O desenvolvimento
agrícola
Implementam-se inovaçõesque conduzem ao incremento e expansão da produção
agrícola:
■ novos sistemas de cultivo (passa-se a utilizar a técnica do pousio ou o sistema de
afolhamento trienal; uso do estrume; maior criação de gado);
■ alargamento das áreas cultivadas (arroteamentos, drenagens e secagens de
pântanos…);
■ divulgação do uso da Nora e dos moinhos de vento…
■ instrumentos fabricados em ferro;
■ processos que facilitam a tração animal: a atrelagem em fila, a ferradura, a coelheira, a
charrua.
5.
O Desenvolvimento do
comércio
●O aumento da produção, ao possibilitar
a acumulação de excedentes, conduziu ao
desenvolvimento do comércio e à
generalização do uso de moeda, a qual
facilitou as trocas comerciais.
● Reabrem-se as rotas terrestres
europeias e desenvolvem-se as ligações
marítimas mediterrâneas, entre outras.
6.
• A introduçãodos sistemas de crédito ficou a dever-se a alguns fatores:
• o risco e dificuldade do transporte de espécies monetárias;
• a insuficiência de moeda metálica.
• Instrumentos de crédito utilizados:
• Letra de feira;
• Letra de câmbio;
• Cheque.
• A diversidade das espécies monetárias em circulação fez surgir a classe dos banqueiros
ou cambistas, atividade que permitia um grande enriquecimento.
• Desenvolvem-se ainda os mercados e feiras.
8.
Novas práticas
comerciais
Com odesenvolvimento comercial, surge a necessidade de obter mais fundos para
custear as expedições. Assim, surgem novas formas de associação, de onde se
destacam:
● Comendas – o sócio investidor financiava em 100% o negócio, recebendo 75% dos
lucros finais.
● Companhias – normalmente com capitais de membros de uma mesma família, que
investia em todas as atividades: comerciais, industriais e bancárias).
● Guildas – associações de mercadores de uma cidade.
● Hansas – associações de cidades mercantis.
A cidade dispunhade um centro onde se
localizava um edifício religioso (a Catedral) e
uma praça onde se agrupavam os edifícios
administrativos e o mercado. Daqui partiam
as ruas mais importantes.
As outras, secundárias, ligavam as ruas
principais (as destinadas ao tráfego, comércio
e festejos da cidade) entre si, de uma forma
labiríntica e mesmo tortuosa (sistema
radioconcêntrico).
12.
Nos bairros centraisda cidade habitavam os mais ricos e importantes, ao passo que
os pobres viviam em zonas mais afastadas da cidade.
A cidade era ainda composta pelos
arrabaldes e pelo termo. Os primeiros
eram os bairros fora das muralhas,
destinados aqueles que a cidade
marginalizava.
O termo era o conjunto dos campos
agrícolas que rodeavam a cidade e
que a abasteciam, em troca de certos
privilégios.
13.
No século XIII,a cidade é, assim, um lugar de prosperidade.
Atraídos pelo sonho de riqueza, muitos camponeses abandonam o campo e instalam-
-se nos arrabaldes das cidades. Porém, muitos experimentam a miséria, ampliada
pelo sentimento de solidão, por falta das redes tradicionais de apoio (família, vizinhos,
paróquia). Surgem novas estruturas de apoio e redes de solidariedade.
14.
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A crise do
séc. XIV
15.
Um novo quadroeconómico-
social
• A esperança média de vida não ultrapassa os 30 anos;
• Apesar das melhorias na agricultura, o esgotamento dos
solos leva a novos períodos de carência alimentar;
• O clima arrefece, prejudicando as colheitas;
• A paragem dos arroteamentos que se verifica já desde finais do séc. XIII associada ao
baixo rendimento das sementeiras agravam a carência alimentar.
• A mortalidade era elevada, principalmente nas crianças e mulheres em idade fértil;
• A população para de crescer.
16.
Fomes, pestes eguerras
• Ao longo do séc. XIV, ocorre uma confluência de factos que explicam a designação de
trilogia de morte:
• A crise agrícola que provoca fomes como a de 1315-1317, a oscilação dos preços, o
despovoamento dos campos e o agudizar dos conflitos sociais.
• A Peste Negra (1348) e as várias epidemias que assolam o mundo. A população
subalimentada não resiste.
17.
Consequências da crise
•A ruína e abandono dos campos - muitos senhores e camponeses morreram, deixando
as suas terras sem semear.
• Os bosques e pântanos alargam a sua área.
• A população rural, que vive numa constante insegurança, inicia uma fuga desordenada
para as cidades, onde procuravam obter uma vida melhor.
• A quebra dos rendimentos senhoriais.
• As revoltas sociais.
• As desordens sociais e o bandoleirismo organizado.
• A crise monetária e as desvalorizações.
18.
Consequências mentais
• Ascrises constantes do século XIV exerceram grande influência na mentalidade das
populações da época, modificando os comportamentos: surgem os movimentos de
penitência (como forma de alcançar a vida eterna); as manifestações coletivas de
piedade...
• Muitos aproveitavam para gozar a vida, abandonando o trabalho e a família.
• Em várias regiões europeias reaparecem os
Flagelantes, penitentes que procuravam a
salvação coletiva e individual.
19.
Medidas de resolução
EmPortugal:
• D. Afonso IV publica a Circular de 1349:
- Obrigatoriedade de continuação de trabalho.
- Tabelamento de salários.
- Impedimento de mobilidade da mão de obra.
• D. Pedro I publica as Posturas Municipais (1361): Tabelamento de Salários.
• D. Fernando publica a Lei das Sesmarias (1375): obrigatoriedade de cultivo da terra sob
pena de expropriação; tabelamento dos salários; coação dos mendigos e dos
vagabundos ao trabalho rural…