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Grupo Espírita e Filantropico Adolfo Bezerra
de Menezes
Apostila do Curso de Passe
Edna Costa
Aracaju - Sergipe
2016
2
3
Índice
Capítulo 1 - Introdução ao Estudo do Passe ................................................................................. 04
Capítulo 2 - Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes ................................................... 09
Capítulo 3 – Condições para Doar e Receber Fluidos .................................................................... 14
Capítulo 4 – Quando e Onde Doar ................................................................................................ 21
Capítulo 5 – Conhecendo os Fluidos ............................................................................................. 25
Capítulo 6 – Noções de Anatomia Humana .................................................................................. 32
Capítulo 7 – Anatomia Energética ................................................................................................ 55
Capítulo 8 - Desarmonias dos Centros de Força ........................................................................... 72
Capítulo 9 – Técnicas de Passe ..................................................................................................... 74
Capítulo 10 – Aplicando o Passe .................................................................................................... 86
Capítulo 11 – Recomendações Gerais ........................................................................................... 97
Capítulo 12 – Água Fluidificada ..................................................................................................... 100
Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 111
4
Por que estudar?
O estudo do passe se faz necessário, pois como qualquer trabalho, este também
requer conhecimentos, ainda que básicos, das suas técnicas e das suas aplicações.
“Nos ensina a lógica que quando um assunto afeta a tantos e comporta exames,
análises, comprovações e experiências, imediatamente surgem os pesquisadores e
divulgadores sérios (...) (Jacob Melo)
No entanto, existem dificuldades que necessitam ser eliminadas.
Listaremos algumas delas:
1 – Pouca literatura sobre o assunto ou de qualidade duvidosa.
2 – Acomodação:
“Foi fulano que me ensinou assim”
“Jesus só impunha as mãos e curava...”
“já faz tanto tempo que aplico o Passe assim e dá bons resultados...”
“Como a técnica é dos Espíritos, deixo que me utilizem e não atrapalho.”
“Na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como
acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam de certos conhecimentos
especializados”. (Alexandre – Missionários da Luz).
A grande tarefa dos médiuns aplicadores de passe é auxiliar os Espíritos nesta tarefa
sagrada de modo eficiente e sem comodismos.
“Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado
trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos
responsáveis” (Emmanuel – Livro Seara de Médiuns)
Breve Histórico sobre Magnetismo
Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa
viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa
técnica de cura está presente em toda a história do homem. "Desde essa época remota, o
homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença. Pesquisas destacam que
os dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período
paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".
Introdução ao Estudo do Passe
Capítulo 1
5
"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações
antigas, como um ritual das crenças primitivas. A agilidade
das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos,
praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção
que acalmava a dor. As bênçãos foram as primeiras
manifestações típicas dos passes. O selvagem não teorizava,
mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a
desfazer as ações, com o poder das mãos".
No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a
expectativa de Naamã: "pensava eu que ele sairia a ter
comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu
Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o
leproso".
Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação
do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões aí
acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a
imposição das mãos.
Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Heródoto destaca,
em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções
magnéticas. Os papiros nos falam das avançadas ciências da civilização egípcia, e, através
deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do
corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus
conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram
muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de
mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos
outros povos.
Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas. Galeno, um dos
pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus
pacientes à inspiração que recebia durante o sono. Hipócrates também vivenciou esses
momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...
Baixos relevos descobertos na Caldéia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em
atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente
terapêuticas.
"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis
(Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques
reais".
Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar através da
influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de
Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos.
Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em ação:
“E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele
ficou limpo da lepra". Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galiléia
são ainda uma incógnita. O talita kume! (“menina levanta!”, em aramaico) ecoando através
dos séculos, causa espanto e admiração. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina
dada como morta, pranteada por parentes e amigos".
Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer,
nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria. Educado em colégio religioso, estudou Filosofia,
Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
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Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da
atuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos
nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã. Esse fluido, sob
controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica".
Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das
suas proposições: A memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em
seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de
terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-
se em tema de discussões e estudos.
"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os
que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".
O Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas
Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de
leigos e sábios. Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenômenos,
reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica. Em 1837, porém, retrata-se da
decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.
Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.
O Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor
Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Alguns Seguidores de Mesmer
Armand Marc Jacques Chastenet, o Marques de Puységur, nasceu em Paris, em
1751, numa antiga família de Armagnac que deu à armada vários marechais ilustres, e
morreu em Busancy, perto de Soissons, em 1825. Foi um dos mais fervorosos alunos de
Mesmer. Magnetizou diretamente os doentes, empregando toques que tem analogia com
os passes, as aplicações e as fricções que empregadas atualmente. Atribuía à vontade um
papel considerável. Em 1784, descobriu o sonambulismo magnético, magnetizando o
camponês Victor Race, que fora atingido por uma pneumonia. Seguem os seus passos Du
Potet e Charles Lafontaine.
Joseph Phillipe Francois Deleuze, era bibliotecário no Museu de História Natural e
colaborador dos professores desse estabelecimento, era um sábio. Nasceu em Siasteron,
em 1753, e morreu em Paris, em 1835. Escreveu muito; suas duas obras que mais
interessam são a História Crítica do Magnetismo e principalmente a Instrução Prática sobre
o Magnetismo. Foi certamente, o mais prudente dos magnetizadores. Em suas obras ele cita
os fatos e expõe um grande número de observações, com o objetivo de fornecer àqueles
que praticam o magnetismo os exemplos e os pontos de comparação. Nelas, nada de
hipóteses arriscadas. Mostra a concordância que se encontra entre as experiências feitas
em diversas épocas, em diversos países, e por homens de opiniões diferentes, e supõe a
ilusão em todos os casos onde ela é possível.
Jules Denis, o Barão Du Potet de Sennevoy, nasceu em La Chapelle, perto de
Sennevoy, Yonne, em 1796, e morreu em Paris, em 1881. Ligou-se aos magnetizadores da
época, entregou-se ao exercício, e os resultados que obteve logo o classificaram entre os
melhores práticos. Escreveu muito, exclusivamente sobre o magnetismo, e suas obras, que
foram muito lidas, ainda serão durante muito tempo.
7
Charles Lafontaine, nasceu em Vendôme em 1803 e morreu em Genebra em 1892.
Após haver estudado as obras que haviam aparecido sobre o magnetismo, particularmente
as de Deleuze e as do Marquês Du Potet, ele se fez magnetizar para conhecer a ação que o
magnetismo exerce sobre o organismo, depois dedicou-se seriamente à sua prática.
Percorreu a França, fazendo experiências públicas e tratando doentes. Se distingue de Du
Potet, de Deleuze, do marquês de Puységur e de todos os práticos da escola mesmeriana
por sua maneira de explicar a ação da vontade. Para ele, a vontade desempenha um papel
importante na magnetização; mas servindo somente ao magnetizador para dispô-lo a agir,
ela não age sobre o magnetizado. Produziu pouca teoria; suas obras, e particularmente A
Arte de Magnetizar, que é a mais importante sob o ponto de vista prático, são antes
resumos de observações que obras didáticas.
Hippolyte Léon Denizard Rivail, Allan Kardec, nasceu em Lyon, França, em 3 de
outubro de 1804 e morreu em 31 de março de 1869. Foi magnetizador por 35 anos.
Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet até 1850,
frequentando as sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de
enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador. Os vínculos,
do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas
anotações íntimas, constantes de Obras Póstumas.
Hector Durville nasceu em 8 de abril de 1848, em Mousseau, França e morreu em
1923. Era médico psiquiatra. Descobriu o mesmerismo no outono de 1861, quando um de
seus irmãos tornou-se vítima epidêmica de disenteria. Com seus filhos Gaston, Henri e
André Durville ele desempenhou um papel significativo na popularização de estudos sobre
temas considerados ocultos (Espiritualismo e Magnetismo) na França.
Alphonse Bué, nasceu em 22 de dezembro de 1851, Yonnee morreu em Lyon no dia
16 de novembro de 1931. Foi um influente estudioso e autor francês de obras sobre o
magnetismo animal e sobre o hipnotismo. Assim que se desvencilhou do Exército desloca-
se para Paris e Lyon, se compromete com o Hospital da Salpêtrière como assistente de
laboratório.Foi no Salpetriere que ele pode assistir às experiências hipnóticas do Dr. Charcot
e tornou-se ciente de seu magnetismo. Magnetismo este aplicado em pacientes onde
encontrou o que seria para ele o meio de tratamento mais benéfico. Foi neste período que
ele conheceu o tenente-coronel Albert de Rochas, então diretor da Escola Politécnica de
Palaiseau, com quem ele vai praticar experiências importantes em Lyon e Grenoble. Além
do Coronel de Rochas, ele conheceu outros pioneiros do Espiritismo de seu tempo, como
Léon Denis, Gabriel Delanne, professor Charles Richet e também Maître Philippe. No
Congresso Espírita de 1900, ele apresentou provas bem documentadas referentes "a
questão e polaridade", as "considerações e diferenças entre o hipnotismo e magnetismo" e
"o papel dos espíritos na economia humana". Sua obra Magnetismo Curador é fundamental
para quem deseja conhecer e praticar o magnetismo.
Magnetismo e Espiritismo
Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano
após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O
Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo (...). Dos fenômenos magnéticos, do
sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas (...) sua conexão é tal que, por assim
dizer, é impossível falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devíamos aos
nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos
homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-
se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária”.
É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos
passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A
8
Gênese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da ação fluídica",
destacando que todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo
apenas pela potência e rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: é o fluido que
desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e
circunstâncias especiais.
Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como
prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas
Terapêuticas Espiritualistas.
Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações
mentais e de origem patológica. Praticado, estudado, observado sob variáveis
nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos,
tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua
qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias
dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Misto ou Mediúnico
(energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia
praticada largamente nas Instituições Espíritas.
Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia
ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às
novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição
de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a
excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece
amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a ação terapêutica da
Psicoterapia moderna.
Exercícios
1) Como você justifica a necessidade de estudar o Passe?
2) Cite algumas dificuldade ou oposições ao estudo do Passe.
3) Podemos considerar o magnetismo ou passe como procedimento novo? Justifique
4) Faça um resumo do desenvolvimento do Magnetismo, como Ciência.
5) Como podemos considerar o Magnetismo nos dias atuais? Comente
9
Passe
Definição: O Magnetismo, Passe ou Fluidoterapia, possui várias definições.
”É a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do
exercício” (KARDEC, Allan. Curas. In “A Gênese”)
“(...) O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes (...) de quantos
sabem verdadeiramente amar” (DENNIS, Léon. A força psíquica. Os fluidos. O
magnetismo. In “No Invisível” 2ª parte cap. XV p.182)
“Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o
passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos
orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do
reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Emmanuel: O Consolador, questão 98)
“O passe é a transmissão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade.”
(Emmanuel: Segue-me, p. 99.)
“O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da
mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.” (André Luiz: Opinião Espírita)
Objetivos do Passe
Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e
procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio
orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.
Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos
males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e
perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem
sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de "evangelhoterapia", submetendo-se aos
tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse
sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o
reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios
de combater os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue
ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa
forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o
cercam mas com a mudança de sua ótica em relação a elas.
Jacob Melo, relaciona os objetivos do Passe, segundo:
a) Em Relação ao paciente
O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e
espiritual do paciente.
Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes
Capítulo 2
10
b) Em Relação ao médium
Além de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o médium se esforçar
por melhorar-se moralmente, no intuito de cumprir sua tarefa dignamente e de
melhor favorecer aos objetivos do Passe.
c) Em relação ao Centro Espírita
Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar-se de seus médiuns para os serviços
do passe, mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos,
simpósios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis, se
eximindo da limitação.
“O Centro Espírita, para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de
estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à
luz da Doutrina Espírita". Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se
pretende servir”. (Reformador de 1992, editorial)
A aplicação do passe deve, portanto, guardar coerência com as orientações
doutrinárias, fundamentadas na Codificação Kardequiana.
Classificação dos Passes
Podemos classificar o Passe:
A) Quanto à fonte do fluido
1 – Magnético - É o passe transmitido pelo médium, fornecendo somente os
seus próprios fluidos, a sua própria força irradiante, porque é feito do corpo do
médium diretamente para o corpo do enfermo, sem que os fluídos sofram
interferência ou modificação. Nesse tipo de passe normalmente se recebe
assistência espiritual. Isso acontece porque os espíritos superiores sempre
ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem os mais necessitados.
2 – Espiritual - É o passe transmitido pelos espíritos, o que está fora do alcance
de nossa vista material, a uma só pessoa ou a muitas ao mesmo tempo. No
passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos do médium, mas
outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores, pelo espírito que veio
assisti-lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluído animalizado, o passe
espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passe. Com isso,
pode-se compreender que os resultados conseguidos nas reuniões públicas de
Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e desencarnados,
são bem maiores do que aqueles conseguidos em nossas residências, contando
somente com a ajuda do nosso anjo guardião.
3 - Misto - É o passe onde se misturam os fluídos do passista com os da
espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente
magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é
aplicado nos centros espíritas, contando com a ajuda de equipes espirituais que
trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados.
Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos
encarnados e também ministrando eficiente socorro às entidades do plano
espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluídos.
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B) – Quanto ao Alcance do Fluido
1 – Magnético - Objetiva o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou
perispirituais, aí se incluindo os passe espirituais praticados pelos espíritos
diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficiências ou limitações
“físicas” naqueles.
2 - Passe Espiritual - Destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual,
principalmente daqueles cujas matrizes são os processos obsessivos ou decorrentes
de desvios morais. Para exemplificar, este passe é aplicado pelos médiuns nas
reuniões de desobsessão.
3 - Passe Misto – É aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do
ser, ou seja: Corpo, Perispírito e Espírito. Os fluidos aqui “manipulados” atuarão não
apenas a nível perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão
igualmente a intimidade do espírito, ainda que por via perispiritual.
C) Quanto à técnica
1 – Passe Magnético – Entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do
magnetismo, não importando nem de onde venham os fluidos nem para que fins se
destinam, nem quem o aplique.
2 – Passe Espiritual – É aquele onde o médium utiliza, como técnica, apenas a
prece, a irradiação (a distância) ou, no máximo, a imposição de mãos sem
movimentos e sobre a cabeça ou fronte do paciente. Este seria aquele em que o
médium não necessitaria ter tantos conhecimentos de técnicas pois sua ação seria
essencialmente mental.
3 – Passe Misto – É aquele que faz a utilização conjugada da prece com imposição
de mãos seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de um passe com
técnicas variadas após uma radiação (que é um passe espiritual). Para reforço do
entendimento, diríamos que tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica
antes e/ou após a imposição de mãos, intercalada por técnicas outras.
D) Quanto ao modo de Aplicação
1 – Passe Individual – É aquele em que o paciente recebe o passe individualmente.
Nesta modalidade, o médium pode utilizar as técnicas específicas de acordo com as
necessidades de cada paciente, enquanto os Espíritos manipulam os fluidos com o mesmo
objetivo.
2 - Passe Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número
face à multidão que o procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados,
recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal neste processo de ajuda espiritual é a
sintonia do candidato a receber o passe, os próprios espíritos passistas durante a palestra
ministram bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para participar na
ocorrência deste fenômeno enquanto beneficiado.
Classificação dos Pacientes
Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar ao paciente, além do passe, tudo
o mais que é da maior importância: evangelho, orientação, desmistificação do tratamento e
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desmistificação dos ídolos, conclamando-os à reforma interior e à compreensão dos fatos
para, pelo conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que, embora costumeiros, são
injustificáveis.
Como homens, sabemos que a administração do patrimônio orgânico é tarefa pessoal
e intransferível, estando não apenas sua manutenção sobre nossa responsabilidade, mas,
igualmente sua conservação dentro dos padrões de equilíbrio que a própria natureza nos
indica. Emmanuel em o Consolador salienta que: “Quando, porém, o homem espiritual
dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na
excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de
forças e possibilidades espirituais juntos das almas”.
As Casas Espíritas que possuem o trabalho de passe ou de tratamento pelo
magnetismo, costumam ser muito procuradas por vários tipos de pacientes com os mais
variados tipos de problemas, de modo que se torna necessário procurar entender a origem
da problemática de cada um deles. É por este motivo que podemos classificar os pacientes
que procuram este serviço. Jacob Melo classifica da seguinte maneira.
A) Pacientes com doenças físicas - Incluem os pacientes que apresentam problemas
orgânicos, desprezando qualquer fator que não seja puramente físico. Subdividiremos
este grupo de pacientes em três:
1 – Doenças contagiosas - O passista não deve negar atendimento a essa
categoria por medo de contágio, todavia devemos ter o bom senso de não expor
alguém que venha em busca de auxílio ao contágio de outro mal. Tal como não será
cristão dispor o contagiante que igualmente busca ajuda, ao ridículo da execração de
outrem. A prudência nos sugere discernimento e tato.
Certos cuidados devem ser observados no tocante aos pacientes portadores de
doenças contagiosas. O atendimento deverá realizado em um ambiente separado dos
demais pacientes, principalmente se houver no recinto crianças, gestantes ou idosos ou
ainda pessoas com baixa imunidade.
“Interditar, sempre que necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias
contagiosas nas sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação
para o socorro prévio, pois a fé não exclui a previdência” (André Luiz)
2 – Doenças não contagiosas - O paciente aqui enquadrado não expõe outros a
riscos de contágio, seu atendimento poderá ser feito tanto de forma individualizada
quanto em grupo, dependendo do tratamento e das técnicas a serem usadas.
3 – Doenças desconhecidas – Buscar informações via receituário da Casa Espírita
bem como junto ao próprio paciente ou acompanhantes, ou ainda através da intuição
espiritual e do tato magnético. Nessa situação, é muito importante orientar o
paciente a buscar o tratamento médico, caso ainda não esteja sendo acompanhado
por um profissional.
Também devemos informar aos pacientes que estiverem em tratamento médico que
deverão continuar indo às consultas médicas normalmente. Da mesma forma, se estiverem
fazendo uso de qualquer medicamento, prescrito pelo seu médico, este deverá ser mantido,
pois jamais devemos sugerir, sob nenhuma hipótese, a suspensão de substâncias
medicamentosas.
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“Se o doente estiver fazendo uso de medicação receitada por médico da Terra, esta não
deverá ser suspensa, nem sob o pretexto de atrapalhar o tratamento espiritual. Uma atitude
dessas traz graves implicações (...) poderá comprometer quem a recomendou.”
(Suely Caldas Schubert)
B) Pacientes com problemas espirituais
1 - Origem perispirítica - pela natureza pretérita da doença, fácil concluir que nem
sempre serão possíveis grandes conquistas, inclusive com a fluidoterapia.
2 - Origem obsessiva – a cura das obsessões , é de difícil curso e nem sempre rápida,
estando a depender de múltiplos fatores especialmente da renovação, para melhor, do
paciente, deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue.
3 - Desvios morais – como a ação fluídica tem na vontade seu motor e no pensamento
seu veículo, fica evidente eu pacientes com tais problemas tornam-se, via de regra,
extremamente refratários à fluidoterapia, porquanto tal decorrência tem matriz nas
desarmonias que são geradas na instabilidade moral do paciente, o que por sua vez não lhe
favorece uma mentalização equilibrada e constante no bem.
C) Pacientes com ambos problemas - Verificamos aqui, os pacientes com problemas
físicos (orgânicos) e psíquicos (espirituais)
Mais uma vez nos deparamos com a prudência em analisar e principalmente nunca,
descartar o tratamento da medicina convencional para alguns casos.
Através do estudo, sempre conjugado à intuição espiritual, podemos avaliar a maior
valência do problema do paciente para bem direcionar o tratamento.
A paciência também será grandioso instrumento para este tratamento, paciência esta,
por parte do paciente e do passista.
EXERCÍCIOS
1) Qual a definição de Passe?
2) Cite os objetivos do passe.
3) O que é passe magnético?
4) Como podemos diferenciar o passe magnético do passe espiritual?
5) De onde vêm os fluidos transmitidos durante o passe misto?
6) É possível a aplicação de passe sem a presença de Espíritos? Justifique
7) Qual o passe mais eficiente? Explique
8) Qual a principal indicação do passe magnético, do espiritual e do misto.
9) Geralmente o passe coletivo é utilizado em quais circunstâncias?
10) Podemos considerar o passe coletivo como magnético ou espiritual? Justifique
11) Quais os tipos de pacientes que procuram o atendimento espiritual?
12) Quais os cuidados que devemos ter em relação às doenças contagiosas?
13) Que orientações devemos dar aos pacientes que estão em tratamento médico?
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Para os médiuns e pacientes
É importante considerar que todos podem aplicar passes e todos podem recebê-lo.
No entanto, vale entender que nem sempre os resultados serão os mesmos em todos os
pacientes e nem em relação ao mesmo médium.
Esta diversidade de resultados se deve a influencia de vários fatores que estão
relacionados tanto ao médium quanto ao próprio paciente que procura a assistência
espiritual.
Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras
preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo
restabelecimento.
1- Fé: Através dela é possível agir sobre os fluidos, modificar e direcioná-los.
O poder da fé demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por
seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as
qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.
Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ,
pode só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares
fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas
que não passam de efeitos de uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a
seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 7).
Na verdade não há muito o que interpretar destas palavras de Kardec; apenas
queremos aqui ressaltar a ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da
força de vontade. Torna-se desnecessário dizer, que na ausência da fé, por parte do
passista, é a anulação prática de seu poder fluídico e, no paciente é a falta do
catalisador fundamental do restabelecimento. Conforme Kardec nos assevera :
"Entende-se por fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de
atingir determinado fim."
Tanto quem doa como também quem recebe esta fé deverá ser uma diretriz
muito importante no resultado das atividades fluidoterápicas.
2- Merecimento: neste caso devemos considerar os aspectos cármicos e os atuais dos
pacientes assistidos.
Para podermos em profundidade entender o merecimento faz-se necessário
recorrer à teoria da reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta muitos
volumes e não é o nosso objetivo nesse estudo, nos limitaremos a um raciocínio de
Kardec, simples e por demais objetivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a
reencarnação, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente que sua
possibilidade é mais racional e justa que sua negação pura e simples. "Por virtude do
axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doenças incuráveis
Condições para doar e receber fluidos
Capítulo 3
15
ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema, etc.) são
efeitos que hão de ter uma causa e, desde que admita um Deus justo, essa causa
também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se
encontra na visa atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa
existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. 5).
Isto posto, afiançamos que a questão do merecimento está diretamente ligada
aos débitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que
vimos empreendendo para nos melhorarmos física, psíquica, moral e
espiritualmente.
Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós mesmos em pesados
delitos, tendo comprometido igualmente nosso perispírito, teremos que assumir
também as consequências de tais mazelas. Sendo o nosso órgão espiritual
comparado a uma esponja que a tudo absorve, seguramente transferirá ao novo
corpo as deficiências localizadas, as quais, dependendo da extensão e gravidade
das faltas, demorarão para se harmonizar, envolvendo-nos no aprendizado de
valorização das reais finalidades orgânicas.
Por outro lado, se temos qualquer problema, que tomamos aqui, o fumo, e
devido a esse fumo temos problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não
largamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para
o restabelecimento, tudo redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso
acontece, com os problemas psíquicos (cármicos), se não nos esforçamos por
melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico,
dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato. Situações tais, vulgarmente
chamadas de "ausência de merecimento", são fatores a serem considerados nos
tratamentos fluidoterápicos.
Como a situação da falta de merecimento está vinculada diretamente com
nossa inferioridade, poucos são os que aceitam tal explicação com tranquilidade,
pois, mesmo sendo quem somos, nos acreditamos melhores do que na realidade o
somos e, por isso mesmo queremos "driblar" a espiritualidade fazendo rápidas e
curtas e diria também sem sentimentos boas ações, com isso imaginando adquirir a
"senha" do merecimento. E aí, verificamos algumas opiniões sobre os passistas, no
sentido de que eles não são "bons", não estão "amparados pelos espíritos", que não
"servem para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos esquecemos que às
vezes existe maior merecimento em continuar enfermo do que saudável.
Finalizando, diremos que não existe tratamento impossível, pitadas de altivez,
animo, força de vontade, crescimento moral, fé são também disposições que
permitimos a nós mesmo para uma futura melhoria física ou espiritual. E lembrando
a máxima de Jesus que "a fé transporta montanhas".
3- Pensamento e vontade: a vontade sincera de ajudar, aliviar, de curar é capaz de
agir sobre os fluidos, dando-lhes características específicas e direcionamento.
“O Pensamento é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando nossos
semelhantes para o bem ou pra o mal.(...) (Léon Denis)
“O Pensamento é o gerador dos Infra corpúsculos ou das linhas de força do mundo
subatômico, criador de correntes de bem ou mal (...), segundo a vontade que o
exterioriza e dirige.” (Emmanuel - Roteiro)
“Por seu acúmulo, pode converter-se em fluido gravitante ou libertador, ácido ou
balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificante ou mortífero,
segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável à falta de
terminologia equivalente, por “raio de emoção”.
(André Luiz – Evolução em dois Mundos)
16
" Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do
magnetismo. Porém, como há de explicar a ação material de tão sutil agente? - A
vontade é atributo essencial do espírito. Com o auxílio desse alavanca, ele atua
sobre a matéria elementar e, por ação consecutiva, reage sobre seus compostos,
cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. Tanto quanto do
espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder
do magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da força de vontade.
Podendo o espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo
modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites.
(Livro dos Médiuns, cap. 8, item 131).
No entanto, outros pontos que dizem respeito aos médiuns devem ser observados;
1) Condições Físicas – é óbvio que para doar fluidos é necessário estar em boas
condições de saúde. Não deverão aplicar passes as pessoas com estejam se sentindo
doentes, cansadas, estressadas, que sejam portadoras de doenças graves ou que
tomem medicamentos de ação no Sistema Nervoso Central (SNC).
Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: "Um
corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria
fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente".
"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da
que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc.,
embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap. 7).
“Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar a sua prática.
Especialmente em se tratando de doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam
o passista extremamente combalido ou fragilizado, e das doenças ou desvios da
psique. Quem esteja acometido de alguma doença que o impossibilite de realizar
tarefas que exijam esforço, também deve estar muito atento. Insuficiências
cardíacas, pulmonares e degenerativas do sistema nervoso, bem como estados
depressivos, usualmente são desabonadores da aplicação. (...) Também fica
seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais
(as obsidiadas), pessoas viciosas (quem fuma e bebe regularmente deve procurar
superar os vícios ou abster-se de aplicá-los), indivíduos fazendo uso de
medicamentos controlados (especial mente os de tarja preta e/ou que atuem no
sistema nervoso central). Estas pessoas vibram negativamente.” (Jacob Melo).
Dra. Marlene Nobre informa ainda que não pode haver doação com o sistema
nervoso esgotado e que quando estão em curso moléstias do sangue ou
degenerativas, como a anemia e o câncer, não é recomendável a doação fluídica,
porque o próprio médium está necessitado de repor suas energias desgastadas. É
preciso lembrar que o fluido vital circula no sangue e que o fluido magnético está
diretamente implicado no sistema de defesa do corpo físico.
No tocante ao uso de medicamentos controlados com ação no SNC, pode
impedir a emissão ou causar uma contaminação dos fluidos, caso sejam emitidos.
Esta situação é a mesma para outras drogas.
“O fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros
nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na
transmissão de elementos regeneradores e salutares”. (André Luiz - Missionários da
Luz, cap. 19)
1. a - Cuidados com a alimentação - Preocupamo-nos aqui, também com a
alimentação, pois conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19:
"O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas
17
dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias
que geram no aparelho gastrointestinal.
1. b - Cuidado com os excessos - “O Espiritismo (...) aconselha que preservemos o
nosso corpo dos elementos ou fatores que lhe diminuam a capacidade de resistência, e
assim teremos que nos alimentar, sóbria, mas suficientemente; não podemos perder a noite
em prazeres inúteis ou os dias em maus contubérnios e em vícios; não devemos entregar-
nos à ociosidade; não usaremos vestes impróprias ao clima; não procuraremos exagerar o
recato até o ridículo.(...)” (Carlos Imbassahy)
A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho
do passe. Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-
la? Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de
mazelas segundo a situação de que o médium se encontre.
2) Condições Morais - Fazendo uso das palavras do Codificador em o Livro dos
Médiuns, cap 20, compreenderemos de uma maneira mais alargada a função da moral
em torno do passe:
"Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce,
todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre o espírito livre
uma espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles.
As qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos são: a bondade, a
benevolência, a simplicidade de coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas
materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a
cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. Além
disso, a porta que os espíritos imperfeitos exploram com mais habilidade é o orgulho,
porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos
médiuns dotados das mais belas faculdades".
Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec publicou uma mensagem do Abade
Príncipe de Hohenlohe muito interessante:
"Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se Deus
vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais
de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as vossas imperfeições . Mas
Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos homens da terra. A esse título, ninguém
entre vós seria digno de ser médium curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais
esforços constantes para vos purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. Melhorai-
vos pela prece, pelo amor ao Senhor, de vossos irmãos e não duvideis que o Todo-
Poderoso não vos dê as ocasiões frequentes de exercer vossa faculdade mediúnica. Até lá
orai, progredi pela caridade moral, pela influência do exemplo".
Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado à medida que
formos mais puros e desprendidos da matéria, à medida que darmos mais valor aos bens
espirituais em detrimento das coisas materiais.
"As qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as
qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um
corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao magnetizado. As qualidades
morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo
ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliado à saúde do corpo, dão ao
fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das
qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita, Setembro de 1865).
Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre no Livro Missionários da Luz, cap 19:
18
"O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera,
necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos,
acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda
confiança no Poder Divino".
Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave
fundamental para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com
os bons olhos da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de
virtudes enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W.
Meek, em As Curas Paranormais ).
Através de todas estas análises, sentimos como o posicionamento moral do médium é
muito importante para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que os pacientes
sejam sempre "bonzinhos" e que os espíritos estejam sempre "na agulha" para agirem ao
nosso "estalar de dedos", sem que sejamos nós os primeiros a estarmos prontos, física e
sobretudo, moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar diferente. A moral há de ter
importância preponderante nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são
processados é basicamente mental (para não dizer espiritual). A mente determina a
vibração fluídica a partir da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelo padrões
psíquicos dos emissores; estes fluidos serão mais consistentes e harmonizados quanto mais
equilíbrio tiver a moral dos doadores. Assim, deixando de lado as condições do receptor final
(paciente), a emissão fluídica assume o cunho de pureza determinada pela moral em que
vibram os emissores (médiuns e magnetizadores).
3) Condições Mentais (Psíquicas) – “Cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as
que apresentem sintomas, ainda, que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de
enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há
predisposição, evidente para a loucura.” (Allan kardec – LM cap 18, item 222)
“Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível
fornecer forças construtivas a alguém, se fazemos sistemático desperdício das
irradiações vitais. Um sistema nervoso, esgotado, oprimido, é um canal que não
responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a
inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias
auxiliadoras. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz , cap. 19, pp. 322 a 324.)
A perturbação da mente pode produzir efeitos no corpo físico?
R.: Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam
os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe
corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da
criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que
a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as
emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado
de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem
maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos
desastres orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de
oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental
é, pois, ascendente de graves processos patológicos. (Espírito Alexandre, Missionários
da Luz, cap. 19, pp. 325 a 333.).
Os médiuns hão de desenvolver condições íntimas de fé e confiança, que se
adquirem com muito labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração
ou repulsão, conforme o grau de atitudes cultivadas existentes entre eles. A mente esta
presente como ponto de muita relevância nas manifestações mediúnicas, pois o cérebro
é um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo
energético do campo espiritual, ou seja, se não tentarmos manter-nos em um estado
19
constante de reforma mental, na construção de pensamentos melhores, seguramente
estaremos também prejudicando esta manifestação de amor através do passe. Pois
atraímos a sintonia que cultivamos. O Cultivo da mente pura é nosso dever, ela é o filtro
por onde passam as benesses que favorecerão nosso próximo e, por conseguinte, a nós
mesmos.
As diferenças de efeitos fluídicos nos doentes se devem ao chamado
Potencial Fluídico
Allan Kardec nos informa:
“São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo
com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como
no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica”.
(A Gênese, Os fluidos, cap 14 item 32)
“Como quem doa tem, tem que ter o que doar ou saber o que, e onde conseguir para
doá-lo”.
(Jacob Melo, O Passe- pag. 137)
Podemos considerar o potencial fluídico como sendo a capacidade que um fluido
tem de agir de forma mais ou menos intensa e/ou rápida sobre um corpo. Alguns fatores
influenciam no potencial fluídico, são eles:
1 - Afinidade Fluídica
“A cura é devida às afinidades fluídicas, que se manifestam
instantaneamente, como um choque elétrico, e que não podem ser pré-julgadas” (Jacob
Zuavo – RE 1867)
2 - Receptividade do Paciente – Paciente deve sentir confiança no tratamento se
colocando na condição de receptor dos fluidos.
3 – Moral
“Tanto maior será a força do magnetizador quanto mais puro for o seu
coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente, tanto maior será o poder de
sua irradiação”. (Michaelus – Magnetismo Espiritual)
“O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo.”
(Emmanuel – Seara de Médiuns)
20
EXERCÍCIOS
Certo ou Errado?
1- Para ser magnetizado e sentir os efeitos do magnetismo, não é necessário nada
além de comparecer ao centro nos dias do tratamento espiritual. ( )
2- A Fé é condição importante, mas apenas para o paciente. ( )
3- Entre vários fatores para ser magnetizado, o merecimento deve ser considerado,
pois ele pode determinar o sucesso do tratamento. ( )
4- O pensamento e a vontade são condições importantes para o médium, pois são
esses elementos que vão impulsionar e direcionar os fluidos. ( )
5- A alimentação exagerada é prejudicial ao trabalho do magnetismo. Deve os médiuns
e pacientes se alimentar de maneira adequada e suficiente. ( )
Responda as perguntas;
6- Por que as condições morais influenciam no passe?
7- Por que as condições mentais também podem interferir no tratamento?
8- Em quais condições de saúde, o médium deve se abster de aplicar passe?
9- Faça um resumo das condições gerais que um médium magnetizador deve possuir
para realizar um bom trabalho de passe.
10- O que é potencial fluídico?
11- Explique quais os elementos que podem influenciar no potencial fluídico.
21
“Nossa missão é de amparar os que erram e não fortalecer os erros.”
(Espírito Anacleto)
“Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios
em que se encontram por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a título de
benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os
interessados, temos instruções superiores para entregá-los à própria obra a fim de que
aprendam consigo mesmos. Podemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.”
(André Luiz – Missionários da Luz)
Em Relação ao Paciente
Podemos Aplicar o Passe Quando
1 - O paciente procura ou solicita tal serviço, se esforçando por consegui-lo.
2 - O paciente se encontra hipnotizado ou em estado sonambúlico, quer por força
material, anímica, quer por força espiritual, quer de forma natural ou provocada e é
necessário tirá-lo desse estado.
3 – Como recurso terapêutico total, complementar, reparatório ou preparatório.
4 – Quando indicado por receituário espiritual ou pela casa espírita.
Não é Conveniente Aplicar o Passe Quando
1 – O paciente é refratário por decisão própria, provocando desgaste fluídico para os
médiuns. Nesse caso, apenas indicar: Evangelho, estudo, diálogo fraterno, nome para
as irradiações.
2 – O paciente não quer tomar o passe
3 – A procura do passe é simples curiosidade, comodidade ou teste.
4 – O paciente se nega a seguir as orientações que lhe são dadas (assistir doutrinárias,
evitar bebidas antes e depois do passe ou não ficar faltando sistematicamente ao
tratamento, etc.)
Em Relação ao Médium
O Médium Pode Aplicar
1 – Quando estiver moral e emocionalmente equilibrado e se sentir em condições físicas.
Quando e Onde Doar?
Capítulo 4
22
2 – Quando for solicitado, em casos sérios ou urgentes
3 – Quando estiver ou for indicado para tal tarefa.
4 – Quando em condições ambientais e fluídicas propícias
5 – Quando dispuser de fluidos magnéticos próprios e suficientes para o trabalho
6 – Quando conhecer, ao menos, a dispersão fluídica, a concentração de fluidos e a
imposição de mãos; tiver vontade firme e desinteressada e boa intuição e/ou tato magnético.
7 - Não portar doenças infecto-contagiosas.
O Médium Não Deve Aplicar Quando
1 – Não se sentir confiante.
2 – Estiver nutrindo sentimentos negativos e não conseguir superá-los.
3 – Tiver vícios como o uso regular de álcool, fumo, tóxicos, alimentar-se desregradamente
ou usar de práticas que promovam desgastes físicos exaustivos e desnecessários.
4 – Estiver com o estômago muito cheio ou após ter se alimentado de maneira pesada.
5 – Estiver usando medicamentos controlados.
6 – Em idade avançada e com visível esgotamento fluídico e deficiências físicas.
7 – Quando se é criança ou adolescente.
8 – Estive estafado física e/ou mentalmente.
“Todo trabalho para expressar-se em eficiência e segurança reclama disciplina. A ordem
preside o progresso e, por isto mesmo, não podemos perder a ordem de vista, sob pena de
desequilibrar, embora sem querer, o nosso próprio trabalho.” (Jacob Melo).
Em Relação à Casa Espírita
O Passe deve ser aplicado
1 – Nos encarnados:
O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais junto
aos necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar alinhada
no mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo.
O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e
conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de auto melhoramento e de
reeducação espiritual, utilizados normalmente.
1.1 – No atendimento aos necessitados nas reuniões de assistência social e espiritual da
casa espírita.
1. 2 – Após as reuniões doutrinárias.
1. 3 – Em horários previamente estabelecidos para tal serviço.
23
2 – Nos desencarnados:
- Nas reuniões mediúnicas.
Com o Passe podemos mais facilmente alcançar-lhes o centro da emoção,
transmitindo-lhes diretamente ao coração as vibrações do nosso afeto.
O Passe ajuda a dispersar/desintegrar os acessórios que costumam trazer, como
armas, símbolos, vestimentas especiais, objetos, couraças, etc...
O Passe cura dores que julgam totalmente “físicas”, pois localizam-se muito
realisticamente em pontos específicos de seus períspiritos.
Com o passe os adormecemos, para provocar fenômenos de regressão de memória ou
projeções mentais, com as quais os mentores do grupo compõem os “quadros fluídicos”, tão
necessários, às vezes, ao despertamento de Espíritos em estado de alienação. A
moderação é necessária, para que, ao tentarmos acalmar um Espírito agitado, não o
levemos a um estado de sonolência que dificulte a comunicação com ele, justamente o que
mais se necessita para o diálogo, para ajudá-lo, é não entorpecê-lo ao ponto de levá-lo ao
sono magnético. Sendo que às vezes é justamente necessário a utilização deste
expediente, ou seja, é necessário adormecê-lo, a fim de que possa ser retirado pelos
mentores, seja recolhido a instituições de repouso para tratamento mais adequado, ou
trazido na sessão seguinte, em melhores condições de acesso.
Não Convém Aplicar
1 – Quando não houver médiuns preparados.
2 – Em casos de obsessões violentas e subjugações, principalmente fora do centro. Só
aplicar contando com o apoio espiritual e material indispensável.
3 – No lar.
4 – Em lugares públicos. Só aplicar quando necessário, com a autorização da casa espírita
e nunca ir sozinho, sempre em equipe.
5 – Quando o bom senso não recomendar e a prudência não o determinar.
Onde Aplicar o Passe na casa espírita
1- Cabine de Passes (Passes Individuais)
“Nesta sala se reúnem sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do
socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos uma espécie de altar
interior formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram
trazendo o melhor de si mesmos.” (Espíritp Áulus – Nos Domínios da Mediunidade)
2- No salão das reuniões doutrinárias (Passe Coletivo)
- Podem ocorrer quando o Centro Espírita não dispõe de um espaço reservado para o
passe.
- Quando se aplica o passe nas crianças sentadas no colo da mãe, ou ainda em mães
gestantes.
- Quando o Centro Espírita não dispõe de médiuns suficientes para o passe individual.
Observação: Possui o inconveniente das técnicas não poderem variar para atender as
diferentes necessidades dos pacientes.
24
EXERCÍCIOS
1 – Em quais condições o médium pode aplicar o passe?
2 – Quando não é conveniente o médium aplicar o passe?
3 – Em relação ao paciente cite algumas condições nas quais podemos aplicar o passe
e quando não podemos.
4 – Qual a importância do passe nos encarnados?
5 – Qual a utilidade do passe nos desencarnados?
6 – De que modo o passe costuma ser aplicado nas casas espíritas?
7 – Qual a diferença entre passe individual e coletivo?
8 – Em que situações podemos aplicar o passe coletivo?
PARA REFLETIR E RESPONDER
* É necessário tomar passe todas às vezes em que assistimos as reuniões doutrinárias?
* O médium quando termina de aplicar passes precisa tomar passe com outro médium?
* Após uma comunicação mediúnica, o médium sempre precisa tomar passe?
25
Os Fluidos e suas Diferenciações
Considerações
Um dos grandes mistérios que a Ciência humana procura esclarecer é o da
existência de uma matéria básica universal, capaz de servir como ponto de partida para
a origem dos elementos físicos conhecidos. Embora pesquisadores em todo o mundo
tenham se empenhado no estudo da estrutura íntima dos átomos, ainda não se
conseguiu encontrar esse elemento básico primitivo.
Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada
aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no
princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só "ponto'', sob uma
pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando
matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas
e aos astros.
O Universo, de acordo com a física moderna, continua a se expandir e não se sabe
até quando continuará neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento
material primitivo, estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das
coisas.
No século XIX, quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles revelaram
uma teoria onde explicavam de forma racional a origem das coisas materiais e
espirituais. Diziam que havia por toda a Criação um elemento primitivo etéreo,
denominado "fluido universal", e que todos os elementos materiais conhecidos seriam
formas modificadas deste fluido.
Alguns cientistas no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada
"éter", mas não conseguiram convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência
não podia compreender a presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse
detectada pelos instrumentos existentes.
O Espiritismo, através dos fenômenos de efeitos físicos, demonstrou a existência do
fluido universal, base de todos os elementos materiais.
O que são fluidos?
Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto
desencarnados. Todos estamos mergulhados no Fluido Cósmico Universal, substância
básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos
espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de
qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos
nela predominantes.
“Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas
moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando
retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.”
Conhecendo os Fluidos
Capítulo 5
26
(André Luiz – Evolução em Dois Mundos)
“A matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais
sutis, que denominamos “FLUIDOS”. À medida que se rarefaz, adquire novas
propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das
formas de energia.” (Léon Denis – No Invisível)
“No plano espiritual o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um
fluido vivo e multiforme, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante
à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente do Criador, esparsa em todo
o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na
Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando
potenciais energéticos.” (Espírito André Luiz – Evolução em dois mundos)
Origem dos Fluidos
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
(LE – 1ª Parte, Cap.1 Q1)
Princípio Espiritual (Princípio Inteligente Universal) - “O Princípio Inteligente
Universal é o elemento primitivo espiritual, cuja a natureza desconhecemos. É suscetível
de elaboração e desenvolvimento evolutivo, para a formação de individualidades
inteligentes, em união com a matéria”.
Princípio Inteligente - O Princípio Inteligente provém do Princípio Espiritual e
sua individualização resulta na formação do espírito, que em contínuo processo
evolutivo, virá a ser o Espírito Imortal.
Trindade UniversalFig. 1
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Princípio Material ou Fluido Universal (Primitivo, Elementar) - “Matéria
elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável
variedade dos corpos da Natureza”.
Fluido Cósmico - O Fluido Cósmico é a primeira e maior decorrência do Fluido
Universal, o qual, além de gerar todos os universos, macros e micros contém os demais
campos que dão origem às matérias mais densas (Jacob Melo).
“O Fluido Cósmico Universal é a substância primitiva (matéria elementar) onde
residem todas as forças e a partir do qual são feitas todas as coisas, pois é suscetível de
inúmeras combinações.” (GE, VI- 7, 10 e 17).
“Há um fluido etéreo que preenche o espaço e que penetra os corpos; esse fluido é
o éter ou matéria primitiva, geradora do mundo e dos seres.” (GE VI – 10)
O fluido cósmico universal é a matéria básica fundamental de todo o Universo
material e espiritual, a matéria elementar primitiva. É altamente influenciável pelo
pensamento (que é uma forma de energia), podendo se modificar, assumir formas e
propriedades particulares.
A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos
sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador
executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os
mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas
sonoras se projetam na camada atmosférica. Em torno dos planetas, o fluido universal
apresenta-se modificado.
A presença da vida no orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado
pela atividade mental dos habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido
universal que os circunda apresenta-se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados,
a atmosfera espiritual é mais leve e luminosa.
Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois
estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização ,estado normal primitivo ( Fig
2), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os
fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os
dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em
matéria tangível.
No estudo deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas
afecções do ser humano e os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos
centros espíritas, na profilaxia e tratamento das enfermidades físicas e espirituais.
"No estado de eterização, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser
etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez,
do que no estado de matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que,
se bem sejam procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais,
e dão lugar aos fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo,
esses fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência
material tanto quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o que
para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam para
produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais, embora
usando processos diferentes" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 3).
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Origem e Diferenciação dos Fluidos
Fluido Vital (Magnético, Ectoplasma, Animal)
“É uma das diferenciações do Fluido Cósmico Universal. É responsável, quando
combinado com o Fluido Cósmico ou com outras de suas derivações, através do agente
chamado PRINCÍPIO VITAL segundo padrões muito especiais, pela vida.” (Fig. 3)
Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a
matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria,
pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria.
Esse agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e
assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida.
Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se
decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para
novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido
vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de
fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos, pergunta 70:
"A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia
segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos
de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital,
enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são
mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.
A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não
for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm. O fluido vital se
Fig. 2
29
transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao
que tem menos e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se".
Ativação dos Princípios Vitais e o Fluido vital
Princípio Vital – “É o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a
interligação de um “campo” específico chamado “fluido vital” com elemento(s)
proveniente(s) de outro “campo” (Princípio Espiritual).”
(Jacob Melo)
“Quando o organismo vive, o Fluido Vital está ativado pelo Princípio Vital que dá
àquele e a todas as suas partes “uma atividade” que as põe em comunicação entre si,
nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas.
Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos,
ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o
movimento da vida, e o ser morre”.
Qual a diferença entre princípio vital e fluido vital?
R: De forma mais superficial, nenhuma. De forma mais específica, podemos dizer que o
principio vital é o agente do fluido vital. Numa analogia, podemos dizer que o principio
vital está para a carga elétrica de um elétron assim como o fluido vital está para a
eletricidade. Ou seja, no principio vital existe a energia em potencial e no fluido vital esta
energia está em ação (movimento).
Fig. 3
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Propriedades Físicas dos Fluidos
1- Os fluidos possuem qualidade nula.
2- O fluido magnético, que se nos escapa continuamente, forma em torno do
nosso corpo uma atmosfera.
3- A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos.
4- A quantidade de fluido vital se esgota.
5- O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
6- O fluido penetra todos os corpos animados e inanimados.
7- Possui um odor e coloração, que varia segundo o estado de saúde física do
indivíduo, dos seus dotes morais e espirituais, e do seu grau de evolução e
pureza.
8- É visto pelos sonâmbulos como um vapor luminoso, mais ou menos brilhante.
9- Se propagam a grandes distâncias, o que depende, entretanto, da qualidade
e da força do magnetizador, e igualmente da maior ou menor sensibilidade
magnética do paciente.
10- O fluido está também sujeito às leis de atração, repulsão e afinidade.
11- Varia de indivíduo para indivíduo.
12- Os efeitos da ação fluídica variam sobre os doentes.
Atmosfera Fluídica
"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios
corrompem o ar respirável" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).
Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais,
modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade
e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua
influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas
acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.
Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade,
de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia
vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. À atmosfera fluídica
associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por
esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a
vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos
maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual
aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem,
formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação
dos ensinos morais de Jesus.
"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância
direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do
pensamento, que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles
devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam
em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" - (Allan Kardec - A
Gênese, cap. XIV, item 16).
À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas,
tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que
ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas
companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor
atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.
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Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais em que vive o
planeta atualmente.
"Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive,
porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos
maus. Se um dia a Terra chegar a ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as
leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que se encontrem condições de higiene
física e moral completamente outras que as hoje existentes" - (Allan Kardec - Revista
Espírita, Maio, 1867).
EXERCÍCIOS
1- Defina fluidos.
2- Qual a origem dos fluidos?
3- Como você explica a existência de diversos fluidos?
4- O que é Trindade Universal?
5- Diferencie o princípio espiritual do princípio material. O que cada um deles origina?
6- Explique o que é fluido cósmico e fluido vital.
7- Qual a importância do princípio vital?
8- Cite as propriedades dos fluidos.
Certo ou Errado?
A quantidade de fluido vital não é absoluta, não é a mesma em todos os seres
orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos
indivíduos de uma espécie. ( )
A vitalidade se acha em estado latente, quando o agente vital não está unido ao corpo.
( )
Em determinadas situações a vida pode existir mesmo sem a presença do princípio
vital, desde que o fluido vital exista em abundância. ( )
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Conhecimentos Básicos aplicados ao estudo do Passe
O corpo humano é uma das mais belas criações de Deus, sem o qual não
poderíamos habitar neste plano. Conhecer um pouco do seu funcionamento, observando
o modo como todos os sistemas trabalham de forma harmônica, é com certeza uma
tarefa interessante e necessária para todos aqueles que desejem trabalhar com o
passe.
O corpo físico sendo o reflexo do períspirito, irá manifestar todas as alterações
existentes, oriundas do campo emocional ou mental. Por isso, ao lidar com pacientes
que relatam problemas físicos como dores, doenças ou enfermidades é necessário
entender como essas alterações ocorrem para que possam ser tratadas por qualquer
terapia. Este entendimento sempre começa pelos aspectos anatômicos e fisiológicos do
corpo humano.
Com o estudo do passe não poderia ser diferente. Obviamente, iremos abordar
dentro desse assunto apenas o necessário para o bom desenvolvimento do nosso
trabalho.
Noções de Anatomia Humana
Fig. 4
Capítulo 6
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A cabeça compreende o crâneo e a face. No crânio está localizado o encéfalo
(cérebro, cerebelo e bulbo), sendo a face a sede de alguns órgãos dos sentidos como os
olhos, nariz, língua, e ouvido.
O tronco compreende o tórax e abdome. O diafragma, que é um músculo, é o
responsável pela divisão interna entre o tórax e o abdome. No tórax, estão os pulmões
que recebem o ar através da traquéia, o coração com seus vasos sanguíneos
importantes e o esôfago que leva os alimentos ao estômago. No abdome estão o
estômago, o fígado, o baço, o pâncreas, os intestinos, os rins e a bexiga. Na mulher
encontramos ainda ovários, útero e trompas e no homem encontramos a próstata,
localizados na porção inferior do abdome que é chamada de pelve.
Os membros são em número de quatro: dois superiores e dois inferiores. Fazem
parte do membro superior ombro, braço, antebraço e mão. O quadril, a coxa, perna e pé
compões o membro inferior.
Fig. 5 Quadrantes e Regiões Abdominais
Níveis de Organização
Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando
pelos átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo para
os biólogos. (Fig. 6)
1 - Átomos e moléculas - Os átomos formam toda a matéria existente. Eles se unem
por meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde as mais simples como a
água (H2O), até moléculas complexas, como proteínas, que possuem de centenas a
milhares de átomos. A matéria viva é formada principalmente pela união dos átomos (C)
Carbono, (H) Hidrogênio, (O) Oxigênio e (N) Nitrogênio.
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2 - Organelas e Células - As organelas são estruturas presentes no interior das
células, que desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de
várias moléculas. A célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a
existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função específica.
3 - Tecidos - Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os
tecidos estão presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e
animais. Um exemplo de tecido é o muscular, que tem a função de produzir os
movimentos de um organismo; o tecido ósseo, formado pelas células ósseas, tem a
função de sustentar o organismo.
4 - Órgãos - Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são
formados de vários tipos de tecidos. Por exemplo, o coração é formado por tecido
muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo,
sanguíneo e nervoso.
5 - Sistemas - Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que
trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal; por exemplo, o
sistema digestório, que é formado por vários órgãos, como boca, estômago, intestinos,
glândulas, etc.
6 - Organismo - A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma
pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc.
Níveis de organizaçãoFig. 6
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Sistemas do Corpo Humano
O corpo humano pode ser subdividido em:
1 - Sistema circulatório: circulação do sangue como coração e vasos sanguíneos.
2 - Sistema digestório: processamento do alimento com a boca, estômago e intestinos.
3 - Sistema endócrino: comunicação interna do corpo através de hormônios.
4 - Sistema imunológico: defesa do corpo contra os agentes patogênicos.
5 - Sistema tegumentar: pele, cabelo e unhas.
6 - Sistema muscular: proporciona a força necessária ao movimento do corpo.
7 - Sistema nervoso: coleta, transfere e processa informação com o cérebro e nervos.
8 - Sistema reprodutor: os órgãos sexuais.
9 - Sistema respiratório: os órgãos usados para inspiração e o pulmão.
10 - Sistema esquelético: suporte estrutural e proteção através dos ossos. Junto com
músculos e articulações proporciona mobilidade ao corpo
11 - Sistema urinário: os rins e estruturas envolvidas na produção e excreção da urina.
1 - Sistema Circulatório (cardiovascular)
É um conjunto de órgãos responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para o corpo.
O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou
circulatório (fig. 7). A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de
nutrientes, oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também
transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.
Fig. 7 - Sistema circulatório ou cardiovascular
Artéria
Veia
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Principais componentes:
1.1 - Coração: é o “motor” do sistema circulatório. Sua função é bombear o sangue,
de forma que chegue a todo o corpo. Com isso, o sangue que contém oxigênio pode
alimentar a células do corpo. Uma circulação completa inclui duas passagens pelo
coração: uma em direção ao corpo e a outra em direção ao pulmão (Fig. 8).
Fig. 8 - Pequena e Grande Circulação
1.2 - Vasos Sanguíneos: são as veias, artérias e capilares. Sendo que as artérias
são mais largas e flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente resistentes. Os capilares
são os menores vasos sanguíneos e servem de canal de transição das artérias para as
veias. (Fig.9)
Fig. 9
1.3 - Sangue: material líquido que transporta os nutrientes e oxigenação para as
células e tecidos do corpo. É bombeado pelo coração e é amplamente rico em
nutrientes.
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2 - Sistema Digestório
Os seres humanos, para manterem as atividades do organismo em bom
funcionamento, precisam captar os nutrientes necessários para construir novos tecidos e
fazer manutenção dos tecidos danificados, necessitam de extrair energias vindas da
ingestão de alimentos. A transformação dos alimentos em compostos mais simples,
utilizáveis e absorvíveis pelo organismo é denominado Digestão.
O Sistema Digestório nos seres humanos é constituído de: Boca, Faringe, Esôfago,
Estômago, Intestino delgado, Intestino grosso, Ânus. (Fig.10)
Anexos ao sistema existem os órgãos: glândulas salivares, pâncreas, fígado,
vesícula biliar, dentes e língua.
Fig. 10 - Sistema digestório
2.1 - Boca - É a porta de entrada dos
alimentos e a primeira parte do processo
digestivo. Ao ingerir alimentos, estes chegam
à boca, onde serão mastigados pelos dentes
e movimentados pela língua. Acontece a
digestão química dos carboidratos, onde o
amido é decomposto em moléculas de
glicose e maltose.
2.2 - Glândulas Salivares - A saliva é
composta por um líquido viscoso contendo
99% de água e mucina, que dá a saliva sua
viscosidade. É constituída também pela
ptialina ou amilase, que é uma enzima que
inicia o processo da digestão do glicogênio.
2.3 - Faringe - É um tubo que conduz os
alimentos até o esôfago.
2.4 - Esôfago - Continua o trabalho da
Faringe, transportando os alimentos até o
estômago, devido aos seus movimentos
peristálticos (contrações involuntárias).
2.5 - Estômago - No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar,
continuam as contrações, misturando aos alimentos uma solução denominada suco
gástrico e realizando a digestão dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido
claro, transparente e bastante ácido produzido pelo estômago.
2.6 - Intestino Delgado – O intestino delgado é um órgão dividido em três partes:
duodeno, jejuno e íleo. A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno
que é a seção responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do
estômago, denominado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o
pâncreas e o fígado fornecem secreções antiácidas.
2.7 - O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático,
constituído de íons bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo. O Fígado
fornece a bile, que é secretada continuamente e armazenada em vesícula biliar (Fig.11)
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Fig. 11 – Fígado, Pâncreas e Vesícula Biliar
Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material
escuro e pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da digestão de
proteínas, carboidratos e lipídios.
As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal
longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna,
vilosidades que são vários dobramentos.
2.8 - Intestino Grosso - O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco,
cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e
potássio), decomposição e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo
das fezes.
2.9 - Ânus - A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por
acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante
todo esse processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o
percurso das fezes até sua eliminação.
3 - Sistema Endócrino
É conjunto de órgãos (glândulas) que apresentam como atividade característica a
produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente
sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando no
controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo.
Glândulas
Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o
hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas
(Fig.12)
39
Glândulas Endócrinas
3.1 -- Hipófise ou pituitária - A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do
nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de
outras glândulas, como a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e
testículos).
3.2 - Tireóide - Localiza-se no pescoço (fig. 13), estando apoiada sobre as cartilagens
da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam
a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo,
elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a
síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento.
A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do
controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a
saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
Fig. 13 - Tireóide
Fig. 12 -
40
3.3 - Paratireóides - São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro,
localizadas na região posterior da tireóide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que
regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue (Fig. 14).
Fig. 14 – Paratireóides – (visão posterior da tireóide)
3.4 - Adrenais ou supra-renais - São duas glândulas que se situam acima dos rins,
produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de
emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos,
para atacar ou fugir (Fig. 15).
Fig.15 – Supra-renais
Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:
a - Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e
pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação
tensa, como uma briga);
41
b - Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso
permite que as células produzam mais energia);
c - Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue
para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também
“gelados de medo”!
3.5 - Pâncreas - O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da
taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina facilita a entrada
da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o
armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do
sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as
refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de
insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue
(hiperglicemia) (Fig. 16).
Fig. 16 – Pâncreas
Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica
muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode
ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar.
Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado,
estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então
enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar. Além de hormônios, o pâncreas
produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha
um papel muito importante no processo digestivo.
3.6 - Glândulas sexuais - As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os
testículos (masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios
produzidos pela hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os
testículos produzem testosterona (ver a fig. 12 na pág. 38 ou as figuras dos aparelhos
reprodutor masculino e feminino).
42
4 -Sistema Imunológico
É uma rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra
o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias,
fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno
de animais peçonhentos).
Os principais componentes do sistema imunitário são a medula óssea, baço, timo, e
nódulos linfáticos. (Fig.17)
Os gânglios linfáticos também contêm linfa, o líquido claro que leva essas células
para as diferentes partes do corpo. Quando o corpo está a lutar contra a infecção, os
gânglios linfáticos podem alargar e sentir dor. O baço (Fig. 18), que também faz parte
dos sistema imunitário, sendo o maior órgão linfático do corpo, contém células brancas
do sangue que combatem a infecção ou doença. O baço também ajuda a controlar a
quantidade de sangue no corpo e dispõe de células sanguíneas velhas ou danificadas.
Outro componente do sistema imunitário é a medula, o tecido amarelo no centro dos
ossos que produz células brancas do sangue, incluindo linfócitos. Estes pequenos
glóbulos brancos desempenham um grande papel na defesa do organismo contra a
doença. Os dois tipos de linfócitos são as células B, que produzem anticorpos que
atacam as bactérias e toxinas, e as células-T, que ajudam a destruir as células
infectadas ou cancerosas.
Fig. 17 - componentes do sistema imunitário
As células T assassinas são um subgrupo
das células T, que matam as células que
estão infectadas com vírus e outros
patógenos, ou danificadas. As células T
auxiliares ajudam a determinar quais as
respostas imunológicas do corpo para um
determinado patógeno. Outro órgão
envolvido no sistema imunitário é o Timo,
onde as células T amadurecem. Distúrbios
no sistema imunitário podem resultar em
doenças auto-imunes, ou doenças
inflamatórias.
Fig.18 – Baço
43
5 -Sistema Tegumentar
O tegumento humano, mais conhecido como pele, é o maior órgão do corpo
humano. A pele faz parte do sistema tegumentário, que compreende a pele, o cabelo e
as unhas, que são apêndices da pele.
O sistema tegumentar é à prova de água e protege o corpo de infecções sendo
também a defesa inicial do organismo contra bactérias, vírus e outros micróbios.
Também excreta resíduos, regula a temperatura e evita a desidratação ao controlar o
nível de transpiração. Ele também possui receptores sensoriais que detectam a
sensação de dor e pressão.
Fig. 19 – Representação de um corte de pele
É formado por três camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme, a
derme e a hipoderme ou tecido subcutâneo.
5. 1 - Epiderme - é a camada superior da pele e não contém vasos sanguíneos.
5.2 - Derme - é a camada média da pele. Formada por duas camadas que fornecem
elasticidade, permitindo o alongamento enquanto também combatem as rugas e a
flacidez. A camada dérmica fornece um local para as terminações de vasos sanguíneos
e nervos. As estruturas de cabelo em seres humanos estão nesta camada.
5.3 - Hipoderme - também chamada de tecido subcutâneo - é a camada mais
profunda da pele. Isso ajuda a isolar o corpo e amortecer os órgãos internos. A
hipoderme é composta por um tecido conjuntivo chamado tecido adiposo que armazena
o excesso de energia na forma de gordura. Vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e
folículos pilosos também correm nesta camada da pele.
6 - Sistema Muscular
Formado por 650 músculos (Fig. 20), este sistema não só apoia o movimento -
controla o andar, falar, sentar, levantar, comer e outras funções diárias que realizamos
44
conscientemente -, mas também ajuda a manter a postura e a circular o sangue e outras
substâncias por todo o corpo, entre outras funções.
Fig. 20 – Sistema Muscular
O sistema nervoso controla as ações dos músculos, embora alguns músculos,
incluindo o músculo cardíaco, podem funcionar de forma autónoma. Os músculos são
mais da metade do peso do corpo humano, e as pessoas que fazem musculação
pesada, muitas vezes ganham peso porque o músculo é cerca de três vezes mais denso
que a gordura.
O sistema muscular pode ser dividido em três tipos de músculos: esquelético, liso e
cardíaco. (Fig. 21)
6.1 - Músculos esqueléticos – único tecido muscular voluntário no corpo humano
que controla cada ação que uma pessoa conscientemente executa.
6.2 - Músculo visceral ou liso - é encontrado dentro de órgãos como o estômago,
intestinos e vasos sanguíneos. Ele é chamado de músculo liso, porque ao contrário do
músculo esquelético, não tem a aparência unida. Sendo os mais fracos de todos os
tecidos musculares. Os músculos viscerais enviam sinais para contrair de forma a mover
substâncias através do órgão. É conhecido como músculo involuntário, uma vez que não
pode ser controlado de forma consciente.
6.3 - Músculo cardíaco - Encontrado apenas no coração, é responsável pelo
bombeamento de sangue para todo o corpo. Assim como os músculos viscerais, o tecido
muscular cardíaco é controlado involuntariamente
45
Fig. 21 – Tipos de Músculos
7 - Sistema Nervoso
O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um
organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade
funcional deste sistema. Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles
propagam-se os impulsos nervosos (Fig. 22).
Fig. 2 – Neurônio e as sinapses
O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso
Periférico.
7. 1 -Sistema Nervoso Central (SNC)
Principais componentes do Sistema Nervoso Central: Medula espinhal, e, Encéfalo,
O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a
recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem
coordenação de grande número de partes do corpo (Fig.23)
46
Fig.23 – Sitema Nervoso Central
O encéfalo, contido dentro da caixa craniana, pode ser dividido em medula
oblonga, ponte, mesencéfalo, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo.
“O lobos frontais do cérebro contém os núcleos da vida intelectual do espírito, e o
cerebelo é a sede dos centros do equilíbrio orgânico da vida anímica, do sentimento,
parte esta que na humanidade atual está sendo sobrepujada pelo cérebro anterior com
hipertrofia da inteligência e atrofia da vida moral”. (Edgard Armond – Passes e
Radiações).
7.2 -Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Formado por nervos Cranianos e Raquidianos, conduz estímulos do meio ambiente
para o espírito e vice-versa. Esses estímulos podem ser voluntários ou involuntários,
conscientes ou inconscientes, motores ou sensitivos, somático ou viscerais (Fig. 24)
Fig. 24 –Sistema Nervoso Periférico
47
Pode ser divido em voluntário e autônomo
7.2. a - Sistema Nervoso Voluntário
Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação
do SNC aos músculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos
involuntários.
7.2. b - Sistema Nervoso Autônomo
O Sistema Nervoso Autônomo é o que mais nos interessa. É o responsável pela
inervação das vísceras e pode ser dividido, por sua vez, em Sistema Nervoso
Autônomo Simpático e Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (Fig. 25).
Fig. 25 – Sistema Nervoso Autõnomo
O Parassimpático, na sua quase totalidade, é representado pelo Nervo Vago, que
inerva todas as vísceras até o intestino grosso na sua parte mais alta, mais ou menos.
Tem uma ação moderadora.
O Simpático é constituído por uma cadeia de gânglios e nervos próximos à coluna
vertebral, denominada Tronco Simpático. Sua ação é excitadora.
O Simpático e o Parasimpático funcionam com um antagonismo que mantém o
equilíbrio interno, automaticamente, equilíbrio esse que é a saúde e que somente se
48
rompe quando ocorrem intervenções diretas do Espírito, que age por meio dos plexos,
principalmente o plexo solar.
A ação do Espírito sobre o Sistema Nervoso Central é toda intelectual, direta e
individual, isto é, para cada situação que surja há uma solução própria, uma reação, uma
resposta especial, que vem do cérebro para o ponto do organismo em que o caso
ocorreu.
Sobre o sistema vegetativo, a ação, como já dissemos, é indireta e permanente: os
órgãos funcionam automaticamente por impulsos vindo do períspirito e enquanto o
Espírito estiver ligado ao corpo pelo cordão umbilical fluídico que, como se sabe,
somente se rompe com a morte física.
São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da
adrenalina e da acetilcolina.
8 - Sistema Reprodutor
8.1 - Sistema Reprodutor Feminino - O sistema reprodutor feminino é formado
pelas gônadas (ovários) que produzem os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os
óvulos do ovário até o útero e os protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver
caso haja fecundação, a vagina e a vulva. (Fig. 26)
8.1.a – Ovários - Nos ovários ocorre a produção de hormônios, como, por
exemplo, os hormônios sexuais femininos (estrógenos e progesterona) e ovócitos
secundários (células que se tornam óvulos, ou ovos, caso haja fertilização).
8.1.b - Trompas de Falópio - Através da trompas de falópio, também
conhecidas como tubas uterinas, o óvulo é coletado da cavidade abdominal, após ser
expelido do ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é conduzido em direção ao útero.
Normalmente a fertilização ocorre ainda em seu interior.
8.1.c – Útero - É no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o
desenvolvimento da gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de parto.
8.1.d – Vagina - É através da vagina que os espermatozóides são introduzidos no
sistema reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de
nascimento.
Fig. 26 – ap. reprodutor feminino
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História do Passe e seus Precursores

  • 1. 1 Grupo Espírita e Filantropico Adolfo Bezerra de Menezes Apostila do Curso de Passe Edna Costa Aracaju - Sergipe 2016
  • 2. 2
  • 3. 3 Índice Capítulo 1 - Introdução ao Estudo do Passe ................................................................................. 04 Capítulo 2 - Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes ................................................... 09 Capítulo 3 – Condições para Doar e Receber Fluidos .................................................................... 14 Capítulo 4 – Quando e Onde Doar ................................................................................................ 21 Capítulo 5 – Conhecendo os Fluidos ............................................................................................. 25 Capítulo 6 – Noções de Anatomia Humana .................................................................................. 32 Capítulo 7 – Anatomia Energética ................................................................................................ 55 Capítulo 8 - Desarmonias dos Centros de Força ........................................................................... 72 Capítulo 9 – Técnicas de Passe ..................................................................................................... 74 Capítulo 10 – Aplicando o Passe .................................................................................................... 86 Capítulo 11 – Recomendações Gerais ........................................................................................... 97 Capítulo 12 – Água Fluidificada ..................................................................................................... 100 Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 111
  • 4. 4 Por que estudar? O estudo do passe se faz necessário, pois como qualquer trabalho, este também requer conhecimentos, ainda que básicos, das suas técnicas e das suas aplicações. “Nos ensina a lógica que quando um assunto afeta a tantos e comporta exames, análises, comprovações e experiências, imediatamente surgem os pesquisadores e divulgadores sérios (...) (Jacob Melo) No entanto, existem dificuldades que necessitam ser eliminadas. Listaremos algumas delas: 1 – Pouca literatura sobre o assunto ou de qualidade duvidosa. 2 – Acomodação: “Foi fulano que me ensinou assim” “Jesus só impunha as mãos e curava...” “já faz tanto tempo que aplico o Passe assim e dá bons resultados...” “Como a técnica é dos Espíritos, deixo que me utilizem e não atrapalho.” “Na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam de certos conhecimentos especializados”. (Alexandre – Missionários da Luz). A grande tarefa dos médiuns aplicadores de passe é auxiliar os Espíritos nesta tarefa sagrada de modo eficiente e sem comodismos. “Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos responsáveis” (Emmanuel – Livro Seara de Médiuns) Breve Histórico sobre Magnetismo Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa técnica de cura está presente em toda a história do homem. "Desde essa época remota, o homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença. Pesquisas destacam que os dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas". Introdução ao Estudo do Passe Capítulo 1
  • 5. 5 "Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas. A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor. As bênçãos foram as primeiras manifestações típicas dos passes. O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as ações, com o poder das mãos". No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamã: "pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso". Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos. Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas. Os papiros nos falam das avançadas ciências da civilização egípcia, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos. Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas. Galeno, um dos pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus pacientes à inspiração que recebia durante o sono. Hipócrates também vivenciou esses momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso... Baixos relevos descobertos na Caldéia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente terapêuticas. "Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques reais". Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos. Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em ação: “E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da lepra". Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galiléia são ainda uma incógnita. O talita kume! (“menina levanta!”, em aramaico) ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos". Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer, nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria. Educado em colégio religioso, estudou Filosofia, Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
  • 6. 6 Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da atuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã. Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica". Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas proposições: A memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar- se em tema de discussões e estudos. "Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração". O Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de leigos e sábios. Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenômenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica. Em 1837, porém, retrata-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos. Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar. O Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail. Alguns Seguidores de Mesmer Armand Marc Jacques Chastenet, o Marques de Puységur, nasceu em Paris, em 1751, numa antiga família de Armagnac que deu à armada vários marechais ilustres, e morreu em Busancy, perto de Soissons, em 1825. Foi um dos mais fervorosos alunos de Mesmer. Magnetizou diretamente os doentes, empregando toques que tem analogia com os passes, as aplicações e as fricções que empregadas atualmente. Atribuía à vontade um papel considerável. Em 1784, descobriu o sonambulismo magnético, magnetizando o camponês Victor Race, que fora atingido por uma pneumonia. Seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine. Joseph Phillipe Francois Deleuze, era bibliotecário no Museu de História Natural e colaborador dos professores desse estabelecimento, era um sábio. Nasceu em Siasteron, em 1753, e morreu em Paris, em 1835. Escreveu muito; suas duas obras que mais interessam são a História Crítica do Magnetismo e principalmente a Instrução Prática sobre o Magnetismo. Foi certamente, o mais prudente dos magnetizadores. Em suas obras ele cita os fatos e expõe um grande número de observações, com o objetivo de fornecer àqueles que praticam o magnetismo os exemplos e os pontos de comparação. Nelas, nada de hipóteses arriscadas. Mostra a concordância que se encontra entre as experiências feitas em diversas épocas, em diversos países, e por homens de opiniões diferentes, e supõe a ilusão em todos os casos onde ela é possível. Jules Denis, o Barão Du Potet de Sennevoy, nasceu em La Chapelle, perto de Sennevoy, Yonne, em 1796, e morreu em Paris, em 1881. Ligou-se aos magnetizadores da época, entregou-se ao exercício, e os resultados que obteve logo o classificaram entre os melhores práticos. Escreveu muito, exclusivamente sobre o magnetismo, e suas obras, que foram muito lidas, ainda serão durante muito tempo.
  • 7. 7 Charles Lafontaine, nasceu em Vendôme em 1803 e morreu em Genebra em 1892. Após haver estudado as obras que haviam aparecido sobre o magnetismo, particularmente as de Deleuze e as do Marquês Du Potet, ele se fez magnetizar para conhecer a ação que o magnetismo exerce sobre o organismo, depois dedicou-se seriamente à sua prática. Percorreu a França, fazendo experiências públicas e tratando doentes. Se distingue de Du Potet, de Deleuze, do marquês de Puységur e de todos os práticos da escola mesmeriana por sua maneira de explicar a ação da vontade. Para ele, a vontade desempenha um papel importante na magnetização; mas servindo somente ao magnetizador para dispô-lo a agir, ela não age sobre o magnetizado. Produziu pouca teoria; suas obras, e particularmente A Arte de Magnetizar, que é a mais importante sob o ponto de vista prático, são antes resumos de observações que obras didáticas. Hippolyte Léon Denizard Rivail, Allan Kardec, nasceu em Lyon, França, em 3 de outubro de 1804 e morreu em 31 de março de 1869. Foi magnetizador por 35 anos. Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet até 1850, frequentando as sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador. Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas anotações íntimas, constantes de Obras Póstumas. Hector Durville nasceu em 8 de abril de 1848, em Mousseau, França e morreu em 1923. Era médico psiquiatra. Descobriu o mesmerismo no outono de 1861, quando um de seus irmãos tornou-se vítima epidêmica de disenteria. Com seus filhos Gaston, Henri e André Durville ele desempenhou um papel significativo na popularização de estudos sobre temas considerados ocultos (Espiritualismo e Magnetismo) na França. Alphonse Bué, nasceu em 22 de dezembro de 1851, Yonnee morreu em Lyon no dia 16 de novembro de 1931. Foi um influente estudioso e autor francês de obras sobre o magnetismo animal e sobre o hipnotismo. Assim que se desvencilhou do Exército desloca- se para Paris e Lyon, se compromete com o Hospital da Salpêtrière como assistente de laboratório.Foi no Salpetriere que ele pode assistir às experiências hipnóticas do Dr. Charcot e tornou-se ciente de seu magnetismo. Magnetismo este aplicado em pacientes onde encontrou o que seria para ele o meio de tratamento mais benéfico. Foi neste período que ele conheceu o tenente-coronel Albert de Rochas, então diretor da Escola Politécnica de Palaiseau, com quem ele vai praticar experiências importantes em Lyon e Grenoble. Além do Coronel de Rochas, ele conheceu outros pioneiros do Espiritismo de seu tempo, como Léon Denis, Gabriel Delanne, professor Charles Richet e também Maître Philippe. No Congresso Espírita de 1900, ele apresentou provas bem documentadas referentes "a questão e polaridade", as "considerações e diferenças entre o hipnotismo e magnetismo" e "o papel dos espíritos na economia humana". Sua obra Magnetismo Curador é fundamental para quem deseja conhecer e praticar o magnetismo. Magnetismo e Espiritismo Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo (...). Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas (...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devíamos aos nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram- se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária”. É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A
  • 8. 8 Gênese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da ação fluídica", destacando que todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência e rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: é o fluido que desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais. Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Espiritualistas. Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais e de origem patológica. Praticado, estudado, observado sob variáveis nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Misto ou Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas. Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a ação terapêutica da Psicoterapia moderna. Exercícios 1) Como você justifica a necessidade de estudar o Passe? 2) Cite algumas dificuldade ou oposições ao estudo do Passe. 3) Podemos considerar o magnetismo ou passe como procedimento novo? Justifique 4) Faça um resumo do desenvolvimento do Magnetismo, como Ciência. 5) Como podemos considerar o Magnetismo nos dias atuais? Comente
  • 9. 9 Passe Definição: O Magnetismo, Passe ou Fluidoterapia, possui várias definições. ”É a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício” (KARDEC, Allan. Curas. In “A Gênese”) “(...) O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes (...) de quantos sabem verdadeiramente amar” (DENNIS, Léon. A força psíquica. Os fluidos. O magnetismo. In “No Invisível” 2ª parte cap. XV p.182) “Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Emmanuel: O Consolador, questão 98) “O passe é a transmissão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade.” (Emmanuel: Segue-me, p. 99.) “O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.” (André Luiz: Opinião Espírita) Objetivos do Passe Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual. Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de "evangelhoterapia", submetendo-se aos tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios de combater os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o cercam mas com a mudança de sua ótica em relação a elas. Jacob Melo, relaciona os objetivos do Passe, segundo: a) Em Relação ao paciente O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e espiritual do paciente. Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes Capítulo 2
  • 10. 10 b) Em Relação ao médium Além de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o médium se esforçar por melhorar-se moralmente, no intuito de cumprir sua tarefa dignamente e de melhor favorecer aos objetivos do Passe. c) Em relação ao Centro Espírita Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar-se de seus médiuns para os serviços do passe, mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos, simpósios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis, se eximindo da limitação. “O Centro Espírita, para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita". Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se pretende servir”. (Reformador de 1992, editorial) A aplicação do passe deve, portanto, guardar coerência com as orientações doutrinárias, fundamentadas na Codificação Kardequiana. Classificação dos Passes Podemos classificar o Passe: A) Quanto à fonte do fluido 1 – Magnético - É o passe transmitido pelo médium, fornecendo somente os seus próprios fluidos, a sua própria força irradiante, porque é feito do corpo do médium diretamente para o corpo do enfermo, sem que os fluídos sofram interferência ou modificação. Nesse tipo de passe normalmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem os mais necessitados. 2 – Espiritual - É o passe transmitido pelos espíritos, o que está fora do alcance de nossa vista material, a uma só pessoa ou a muitas ao mesmo tempo. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos do médium, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores, pelo espírito que veio assisti-lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluído animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passe. Com isso, pode-se compreender que os resultados conseguidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e desencarnados, são bem maiores do que aqueles conseguidos em nossas residências, contando somente com a ajuda do nosso anjo guardião. 3 - Misto - É o passe onde se misturam os fluídos do passista com os da espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas, contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados. Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos encarnados e também ministrando eficiente socorro às entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluídos.
  • 11. 11 B) – Quanto ao Alcance do Fluido 1 – Magnético - Objetiva o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou perispirituais, aí se incluindo os passe espirituais praticados pelos espíritos diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficiências ou limitações “físicas” naqueles. 2 - Passe Espiritual - Destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual, principalmente daqueles cujas matrizes são os processos obsessivos ou decorrentes de desvios morais. Para exemplificar, este passe é aplicado pelos médiuns nas reuniões de desobsessão. 3 - Passe Misto – É aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do ser, ou seja: Corpo, Perispírito e Espírito. Os fluidos aqui “manipulados” atuarão não apenas a nível perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão igualmente a intimidade do espírito, ainda que por via perispiritual. C) Quanto à técnica 1 – Passe Magnético – Entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do magnetismo, não importando nem de onde venham os fluidos nem para que fins se destinam, nem quem o aplique. 2 – Passe Espiritual – É aquele onde o médium utiliza, como técnica, apenas a prece, a irradiação (a distância) ou, no máximo, a imposição de mãos sem movimentos e sobre a cabeça ou fronte do paciente. Este seria aquele em que o médium não necessitaria ter tantos conhecimentos de técnicas pois sua ação seria essencialmente mental. 3 – Passe Misto – É aquele que faz a utilização conjugada da prece com imposição de mãos seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de um passe com técnicas variadas após uma radiação (que é um passe espiritual). Para reforço do entendimento, diríamos que tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica antes e/ou após a imposição de mãos, intercalada por técnicas outras. D) Quanto ao modo de Aplicação 1 – Passe Individual – É aquele em que o paciente recebe o passe individualmente. Nesta modalidade, o médium pode utilizar as técnicas específicas de acordo com as necessidades de cada paciente, enquanto os Espíritos manipulam os fluidos com o mesmo objetivo. 2 - Passe Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número face à multidão que o procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados, recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal neste processo de ajuda espiritual é a sintonia do candidato a receber o passe, os próprios espíritos passistas durante a palestra ministram bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para participar na ocorrência deste fenômeno enquanto beneficiado. Classificação dos Pacientes Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar ao paciente, além do passe, tudo o mais que é da maior importância: evangelho, orientação, desmistificação do tratamento e
  • 12. 12 desmistificação dos ídolos, conclamando-os à reforma interior e à compreensão dos fatos para, pelo conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que, embora costumeiros, são injustificáveis. Como homens, sabemos que a administração do patrimônio orgânico é tarefa pessoal e intransferível, estando não apenas sua manutenção sobre nossa responsabilidade, mas, igualmente sua conservação dentro dos padrões de equilíbrio que a própria natureza nos indica. Emmanuel em o Consolador salienta que: “Quando, porém, o homem espiritual dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de forças e possibilidades espirituais juntos das almas”. As Casas Espíritas que possuem o trabalho de passe ou de tratamento pelo magnetismo, costumam ser muito procuradas por vários tipos de pacientes com os mais variados tipos de problemas, de modo que se torna necessário procurar entender a origem da problemática de cada um deles. É por este motivo que podemos classificar os pacientes que procuram este serviço. Jacob Melo classifica da seguinte maneira. A) Pacientes com doenças físicas - Incluem os pacientes que apresentam problemas orgânicos, desprezando qualquer fator que não seja puramente físico. Subdividiremos este grupo de pacientes em três: 1 – Doenças contagiosas - O passista não deve negar atendimento a essa categoria por medo de contágio, todavia devemos ter o bom senso de não expor alguém que venha em busca de auxílio ao contágio de outro mal. Tal como não será cristão dispor o contagiante que igualmente busca ajuda, ao ridículo da execração de outrem. A prudência nos sugere discernimento e tato. Certos cuidados devem ser observados no tocante aos pacientes portadores de doenças contagiosas. O atendimento deverá realizado em um ambiente separado dos demais pacientes, principalmente se houver no recinto crianças, gestantes ou idosos ou ainda pessoas com baixa imunidade. “Interditar, sempre que necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias contagiosas nas sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação para o socorro prévio, pois a fé não exclui a previdência” (André Luiz) 2 – Doenças não contagiosas - O paciente aqui enquadrado não expõe outros a riscos de contágio, seu atendimento poderá ser feito tanto de forma individualizada quanto em grupo, dependendo do tratamento e das técnicas a serem usadas. 3 – Doenças desconhecidas – Buscar informações via receituário da Casa Espírita bem como junto ao próprio paciente ou acompanhantes, ou ainda através da intuição espiritual e do tato magnético. Nessa situação, é muito importante orientar o paciente a buscar o tratamento médico, caso ainda não esteja sendo acompanhado por um profissional. Também devemos informar aos pacientes que estiverem em tratamento médico que deverão continuar indo às consultas médicas normalmente. Da mesma forma, se estiverem fazendo uso de qualquer medicamento, prescrito pelo seu médico, este deverá ser mantido, pois jamais devemos sugerir, sob nenhuma hipótese, a suspensão de substâncias medicamentosas.
  • 13. 13 “Se o doente estiver fazendo uso de medicação receitada por médico da Terra, esta não deverá ser suspensa, nem sob o pretexto de atrapalhar o tratamento espiritual. Uma atitude dessas traz graves implicações (...) poderá comprometer quem a recomendou.” (Suely Caldas Schubert) B) Pacientes com problemas espirituais 1 - Origem perispirítica - pela natureza pretérita da doença, fácil concluir que nem sempre serão possíveis grandes conquistas, inclusive com a fluidoterapia. 2 - Origem obsessiva – a cura das obsessões , é de difícil curso e nem sempre rápida, estando a depender de múltiplos fatores especialmente da renovação, para melhor, do paciente, deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue. 3 - Desvios morais – como a ação fluídica tem na vontade seu motor e no pensamento seu veículo, fica evidente eu pacientes com tais problemas tornam-se, via de regra, extremamente refratários à fluidoterapia, porquanto tal decorrência tem matriz nas desarmonias que são geradas na instabilidade moral do paciente, o que por sua vez não lhe favorece uma mentalização equilibrada e constante no bem. C) Pacientes com ambos problemas - Verificamos aqui, os pacientes com problemas físicos (orgânicos) e psíquicos (espirituais) Mais uma vez nos deparamos com a prudência em analisar e principalmente nunca, descartar o tratamento da medicina convencional para alguns casos. Através do estudo, sempre conjugado à intuição espiritual, podemos avaliar a maior valência do problema do paciente para bem direcionar o tratamento. A paciência também será grandioso instrumento para este tratamento, paciência esta, por parte do paciente e do passista. EXERCÍCIOS 1) Qual a definição de Passe? 2) Cite os objetivos do passe. 3) O que é passe magnético? 4) Como podemos diferenciar o passe magnético do passe espiritual? 5) De onde vêm os fluidos transmitidos durante o passe misto? 6) É possível a aplicação de passe sem a presença de Espíritos? Justifique 7) Qual o passe mais eficiente? Explique 8) Qual a principal indicação do passe magnético, do espiritual e do misto. 9) Geralmente o passe coletivo é utilizado em quais circunstâncias? 10) Podemos considerar o passe coletivo como magnético ou espiritual? Justifique 11) Quais os tipos de pacientes que procuram o atendimento espiritual? 12) Quais os cuidados que devemos ter em relação às doenças contagiosas? 13) Que orientações devemos dar aos pacientes que estão em tratamento médico?
  • 14. 14 Para os médiuns e pacientes É importante considerar que todos podem aplicar passes e todos podem recebê-lo. No entanto, vale entender que nem sempre os resultados serão os mesmos em todos os pacientes e nem em relação ao mesmo médium. Esta diversidade de resultados se deve a influencia de vários fatores que estão relacionados tanto ao médium quanto ao próprio paciente que procura a assistência espiritual. Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo restabelecimento. 1- Fé: Através dela é possível agir sobre os fluidos, modificar e direcioná-los. O poder da fé demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ, pode só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas que não passam de efeitos de uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 7). Na verdade não há muito o que interpretar destas palavras de Kardec; apenas queremos aqui ressaltar a ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da força de vontade. Torna-se desnecessário dizer, que na ausência da fé, por parte do passista, é a anulação prática de seu poder fluídico e, no paciente é a falta do catalisador fundamental do restabelecimento. Conforme Kardec nos assevera : "Entende-se por fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim." Tanto quem doa como também quem recebe esta fé deverá ser uma diretriz muito importante no resultado das atividades fluidoterápicas. 2- Merecimento: neste caso devemos considerar os aspectos cármicos e os atuais dos pacientes assistidos. Para podermos em profundidade entender o merecimento faz-se necessário recorrer à teoria da reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta muitos volumes e não é o nosso objetivo nesse estudo, nos limitaremos a um raciocínio de Kardec, simples e por demais objetivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a reencarnação, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente que sua possibilidade é mais racional e justa que sua negação pura e simples. "Por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doenças incuráveis Condições para doar e receber fluidos Capítulo 3
  • 15. 15 ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema, etc.) são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na visa atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5). Isto posto, afiançamos que a questão do merecimento está diretamente ligada aos débitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que vimos empreendendo para nos melhorarmos física, psíquica, moral e espiritualmente. Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós mesmos em pesados delitos, tendo comprometido igualmente nosso perispírito, teremos que assumir também as consequências de tais mazelas. Sendo o nosso órgão espiritual comparado a uma esponja que a tudo absorve, seguramente transferirá ao novo corpo as deficiências localizadas, as quais, dependendo da extensão e gravidade das faltas, demorarão para se harmonizar, envolvendo-nos no aprendizado de valorização das reais finalidades orgânicas. Por outro lado, se temos qualquer problema, que tomamos aqui, o fumo, e devido a esse fumo temos problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não largamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para o restabelecimento, tudo redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso acontece, com os problemas psíquicos (cármicos), se não nos esforçamos por melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico, dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato. Situações tais, vulgarmente chamadas de "ausência de merecimento", são fatores a serem considerados nos tratamentos fluidoterápicos. Como a situação da falta de merecimento está vinculada diretamente com nossa inferioridade, poucos são os que aceitam tal explicação com tranquilidade, pois, mesmo sendo quem somos, nos acreditamos melhores do que na realidade o somos e, por isso mesmo queremos "driblar" a espiritualidade fazendo rápidas e curtas e diria também sem sentimentos boas ações, com isso imaginando adquirir a "senha" do merecimento. E aí, verificamos algumas opiniões sobre os passistas, no sentido de que eles não são "bons", não estão "amparados pelos espíritos", que não "servem para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos esquecemos que às vezes existe maior merecimento em continuar enfermo do que saudável. Finalizando, diremos que não existe tratamento impossível, pitadas de altivez, animo, força de vontade, crescimento moral, fé são também disposições que permitimos a nós mesmo para uma futura melhoria física ou espiritual. E lembrando a máxima de Jesus que "a fé transporta montanhas". 3- Pensamento e vontade: a vontade sincera de ajudar, aliviar, de curar é capaz de agir sobre os fluidos, dando-lhes características específicas e direcionamento. “O Pensamento é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou pra o mal.(...) (Léon Denis) “O Pensamento é o gerador dos Infra corpúsculos ou das linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou mal (...), segundo a vontade que o exterioriza e dirige.” (Emmanuel - Roteiro) “Por seu acúmulo, pode converter-se em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificante ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável à falta de terminologia equivalente, por “raio de emoção”. (André Luiz – Evolução em dois Mundos)
  • 16. 16 " Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como há de explicar a ação material de tão sutil agente? - A vontade é atributo essencial do espírito. Com o auxílio desse alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. Tanto quanto do espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder do magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da força de vontade. Podendo o espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites. (Livro dos Médiuns, cap. 8, item 131). No entanto, outros pontos que dizem respeito aos médiuns devem ser observados; 1) Condições Físicas – é óbvio que para doar fluidos é necessário estar em boas condições de saúde. Não deverão aplicar passes as pessoas com estejam se sentindo doentes, cansadas, estressadas, que sejam portadoras de doenças graves ou que tomem medicamentos de ação no Sistema Nervoso Central (SNC). Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: "Um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente". "Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc., embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap. 7). “Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar a sua prática. Especialmente em se tratando de doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam o passista extremamente combalido ou fragilizado, e das doenças ou desvios da psique. Quem esteja acometido de alguma doença que o impossibilite de realizar tarefas que exijam esforço, também deve estar muito atento. Insuficiências cardíacas, pulmonares e degenerativas do sistema nervoso, bem como estados depressivos, usualmente são desabonadores da aplicação. (...) Também fica seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais (as obsidiadas), pessoas viciosas (quem fuma e bebe regularmente deve procurar superar os vícios ou abster-se de aplicá-los), indivíduos fazendo uso de medicamentos controlados (especial mente os de tarja preta e/ou que atuem no sistema nervoso central). Estas pessoas vibram negativamente.” (Jacob Melo). Dra. Marlene Nobre informa ainda que não pode haver doação com o sistema nervoso esgotado e que quando estão em curso moléstias do sangue ou degenerativas, como a anemia e o câncer, não é recomendável a doação fluídica, porque o próprio médium está necessitado de repor suas energias desgastadas. É preciso lembrar que o fluido vital circula no sangue e que o fluido magnético está diretamente implicado no sistema de defesa do corpo físico. No tocante ao uso de medicamentos controlados com ação no SNC, pode impedir a emissão ou causar uma contaminação dos fluidos, caso sejam emitidos. Esta situação é a mesma para outras drogas. “O fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares”. (André Luiz - Missionários da Luz, cap. 19) 1. a - Cuidados com a alimentação - Preocupamo-nos aqui, também com a alimentação, pois conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19: "O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas
  • 17. 17 dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias que geram no aparelho gastrointestinal. 1. b - Cuidado com os excessos - “O Espiritismo (...) aconselha que preservemos o nosso corpo dos elementos ou fatores que lhe diminuam a capacidade de resistência, e assim teremos que nos alimentar, sóbria, mas suficientemente; não podemos perder a noite em prazeres inúteis ou os dias em maus contubérnios e em vícios; não devemos entregar- nos à ociosidade; não usaremos vestes impróprias ao clima; não procuraremos exagerar o recato até o ridículo.(...)” (Carlos Imbassahy) A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho do passe. Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti- la? Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de mazelas segundo a situação de que o médium se encontre. 2) Condições Morais - Fazendo uso das palavras do Codificador em o Livro dos Médiuns, cap 20, compreenderemos de uma maneira mais alargada a função da moral em torno do passe: "Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. As qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. Além disso, a porta que os espíritos imperfeitos exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades". Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec publicou uma mensagem do Abade Príncipe de Hohenlohe muito interessante: "Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se Deus vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as vossas imperfeições . Mas Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos homens da terra. A esse título, ninguém entre vós seria digno de ser médium curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais esforços constantes para vos purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. Melhorai- vos pela prece, pelo amor ao Senhor, de vossos irmãos e não duvideis que o Todo- Poderoso não vos dê as ocasiões frequentes de exercer vossa faculdade mediúnica. Até lá orai, progredi pela caridade moral, pela influência do exemplo". Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado à medida que formos mais puros e desprendidos da matéria, à medida que darmos mais valor aos bens espirituais em detrimento das coisas materiais. "As qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliado à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita, Setembro de 1865). Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre no Livro Missionários da Luz, cap 19:
  • 18. 18 "O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino". Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave fundamental para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com os bons olhos da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de virtudes enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W. Meek, em As Curas Paranormais ). Através de todas estas análises, sentimos como o posicionamento moral do médium é muito importante para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que os pacientes sejam sempre "bonzinhos" e que os espíritos estejam sempre "na agulha" para agirem ao nosso "estalar de dedos", sem que sejamos nós os primeiros a estarmos prontos, física e sobretudo, moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar diferente. A moral há de ter importância preponderante nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são processados é basicamente mental (para não dizer espiritual). A mente determina a vibração fluídica a partir da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelo padrões psíquicos dos emissores; estes fluidos serão mais consistentes e harmonizados quanto mais equilíbrio tiver a moral dos doadores. Assim, deixando de lado as condições do receptor final (paciente), a emissão fluídica assume o cunho de pureza determinada pela moral em que vibram os emissores (médiuns e magnetizadores). 3) Condições Mentais (Psíquicas) – “Cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as que apresentem sintomas, ainda, que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há predisposição, evidente para a loucura.” (Allan kardec – LM cap 18, item 222) “Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso, esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz , cap. 19, pp. 322 a 324.) A perturbação da mente pode produzir efeitos no corpo físico? R.: Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental é, pois, ascendente de graves processos patológicos. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz, cap. 19, pp. 325 a 333.). Os médiuns hão de desenvolver condições íntimas de fé e confiança, que se adquirem com muito labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração ou repulsão, conforme o grau de atitudes cultivadas existentes entre eles. A mente esta presente como ponto de muita relevância nas manifestações mediúnicas, pois o cérebro é um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual, ou seja, se não tentarmos manter-nos em um estado
  • 19. 19 constante de reforma mental, na construção de pensamentos melhores, seguramente estaremos também prejudicando esta manifestação de amor através do passe. Pois atraímos a sintonia que cultivamos. O Cultivo da mente pura é nosso dever, ela é o filtro por onde passam as benesses que favorecerão nosso próximo e, por conseguinte, a nós mesmos. As diferenças de efeitos fluídicos nos doentes se devem ao chamado Potencial Fluídico Allan Kardec nos informa: “São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica”. (A Gênese, Os fluidos, cap 14 item 32) “Como quem doa tem, tem que ter o que doar ou saber o que, e onde conseguir para doá-lo”. (Jacob Melo, O Passe- pag. 137) Podemos considerar o potencial fluídico como sendo a capacidade que um fluido tem de agir de forma mais ou menos intensa e/ou rápida sobre um corpo. Alguns fatores influenciam no potencial fluídico, são eles: 1 - Afinidade Fluídica “A cura é devida às afinidades fluídicas, que se manifestam instantaneamente, como um choque elétrico, e que não podem ser pré-julgadas” (Jacob Zuavo – RE 1867) 2 - Receptividade do Paciente – Paciente deve sentir confiança no tratamento se colocando na condição de receptor dos fluidos. 3 – Moral “Tanto maior será a força do magnetizador quanto mais puro for o seu coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente, tanto maior será o poder de sua irradiação”. (Michaelus – Magnetismo Espiritual) “O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo.” (Emmanuel – Seara de Médiuns)
  • 20. 20 EXERCÍCIOS Certo ou Errado? 1- Para ser magnetizado e sentir os efeitos do magnetismo, não é necessário nada além de comparecer ao centro nos dias do tratamento espiritual. ( ) 2- A Fé é condição importante, mas apenas para o paciente. ( ) 3- Entre vários fatores para ser magnetizado, o merecimento deve ser considerado, pois ele pode determinar o sucesso do tratamento. ( ) 4- O pensamento e a vontade são condições importantes para o médium, pois são esses elementos que vão impulsionar e direcionar os fluidos. ( ) 5- A alimentação exagerada é prejudicial ao trabalho do magnetismo. Deve os médiuns e pacientes se alimentar de maneira adequada e suficiente. ( ) Responda as perguntas; 6- Por que as condições morais influenciam no passe? 7- Por que as condições mentais também podem interferir no tratamento? 8- Em quais condições de saúde, o médium deve se abster de aplicar passe? 9- Faça um resumo das condições gerais que um médium magnetizador deve possuir para realizar um bom trabalho de passe. 10- O que é potencial fluídico? 11- Explique quais os elementos que podem influenciar no potencial fluídico.
  • 21. 21 “Nossa missão é de amparar os que erram e não fortalecer os erros.” (Espírito Anacleto) “Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios em que se encontram por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a título de benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados, temos instruções superiores para entregá-los à própria obra a fim de que aprendam consigo mesmos. Podemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.” (André Luiz – Missionários da Luz) Em Relação ao Paciente Podemos Aplicar o Passe Quando 1 - O paciente procura ou solicita tal serviço, se esforçando por consegui-lo. 2 - O paciente se encontra hipnotizado ou em estado sonambúlico, quer por força material, anímica, quer por força espiritual, quer de forma natural ou provocada e é necessário tirá-lo desse estado. 3 – Como recurso terapêutico total, complementar, reparatório ou preparatório. 4 – Quando indicado por receituário espiritual ou pela casa espírita. Não é Conveniente Aplicar o Passe Quando 1 – O paciente é refratário por decisão própria, provocando desgaste fluídico para os médiuns. Nesse caso, apenas indicar: Evangelho, estudo, diálogo fraterno, nome para as irradiações. 2 – O paciente não quer tomar o passe 3 – A procura do passe é simples curiosidade, comodidade ou teste. 4 – O paciente se nega a seguir as orientações que lhe são dadas (assistir doutrinárias, evitar bebidas antes e depois do passe ou não ficar faltando sistematicamente ao tratamento, etc.) Em Relação ao Médium O Médium Pode Aplicar 1 – Quando estiver moral e emocionalmente equilibrado e se sentir em condições físicas. Quando e Onde Doar? Capítulo 4
  • 22. 22 2 – Quando for solicitado, em casos sérios ou urgentes 3 – Quando estiver ou for indicado para tal tarefa. 4 – Quando em condições ambientais e fluídicas propícias 5 – Quando dispuser de fluidos magnéticos próprios e suficientes para o trabalho 6 – Quando conhecer, ao menos, a dispersão fluídica, a concentração de fluidos e a imposição de mãos; tiver vontade firme e desinteressada e boa intuição e/ou tato magnético. 7 - Não portar doenças infecto-contagiosas. O Médium Não Deve Aplicar Quando 1 – Não se sentir confiante. 2 – Estiver nutrindo sentimentos negativos e não conseguir superá-los. 3 – Tiver vícios como o uso regular de álcool, fumo, tóxicos, alimentar-se desregradamente ou usar de práticas que promovam desgastes físicos exaustivos e desnecessários. 4 – Estiver com o estômago muito cheio ou após ter se alimentado de maneira pesada. 5 – Estiver usando medicamentos controlados. 6 – Em idade avançada e com visível esgotamento fluídico e deficiências físicas. 7 – Quando se é criança ou adolescente. 8 – Estive estafado física e/ou mentalmente. “Todo trabalho para expressar-se em eficiência e segurança reclama disciplina. A ordem preside o progresso e, por isto mesmo, não podemos perder a ordem de vista, sob pena de desequilibrar, embora sem querer, o nosso próprio trabalho.” (Jacob Melo). Em Relação à Casa Espírita O Passe deve ser aplicado 1 – Nos encarnados: O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais junto aos necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar alinhada no mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo. O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de auto melhoramento e de reeducação espiritual, utilizados normalmente. 1.1 – No atendimento aos necessitados nas reuniões de assistência social e espiritual da casa espírita. 1. 2 – Após as reuniões doutrinárias. 1. 3 – Em horários previamente estabelecidos para tal serviço.
  • 23. 23 2 – Nos desencarnados: - Nas reuniões mediúnicas. Com o Passe podemos mais facilmente alcançar-lhes o centro da emoção, transmitindo-lhes diretamente ao coração as vibrações do nosso afeto. O Passe ajuda a dispersar/desintegrar os acessórios que costumam trazer, como armas, símbolos, vestimentas especiais, objetos, couraças, etc... O Passe cura dores que julgam totalmente “físicas”, pois localizam-se muito realisticamente em pontos específicos de seus períspiritos. Com o passe os adormecemos, para provocar fenômenos de regressão de memória ou projeções mentais, com as quais os mentores do grupo compõem os “quadros fluídicos”, tão necessários, às vezes, ao despertamento de Espíritos em estado de alienação. A moderação é necessária, para que, ao tentarmos acalmar um Espírito agitado, não o levemos a um estado de sonolência que dificulte a comunicação com ele, justamente o que mais se necessita para o diálogo, para ajudá-lo, é não entorpecê-lo ao ponto de levá-lo ao sono magnético. Sendo que às vezes é justamente necessário a utilização deste expediente, ou seja, é necessário adormecê-lo, a fim de que possa ser retirado pelos mentores, seja recolhido a instituições de repouso para tratamento mais adequado, ou trazido na sessão seguinte, em melhores condições de acesso. Não Convém Aplicar 1 – Quando não houver médiuns preparados. 2 – Em casos de obsessões violentas e subjugações, principalmente fora do centro. Só aplicar contando com o apoio espiritual e material indispensável. 3 – No lar. 4 – Em lugares públicos. Só aplicar quando necessário, com a autorização da casa espírita e nunca ir sozinho, sempre em equipe. 5 – Quando o bom senso não recomendar e a prudência não o determinar. Onde Aplicar o Passe na casa espírita 1- Cabine de Passes (Passes Individuais) “Nesta sala se reúnem sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos uma espécie de altar interior formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos.” (Espíritp Áulus – Nos Domínios da Mediunidade) 2- No salão das reuniões doutrinárias (Passe Coletivo) - Podem ocorrer quando o Centro Espírita não dispõe de um espaço reservado para o passe. - Quando se aplica o passe nas crianças sentadas no colo da mãe, ou ainda em mães gestantes. - Quando o Centro Espírita não dispõe de médiuns suficientes para o passe individual. Observação: Possui o inconveniente das técnicas não poderem variar para atender as diferentes necessidades dos pacientes.
  • 24. 24 EXERCÍCIOS 1 – Em quais condições o médium pode aplicar o passe? 2 – Quando não é conveniente o médium aplicar o passe? 3 – Em relação ao paciente cite algumas condições nas quais podemos aplicar o passe e quando não podemos. 4 – Qual a importância do passe nos encarnados? 5 – Qual a utilidade do passe nos desencarnados? 6 – De que modo o passe costuma ser aplicado nas casas espíritas? 7 – Qual a diferença entre passe individual e coletivo? 8 – Em que situações podemos aplicar o passe coletivo? PARA REFLETIR E RESPONDER * É necessário tomar passe todas às vezes em que assistimos as reuniões doutrinárias? * O médium quando termina de aplicar passes precisa tomar passe com outro médium? * Após uma comunicação mediúnica, o médium sempre precisa tomar passe?
  • 25. 25 Os Fluidos e suas Diferenciações Considerações Um dos grandes mistérios que a Ciência humana procura esclarecer é o da existência de uma matéria básica universal, capaz de servir como ponto de partida para a origem dos elementos físicos conhecidos. Embora pesquisadores em todo o mundo tenham se empenhado no estudo da estrutura íntima dos átomos, ainda não se conseguiu encontrar esse elemento básico primitivo. Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só "ponto'', sob uma pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e aos astros. O Universo, de acordo com a física moderna, continua a se expandir e não se sabe até quando continuará neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento material primitivo, estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das coisas. No século XIX, quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles revelaram uma teoria onde explicavam de forma racional a origem das coisas materiais e espirituais. Diziam que havia por toda a Criação um elemento primitivo etéreo, denominado "fluido universal", e que todos os elementos materiais conhecidos seriam formas modificadas deste fluido. Alguns cientistas no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada "éter", mas não conseguiram convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência não podia compreender a presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse detectada pelos instrumentos existentes. O Espiritismo, através dos fenômenos de efeitos físicos, demonstrou a existência do fluido universal, base de todos os elementos materiais. O que são fluidos? Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Todos estamos mergulhados no Fluido Cósmico Universal, substância básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos nela predominantes. “Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.” Conhecendo os Fluidos Capítulo 5
  • 26. 26 (André Luiz – Evolução em Dois Mundos) “A matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis, que denominamos “FLUIDOS”. À medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das formas de energia.” (Léon Denis – No Invisível) “No plano espiritual o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos.” (Espírito André Luiz – Evolução em dois mundos) Origem dos Fluidos “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” (LE – 1ª Parte, Cap.1 Q1) Princípio Espiritual (Princípio Inteligente Universal) - “O Princípio Inteligente Universal é o elemento primitivo espiritual, cuja a natureza desconhecemos. É suscetível de elaboração e desenvolvimento evolutivo, para a formação de individualidades inteligentes, em união com a matéria”. Princípio Inteligente - O Princípio Inteligente provém do Princípio Espiritual e sua individualização resulta na formação do espírito, que em contínuo processo evolutivo, virá a ser o Espírito Imortal. Trindade UniversalFig. 1
  • 27. 27 Princípio Material ou Fluido Universal (Primitivo, Elementar) - “Matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza”. Fluido Cósmico - O Fluido Cósmico é a primeira e maior decorrência do Fluido Universal, o qual, além de gerar todos os universos, macros e micros contém os demais campos que dão origem às matérias mais densas (Jacob Melo). “O Fluido Cósmico Universal é a substância primitiva (matéria elementar) onde residem todas as forças e a partir do qual são feitas todas as coisas, pois é suscetível de inúmeras combinações.” (GE, VI- 7, 10 e 17). “Há um fluido etéreo que preenche o espaço e que penetra os corpos; esse fluido é o éter ou matéria primitiva, geradora do mundo e dos seres.” (GE VI – 10) O fluido cósmico universal é a matéria básica fundamental de todo o Universo material e espiritual, a matéria elementar primitiva. É altamente influenciável pelo pensamento (que é uma forma de energia), podendo se modificar, assumir formas e propriedades particulares. A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas sonoras se projetam na camada atmosférica. Em torno dos planetas, o fluido universal apresenta-se modificado. A presença da vida no orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado pela atividade mental dos habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido universal que os circunda apresenta-se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados, a atmosfera espiritual é mais leve e luminosa. Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização ,estado normal primitivo ( Fig 2), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em matéria tangível. No estudo deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas afecções do ser humano e os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos centros espíritas, na profilaxia e tratamento das enfermidades físicas e espirituais. "No estado de eterização, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez, do que no estado de matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que, se bem sejam procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais, e dão lugar aos fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo, esses fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência material tanto quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o que para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam para produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais, embora usando processos diferentes" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 3).
  • 28. 28 Origem e Diferenciação dos Fluidos Fluido Vital (Magnético, Ectoplasma, Animal) “É uma das diferenciações do Fluido Cósmico Universal. É responsável, quando combinado com o Fluido Cósmico ou com outras de suas derivações, através do agente chamado PRINCÍPIO VITAL segundo padrões muito especiais, pela vida.” (Fig. 3) Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria, pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria. Esse agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida. Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos, pergunta 70: "A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante. A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm. O fluido vital se Fig. 2
  • 29. 29 transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se". Ativação dos Princípios Vitais e o Fluido vital Princípio Vital – “É o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a interligação de um “campo” específico chamado “fluido vital” com elemento(s) proveniente(s) de outro “campo” (Princípio Espiritual).” (Jacob Melo) “Quando o organismo vive, o Fluido Vital está ativado pelo Princípio Vital que dá àquele e a todas as suas partes “uma atividade” que as põe em comunicação entre si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre”. Qual a diferença entre princípio vital e fluido vital? R: De forma mais superficial, nenhuma. De forma mais específica, podemos dizer que o principio vital é o agente do fluido vital. Numa analogia, podemos dizer que o principio vital está para a carga elétrica de um elétron assim como o fluido vital está para a eletricidade. Ou seja, no principio vital existe a energia em potencial e no fluido vital esta energia está em ação (movimento). Fig. 3
  • 30. 30 Propriedades Físicas dos Fluidos 1- Os fluidos possuem qualidade nula. 2- O fluido magnético, que se nos escapa continuamente, forma em torno do nosso corpo uma atmosfera. 3- A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. 4- A quantidade de fluido vital se esgota. 5- O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. 6- O fluido penetra todos os corpos animados e inanimados. 7- Possui um odor e coloração, que varia segundo o estado de saúde física do indivíduo, dos seus dotes morais e espirituais, e do seu grau de evolução e pureza. 8- É visto pelos sonâmbulos como um vapor luminoso, mais ou menos brilhante. 9- Se propagam a grandes distâncias, o que depende, entretanto, da qualidade e da força do magnetizador, e igualmente da maior ou menor sensibilidade magnética do paciente. 10- O fluido está também sujeito às leis de atração, repulsão e afinidade. 11- Varia de indivíduo para indivíduo. 12- Os efeitos da ação fluídica variam sobre os doentes. Atmosfera Fluídica "Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16). Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico. Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus. "A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento, que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16). À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.
  • 31. 31 Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais em que vive o planeta atualmente. "Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que se encontrem condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867). EXERCÍCIOS 1- Defina fluidos. 2- Qual a origem dos fluidos? 3- Como você explica a existência de diversos fluidos? 4- O que é Trindade Universal? 5- Diferencie o princípio espiritual do princípio material. O que cada um deles origina? 6- Explique o que é fluido cósmico e fluido vital. 7- Qual a importância do princípio vital? 8- Cite as propriedades dos fluidos. Certo ou Errado? A quantidade de fluido vital não é absoluta, não é a mesma em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos indivíduos de uma espécie. ( ) A vitalidade se acha em estado latente, quando o agente vital não está unido ao corpo. ( ) Em determinadas situações a vida pode existir mesmo sem a presença do princípio vital, desde que o fluido vital exista em abundância. ( )
  • 32. 32 Conhecimentos Básicos aplicados ao estudo do Passe O corpo humano é uma das mais belas criações de Deus, sem o qual não poderíamos habitar neste plano. Conhecer um pouco do seu funcionamento, observando o modo como todos os sistemas trabalham de forma harmônica, é com certeza uma tarefa interessante e necessária para todos aqueles que desejem trabalhar com o passe. O corpo físico sendo o reflexo do períspirito, irá manifestar todas as alterações existentes, oriundas do campo emocional ou mental. Por isso, ao lidar com pacientes que relatam problemas físicos como dores, doenças ou enfermidades é necessário entender como essas alterações ocorrem para que possam ser tratadas por qualquer terapia. Este entendimento sempre começa pelos aspectos anatômicos e fisiológicos do corpo humano. Com o estudo do passe não poderia ser diferente. Obviamente, iremos abordar dentro desse assunto apenas o necessário para o bom desenvolvimento do nosso trabalho. Noções de Anatomia Humana Fig. 4 Capítulo 6
  • 33. 33 A cabeça compreende o crâneo e a face. No crânio está localizado o encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo), sendo a face a sede de alguns órgãos dos sentidos como os olhos, nariz, língua, e ouvido. O tronco compreende o tórax e abdome. O diafragma, que é um músculo, é o responsável pela divisão interna entre o tórax e o abdome. No tórax, estão os pulmões que recebem o ar através da traquéia, o coração com seus vasos sanguíneos importantes e o esôfago que leva os alimentos ao estômago. No abdome estão o estômago, o fígado, o baço, o pâncreas, os intestinos, os rins e a bexiga. Na mulher encontramos ainda ovários, útero e trompas e no homem encontramos a próstata, localizados na porção inferior do abdome que é chamada de pelve. Os membros são em número de quatro: dois superiores e dois inferiores. Fazem parte do membro superior ombro, braço, antebraço e mão. O quadril, a coxa, perna e pé compões o membro inferior. Fig. 5 Quadrantes e Regiões Abdominais Níveis de Organização Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando pelos átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo para os biólogos. (Fig. 6) 1 - Átomos e moléculas - Os átomos formam toda a matéria existente. Eles se unem por meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde as mais simples como a água (H2O), até moléculas complexas, como proteínas, que possuem de centenas a milhares de átomos. A matéria viva é formada principalmente pela união dos átomos (C) Carbono, (H) Hidrogênio, (O) Oxigênio e (N) Nitrogênio.
  • 34. 34 2 - Organelas e Células - As organelas são estruturas presentes no interior das células, que desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de várias moléculas. A célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função específica. 3 - Tecidos - Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os tecidos estão presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e animais. Um exemplo de tecido é o muscular, que tem a função de produzir os movimentos de um organismo; o tecido ósseo, formado pelas células ósseas, tem a função de sustentar o organismo. 4 - Órgãos - Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são formados de vários tipos de tecidos. Por exemplo, o coração é formado por tecido muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo, sanguíneo e nervoso. 5 - Sistemas - Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal; por exemplo, o sistema digestório, que é formado por vários órgãos, como boca, estômago, intestinos, glândulas, etc. 6 - Organismo - A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc. Níveis de organizaçãoFig. 6
  • 35. 35 Sistemas do Corpo Humano O corpo humano pode ser subdividido em: 1 - Sistema circulatório: circulação do sangue como coração e vasos sanguíneos. 2 - Sistema digestório: processamento do alimento com a boca, estômago e intestinos. 3 - Sistema endócrino: comunicação interna do corpo através de hormônios. 4 - Sistema imunológico: defesa do corpo contra os agentes patogênicos. 5 - Sistema tegumentar: pele, cabelo e unhas. 6 - Sistema muscular: proporciona a força necessária ao movimento do corpo. 7 - Sistema nervoso: coleta, transfere e processa informação com o cérebro e nervos. 8 - Sistema reprodutor: os órgãos sexuais. 9 - Sistema respiratório: os órgãos usados para inspiração e o pulmão. 10 - Sistema esquelético: suporte estrutural e proteção através dos ossos. Junto com músculos e articulações proporciona mobilidade ao corpo 11 - Sistema urinário: os rins e estruturas envolvidas na produção e excreção da urina. 1 - Sistema Circulatório (cardiovascular) É um conjunto de órgãos responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para o corpo. O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório (fig. 7). A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo. Fig. 7 - Sistema circulatório ou cardiovascular Artéria Veia
  • 36. 36 Principais componentes: 1.1 - Coração: é o “motor” do sistema circulatório. Sua função é bombear o sangue, de forma que chegue a todo o corpo. Com isso, o sangue que contém oxigênio pode alimentar a células do corpo. Uma circulação completa inclui duas passagens pelo coração: uma em direção ao corpo e a outra em direção ao pulmão (Fig. 8). Fig. 8 - Pequena e Grande Circulação 1.2 - Vasos Sanguíneos: são as veias, artérias e capilares. Sendo que as artérias são mais largas e flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente resistentes. Os capilares são os menores vasos sanguíneos e servem de canal de transição das artérias para as veias. (Fig.9) Fig. 9 1.3 - Sangue: material líquido que transporta os nutrientes e oxigenação para as células e tecidos do corpo. É bombeado pelo coração e é amplamente rico em nutrientes.
  • 37. 37 2 - Sistema Digestório Os seres humanos, para manterem as atividades do organismo em bom funcionamento, precisam captar os nutrientes necessários para construir novos tecidos e fazer manutenção dos tecidos danificados, necessitam de extrair energias vindas da ingestão de alimentos. A transformação dos alimentos em compostos mais simples, utilizáveis e absorvíveis pelo organismo é denominado Digestão. O Sistema Digestório nos seres humanos é constituído de: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino delgado, Intestino grosso, Ânus. (Fig.10) Anexos ao sistema existem os órgãos: glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar, dentes e língua. Fig. 10 - Sistema digestório 2.1 - Boca - É a porta de entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestivo. Ao ingerir alimentos, estes chegam à boca, onde serão mastigados pelos dentes e movimentados pela língua. Acontece a digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto em moléculas de glicose e maltose. 2.2 - Glândulas Salivares - A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que dá a saliva sua viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é uma enzima que inicia o processo da digestão do glicogênio. 2.3 - Faringe - É um tubo que conduz os alimentos até o esôfago. 2.4 - Esôfago - Continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o estômago, devido aos seus movimentos peristálticos (contrações involuntárias). 2.5 - Estômago - No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar, continuam as contrações, misturando aos alimentos uma solução denominada suco gástrico e realizando a digestão dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido claro, transparente e bastante ácido produzido pelo estômago. 2.6 - Intestino Delgado – O intestino delgado é um órgão dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno que é a seção responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do estômago, denominado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o pâncreas e o fígado fornecem secreções antiácidas. 2.7 - O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático, constituído de íons bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo. O Fígado fornece a bile, que é secretada continuamente e armazenada em vesícula biliar (Fig.11)
  • 38. 38 Fig. 11 – Fígado, Pâncreas e Vesícula Biliar Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material escuro e pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da digestão de proteínas, carboidratos e lipídios. As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna, vilosidades que são vários dobramentos. 2.8 - Intestino Grosso - O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco, cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e potássio), decomposição e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo das fezes. 2.9 - Ânus - A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante todo esse processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o percurso das fezes até sua eliminação. 3 - Sistema Endócrino É conjunto de órgãos (glândulas) que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando no controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo. Glândulas Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas (Fig.12)
  • 39. 39 Glândulas Endócrinas 3.1 -- Hipófise ou pituitária - A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, como a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). 3.2 - Tireóide - Localiza-se no pescoço (fig. 13), estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos. Fig. 13 - Tireóide Fig. 12 -
  • 40. 40 3.3 - Paratireóides - São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue (Fig. 14). Fig. 14 – Paratireóides – (visão posterior da tireóide) 3.4 - Adrenais ou supra-renais - São duas glândulas que se situam acima dos rins, produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir (Fig. 15). Fig.15 – Supra-renais Os principais efeitos da adrenalina no organismo são: a - Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação tensa, como uma briga);
  • 41. 41 b - Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso permite que as células produzam mais energia); c - Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também “gelados de medo”! 3.5 - Pâncreas - O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia) (Fig. 16). Fig. 16 – Pâncreas Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar. Além de hormônios, o pâncreas produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha um papel muito importante no processo digestivo. 3.6 - Glândulas sexuais - As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os testículos (masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os testículos produzem testosterona (ver a fig. 12 na pág. 38 ou as figuras dos aparelhos reprodutor masculino e feminino).
  • 42. 42 4 -Sistema Imunológico É uma rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). Os principais componentes do sistema imunitário são a medula óssea, baço, timo, e nódulos linfáticos. (Fig.17) Os gânglios linfáticos também contêm linfa, o líquido claro que leva essas células para as diferentes partes do corpo. Quando o corpo está a lutar contra a infecção, os gânglios linfáticos podem alargar e sentir dor. O baço (Fig. 18), que também faz parte dos sistema imunitário, sendo o maior órgão linfático do corpo, contém células brancas do sangue que combatem a infecção ou doença. O baço também ajuda a controlar a quantidade de sangue no corpo e dispõe de células sanguíneas velhas ou danificadas. Outro componente do sistema imunitário é a medula, o tecido amarelo no centro dos ossos que produz células brancas do sangue, incluindo linfócitos. Estes pequenos glóbulos brancos desempenham um grande papel na defesa do organismo contra a doença. Os dois tipos de linfócitos são as células B, que produzem anticorpos que atacam as bactérias e toxinas, e as células-T, que ajudam a destruir as células infectadas ou cancerosas. Fig. 17 - componentes do sistema imunitário As células T assassinas são um subgrupo das células T, que matam as células que estão infectadas com vírus e outros patógenos, ou danificadas. As células T auxiliares ajudam a determinar quais as respostas imunológicas do corpo para um determinado patógeno. Outro órgão envolvido no sistema imunitário é o Timo, onde as células T amadurecem. Distúrbios no sistema imunitário podem resultar em doenças auto-imunes, ou doenças inflamatórias. Fig.18 – Baço
  • 43. 43 5 -Sistema Tegumentar O tegumento humano, mais conhecido como pele, é o maior órgão do corpo humano. A pele faz parte do sistema tegumentário, que compreende a pele, o cabelo e as unhas, que são apêndices da pele. O sistema tegumentar é à prova de água e protege o corpo de infecções sendo também a defesa inicial do organismo contra bactérias, vírus e outros micróbios. Também excreta resíduos, regula a temperatura e evita a desidratação ao controlar o nível de transpiração. Ele também possui receptores sensoriais que detectam a sensação de dor e pressão. Fig. 19 – Representação de um corte de pele É formado por três camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme, a derme e a hipoderme ou tecido subcutâneo. 5. 1 - Epiderme - é a camada superior da pele e não contém vasos sanguíneos. 5.2 - Derme - é a camada média da pele. Formada por duas camadas que fornecem elasticidade, permitindo o alongamento enquanto também combatem as rugas e a flacidez. A camada dérmica fornece um local para as terminações de vasos sanguíneos e nervos. As estruturas de cabelo em seres humanos estão nesta camada. 5.3 - Hipoderme - também chamada de tecido subcutâneo - é a camada mais profunda da pele. Isso ajuda a isolar o corpo e amortecer os órgãos internos. A hipoderme é composta por um tecido conjuntivo chamado tecido adiposo que armazena o excesso de energia na forma de gordura. Vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e folículos pilosos também correm nesta camada da pele. 6 - Sistema Muscular Formado por 650 músculos (Fig. 20), este sistema não só apoia o movimento - controla o andar, falar, sentar, levantar, comer e outras funções diárias que realizamos
  • 44. 44 conscientemente -, mas também ajuda a manter a postura e a circular o sangue e outras substâncias por todo o corpo, entre outras funções. Fig. 20 – Sistema Muscular O sistema nervoso controla as ações dos músculos, embora alguns músculos, incluindo o músculo cardíaco, podem funcionar de forma autónoma. Os músculos são mais da metade do peso do corpo humano, e as pessoas que fazem musculação pesada, muitas vezes ganham peso porque o músculo é cerca de três vezes mais denso que a gordura. O sistema muscular pode ser dividido em três tipos de músculos: esquelético, liso e cardíaco. (Fig. 21) 6.1 - Músculos esqueléticos – único tecido muscular voluntário no corpo humano que controla cada ação que uma pessoa conscientemente executa. 6.2 - Músculo visceral ou liso - é encontrado dentro de órgãos como o estômago, intestinos e vasos sanguíneos. Ele é chamado de músculo liso, porque ao contrário do músculo esquelético, não tem a aparência unida. Sendo os mais fracos de todos os tecidos musculares. Os músculos viscerais enviam sinais para contrair de forma a mover substâncias através do órgão. É conhecido como músculo involuntário, uma vez que não pode ser controlado de forma consciente. 6.3 - Músculo cardíaco - Encontrado apenas no coração, é responsável pelo bombeamento de sangue para todo o corpo. Assim como os músculos viscerais, o tecido muscular cardíaco é controlado involuntariamente
  • 45. 45 Fig. 21 – Tipos de Músculos 7 - Sistema Nervoso O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade funcional deste sistema. Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos (Fig. 22). Fig. 2 – Neurônio e as sinapses O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. 7. 1 -Sistema Nervoso Central (SNC) Principais componentes do Sistema Nervoso Central: Medula espinhal, e, Encéfalo, O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem coordenação de grande número de partes do corpo (Fig.23)
  • 46. 46 Fig.23 – Sitema Nervoso Central O encéfalo, contido dentro da caixa craniana, pode ser dividido em medula oblonga, ponte, mesencéfalo, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo. “O lobos frontais do cérebro contém os núcleos da vida intelectual do espírito, e o cerebelo é a sede dos centros do equilíbrio orgânico da vida anímica, do sentimento, parte esta que na humanidade atual está sendo sobrepujada pelo cérebro anterior com hipertrofia da inteligência e atrofia da vida moral”. (Edgard Armond – Passes e Radiações). 7.2 -Sistema Nervoso Periférico (SNP) Formado por nervos Cranianos e Raquidianos, conduz estímulos do meio ambiente para o espírito e vice-versa. Esses estímulos podem ser voluntários ou involuntários, conscientes ou inconscientes, motores ou sensitivos, somático ou viscerais (Fig. 24) Fig. 24 –Sistema Nervoso Periférico
  • 47. 47 Pode ser divido em voluntário e autônomo 7.2. a - Sistema Nervoso Voluntário Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação do SNC aos músculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos involuntários. 7.2. b - Sistema Nervoso Autônomo O Sistema Nervoso Autônomo é o que mais nos interessa. É o responsável pela inervação das vísceras e pode ser dividido, por sua vez, em Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (Fig. 25). Fig. 25 – Sistema Nervoso Autõnomo O Parassimpático, na sua quase totalidade, é representado pelo Nervo Vago, que inerva todas as vísceras até o intestino grosso na sua parte mais alta, mais ou menos. Tem uma ação moderadora. O Simpático é constituído por uma cadeia de gânglios e nervos próximos à coluna vertebral, denominada Tronco Simpático. Sua ação é excitadora. O Simpático e o Parasimpático funcionam com um antagonismo que mantém o equilíbrio interno, automaticamente, equilíbrio esse que é a saúde e que somente se
  • 48. 48 rompe quando ocorrem intervenções diretas do Espírito, que age por meio dos plexos, principalmente o plexo solar. A ação do Espírito sobre o Sistema Nervoso Central é toda intelectual, direta e individual, isto é, para cada situação que surja há uma solução própria, uma reação, uma resposta especial, que vem do cérebro para o ponto do organismo em que o caso ocorreu. Sobre o sistema vegetativo, a ação, como já dissemos, é indireta e permanente: os órgãos funcionam automaticamente por impulsos vindo do períspirito e enquanto o Espírito estiver ligado ao corpo pelo cordão umbilical fluídico que, como se sabe, somente se rompe com a morte física. São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e da acetilcolina. 8 - Sistema Reprodutor 8.1 - Sistema Reprodutor Feminino - O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas (ovários) que produzem os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até o útero e os protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja fecundação, a vagina e a vulva. (Fig. 26) 8.1.a – Ovários - Nos ovários ocorre a produção de hormônios, como, por exemplo, os hormônios sexuais femininos (estrógenos e progesterona) e ovócitos secundários (células que se tornam óvulos, ou ovos, caso haja fertilização). 8.1.b - Trompas de Falópio - Através da trompas de falópio, também conhecidas como tubas uterinas, o óvulo é coletado da cavidade abdominal, após ser expelido do ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é conduzido em direção ao útero. Normalmente a fertilização ocorre ainda em seu interior. 8.1.c – Útero - É no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o desenvolvimento da gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de parto. 8.1.d – Vagina - É através da vagina que os espermatozóides são introduzidos no sistema reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de nascimento. Fig. 26 – ap. reprodutor feminino