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APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM, PISM I e II , VESTIBULAR, PEP 2011.<br />CÓDIGOS, LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS. <br />PROFESSOR: ANTÔNIO FERNANDES NETO<br />QUESTÃO  1     LEIA E RESPONDA<br />   Dick Browne. O melhor de Hagar, o horrível, v. 2. L&PM pocket, p.55-6 (com adaptações).<br />Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro<br />informal, ou coloquial, da linguagem.<br />(A)      “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”<br />(B)       “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus<br />chifres cairão!”<br />(C)       “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a<br />atravessar a rua...”<br />(D)       “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um<br />tesouro”<br />(E)       “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”<br />QUESTÃO  2   Os signos visuais, como meios de  comunicação, são classificados em categorias de acordo com seus significados. A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade.<br />Com base nesse conceito, escolha a opção que representa<br />um signo da categoria dos indícios.<br />    <br />QUESTÃO 3  LEIA E RESPONDA<br />Entre os seguintes ditos populares, qual deles melhor<br />corresponde à figura acima?<br />   Com perseverança, tudo se alcança.<br />   Cada macaco no seu galho.<br />   Nem tudo que balança cai.<br />   Quem tudo quer, tudo perde.<br />   Deus ajuda quem cedo madruga.<br />LEIA COM ATENÇÃO<br />   São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando:<br />— Quantos são aqui?<br />Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:<br />— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora,<br />felizmente, só há pulgas e ratos.<br />E outro:<br />— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio,<br />esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes,<br />se quiser. Querendo levar todos, é favor... (...)<br />E outro:<br />— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr.<br />não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade<br />jamais sairá de meu quarto e de meu peito!<br />                                                             Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3.<br />                                                             São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).<br />QUESTÃO   4    O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento —, apresenta<br />característica marcante do gênero crônica ao<br />   expressar o tema de forma abstrata, evocando<br />imagens e buscando apresentar a idéia de uma coisa<br />por meio de outra.<br />   manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os<br />personagens em um só tempo e um só espaço.<br />   contar história centrada na solução de um enigma,construindo os personagens psicologicamente e revelando-os pouco a pouco.<br />   evocar, de maneira satírica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas.<br />   valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe tratamento estético.<br />LEIA E RESPONDA  <br /> A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada... Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras! Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente  encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis!<br />O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.<br />                                                          José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de Janeiro:<br />                                                                         José Olympio, 1980, p. 49-51 (com adaptações).<br />Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível<br />identificar traços que revelam marcas do processo de<br />colonização e de civilização do país. Considerando o texto<br />acima, infere-se que a velha Totonha<br />QUESTÃO 5<br />   tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa.<br /> compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional.<br />   retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização<br />urbana européia em concomitância com a representação<br />literária de engenhos, rios e florestas do Brasil.<br />   aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do<br />próprio romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira<br />de forma tão grandiosa quanto a européia.<br />   imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as fontes da literatura e da cultura européia universalizada.<br /> LEIA E RESPONDA QUESTÃO  06<br />                               Texto I<br />O professor deve ser um guia seguro, muito<br />senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair<br />na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta<br />de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de<br />homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como<br />havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade<br />se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e<br />representa o idioma pátrio?<br />                                           ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa.<br />                                                                       Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).<br />                                 Texto II<br />Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época.<br />                                                    REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva<br />                                                                                      do português. São Paulo: Ática, 1996.<br />QUESTÃO 06<br />Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos,<br />conclui-se que<br />   ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro.<br />   os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua.<br />   a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma.<br />   o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais.<br />   o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro.<br />LEIA  PARA RESPONDER QUESTÃO 7<br />            Se os tubarões fossem homens<br />Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais<br />gentis com os peixes pequenos? Certamente, se os tubarões fossem homens,  fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.<br />                             BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).<br />QUESTÃO 07<br />Como produção humana, a literatura veicula valores que<br />nem sempre estão representados diretamente no texto,<br />mas são transfigurados pela linguagem literária e podem<br />até entrar em contradição com as convenções sociais e<br />revelar o quanto a sociedade perverteu os valores<br />humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa<br />do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio<br />da hipótese apresentada, o autor<br />(A)   demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão<br />existentes na sociedade.<br />(B)    revela a ação predatória do homem no mar,<br />questionando a utilização dos recursos naturais pelo<br />homem ocidental.<br />(C)    defende que a força colonizadora e civilizatória do<br />homem ocidental valorizou a organização das<br />sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao<br />modo de organização cultural e social da sociedade<br />moderna.<br />(D)    questiona o modo de organização das sociedades<br />ocidentais capitalistas, que se desenvolveram<br />fundamentadas nas relações de opressão em que os<br />mais fortes exploram os mais fracos.<br />(E)    evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em<br />que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de<br />modo a guiá-los na realização de tarefas.<br />TEXTO PARA AS QUESTÕES 8 e 9<br />Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser<br />aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de<br />hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas<br />com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A<br />importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço<br />de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos?<br />Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim,<br />vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês.<br />                                    TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais.<br />                                                                       Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).<br />Questão 08<br />Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a<br />norma padrão da língua portuguesa é empregada com a<br />finalidade de<br />(A)  demonstrar a clareza e a complexidade da nossa<br />língua materna.<br />(B)  situar os dois lados da interlocução em posições<br />simétricas.<br />(C)  comprovar a importância da correção gramatical nos<br />diálogos cotidianos.<br />(D)  mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas<br />à língua portuguesa.<br />(E)  ressaltar a importância do código linguístico que<br />adotamos como língua nacional.<br />Questão 09<br />Os procedimentos argumentativos utilizados no texto<br />permitem inferir que o ouvinte/leitor, no qual o emissor foca<br />o seu discurso, pertence<br />(A)  ao mesmo grupo social do falante/autor.<br />(B)  a um grupo de brasileiros considerados como não<br />índios.<br />(C)  a um grupo étnico que representa a maioria europeia<br />que vive no país.<br />(D)  a um grupo formado por estrangeiros que falam<br />português.<br />(E)  a um grupo sociocultural formado por brasileiros<br />naturalizados e imigrantes.<br />QUESTÃO 10    Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão.<br />                                                Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.<br />Considerando a definição apresentada, o fragmento<br />poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em<br />2004, em que pode ser encontrada a referida figura de<br />retórica é:<br />(A)  “Dos dois contemplo rigor e fixidez.<br />Passado e sentimento me contemplam” (p. 91).<br />(B)  “De sol e lua De fogo e ventoTe enlaço” (p. 101).<br />(C)  “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93).<br />(D)  “Ritualiza a matança de quem só te deu vida.<br />e me deixa viver nessa que morre” (p. 62).<br />(E)  “O bisturi e o verso. Dois instrumentos<br />entre as minhas mãos” (p. 95).<br />LEIA E RESPONDA QUESTÃO 11<br />                                                                                                                      Veja, 7 maio 1997.<br />QUESTÃO 11    Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua.<br />Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto<br />a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser<br />necessário<br />(A)  implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura,<br />naturalidade e segurança no uso da língua .<br />(B)  conhecer gêneros mais formais da modalidade oral<br />para a obtenção de clareza na comunicação oral e<br />escrita.<br />(C)  dominar as diferentes variedades do registro oral da<br />língua portuguesa para escrever com adequação,<br />eficiência e correção.<br />(D)  empregar vocabulário adequado e usar regras da<br />norma padrão da língua em se tratando da modalidade<br />escrita.<br />(E)  utilizar recursos mais expressivos e menos<br />desgastados da variedade padrão da língua para se<br />expressar com alguma segurança e sucesso.<br />LEIA E RESPONDA QUESTÃO 12<br />                              TEXTO I<br />Serafim da Silva Neto defendia a tese da unidade da língua portuguesa no Brasil, entrevendo que no Brasil as delimitações dialetais espaciais não eram tão marcadas<br />como as isoglossas1 da România Antiga. Mas Paul Teyssier, na sua História da Língua Portuguesa, reconhece que na diversidade socioletal essa pretensa<br />unidade se desfaz. Diz Teyssier: “A realidade, porém, é que as divisões ‘dialetais’ no Brasil são menos geográficas que socioculturais. As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural originários de duas regiões distantes uma da<br />outra.” <br />                                              SILVA, R. V. M. O português brasileiro e o português europeu<br />                                            contemporâneo: alguns aspectos da diferença. Disponível em:<br />                                                                  www.uniroma.it. Acesso em: 23 jun. 2008.<br />                                                     TEXTO II<br />1 isoglossa – linha imaginária que, em um mapa, une os<br />pontos de ocorrência de traços e fenômenos linguísticos<br />idênticos.<br />                                      FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.<br />                                                                    Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.<br />QUESTÃO 12<br />De acordo com as informações presentes no texto, os<br />pontos de vista de Serafim da Silva Neto e de Paul<br />Teyssier convergem em relação<br />(A).  à influência dos aspectos socioculturais nas diferenças dos falares entre indivíduos, pois ambos consideram que pessoas de mesmo nível sociocultural falam de forma semelhante.<br />(B)  à delimitação dialetal no Brasil assemelhar-se ao que<br />ocorria na România Antiga, pois ambos consideram a<br />variação linguística no Brasil como decorrente de<br />aspectos geográficos.<br />(C)  à variação sociocultural entre brasileiros de diferentes<br />regiões, pois ambos consideram o fator sociocultural<br />de bastante peso na constituição das variedades<br />linguísticas no Brasil.<br />(D)  à diversidade da língua portuguesa na România<br />Antiga, que até hoje continua a existir, manifestandose<br />nas variantes linguísticas do português atual no<br />Brasil.<br />(E)  à existência de delimitações dialetais geográficas<br />pouco marcadas no Brasil, embora cada um enfatize<br />aspectos diferentes da questão.<br />QUESTÃO 13<br />Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve um mútuo reconhecimento entre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu Portugal e Portugal, em um<br />retorno das caravelas, voltou a descobrir o Brasil e a ser,<br />por seu lado, colonizado por expressões linguísticas, as<br />telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas<br />de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível superficial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com<br />a Europa, que, depois da diáspora dos anos 70, depois da<br />inserção na cultura da bossa-nova e da música popular<br />brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos<br />romances de Paulo Coelho, continua todos os dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fim do<br />século XIX, Sílvio Romero definia a literatura brasileira como manifestação de um país mestiço, será fácil para nós<br />defini-la como expressão de um país polifônico: em que já<br />não é determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em<br />cada região, desenvolve originalmente a sua unitária e particular tradição cultural. É esse, para nós, no início do<br />século XXI, o novo estilo brasileiro.<br />                                          STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura brasileira.<br />                                                    Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado).<br />No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua<br />história, foi, aos poucos, construindo uma identidade Cultural e literária relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portuguesa em particular. Sua análise pressupõe, de modo especial, o papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o<br />surgimento daquilo que ela chama de “estilo brasileiro”.<br />Diante desse pressuposto, e levando em consideração o<br />texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura<br />brasileira, constata-se que<br />(A).  o  Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século<br />XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e<br />culturais, assim como usos originais do idioma,<br />conforme ilustra o caso do escritor Machado de Assis.<br />(B)   a Europa reconheceu a importância da língua<br />portuguesa no mundo, a partir da projeção que poetas<br />brasileiros ganharam naqueles países, a partir do<br />século XX.<br />(C)   ocorre, no início do século XXI, promovido pela<br />solidificação da cultura nacional, maior<br />reconhecimento do Brasil por ele mesmo, tanto nos<br />aspectos positivos quanto nos negativos.<br />(D)   o Brasil continua sendo, como no século XIX, uma<br />nação culturalmente mestiça, embora a expressão<br />dominante seja aquela produzida no eixo Rio-São<br />Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas.<br />(E)   o novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma<br />união bastante significativa entre as diversas matrizes<br />culturais advindas das várias regiões do país, como se<br />pode comprovar na obra de Paulo Coelho.<br />TEXTOS PARA QUESTÕES 14 e 15<br />Texto I<br />[...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ‘ordem’; mas não tive sequer o sopro necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras agora minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafúrdio — definitivamente fora de foco — cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...].<br />                           NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.<br />                                       Texto II<br />Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar.<br />COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009.<br />QUESTÃO 14<br />Considerando-se os textos apresentados e o contexto<br />político e social no qual foi produzida a obra Um Copo de<br />Cólera, verifica-se que o narrador, ao dirigir-se à sua<br />parceira, nessa novela, tece um discurso<br />(A)  conformista, que procura defender as instituições nas<br />quais repousava a autoridade do regime militar no<br />Brasil, a saber: a Igreja, a família e o Estado.<br />(B)   pacifista, que procura defender os ideais libertários<br />representativos da intelectualidade brasileira opositora<br />à ditadura militar na década de 70 do século passado.<br />(C)   desmistificador, escrito em um discurso ágil e<br />contundente, que critica os grandes princípios<br />humanitários supostamente defendidos por sua<br />interlocutora.<br />(D)   politizado, pois apela para o engajamento nas causas<br />sociais e para a defesa dos direitos humanos como<br />uma única forma de salvamento para a humanidade.<br />(E)   contraditório, ao acusar a sua interlocutora de<br />compactuar com o regime repressor da ditadura<br />militar, por meio da<br />QUESTÃO 15  Na novela Um Copo de Cólera, o autor lança mão de recursos estilísticos e expressivos típicos da literatura produzida na década de 70 do século passado no Brasil, que, nas palavras do crítico Antonio Candido, aliam<br />“vanguarda estética e amargura política”. Com relação à<br />temática abordada e à concepção narrativa da novela, o<br />texto I:<br />(A) é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente,<br />apresentando a disputa entre um homem e uma mulher em linguagem sóbria, condizente com a seriedade da temática político-social do período da ditadura militar.<br />(B)   articula o discurso dos interlocutores em torno de uma<br />luta verbal, veiculada por meio de linguagem simples e objetiva, que busca traduzir a situação de exclusão social do narrador.<br />(C)   representa a literatura dos anos 70 do século XX e<br />aborda, por meio de expressão clara e objetiva e de ponto de vista distanciado, os problemas da urbanização das grandes metrópoles brasileiras.<br />(D) evidencia uma crítica à sociedade em que vivem os<br />personagens, por meio de fluxo verbal contínuo de tom<br />agressivo.<br />(E)   traduz, em linguagem subjetiva e intimista, a partir do<br />ponto de vista interno, os dramas psicológicos da<br />mulher moderna, às voltas com a questão da<br />priorização do trabalho em detrimento da vida familiar<br />e amorosa.<br />QUESTÃO 16<br />                                  Com Ciência Ambiental, n.o 10, abr./2007.<br />Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com<br />a seguinte afirmativa:<br />(A) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de<br />grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade<br />nacional.<br />(B)   A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a<br />medida que garante a preservação dessa espécie<br />animal.<br />(C)   O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do<br />mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa<br />espécie.<br />(D)   O aumento da biodiversidade em outros países<br />depende do comércio ilegal da fauna silvestre<br />brasileira.<br />(E)   O tráfico de animais silvestres é benéfico para a<br />preservação das espécies, pois garante-lhes a<br />sobrevivência.<br />LEIA E RESPONDA<br />                         O açúcar<br />O branco açúcar que adoçará meu café<br />nesta manhã de Ipanema<br />não foi produzido por mim<br />nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.<br />Vejo-o puro<br />e afável ao paladar<br />como beijo de moça, água<br />na pele, flor<br />que se dissolve na boca. Mas este açúcar<br />não foi feito por mim.<br />Este açúcar veio<br />da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,<br />[dono da mercearia.<br />Este açúcar veio<br />de uma usina de açúcar em Pernambuco<br />ou no Estado do Rio<br />e tampouco o fez o dono da usina.<br />Este açúcar era cana<br />e veio dos canaviais extensos<br />que não nascem por acaso<br />no regaço do vale.<br />(...)<br />Em usinas escuras,<br />homens de vida amarga<br />e dura<br />produziram este açúcar<br />branco e puro<br />com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.<br />Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.<br />QUESTÃO 17<br />A antítese que configura uma imagem da divisão social do<br />trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente<br />na oposição entre a doçura do branco açúcar e:<br />(A) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o<br />açúcar.<br />(B)    o beijo de moça, a água na pele e a flor que se<br />dissolve na boca.<br />(C)    o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.<br />(D)    a beleza dos extensos canaviais que nascem no<br />regaço do vale.<br />(E)    o trabalho dos homens de vida amarga em usinas<br />escuras.<br />LEIA E RESPONDA<br />                       Antigamente<br />Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações,<br />os meninos, lombrigas (...)<br />                           Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa.<br />                                Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184.<br />O texto acima está escrito em linguagem de uma época<br />passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual.<br />                                    Antigamente<br />Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, vermes (...)<br />QUESTÃO 18<br />Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na<br />segunda versão, houve mudanças relativas a<br />(A)    vocabulário.<br />(B)    construções sintáticas.<br />(C)    pontuação.<br />(D)    fonética.<br />(E)    regência verbal.<br />LEIA PARA RESPONDER AS QUESTÕES 19 e 20<br />                          O canto do guerreiro<br />Aqui na floresta<br />Dos ventos batida,<br />Façanhas de bravos<br />Não geram escravos,<br />Que estimem a vida<br />Sem guerra e lidar.<br />— Ouvi-me, Guerreiros,<br />— Ouvi meu cantar.<br />Valente na guerra,<br />Quem há, como eu sou?<br />Quem vibra o tacape<br />Com mais valentia?<br />Quem golpes daria<br />Fatais, como eu dou?<br />— Guerreiros, ouvi-me;<br />— Quem há, como eu sou?<br />                                                              Gonçalves Dias.<br />                      Macunaíma<br />(Epílogo)<br />Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais<br />ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?<br />                                                                               Mário de Andrade.<br />QUESTÃO 19      A leitura comparativa dos dois textos acima indica que:<br />(A)    ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro<br />apresentada de forma realista e heróica, como símbolo<br />máximo do nacionalismo romântico.<br />(B)    a abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos<br />indígenas do Brasil.<br />(C)     as perguntas “— Quem há, como eu sou?” (1.o texto) e “Quem podia saber do Herói?” (2.o texto) expressam<br />diferentes visões da realidade indígena brasileira.<br />(D)     o texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do<br />processo de colonização no Brasil.<br />(E)     os versos em primeira pessoa revelam que os<br />indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas<br />foram silenciados pela colonização, como demonstra a<br />presença do narrador, no segundo texto.<br />QUESTÃO 20   Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que<br />(A) a função da linguagem centrada no receptor está<br />ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.<br />(B)    a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial,<br />enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.<br />(C)    há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.<br />(D)    a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no<br />relato de informações reais.<br />(E)    a função da linguagem centrada na primeira pessoa,<br />predominante no segundo texto, está ausente no<br />primeiro.<br />LEIA E RESPONDA QUESTÃO 21<br />Sobre a exposição de Anita Malfatti, em 1917, que muito<br />influenciaria a Semana de Arte Moderna, Monteiro Lobato<br />escreveu, em artigo intitulado Paranóia ou Mistificação:<br />Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem as coisas e em conseqüência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a<br />concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. (...) A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...). Estas considerações são provocadas pela exposição da sra. Malfatti, onde<br />se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & cia.<br />                                                        O Diário de São Paulo, dez./1917.<br />QUESTÃO 21  Em qual das obras abaixo identifica-se o estilo de Anita Malfatti criticado por Monteiro Lobato no artigo?<br />Acesso a Monte Serrat – Santos<br /> <br />                                   Vaso de Flores<br />                                  A Santa Ceia<br />    Nossa Senhora Auxiliadora e Dom Bosco         <br />                 A Boba<br />LEIA E RESPONDA <br />O rapaz chegou-se para junto da moca e disse:<br />— Antonia, ainda não me acostumei com o seu<br />[ corpo, com a sua cara.<br />A moca olhou de lado e esperou.<br />— Você  não sabe quando a gente e criança e de<br />[ repente vê uma lagarta listrada?<br />A moca se lembrava:<br />— A gente fica olhando...<br />A meninice brincou de novo nos olhos dela.<br />O rapaz prosseguiu com muita doçura:<br />— Antonia, você parece uma lagarta listrada.<br />A moca arregalou os olhos, fez exclamações.<br />O rapaz concluiu:<br />— Antonia, você e engraçada! Você parece louca.<br />Manuel Bandeira. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.<br />QUESTÃO 22  No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista, destaca-se como característica da escola literária dessa época<br />(A) a reiteração de palavras como recurso de construção<br />de rimas ricas.<br />(B)    a utilização expressiva da linguagem falada em<br />situações do cotidiano.<br />(C)    a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado.<br />(D)    a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época. E o recurso ao dialogo, gênero discursivo típico do Realismo.<br />Leia e responda <br />Quando o português chegou<br />Debaixo de uma bruta chuva<br />Vestiu o índio<br />Que pena!<br />Fosse uma manha de Sol<br />O índio tinha despido<br />O português.<br />Oswald de Andrade. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.<br />Questão 23    O primitivismo observável no poema acima, de Oswald de Andrade, caracteriza de forma marcante:<br />(A)    o regionalismo do Nordeste.<br />(B)    o concretismo paulista.<br />(C)    a poesia Pau-Brasil.<br />(D)    o simbolismo pré-modernista.<br />(E)    o tropicalismo baiano.<br />LEIA E RESPONDA <br />Depois de um bom jantar: feijão com carne-seca,<br />orelha de porco e couve com angu, arroz-mole<br />engordurado, carne de vento assada no espeto, torresmo<br />enxuto de toicinho da barriga, viradinho de milho verde e um prato de caldo de couve, jantar encerrado por um prato  fundo de canjica com torrões de açucar, Nhô Tomé saboreou o café forte e se estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, a guisa de travesseiro, o indefectível  cigarro de palha entre as pontas do indicador e do polegar, envernizados pela fumaca, de unhas encanoadas e longas, ficou-se de panca para o ar, modorrento, a olhar para as ripas do telhado. Quem come e nao deita, a comida nao aproveita, pensava Nho Tome... E pos-se a cochilar. A sua modorra durou pouco; Tia Policena, ao passar pela sala, bradou<br />assombrada:<br />— Eeh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num<br />presta... Da pisadera e pode morre de ataque de cabeça!<br />Despois do armoço num far-ma... mais despois da janta?!”<br />Cornélio Pires. Conversas ao pé do fogo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1987.<br />Questão 24   Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em 1921, o narrador<br />(A)  apresenta, sem explicitar juízos de valor, costumes da época, descrevendo os pratos servidos no jantar e a<br />atitude de Nhô Tomé e de Tia Policena.<br />(B)    desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora a narrativa usos próprios da linguagem regional das personagens.<br />(C)    condena os hábitos descritos, dando voz a Tia<br />Policena, que tenta impedir Nhô Tomé de deitar-se<br />apos as refeições.<br />(D)    utiliza a diversidade sociocultural e linguística para demonstrar seu desrespeito as populações das zonas<br />rurais do inicio do século XX.<br />(E)    manifesta preconceito em relação a Tia Policena ao transcrever a fala dela com os erros próprios da<br />região.<br />Texto  para questões 25 e 26<br />1        A linguagem<br />          na ponta da língua<br />          tão fácil de falar<br />4        e de entender.<br />          A linguagem<br />          na superfície estrelada de letras,<br />7        sabe lá o que quer dizer?<br />          Professor Carlos Góis, ele e quem sabe,<br />          e vai desmatando<br />10      o amazonas de minha ignorância.<br />         Figuras de gramática, esquipáticas,<br />          atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.<br />13     Já esqueci a língua em que comia,<br />          em que pedia para ir lá fora,<br />            em que levava e dava pontapé,<br />16        a língua, breve língua entrecortada<br />           do namoro com a priminha.<br />           O português são dois; o outro, mistério.<br />Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para  lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.<br />QUESTÃO 25  Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em<br />(A)    situações formais e informais.<br />(B)    diferentes regiões do pais.<br />(C)    escolas literárias distintas.<br />(D)    textos técnicos e poéticos.<br />(E)    diferentes épocas.<br />Questão 26  No poema, a referencia a variedade padrão  da língua esta  expressa no seguinte trecho:<br />(A)  “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2).<br />(B)    “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).<br />(C)    “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14).<br />(D)    “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15).<br />(E)     “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).<br />LEIA E RESPONDA     No poema Procura da poesia, Carlos Drummond de Andrade expressa a concepção estética de se fazer com<br />palavras o que o escultor Michelangelo fazia com mármore. O fragmento abaixo exemplifica essa afirmação.<br />(...)<br />Penetra surdamente no reino das palavras.<br />La estão os poemas que esperam ser escritos.<br />(...)<br />Chega mais perto e contempla as palavras.<br />Cada uma<br />tem mil faces secretas sob a face neutra<br />e te pergunta, sem interesse pela resposta,<br />pobre ou terrível, que lhe deres:<br />trouxeste a chave?<br />Carlos Drummond de Andrade. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 13-14.<br />QUESTÃO 27    Esse fragmento poético ilustra o seguinte tema constante entre autores modernistas:<br />(A) a nostalgia do passado colonialista revisitado.<br />(B)    a preocupação com o engajamento político e social da literatura.<br />(C)    o trabalho quase artesanal com as palavras,<br />despertando sentidos novos.<br />(D)    a produção de sentidos herméticos na busca da<br />perfeição poética.<br />(E)     a contemplação da natureza brasileira na perspectiva ufanista da pátria<br />LEIA E RESPONDA<br />No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (...) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo?<br />Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Ai Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.<br />Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.<br />QUESTÃO 28  No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:<br />(A)    “Não se conformou: devia haver engano” (ℓ.1).<br />(B)    “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).<br />(C)    “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).<br />(D)    “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).<br />(E)     “Ai Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).<br />LEIA E RESPONDA<br />As questões 29, 30 e 31 referem-se ao anúncio exibido pela CET – Companhia de Engenharia de Tráfego – na cidade de São Paulo, alertando a sociedade em atravessar na faixa de trânsito. <br />Fonte: http://ueba.com.br/forum/index.php?showtopic=17891 – 26/11/2009 – adaptado.<br />QUESTÃO 29     A frase do anúncio – Atravesse na faixa –, no intuito de alertar o cuidado necessário por cada cidadão no movimento em trânsito, conforme o conceito de tipologia textual (forma como um texto se apresenta), PODE ser identificada como um(a)<br />a) argumentação. <br />b) exposição. <br />c) narração. <br />d) injunção. <br />e) diálogo. <br />QUESTÃO 30 Segundo Ingedore Koch, uma das doutoras em linguística brasileira, a referenciação constitui, assim, uma atividade discursiva. O sujeito, por ocasião da interação verbal, opera sobre o material linguístico que tem à sua disposição, operando escolhas significativas para representar estados e coisas, com vistas à concretização de sua proposta de sentido. <br />A atividade discursiva do anúncio divulgado que, de acordo com nossa inferência, mais chama a atenção do público-alvo, provocando a leitura do enunciado sobre os cuidados no trânsito, É, provavelmente, <br />a) a conhecida linha de ônibus na cidade de São Paulo: 637-P Pinheiros.<br />b) a sigla/logomarca CET – Companhia de Engenharia de Tráfego – da cidade de São Paulo. <br />c) a marca de utilização do ônibus, provavelmente anterior às marcas modernas na sociedade. <br />d) a modo verbal caracterizado por determinado tipo textual da frase: ‘Atravesse’ na faixa. <br />e) a imagem e o signo expostos: personagem machucado em um ônibus com o vidro quebrado. <br />QUESTÃO 31      Seguindo o mesmo efeito de sentido do anúncio divulgado, observando linguagem verbal, linguagem não-verbal e a conjunção, a frase PODE ser substituída pelo seguinte período: <br />a) Atravesse na faixa, entretanto evite acidente. <br />b) Atravesse na faixa ou evite acidente. <br />c) Atravesse na faixa e evite acidente. <br />d) Atravesse na faixa, apesar disso evite acidente. <br />e) Atravesse na faixa, porém evite acidente. <br />As questões 32, 33 e 34 referem-se ao artigo publicado na FOLHAONLINE, na seção Esportes, a respeito da Copa 2014, no Brasil. <br />Para dirigente da Fifa, nenhuma sede está preparada para Copa 2014 <br />(Mariana Bastos e Rodrigo Mattos – Jornal Folha de São Paulo)<br />Nas palavras do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, nenhuma cidade hoje está preparada para receber o Mundial-2014. quot;
As cidades precisam melhorar coisas como telefonia, transporte, segurança e estádiosquot;
, disse o dirigente.<br />Assim, confirmou as deficiências apontadas pela Pricewaterhouse, consultoria contratada pela Associação Brasileira de Infraestrutura (Abdib) para fazer estudo para o governo sobre infraestrutura. O Brasil ainda carece de melhorias para receber o intenso fluxo de turistas para o Mundial. ‘Escolha técnica’ não valeu para cidades-sedes da Copa 2014. <br />Segundo o ranking de um relatório sobre turismo publicado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa uma modesta 45ª colocação entre os 133 países analisados pelo estudo. Ainda de acordo com o quot;
The Travel & Competitiveness Reportquot;
 (Relatório de Competitividade em Viagem e Turismo) de 2009, no ranking de infraestrutura, o Brasil tem desempenho ainda pior: 69º. <br />Entre os quesitos avaliados, o país apresenta a pior colocação no ranking que avalia a sensação de segurança do turista, relacionada não apenas ao temor em relação à violência, como também à certeza ou incerteza de que encontrará bons serviços em hotéis, restaurantes e hospitais. Neste quesito, o Brasil ficou entre os três lanternas da lista, em 130º lugar. Para melhorar o esquema de segurança que será usado para o Mundial, a Fifa pretende trazer sua equipe que atualmente trabalha na África do Sul assim que acabar a Copa de 2010. Assim como a África do Sul, o Brasil tem nível de homicídio por cem mil habitantes acima dos padrões da ONU. quot;
Nosso objetivo não é deixar o país seguro, mas garantir a segurança dos jogosquot;
, declarou o secretário-geral da Fifa. Em relação ao transporte, Valcke disse que a Fifa trabalhará junto às companhias aéreas para garantir que existam voos suficientes entre as cidades do Mundial. <br />Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, o transporte aéreo brasileiro é considerado caro, e o Brasil foi apenas o 101º mais bem avaliado em termos de infraestrutura para este setor. Apesar de todos os problemas de infraestrutura, Valcke disse não estar preocupado com o Brasil. E deu o exemplo da Inglaterra, que quer se candidatar a Copa de 2018. Segundo ele, os ingleses disseram não ter nenhum estádio adequado às exigências da Fifa no momento, apesar do alto nível das arenas inglesas. <br />Para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a escolha das cidades foi apenas a primeira etapa do processo.<br />Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u574571.shtml – 26/11/2009 – adaptado.<br />QUESTÃO 32 A principal inferência, conforme contexto do artigo, é <br />a) chamar a atenção dos interlocutores a respeito do sucesso do Brasil na Copa a ser realizada em 2014. <br />b) identificar as diferenças no Brasil, comparando-o com a África do Sul, onde será realizada a Copa 2010. <br />c) explicitar as capacidades das cidades-sedes já selecionadas para abertura da Copa 2014. <br />d) destacar as dificuldades na infraestrutura brasileira e a busca da melhoria para atender a Copa 2014.  <br />e) perceber o argumento do presidente da CBF – Confederação Brasileira de Futebol – sobre as cidades já selecionadas. <br />QUESTÃO 33    quot;
Nosso objetivo não é deixar o país seguro, mas garantir a segurança dos jogos.quot;
<br />O fragmento do artigo acima – declaração do secretário-geral da Fifa – é composto por um período composto por coordenação, em que as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas. <br />A oração sublinhada, caracterizada pela introdução de uma conjunção (mas) que traz o sentido de um contraste em relação ao sentido do discurso da frase anterior, PODE ser classificada como <br />a) Oração Coordenada Assindética. <br />b) Oração Coordenada Sindética Adversativa. <br />c) Oração Coordenada Sindética Alternativa. <br />d) Oração Coordenada Sindética Conclusiva. <br />e) Oração Coordenada Sindética Explicativa. <br />QUESTÃO 34 <br />Observando o contexto nas palavras do secretário-geral da Fifa – Jerome Valcke –, o fato de nenhuma cidade brasileira se encontrar atualmente adequada para receber o Mundial-2014 da copa ESTABELECE <br />a) a garantia da realização da Copa 2014 no Brasil, mesmo com as dificuldades a ser tratadas.   <br />b) a transferência da Copa 2014 para um país que apresente melhores infraestruturas, como a Inglaterra.  <br />c) o prazo final até julho de 2010 para que o Brasil apresente melhores infraestruturas das cidades.  <br />d) a substituição das cidades-sedes para outros pontos no Brasil, apresentando melhores infraestruturas. <br />e) a demonstração do Brasil como um país inadequado como sede da Copa 2014. <br />LEIA E RESPONDA<br />As questões 35, 36 e 37 referem-se à tirinha do Chico Bento, personagem da Turma da Mônica – revista em quadrinho criada pelo famoso cartunista brasileiro, Mauricio de Sousa.<br />Fonte: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira121.htm – 27/11/2009 – adaptado.<br />QUESTÃO 35 O enunciado da tirinha acima, que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, do que realmente se realiza, deixando entender uma distância intencional entre o que realmente é consumado em uma situação sociocultural e o que o personagem Chico Bento gostaria, ASSOCIA-SE a um(a) <br />a) Linguagem coloquial (popular). <br />b) Sentido Figurado. <br />c) Metáfora. <br />d) Ironia. <br />e) Metonímia. <br />QUESTÃO 36  A diferença retórica situacional, conforme fala do personagem Chico Bento e a situação sociocultural, discurso também realizado pelo próprio pai, é IDENTIFICADA pela<br />a)    disparidade de contar uma história para dormir com um efeito de sentido que possa ser compreensível. <br />b)   incompreensão de uma narração de uma história para dormir, o que puxa o sono do ouvinte/interlocutor. <br />c)   dificuldade em contar uma história para dormir sem que o ouvinte/interlocutor durma. <br />d)   linguagem informal (popular) mineira e pela história para dormir. <br />e)   questão real de uma história para dormir e o pedido de uma ‘história que é para dormir’, mas sem dormir. <br />QUESTÃO 37    O leitor da tirinha, observando o pedido feito ao pai pelo personagem Chico Bento, PODE inferir que o conto de uma história para dormir, em determinada situação,<br />a)  desestabiliza uma situação adequada no meio sociocultural, principalmente relação entre pais e filhos (interlocutores). <br />b)   possui ponto positivo e outro negativo: o fato de dormir que acrescenta a impossibilidade de interpretar o discurso narrado. <br />c)   separa o objetivo estabelecido pelo próprio pai: o filho entender o começo, o meio e o fim do discurso que foi narrado. <br />d)   demonstra que o ouvinte nunca possui interesse em interpretar e inferir uma narração de determinado enunciado descrito. <br />e)  estabelece o fator de uma linguagem que sempre atinge o ponto determinado: o ouvinte (filho, por exemplo) relaxa e dorme o mais rápido possível.  <br />QUESTÃO 38  Todos se perguntam o que seja literatura. Pode-se dizer que os conceitos abaixo que mais se aproximam do que seja literatura, ou de uma de suas formas, é:<br />O trabalho das palavras, usando requinte vocabular e estrutural para dizer, de forma artística, alguma coisa em uma poesia.<br />O trabalho semântico expressado com palavras e sentimentos bonitos entre seres ou provocados pela natureza ou objetos em um poema ou prosa poética.<br />O microcosmo apresentado no relato de um conto.<br />O jogo de várias histórias, em volta de uma principal, relatadas num romance de ficção.<br />Uma crônica ou um romance “denúncia” podem ser chamados de verdade de ficção porque com personagens criados pelo autor podem estar contando uma história real, vivida por ele ou por muitos que permanecem anônimos ou não, criticando um aspecto falho, levando à reflexão e/ou mudança. <br />As afirmações corretas são<br />a)   a, b, c<br />b)   a, b, c, d<br />c)   d, e<br />d)   Nenhuma das opções<br />e)   Todas as opções<br /> <br />LEIA E RESPONDA<br />                      Sintonia<br />Nós somos seres sociais,<br />não vivemos sozinhos.<br />Pessoas de todas os sexos, cores, raças,<br />classes, ideologias e credos<br />coexistem em todas as nossas realizações.<br />Sozinhos,<br />podemos muito pouco.<br />As palavras também são assim,<br />coexistem para realizar.<br />(Ana da Cruz. Uma Gramática Holística. Belo Horizonte: Lispector Edições, 1988, p. 48)<br />QUESTÃO 39    Quanto à arte literária, ou seja, a arte de bem escrever ou de bem usar a palavra escrita, podemos dizer, EXCETO<br />a)     A oralidade prevaleceu até que a humanidade desenvolveu o alfabeto escrito que permitiu transcrever para o papel todo o conteúdo oral e o homem começou a preocupar mais com a forma com que se expressava, já que ficava registrada e a escrita foi se tornando mais complexa, chegando, através de alguns escritores, a ser chamada arte literária.<br />b)  O distanciamento entre a linguagem oral e linguagem escrita deve-se ao fato de a primeira ser mais descompromissada e qualquer desentendimento poder ser resolvido na hora em que ocorre a situação comunicativa, além de a pessoa não precisar ter estudo para usar as ferramentas lingüísticas, enquanto na segunda há o compromisso de a mensagem ser inteligível para ser considerada texto, possibilitando uma sintonia maior entre o que o autor quis dizer e o leitor pôde entender. Algumas pessoas aprimoraram tanto esse talento que acabou surgindo a literatura.<br />c)   Dentro de uma obra literária, pode-se inferir outros autores, com um apagamento do autor em si como sujeito ou agente, o que podemos chamar de autoria contextual, levando a uma reflexão sobre os vários autores implícitos através dos vários discursos apreendidos pelo escrevente em sua bagagem cultural e, muitas vezes, expressos inconscientemente no texto.<br />d)   Literatura é apenas uma arte criativa, vinculada à estética, uma forma mais aprimorada de escrever; todos os textos são apenas fictícios e por isso devem ser entendidos apenas como entretenimento, trabalho realizado pela imaginação de quem o redige, que não retratavam nenhuma realidade da época em que viviam.<br />e)  A prosa usa do relato, mas na sua forma de expressar os sentimentos experimentados pode-se atingir a consideração intermediária, denominada prosa poética, enquanto a poesia já é mais específica porque lhe cabe a tarefa de apresentar versos com trabalho estético, preocupação de quem a produz com os aspectos sonoros e silábicos do texto, podendo ou não atingir a temática do sentimento.<br />QUESTÃO 40     Assinale a alternativa em que o trecho transcrito não apresenta a descrição de um espaço narrativo.<br />a)    Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós, deste porto, houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem 20 ou 25 léguas por costa; traz ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras delas vermelhas e delas brancas e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. (Carta)<br />b)   Cabralhada. Tiba. De boa entrada, ao que me gasturei, no vendo. Aqueles eram mais de cento e meio, sofreúdos, que todos curtidos no jagunçar, rafaméia, mera gente. Azombado, que primeiro até fiquei, mas daí quis assuntação, achei, a meu cômodo. Assim, isto é, me acostumei meio-só com meu coração, naquele arranchamento. (Grande sertão: veredas)<br />c)    O zaino galopava e Rodrigo aspirava com força o ar, que cheirava a capim e distância. Quero-queros voaram, perto, guinchando. Longe, uma avestruz corria, descendo uma coxilha. O capitão começou a gritar um grito sincopado e estrídulo, bem como faziam os carreiristas no auge da corrida. (Um certo capitão Rodrigo)<br />d)  Chovia a cântaros. Os medonhos trovões do Amazonas atroavam os ares; de minuto em minuto relâmpagos rasgavam o céu. O rapaz corria. Os galhos úmidos das árvores batiam-lhe no rosto. Os seus pés enterravam-se nas folhas molhadas que tapetavam o solo. De quando em quando, ouvia o ruído da queda das árvores feridas pelo raio ou derrubadas pelo vento, e cada vez mais perto o uivo de uma onça faminta. (Contos amazônicos)<br />e)   Querer saber de todos os lugares palpáveis por onde minha palavra chegou seria uma procura insensata, mas apreciar que possa ter chegado ao coração dos homens, isto me bastaria, pois é onde os sentimentos imperam, as idéias encontram terra fértil para se desenvolverem e desencadearem ações. (Percepções)<br />QUESTÃO (FUVEST) 41     Assinale a opção em que não esteja presente a metalinguagem: <br />“Meu verso é minha consolação. / Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça” (Carlos Drummond de Andrade);<br />“Meu verso é sangue. Volúpia ardente... / Tristeza esparsa... remorso vão... / Dói-me nas veias. Amargo e quente. / Cai, gota a gota, do coração.” (Manuel Bandeira); <br />“Meu povo em meu poema / Se reflete / Como a espiga se funde em terra fértil.” (Ferreira Gullar).<br />“Catar feijão se limita com escrever: / jogam-se os grãos na água do alguidar / e as palavras na da folha de papel; / e depois, joga-se fora o que boiar.” (João Cabral de Melo Neto); <br />“Deixaram meu rosto / fora do meu corpo / Meu rosto perdido / num longe lugar !” (Cecília Meireles).<br />QUESTÃO 42 (FMU-SP) Quando você afirma que “enterrou no dedo um alfinete”, que “embarcou num trem” e que “serrou os pés da mesa”, recorre a uma figura chamada:<br />a) metonímia<br />b) antítese<br />c) paródia<br />d) alegoria<br />e) catacrese<br />QUESTÃO 43 (UM_SP) Aponte a alternativa que apresente a mesma figura de pensamento existente no período seguinte: “Acenando para a fonte, o riacho despediu-se (...)”:<br />a)  O médico visualizou, por alguns segundos, a cara do doente.<br />b)  Os arbustos dançavam abraçados aos pinheiros a valsa do crepúsculo.<br />c)  Contemplando aquela terna fisionomia, afastou-se com um sorriso irônico.<br />d)  A mesquinhez da sua atitude é um poço profundo, cavado no íntimo do teu espírito.<br />e)  Nenhuma alternativa.<br />QUESTÃO 44 Pode-se dizer quanto aos textos criados baseados em outro texto anterior, que<br />I-   na paródia, você usa um texto anterior para fazer uma crítica.<br />II- na paráfrase, você diz a mesma coisa de outra forma, mas a idéia permanece a mesma e há semelhança no vocabulário usado de forma a permitir a analogia ao texto anterior. <br />III-  alusão é uma referência a um personagem, uma obra ou contexto anterior em um texto posteriormente criado.<br />IV- na apropriação, você usa um trecho literal de outro autor para se comunicar, dentro de um texto seu.<br />Das informações acima,<br />a) apenas as I, II, III estão corretas.<br />b) apenas as II, IV estão corretas.<br />c) apenas as I, II, IV estão corretas.<br />d) Todas as informações estão corretas.<br />e) Todas as informações estão erradas.<br />LEIA O POEMA ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES 45 E 46<br />           Amor é fogo que arde sem se ver<br />Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer.<br />É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder.<br />É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade.<br />Mas como causar pode seu favor <br />Nos corações humanos amizade, <br />Se tão contrário a si é o mesmo Amor?  <br />(Luís Vaz de Camões. Obra Completa. Rio de Janeiro. Editora Nova Aguilar, 2003, pág. 270.)<br />QUESTÃO 45    Em relação à rima e métrica das estrofes camonianas, pode-se dizer que<br />todo o soneto de Camões apresenta versos hendecassílabos, ou seja, divididos em 11 sílabas poéticas ou entonadas;<br />as duas primeiras estrofes chamam-se quintetos (quatro versos ou linhas poéticas) e apresentam rima emparelhada (com versos que apresentam finais semelhantes dois a dois), e rima interpolada no primeiro e último verso, sendo ABBA ABBA;<br />a última estrofe acima é um terceto (estrofe de três versos) e apresenta rima alternada ou salteada por um verso diferente, estando entre o primeiro e o último verso da estrofe, a saber CDC; <br />o trecho do soneto de Camões, aqui considerado, é praticamente todo de versos decassílabos (10 sílabas poéticas), mas apresenta variação na métrica poética em alguns versos.<br />o trecho do soneto de Camões, aqui considerado, é totalmente de versos dodecassílabos (12 sílabas poéticas), sem variação na métrica poética.<br />QUESTÃO 46 (UFRGS)  O soneto, uma das formas poéticas mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais, expressa, quase sempre, conteúdo<br />dramático, revelando uma cena cotidiana;<br />satírico, estabelecendo uma jocosidade grosseira;<br />lírico, revelando o modo apaixonado de sentir e de viver;<br />épico, deixando marcas históricas de um povo, de uma época, de uma nação;<br />cronístico, estabelecendo uma crítica de costumes sutil.<br />QUESTÃO 47  O narrador revela em suas histórias o que viveu ou que foi um expectador ou, ainda, o que lhe foi relatado por outros. Os ouvintes ou leitores incorporam suas histórias às suas próprias experiências. Daí se dá o diálogo entre o locutor e o interlocutor. <br />Quando este diálogo se estabelece e o leitor atribui significado ao que leu em concordância com o autor, pode-se dizer  que<br />a)   para este leitor, a mensagem escrita não é um texto.<br />b)   ocorre o chamado dialogismo.<br />c)   esse é um efeito proposital da escrita do autor.<br />d)   o leitor assume a co-autoria do texto ao recriá-lo em sua mente.<br />e)   o texto pertenceu ao autor somente no momento de criação.<br />QUESTÃO 48 Os mitos são histórias inverossímeis, cujos seres ou acontecimentos imaginários simbolizam costumes, características e/ou sentimentos humanos, mas não são reais, podendo ser:<br />I-   Deuses, como Eros, filho de Afrodite, a deusa do amor que se apaixonou por uma mortal;<br />II-  Super-heróis, com superpoderes, como o super-homem;<br />III- Semi-deuses, como Hércules, filho de Zeus, que tinha uma força descomunal e era protegido;<br />IV- Heróis de corpo fechado, que lutam por uma causa justa com muitos oponentes, sofrem, ferem-se, mas sempre matam todos e saem vivos, como o Rambo, Tarzam, MacGyver e sempre se dão bem no final.<br />Em relação à proposta de relação mítica, nos itens acima, podemos considerar:<br />a) Apenas as I, II, III estão corretas.<br />b) Apenas as I, III estão corretas.<br />c) Apenas as II, IV estão corretas.<br />d) As opções I, II, III, IV estão corretas.<br />e) Apenas as opções II e III estão corretas.<br />QUESTÃO 49   Numa época em que os casamentos eram fechados entre os pais como pactos econômicos ou de interesses, quando às mulheres não era dado estudo e o amor era eufenismado numa forma de conquista, eram as cantigas que podiam ser ouvidas e admiradas, fazendo parte do gênero literário a que se denomina Trovadorismo. <br />Relacione as cantigas nas colunas abaixo:<br />COLUNA A<br />1- Cantigas de Amigo                                  <br />2- Cantigas de Amor                                  <br />3- Cantigas de Escárnio                                <br />4- Cantigas de Maldizer  <br />COLUNA B<br />(   ) Os trovadores cantam composições críticas que dão pistas, mas não revelam o nome da personalidade ou instituição atacada<br />( ) A composição das trovas revela um homem  apaixonado, submisso à sua amada, sendo escravo do amor que sente.<br />( ) Críticas diretas, nomeando o criticado, com hegemonia de palavras, muitas vezes grosseiras e até obscenas.<br />( ) O homem “canta” representando o sentimento feminino, ao molde do que Chico Buarque de Holanda faz em muitas de suas músicas.<br />A numeração CORRETA é<br />a)   3, 4, 2, 1<br />b)   4, 2, 1, 3<br />c)   3, 2, 4, 1<br />d)   4, 1, 2, 3<br />e)   Nenhuma das opções.<br />QUESTÃO 50 (PUC) Assinale a afirmação FALSA sobre as cantigas de escárnio e maldizer.<br />a) Os alvos prediletos das cantigas satíricas eram os comportamentos sexuais (homossexualidade, adultério, padres e freiras libidinosos), as mulheres (soldadeiras, prostitutas, alcoviteiras e dissimuladas), os próprios poetas (trovadores e jograis eram freqüentemente ridicularizados), a avareza, a corrupção e a  própria arte de trovar;<br />b) As cantigas satíricas perfazem cerca de uma quarta parte da poesia contida nos cancioneiros galego-portugueses. Isso revela que a liberdade da linguagem e a ausência de preconceito ou censura (institucional, estética ou pessoal) eram componentes da vida literária no período trovadoresco, antes de a repressão inquisitorial atirá-las à clandestinidade;<br />c) A principal diferença entre as duas modalidades satíricas está na identificação ou não da pessoa atingida;<br />d) Algumas composições satíricas do Cancioneiro Geral e algumas cenas dos autos gilvicentinos revelam a sobrevivência, já bastante atenuada, da linguagem livre e da violência verbal dos antigos trovadores;<br />e) O elemento das cantigas de escárnio não é temático, nem está na condição de se omitir a identidade do  ofendido. A distinção está no retórico do “equívoco”, da ambigüidade e da ironia, ausentes na cantiga de  maldizer. <br />QUESTÃO 51 Assinale a alternativa que indica corretamente os gêneros literários dos textos abaixo relacionados, na seqüência em que estão dispostos:<br />1- Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais / E ficamos repousando no fundo do mar. / O mar onde tudo recomeça... / Onde tudo se refaz... / Até que, um dia, nós criaremos asas. / E andaremos no ar como se anda na terra.<br />(Mário Quintana)<br />2- Oh! Que famintos beijos na floresta! / E que mimoso choro que soava! / Que afagos tão suaves, que ira honesta, / Que em risinhos alegres se tornava! / O que mais passam na manhã e na sesta, / Que Vênus com prazeres inflamava, / Melhor é experimentá-lo que julgá-lo; / Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.<br />(Luiz de Camões)<br />3- “O Dr. Mamede, o mais ilustre e o mais eminente dos alienistas, havia pedido a três de seus colegas e a quatro sábios que se ocupavam de ciências naturais, que viessem passar uma hora na casa de saúde por ele dirigida para que lhes pudesse mostrar um de seus pacientes.”<br />(Guy de Maupassant)<br />4- Velha: E o lavrar, Isabel? / Isabel: Faz a moça mui mal feita, / corcovada, contrafeita, / de feição de meio anel; / e faz muito mau carão, / e mau costume d’olhar. / Velha: Hui! Pois jeita-te ao fiar / Estopa ou linho ou algodão; / Ou tecer, se vem à mão. / Isabel: Isso é pior que lavrar.<br />(Gil Vicente)<br />Sinônimos:<br />Lavrar: costurar.<br />De feição de meio anel: cachos de cabelo cortados pela metade, caindo sobre o rosto.<br />Carão: face, semblante.<br />Hui! Pois jeita-te: Pois te acostuma.<br />a) Dramático – Lírico – Épico – Narrativo. <br />b) Lírico – Épico – Narrativo – Dramático.<br />c) Lírico – Épico – Dramático – Narrativo.<br />d) Dramático – Épico – Narrativo – Lírico.<br />e) Épico – Dramático – Narrativo – Lírico.<br />QUESTÃO  52 (FACID) Este texto equivale a um manifesto modernista. É um metapoema, poesia que fala de poesia. Observe que ele apresenta negações e rupturas – contra as convenções que desfiguram a criação poética, em especial as do academicismo parnasiano – e apresenta, por outro lado, afirmações libertárias típicas da luta modernista.<br />POÉTICA<br />Estou farto do lirismo comedido<br />Do lirismo bem comportado<br />Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor<br />Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo<br />Abaixo os puristas<br />Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais<br />Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção<br />Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis<br />Estou farto do lirismo namorador<br />Político<br />Raquítico<br />Sifilítico<br />De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo<br />De resto não é lirismo<br />Será tabela de co-senos secretário o amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de [agradar às mulheres, etc.<br />Quero antes o lirismo dos loucos<br />O lirismo dos bêbedos<br />O lirismo difícil e pungente dos bêbedos<br />O lirismo dos clowns de Shakespeare<br />- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.<br />Assinale a ÚNICA expressão em que tal rebeldia não renega totalmente posições anteriores.<br />a) Não quero mais saber do lirismo que não é libertação<br />b)  Estou farto do lirismo namorador<br />c)  Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis<br />d)  Abaixo os puristas<br />e)  Estou farto do lirismo comedido<br />QUESTÃO 53    Leia, atentamente, os versos de Manuel Bandeira, transcritos a seguir.<br />RETRATO<br />O sorriso escasso,<br />O riso-sorriso,<br />A risada nunca.<br />(Como quem consigo<br />Traz o sentimento<br />Do madrasto mundo.)<br />Com os braços colados<br />Ao longo do corpo,<br />Vai pela cidade<br />Grande e cafajeste,<br />Como o mesmo ar esquivo<br />Que escolheu nascendo<br />Na esquiva Itabira.<br />Aprendeu com ela<br />Os olhos metálicos <br />Com que vê as coisas:<br />Sem ódio, sem ênfase,<br />Às vezes com náusea.<br />Ferro de Itabira<br />Em cujos recessos<br />Um vedor, um dia,<br />Um vedor – o neto –<br />Descobriu infante<br />As fundas nascentes,<br />O veio, o remanso<br />Da escusa ternura.<br />Os versos de Manuel Bandeira, homenagem a Carlos Drummond de Andrade, INDICAM que a<br />a) terra natal do homenageado não interfere na personalidade dos moradores.<br />b) personagem retratada é alguém terno, mas também alegre e extrovertido.<br />c) cidade natal do poeta mineiro determina-lhe o comportamento reservado.<br />d) vida ensinou Drummond a reagir com agressividade aos problemas.<br />e) necessidade de agradar as pessoas fez o mineiro modificar-se, superar-se.<br />QUESTÃO 54      Pode-se afirmar que a compreensão do texto será mais completa se o leitor fizer uma leitura intertextual do poema de Bandeira. Marque os versos que podem confirmar a afirmativa anterior.<br />Quando nasci, um anjo torto/ desses que vivem na sombra/ disse: Vai, Carlos, ser gauche na vida.<br />Alguns anos vivi em Itabira./ Principalmente nasci em Itabira./ Por isso sou triste, orgulhoso de ferro.<br />De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval.<br />Um homem vai devagar./ Um burro vai devagar./ Devagar as janelas olham./ Eta vida besta, meu Deus.<br />Tive ouro, tive gado, tive fazenda./ Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!<br />A sequência CORRETA é<br />a) I e IV<br />b) III e IV<br />c) II e III<br />d) IV e V<br />e) II e V<br />Leia, atentamente, o poema a seguir, para responder às questões 55, 56 e 57<br />DESENCANTO<br />Eu faço versos como quem chora<br />De desalento... de desencanto...<br />Fecha o meu livro, se por agora<br />Não tens motivo nenhum de pranto.<br />Meu verso é sangue. Volúpia ardente...<br />Tristeza esparsa... Remorso vão...<br />Dói-me nas veias... Amargo e quente,<br />Cai, gota a gota, do coração.<br />E nestes versos de angústia rouca<br />Assim dos lábios a vida corre,<br />Deixando um acre sabor na boca.<br />Eu faço versos como quem morre.<br />QUESTÃO 55    A principal intenção poética do artista Manuel Bandeira é<br />a)    expor sua tristeza e sua angústia por ser poeta.<br />b)    refletir acerca da vida amarga de quem escreve.<br />c)    pedir amparo ao leitor para poder suportar suas dores.<br />d)    mostrar qual é o estado de espírito dele como artista.<br />e)    invocar a amargura para compor sua obra literária.<br />QUESTÃO 56   Em “Desencanto”, Manuel Bandeira concretiza, em versos, o que é denominado<br />a) metalinguagem<br />b) intertextualidade<br />c) ironia<br />d) alusão<br />e) citação<br />QUESTÃO 57 Em “Desencanto”, de Manuel Bandeira, o artista emprega todas as estratégias enumeradas a seguir, EXCETO<br />a)      Versos metrificados: eneassílabos.<br />b)     Rimas soantes: chora/ agora – corre/ morre.<br />c)     Soneto: dois quartetos e dois tercetos.<br />d)     Sinestesia: Dói-me nas veias. Amargo e quente<br />e)     Conversa com leitor: Fecha meu livro...<br />QUESTÃO 58  (ENEM)   A discussão sobre gramática na classe está “quente”.  Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:<br />PRA MIM BRINCAR<br />Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática.<br />- As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.<br />(BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª Ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. p.19.)<br />Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão:<br />a)    uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.<br />b)  apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas.<br />c)  a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.<br />d)  Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira.<br />e)   Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa.<br />QUESTÃO 59  (ENEM)  Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:<br />Quando nasci, um anjo tortoDesses que vivem na sombraDisse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida (Andrade, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964)<br />Quando nasci veio um anjo safadoO chato dum querubimE decretou que eu tava predestinadoA ser errado assimJá de saída a minha estrada entortouMas vou até o fim.                        (BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)<br />Quando nasci um anjo esbeltoDesses que tocam trombeta, anunciou:Vai carregar bandeira.Carga muito pesada pra mulherEsta espécie ainda envergonhada.          (PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)<br />Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por<br />a) reiteração de imagens.<br />b) oposição de idéias.<br />c) falta de criatividade.<br />d) negação dos versos.<br />e) ausência de recursos.<br />QUESTÃO 60   Indique na relação abaixo o trecho do texto que CONFIRMA que a protagonista tenta adiar o momento de se transformar em mulher.<br />a)    Numa fração de segundos a tocaram como se a eles coubessem todos os sete mistérios.<br />b)   Devagar reuniu os livros espalhados pelo chão. Mais adiante estava o caderno aberto.<br />c)   Até que, assim como uma pessoa engorda, ela deixou, sem saber por que processo, de ser preciosa.<br />d)   Eles vão olhar para mim, eu sei, não há mais ninguém para eles olharem...<br />e)    Então subia, séria como uma missionária por causa dos operários no ônibus que “poderiam lhe dizer alguma coisa”.<br />QUESTAO 61 A partir do excerto lido, pode-se AFIRMAR que a literatura modernista de meados do século XX é<br />a) focada na indagação sobre o sentido último da existência humana.<br />b) interessada nas questões históricas que norteiam o comportamento.<br />c) objetiva no trato cinematográfico das cenas imaginadas pelos autores.<br />d) preocupada com os traços típicos das várias regiões brasileiras.<br />e) sensível à necessidade de incorporação da cultura de massa na literatura.<br />QUESTÃO 62 A respeito do discurso de Clarice Lispector, é CORRETO afirmar que<br />a) como é típico da prosa criada por outros ficcionistas da mesma época, Clarice Lispector usa como ponto de partida elementos regionais para, depois, refletir a respeito do comportamento humano.<br />b) a autora privilegia inovações no campo da linguagem e, por isso, cria neologismos e estruturas lingüísticas que sugerem a preocupação dela com o universo feminino.<br />c) as reflexões metalingüísticas são constantes na obra de Clarice Lispector, o que torna suas narrativas objetivas e centradas na análise objetiva do mundo.<br />d) a narrativa da escritora possui identidade com a de outros contistas do Modernismo no que se refere à temática e ao comportamento das mulheres na sociedade.<br />e) a ação, nos textos de Clarice Lispector, é interna e depende, principalmente da experiência subjetiva das personagens, o que justifica o uso do discurso indireto livre nos textos dela.<br />QUESTÃO 63  Leia o trecho a seguir, retirado do poema épico “Os Lusíadas”, de Luis de Camões:<br />As armas dos varões assinalados<br />Que, da Ocidental praia Lusitana, <br />Por mares nunca dantes navegados<br />Passaram ainda além da Taprobana,<br />Em perigos e guerras esforçados<br />Mais do que prometia a força humana<br />E entre gente remota edificaram<br />Novo Reino, que tanto sublimaram;<br />O excerto acima só NÃO tem como característica da poesia classicista:<br />a) a métrica, construída em decassílabos heróicos<br />b) a temática, que explora o sentimentalismo patriótico do poeta<br />c) a estrofação, composta por oito versos (oitavas)<br />d) tem como rima a estrutura abababcc<br />e) o espírito aventureiro<br />leia e responda<br />Dezesseis<br />Renato Russo <br />João Roberto era o maioral<br />O nosso Johnny era um cara legal<br />Ele tinha um Opala metálico azul<br />Era o rei dos pegas na Asa Sul<br />E em todo lugar<br />Quando ele pegava no violão<br />Conquistava as meninas<br />E quem mais quisesse ter<br />Sabia tudo da Janis<br />Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones<br />Mas de uns tempos prá cá<br />Meio que sem querer<br />Alguma coisa aconteceu<br />Johnny andava meio quieto demais<br />Só que quase ninguém percebeu<br />Johnny estava com um sorriso estranho<br />Quando marcou um super pega no fim de semana<br />Não vai ser no CASEB<br />Nem no Lago Norte, nem na UnB<br />As máquinas prontas<br />Um ronco de motor<br />A cidade inteira se movimentou<br />E Johnny disse:<br />quot;
- Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho, e vocês ?quot;
<br />E os motores saíram ligados a mil<br />Prá estrada da morte o maior pega que existiu<br />Só deu para ouvir, foi aquela explosão<br />E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão<br />No dia seguinte, falou o diretor:<br />quot;
- O aluno João Roberto não está mais entre nós<br />Ele só tinha dezesseis.<br />Que isso sirva de aviso prá vocêsquot;
.<br />E na saída da aula, foi estranho e bonito<br />Todo o mundo cantando baixinho:<br />Strawberry Fields Forever<br />Strawberry Fields Forever<br />E até hoje, quem se lembra<br />Diz que não foi o caminhão<br />Nem a curva fatal<br />E nem a explosão<br />Johnny era fera demais<br />Prá vacilar assim<br />E o que dizem é que foi tudo<br />Por causa de um coração partido<br />Um coração (5x)<br />Bye, bye bye Johnny<br />Johnny, bye, bye<br />Bye, bye Johnny.<br />http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/27/ Acesso em 27/12/09<br />QUESTÃO 64   Leia as alternativas a seguir e assinale a CORRETA.<br />a)      A canção apresenta uma narrativa. Sendo pertencente, pois, a este gênero, exprime objetividade.<br />b)     A voz narrativa do texto apresenta a personagem ora de forma idealizada, ora como um garoto comum.<br />c)     “E o que dizem é que foi tudo / Por causa de um coração partido”. Estes versos explicitam o lirismo na canção.<br />d)    As palavras do diretor são sentimentais e subjetivas. Portanto, no trecho referente a ele há lirismo.<br />e)   O movimento dos alunos à saída da escola, cantando “Strawberry Fields Forever”, é um comportamento racional.<br />Leia o texto a seguir com atenção, para responder questão 65<br />Rotina<br />Carlos levantou-se, escovou os dentes, fez a barba, vestiu seu velho e amarrotado macacão de todos os dias. O dono do posto em que trabalhava o advertiu pelo atraso como fizera desde que o havia empregado. Só restou a Carlos sorrir um sorriso amarelo. O chefe nunca ligara para sua vida medíocre. Dia de pagamento, recebeu o que lhe garantia a sua miséria.<br />O tempo passou. O olhar de Carlos estava diferente: chegou ao trabalho sem escovar os dentes, não sorriu, não recebeu salário, pegou um fósforo e explodiu o quarteirão. Desde pequeno gostava de fogos de artifício, sempre quis ver algo grande.<br />TRUZZI, Flávio Sales. “Rotina”. In Expresso 600. Edson Rossato (org.) São Paulo: Andross, 2006. p. 85.<br />QUESTÃO 65  A partir da leitura do texto, a análise dos elementos da narrativa está certa, EXCETO em<br />a) O narrador do conto é onisciente.<br />b) O comportamento do protagonista muda.<br />c) O espaço é físico, externo.<br />d) O enredo é inverossímil.                                                                      e) O tempo é cronológico.<br />Para responder às  questões 66 e 67, leia o texto a seguir.<br />UFPB - PSS 2009 - 2ªsérie<br />Amor: entre o sonho e a realidade<br />Se te amo, não sei!<br />Amar! se te amo, não sei.<br />Oiço aí pronunciar<br />Essa palavra de modo<br />Que não sei o que é amar.<br />Se amar, é sonhar contigo,<br />Se é pensar, velando, em ti,<br />Se é ter-te n’alma presente<br />Todo esquecido de mi!<br />Se é cobiçar-te, querer-te<br />Como uma benção dos céus<br />A ti somente na terra<br />Como lá em cima a Deus;<br />Se é dar a vida, o futuro,<br />Para dizer que te amei:<br />Amo; porém se te amo<br />Como oiço dizer, – não sei.<br />DIAS, Gonçalves. Poesia lírica e indianista. 1. ed. São Paulo: Ática, 2003, p. 199.<br />QUESTÃO 66     Com base na 1ª estrofe do poema, é CORRETO afirmar que o eu lírico<br />a) tem convicção de que ama, mesmo sem se sentir amado.<br />b) mostra-se inconstante em relação a seus sentimentos.<br />c) considera o amor um sentimento indefinível.<br />d) tem dúvidas acerca do que significa amar.<br />e) nega a existência do amor.<br />QUESTÃO 67 <br />Considerando os traços estilísticos desse poema, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):<br />()O poema é lírico, enfocando o amor a partir de uma visão romântica, comparando o ser amado a uma dádiva dos céus.<br />()O poema apresenta versos de métrica regular (7 sílabas), estruturado em forma de soneto.<br />()O poema caracteriza-se pelo tom subjetivista e sentimentalista, revelando a preocupação do eu lírico com os seus sentimentos. <br />()O poema foge à estética romântica, fazendo referência de forma explícita ao amor físico. <br />A sequência CORRETA é:<br />a)VFVFc)FVVFe)FFVF<br />b)VFFVd)VVFV<br />ABCDE123456789101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566<br />
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APOSTILA DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL COM QUESTÕES DE SEMIÓTICA.

  • 1. APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM, PISM I e II , VESTIBULAR, PEP 2011.<br />CÓDIGOS, LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS. <br />PROFESSOR: ANTÔNIO FERNANDES NETO<br />QUESTÃO 1 LEIA E RESPONDA<br /> Dick Browne. O melhor de Hagar, o horrível, v. 2. L&PM pocket, p.55-6 (com adaptações).<br />Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro<br />informal, ou coloquial, da linguagem.<br />(A) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”<br />(B) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus<br />chifres cairão!”<br />(C) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a<br />atravessar a rua...”<br />(D) “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um<br />tesouro”<br />(E) “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”<br />QUESTÃO 2 Os signos visuais, como meios de comunicação, são classificados em categorias de acordo com seus significados. A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade.<br />Com base nesse conceito, escolha a opção que representa<br />um signo da categoria dos indícios.<br /> <br />QUESTÃO 3 LEIA E RESPONDA<br />Entre os seguintes ditos populares, qual deles melhor<br />corresponde à figura acima?<br /> Com perseverança, tudo se alcança.<br /> Cada macaco no seu galho.<br /> Nem tudo que balança cai.<br /> Quem tudo quer, tudo perde.<br /> Deus ajuda quem cedo madruga.<br />LEIA COM ATENÇÃO<br /> São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando:<br />— Quantos são aqui?<br />Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:<br />— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora,<br />felizmente, só há pulgas e ratos.<br />E outro:<br />— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio,<br />esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes,<br />se quiser. Querendo levar todos, é favor... (...)<br />E outro:<br />— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr.<br />não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade<br />jamais sairá de meu quarto e de meu peito!<br /> Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3.<br /> São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).<br />QUESTÃO 4 O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento —, apresenta<br />característica marcante do gênero crônica ao<br /> expressar o tema de forma abstrata, evocando<br />imagens e buscando apresentar a idéia de uma coisa<br />por meio de outra.<br /> manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os<br />personagens em um só tempo e um só espaço.<br /> contar história centrada na solução de um enigma,construindo os personagens psicologicamente e revelando-os pouco a pouco.<br /> evocar, de maneira satírica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas.<br /> valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe tratamento estético.<br />LEIA E RESPONDA <br /> A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada... Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras! Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis!<br />O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.<br /> José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de Janeiro:<br /> José Olympio, 1980, p. 49-51 (com adaptações).<br />Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível<br />identificar traços que revelam marcas do processo de<br />colonização e de civilização do país. Considerando o texto<br />acima, infere-se que a velha Totonha<br />QUESTÃO 5<br /> tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa.<br /> compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional.<br /> retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização<br />urbana européia em concomitância com a representação<br />literária de engenhos, rios e florestas do Brasil.<br /> aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do<br />próprio romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira<br />de forma tão grandiosa quanto a européia.<br /> imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as fontes da literatura e da cultura européia universalizada.<br /> LEIA E RESPONDA QUESTÃO 06<br /> Texto I<br />O professor deve ser um guia seguro, muito<br />senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair<br />na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta<br />de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de<br />homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como<br />havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade<br />se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e<br />representa o idioma pátrio?<br /> ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa.<br /> Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).<br /> Texto II<br />Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época.<br /> REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva<br /> do português. São Paulo: Ática, 1996.<br />QUESTÃO 06<br />Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos,<br />conclui-se que<br /> ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro.<br /> os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua.<br /> a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma.<br /> o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais.<br /> o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro.<br />LEIA PARA RESPONDER QUESTÃO 7<br /> Se os tubarões fossem homens<br />Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais<br />gentis com os peixes pequenos? Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.<br /> BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).<br />QUESTÃO 07<br />Como produção humana, a literatura veicula valores que<br />nem sempre estão representados diretamente no texto,<br />mas são transfigurados pela linguagem literária e podem<br />até entrar em contradição com as convenções sociais e<br />revelar o quanto a sociedade perverteu os valores<br />humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa<br />do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio<br />da hipótese apresentada, o autor<br />(A) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão<br />existentes na sociedade.<br />(B) revela a ação predatória do homem no mar,<br />questionando a utilização dos recursos naturais pelo<br />homem ocidental.<br />(C) defende que a força colonizadora e civilizatória do<br />homem ocidental valorizou a organização das<br />sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao<br />modo de organização cultural e social da sociedade<br />moderna.<br />(D) questiona o modo de organização das sociedades<br />ocidentais capitalistas, que se desenvolveram<br />fundamentadas nas relações de opressão em que os<br />mais fortes exploram os mais fracos.<br />(E) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em<br />que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de<br />modo a guiá-los na realização de tarefas.<br />TEXTO PARA AS QUESTÕES 8 e 9<br />Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser<br />aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de<br />hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas<br />com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A<br />importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço<br />de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos?<br />Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim,<br />vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês.<br /> TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais.<br /> Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).<br />Questão 08<br />Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a<br />norma padrão da língua portuguesa é empregada com a<br />finalidade de<br />(A) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa<br />língua materna.<br />(B) situar os dois lados da interlocução em posições<br />simétricas.<br />(C) comprovar a importância da correção gramatical nos<br />diálogos cotidianos.<br />(D) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas<br />à língua portuguesa.<br />(E) ressaltar a importância do código linguístico que<br />adotamos como língua nacional.<br />Questão 09<br />Os procedimentos argumentativos utilizados no texto<br />permitem inferir que o ouvinte/leitor, no qual o emissor foca<br />o seu discurso, pertence<br />(A) ao mesmo grupo social do falante/autor.<br />(B) a um grupo de brasileiros considerados como não<br />índios.<br />(C) a um grupo étnico que representa a maioria europeia<br />que vive no país.<br />(D) a um grupo formado por estrangeiros que falam<br />português.<br />(E) a um grupo sociocultural formado por brasileiros<br />naturalizados e imigrantes.<br />QUESTÃO 10 Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão.<br /> Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.<br />Considerando a definição apresentada, o fragmento<br />poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em<br />2004, em que pode ser encontrada a referida figura de<br />retórica é:<br />(A) “Dos dois contemplo rigor e fixidez.<br />Passado e sentimento me contemplam” (p. 91).<br />(B) “De sol e lua De fogo e ventoTe enlaço” (p. 101).<br />(C) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93).<br />(D) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida.<br />e me deixa viver nessa que morre” (p. 62).<br />(E) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos<br />entre as minhas mãos” (p. 95).<br />LEIA E RESPONDA QUESTÃO 11<br /> Veja, 7 maio 1997.<br />QUESTÃO 11 Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua.<br />Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto<br />a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser<br />necessário<br />(A) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura,<br />naturalidade e segurança no uso da língua .<br />(B) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral<br />para a obtenção de clareza na comunicação oral e<br />escrita.<br />(C) dominar as diferentes variedades do registro oral da<br />língua portuguesa para escrever com adequação,<br />eficiência e correção.<br />(D) empregar vocabulário adequado e usar regras da<br />norma padrão da língua em se tratando da modalidade<br />escrita.<br />(E) utilizar recursos mais expressivos e menos<br />desgastados da variedade padrão da língua para se<br />expressar com alguma segurança e sucesso.<br />LEIA E RESPONDA QUESTÃO 12<br /> TEXTO I<br />Serafim da Silva Neto defendia a tese da unidade da língua portuguesa no Brasil, entrevendo que no Brasil as delimitações dialetais espaciais não eram tão marcadas<br />como as isoglossas1 da România Antiga. Mas Paul Teyssier, na sua História da Língua Portuguesa, reconhece que na diversidade socioletal essa pretensa<br />unidade se desfaz. Diz Teyssier: “A realidade, porém, é que as divisões ‘dialetais’ no Brasil são menos geográficas que socioculturais. As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural originários de duas regiões distantes uma da<br />outra.” <br /> SILVA, R. V. M. O português brasileiro e o português europeu<br /> contemporâneo: alguns aspectos da diferença. Disponível em:<br /> www.uniroma.it. Acesso em: 23 jun. 2008.<br /> TEXTO II<br />1 isoglossa – linha imaginária que, em um mapa, une os<br />pontos de ocorrência de traços e fenômenos linguísticos<br />idênticos.<br /> FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.<br /> Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.<br />QUESTÃO 12<br />De acordo com as informações presentes no texto, os<br />pontos de vista de Serafim da Silva Neto e de Paul<br />Teyssier convergem em relação<br />(A). à influência dos aspectos socioculturais nas diferenças dos falares entre indivíduos, pois ambos consideram que pessoas de mesmo nível sociocultural falam de forma semelhante.<br />(B) à delimitação dialetal no Brasil assemelhar-se ao que<br />ocorria na România Antiga, pois ambos consideram a<br />variação linguística no Brasil como decorrente de<br />aspectos geográficos.<br />(C) à variação sociocultural entre brasileiros de diferentes<br />regiões, pois ambos consideram o fator sociocultural<br />de bastante peso na constituição das variedades<br />linguísticas no Brasil.<br />(D) à diversidade da língua portuguesa na România<br />Antiga, que até hoje continua a existir, manifestandose<br />nas variantes linguísticas do português atual no<br />Brasil.<br />(E) à existência de delimitações dialetais geográficas<br />pouco marcadas no Brasil, embora cada um enfatize<br />aspectos diferentes da questão.<br />QUESTÃO 13<br />Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve um mútuo reconhecimento entre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu Portugal e Portugal, em um<br />retorno das caravelas, voltou a descobrir o Brasil e a ser,<br />por seu lado, colonizado por expressões linguísticas, as<br />telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas<br />de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível superficial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com<br />a Europa, que, depois da diáspora dos anos 70, depois da<br />inserção na cultura da bossa-nova e da música popular<br />brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos<br />romances de Paulo Coelho, continua todos os dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fim do<br />século XIX, Sílvio Romero definia a literatura brasileira como manifestação de um país mestiço, será fácil para nós<br />defini-la como expressão de um país polifônico: em que já<br />não é determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em<br />cada região, desenvolve originalmente a sua unitária e particular tradição cultural. É esse, para nós, no início do<br />século XXI, o novo estilo brasileiro.<br /> STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura brasileira.<br /> Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado).<br />No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua<br />história, foi, aos poucos, construindo uma identidade Cultural e literária relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portuguesa em particular. Sua análise pressupõe, de modo especial, o papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o<br />surgimento daquilo que ela chama de “estilo brasileiro”.<br />Diante desse pressuposto, e levando em consideração o<br />texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura<br />brasileira, constata-se que<br />(A). o Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século<br />XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e<br />culturais, assim como usos originais do idioma,<br />conforme ilustra o caso do escritor Machado de Assis.<br />(B) a Europa reconheceu a importância da língua<br />portuguesa no mundo, a partir da projeção que poetas<br />brasileiros ganharam naqueles países, a partir do<br />século XX.<br />(C) ocorre, no início do século XXI, promovido pela<br />solidificação da cultura nacional, maior<br />reconhecimento do Brasil por ele mesmo, tanto nos<br />aspectos positivos quanto nos negativos.<br />(D) o Brasil continua sendo, como no século XIX, uma<br />nação culturalmente mestiça, embora a expressão<br />dominante seja aquela produzida no eixo Rio-São<br />Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas.<br />(E) o novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma<br />união bastante significativa entre as diversas matrizes<br />culturais advindas das várias regiões do país, como se<br />pode comprovar na obra de Paulo Coelho.<br />TEXTOS PARA QUESTÕES 14 e 15<br />Texto I<br />[...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ‘ordem’; mas não tive sequer o sopro necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras agora minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafúrdio — definitivamente fora de foco — cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...].<br /> NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.<br /> Texto II<br />Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar.<br />COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009.<br />QUESTÃO 14<br />Considerando-se os textos apresentados e o contexto<br />político e social no qual foi produzida a obra Um Copo de<br />Cólera, verifica-se que o narrador, ao dirigir-se à sua<br />parceira, nessa novela, tece um discurso<br />(A) conformista, que procura defender as instituições nas<br />quais repousava a autoridade do regime militar no<br />Brasil, a saber: a Igreja, a família e o Estado.<br />(B) pacifista, que procura defender os ideais libertários<br />representativos da intelectualidade brasileira opositora<br />à ditadura militar na década de 70 do século passado.<br />(C) desmistificador, escrito em um discurso ágil e<br />contundente, que critica os grandes princípios<br />humanitários supostamente defendidos por sua<br />interlocutora.<br />(D) politizado, pois apela para o engajamento nas causas<br />sociais e para a defesa dos direitos humanos como<br />uma única forma de salvamento para a humanidade.<br />(E) contraditório, ao acusar a sua interlocutora de<br />compactuar com o regime repressor da ditadura<br />militar, por meio da<br />QUESTÃO 15 Na novela Um Copo de Cólera, o autor lança mão de recursos estilísticos e expressivos típicos da literatura produzida na década de 70 do século passado no Brasil, que, nas palavras do crítico Antonio Candido, aliam<br />“vanguarda estética e amargura política”. Com relação à<br />temática abordada e à concepção narrativa da novela, o<br />texto I:<br />(A) é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente,<br />apresentando a disputa entre um homem e uma mulher em linguagem sóbria, condizente com a seriedade da temática político-social do período da ditadura militar.<br />(B) articula o discurso dos interlocutores em torno de uma<br />luta verbal, veiculada por meio de linguagem simples e objetiva, que busca traduzir a situação de exclusão social do narrador.<br />(C) representa a literatura dos anos 70 do século XX e<br />aborda, por meio de expressão clara e objetiva e de ponto de vista distanciado, os problemas da urbanização das grandes metrópoles brasileiras.<br />(D) evidencia uma crítica à sociedade em que vivem os<br />personagens, por meio de fluxo verbal contínuo de tom<br />agressivo.<br />(E) traduz, em linguagem subjetiva e intimista, a partir do<br />ponto de vista interno, os dramas psicológicos da<br />mulher moderna, às voltas com a questão da<br />priorização do trabalho em detrimento da vida familiar<br />e amorosa.<br />QUESTÃO 16<br /> Com Ciência Ambiental, n.o 10, abr./2007.<br />Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com<br />a seguinte afirmativa:<br />(A) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de<br />grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade<br />nacional.<br />(B) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a<br />medida que garante a preservação dessa espécie<br />animal.<br />(C) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do<br />mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa<br />espécie.<br />(D) O aumento da biodiversidade em outros países<br />depende do comércio ilegal da fauna silvestre<br />brasileira.<br />(E) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a<br />preservação das espécies, pois garante-lhes a<br />sobrevivência.<br />LEIA E RESPONDA<br /> O açúcar<br />O branco açúcar que adoçará meu café<br />nesta manhã de Ipanema<br />não foi produzido por mim<br />nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.<br />Vejo-o puro<br />e afável ao paladar<br />como beijo de moça, água<br />na pele, flor<br />que se dissolve na boca. Mas este açúcar<br />não foi feito por mim.<br />Este açúcar veio<br />da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,<br />[dono da mercearia.<br />Este açúcar veio<br />de uma usina de açúcar em Pernambuco<br />ou no Estado do Rio<br />e tampouco o fez o dono da usina.<br />Este açúcar era cana<br />e veio dos canaviais extensos<br />que não nascem por acaso<br />no regaço do vale.<br />(...)<br />Em usinas escuras,<br />homens de vida amarga<br />e dura<br />produziram este açúcar<br />branco e puro<br />com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.<br />Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.<br />QUESTÃO 17<br />A antítese que configura uma imagem da divisão social do<br />trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente<br />na oposição entre a doçura do branco açúcar e:<br />(A) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o<br />açúcar.<br />(B) o beijo de moça, a água na pele e a flor que se<br />dissolve na boca.<br />(C) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.<br />(D) a beleza dos extensos canaviais que nascem no<br />regaço do vale.<br />(E) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas<br />escuras.<br />LEIA E RESPONDA<br /> Antigamente<br />Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações,<br />os meninos, lombrigas (...)<br /> Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa.<br /> Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184.<br />O texto acima está escrito em linguagem de uma época<br />passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual.<br /> Antigamente<br />Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, vermes (...)<br />QUESTÃO 18<br />Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na<br />segunda versão, houve mudanças relativas a<br />(A) vocabulário.<br />(B) construções sintáticas.<br />(C) pontuação.<br />(D) fonética.<br />(E) regência verbal.<br />LEIA PARA RESPONDER AS QUESTÕES 19 e 20<br /> O canto do guerreiro<br />Aqui na floresta<br />Dos ventos batida,<br />Façanhas de bravos<br />Não geram escravos,<br />Que estimem a vida<br />Sem guerra e lidar.<br />— Ouvi-me, Guerreiros,<br />— Ouvi meu cantar.<br />Valente na guerra,<br />Quem há, como eu sou?<br />Quem vibra o tacape<br />Com mais valentia?<br />Quem golpes daria<br />Fatais, como eu dou?<br />— Guerreiros, ouvi-me;<br />— Quem há, como eu sou?<br /> Gonçalves Dias.<br /> Macunaíma<br />(Epílogo)<br />Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais<br />ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?<br /> Mário de Andrade.<br />QUESTÃO 19 A leitura comparativa dos dois textos acima indica que:<br />(A) ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro<br />apresentada de forma realista e heróica, como símbolo<br />máximo do nacionalismo romântico.<br />(B) a abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos<br />indígenas do Brasil.<br />(C) as perguntas “— Quem há, como eu sou?” (1.o texto) e “Quem podia saber do Herói?” (2.o texto) expressam<br />diferentes visões da realidade indígena brasileira.<br />(D) o texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do<br />processo de colonização no Brasil.<br />(E) os versos em primeira pessoa revelam que os<br />indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas<br />foram silenciados pela colonização, como demonstra a<br />presença do narrador, no segundo texto.<br />QUESTÃO 20 Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que<br />(A) a função da linguagem centrada no receptor está<br />ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.<br />(B) a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial,<br />enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.<br />(C) há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.<br />(D) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no<br />relato de informações reais.<br />(E) a função da linguagem centrada na primeira pessoa,<br />predominante no segundo texto, está ausente no<br />primeiro.<br />LEIA E RESPONDA QUESTÃO 21<br />Sobre a exposição de Anita Malfatti, em 1917, que muito<br />influenciaria a Semana de Arte Moderna, Monteiro Lobato<br />escreveu, em artigo intitulado Paranóia ou Mistificação:<br />Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem as coisas e em conseqüência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a<br />concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. (...) A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...). Estas considerações são provocadas pela exposição da sra. Malfatti, onde<br />se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & cia.<br /> O Diário de São Paulo, dez./1917.<br />QUESTÃO 21 Em qual das obras abaixo identifica-se o estilo de Anita Malfatti criticado por Monteiro Lobato no artigo?<br />Acesso a Monte Serrat – Santos<br /> <br /> Vaso de Flores<br /> A Santa Ceia<br /> Nossa Senhora Auxiliadora e Dom Bosco <br /> A Boba<br />LEIA E RESPONDA <br />O rapaz chegou-se para junto da moca e disse:<br />— Antonia, ainda não me acostumei com o seu<br />[ corpo, com a sua cara.<br />A moca olhou de lado e esperou.<br />— Você não sabe quando a gente e criança e de<br />[ repente vê uma lagarta listrada?<br />A moca se lembrava:<br />— A gente fica olhando...<br />A meninice brincou de novo nos olhos dela.<br />O rapaz prosseguiu com muita doçura:<br />— Antonia, você parece uma lagarta listrada.<br />A moca arregalou os olhos, fez exclamações.<br />O rapaz concluiu:<br />— Antonia, você e engraçada! Você parece louca.<br />Manuel Bandeira. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.<br />QUESTÃO 22 No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista, destaca-se como característica da escola literária dessa época<br />(A) a reiteração de palavras como recurso de construção<br />de rimas ricas.<br />(B) a utilização expressiva da linguagem falada em<br />situações do cotidiano.<br />(C) a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado.<br />(D) a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época. E o recurso ao dialogo, gênero discursivo típico do Realismo.<br />Leia e responda <br />Quando o português chegou<br />Debaixo de uma bruta chuva<br />Vestiu o índio<br />Que pena!<br />Fosse uma manha de Sol<br />O índio tinha despido<br />O português.<br />Oswald de Andrade. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.<br />Questão 23 O primitivismo observável no poema acima, de Oswald de Andrade, caracteriza de forma marcante:<br />(A) o regionalismo do Nordeste.<br />(B) o concretismo paulista.<br />(C) a poesia Pau-Brasil.<br />(D) o simbolismo pré-modernista.<br />(E) o tropicalismo baiano.<br />LEIA E RESPONDA <br />Depois de um bom jantar: feijão com carne-seca,<br />orelha de porco e couve com angu, arroz-mole<br />engordurado, carne de vento assada no espeto, torresmo<br />enxuto de toicinho da barriga, viradinho de milho verde e um prato de caldo de couve, jantar encerrado por um prato fundo de canjica com torrões de açucar, Nhô Tomé saboreou o café forte e se estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, a guisa de travesseiro, o indefectível cigarro de palha entre as pontas do indicador e do polegar, envernizados pela fumaca, de unhas encanoadas e longas, ficou-se de panca para o ar, modorrento, a olhar para as ripas do telhado. Quem come e nao deita, a comida nao aproveita, pensava Nho Tome... E pos-se a cochilar. A sua modorra durou pouco; Tia Policena, ao passar pela sala, bradou<br />assombrada:<br />— Eeh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num<br />presta... Da pisadera e pode morre de ataque de cabeça!<br />Despois do armoço num far-ma... mais despois da janta?!”<br />Cornélio Pires. Conversas ao pé do fogo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1987.<br />Questão 24 Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em 1921, o narrador<br />(A) apresenta, sem explicitar juízos de valor, costumes da época, descrevendo os pratos servidos no jantar e a<br />atitude de Nhô Tomé e de Tia Policena.<br />(B) desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora a narrativa usos próprios da linguagem regional das personagens.<br />(C) condena os hábitos descritos, dando voz a Tia<br />Policena, que tenta impedir Nhô Tomé de deitar-se<br />apos as refeições.<br />(D) utiliza a diversidade sociocultural e linguística para demonstrar seu desrespeito as populações das zonas<br />rurais do inicio do século XX.<br />(E) manifesta preconceito em relação a Tia Policena ao transcrever a fala dela com os erros próprios da<br />região.<br />Texto para questões 25 e 26<br />1 A linguagem<br /> na ponta da língua<br /> tão fácil de falar<br />4 e de entender.<br /> A linguagem<br /> na superfície estrelada de letras,<br />7 sabe lá o que quer dizer?<br /> Professor Carlos Góis, ele e quem sabe,<br /> e vai desmatando<br />10 o amazonas de minha ignorância.<br /> Figuras de gramática, esquipáticas,<br /> atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.<br />13 Já esqueci a língua em que comia,<br /> em que pedia para ir lá fora,<br /> em que levava e dava pontapé,<br />16 a língua, breve língua entrecortada<br /> do namoro com a priminha.<br /> O português são dois; o outro, mistério.<br />Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.<br />QUESTÃO 25 Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em<br />(A) situações formais e informais.<br />(B) diferentes regiões do pais.<br />(C) escolas literárias distintas.<br />(D) textos técnicos e poéticos.<br />(E) diferentes épocas.<br />Questão 26 No poema, a referencia a variedade padrão da língua esta expressa no seguinte trecho:<br />(A) “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2).<br />(B) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).<br />(C) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14).<br />(D) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15).<br />(E) “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).<br />LEIA E RESPONDA No poema Procura da poesia, Carlos Drummond de Andrade expressa a concepção estética de se fazer com<br />palavras o que o escultor Michelangelo fazia com mármore. O fragmento abaixo exemplifica essa afirmação.<br />(...)<br />Penetra surdamente no reino das palavras.<br />La estão os poemas que esperam ser escritos.<br />(...)<br />Chega mais perto e contempla as palavras.<br />Cada uma<br />tem mil faces secretas sob a face neutra<br />e te pergunta, sem interesse pela resposta,<br />pobre ou terrível, que lhe deres:<br />trouxeste a chave?<br />Carlos Drummond de Andrade. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 13-14.<br />QUESTÃO 27 Esse fragmento poético ilustra o seguinte tema constante entre autores modernistas:<br />(A) a nostalgia do passado colonialista revisitado.<br />(B) a preocupação com o engajamento político e social da literatura.<br />(C) o trabalho quase artesanal com as palavras,<br />despertando sentidos novos.<br />(D) a produção de sentidos herméticos na busca da<br />perfeição poética.<br />(E) a contemplação da natureza brasileira na perspectiva ufanista da pátria<br />LEIA E RESPONDA<br />No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (...) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo?<br />Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Ai Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.<br />Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.<br />QUESTÃO 28 No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:<br />(A) “Não se conformou: devia haver engano” (ℓ.1).<br />(B) “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).<br />(C) “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).<br />(D) “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).<br />(E) “Ai Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).<br />LEIA E RESPONDA<br />As questões 29, 30 e 31 referem-se ao anúncio exibido pela CET – Companhia de Engenharia de Tráfego – na cidade de São Paulo, alertando a sociedade em atravessar na faixa de trânsito. <br />Fonte: http://ueba.com.br/forum/index.php?showtopic=17891 – 26/11/2009 – adaptado.<br />QUESTÃO 29 A frase do anúncio – Atravesse na faixa –, no intuito de alertar o cuidado necessário por cada cidadão no movimento em trânsito, conforme o conceito de tipologia textual (forma como um texto se apresenta), PODE ser identificada como um(a)<br />a) argumentação. <br />b) exposição. <br />c) narração. <br />d) injunção. <br />e) diálogo. <br />QUESTÃO 30 Segundo Ingedore Koch, uma das doutoras em linguística brasileira, a referenciação constitui, assim, uma atividade discursiva. O sujeito, por ocasião da interação verbal, opera sobre o material linguístico que tem à sua disposição, operando escolhas significativas para representar estados e coisas, com vistas à concretização de sua proposta de sentido. <br />A atividade discursiva do anúncio divulgado que, de acordo com nossa inferência, mais chama a atenção do público-alvo, provocando a leitura do enunciado sobre os cuidados no trânsito, É, provavelmente, <br />a) a conhecida linha de ônibus na cidade de São Paulo: 637-P Pinheiros.<br />b) a sigla/logomarca CET – Companhia de Engenharia de Tráfego – da cidade de São Paulo. <br />c) a marca de utilização do ônibus, provavelmente anterior às marcas modernas na sociedade. <br />d) a modo verbal caracterizado por determinado tipo textual da frase: ‘Atravesse’ na faixa. <br />e) a imagem e o signo expostos: personagem machucado em um ônibus com o vidro quebrado. <br />QUESTÃO 31 Seguindo o mesmo efeito de sentido do anúncio divulgado, observando linguagem verbal, linguagem não-verbal e a conjunção, a frase PODE ser substituída pelo seguinte período: <br />a) Atravesse na faixa, entretanto evite acidente. <br />b) Atravesse na faixa ou evite acidente. <br />c) Atravesse na faixa e evite acidente. <br />d) Atravesse na faixa, apesar disso evite acidente. <br />e) Atravesse na faixa, porém evite acidente. <br />As questões 32, 33 e 34 referem-se ao artigo publicado na FOLHAONLINE, na seção Esportes, a respeito da Copa 2014, no Brasil. <br />Para dirigente da Fifa, nenhuma sede está preparada para Copa 2014 <br />(Mariana Bastos e Rodrigo Mattos – Jornal Folha de São Paulo)<br />Nas palavras do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, nenhuma cidade hoje está preparada para receber o Mundial-2014. quot; As cidades precisam melhorar coisas como telefonia, transporte, segurança e estádiosquot; , disse o dirigente.<br />Assim, confirmou as deficiências apontadas pela Pricewaterhouse, consultoria contratada pela Associação Brasileira de Infraestrutura (Abdib) para fazer estudo para o governo sobre infraestrutura. O Brasil ainda carece de melhorias para receber o intenso fluxo de turistas para o Mundial. ‘Escolha técnica’ não valeu para cidades-sedes da Copa 2014. <br />Segundo o ranking de um relatório sobre turismo publicado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa uma modesta 45ª colocação entre os 133 países analisados pelo estudo. Ainda de acordo com o quot; The Travel & Competitiveness Reportquot; (Relatório de Competitividade em Viagem e Turismo) de 2009, no ranking de infraestrutura, o Brasil tem desempenho ainda pior: 69º. <br />Entre os quesitos avaliados, o país apresenta a pior colocação no ranking que avalia a sensação de segurança do turista, relacionada não apenas ao temor em relação à violência, como também à certeza ou incerteza de que encontrará bons serviços em hotéis, restaurantes e hospitais. Neste quesito, o Brasil ficou entre os três lanternas da lista, em 130º lugar. Para melhorar o esquema de segurança que será usado para o Mundial, a Fifa pretende trazer sua equipe que atualmente trabalha na África do Sul assim que acabar a Copa de 2010. Assim como a África do Sul, o Brasil tem nível de homicídio por cem mil habitantes acima dos padrões da ONU. quot; Nosso objetivo não é deixar o país seguro, mas garantir a segurança dos jogosquot; , declarou o secretário-geral da Fifa. Em relação ao transporte, Valcke disse que a Fifa trabalhará junto às companhias aéreas para garantir que existam voos suficientes entre as cidades do Mundial. <br />Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, o transporte aéreo brasileiro é considerado caro, e o Brasil foi apenas o 101º mais bem avaliado em termos de infraestrutura para este setor. Apesar de todos os problemas de infraestrutura, Valcke disse não estar preocupado com o Brasil. E deu o exemplo da Inglaterra, que quer se candidatar a Copa de 2018. Segundo ele, os ingleses disseram não ter nenhum estádio adequado às exigências da Fifa no momento, apesar do alto nível das arenas inglesas. <br />Para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a escolha das cidades foi apenas a primeira etapa do processo.<br />Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u574571.shtml – 26/11/2009 – adaptado.<br />QUESTÃO 32 A principal inferência, conforme contexto do artigo, é <br />a) chamar a atenção dos interlocutores a respeito do sucesso do Brasil na Copa a ser realizada em 2014. <br />b) identificar as diferenças no Brasil, comparando-o com a África do Sul, onde será realizada a Copa 2010. <br />c) explicitar as capacidades das cidades-sedes já selecionadas para abertura da Copa 2014. <br />d) destacar as dificuldades na infraestrutura brasileira e a busca da melhoria para atender a Copa 2014. <br />e) perceber o argumento do presidente da CBF – Confederação Brasileira de Futebol – sobre as cidades já selecionadas. <br />QUESTÃO 33 quot; Nosso objetivo não é deixar o país seguro, mas garantir a segurança dos jogos.quot; <br />O fragmento do artigo acima – declaração do secretário-geral da Fifa – é composto por um período composto por coordenação, em que as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas. <br />A oração sublinhada, caracterizada pela introdução de uma conjunção (mas) que traz o sentido de um contraste em relação ao sentido do discurso da frase anterior, PODE ser classificada como <br />a) Oração Coordenada Assindética. <br />b) Oração Coordenada Sindética Adversativa. <br />c) Oração Coordenada Sindética Alternativa. <br />d) Oração Coordenada Sindética Conclusiva. <br />e) Oração Coordenada Sindética Explicativa. <br />QUESTÃO 34 <br />Observando o contexto nas palavras do secretário-geral da Fifa – Jerome Valcke –, o fato de nenhuma cidade brasileira se encontrar atualmente adequada para receber o Mundial-2014 da copa ESTABELECE <br />a) a garantia da realização da Copa 2014 no Brasil, mesmo com as dificuldades a ser tratadas. <br />b) a transferência da Copa 2014 para um país que apresente melhores infraestruturas, como a Inglaterra. <br />c) o prazo final até julho de 2010 para que o Brasil apresente melhores infraestruturas das cidades. <br />d) a substituição das cidades-sedes para outros pontos no Brasil, apresentando melhores infraestruturas. <br />e) a demonstração do Brasil como um país inadequado como sede da Copa 2014. <br />LEIA E RESPONDA<br />As questões 35, 36 e 37 referem-se à tirinha do Chico Bento, personagem da Turma da Mônica – revista em quadrinho criada pelo famoso cartunista brasileiro, Mauricio de Sousa.<br />Fonte: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira121.htm – 27/11/2009 – adaptado.<br />QUESTÃO 35 O enunciado da tirinha acima, que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, do que realmente se realiza, deixando entender uma distância intencional entre o que realmente é consumado em uma situação sociocultural e o que o personagem Chico Bento gostaria, ASSOCIA-SE a um(a) <br />a) Linguagem coloquial (popular). <br />b) Sentido Figurado. <br />c) Metáfora. <br />d) Ironia. <br />e) Metonímia. <br />QUESTÃO 36 A diferença retórica situacional, conforme fala do personagem Chico Bento e a situação sociocultural, discurso também realizado pelo próprio pai, é IDENTIFICADA pela<br />a) disparidade de contar uma história para dormir com um efeito de sentido que possa ser compreensível. <br />b) incompreensão de uma narração de uma história para dormir, o que puxa o sono do ouvinte/interlocutor. <br />c) dificuldade em contar uma história para dormir sem que o ouvinte/interlocutor durma. <br />d) linguagem informal (popular) mineira e pela história para dormir. <br />e) questão real de uma história para dormir e o pedido de uma ‘história que é para dormir’, mas sem dormir. <br />QUESTÃO 37 O leitor da tirinha, observando o pedido feito ao pai pelo personagem Chico Bento, PODE inferir que o conto de uma história para dormir, em determinada situação,<br />a) desestabiliza uma situação adequada no meio sociocultural, principalmente relação entre pais e filhos (interlocutores). <br />b) possui ponto positivo e outro negativo: o fato de dormir que acrescenta a impossibilidade de interpretar o discurso narrado. <br />c) separa o objetivo estabelecido pelo próprio pai: o filho entender o começo, o meio e o fim do discurso que foi narrado. <br />d) demonstra que o ouvinte nunca possui interesse em interpretar e inferir uma narração de determinado enunciado descrito. <br />e) estabelece o fator de uma linguagem que sempre atinge o ponto determinado: o ouvinte (filho, por exemplo) relaxa e dorme o mais rápido possível. <br />QUESTÃO 38 Todos se perguntam o que seja literatura. Pode-se dizer que os conceitos abaixo que mais se aproximam do que seja literatura, ou de uma de suas formas, é:<br />O trabalho das palavras, usando requinte vocabular e estrutural para dizer, de forma artística, alguma coisa em uma poesia.<br />O trabalho semântico expressado com palavras e sentimentos bonitos entre seres ou provocados pela natureza ou objetos em um poema ou prosa poética.<br />O microcosmo apresentado no relato de um conto.<br />O jogo de várias histórias, em volta de uma principal, relatadas num romance de ficção.<br />Uma crônica ou um romance “denúncia” podem ser chamados de verdade de ficção porque com personagens criados pelo autor podem estar contando uma história real, vivida por ele ou por muitos que permanecem anônimos ou não, criticando um aspecto falho, levando à reflexão e/ou mudança. <br />As afirmações corretas são<br />a) a, b, c<br />b) a, b, c, d<br />c) d, e<br />d) Nenhuma das opções<br />e) Todas as opções<br /> <br />LEIA E RESPONDA<br /> Sintonia<br />Nós somos seres sociais,<br />não vivemos sozinhos.<br />Pessoas de todas os sexos, cores, raças,<br />classes, ideologias e credos<br />coexistem em todas as nossas realizações.<br />Sozinhos,<br />podemos muito pouco.<br />As palavras também são assim,<br />coexistem para realizar.<br />(Ana da Cruz. Uma Gramática Holística. Belo Horizonte: Lispector Edições, 1988, p. 48)<br />QUESTÃO 39 Quanto à arte literária, ou seja, a arte de bem escrever ou de bem usar a palavra escrita, podemos dizer, EXCETO<br />a) A oralidade prevaleceu até que a humanidade desenvolveu o alfabeto escrito que permitiu transcrever para o papel todo o conteúdo oral e o homem começou a preocupar mais com a forma com que se expressava, já que ficava registrada e a escrita foi se tornando mais complexa, chegando, através de alguns escritores, a ser chamada arte literária.<br />b) O distanciamento entre a linguagem oral e linguagem escrita deve-se ao fato de a primeira ser mais descompromissada e qualquer desentendimento poder ser resolvido na hora em que ocorre a situação comunicativa, além de a pessoa não precisar ter estudo para usar as ferramentas lingüísticas, enquanto na segunda há o compromisso de a mensagem ser inteligível para ser considerada texto, possibilitando uma sintonia maior entre o que o autor quis dizer e o leitor pôde entender. Algumas pessoas aprimoraram tanto esse talento que acabou surgindo a literatura.<br />c) Dentro de uma obra literária, pode-se inferir outros autores, com um apagamento do autor em si como sujeito ou agente, o que podemos chamar de autoria contextual, levando a uma reflexão sobre os vários autores implícitos através dos vários discursos apreendidos pelo escrevente em sua bagagem cultural e, muitas vezes, expressos inconscientemente no texto.<br />d) Literatura é apenas uma arte criativa, vinculada à estética, uma forma mais aprimorada de escrever; todos os textos são apenas fictícios e por isso devem ser entendidos apenas como entretenimento, trabalho realizado pela imaginação de quem o redige, que não retratavam nenhuma realidade da época em que viviam.<br />e) A prosa usa do relato, mas na sua forma de expressar os sentimentos experimentados pode-se atingir a consideração intermediária, denominada prosa poética, enquanto a poesia já é mais específica porque lhe cabe a tarefa de apresentar versos com trabalho estético, preocupação de quem a produz com os aspectos sonoros e silábicos do texto, podendo ou não atingir a temática do sentimento.<br />QUESTÃO 40 Assinale a alternativa em que o trecho transcrito não apresenta a descrição de um espaço narrativo.<br />a) Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós, deste porto, houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem 20 ou 25 léguas por costa; traz ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras delas vermelhas e delas brancas e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. (Carta)<br />b) Cabralhada. Tiba. De boa entrada, ao que me gasturei, no vendo. Aqueles eram mais de cento e meio, sofreúdos, que todos curtidos no jagunçar, rafaméia, mera gente. Azombado, que primeiro até fiquei, mas daí quis assuntação, achei, a meu cômodo. Assim, isto é, me acostumei meio-só com meu coração, naquele arranchamento. (Grande sertão: veredas)<br />c) O zaino galopava e Rodrigo aspirava com força o ar, que cheirava a capim e distância. Quero-queros voaram, perto, guinchando. Longe, uma avestruz corria, descendo uma coxilha. O capitão começou a gritar um grito sincopado e estrídulo, bem como faziam os carreiristas no auge da corrida. (Um certo capitão Rodrigo)<br />d) Chovia a cântaros. Os medonhos trovões do Amazonas atroavam os ares; de minuto em minuto relâmpagos rasgavam o céu. O rapaz corria. Os galhos úmidos das árvores batiam-lhe no rosto. Os seus pés enterravam-se nas folhas molhadas que tapetavam o solo. De quando em quando, ouvia o ruído da queda das árvores feridas pelo raio ou derrubadas pelo vento, e cada vez mais perto o uivo de uma onça faminta. (Contos amazônicos)<br />e) Querer saber de todos os lugares palpáveis por onde minha palavra chegou seria uma procura insensata, mas apreciar que possa ter chegado ao coração dos homens, isto me bastaria, pois é onde os sentimentos imperam, as idéias encontram terra fértil para se desenvolverem e desencadearem ações. (Percepções)<br />QUESTÃO (FUVEST) 41 Assinale a opção em que não esteja presente a metalinguagem: <br />“Meu verso é minha consolação. / Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça” (Carlos Drummond de Andrade);<br />“Meu verso é sangue. Volúpia ardente... / Tristeza esparsa... remorso vão... / Dói-me nas veias. Amargo e quente. / Cai, gota a gota, do coração.” (Manuel Bandeira); <br />“Meu povo em meu poema / Se reflete / Como a espiga se funde em terra fértil.” (Ferreira Gullar).<br />“Catar feijão se limita com escrever: / jogam-se os grãos na água do alguidar / e as palavras na da folha de papel; / e depois, joga-se fora o que boiar.” (João Cabral de Melo Neto); <br />“Deixaram meu rosto / fora do meu corpo / Meu rosto perdido / num longe lugar !” (Cecília Meireles).<br />QUESTÃO 42 (FMU-SP) Quando você afirma que “enterrou no dedo um alfinete”, que “embarcou num trem” e que “serrou os pés da mesa”, recorre a uma figura chamada:<br />a) metonímia<br />b) antítese<br />c) paródia<br />d) alegoria<br />e) catacrese<br />QUESTÃO 43 (UM_SP) Aponte a alternativa que apresente a mesma figura de pensamento existente no período seguinte: “Acenando para a fonte, o riacho despediu-se (...)”:<br />a) O médico visualizou, por alguns segundos, a cara do doente.<br />b) Os arbustos dançavam abraçados aos pinheiros a valsa do crepúsculo.<br />c) Contemplando aquela terna fisionomia, afastou-se com um sorriso irônico.<br />d) A mesquinhez da sua atitude é um poço profundo, cavado no íntimo do teu espírito.<br />e) Nenhuma alternativa.<br />QUESTÃO 44 Pode-se dizer quanto aos textos criados baseados em outro texto anterior, que<br />I- na paródia, você usa um texto anterior para fazer uma crítica.<br />II- na paráfrase, você diz a mesma coisa de outra forma, mas a idéia permanece a mesma e há semelhança no vocabulário usado de forma a permitir a analogia ao texto anterior. <br />III- alusão é uma referência a um personagem, uma obra ou contexto anterior em um texto posteriormente criado.<br />IV- na apropriação, você usa um trecho literal de outro autor para se comunicar, dentro de um texto seu.<br />Das informações acima,<br />a) apenas as I, II, III estão corretas.<br />b) apenas as II, IV estão corretas.<br />c) apenas as I, II, IV estão corretas.<br />d) Todas as informações estão corretas.<br />e) Todas as informações estão erradas.<br />LEIA O POEMA ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES 45 E 46<br /> Amor é fogo que arde sem se ver<br />Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer.<br />É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder.<br />É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade.<br />Mas como causar pode seu favor <br />Nos corações humanos amizade, <br />Se tão contrário a si é o mesmo Amor? <br />(Luís Vaz de Camões. Obra Completa. Rio de Janeiro. Editora Nova Aguilar, 2003, pág. 270.)<br />QUESTÃO 45 Em relação à rima e métrica das estrofes camonianas, pode-se dizer que<br />todo o soneto de Camões apresenta versos hendecassílabos, ou seja, divididos em 11 sílabas poéticas ou entonadas;<br />as duas primeiras estrofes chamam-se quintetos (quatro versos ou linhas poéticas) e apresentam rima emparelhada (com versos que apresentam finais semelhantes dois a dois), e rima interpolada no primeiro e último verso, sendo ABBA ABBA;<br />a última estrofe acima é um terceto (estrofe de três versos) e apresenta rima alternada ou salteada por um verso diferente, estando entre o primeiro e o último verso da estrofe, a saber CDC; <br />o trecho do soneto de Camões, aqui considerado, é praticamente todo de versos decassílabos (10 sílabas poéticas), mas apresenta variação na métrica poética em alguns versos.<br />o trecho do soneto de Camões, aqui considerado, é totalmente de versos dodecassílabos (12 sílabas poéticas), sem variação na métrica poética.<br />QUESTÃO 46 (UFRGS) O soneto, uma das formas poéticas mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais, expressa, quase sempre, conteúdo<br />dramático, revelando uma cena cotidiana;<br />satírico, estabelecendo uma jocosidade grosseira;<br />lírico, revelando o modo apaixonado de sentir e de viver;<br />épico, deixando marcas históricas de um povo, de uma época, de uma nação;<br />cronístico, estabelecendo uma crítica de costumes sutil.<br />QUESTÃO 47 O narrador revela em suas histórias o que viveu ou que foi um expectador ou, ainda, o que lhe foi relatado por outros. Os ouvintes ou leitores incorporam suas histórias às suas próprias experiências. Daí se dá o diálogo entre o locutor e o interlocutor. <br />Quando este diálogo se estabelece e o leitor atribui significado ao que leu em concordância com o autor, pode-se dizer que<br />a) para este leitor, a mensagem escrita não é um texto.<br />b) ocorre o chamado dialogismo.<br />c) esse é um efeito proposital da escrita do autor.<br />d) o leitor assume a co-autoria do texto ao recriá-lo em sua mente.<br />e) o texto pertenceu ao autor somente no momento de criação.<br />QUESTÃO 48 Os mitos são histórias inverossímeis, cujos seres ou acontecimentos imaginários simbolizam costumes, características e/ou sentimentos humanos, mas não são reais, podendo ser:<br />I- Deuses, como Eros, filho de Afrodite, a deusa do amor que se apaixonou por uma mortal;<br />II- Super-heróis, com superpoderes, como o super-homem;<br />III- Semi-deuses, como Hércules, filho de Zeus, que tinha uma força descomunal e era protegido;<br />IV- Heróis de corpo fechado, que lutam por uma causa justa com muitos oponentes, sofrem, ferem-se, mas sempre matam todos e saem vivos, como o Rambo, Tarzam, MacGyver e sempre se dão bem no final.<br />Em relação à proposta de relação mítica, nos itens acima, podemos considerar:<br />a) Apenas as I, II, III estão corretas.<br />b) Apenas as I, III estão corretas.<br />c) Apenas as II, IV estão corretas.<br />d) As opções I, II, III, IV estão corretas.<br />e) Apenas as opções II e III estão corretas.<br />QUESTÃO 49 Numa época em que os casamentos eram fechados entre os pais como pactos econômicos ou de interesses, quando às mulheres não era dado estudo e o amor era eufenismado numa forma de conquista, eram as cantigas que podiam ser ouvidas e admiradas, fazendo parte do gênero literário a que se denomina Trovadorismo. <br />Relacione as cantigas nas colunas abaixo:<br />COLUNA A<br />1- Cantigas de Amigo <br />2- Cantigas de Amor <br />3- Cantigas de Escárnio <br />4- Cantigas de Maldizer <br />COLUNA B<br />( ) Os trovadores cantam composições críticas que dão pistas, mas não revelam o nome da personalidade ou instituição atacada<br />( ) A composição das trovas revela um homem apaixonado, submisso à sua amada, sendo escravo do amor que sente.<br />( ) Críticas diretas, nomeando o criticado, com hegemonia de palavras, muitas vezes grosseiras e até obscenas.<br />( ) O homem “canta” representando o sentimento feminino, ao molde do que Chico Buarque de Holanda faz em muitas de suas músicas.<br />A numeração CORRETA é<br />a) 3, 4, 2, 1<br />b) 4, 2, 1, 3<br />c) 3, 2, 4, 1<br />d) 4, 1, 2, 3<br />e) Nenhuma das opções.<br />QUESTÃO 50 (PUC) Assinale a afirmação FALSA sobre as cantigas de escárnio e maldizer.<br />a) Os alvos prediletos das cantigas satíricas eram os comportamentos sexuais (homossexualidade, adultério, padres e freiras libidinosos), as mulheres (soldadeiras, prostitutas, alcoviteiras e dissimuladas), os próprios poetas (trovadores e jograis eram freqüentemente ridicularizados), a avareza, a corrupção e a própria arte de trovar;<br />b) As cantigas satíricas perfazem cerca de uma quarta parte da poesia contida nos cancioneiros galego-portugueses. Isso revela que a liberdade da linguagem e a ausência de preconceito ou censura (institucional, estética ou pessoal) eram componentes da vida literária no período trovadoresco, antes de a repressão inquisitorial atirá-las à clandestinidade;<br />c) A principal diferença entre as duas modalidades satíricas está na identificação ou não da pessoa atingida;<br />d) Algumas composições satíricas do Cancioneiro Geral e algumas cenas dos autos gilvicentinos revelam a sobrevivência, já bastante atenuada, da linguagem livre e da violência verbal dos antigos trovadores;<br />e) O elemento das cantigas de escárnio não é temático, nem está na condição de se omitir a identidade do ofendido. A distinção está no retórico do “equívoco”, da ambigüidade e da ironia, ausentes na cantiga de maldizer. <br />QUESTÃO 51 Assinale a alternativa que indica corretamente os gêneros literários dos textos abaixo relacionados, na seqüência em que estão dispostos:<br />1- Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais / E ficamos repousando no fundo do mar. / O mar onde tudo recomeça... / Onde tudo se refaz... / Até que, um dia, nós criaremos asas. / E andaremos no ar como se anda na terra.<br />(Mário Quintana)<br />2- Oh! Que famintos beijos na floresta! / E que mimoso choro que soava! / Que afagos tão suaves, que ira honesta, / Que em risinhos alegres se tornava! / O que mais passam na manhã e na sesta, / Que Vênus com prazeres inflamava, / Melhor é experimentá-lo que julgá-lo; / Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.<br />(Luiz de Camões)<br />3- “O Dr. Mamede, o mais ilustre e o mais eminente dos alienistas, havia pedido a três de seus colegas e a quatro sábios que se ocupavam de ciências naturais, que viessem passar uma hora na casa de saúde por ele dirigida para que lhes pudesse mostrar um de seus pacientes.”<br />(Guy de Maupassant)<br />4- Velha: E o lavrar, Isabel? / Isabel: Faz a moça mui mal feita, / corcovada, contrafeita, / de feição de meio anel; / e faz muito mau carão, / e mau costume d’olhar. / Velha: Hui! Pois jeita-te ao fiar / Estopa ou linho ou algodão; / Ou tecer, se vem à mão. / Isabel: Isso é pior que lavrar.<br />(Gil Vicente)<br />Sinônimos:<br />Lavrar: costurar.<br />De feição de meio anel: cachos de cabelo cortados pela metade, caindo sobre o rosto.<br />Carão: face, semblante.<br />Hui! Pois jeita-te: Pois te acostuma.<br />a) Dramático – Lírico – Épico – Narrativo. <br />b) Lírico – Épico – Narrativo – Dramático.<br />c) Lírico – Épico – Dramático – Narrativo.<br />d) Dramático – Épico – Narrativo – Lírico.<br />e) Épico – Dramático – Narrativo – Lírico.<br />QUESTÃO 52 (FACID) Este texto equivale a um manifesto modernista. É um metapoema, poesia que fala de poesia. Observe que ele apresenta negações e rupturas – contra as convenções que desfiguram a criação poética, em especial as do academicismo parnasiano – e apresenta, por outro lado, afirmações libertárias típicas da luta modernista.<br />POÉTICA<br />Estou farto do lirismo comedido<br />Do lirismo bem comportado<br />Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor<br />Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo<br />Abaixo os puristas<br />Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais<br />Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção<br />Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis<br />Estou farto do lirismo namorador<br />Político<br />Raquítico<br />Sifilítico<br />De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo<br />De resto não é lirismo<br />Será tabela de co-senos secretário o amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de [agradar às mulheres, etc.<br />Quero antes o lirismo dos loucos<br />O lirismo dos bêbedos<br />O lirismo difícil e pungente dos bêbedos<br />O lirismo dos clowns de Shakespeare<br />- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.<br />Assinale a ÚNICA expressão em que tal rebeldia não renega totalmente posições anteriores.<br />a) Não quero mais saber do lirismo que não é libertação<br />b) Estou farto do lirismo namorador<br />c) Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis<br />d) Abaixo os puristas<br />e) Estou farto do lirismo comedido<br />QUESTÃO 53 Leia, atentamente, os versos de Manuel Bandeira, transcritos a seguir.<br />RETRATO<br />O sorriso escasso,<br />O riso-sorriso,<br />A risada nunca.<br />(Como quem consigo<br />Traz o sentimento<br />Do madrasto mundo.)<br />Com os braços colados<br />Ao longo do corpo,<br />Vai pela cidade<br />Grande e cafajeste,<br />Como o mesmo ar esquivo<br />Que escolheu nascendo<br />Na esquiva Itabira.<br />Aprendeu com ela<br />Os olhos metálicos <br />Com que vê as coisas:<br />Sem ódio, sem ênfase,<br />Às vezes com náusea.<br />Ferro de Itabira<br />Em cujos recessos<br />Um vedor, um dia,<br />Um vedor – o neto –<br />Descobriu infante<br />As fundas nascentes,<br />O veio, o remanso<br />Da escusa ternura.<br />Os versos de Manuel Bandeira, homenagem a Carlos Drummond de Andrade, INDICAM que a<br />a) terra natal do homenageado não interfere na personalidade dos moradores.<br />b) personagem retratada é alguém terno, mas também alegre e extrovertido.<br />c) cidade natal do poeta mineiro determina-lhe o comportamento reservado.<br />d) vida ensinou Drummond a reagir com agressividade aos problemas.<br />e) necessidade de agradar as pessoas fez o mineiro modificar-se, superar-se.<br />QUESTÃO 54 Pode-se afirmar que a compreensão do texto será mais completa se o leitor fizer uma leitura intertextual do poema de Bandeira. Marque os versos que podem confirmar a afirmativa anterior.<br />Quando nasci, um anjo torto/ desses que vivem na sombra/ disse: Vai, Carlos, ser gauche na vida.<br />Alguns anos vivi em Itabira./ Principalmente nasci em Itabira./ Por isso sou triste, orgulhoso de ferro.<br />De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval.<br />Um homem vai devagar./ Um burro vai devagar./ Devagar as janelas olham./ Eta vida besta, meu Deus.<br />Tive ouro, tive gado, tive fazenda./ Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!<br />A sequência CORRETA é<br />a) I e IV<br />b) III e IV<br />c) II e III<br />d) IV e V<br />e) II e V<br />Leia, atentamente, o poema a seguir, para responder às questões 55, 56 e 57<br />DESENCANTO<br />Eu faço versos como quem chora<br />De desalento... de desencanto...<br />Fecha o meu livro, se por agora<br />Não tens motivo nenhum de pranto.<br />Meu verso é sangue. Volúpia ardente...<br />Tristeza esparsa... Remorso vão...<br />Dói-me nas veias... Amargo e quente,<br />Cai, gota a gota, do coração.<br />E nestes versos de angústia rouca<br />Assim dos lábios a vida corre,<br />Deixando um acre sabor na boca.<br />Eu faço versos como quem morre.<br />QUESTÃO 55 A principal intenção poética do artista Manuel Bandeira é<br />a) expor sua tristeza e sua angústia por ser poeta.<br />b) refletir acerca da vida amarga de quem escreve.<br />c) pedir amparo ao leitor para poder suportar suas dores.<br />d) mostrar qual é o estado de espírito dele como artista.<br />e) invocar a amargura para compor sua obra literária.<br />QUESTÃO 56 Em “Desencanto”, Manuel Bandeira concretiza, em versos, o que é denominado<br />a) metalinguagem<br />b) intertextualidade<br />c) ironia<br />d) alusão<br />e) citação<br />QUESTÃO 57 Em “Desencanto”, de Manuel Bandeira, o artista emprega todas as estratégias enumeradas a seguir, EXCETO<br />a) Versos metrificados: eneassílabos.<br />b) Rimas soantes: chora/ agora – corre/ morre.<br />c) Soneto: dois quartetos e dois tercetos.<br />d) Sinestesia: Dói-me nas veias. Amargo e quente<br />e) Conversa com leitor: Fecha meu livro...<br />QUESTÃO 58 (ENEM) A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:<br />PRA MIM BRINCAR<br />Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática.<br />- As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.<br />(BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª Ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. p.19.)<br />Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão:<br />a) uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.<br />b) apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas.<br />c) a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.<br />d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira.<br />e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa.<br />QUESTÃO 59 (ENEM) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:<br />Quando nasci, um anjo tortoDesses que vivem na sombraDisse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida (Andrade, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964)<br />Quando nasci veio um anjo safadoO chato dum querubimE decretou que eu tava predestinadoA ser errado assimJá de saída a minha estrada entortouMas vou até o fim. (BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)<br />Quando nasci um anjo esbeltoDesses que tocam trombeta, anunciou:Vai carregar bandeira.Carga muito pesada pra mulherEsta espécie ainda envergonhada. (PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)<br />Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por<br />a) reiteração de imagens.<br />b) oposição de idéias.<br />c) falta de criatividade.<br />d) negação dos versos.<br />e) ausência de recursos.<br />QUESTÃO 60 Indique na relação abaixo o trecho do texto que CONFIRMA que a protagonista tenta adiar o momento de se transformar em mulher.<br />a) Numa fração de segundos a tocaram como se a eles coubessem todos os sete mistérios.<br />b) Devagar reuniu os livros espalhados pelo chão. Mais adiante estava o caderno aberto.<br />c) Até que, assim como uma pessoa engorda, ela deixou, sem saber por que processo, de ser preciosa.<br />d) Eles vão olhar para mim, eu sei, não há mais ninguém para eles olharem...<br />e) Então subia, séria como uma missionária por causa dos operários no ônibus que “poderiam lhe dizer alguma coisa”.<br />QUESTAO 61 A partir do excerto lido, pode-se AFIRMAR que a literatura modernista de meados do século XX é<br />a) focada na indagação sobre o sentido último da existência humana.<br />b) interessada nas questões históricas que norteiam o comportamento.<br />c) objetiva no trato cinematográfico das cenas imaginadas pelos autores.<br />d) preocupada com os traços típicos das várias regiões brasileiras.<br />e) sensível à necessidade de incorporação da cultura de massa na literatura.<br />QUESTÃO 62 A respeito do discurso de Clarice Lispector, é CORRETO afirmar que<br />a) como é típico da prosa criada por outros ficcionistas da mesma época, Clarice Lispector usa como ponto de partida elementos regionais para, depois, refletir a respeito do comportamento humano.<br />b) a autora privilegia inovações no campo da linguagem e, por isso, cria neologismos e estruturas lingüísticas que sugerem a preocupação dela com o universo feminino.<br />c) as reflexões metalingüísticas são constantes na obra de Clarice Lispector, o que torna suas narrativas objetivas e centradas na análise objetiva do mundo.<br />d) a narrativa da escritora possui identidade com a de outros contistas do Modernismo no que se refere à temática e ao comportamento das mulheres na sociedade.<br />e) a ação, nos textos de Clarice Lispector, é interna e depende, principalmente da experiência subjetiva das personagens, o que justifica o uso do discurso indireto livre nos textos dela.<br />QUESTÃO 63 Leia o trecho a seguir, retirado do poema épico “Os Lusíadas”, de Luis de Camões:<br />As armas dos varões assinalados<br />Que, da Ocidental praia Lusitana, <br />Por mares nunca dantes navegados<br />Passaram ainda além da Taprobana,<br />Em perigos e guerras esforçados<br />Mais do que prometia a força humana<br />E entre gente remota edificaram<br />Novo Reino, que tanto sublimaram;<br />O excerto acima só NÃO tem como característica da poesia classicista:<br />a) a métrica, construída em decassílabos heróicos<br />b) a temática, que explora o sentimentalismo patriótico do poeta<br />c) a estrofação, composta por oito versos (oitavas)<br />d) tem como rima a estrutura abababcc<br />e) o espírito aventureiro<br />leia e responda<br />Dezesseis<br />Renato Russo <br />João Roberto era o maioral<br />O nosso Johnny era um cara legal<br />Ele tinha um Opala metálico azul<br />Era o rei dos pegas na Asa Sul<br />E em todo lugar<br />Quando ele pegava no violão<br />Conquistava as meninas<br />E quem mais quisesse ter<br />Sabia tudo da Janis<br />Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones<br />Mas de uns tempos prá cá<br />Meio que sem querer<br />Alguma coisa aconteceu<br />Johnny andava meio quieto demais<br />Só que quase ninguém percebeu<br />Johnny estava com um sorriso estranho<br />Quando marcou um super pega no fim de semana<br />Não vai ser no CASEB<br />Nem no Lago Norte, nem na UnB<br />As máquinas prontas<br />Um ronco de motor<br />A cidade inteira se movimentou<br />E Johnny disse:<br />quot; - Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho, e vocês ?quot; <br />E os motores saíram ligados a mil<br />Prá estrada da morte o maior pega que existiu<br />Só deu para ouvir, foi aquela explosão<br />E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão<br />No dia seguinte, falou o diretor:<br />quot; - O aluno João Roberto não está mais entre nós<br />Ele só tinha dezesseis.<br />Que isso sirva de aviso prá vocêsquot; .<br />E na saída da aula, foi estranho e bonito<br />Todo o mundo cantando baixinho:<br />Strawberry Fields Forever<br />Strawberry Fields Forever<br />E até hoje, quem se lembra<br />Diz que não foi o caminhão<br />Nem a curva fatal<br />E nem a explosão<br />Johnny era fera demais<br />Prá vacilar assim<br />E o que dizem é que foi tudo<br />Por causa de um coração partido<br />Um coração (5x)<br />Bye, bye bye Johnny<br />Johnny, bye, bye<br />Bye, bye Johnny.<br />http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/27/ Acesso em 27/12/09<br />QUESTÃO 64 Leia as alternativas a seguir e assinale a CORRETA.<br />a) A canção apresenta uma narrativa. Sendo pertencente, pois, a este gênero, exprime objetividade.<br />b) A voz narrativa do texto apresenta a personagem ora de forma idealizada, ora como um garoto comum.<br />c) “E o que dizem é que foi tudo / Por causa de um coração partido”. Estes versos explicitam o lirismo na canção.<br />d) As palavras do diretor são sentimentais e subjetivas. Portanto, no trecho referente a ele há lirismo.<br />e) O movimento dos alunos à saída da escola, cantando “Strawberry Fields Forever”, é um comportamento racional.<br />Leia o texto a seguir com atenção, para responder questão 65<br />Rotina<br />Carlos levantou-se, escovou os dentes, fez a barba, vestiu seu velho e amarrotado macacão de todos os dias. O dono do posto em que trabalhava o advertiu pelo atraso como fizera desde que o havia empregado. Só restou a Carlos sorrir um sorriso amarelo. O chefe nunca ligara para sua vida medíocre. Dia de pagamento, recebeu o que lhe garantia a sua miséria.<br />O tempo passou. O olhar de Carlos estava diferente: chegou ao trabalho sem escovar os dentes, não sorriu, não recebeu salário, pegou um fósforo e explodiu o quarteirão. Desde pequeno gostava de fogos de artifício, sempre quis ver algo grande.<br />TRUZZI, Flávio Sales. “Rotina”. In Expresso 600. Edson Rossato (org.) São Paulo: Andross, 2006. p. 85.<br />QUESTÃO 65 A partir da leitura do texto, a análise dos elementos da narrativa está certa, EXCETO em<br />a) O narrador do conto é onisciente.<br />b) O comportamento do protagonista muda.<br />c) O espaço é físico, externo.<br />d) O enredo é inverossímil. e) O tempo é cronológico.<br />Para responder às questões 66 e 67, leia o texto a seguir.<br />UFPB - PSS 2009 - 2ªsérie<br />Amor: entre o sonho e a realidade<br />Se te amo, não sei!<br />Amar! se te amo, não sei.<br />Oiço aí pronunciar<br />Essa palavra de modo<br />Que não sei o que é amar.<br />Se amar, é sonhar contigo,<br />Se é pensar, velando, em ti,<br />Se é ter-te n’alma presente<br />Todo esquecido de mi!<br />Se é cobiçar-te, querer-te<br />Como uma benção dos céus<br />A ti somente na terra<br />Como lá em cima a Deus;<br />Se é dar a vida, o futuro,<br />Para dizer que te amei:<br />Amo; porém se te amo<br />Como oiço dizer, – não sei.<br />DIAS, Gonçalves. Poesia lírica e indianista. 1. ed. São Paulo: Ática, 2003, p. 199.<br />QUESTÃO 66 Com base na 1ª estrofe do poema, é CORRETO afirmar que o eu lírico<br />a) tem convicção de que ama, mesmo sem se sentir amado.<br />b) mostra-se inconstante em relação a seus sentimentos.<br />c) considera o amor um sentimento indefinível.<br />d) tem dúvidas acerca do que significa amar.<br />e) nega a existência do amor.<br />QUESTÃO 67 <br />Considerando os traços estilísticos desse poema, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):<br />()O poema é lírico, enfocando o amor a partir de uma visão romântica, comparando o ser amado a uma dádiva dos céus.<br />()O poema apresenta versos de métrica regular (7 sílabas), estruturado em forma de soneto.<br />()O poema caracteriza-se pelo tom subjetivista e sentimentalista, revelando a preocupação do eu lírico com os seus sentimentos. <br />()O poema foge à estética romântica, fazendo referência de forma explícita ao amor físico. <br />A sequência CORRETA é:<br />a)VFVFc)FVVFe)FFVF<br />b)VFFVd)VVFV<br />ABCDE123456789101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566<br />