudar as crianças a gostar de matemática.
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem melhor o conteúdo, aumentassem a transparência da publicidade política e fornecessem ferramentas para os usuários denunciarem conteúdo enganoso. No entanto, algumas organizações temem que as novas regras possam limitar a liberdade de expressão.
Dienes em defesa de um programa para a escola primária-lutas de representaçõesdenise. Medina
Este documento analisa propostas de Zoltan Dienes, Claude Gaulin e Lunkenbein para um programa de matemática para crianças. Ele discute representações do "ensino tradicional" versus o "ensino moderno" e as críticas feitas por esses autores ao ensino tradicional. Também apresenta discussões da Conferência de Hamburgo de 1966 sobre metodologias apropriadas para o ensino de matemática na escola primária.
Este documento fornece orientações teórico-metodológicas para o componente curricular "Novas Tecnologias" em um Curso Normal Médio. Ele discute a importância das novas tecnologias na formação de professores e propõe quatro unidades temáticas: 1) conceitos e princípios das tecnologias na educação, 2) linguagens midiáticas e formação de leitores críticos, 3) informática como apoio ao currículo, e 4) projetos educacionais e planejamento com tecnologias.
Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia no Brasil: Legiti...Solange Soares
O documento discute como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia no Brasil legitimam um modelo mercantilista de educação, influenciado pelas mudanças no mundo do trabalho e pelas políticas dos organismos internacionais como o Banco Mundial. As DCNs enfatizam resultados e produção, reduzindo a formação docente a aspectos técnicos e eficiência em detrimento da autonomia universitária e da formação crítica dos professores.
1) A resolução de problemas na educação matemática é importante para que os alunos aprendam a aplicar conceitos matemáticos em situações do mundo real.
2) As conexões sinápticas no cérebro são fundamentais para a compreensão e retenção dos conteúdos lógicos da matemática.
3) Um ensino efetivo de matemática deve estimular os alunos a desenvolverem raciocínio lógico para resolver problemas por conta própria.
Este documento descreve um estudo sobre um Programa de Residência Docente no Colégio Pedro II destinado a professores iniciantes. A literatura sobre professores iniciantes é revisada, destacando as principais características e dificuldades do período inicial da docência. O objetivo do estudo é compreender como o programa de residência está sendo implementado e o que significa para os professores iniciantes e supervisores participantes.
O documento discute conceitos-chave sobre ensino e aprendizagem no nível superior, incluindo: (1) Ensinar é criar condições para a aprendizagem, não apenas transmitir conhecimento; (2) A aprendizagem envolve a aquisição de novos padrões de pensamento e ação, não apenas informação; (3) No ensino superior, o foco deve ser na aprendizagem do estudante para desenvolver habilidades intelectuais e profissionais.
Este documento discute a metodologia dialética em sala de aula como uma alternativa à metodologia expositiva tradicional. A metodologia dialética enfatiza a construção ativa do conhecimento pelos alunos através da mobilização, análise e síntese, em oposição à mera transmissão passiva de informações. O documento explica os três momentos-chave da metodologia dialética: 1) mobilização para o conhecimento, 2) construção do conhecimento, e 3) elaboração da síntese do conhe
Este documento apresenta o programa de Matemática A para o 10o ano dos cursos científico-humanísticos em Portugal. O programa é organizado por grandes temas como números e geometria, funções reais e análise infinitesimal, e estatística e probabilidades. O objetivo é desenvolver competências matemáticas e atitudes como confiança, espírito crítico e gosto pelo aprendizado.
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...slucarz
Este documento descreve uma pesquisa realizada com professores do Ensino Fundamental sobre o ensino e aprendizagem da matemática. O objetivo foi analisar as concepções dos professores sobre conhecimento, matemática e ensino de matemática, e como essas concepções se refletem em suas práticas pedagógicas. A pesquisa foi baseada no conceito de professor reflexivo e utilizou instrumentos como encontros sistemáticos e entrevistas para coletar dados e promover a reflexão dos professores sobre sua prática.
Este documento discute a importância da formação matemática dos professores das séries iniciais do ensino fundamental. Argumenta que a disciplina Didática da Matemática deve preparar melhor esses professores para ensinar matemática de forma significativa e crítica. Também ressalta que é necessário repensar a estrutura dos cursos de licenciatura para fornecer uma formação inicial sólida em matemática e didática da matemática.
1) O documento discute a importância do conhecimento didático para o ensino, que estuda as relações entre o objeto de estudo, o aluno e o professor para garantir a aprendizagem.
2) A Argentina é destacada como o país mais avançado na América do Sul em pesquisas didáticas, que produzem conhecimentos aplicados rapidamente nas salas de aula.
3) As pesquisas didáticas ocorrem de duas formas, analisando práticas de sala de aula ou por meio de projetos intervencionistas,
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaFátima Noronha
1. O documento discute as teorias da aprendizagem de Gestalt, humanismo e behaviorismo, explicando seus princípios e aplicações na educação.
2. A teoria behaviorista vê a aprendizagem como um processo condicionado onde respostas são associadas a estímulos através de tentativas e erros.
3. As teorias destacam a importância de considerar fatores cognitivos e afetivos no ensino e aprendizagem, especialmente na matemática.
Este documento apresenta os principais conceitos e teorias da Didática, abordando:
1) Os princípios da Didática e sua evolução, assim como os aspectos que compõem o processo de ensino-aprendizagem;
2) As principais teorias pedagógicas, como as de Piaget, Vygotsky, Freinet e Paulo Freire, e suas contribuições à compreensão da aprendizagem;
3) As bases filosóficas e ideológicas que fundamentam diferentes abordagens pedagógicas.
POSSIBILIDADES DE PRÁTICAS ASSOCIADAS PARA OS PROFESSORES PRINCIPIANTESProfessorPrincipiante
Este documento discute a possibilidade de ensinar matemática de forma interdisciplinar com arte para melhorar a compreensão dos alunos. As autoras descrevem uma atividade onde os alunos ampliaram obras de arte usando proporcionalidade e operações matemáticas. Os alunos desenvolveram melhor compreensão quando a matemática foi ensinada de forma prática e criativa através da arte. As autoras argumentam que abordagens interdisciplinares deveriam ser parte da formação inicial de professores.
A metodologia fílmica para a aprendizagem significativa Andréa Kochhann
Este ensaio foi produzido para o I Encontro de Cinema e Educação, realizado no dia 14 de março de 2014, na Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Pires do Rio, como parte das atividades do projeto de extensão "Cinema e Educação: uma experiência crítica na sala de aula", coordenado pela Prof. Ms. Andréa Kochhann da UnU de São Luís de Montes Belos em parceria com a Prof. Ms. Liberalina Teodoro Resende da UnU de Pires do Rio.
1) O documento discute as dificuldades de aprendizagem em matemática na percepção de professores e alunos do ensino fundamental.
2) Foi aplicado questionários para identificar as causas percebidas pelos professores e alunos de quatro escolas públicas em Taguatinga.
3) Os resultados indicaram que professores e alunos atribuíam as dificuldades a fatores externos como o aluno, o professor anterior ou a escola.
Significados do aprender e ensinar matemtica modulo 1lucilaineabitante
Este documento apresenta conceitos sobre aprender e ensinar matemática. Aborda o significado de ensinar matemática, conceitos sobre aprendizagem do conhecimento matemático e novos paradigmas para o ensino da matemática na perspectiva da educação matemática. Também discute o papel do professor como mediador do conhecimento matemático e objetos culturais para a realização da mediação.
ENSINO DE FÍSICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: NECESSIDADE OU MAIS ...Valmir Heckler
Este documento discute o ensino de Física em um curso de formação de professores de Matemática. Analisa como os alunos percebem a metodologia e o uso de tecnologias empregadas pelo professor de Física e se enxergam a aplicabilidade desta disciplina para o exercício da docência.
I. O documento discute as dimensões culturais, sociais, formativas e políticas que estruturam o currículo de matemática no ensino médio.
II. O objetivo é identificar estas dimensões e como elas interferem na organização do currículo de matemática prescrito e praticado.
III. A pesquisa será realizada por meio de revisão bibliográfica e documental de currículos de diferentes países.
1) O documento analisa como a probabilidade e estatística são tratadas nos currículos de matemática do ensino fundamental brasileiro.
2) Ele estabelece critérios como concepção, seleção de conceitos, abordagem e finalidades para analisar as propostas curriculares.
3) As propostas de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, além dos Parâmetros Curriculares Nacionais, são examinadas segundo esses critérios.
Slides da apresentação do Professor Doutor Cristiano Alberto MunizMatematica DF
O documento discute a importância da participação dos adultos no desenvolvimento da alfabetização matemática das crianças através de atividades fora da escola que estimulem o pensamento operatório e autônomo. Sugere que contar objetos, medir distâncias, participar de compras, manipular dinheiro e explorar jogos matemáticos podem ajudar as crianças a gostar de matemática.
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem melhor o conteúdo, aumentassem a transparência da publicidade política e fornecessem ferramentas para os usuários denunciarem conteúdo enganoso. No entanto, algumas organizações temem que as novas regras possam limitar a liberdade de expressão.
Fundamentos e metodolodia de matemática atpsmassarioli
O documento discute a história da matemática, desde os primeiros desenvolvimentos em civilizações antigas até a construção moderna do conceito de número. Aborda como as crianças aprendem conceitos matemáticos básicos e a importância da numeralização para a vida cotidiana e participação na sociedade.
O documento discute os desafios da Educação Matemática como área de conhecimento em construção. Apresenta a trajetória da Educação Matemática no Brasil desde as décadas de 1930 e 1940, destacando figuras como Euclides Roxo e Júlio César de Mello e Souza. Também aborda as principais tendências que orientam a Educação Matemática mundialmente e os desafios de colocar em prática os avanços das pesquisas na área.
Fundamentos e metodologia do ensino de matemática.pptxGlacemi Loch
Este documento discute a importância do cálculo mental e diferentes estratégias para ensinar matemática de forma efetiva. Aborda teorias sobre como as crianças constroem o conceito de número e defende que a aprendizagem deve ser livre e estimular a autonomia do aluno. Também reflete sobre como situações do cotidiano podem ser usadas no ensino e analisa a relevância do uso de recursos como o ábaco.
1) O documento analisa as defasagens entre as exigências do currículo escolar e o nível de desenvolvimento cognitivo das crianças, com base na teoria do psicólogo Jean Piaget.
2) Piaget via o desenvolvimento cognitivo como um processo de interação entre o sujeito e o objeto, que passa por estágios sucessivos.
3) A autora argumenta que o currículo escolar deve levar em conta os estágios de desenvolvimento cognitivo descritos por Piaget.
Aprender e ensinar Matemática no Ensino Fundamentalvaldivina
O documento discute estratégias para ensinar matemática no ensino fundamental, enfatizando uma abordagem centrada no aluno. Ele explora como o papel do professor deve mudar de transmissor de conhecimento para organizador, consultor e mediador da aprendizagem dos alunos. Também discute a importância de resolver problemas, trabalhar em grupo e usar tecnologias como calculadoras e jogos para tornar a matemática mais significativa para os estudantes.
O documento discute a Educação Matemática como um campo profissional e científico, destacando seu surgimento a partir do movimento da Matemática Moderna nos anos 1950-1960 e o crescimento da pesquisa na área. Também aborda os objetos de estudo e objetivos da pesquisa em Educação Matemática, bem como tendências temáticas como processos de ensino-aprendizagem, mudanças curriculares e uso de tecnologias.
O documento discute possíveis temas para pesquisas colaborativas entre grupos de pesquisa em psicologia da educação matemática e educação matemática, incluindo: o papel da psicologia na formação de professores de matemática; dificuldades na aprendizagem de matemática em diferentes níveis de ensino; e aspectos metacognitivos e afetivos no ensino e aprendizagem da matemática.
Este documento apresenta a concepção de ensino da disciplina de Matemática para o 6o ano. Ele discute a importância de se ensinar Matemática por meio da resolução de problemas e da investigação matemática, privilegiando a participação ativa dos alunos. Também destaca a relevância de se trabalhar a história da Matemática em sala de aula para contextualizar os conteúdos e mostrar que se trata de uma ciência em constante evolução.
Este documento discute a proposta de uma nova abordagem metodológica para o ensino de equações de primeiro grau baseada na resolução de problemas. Primeiro, apresenta os fundamentos teóricos e a caracterização atual do processo de ensino-aprendizagem de matemática na 8a série. Em seguida, descreve a proposta metodológica, incluindo exemplos, e analisa os resultados de sua validação com alunos e professores. Por fim, apresenta conclusões e recomendações sobre como melhorar o ensino e aprendizagem deste conte
O ENSINO DE ÁLGEBRA FRENTE ÀS NOVAS CONCEPÇÕES METODOLÓGICAS DO ENSINO DE MAT...Robson S
O documento discute as influências das concepções do ensino de álgebra no Brasil ao longo do tempo. Aborda os principais obstáculos epistemológicos e didáticos no ensino de álgebra, as três concepções iniciais de ensino de álgebra no Brasil (linguística-pragmática, fundamentalista-estrutural, fundamentalista analógica), e as novas tendências metodológicas surgidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais para superar os problemas identificados no ensino de álgebra.
Resolucao de problemas um estudo sobre seu processo evolutivo nos eua china e...Educarede Ead
Este documento apresenta uma tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 2013. A tese realiza um estudo bibliográfico sobre a resolução de problemas no ensino da matemática nos Estados Unidos, China e Brasil, com o objetivo de tornar acessíveis aos professores as potencialidades dessa metodologia para o desenvolvimento de habilidades matemáticas dos alunos. A tese analisa a perspectiva histórica da resolução de problemas nos EUA e destaca contribuições de pesquisadores como Polya, Dew
1. O documento apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com estudantes de Educação Física sobre as atuações do psicólogo, pedagogo e psicopedagogo.
2. Os estudantes demonstraram não ter discutido em sua formação as diferenças entre psicólogo e pedagogo.
3. Quanto às atuações, os estudantes associaram o psicólogo a estudos de problemas emocionais e comportamentais e o pedagogo a educar e ensinar. Sobre o psicopedagogo, as respostas foram variadas.
Este documento descreve uma pesquisa sobre as transformações no ensino de matemática nas séries iniciais em São Paulo entre 1969-1979. Analisa publicações da Secretaria Municipal de Educação que propunham novas abordagens metodológicas baseadas no Movimento da Matemática Moderna, especialmente os trabalhos de Zoltan Paul Dienes. Busca entender como essas publicações construíram a necessidade de reforma e disseminaram as novas ideias para os professores.
O documento discute três pesquisas sobre as dificuldades dos alunos com matemática, analisando os significados que alunos e professores dão à matemática, usando essas dificuldades para melhorar a formação docente, e investigando fatores sociais que interferem no aprendizado matemático.
O documento discute a evolução do ensino da matemática no Brasil em três períodos: 1) Matemática Tradicional, até a década de 1950, focada em técnicas mecânicas e sem compreensão conceitual; 2) Matemática Moderna, nas décadas de 1960-1970, influenciada pelo formalismo e estruturalismo e buscando fundamentos conceituais; 3) Rumos atuais desde a década de 1980, procurando equilíbrio entre conceitos e aplicações práticas.
O documento descreve e analisa duas propostas educacionais: a Metodologia da Problematização e a Aprendizagem Baseada em Problemas. Embora desenvolvidas a partir de teorias distintas, ambas usam problemas como base para o ensino e aprendizagem. A Metodologia da Problematização leva os alunos a identificar problemas a partir da realidade, enquanto a Aprendizagem Baseada em Problemas usa problemas formulados por especialistas. As propostas são diferentes, mas oferecem novas oportunidades de aprendizagem aos
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...Augusto Bello
O documento discute uma pesquisa sobre ensino de matemática relacionada ao tema da obesidade com alunos do 9o ano. A pesquisa propôs abordar o assunto de forma interdisciplinar usando resolução de problemas e mostrou que os alunos acharam importante relacionar matemática com temas do dia a dia. Os resultados indicaram que a maioria dos alunos viu valor em aprender matemática de forma contextualizada.
1. O documento apresenta um capítulo sobre a construção do conceito de número, discutindo como as crianças desenvolvem habilidades como classificação, seriação e contagem desde cedo.
2. São apresentadas atividades com imagens que estimulam essas habilidades, como classificar objetos em grupos, ordenar uma série, comparar quantidades e contar objetos.
3. O desenvolvimento dessas habilidades é fundamental para a aprendizagem do conceito de número nos anos iniciais do ensino fundamental.
1. O documento apresenta um capítulo sobre a construção do conceito de número, discutindo como as crianças desenvolvem habilidades como contagem, classificação e correspondência que formam a base para a compreensão dos números.
2. São apresentadas atividades com imagens que estimulam essas habilidades em crianças, como seriação, classificação, quantificação, contagem, correspondência e reconhecimento.
3. O documento discute a importância dessas atividades desde a educação infantil para a consolidação do conceito de número nos anos in
A viabilidade da construção do conhecimentoslucarz
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Este documento apresenta um resumo da origem e evolução da matemática ao longo da história. Inicialmente, a matemática surgiu nos tempos pré-históricos como uma forma de contar e medir grandezas, desenvolvendo-se posteriormente sistemas numéricos complexos na Babilônia e no Egito. A matemática ganhou forma independente na Grécia antiga e avançou significativamente entre os séculos XVI e XIX, período em que surgem a álgebra e o cálculo infinitesimal. Nos dias atua
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Este documento apresenta um resumo da origem e evolução da matemática ao longo da história. Inicialmente, a matemática surgiu nos tempos pré-históricos como uma forma de contar e medir, e se desenvolveu na Babilônia e no Egito antigo. Na Grécia do século V a.C., a matemática começou a se desenvolver de forma independente, focando em áreas como aritmética e geometria. Ao longo dos séculos, a matemática continuou evoluindo e se expandindo, com contrib
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DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...ProfessorPrincipiante
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Semelhante a Artigo de psicologia e matematica (20)
1. Psicologia da educação matemática: um
ponto de vista
Psychology of mathematics education: a
point of view
Márcia Regina Ferreira de Brito1
RESUMO
A apresentação trata da evolução da chamada psicologia da educação
matemática no Brasil, traçando os temas e as linhas teóricas desenvolvidas
pelo grupo de pesquisa em psicologia e educação matemática da FE/UNI-
CAMP, surgido no final da década de setenta. Tendo como pano de fundo o
momento no qual eram desenvolvidos esses trabalhos, terão destaque para
traçar essa evolução os métodos de pesquisa empregados, os problemas
escolhidos e as teorias subjacentes, apontando as dificuldades encontradas.
Assim, iniciando com a formação de professores de matemática e com
os temas da psicologia educacional que são essenciais para formar “bons
pensadores”, serão abordados aspectos de desenvolvimento, aprendiza-
gem, ensino, desempenho e avaliação, com ênfase em: aprendizagem de
conceitos, solução de problemas, atitudes em relação à matemática e a
maneira como esses temas têm sido tratados. Serão ainda apresentados
alguns elementos que, de certa forma, têm dificultado a disseminação dos
resultados desses estudos.
Palavras-chave: psicologia da educação matemática brasileira; psicologia
e ensino-aprendizagem da matemática; produção científica grupo PSIEM/
UNICAMP.
ABSTRACT
The paper deals with some aspects of the history of the so called psychol-
ogy of the mathematics education in Brazil. It is focused on subjects and
theoretical approaches developed by the research group of psychology
1 Doutora em Psicologia. Professora livre-docente da Faculdade de Educação da Univer-
sidade Estadual de Campinas/UNICAMP, São Paulo, Brasil.
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR 29
2. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
and mathematics education FE/UNICAMP, whose activities began in the
late seventies. According to the context where those studies were carried
out, and in order to outline that history, the research methods, the chosen
problems and the supporting theories will be emphasized, and also the dif-
ficulties faced with. First of all, the question of the mathematics teacher’s
education and those constructs of the educational psychology is discussed,
which is relevant to the education of “good thinkers”, as: development,
learning, teaching, performance and assessment. Propositions about con-
cept learning, problem solving, attitudes regarding mathematics and how
these issues have been studied are underlined. Moreover, some elements
which bring about some difficulties to the dissemination of those research
results are presented.
Keywords: psychology of mathematics education in Brazil; psychology and
mathematics teaching and learning; scientific production of the PSIEM/
UNICAMP group.
Gostaria de agradecer o convite que me foi feito pela comissão organi-
zadora do evento para proferir a palestra inaugural desse simpósio que reúne
muitas das pessoas que fizeram a história da Educação Matemática no Brasil.
Os desencontros de caminhos e ideias e os múltiplos compromissos que a vida
nos impõe não permitem, muitas vezes, que a união de ideias leve rapidamente
ao avanço dessa área tão necessária ao desenvolvimento do País. Na pessoa das
Professoras Maria Lucia Faria Moro e Maria Tereza Carneiro Soares gostaria
de saudar a todos os presentes.
Gostaria, de maneira particular, de saudar o Professor Doutor Gérard
Vergnaud, figura central desse evento, que tem papel de destaque no avanço e
compreensão dos temas da Psicologia que são de fundamental importância para a
compreensão das aquisições de conceitos matemáticos, tanto no ambiente escolar
como fora dele. Pesquisador reconhecido no cenário internacional, contribuiu
de maneira inquestionável na formação de pesquisadores brasileiros, seja pela
abertura à participação desses em seu grupo, como pela leitura e estudos de
seus escritos.
Quando a Professora Maria Lucia me convidou para essa palestra, a tarefa
me pareceu bastante simples, talvez pela distância no tempo. Porém, à medida
que o tempo se esgotava e fiel a um princípio muito importante da aprendiza-
gem, que é o tempo que um indivíduo é capaz de manter seu foco de atenção
em um único elemento, me deparei com a difícil tarefa de apresentar em 50
minutos meu ponto de vista sobre a evolução do nosso grupo de Psicologia da
Educação Matemática desde o surgimento, no final da década de setenta, até o
momento atual. Restringindo muito os tópicos que poderiam ser tratados, em
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
30
3. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
minha fala, com certeza, essa exposição deixará de lado aspectos importantes
da área e, desde já, peço desculpas por isso.
Desenvolvimento de trabalhos na área de Educação Matemática
Em 1976, quando conclui minha dissertação de mestrado sobre a solução
de problemas, tendo como sujeitos estudantes de graduação de Matemática, Quí-
mica e Física, os estudos a respeito do pensamento matemático, da capacidade
de solucionar problemas, das maneiras de aprender e processar a informação
na área de Exatas e Tecnológicas passaram a ser o foco de minha atenção.
Nessa mesma época, 1976, participei do projeto LOGO na UNICAMP. Minha
atividade no projeto consistia em acompanhar as crianças durante a execução
de tarefas que envolviam a geometria, anotando as questões levantadas por elas,
as respostas dadas e perguntando-lhes por que haviam escolhido aquela forma
de atuação. Ainda em 1976, por sugestão do Professor Ubiratan D’Ambrósio,
comecei a acompanhar os trabalhos internacionais sobre solução de problemas
e matemática. Em 1978, juntamente com alguns professores das licenciaturas da
Faculdade de Educação e alguns professores do IMECC/UNICAMP, elaboramos
o Projeto Integrado de Matemática que, infelizmente, não produziu bons resul-
tados. Nesse período era professora da disciplina Psicologia da Aprendizagem
I para alunos de Ciências Exatas e as teorias apresentadas eram as teorias de
condicionamento, particularmente a teoria operante de Skinner e a teoria da
aprendizagem cumulativa de Robert Gagné.
Durante o período de mestrado e doutorado, sempre sob orientação de
Joel Martins, tive oportunidade de assistir aos cursos de David Ausubel sobre
aprendizagem significativa e, também, os de Amedeo Giorgi a respeito da feno-
menologia. As ideias desses autores moldaram de certa forma os trabalhos que
desenvolvo. Durante o doutorado me dediquei aos estudos da fenomenologia com
o professor Joel que então iniciava seus trabalhos na área. Aluna de um curso
de psicologia no início da década de setenta (cujo caráter era eminentemente
behaviorista), fui contratada pela UNICAMP em 1974 para dar aulas sobre as
teorias de condicionamento. No mestrado estabeleci uma comparação entre a
aprendizagem significativa e aquela por tentativa e erro, usando para tanto a
solução de problemas. Esse trabalho me levou a estabelecer as relações entre o
comportamento e a cognição, superando a dicotomia que nos é ensinada e que
contrapõe aquelas teorias, dicotomia esta que não permite aos estudantes visu-
alizar as profundas relações que existem entre aquelas dimensões. A salientar
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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4. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
que, na verdade, para um bom entendimento sobre o que é o processamento
da informação, o pesquisador precisa conhecer profundamente a abordagem
comportamental.
Após concluir o doutorado iniciei minhas atividades na pós-graduação.
Exceto por dois trabalhos de doutorado, três de pós-doutorado e quatro de
mestrado, todos os estudos realizados no grupo de Psicologia da Educação
Matemática da FE/UNICAMP são trabalhos que, do ponto de vista da psico-
logia educacional, são da área da psicologia aplicada à aprendizagem – ensino
de matemática. Foram vinte teses de doutorado (treze estudantes graduados em
Matemática, dois em Estatística, um em Pedagogia e três em Psicologia); vinte
e duas dissertações de mestrado (doze estudantes graduados em Matemática,
um em Estatística, seis em Pedagogia e três em Psicologia); seis trabalhos de
iniciação científica; uma monografia de final de curso e um pós-doutorado. Essas
cinquenta pesquisas acompanham a evolução do grupo e, juntamente com os
dezessete trabalhos supervisionados pela professora Lucila Fini, perfazem um
total de sessenta e sete pesquisas concluídas nos vinte e cinco anos de existência
do grupo. Além disso, vale ressaltar que o grupo de Psicologia da Educação
Matemática da UNICAMP foi registrado junto ao CNPq desde o início do
Diretório dos Grupos de Pesquisa em 1986.
Em 1996, o grupo de Psicologia Educacional da ANPEPP (Associação
Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia) subdividiu-se em vários
outros, dada a diversidade de assuntos abordados. Foi então proposto o grupo
de Psicologia da Educação Matemática que congregava pesquisadores das
Faculdades de Educação e de cursos de Psicologia da UFPR, UFRJ, UFPE,
UNESP, UNICAMP, UCDB e PUCSP. Esse grupo produziu trabalhos e encon-
tros importantes, mas a proposta original da associação, que era a discussão dos
pesquisadores de programas de pós-graduação, não existe mais e, a meu ver, o
grupo passou a ser um congresso a mais. O grupo de pesquisa em Psicologia da
Educação Matemática da ANPEPP foi formado a partir do interesse comum em
estudar, do ponto de vista das teorias cognitivas: o desenvolvimento do pensa-
mento matemático, a aquisição e a retenção do conhecimento matemático, as
relações entre a Matemática e as demais disciplinas e aspectos relacionados ao
ensino dessa disciplina, particularmente em relação à afetividade e à motivação.
Com relação aos aspectos teóricos do grupo PSIEM (Psicologia e Edu-
cação Matemática) da UNICAMP, inicialmente os estudos eram centrados
mais em formação de conceitos e solução de problemas, usando o modelo de
aprendizagem cumulativa de Robert Gagné e comparando os níveis de desen-
volvimento cognitivo com base nos estudos de Klausmeier e Nelson. Especial
ênfase sempre foi dada à passagem do conceito como construto mental (próprio
de cada sujeito) para o construto como entidade pública (conhecimento que é
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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5. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
ensinado nas escolas e aceito pelos pesquisadores da área), pois essa passagem
é um ponto crítico da aprendizagem.
A seguir, no final da década de oitenta, a partir da leitura dos trabalhos de
Albert Bandura, comecei a me interessar pela teoria social cognitiva e iniciei um
projeto a respeito das atitudes em relação à Matemática. Elaborei uma revisão
detalhada a respeito do tema chegando até os primeiros estudos realizados na
década de quarenta a respeito da ansiedade matemática. Interessante notar que
só agora, quase vinte anos depois do início desses trabalhos pelo grupo, o tema
começa a ser mencionado pelos gestores. Por exemplo, o Secretário de Educação
de São Paulo afirmou em reportagem jornalística recente que as crianças de
sexta e sétima série foram mal no exame de Matemática (SARESP ou SAEB)
devido à passagem da Aritmética para a Álgebra. Esse foi o recorte feito da
pesquisa sobre atitudes que apresentei em evento do PME (Grupo Internacional
de Psicologia da Educação Matemática) no Recife. Vários trabalhos do grupo
PSIEM (UTSUMI, 2000; QUINTILIANO, 2005 entre outros) mostraram o
mesmo resultado. Um outro exemplo é o da opção profissional, isto é, a escolha
por cursos que envolvem matemática. Na reunião do CONFEA (Confederação
dos Engenheiros e Arquitetos do Brasil), realizada recentemente em Brasília, o
presidente dessa entidade apontou a importância da matemática para a formação
do engenheiro.
Alguns aspectos conceituais
Passarei agora a tratar de aspectos mais conceituais do que se convencionou
chamar de psicologia da educação matemática. Uma primeira observação, que
me permito fazer, é que muitas vezes me causa inquietação o uso da denomina-
ção “psicologia da educação matemática”, pois isso remete à segmentação de
uma área dando a impressão (falsa) de que existe uma psicologia educacional
diferente e exclusiva da matemática, quando na verdade o mais adequado seria
nos referirmos à psicologia educacional e matemática escolar. Neste caso, esta-
ríamos mais vinculados àquilo que Robert Gagné tão propriamente chamou de
domínio de área. A psicologia da educação matemática trata, basicamente, da
aplicação da psicologia educacional à matemática, prioritariamente à matemática
escolar. Acompanhando os trabalhos do PME durante muito tempo, observei que
gradativamente foram sendo deixados de lado os estudos a respeito dos aspectos
psicológicos, a favor da ênfase apenas no ensino de matemática. Em minha
opinião, o PME hoje é muito mais um encontro de Didática da Matemática do
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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6. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
que uma ocasião de discussão aprofundada a respeito da psicologia educacional
aplicada ao ensino da matemática.
Outro aspecto que merece ser destacado é a maneira de se abordar um
problema de pesquisa e como os resultados são divulgados. Ao invés de buscar
um problema, ler toda a literatura a respeito e daí extrair o método mais adequado
para colher informações a respeito do tema e a melhor maneira de fundamentar
o estudo, muitos pesquisadores escolhem um caminho diferente que pode levar a
resultados equivocados. Em primeiro lugar é escolhido um tema (que nem sempre
constitui um problema de pesquisa), adotado um procedimento de pesquisa e
posteriormente tenta-se encaixar o resultado na teoria previamente escolhida.
Essa maneira de fazer pesquisa leva a resultados que não correspondem à reali-
dade e, de certa maneira, acabam influindo negativamente no ambiente escolar.
É inegável a importância da relação entre a aprendizagem informal
proporcionada pelos eventos e relações do cotidiano e a aprendizagem formal
acadêmica. A importância das aprendizagens anteriores (cognitivas, afetivas e
comportamentais) trazidas para as instituições escolares e a importância das
aprendizagens informais é reconhecida na literatura, em geral. Relacionada à
natureza da aprendizagem, é consagrada a proposição de que se constrói o co-
nhecimento complexo a partir das experiências, pois os esquemas mentais são
construídos em uma hierarquia cada vez mais complexa, sendo a aprendizagem
entendida como ativa, volitiva e mediada interna e socialmente. A aprendizagem
é um processo de descoberta, de construção pessoal e de significados comparti-
lhados, que são obtidos a partir da informação e da experiência, filtrados pelas
percepções, sentimentos e pensamentos, bem como da negociação com os outros.
O conhecimento escolar construído pelo sujeito usa formas significativas
próprias a partir do estabelecimento de elos significativos entre o novo material
e os elementos já presentes na estrutura cognitiva. Nessa concepção, tem des-
taque o papel do professor e o contexto no qual a aprendizagem ocorre, sendo
esta aprendizagem fortemente influenciada pelos fatores ambientais (cultura,
tecnologia e práticas educacionais). Cabe ao professor atuar como mediador entre
o ambiente e os sujeitos da aprendizagem buscando conhecer os aspectos ine-
rentes ao contexto e considerá-los ao elaborar o planejamento da sua disciplina.
Além disso, os professores necessitam conhecer e compreender os dife-
rentes tipos de pensamento e buscar formas de aplicar esse entendimento dire-
tamente ao ensino. Necessitam também adquirir familiaridade com os três tipos
de pensamento da teoria triádica (pensamento analítico, pensamento criativo e
pensamento prático), pois estes são poderosas ferramentas para os estudantes,
tanto na sala de aula como fora dela.
Nessa concepção, o objetivo principal da escola é o de formar bons
pensadores. Assim, os professores, além de dominar o conteúdo específico
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
34
7. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
que ensinam e os recursos metodológicos também devem conhecer e ensinar
processos de pensamento, apoiados na crença de que levar os estudantes a
desenvolver plenamente o potencial de pensamento é um dos objetivos mais
importantes da educação.
Em adição a estes aspectos da aprendizagem cumpre destacar o papel da
motivação intrínseca para aprender, que reflete aspectos inerentes ao aprendiz
e à tarefa de aprendizagem. A curiosidade natural leva a maioria dos sujeitos a
gostar de aprender situações novas e desafiadoras sendo que estas despertam a
criatividade, a curiosidade e a intuição. Mas isso se mantém ao longo dos anos,
acompanhando os estudantes até a Universidade? Existe considerável evidência
empírica mostrando que as tarefas que são identificadas com o cotidiano e com
a atividade profissional futura são percebidas como interessantes, relevantes
e significativas, são motivadoras e levam ao desenvolvimento da flexibilidade
de pensamento. Deve ser considerado, ainda, se o grau de dificuldade e a
complexidade da tarefa são apropriados às habilidades do aprendiz e ao nível
de desenvolvimento conceitual exigido.
Um outro aspecto a ser considerado refere-se ao papel da motivação e
às relações desta com o esforço que o estudante se dispõe a empregar em uma
determinada tarefa. Muito provavelmente, o estabelecimento de relações entre
o cotidiano dos sujeitos e o conteúdo formal da disciplina facilita a aquisição
do conhecimento complexo.
Porém, será impossível aqui, no breve espaço de tempo disponível, traba-
lhar com fatores tão complexos como alguns dos já mencionados. Em adição,
e para os propósitos dessa apresentação, é necessário que sejam entendidos
alguns conceitos, pois é em torno deles que essa apresentação será desenvolvida.
Alguns conceitos essenciais
Desde seus primórdios, a psicologia, independente da abordagem, discorre
sobre temas como maturação, desenvolvimento, aprendizagem, ensino e solução
de problemas, existindo numerosos estudos que tratam desta diferenciação.
Embora não haja acordo total sobre as definições e processos envolvidos, pode-
se verificar uma série de elementos comuns sobre os quais parece não haver
nenhuma discordância.
Gostaria de abrir um rápido parêntese para destacar a importância da
distinção entre teorias implícitas e teorias explícitas. Em uma diferenciação
extremamente simplificada, podemos dizer que a primeira refere-se ao conheci-
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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8. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
mento que qualquer indivíduo apresenta sobre um determinado tema, enquanto
a segunda é baseada em evidências que dependem de comprovação e aceitação.
Se perguntarmos a várias pessoas o que entendem por aprendizagem, elas terão
alguma resposta elaborada a partir de suas próprias experiências. Mas isso não
significa que seja a resposta estabelecida pela ciência psicológica nem que ex-
presse o significado estabelecido e aceito pelos pesquisadores da área. No caso
da psicologia da educação matemática muitas vezes as definições estão mais
próximas de teorias implícitas do que de teorias explícitas, e é necessário que
os pesquisadores tenham cautela no trato desses conceitos.
Maturação se refere a um incremento na capacidade dos indivíduos, sendo
estas ocorrências verificadas na ausência de uma experiência específica de apren-
dizagem. São ocorrências que podem ser atribuídas às experiências acidentais
e/ou às influências genéticas que afetam o substrato neuroanatômico e neurofi-
siológico do comportamento, da percepção, da memória e assim sucessivamente
(AUSUBEL; NOVACK; HANESIAN, 1978) (ver também, BRITO, 2001).
Termos como aprendizagem, desenvolvimento e aquisição de competên-
cias, que são essenciais para a compreensão das situações escolares, apresentam
divergências entre diferentes autores, porém com relação à aprendizagem os
autores concordam que aprendizagem:
a) refere-se ao aparecimento de algo novo (destreza, função ou nível);
logo, aprendizagem implica mudança;
b) implica procedimentos contínuos e descontínuos;
c) que supõem uma direcionalidade.
A aprendizagem é um processo que envolve as esferas cognitiva, afetiva
e motora e pode ser inferida a partir de mudanças relativamente permanentes
no comportamento, resultantes da prática; porém, estas mudanças não podem
ser confundidas com as mudanças causadas pela maturação biológica ou pela
atuação de fatores externos como drogas e fadiga.
A maneira como a aprendizagem acontece (o “momento” em que o
indivíduo aprende alguma coisa, se é que podemos falar isso) é diferente da
maneira como ele vai incorporar esta nova aprendizagem, possibilitando uma
maior ou menor retenção do material aprendido e uma maior ou menor trans-
ferência dessa aprendizagem para novas situações e seu posterior uso. Assim,
‘tipo de aprendizagem’ refere-se aos mecanismos disponibilizados e exigidos
por diferentes situações e “formas de aprendizagem” (mecânica e significativa);
também refere-se à maneira como os novos elementos aprendidos são retidos
na estrutura cognitiva.
Isso significa que, dependendo do que vai ser aprendido, diferentes meca-
nismos de aprendizagem serão acionados e, dependendo da situação na qual a
aprendizagem ocorre, o objeto a ser aprendido será processado diferentemente,
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
36
9. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
além de incorporado e retido na estrutura cognitiva de formas distintas. Aqui,
“situação de aprendizagem” deve ser entendida como todos os componentes
externos e internos ao aprendiz, particularmente as experiências passadas.
Além disso, deve ser considerado que existem diferentes tipos de apren-
dizagem e que nem todas as coisas são aprendidas da mesma maneira. Decorar
um poema é diferente de aprender um algoritmo e ser capaz de aplicar esse
algoritmo a problemas semelhantes, transferindo assim a aprendizagem de uma
situação para outra.
Podemos considerar que existem os seguintes tipos de aprendizagem
que vão ser disponibilizados de acordo com a tarefa e o material apresentado:
aprendizagem de sinais (maioria das reações fisiológicas); aprendizagem de
estímulo – resposta; aprendizagem de cadeias motoras e verbais; aprendizagem
de discriminações e generalizações; aprendizagem de conceitos e aprendizagem
de princípios.
A solução de problemas não é considerada um tipo de aprendizagem, mas
sim a reorganização dos conceitos e princípios na estrutura cognitiva.
Em adição aos tipos de aprendizagem, Gagné (1971) propôs a divisão em
domínios de aprendizagem que seriam os seguintes: 1. habilidades motoras;
2. informação verbal; 3. habilidades intelectuais; 4. estratégias cognitivas; e,
5. atitudes. É nessa direção que foram e são desenvolvidos nossos trabalhos,
seguindo prioritariamente os princípios de ensino centrados no estudante, que
apontam as direções relativas à psicologia que os professores deveriam seguir.
Aprendizagem de conceitos e solução de problemas
A solução de problemas é entendida como uma forma complexa de com-
binação dos mecanismos cognitivos disponibilizados a partir do momento em
que o sujeito se depara com uma situação para a qual precisa buscar alternativas
de solução.
Pode ser definida como um processo cognitivo que visa transformar uma
dada situação em uma situação dirigida a um objetivo, quando um método
óbvio de solução não está disponível para o solucionador. Apresenta quatro
características básicas: é cognitiva, é um processo, é dirigida a um objetivo e
é pessoal, pois depende do conhecimento prévio do indivíduo (BRITO, 2000).
A solução de problemas é altamente dependente dos conceitos e princípios an-
teriormente aprendidos. Estes, disponibilizados na memória e combinados de
forma a levar ao resultado final, permitem que a estrutura cognitiva se amplie e
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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10. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
inclua os elementos novos, sejam os relativos ao conhecimento declarativo ou
ao conhecimento de procedimentos (Figura 1).
FIGURA 1 - O PENSAMENTO E A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Etapas da solução de problema
A solução de problemas refere-se a uma atividade mental superior ou de
alto nível e envolve o uso de conceitos e princípios necessários para atingir a
solução. Pela estreita relação entre a solução de problemas (do ponto de vista
da psicologia) e as exigências das disciplinas escolares, o entendimento sobre a
solução de problemas teve um grande avanço; para isso contribuíram os estudos
sobre inteligência, o desenvolvimento de testes psicológicos e toda a pesquisa
desenvolvida ao longo do século passado.
Ao solucionar um problema matemático o indivíduo inicialmente perce-
be, tanto de maneira analítica como sintética, os elementos que o compõem.
A percepção analítica é caracterizada pelo isolamento de diferentes elementos
do problema, acesso diferenciado e estabelecimento de hierarquia entre eles. A
percepção sintética ocorre à medida que o sujeito vai estabelecendo combinações
e relações entre elementos componentes do problema.
Em um estudo onde os estudantes foram solicitados a descrever como
haviam pensado para solucionar problemas, houve acentuada concordância de
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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11. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
que a primeira etapa era a leitura cuidadosa do enunciado; em seguida, a tentativa
de estabelecer elos entre a nova situação e outras semelhantes com as quais já
tivesse se defrontado anteriormente, buscando, na memória de longo prazo, os
elementos relacionados para, em seguida, testar a solução. Nas pesquisas sobre
solução de problemas, realizadas pelo PSIEM, foi verificado que à medida que
os estudantes avançam na escolaridade, mostram-se cada vez mais capazes de
descrever as etapas pelas quais passa o pensamento, percebendo-os claramente.
Para que os estudantes construam formas eficazes de trabalhar com pro-
blemas e atinjam um domínio das tarefas inerentes às disciplinas, faz-se neces-
sário que, desde o ingresso na escola, sejam levados a trabalhar com problemas
desafiadores que os levem ao desenvolvimento de um pensamento flexível e
produtivo na solução de problemas de diferentes tipos.
Ao trabalhar com a solução de problemas, o professor precisa estar atento
às etapas pelas quais passa o estudante, isto é, com quais tarefas cognitivas ele
se defronta:
1. Compreensão do texto;
2. Representação do problema;
3. Categorização do problema;
4. Estimativa de solução;
5. Planejamento da solução;
6. Autoavaliação do procedimento;
7. Autoavaliação do cálculo;
8. Redação da resposta, que leva o aluno a uma nova leitura da propo-
sição do problema e compreensão do texto.
A solução de um problema se configura quando um indivíduo, frente a
uma determinada situação, busca mecanismos significativos para atingir um
resultado satisfatório, problematizando um ou mais aspectos, convertendo os
elementos significativos disponíveis em dados do problema a ser solucionado,
dirigindo o pensamento e o esforço mental na busca de mecanismos que per-
mitam re-estabelecer o equilíbrio na estrutura cognitiva. É através da busca de
possibilidades para se atingir um estado final desejado que se torna possível
perceber os mecanismos de solução.
A pesquisa a respeito da solução de problemas matemáticos é importante
porque a atividade de solução pode evidenciar diversas reações e processos cog-
nitivos superiores, dentre os quais: a percepção, a representação, a imaginação
e a formação de imagem mental, a retenção e a recuperação de informações
Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. Especial 1/2011, p. 29-45, 2011. Editora UFPR
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12. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
contidas na memória. Krutetskii (1976), ao elaborar a representação de um
problema, apontou que indivíduos matematicamente habilidosos são capazes
de diferenciar claramente três elementos em um problema:
1. As relações que possuem significado matemático básico.
2. As quantidades não essenciais para aquele tipo de problema, mas
que são essenciais naquela variante.
3. As quantidades supérfluas para aquele problema específico.
Assim, percebem o material matemático contido no enunciado verbal de
um problema de forma analítica (isolando diferentes elementos da estrutura,
acessando-os de maneira diferenciada, sistematizando-os e determinando sua
hierarquia), e de forma sintética (combinando os elementos, estabelecendo,
simultaneamente, relações matemáticas e funções de dependência entre eles).
A representação de um problema matemático é constituída por vários determi-
nantes, sendo a experiência anterior um dos principais.
Solicitado a solucionar um problema, o indivíduo forma uma representa-
ção do mesmo. Faz isso recuperando na memória os procedimentos adequados
aplicáveis àquela situação. Esses procedimentos são espécies de “guias” e é
exatamente essa representação que vai orientar a recordação sobre quais os
procedimentos necessários para se atingir a solução. Assim, durante a solução
de problemas alguns processos cognitivos superiores podem ser evidenciados,
dentre eles a percepção, a representação, e a memória.
Para Sternberg (2000), a percepção consiste de um conjunto de processos
psicológicos, pelos quais as pessoas reconhecem, organizam, sintetizam e for-
necem significação, em nível cognitivo, às sensações recebidas dos estímulos
ambientais, através dos órgãos dos sentidos. A percepção pode ser tratada de
acordo com duas perspectivas: percepção construtiva e percepção direta. A
percepção construtiva, ou inteligente, admite que o sujeito crie a percepção (a
compreensão cognitiva) usando, a partir do estímulo, a informação sensorial,
vista como fundamento da estrutura perceptual, além de utilizar outras fontes
de informação. Nesta teoria, o pensamento de ordem superior é relevante na
construção da percepção e, durante essa construção, várias hipóteses são testadas.
Existe, portanto, uma interação entre a inteligência e os processos perceptivos;
por isso também aquela percepção é chamada de percepção inteligente. Na
teoria da percepção direta, as informações e o contexto são necessários e sufi-
cientes para a formação da percepção, e os indícios necessários à construção da
percepção são estritamente inerentes ao estímulo (ver ALVES; BRITO, 2007).
A representação do conhecimento, segundo Sternberg (2000), é a forma
pela qual o sujeito conhece objetos, eventos e ideias que são externos à sua
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13. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
estrutura cognitiva. A representação compreende várias formas do pensamento
e permite criar e modificar as estruturas do conhecimento declarativo e de pro-
cedimento que o sujeito possui. Este processo cognitivo difere de acordo com
a natureza do conhecimento, ou o conhecimento declarativo (corpo organizado
de informações factuais), ou o conhecimento de procedimentos (algoritmos de
execução de uma tarefa).
A representação do conhecimento declarativo é baseada no constructo de
esquemas (estruturas mentais que representam o conhecimento, abrangendo
uma série de conceitos inter-relacionados em uma organização significativa).
As regras de produção, do tipo “se-então”, são utilizadas para representar o
conhecimento de procedimentos. A cláusula “se” da regra inclui um conjunto
de condições que devem ser atendidas a fim de levar o sistema a executar a
cláusula “então”. A cláusula “então” corresponde a uma ação ou um conjunto
de ações (STERNBERG, 2000).
Memória, segundo Baddeley (1999), é um sistema de armazenamento e
recuperação da informação obtida através dos sentidos. Embora a palavra me-
mória sugira a existência de um termo unitário, trata-se de um sistema múltiplo,
pois não existe um único sistema, mas muitos; estes variam desde pequenos
armazenamentos momentâneos, ao sistema de memória de longo prazo, que
parece exceder extensamente em capacidade e flexibilidade ao maior ordenador
disponível. Trata-se de um mecanismo capaz de realizar a retenção de conhe-
cimentos de qualquer tipo que, em algum momento, o sujeito possuiu. Além
da capacidade aparentemente ilimitada, são suas características fundamentais
a persistência duradoura de seus conteúdos e a pluralidade de códigos (devido
à capacidade de retenção de conhecimentos de naturezas distintas, por diferen-
tes meios para a aquisição), ainda que exista um predomínio de codificações
semânticas.
Afetividade: atitudes, crenças de autoeficácia em relação à mate-
mática e autorregulação da aprendizagem
O estudo das emoções voltou à literatura em psicologia educacional e,
no Brasil, hoje, já existem muitos trabalhos relacionados a atitudes, crenças e
concepções. Aliados a isso, há estudos sobre influências da família, do gênero,
do tipo de escola dentre outros. Todo esse conjunto de variáveis influi na opção
profissional, particularmente nas carreiras que envolvem a matemática.
Assim como as atitudes apresentam relação com a ansiedade, também
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14. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
outros aspectos da emoção estão presentes e diretamente associados ao com-
portamento ansioso em relação à escola. Vários pesquisadores, particularmente
os ligados à área de psicologia da educação matemática, estão desenvolvendo
estudos e programas de acompanhamento voltados à redução da ansiedade ma-
temática e ao desenvolvimento de atitudes positivas em relação à matemática.
À medida que o indivíduo avança na escolaridade, ele vai desenvolvendo
crenças, valores e atitudes em relação às diferentes disciplinas, e estas variam
em intensidade. O desenvolvimento das atitudes está diretamente relacionado
ao afeto, enquanto as crenças e valores estão mais relacionados ao compo-
nente cognitivo. Entretanto, não existe uma demarcação “palpável” entre os
componentes afetivo, cognitivo e conativo, pois estes são interdependentes. O
componente afetivo da atitude com relação à matemática inclui as emoções e os
sentimentos, particularmente o afeto que o indivíduo sente frente a determinado
fato, evento, objeto ou situação. É o gostar ou não de um determinado objeto (no
caso, a matemática). O componente cognitivo refere-se ao conhecimento que
o indivíduo tem a respeito do objeto. O componente cognitivo inclui também
avaliações e apreciações feitas a respeito do objeto, sendo estas baseadas em
argumentos racionais. O componente conativo refere-se à manifestação expressa
do conhecimento e do afeto; o componente comportamental é o canal através
do qual a atitude se expressa.
Ao apresentar atitudes negativas em relação à matemática, o estudante
passa a apresentar comportamentos que vão desde um insucesso temporário até
um grau extremo de aversão à disciplina. Os graus de afeto e emoção variam
com a quantidade de experiências que os indivíduos desenvolvem ao longo dos
anos escolares. O PSIEM acumulou ao longo de vinte anos mais de dez mil
protocolos de estudantes dos diversos níveis de escolaridade com dados sobre
essas dimensões. Foram desenvolvidas escalas diferenciadas de avaliação dessas
dimensões em relação à estatística, geometria, frações, análise, álgebra, cálculo,
por exemplo. Como afirmado anteriormente, esses trabalhos são analisados de
forma qualitativa e quantitativa.
A questão das habilidades
Qualquer instituição escolar tem como uma de suas funções (a principal,
em minha opinião) desenvolver plenamente o potencial dos estudantes a partir
de suas habilidades, levando-os a adquirir as competências necessárias para
atuar em um mundo em constante transformação. Isso, aliado à ideia de formar
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15. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
“bons pensadores”, torna-se o objetivo central da educação.
O estudo das habilidades e da inteligência sempre ocupou um papel central
na Psicologia e no grupo PSIEM, desde 1992, pela constatação da existência
de diferenças nas maneiras de responder às exigências das tarefas matemáticas
apresentadas e de processar a informação. Alguns trabalhos passaram a ter como
problema central o estudo das habilidades matemáticas (com base na teoria
de Krutetskii) e o papel desempenhado pela inteligência no processamento da
informação (a partir dos estudos de Sternberg e Grigorenko).
Existe mais de uma maneira de definir o que é habilidade. Em primeiro
lugar, habilidade é entendida como descrição, ou seja, o termo habilidade é usado
para descrever ou fazer afirmações sobre o que a pessoa é capaz de fazer; por
exemplo, dizemos que alguém possui habilidade musical ou “habilidade-para-
tocar-piano”. Em segundo lugar, habilidade é entendida como explicação e, neste
caso, as afirmações buscam explicar por que as pessoas fazem algo; por exemplo,
o que uma pessoa possui que a torna hábil no tocar piano. A questão central das
habilidades deve referir-se ao entendimento de como podemos executar certas
atividades e não à descrição do que somos capazes de fazer.
O modelo mental das habilidades humanas refere-se não apenas à descrição
daquilo que podemos executar, mas também a tudo aquilo que nos capacita a
realizar determinadas tarefas com sucesso. Quando falamos de habilidade, es-
tamos nos referindo sempre à descrição de uma atividade; por exemplo, fazer a
modelagem de uma peça de vestuário. Mas também é importante a explicação
do que é necessário para que o indivíduo consiga realizar essa atividade; por
exemplo, destreza manual e conhecimento geométrico intuitivo são importantes
para fazer a modelagem de uma peça de vestuário? Por quê?
Também é importante considerar os tipos de habilidades propostos por
Sternberg (2000), que são: habilidade analítica, habilidade criativa e habilidade
prática (“intuitiva”), além das variáveis do contexto. Todas as atividades apre-
sentam um inter-relacionamento de habilidades e sub-habilidades, sendo que os
componentes de uma habilidade só aparecem durante a execução de uma tarefa
relacionada. Na caracterização dessas atividades relacionadas temos:
a) habilidade analítica: analisar teorias, criticar experimentos, avaliar
conceitos.
b) habilidade criativa: gerar novas teorias, elaborar novos experimentos,
imaginar como as teorias necessitariam ser modificadas se certos pressupostos
mudassem.
c) habilidade prática: usar os conceitos, teorias e dados para conhecer e
melhorar a vida cotidiana e o contexto de inserção.
Porém, o que geralmente ocorre é que a escola está mais interessada em
desenvolver a habilidade analítica e o pensamento crítico, deixando os demais
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16. BRITO, M. R. F de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
aspectos fora das atividades.
As habilidades são entendidas como estruturas mentais complexas que
constituem uma síntese das propriedades e qualidades da mente; logo, incluem
diversos aspectos desenvolvidos durante a execução adequada de uma atividade.
Considerando que a função da escola é formar bons pensadores, é necessário
que estas habilidades sejam desenvolvidas durante as aulas através de atividades
planejadas, estruturadas e elaboradas em conjunto pelos professores, devendo
perpassar todas as disciplinas.
Para encerrar, eis alguns exemplos de componentes da habilidade mate-
mática:
• habilidade para pensar logicamente, na área das relações espaciais e
quantitativas, dos números e símbolos alfabéticos e para pensar em
símbolos matemáticos;
• habilidade para generalizar de forma abrangente e rápida os conteú-
dos matemáticos, as relações e as operações;
• habilidade para “resumir” os processos matemáticos e os sistemas
correspondentes de operações, além da habilidade para pensar atra-
vés de estruturas reduzidas.
Com relação às habilidades, os pesquisadores concordam que é necessário
distinguir entre a habilidade escolar, comum para dominar a informação de
uma área, reproduzi-la e usá-la independentemente (habilidade acadêmica), e
a habilidade criativa, que permite a criação de um produto original que contém
um valor social.
Os estudantes apresentam múltiplas habilidades, mas estas são pouco
valorizadas nas avaliações das instituições educacionais porque os professores
tendem a valorizar as habilidades analíticas (bem como a memorização) em
detrimento das habilidades criativas e práticas.
Há necessidade de desenvolver procedimentos de avaliação dinâmica, uma
vez que as abordagens estáticas para a avaliação da capacidade de aprendizagem
ou do potencial de aprendizagem falharam ao prover os educadores do tipo de
informação que eles necessitam para facilitar o desenvolvimento psicológico e
o avanço educacional dos estudantes.
Por conta dessa necessidade, estão sendo desenvolvidas atualmente no
PSIEM/UNICAMP teses de doutorado que tratam das variáveis que influem no
desempenho, comparando o modelo de avaliação estática e a avaliação dinâmica
na área da matemática das avaliações em larga escala (SAEB, SARESP, Prova
Brasil e ENADE).
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17. BRITO, M. R. F. de. Psicologia da educação matemática: um ponto de vista
REFERÊNCIAS
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2000.
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